Revista Aesthetic Edição 1 Ano 1

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DESIGN GRÁFICO O QUE É? QUAL SUA FUNÇÃO E IMPORTÂNCIA? QUAIS SUAS FERRAMENTAS?

FIQUE POR DENTRO DESSE UNIVERSO TÃO IMPORTANTE E PROMISSOR


É EXCELÊNCIA! PROCESSO SELETIVO INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O SEU FUTURO

GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO DOUTORADO PRESENCIAL SEMIPRESENCIAL À DISTÂNCIA

unip.com.br

Campus Jundiaí Av. Armando Giassetti, 577 - Vila Hortolândia Tel:(11) 4815-2333



Fala Coordenador! A revista AESTHETIC, é uma publicação criada especialmente pelos alunos de Design Gráfico da UNIP Jundiaí. A ideia surgiu a partir da necessidade de colocar em prática todo o aprendizado dos alunos em relação as disciplinas aplicadas durante o transcorrer do curso, e dessa forma apresentar diversas matérias relacionadas a área do design gráfico para toda a comunidade UNIP e principalmente para os futuros vestibulandos como é o universo das comunicações digitais, mais especificamente tudo aquilo que o design gráfico pode oferecer como preparação do aluno para o mercado de trabalho. A revista AESTHETIC a princípio será editada semestralmente nas formas impressa e também digital, onde irá abordar temas relacionadas a tipografia, freelancer, social mídia, photoshop, ilustração, diagramação, entrevistas com profissionais da área e muitas dicas do dia-a-dia. Este é só o início de uma longa jornada, no qual estaremos trabalhando para mostrar detalhadamente sobre uma área de trabalho que vive em constante mutação, seja ela pelo avanço das tecnologias aplicadas ao design ou pela criatividade dos profissionais que nela trabalham. A importância do design gráfico na sociedade de uma forma geral, atinge todas as áreas do conhecimento, pois é da criatividade do designer que são produzidos na área editorial livros, revistas e jornais, sinalização de ambientes internos e externos, embalagens e rótulos, painéis, cartazes e banners, catálogos, folhetos e manuais, enfim, uma infinidade enorme de materiais que são desenvolvidos diariamente para diversas áreas. Esperamos que você aprecie o conteúdo desta edição. Boa leitura! Milton Antonio Lebre

Coordenador Auxiliar Curso de Design Gráfico UNIP Jundiaí / SP



EXPEDIENTE

Aesthetic - A revista do designer gráfico Coordenador da Revista: Milton Antonio Lebre. Direção de arte: Matheus Menezes Matias, Wallysson Camargo. Diretor de redação: Alexsander Cester Jr. Lideres de Redação: Julia Molena, Giulia Orsine, Priscila Xavier, Vinicius Roque, Fernanda Leci, Thayná Cavalcante, Erika Silva, Julia Similamori, Guilherme Pinheiro. Redatores: Raffaella Flavio, Guilherme Santos, Giovanna Duarte, Thiago Tucci, Gabriel Lazdi, Layon Ribeiro, Jean Kleber, Paula Andrade, Marcelo Jr., Geovane Paltrinieri, Jasmine Ramos, Lucas Motta, Dariane Kalinsqui, Victor Alves, Victor Trevizan. Logotipo: Letícia Lais Ilustração de Capa: Raffaella Flavio. Fotografia da capa: Thiago Henrique. Líderes de Arte: Thiago Lemos, Clayton Vitor, Thiago Falasco, Erik Sidney, Caroline De Sousa. Assistentes de Arte: Rafaela Vini, Karyne Oliveira, Diego Contelli, Jonathan Marega, João Anisio, Vitor Pacheco, Wallace da Silva, Sara Daniele, Gabriela Gomes, Charlotte Morinigo, Maisa Souza, Júlia Chaves, Gabriela Motta. Lider de Publicidade: Thiago Lima Assistentes de Publicidade: Caio Oguisso, Denise Verdille, Yuri Heinrich, Natan Maciulevicius.


O QUE É DESIGN GRÁFICO? Por definição, o Design Gráfico é a área de conhecimento relativa ao ordenamento estético textual e não textual que compõem as peças gráficas. Mas, onde vemos o Design Gráfico na prática? Para entender isso vamos a um teste: tente pensar em seu dia sem as informações visuais que recebe involuntariamente, em uma rua comercial por exemplo, essa rua provavelmente possui grandes

vitrines, banners de lojas e milhares de outdoor’s. Agora, se imagine inserido no trânsito onde as ruas não possuem placas de sinalização. Uma rua sem indicação de estabelecimento, travessia de pedestres, o logradouro ou mesmo estacionamento tornaria o processo de localização muito mais difícil e até impossível.

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Passamos a vida toda cercados por logotipos, embalagens, artes gráficas e cartazes sem saber que esses são desenvolvidos por um desinger gráfico, uma profissão muitas vezes desvalorizada por ser considerada desnecessária, mas que na verdade, é extremamente essencial para a humanidade. O surgimento do Design Gráfico ocorreu com as primeiras impressões, nos séculos XII e XIII, onde eram utilizados pequenas peças de metal (tipos) com letras e desenhos que formavam folhas de livros e cartazes. Com o passar dos anos, o design foi ganhando mais funções no mundo da arte e evoluindo até o que ele é hoje. Na modernidade, o design gráfico possui novos significados, e a sua arte pode ser executada em diversos meios materiais (ou não materiais) e é uma forma de expressão que já tomou diferentes rumos e estilos.

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E você? SABE QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DE UM DESIGNER GRÁFICO? Para respondermos essa pergunta, realizamos uma pesquisa popular no Campus de Jundiaí da UNIP:

24,1% Não fazem ideia do que o designer gráfico faz. Assustador não é?


O Designer Gráfico é o encarregado pelo desenvolvimento e produção de:

Revistas

Livros

Cartazes Outdoor’s Adesivos

Logotipos

Sites

Folders

Identidade visual

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Você reconhece esses logotipos?

Mesmo sem os nomes das marcas escritos, conseguimos identificar uma marca somente pelo seu logotipo, cujo desenvolvimento é feito a partir da mente criativa de um designer gráfico, que estuda por semanas a ideia de criação, e passa horas ou até dias executando a arte para nós identificarmos as grandes marcas líderes de mercado, até os pequenots comércios de bairro por um simples olhar. Além disso, o Designer trabalha com o conhecimento de técnicas, não somente de artes, mas, com a técnica crítica pois pode envolver em seu projeto um conceito profundo – seja visual, psicológico ou social. Dentre as inúmeras funções de um designer, a principal é atender os clientes, passando a mensagem desejada pelo comprador, desenvolvendo projetos úteis e agradáveis para a facilitação da informação e comunicação visual.§

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ART NOUVEAU A arte é o reflexo da cultura e da história e tem mudado seus ideais com o passar dos tempos. Dentre os incontáveis movimentos artísticos que ocorreram, nesta edição abordaremos a Art Nouveau. A Art Nouveau se originou de um movi­ mento social e estético inglês liderado por William Morris (1834-1896), na época da Segunda Revolução Industrial, chamado de Arts and Crafts. William lutava pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, que foram perdidos com a indus­trialızação e massificaçao da arte, e tentava recuperar o ideal de produção artesa­nal coletiva. Apesar de ambas (Arts and Crafts e Art Nouveau) estabelecerem uma transição entre o historicismo e o Movimento Moderno e pretenderem renovar o artesanato e as artes decorativas, a Art Nou­veau acabou se tornando um estilo elitista e de lucro, acabando excluindo o po­pular e

não expressando em absoluto a vontade de requalificar o trabalho dos operá­rios como pretendia Morris. Ao contrário o movimento foi fruto do desejo de afirmação e independência de uma elite, grande burguesia de negócios aliada à aristocracia, carregado de fórmulas baseadas no Renascimento, em busca de um discurso original que refletisse os novos mo­dos e as inovações da sociedade industrial. Seu estilo substituía, as proporções e o equilíbrio simétrico, por linhas curvilíneas e floreadas. A temática naturalista é uma das principais características do movi­ mento, que para de desprender do passado, se volta para formas que expressem o crescimento não ligado ao homem como formas orgânicas e sensuais. Além disso esse estilo fluido e cheio de curvas tinha como intuito, além da originalidade, tornar as obras novamente úni­cas, dificultando sua reprodução em grande escala, como acontecera com a vinda

Arquitetura

Formas arredondadas, plantas e arabescos são as principais caracteristcas do Art Nouveau.

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Artes ALPHONSE M UCHA - grande artista, joalheiro e designer, Algumas de suas artes:

Cartaz publicitário: Savonnerie de Bagnolet (1897)

Cartaz publicitário: Biscuits Champagne Lefèvre Utile (1896)

Cartaz publicitário: Cartaz publicitário: F. Champenois Imprimeur-É- Biscuits Lefèvre-Utile (1896) diteur (1897)

Cartaz publicitário: Bières de la Meuse (1897)

Princesse Hyacinthe (1911)

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TOULOUSE LAUTREC - pintor pós-impressionista e litógrafo francês, Algumas de suas artes:

Design de Produtos Alguns exemplos de Art Nouveau aplicada ao Design de Produtos.§

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COPA DO MUNDO A Copa do Mundo FIFA de 2018 será a vigésima primeira edição deste evento esportivo, um torneio internacional de futebol masculino organizado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), que ocorrerá na Rússia, anfitriã da competição pela primeira vez. Com onze cidades-sede, o campeonato será disputado entre 14 de junho e 15 de julho. A edição de 2018 será a primeira realizada no Leste Europeu e a décima primeira realizada na Europa, depois de a Alemanha ter sediado o torneio pela última vez no continente em 2006.

LOGOTIPO A FIFA apresentou o emblema oficial em Moscou, para capturar de forma criativa a essência deste momento histórico, a inspiração foi tirada da rica tradição artística da Rússia e de sua história de realização e inovação no espaço. A forma do Emblema Oficial da Rússia 2018 assume o contorno universalmente reconhecível do Troféu da Copa do Mundo, enquanto o uso ousado de vermelho, dourado, preto e azul na paleta.

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As cores do emblema foram inspiradas em técnicas centenárias vistas em renome mundial a arte russa que remonta às primeiras pinturas de ícones. A bola mágica no topo do emblema coloca o amor de todos pelo futebol no centro das atenções e os componentes juntos combinam atributos únicos da Copa do Mundo e da Rússia como nação anfitriã, unindo magia e sonhos, como a concorrência fará por milhões de fãs em 2018.


LOGOTIPOS HISTÓRICOS Desde sua primeira versão em 1930 até a disputa deste ano, a identidade da Copa do Mundo passou por diversos estilos. Veja alguns posteres para a ver a evolução das artes até a atualidade.

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MASCOTE A mascote, além de incentivar e interagir com os mais diversos tipos de pessoas, cativa o público infantil e desperta seu interesse pelos produtos e serviços, trazendo consigo laços de fidelidade entre uma marca e seus consumidores. O objetivo da FIFA é chamar a atenção das gerações mais jovens para o futebol, por isso a preferência por personagens em desenho animado. A recomendação da Federação é que a mascote represente algo típico do país sede: um animal, uma planta, uma cor. Para a copa deste ano, a responsabilidade é de Zabivaka, o lobo antropomórfico que usa as cores da equipe russa, bem como óculos esportivos de cor laranja; foi escolhido em outubro de 2016 através. Através de uma votação, sendo que esta foi a que mais teve eleitores na história da FIFA.

Zabikava não foi um produto do acaso ou a habilidade de um especialista em marketing. A mascote foi projetada com base em uma pesquisa online com crianças russas. Com essas ideias, estudantes universitários russos enviaram seus projetos do que seria a mascote da Copa do Mundo de Futebol. Ekaterina Bocharova foi quem desenhou Zabivaka, que em russo significa algo como “aquele que marca gols”. Este lobo é encantador, sociável e divertido, um jogador de futebol que respeita seus adversários e que, como um bom patriota, adora seu país.

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1966: World Cup Willie (Inglaterra) A mascote da Copa do Mundo foi inventada pelo artista plástico Reg Hoye em 1966, quando o evento foi sediado na Inglaterra. O país adotou a figura de um leão jogando futebol para representá-lo, e fez o maior sucesso. Até uma música foi composta para ele, pelo artista escocês Lonnie Donegan. O leão é um símbolo típico do Reino Unido. Para reforçar o patriotismo, o bichinho veste uma camisa com a bandeira do país. A Copa do Mundo foi um dos primeiros eventos esportivos a adotar uma mascote.

1982: Naranjito (Espanha) A Espanha inovou na escolha de sua mascote, obra dos artistas espanhóis María Dolores Salto e José Maria Martín Pacheco. Foi a primeira vez que uma comida – a laranja – foi escolhida para representar o evento. A fruta típica do país usa um uniforme da seleção. O nome é o diminutivo masculino de “naranja”, a palavra espanhola para laranja. uma bola de futebol. A carismática frutinha acabou se tornando uma das mais populares mascotes das Copas do Mundo. Ganhou até o próprio programa de TV, transmitido na Espanha em rede nacional. “Fútbol en Acción” contava com a participação de outros dois personagens animados.

1990: Ciao (Itália) A mascote escolhida para representar a Itália, na Copa de 1990, quebrou o padrão “fofinho” usado desde o início da tradição. A figura ficou mais inovadora que suas antecessoras, parecendo um boneco feito de Lego, cuja cabeça era uma bola de futebol, pintado com as três cores da bandeira italiana. O nome Ciao é a palavra italiana usada para dar “oi” e “tchau”. Por seu design simples e marcante, trata-se de uma das mascotes mais icônicas das Copas do Mundo.

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2014: Fuleco (Brasil) Fuleco é a mascote da Copa do Mundo FIFA de 2014. O mascote é inspirado no gênero dos tatus-bola, mais especificamente na espécie

2010: Zakumi (África do Sul) A mascote da primeira Copa do Mundo realizada em um país africano, desenhada pelo artista sul-afri-

2002: Kaz, Ato e Nik o (Itália)

cano Andries Odenhaal, foi um leopardo. O personagem tingiu os pelos

A Copa de 2002 foi a única da his-

de verde para se camuflar melhor no

tória cuja sede foi dividida entre dois

campo de futebol. Zakumi nasceu em

países.

inovaram

16 de junho de 1994, data em que a

também na mascote: pela primeira

África do Sul se tornou uma república

vez, foram usados três personagens. As

democrática. Simbolicamente, Zaku-

criaturinhas futurísticas representaram a

mi representa a ainda adolescente

competição, realizada nos maiores polos

democracia sul-africana, cheia de

tecnológicos do mundo, mas não foram

energia, mas que ainda tem muito a

bem aceitas pelo público. Isso devido à

amadurecer.

Os

organizadores

falta de identidade das mascotes, que

O lucro obtido com estratégias de

não usavam nenhum assessório que

merchandising utilizando-se a masco-

as remetessem ao seu país de origem.

te chegou aos 3 bilhões de dólares. A

Os nomes foram escolhidos por meio

quantia é 1.500 vezes maior do que a

de uma votação pela internet, método

arrecadada 44 anos antes, quando foi

que se repetiu em 2012, na escolha da

adotada a primeira ma

conhecida como tatu-bola-da-caatinga, que é natural da região de caatinga do nordeste do Brasil e encontra-se em estado de espécie ameaçada de extinção. A novidade deu o que falar: na imprensa, nas rodas de amigos e nas redes sociais, não faltaram críticas à escolha do nome. A maioria delas é devido à semelhança do nome com a palavra “fuleiro”, que, no português popular, significa algo de baixa qualidade.§

mascote brasileira

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EDIÇÃO - 1° SEMESTRE DE 2018 - REVISTA AESTHETIC A revista do Designer Gráfico - Software no Design Gráfico


TIPOS DE IMPRESSÃO Ao desenvolver um projeto gráfico, é importante atentar-se à qualidade de impressão para que o layout seja valorizado e transmita a mensagem de maneira eficiente. Porém, é imprescindível definir, antes de iniciar o desenvolvimento do projeto, o sistema de impressão mais adequado, levando em consideração o tipo de papel, cores e acabamentos utilizados. Os processos de impressão são definidos pela forma como ocorre a transferência dos elementos gráficos para o papel e são classificados em diretos e indiretos. Selecionamos as formas de impressão mais comuns no mercado gráfico:

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OFFSET Esse é o processo mais utilizado no segmento gráfico atualmente, principalmente por ser fácil imprimir em larga escala com ele. A impressão offset é um processo que consiste da interação entre água e gordura (a tinta offset é de consistência gordurosa). O processo de impressão offset é indireto, ou seja, a imagem é transferida da matriz para um rolo de impressão (blanqueta) e somente depois é passada ao papel. Por isso a matriz (chapa offset) é legível mesmo antes da impressão, diferentemente dos processos diretos onde a matriz é espelhada (texto escritos invertidos).

ROTOGRAVURA O processo de impressão rotogravura é chamado também de processo em baixo relevo, porque a imagem na matriz é um baixo relevo em relação à superfície do cilindro. A matriz de impressão do processo rotogravura é constituída por um cilindro de cobre perfeitamente uniforme, gravado e cromado. A gravação das células que formam as imagens no cilindro é obtida através de diamantes (processo eletromecânico). O sistema rotogravura é indicado para impressão de grandes tiragens em alta velocidade, com a vantagem de se obter impressos de qualidade sobre suportes menos nobres. A saída poderá ser em cadernos dobrados prontos para o acabamento final ou, dependendo do produto, poderá ser grampeado e refilado em linha

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FLEXOGRAVURA É uma forma de impressão com chapa em relevo, feita de borracha conhecida como clichê. Algumas máquinas impressoras são compostas com sistema de secagem, geramente por circulação de ar quente. Na flexografia, a área a ser impressa está em relevo, quando a superfice é entintada, a área ao redor, sendo mais baixa não recebe tinta e, portanto não imprime. A tinta é trasferida do clichê diretamente para o suporte, conhecido como filme de embalagem flexível e comumente utilizado em embalagens de produtos.

TAMPOGRAVURA É um processo de impressão indireta em baixo relevo, este sistema era visto como uma arte simples de decoração e hoje se tornou um sistema de impressão capaz de imprimir em diversos tamanhos, tipos de peças e materiais. Atualmente utiliza-se em concorrência com a serigrafia no campo da estamparia de objetos tridimensionais. Contudo é a tampografia que se destaca por ter a maior versatilidade, pois permite a impressão dos mais diversos tipos de superfícies e formatos de materiais, sejam côncavos, convexos, rugosos, com desnível, porosos etc.


SERIGRAFIA Também conhecido como silk screen, a serigrafia é um processo utilizado na transferência de imagens em tecidos e diversos outros materiais. O grande destaque da serigrafia é sua qualidade e durabilidade. Além disso, é um processo relativamente simples, no qual é usada uma tela que transfere a imagem colorida para o tecido ou qualquer outra superfície onde se deseja imprimir a mensagem. A serigrafia, ou silk screen, é comumente usada para impressão em tecidos, camisetas, impressão de camisetas personalizadas, banners e outdoors em altas ou baixas tiragens.

TIPOGRAFIA É simplesmente a impressão de tipos, ou seja, de letras em variados formatos. A cada nova configuração de um conjunto de letras, forma-se um novo conjunto tipográfico. Sendo assim, podemos dizer que a tipografia é a arte da letra e, atualmente é a principal forma de comunicação visual, já que esse tipo de impressão permite a expressividade do texto. Cada tipo de letra é utilizado de acordo com o assunto e o objetivo do texto, em livros, por exemplo, o mais adequado é o serifado. Para designers, o saber dessa forma de impressão é essencial, principalmente para os que trabalham na área de diagramação.§


TIPOGRAFIA Você sabia que tipografia vem do grego typos e granhein e significa forma escrita? Pois é, quando você digita um texto está usando uma fonte e o conjunto de todas as fontes parecidas se chama família tipográfica. A invenção dos tipos é datada por volta de 1450 e desde então tornou-se uma arte estudada e apreciada, sendo também parte fundamental da vida de todos. Durante séculos o principal meio de produzir um impresso (como um livro) eram os manuscritos feitos pelos copistas e monges na idade média, era um trabalho árduo e demorado. No século XV a invenção dos tipos móveis de chumbo permitiu que os textos e livros fossem produzidos e disseminados de forma mais rápida, além de facilitarem o acesso as classes mais populares (se resumindo a artigos religiosos, jurídicos, históricos e científicos). Gutenberg é considerado o inventor dos tipos móveis e ficou conhecido pela impressão da bíblia entre 1453 e 1455.

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Tipos Existem diversos tipos e como citamos anteriormente eles são classificados conforme suas características, são eles:

Góticas ETRUSCOS (bastões ou lapidarias)

Serifas (Egípcias)

MANUSCRITAS (cursivas ou caligráficas)

EUZEVIRES (Romanas antigas)

Fantasia

BODONIS

(Decorativas)

(Romanas modernas)

Gótica A fonte gótica será o destaque dessa edição, vamos lá? O simbolismo é algo muito ligado a tipografia, independente da forma estética ela estava ligada e inserida a cultura, representando o pensamento da época em que foi criada além dos meios tecnológicos em que a mesma foi reproduzida. Na tipografia gótica não é diferente, a ligação com o povo germânico é evidente, mesmo durante o inicio do século XX quando a ordem era a modernidade e a estética funcional os tipos góticos ainda eram desenvolvidos e exportados para qualquer parte do mundo onde tivesse algum resquício da cultura germânica. No Brasil, principalmente no Sul e em São Paulo, inúmeros livros, revistas e jornais fo-

Primeira pagina da Bibilia de Gutemberg

ram impressos com os tipos góticos. O termo “Blackletter” também foi utilizado ao se referir a fonte gótica, mas


Bíblia de gutemberg exposta em museu.

Escritos na parede de uma Catedral Francesa.

não a atual e sim aos antigos tipos Old English, era utilizado pois descrevia a relação estética entre a escuridão dos caracteres e o branco das páginas utilizadas nas escrituras da idade média. A partir do reinado de Carlos Magno a tipografia gótica foi abafada visando os ideais humanistas.

A primeira tipo gótica a ser utilizada foi a Textura, termo criado por conta do aspecto de tramas fechadas e da a diferenciação de uma letra para outra feita por poucos traços, era a mais comum na Alemanha e em países ao norte europeu, seu primeiro uso se deu por Gutenberg na bíblia. Os tipos góticos foram de fácil disseminação por serem adaptáveis ao novo sistema de tipos móveis e pela utilização extensa dos tipógrafos germânicos que tinham habilidades e conhecimento técnico sobre o sistema de imprensa e do novo sistema de tipos. Com o tempo outros tipos góticos foram surgindo, a Bastarda (Schwabacher) era considerada mais funcional devido a sua execução mais ágil e se firmou como caligrafia popular. Já a


Fraktur teve influência do barroco na estética e resultou de uma fusão entre a textura e a bastarda. Atualmente o grupo das fontes góticas é muito utilizado por bandas de heavy metal em seu logotipo por trazer a estrutura mais imponente e agressiva. Em outro ponto podemos notar que a fonte gótica permanece como um representante da cultura Alemã perante o predomínio de outros caracteres.§ Outros exemplos do uso da Tipografia Gótica:

Jornal Der Kompak

“Pa Salutation Angélique”

Biblia Gótica Logotipo da Banda Motohead

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MERCADO DE TRABALHO

O mercado de trabalho para quem deseja ser um designer gráfico está em constante atualização e expansão, sendo possível notar isso através da procura cada vez maior por profissionais da área. Essa expansão se deve ao fato das empresas estarem buscando preservar ou criar sua identidade visual para conquistar mais espaço perante outras, mesmo aquelas pequenas que hoje buscam investir mais na área do desenvolvimento gráfico para serem notadas. O profissional de design gráfico tem a opção de trabalhar para uma empresa ou através de freelance. Segundo o site SINE a média salarial é muito variável e deve-se levar em consideração o porte da empresa em que você irá trabalhar. A média varia entre R$ 1900,00 a R$ 3500,00. A melhor forma de ser inserido dentro do

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âmbito do design é trabalhando como aprendiz em empresas de branding ou então agências de comunicação, assim o profissional adquire experiência em campo, sendo muito importante no currículo futuramente. Outro ponto importante a se considerar são as tendências anuais de mercado. Quando você trabalha com design gráfico, deve ficar antenado a todos os lançamentos relacionados a área. No mercado atual a tipografia vem sendo utilizada em larga escala, por serem de fácil usabilidade e permitirem a criação de diversos elementos, se tornando a opção mais viável e mais leve. O uso de fontes de diferentes tamanhos, a construção de elementos (como formas ou desenhos) apenas utilizando letras e muitas vezes a transformação da fonte para um elemento artístico são os exemplos mais comuns e também os queridinhos dos designers na criação dos materiais. Os elementos 3D são outra parte importante, aliados ao minimalismo causam uma sensação de imersão muito

maior e também um contraste evidente e interessante. Por isso é importante que os designers e ilustradores se interessem em aprender sobre softwares 3D e utilizem os mesmos em suas criações, transformando em uma assinatura única. Outra tendência dentro dos elementos 3D é o uso de um fundo da mesma cor que o objeto e um bom uso de sombras e iluminação. O fundamental é que cada profissional identifique e saiba como aplicar em seu trabalho, não há uma obrigatoriedade, apenas novas opções. Claro que poderíamos citar diversas outras tendências, mas vamos apenas listar essas. E você, conhece alguma tendência ou já identificou as que foram citadas em algum produto?§


Designer Gráfica Paula Scher

Biografia

PAULA SCHER Ao longo dos seus 69 anos, a Designer Paula Scher é um grande exemplo de se arriscar, pois ao longo de sua carreira profissional desenvolveu as suas habilidades em todas as áreas possíveis dentro do design gráfico. Criando desde obras mais simples como logomarcas, capas de discos e até obras consideradas mais complicadas como arquitetônicas ou um mapa tipográfico de 3m². “Eu sou uma criança e estou apostando o tempo todo. E eu penso que se você não está, provavelmente há alguma coisa essencialmente errada...” Essa foi uma de suas falas à um canal de documentários no Youtube, e com isso, podemos ver que a sua coragem à levou ao ponto que chegou hoje. Criadora da logo de marcas reconhecidas como Windows, Citybank e principalmente, a primeira diretora feminina da “Pentagram”, uma das maiores empresas de design, tendo escritórios em Londres, Nova York, São Francisco, Berlim, Austin e Texas. Além disso, Paula possui dois livros, sendo um lançado em 2002 e escrito por

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Paula Scher pintando os 39 dos seus mapas tipográficos.

Os novos logotipos do Windows e Citibank foram Desenvolvidos por ela.

ela mesma, contando brevemente sobre sua vida pessoal e detalhadamente sobre a vida profissional. Já o outro, seria um conjunto de 39 dos seus mapas tipográficos, que inclusive, apesar do tamanho imenso, são todos feitos à mão e demoram anos para serem finalizados.

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O foco do seu trabalho, sem sombra de dúvidas seria a tipografia. Notamos isso principalmente nas capas dos 150 discos que a mesma produziu enquanto trabalhou na gravadora CBS Records (agora Sony). As capas não estabeleciam um padrão para cores, formatos ou traços, mas sempre haviam variedades de fontes. Também podemos perceber esse foco em um dos seus locais de trabalho desde 2001, “na HighLine”, que seria um trilho elevado na pista da cidade de Nova York. Antes de ela começar este projeto, as pessoas definiam o local como abandonado, mas Paula conseguiu dar vida ao mesmo principalmente focando na tipografia das


Seu estilo é uma referência no design, (acima) Algumas de suas mais famosas criações.

placas ao redor. O que podemos absorver do seu trabalho? Bom, além de sua extensa experiência na área, ela nos mostra que não devemos nos limitar á um padrão, tanto para os

projetos quanto ao estilo deles, pois isso pode nos fechar inúmeras portas para o sucesso. §

Paula participou do documentário “Abstract: The art of design” produzido pela Netflix.

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