Projeto revista 2

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Edifício Martinelli

Tombado em 1922 pelo Patrimônio Histporico (Condephaat), o Edifício Martinelli é um símbolo da verticalização de São Paulo, um verdadeiro marco na arquitetura Brasileira. Foi erguido em meados de 1930 entre as ruas São Bento, Libero Badaró e São João, ganhando o titulo de primeiro arranha céu da America Latina. Seu Idealizador Giuseppe Martinelli convocou o arquiteto húngaro da academia de Belas Artes de Veina William Fillinger, para projetar um prédio que inicialmente teria 12 .andares, mas que acabou com 30 O edifício atualmente pertence à Prefeitura e abriga órgãos .municipais de diversas funções Modernizando sem perder a essência, os últimos cinco andares e o oitavo pavimento do prédio passaram por uma restauração pelas mãos de Paulo Lisboa que recorreu á uma série de intervenções para melhorar as condições do edifício. As mudanças foram adaptadas para a Secretaria de Licenciamento que atualmente está instalada lá.

Martinelli viveu seus tempos de glamour com formas bem definidas, pé-direito com 3,70m, amplas abertura com esquadras de madeira e pinho-de-riga e mais a .escadaria revestida de mármore Carrara Além das reformar menores, o novo projeto também modernizou a iluminação e implantou uma infra-estrutura necessária para conexão á informática e comunicação. Isso tudo foi feito pelo arquiteto Paulo Lisboa sem restringir .o funcionamento do prédio Mesmo com o trafego intenso de pessoas durante as obras foram colocados piso elevado e sobre ele, um revestimento vinílico ideal para o cotidiano do local. A escolha do piso ocorreu porque havia desigualdades em certas partes do chão, fazendo assim a preservação da altura ideal das janelas. O vinílico foi escolhido pelo custo beneficio, rápida instalação, fácil de higienizar e conforto termo acústico, fornecendo uma superfície texturizada que no calor não aquece como o carpete, e no frio é .aconchegante ao contrario da cerâmica

Todos os pavimentos do prédio são diferentes, porque de acordo com a movimentação e cada setor de trabalho que ocupará o espaço o layout do lugar tem de ser adaptado, o que interfere diretamente na eficiência do projeto. Assim cada pavimento segue o tipo de atividade desenvolvida pelo órgão publico que atua no espaço, levando em consideração também o fluxo de informações e pessoas que .passam por lá todos os dias A iluminação foi desenvolvida pelo arquiteto Fabio Falanghe que adaptou uma série de ensaios e mediações ideais para um local de trabalho onde a luz fosse adequada para executar o trabalho de cada área, cortando assim o cansaço dos trabalhadores. O projeto também deu mais destaque a arquitetura do prédio por meio de luzes indiretas que refletem as modernas vigas .aparentes


ILUSTRATIVO


de aço e bronze foram restauradas e o interior .do cofre transformou­se em salas de exposições No térreo, os balcões de atendimento foram ,cortados para que houvesse uma fácil circulação onde agora é o hall de entrada. Os trechos ,mantidos sãousados como guarda­ volumes recepção e bilheteria, e as partes tiradas foram .reutilizadas na bomboniére do terceiro andar No mezanino foi inserido o restaurante. O primeiro andar recebeu o cinema, sala de vídeo e sala par workshop. O segundo, espaço para exposições e Cybercafé. Mais salas de exposições ocupam o terceiro andar junto com o teatro que tem capacidade para uma platéia de 135 pessoas divididas em dois pavimentos. ainda ,foram encaixadas mais espaços culturais administração, loja de souveniers, casa de .máquinas e ar­condicionado em apenas 4,1 mil m2 O CCBB exigia uma a conversão de uma agencia bancaria de quase cem anos, cuja fachada e outros elementos já foram tombados pelo Condephaat, em um espaço eficiente para a realização de múltiplas atividades culturais. Conciliar o restauro com a modernização foi um grande desafio vencido por Luiz Telles e toda .a equipe da LT Arquitetura O novo CCBB pode ser definido como High­Tech do passado. Os espaços são climatizados, tem cenografia, segurança, áudio, vídeo e comunicação de dados com o padrão tecnológico de ultima geração. As salas de exposição têm controle de temperatura e umidade para preservar as obras expostas. Mesmo as peças históricas de Pujol, como o elevador principal e o relógio do hall são controladas por sistemas digitais. Os caixilhos das grandes janelas não foram trocados, mas foram presenteados com vidros acústicos e esquadrias internas. Outra inovação da reforma foi o Cybercafé, ornamentado com .o glamour do início do século

democratizando o espaço, o interior de cada piso foi mantido como um registro da história do edifício, e com essa decisão o caminho a ser seguido pelo resto da reforma foi traçado: Adaptar o novo uso sem danificar, deixando as marcas do passado ao alcance do publico. Mesmo as portas que não tinham utilidade continuaram intactas para preservar as características originais Os cofres da antiga agência que estavam no subsolo, tiveram também a sua reforma. As portas


Centro Cultural Banco do Brasil O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), se ,encontra no coração da cidade de São Paulo ocupando uma edificação do ano de 1901, com 4.183 metros quadrados e cinco andares na Rua Alvares Penteado, 112, Centro. Essa clássica obra reformada pelo arquiteto Hippolyto Pujol, foi o primeiro prédio próprio do Banco do Brasil na capital paulista, comprado em 1923 e reinaugurado Com características cubistas como a ornamentação dourada e detalhista que rompeu as barreiras da arquitetura renascentista, o prédio excluiu a intenção de tridimensionalidade dando .ênfase em suas formas retas e angulosas Quando o edifício foi reformado, os elementos originais foram restaurados e continuaram mantendo as linhas que tornaram o CCBB um dos mais significativos exemplos de arquitetura do Quando foi iniciado o projeto do CCBB, o arquiteto Luiz Telles e sua equipe nutriam duvidas quanto a estética do prédio, se havia sido criada para o Banco do Brasil ou se pertencia a obra original. De acordo com documentos, o projeto de Pujol conservou o aspecto das paredes externas, entretanto os estudos mostraram que a fachada possuía elementos presentes em outros trabalhos do arquiteto. Concluindo assim que a fachada pode ter sido uma criação original de Pujol, já que os grandes vãos nas janelas e as reentrâcinas e ornamentos aparecem .em varias outras obras do arquitetos Na época em que ali funcionava o Banco do Brasil, eram ocupados apenas o subsolo, o térreo e o primeiro andar, as demais salas de outros pavimentos eram alugadas. Por se tratar de uma agencia bancária, vários elementos que remetem a economia estão representados por toda a construção, como as folhagens de café em ferro forjado que decoram toda a fachada, a clarabóia central, as imagens dos deuses gregos Mercúrio e Vulcano, expostas logo no hall de entrada representando o poder do .trabalho e a realização material Adornos com douração, colunas com capitéis trabalhados e luminárias de dois braços foram aplicadas apenas nos pavimentos onde o Banco

exercia funcionamento, se destacando das outras salas alugadas que eram mais simples, a partir do segundo piso os capitéis são retos, as luminárias tem um braço só e a clarabóia de .vitral colorido marca a separação dos espaços No projeto da LT Arquitetura, a clarabóia passou para o quarto piso e foi elevada para integrar os pavimentos, apoiada por uma estrutura de gesso com interior de metal. Com a clarabóia


EDITORIAL O movimento cubista na arquitetura O Cubismo surgiu com Braque e Picasso em Paris no século XX, onde esses jovens pintores aderiram .ao movimento. A arte cubista é mental, e não segue uma interpretação ou semelhança com a natureza No cubismo as formas geométricas invadem as composições, as formas observadas .na natureza são retratadas de forma simplificada, em cilindros, cubos ou esferas O principal arquiteto do movimento cubista foi Charles Edouard Jeanneret, mas conhecido com Le Corbusier, que foi muito influenciado pelo primo Pierre Jeanneret um arquiteto e designer suíço. Através da arte de :pintar de Le Corbusier ficou muito mais próximo das formas e as diversas maneiras de usa-las, e elas são Planta livre de estrutura: Por meio de uma estrutura independente, que permite a .livre locação das paredes, já que estas não mais precisam exercer função estrutural Fachada livre de estrutura: Como a planta livre, a fachada livre resulta da independência .da estrutura, dessa forma a fachada pode ser projetada sem impedimentos .Pilotis: São os pilares que elevam o prédio do chão, permitindo a passagem por debaixo dele Terraço jardim: Transfere o solo ocupado pelo edifício para .cima na forma de um jardim, podendo assim recuperá-lo .Janelas em fita: Pelo fato da fachada ser livre é permitida uma relação desimpedida com a paisagem Com isso o movimento cubista mudou a maneira de ver a arte, pelo fato dele romper com as varias características da arquitetura renascentista, com a continuidade espacial, com a aproximação do interior exterior e com a associação espaço-tempo. Inovou e radicalizou uma forma de expressão arquitetônica e com .sua maneira diferente de criar suas obras, conseguiu atrair mais e mais pessoas para o fora do imaginável

ESPECIFICAÇÕES TECNICAS


Desde o ano de 2003 tornouse cartão postal de São Paulo o Hotel Unique, que está localizado próximo aos pontos mais movimentados da cidade como a Av. Faria Lima e Paulista, Shopping Centers, Aero Porto de Congonhas e Parque do Ibirapuera. O Hotel foi projetado em um formato de arco invertido e longo, e uma obra assim tão inovadora só poderia ter sido assinada pelo renomado arquiteto Ruy Ohtake que também tem seu nome em diversas obras arquitetônicas pelo Brasil e fora. Ohtake que explorou acabamentos e elementos estruturais diferentes, tanto na parte interna, quanto externa, o que fez o Hotel Unique ser reconhecido por sua estrutura arquitetônica, que engloba técnicas estruturais que mantém em perfeita harmonia a .beleza de uma arte de concreto Os concretos utilizados na estrutura do Hotel tinham que ser de alto desempenho e envolver traços bombeáveis, dispondo de uma rígida tecnologia e full time. Foi exigido durante a obra a especificação de concretos personalizados, ou seja, coloridos, e um árduo trabalho de protensão para manter a integração .do metal com o concreto O Grupo Método preferiu industrializar a construção das etapas do Hotel a partir de tecnologia, permitindo assim que as substancias estruturais fossem produzidas fora da obra em si. A estrutura do Unique não foi projetada para se apoiar nas pilastras laterais, a estrutura principal vai de

Hotel Unique encontro as paredes, deixando as pilastras com a função de resistir contra o vento. Os pavimentos foram feitos com lajes protendidas de 22cm de espessura sucessivos do segundo ao sétimo pavimento, totalizando 20,5 mil m² de .construção bruta O longo arco do Hotel é composto por duas grandes empenas de fachada posterior e frontal, feitas de concreto com 90m de comprimento que sustentam as lajes e vedam o Hotel. A estrutura principal é sustentada por oito pilares tronco-piramidal com as duas .laterais em balanços de 24m As reais características dos outros materiais estruturais como aço e sua interação com os demais elementos na obra, não passou despercebida pelo conhecimento técnico e executivo do Grupo Método, .fazendo assim muito sucesso


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