PORTFOLIO ARQUITETURA E URBANISMO
M A U RICIO A B E
Maurício Keiti Abe R. Cônego Francisco Ribeiro, 715 S. Miguel Arcanjo, SP 18230-000 mauricioabe.arq@gmail.com +55 15 99786 1374 https://mauricioabearq.wixsite.com/mauricioabe
Estudante de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Presidente Prudente, SP. Busca aprender novos conhecimentos e habilidades para melhorar a qualidade de seus trabalhos. Interessado, atualmente, em atuar na área de projetos, objetivando a - difícil - integração da teoria com a prática arquitetônica e urbana. Participou do Projeto de Extensão NAU (Núcleo de Arquitetura e Urbanismo), orientado pelo Prof° Dr° Evandro Fiorin, entre 2014 - 2016, em que desenvolvia projetos para concursos e instituições filantrópicas. No início de 2017, estagiou no escritório grupo DEArquitetura, liderado pela arquiteta Cristiana Pasquini. Venceu o concurso de Logotipo do Comitê de Artes e Cultura (CAC) da UNESP em 2015. Foi premiado no 8°Congresso de Extensão da UNESP na categoria “Novas Tecnologias: Perspectivas e Desafios” em 2016. Ganhou o concurso do monumento de cem anos da cidade de Presidente Prudente em 2017.
SUMÁRIO
1.
KUJENGA pg. 06
2.
MONUMENTO CENTENÁRIO pg. 18
3.
PRAÇA DA MEMÓRIA pg. 24
4.
E S PA Ç O TERRA pg. 34
01 KUJENGA Tema:
Projetar 4 tipologias de habitações em container
Ano: 2016 Equipe:
Maurício Abe; Esdras Veloso; Luís Gustavo Chagas; Evandro Fiorin
Ao contrário de remover blocos de uma torre, tal como o jogo (jenga) o cubo se constrói por contenedores que buscam o equilíbrio em uma estrutura estável, mas que pode crescer e progredir em dispositivos explodidos formulando novos núcleos de contêineres. O cubo como constructo de peças intercambiárias que se alteram de modo a considerar variáveis distintas para a vivência humana. Da costa do Pacífico, à África e ao Índico: a Linha do Equador determina o equilíbrio das intervenções em locais diversos e suas variantes. Além disso, o desenvolvimento de propostas que sejam ambientalmente corretas é pressuposto indispensável em qualquer novo projeto no ramo de empreendimentos imobiliários. Se levarmos em consideração que o Brasil ainda carece de 6 milhões de unidades de moradias, segundo pesquisas recentes, o cenário que se descortina de expansão das nossas cidades, merece respostas urgentes e que sejam mais responsáveis, no que tange a preocupação com o meio ambiente. Nesse sentido, este trabalho busca explorar materiais e infraestruturas já existentes, reorganizando-os, para configurar novas resoluções que otimizem a construção civil e que sejam ambientalmente mais sustentáveis. Desta forma, o projeto Kujenga prima pela reciclagem de containers descartados para criar novos módulos habitacionais, solucionando dois problemas simultaneamente: o impacto ambiental e a carência de moradias, podendo, também, ser aplicado a outras realidades.
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kujenga
kujenga
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1
Mรณdulo 1
2
Lรฃ de PET
1
Estrutura de Drywall
2 Esquadria
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kujenga
Mรณdulo 2
0
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4
kujenga
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3
Mรณdulo 3
Mรณdulo 4
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kujenga
Mรณdulo 5
0
3
2
4
Junta Metรกlica
kujenga
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4
5
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Cortes
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kujenga
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7
8
6
7 8 5
kujenga
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Mรณdulo de Serviรงo
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kujenga
kujenga
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02 MONUMENTO CENTENÁRIO Tema:
Projetar um monumento em homenagem aos 100 anos da cidade de
Presidente Prudente
Ano: 2017 Lugar:
Presidente Prudente, SP - Brasil
Equipe:
Maurício Abe; Ygor Santos Melo; Amanda Rosin + Cristiana Pasquini
(Grupo DEArquitetura) e Lana Mika Ota (Grupo DEArquitetura)
Prêmiação:
1° Colocado
A diretriz do projeto nasce de duas questões: a relevância histórica do museu e a difícil mobilidade de pedestres. Partindo dessas questões o monumento se constitui em dois eixos, um transversal que permite um cruzamento entre museu-shopping ao transeunte, e outro longitudinal que tem na contemplação e enquadramento do museu, a sua força. No primeiro, o piso iluminado remeterá à linha férrea, elemento formador da cidade. No segundo, o monumento se constitui através de pórticos metálicos iluminados, que caracterizam a passagem centenária da cidade - um percurso no qual, à medida que adentramos, não perdemos o foco da nossa história e formação: o pórtico direciona o olhar ao museu. A fim de atribuir permanência ao monumento, cria-se uma pequena praça com rasgo de água - um lugar de referência histórica e de memória quando enquadra o museu, além de possibilitar a transposição para pedestres.
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monumento centenรกrio
monumento centenรกrio
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Placa de acrílico translúcido
Lâmpada LED computadorizada
Perfil metálico “I”
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monumento centenário
A iluminação poderá ser usada para quaisquer fins, sejam eles comemorativos ou apenas decorativos. Tanto o pórtico quanto o eixo transversal iluminado, terão cenas de cor e movimento por meio de um sistema de automação da luz LED RGB. Essa soma de elementos se relaciona aos valores de memória e tecnologia, trazendo um novo olhar para os próximos 100 anos da cidade sem que nos esqueçamos de sua formação.
monumento centenário
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03 PRAÇA DA MEMÓRIA Tema:
Projetar um memorial para as vítimas da tragédia da boate “kiss”
Ano: 2018 Lugar:
Santa Maria, RS - Brasil
Equipe:
Maurício Abe; Evandro Fiorin; Cristiana Pasquini (Grupo DEArquitetu
ra)
Céu parcialmente nublado em um fim de tarde em Santa Maria. No coração da porção territorial do Rio Grande do Sul chuvisca na Praça da Memória. Na lâmina do espelho d’água, o reflexo dos 242 nomes das vítimas do dia mais trágico da história da cidade. Traços perenes que não se apagam com os respingos que perpassam pelo vazio criado, nem pela chuva silenciosa que, momentaneamente, pode apenas atenuar as dores da alma. Lugar urbano de meditação, onde o céu e a terra se encontram.
Acima do piso ainda molhado de concreto repousa o
No subsolo, um auditório semienterrado, dotado de as-
Monumento de Luz. Construção translúcida, amparada
sentos alvos e paredes brancas, é ladeado por um muro-
por vigas metálicas longilíneas, as quais pousam sobre
-gabião de lastro de brita. Seu acesso é feito por uma am-
empenas laterais. Na parte envidraçada, o espaço muse-
pla rampa lateral revestida de mosaico português. Uma
ográfico acondiciona as lembranças dos entes queridos
parede verde constrói um mural na divisa do terreno.
em módulos transparentes e, por meio de projeções nas laterais do vidro, rememora 242 trajetórias de vida. Grande tela em branco para que a mensagem de que: “não se repita” possa ecoar ao longe, dos quatro cantos do salão memorial. Como pano de fundo, uma Edificação Vertical recoberta por chapas perfuradas 242 vezes; pequenos orifícios que agora permitem a ventilação, protegendo da insolação excessiva. Cada poro, uma vida, cada vida, um sopro. Uma fachada como uma galáxia recoberta por estrelas à noite. Neste edifício estão dispostos o café e a loja, banheiros acessíveis, depósitos, a sala multiuso e as salas para atendimento.
Praça Salas Hidráulico Acessos Anfiteatro Monumento/Memorial
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praça da memória
Nesse memorial, a vida urbana deve ser a protagonista; o livre acesso aos bancos da praça garantido; para que, à sombra da cobertura, todos compartilhem experiências, enquanto o som d’água permeie diálogos de resistência e esperança. O monumento / salão memorial são acessíveis por meio de uma passarela flutuante que os conecta à edificação vertical, mas, também, por uma esbelta escada que pousa sobre a praça. A partir desse espaço semi-público, dotado de iluminação salpicada pelo piso e um grande banco longilíneo, é possível contemplar todo o conjunto. Local que agasalha afetos; preenche o vazio; e busca se abrir para a cidade, acolhendo seus moradores e visitantes.
praรงa da memรณria
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praรงa da memรณria
praรงa da memรณria
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B
A
A
Pav. Térreo
B
Corte A
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praça da memória
Pav. Anf.
Pav. 1
Pav. 2 0
Corte B
0
5
5
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praรงa da memรณria
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praรงa da memรณria
praรงa da memรณria
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04 E S PA Ç O T E R R A Tema:
Trabalho final de graduação
Ano: 2018 Lugar:
Comunidade Rio Preto (Sete Barras, SP - Brasil)
Autor:
Maurício Abe
Orientador: Evandro Fiorin (orientador); Mariana Landis (co-orientadora)
Este trabalho tem como intuito fomentar ações para a conservação da Mata Atlântica - um dos biomas mais ameaçados do mundo - e tem como foco principal a comunidade rural do Rio Preto, localizada no município de Sete Barras na região do Vale do Ribeira, a região com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado de São Paulo. Devido às difíceis condições econômicas encontradas em seu contexto, a população do bairro teve, no passado, a extração do palmito juçara (Eu-
terpe edulis) como sua principal fonte de renda. Atualmente, a agricultura tem sido o pilar econômico do bairro, devido à difícil comercialização do produto no mercado alimentício, entretanto ainda assim as práticas do extrativismo ainda estão presentes em sua cultura, já que alguns moradores do bairro ainda empregam a extração como um complemento da renda. O fato é que esta planta encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção justamente por conta desta atividade ocorrer em toda extensão da Mata Atlântica. Desta forma, visando incentivar a geração de novas formas de renda para a comunidade do Rio Preto, este trabalho idealiza a criação de um espaço no qual atividades ambientalmente menos nocivas possam ser desenvolvidas, criando outras fontes de renda e novas oportunidades para a comunidade como um todo.
Apesar das diversas questões que derivam da precária condição de vida no Rio Preto, como o extrativismo do palmito juçara, a comunidade apresenta um excelente potencial econômico, científico e ecoturístico. Desta forma, o projeto elaborado neste trabalho terá como foco principal estas três esferas, de modo que tais atividades possam vir a ser melhores desenvolvidas no bairro, compreendendo-se que, ao trabalhar estes três pontos-chaves, outros ganhos também poderão ser conquistados.
centro de encontros escritório depósito banheiros
reforma
viveiro
Os terrenos selecionados estão defronte à rua principal do bairro e possuem uma rica vegetação no seu entorno, sendo interessante e fundamental explorar as possíveis relações estabelecidas entre Transeuntes x Projeto x Natureza.
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espaço terra
A separação dos equipamentos quanto aos lotes foi realizado de acordo com a correlação e interdependência das atividades que ocorreriam em cada item do programa, sendo os banheiros, o escritório, o depósito e o Centro de Encontros implantados no terreno maior e o viveiro alocado no outro.
Intervenção no projeto de recuperação da sede comunitária do bairro.
Implantação do Viveiro.
Organização do Bloco de serviços.
Relação espacial do Centro de Encontros.
Diagrama Síntese.
espaço terra
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espaรงo terra
Croquis + Estudos de composições e estruturas.
espaço terra
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Estrutura Centro de Encontros
Estrutura Bloco de Serviรงos
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espaรงo terra
Estrutura Viveiro
Estrutura Projeto de Recuperação No que diz respeito à possibilidade de execução da obra, o projeto explora os conhecimentos e habilidades empíricas que os próprios moradores possuem, e busca resgatar a cultura de mutirões que havia na comunidade no passa-
do; por consequência, as técnicas construtivas utilizadas serão passíveis de serem realizadas manualmente ou com pouco recurso tecnológico.
espaço terra
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A
B
B
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Corte A
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Corte B
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Viveiro - Plantas e Cortes
B
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A Corte A
Corte B
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Bloco de Serviรงos - Plantas e Cortes
B
Corte A
A
A
B Corte B 0
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Viveiro - Plantas e Cortes
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Corte A
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A
B Corte B
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Projeto de Recuperação - Plantas e Cortes espaço terra
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espaรงo terra
espaรงo terra
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espaรงo terra
espaรงo terra
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MAURICIO KEITI ABE mauricioabe.arq@gmail.com +55 15 997861374 https://mauricioabearq.wixsite.com/mauricioabe