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23 de abril de 2013

GEOh je Guerra dos seis dias| Yom Kippur | Questão Palestina e mais...

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE OS CONFLITOS ENTRE ÁRABES E ISRAELENSES!

O ORIENTE MÉDIO ONTEM E HOJE: Uma visão detalhada dos principais conflitos Árabes-israelenses e fatos da atualidade . Afinal, como está a situação atualmente?

APRENDA COM AS IMAGENS: Mapas e fotos para facilitar sua compreensão


Ter uma visão de mundo, avaliar determinado assunto de certa ótica, nascer e conviver em uma classe social, pertencer a uma etnia, ser praticante de uma determinada religião, são apenas algumas das condições que nos levam a pensar na diversidade humana, cultural e ideológica, e consequentemente, na alteridade, isto é, no outro, ser humano, que é igual a cada um de nós, e ao mesmo tempo, diferente. Observa-se no entanto, grande dificuldade na aceitação da pluralidade, pois os seres humanos tendem a tomar seu grupo e suas respectivas ideias como medida para avaliar os demais, levando ao chamado Etnocentrismo, a partir do qual surgem conflitos. Uma zona de forte instabilidade se concentra no Oriente Médio, e dentre os principais motivos, um merece destaque: As diversidades religiosas. O berço das principais religiões monoteístas permanece em estado de guerra há mais de 60 anos.

GEOh je

Ao compreender as diferentes concepções entre Árabes e Israelenses, seus interesses e reivindicações, além do processo histórico em que ambos os povos estão envolvidos, será possível perceber porque a paz é considerada quase impossível na região até os dias de hoje. Por isso, na elaboração da GEOhoje especial conflitos Árabesisraelenses, procuramos organizar e apresentar os conteúdos de uma maneira que você aprenda sem dificuldades este tema que a princípio parece complicado. Do estilo dos textos (sempre claros e sucintos) ao uso de muitos recursos visuais nas páginas (como mapas e linhas do tempo), tudo feito para facilitar o seu entendimento. Ao final da leitura, esperamos que esse conhecimento seja útil não apenas para a compreensão, mas também para a reflexão, enquanto cidadãos, a respeito da multiplicidade, aceitação e o mais importante: a paz.

Editores e redatores: André Moura, Felipe De Andrade, Gabrielle Garcia, Juliana Farignoli e Maurício Samuel Homsi Diretora de núcleo: Maria Angélica Tozarini

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SUMÁRIO GEOh je

12 Guerra dos seis Dias

LINHA DO TEMPO 5 Cronologia dos conflitos ISRAEL X PALESTINA 9 Guerra de Independência 10 Guerra do Canal 12 Guerra dos Seis Dias 13 Guerra do Yom Kippur 15 Intifada 16 Acordos de Oslo 17 Processo de paz 17 Camp David 18 Segunda Intifada 19 Muro de proteção 20 Plano de Paz internacional

20 Atualidades


LINHA DO TEMPO O Passado em suas mãos Para começar o nosso mergulho na história, nada melhor do que ter uma visão geral dos fatos. Confira a seguir uma linha do tempo completa, que mostra a cronologia dos conflitos que se seguiram entre Árabes e Israelenses após o surgimento do Estado Judeu, em 1948. Depois é só ir direto à página indicada para saber tudo sobre cada um.

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a.C.

Diáspora Judaica: Fuga dos judeus

d.C.

Sec.IV

2°Diaspora Judaica: Início da Ocupação Palestina

1933

Holocausto: Perseguição Dos judeus na Alemanha

1945

Fim da 2° Guerra: 6 milhões de judeus foram mortos em campo de concentração

Campo de concentração na alemanha

1947

Criação do Estado de Israel | Guerra de Independência: Os paises arabes visinhos não aceitaram a criação do estado de Israel

1956

Guerra do Canal: Disputa pelo controle do canal de Suez

1967

Guerra dos Seis Dias: Ataque preventivo de Israel

1973

Guerra do Yom Kippur: Contraataque dos arabes

Bandeira de Israel – A Criação de Israel dividiu a Palestina entre Judeus e Arabes.

1979

Início dos acordos de paz: Egito e Israel assinam um tratado de paz.

2000

(Des)acordo de Oslo: Fim da ‘’Paz’’ entre Israel e Palestinos

2012

ONU aceita Palestina como estado observador não-membro

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ORIGENS Os conflitos que hoje assolam o Oriente Médio têm diferentes motivos. O principal deles diz respeito ao território e diferenças étnicas e religiosas: israelenses e palestinos lutam para assegurar terras sobre as quais, segundo eles, têm direito milenar. Pode-se ainda mencionar, a localização estratégica do Oriente Médio, o qual se encontra entre os continentes europeu, africano e asiático. Além do âmbito econômico, sendo a mais rica região petrolífera do planeta. As tensões perduram há séculos. Vamos agora, analisar o histórico:

No século I d.C, a Palestina era habitada por diversos povos, cada qual com seus costumes. A região era subordinada a Roma, que controlava suas relações políticas e econômicas externas e internas. O povo judeu, que formava a maioria da população da Palestina, revoltouse contra o domínio imperial e no conflito que se estabeleceu, Jerusalém foi destruída e milhões de judeus foram expulsos pelas tropas do poder dominante, dando início à diáspora (dispersão), movimento migratório dos judeus para a Europa. Os judeus mantiveram suas tradições, enquanto os palestinos (árabes), após a ocupação romana passaram a habitar a região, no início da Era Cristã. Expulsos da Palestina pelos romanos, os judeus desejaram durante séculos o retorno à “Terra Prometida”, enfrentando todo tipo de descriminação e perseguição. Porém, o território já havia sido ocupado por outros povos, que igualmente, sentemse no direito de nele permanecer de modo autônomo. 6


2° Guerra Mundial O Massacre do holocausto e a Criação de Israel


Em 1939 Teve início a Segunda Grande Guerra Mundial (1939-1945). Paralelamente aos combates, Hitler punha em prática uma terrível política de perseguição aos judeus, considerados pelos nazistas uma raça inferior. Inicialmente foram confinados em Guetos, como o de Varsóvia na Polônia, que chegou a abrigar mais de 400 mil pessoas. A partir de 1942 foi implantada a “solução final”, que previa a deportação e a execução em massa em campos de concentração e extermínio na Polônia e na Alemanha. No fim do conflito, cerca de 6 milhões de judeus haviam sido mortos, num dos maiores crimes da história, o HOLOCAUSTO.

1946: Com o término da Guerra, diante do massacre do povo judeu e com milhões deles violentamente perseguidos sem ter para onde ir, o sionismo (colocar uma explicação no canto: chamou-se Sionismo, essa maciça migração de judeus para Terra Santa, em referência à Colina de Sion, em Jerusalém) ganha força. E no ano seguinte, o seu projeto de possuir um território foi concretizado: A opinião pública, sensibilizada com os sofrimentos dos judeus, concordou com a criação de um Estado judeu na Palestina.

Os povos que habitavam a região da Palestina, reunidos na Liga Árabe A Liga dos Estados Árabes, mais conhecida por Liga Árabe, é uma associação volu ntária de estados árabes autónomoscriada a 22 de março de 1945. Tem por obje tivos intensificar as relações e coordenar políticas e atividades destinadasao des envolvimento de todos os estados árabes.), não aceitaram a decisão da ONU, desencadeando uma série de conflitos, que persistem até os dias de hoje. 8


GUERRA DE INDEPENDÊNCIA A guerra de Independência, ocorreu de 1948 a 1949, com a formação de Israel. Contra os israelenses estavam todos os seus vizinhos árabes (Egito, Síria e Jordânia), mas que não foram suficientes para deter o novo Estado de vencer a guerra, conquistando novos territórios e aumentando em 50% a sua área.

Esse primeiro conflito, foi marcado pela expansão das fronteiras de Israel. A Cisjordânia e Jerusalém Oriental ficam com a Jordânia e Gaza com o Egito. Devido as perdas significativas, territoriais e humanas, este primeiro episódio, ficou conhecido como “A catástrofe” para os palestinos.

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GUERRA DO CANAL

Desde o século XIX, o Egito é uma região que desperta a cobiça de várias poderosas nações do mundo. Nesse contexto, a Inglaterra, no auge de sua ação imperialista, ocupou o território impondo sua crescente necessidade por mercados consumidores. Em 1922, essa situação se transformou apenas aparentemente, quando o Egito conseguiu estabelecer a sua independência com a formação de um regime monárquico. Na verdade, a influência inglesa continuaria na região através de uma articulada atuação diplomática. Após a Segunda

Guerra Mundial, essa importância seria ampliada com a valorização do petróleo do Oriente Médio e a estratégica função do Canal de Suez, construção de engenharia que interligava comercialmente várias embarcações que circulavam entre o Oriente, a Europa e a porção norte da África. Insatisfeitos com a presença estrangeira no país, um grupo de militares, liderados pelo coronel Gamal Abdel Nasser, organizou um golpe de Estado que derrubou o governo do rei Faruk, em 1952. Logo de início, os golpistas chegaram ao poder dispostos a implantar um conjunto de reformas pautadas na

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estatização das empresas e na limitação dos países estrangeiros na economia nacional. Além disso, o novo governo implantou uma reforma agrária apoiada pelos soviéticos. Em tempos de Guerra Fria, o apoio soviético ao Egito representava uma séria ameaça aos interesses de países como França, Inglaterra e Israel. Tal desconfiança se agravou ainda mais com a determinação egípcia de fechar o porto de Eliat, no sul de Israel, e promover a nacionalização do Canal de Suez. Por meio dessa última ação, o bloco capitalista acreditava que a União Soviética poderia consolidar um forte aliado político no Oriente Médio através dos egípcios. Reagindo imediatamente ao

bloqueio e à nacionalização do canal, os israelenses – com apoio franco-britânico – declararam guerra ao Egito. No dia 29 de outubro, os judeus organizaram uma violenta ação militar com a invasão imediata da península do Sinai. Paralelamente, grupos de paraquedistas franceses e britânicos realizaram a tomada de Port-Said, região de entrada do Canal de Suez. Temendo uma reação mais extremada dos soviéticos, os Estados Unidos desaprovaram a realização daquele conflito. Fortalecida, a União Soviética ameaçou as cidades de Londres e Paris com a promoção de uma ofensiva nuclear. Mediante tal configuração, os israelenses se viram obrigados a recuar suas tropas. Dessa forma, os soviéticos conquistaram uma zona de influência no mundo árabe. Sob o contexto dos interesses econômicos, árabes e judeus acentuavam a tenso clima da região.

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GUERRA DOS SEIS DIAS Como já dissemos, desde a criação de Israel , as brigas e conflitos entre judeus e árabes eram alarmantes. Depois da partilha da Palestina, em 1947 que apenas fez com que os conflitos se agravassem, os palestinos, insatisfeitos com os 56% do território estabelecido para eles, criaram um movimento reivindicando a criação de um Estado Palestino. Liderado por Yasser Arafat , os palestinos contestaram a hegemonia judaica na região com atos terroristas contra as pretensões expansionistas dos israelenses.

Buscando ajudar o país vizinho, a Síria se posicionou como apoio aos palestinos em 1966. Porém o que eles não esperavam era a superioridade bélica das forças israelenses que logo no ano seguinte fizeram um ataque aéreo a Jordânia buscando reprimir a mobilização dos povos árabes. No mesmo ano , o Egito colocou suas forças armadas em prontidão e estabeleceu um acordo de Defesa Mútua com a Jordânia e a Síria. Não contente, Israel atacou as forças egípcias de surpresa, fazendo com que eles ficassem rendidos em menos de uma semana. Ao acabar a Guerra, Israel conquistou a Península do Sinai, as Colinas de Golã, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

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GUERRA DO YOM KIPPUR

Após a Guerra de Seis Dias, o governo israelense tomou providências no sentido de proteger as terras conquistadas e, principalmente, o controle obtido sob o Canal de Suez. Por isso, construíram uma linha de fortificações ligadas por estradas que ficou conhecida como a Linha Bar-Lev. Por outro lado, as nações árabes derrotadas nesse primeiro conflito ainda se sentiam desrespeitadas com tal situação e logo organizaram uma resposta contra Israel. No dia 6 de outubro de 1973, grande parte da nação judaica se encontrava ocupada com os preparativos do “Yom Kippur”, um importante feriado também conhecido como o “dia do perdão”. Talvez por ironia ou razões estratégicas, Egito e Síria iniciaram

um pesado ataque militar abrindo fogo contra as postos israelenses que protegiam a região de Suez. Em questão de minutos, os exércitos israelenses receberam uma verdadeira saraivada de granadas. Dando continuidade a esse ataque, os árabes utilizaram de pontes de assalto que facilitavam a travessia das águas do Suez. Nesse primeiro instante, a ação sírio-egípcia deu bons resultados ao permitir a travessia do canal com um número ínfimo de baixas entre os oficiais. Enquanto isso, os sírios organizavam o outro braço da investida adentrando o território judeu através das Colinas de Golã. Por ser um dia sagrado no calendário judaico, onde os judeus passam o dia todo em jejum nas sinagogas, um contra ataque israelense dependia da autorização da liderança religiosa do Estado. A autorização demorou algumas horas para se ratificada, justificando assim as baixas israelenses, que não reagião ate a autorização. A reação de Israel foi contundente e conseguiu abafar os dois lados da invasão promovida por egípcios e sírios. Apesar da derrota, os árabes tomaram a guerra do Yom Kippur como um importante evento em que demonstraram o seu repúdio à presença judaica no Oriente Médio. Os vários militares israelenses

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mortos e pegos de surpresa acabaram simbolizando a resistência dos árabes e inflamou os vários grupos terroristas que se organizavam naquela época. Uma das mais pesadas consequências da Guerra do Yom Kippur foi a deflagração da Crise do Petróleo. Tal crise se instalou logo que os países árabes integrantes da OPEP

(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se negaram a vender petróleo aos países que apoiavam o governo israelense. No curto prazo, esta sanção econômica motivou várias nações a descobrirem fontes de energia que reduzissem a dependência em relação aos derivados do petróleo.

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PRIMEIRA INTIFADA No ano de 1987, as areas da faixa de gaza e da cisjordania estavam sendo ocupadas por Israel. E como forma de oposiçao a esta politica de ocupaçao e aos varios abusos cometidos por parte de soldados israelenses sobre os palestinos nas areas ocupadas, realizou-se uma revolta chamada intifada. Tratou-se de um levante que, num primeiro momento, nao contou com uma efetiva organizaçao, mas que mais tarde passou logo a ser controlada por líderes que formaram o Comando Nacional Unificado da Revolta que tinha vínculos com a OLP (Organização pela Libertação da Palestina). Foi uma revolta espontania que consistiu em lutas entre os rebeldes palestinos, que eram em grande parte, crianças e jovens e as tropas de ocupaçao de gaza e da cisjordania. A revolta foi marcada pela utilizaçao de armas

extremamente ineficazes por parte dos paletinos, como paus e pedras, contra o grande poderio

militar israelense. A intifada teve fim apenas na assinatura dos tratados de paz, deixando a morte de mais de 1100 palestinos e 100 israelenses como resultado da violencia dos dois lados.

A imagem mostra uma bota com o simbolo de Israel, pisando nos territorios de gaza e da cisjordania. Nestes territorios, ha espinhos que furam a bota como sinal de resistencia

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ACORDOS DE OSLO

Rabin, Clinton e Arafat na Casa Branca, após a assinatura do primeiro acordo entre israelenses e palestinos, em 1993

Os acordos de Oslo foram encontros que previam instituir a paz paulatinamente entre os Palestinos e Judeus. Em 1993, Yitzakh Rabin (Israelense) e Yasser Arafat (Palestino), assinaram o acordo prevendo a devolução gradativa dos territórios ocupados por Israel. De 4 etapas previstas para completar o acordo, como: o estabelecimento de um autogoverno na Faixa de Gaza, mais autonomia, bem-estar social e eleição de uma autoridade autônoma que representasse os palestinos; apenas 3 foram cumpridas porque uma série de ataques

de terroristas suicidas fez com que os judeus parassem de cumprir sua parte do acordo, já que os palestinos não estavam cumprindo a deles. Outro golpe contra os acordos aconteceu com o assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin feito por um extremista judeu. Depois disso, os tratados de paz já estavam retrocedendo como em 1996, que o mentor do processo de paz foi derrotado e saiu do poder, aumentando a crise de retrocesso dos Acordos de Oslo. Mais ataques aconteceram e logo depois da Segunda Intifada acabou de vez com a possibilidade de paz proposta pelos Acordos de Oslo. 16


PROCESSO DE PAZ Depois do fracasso dos Acordos de Oslo, a tentativa de instituir a paz entre esses dois povos recomeçou em 1998. Israel devolveu porções de terras aos palestinos e deu mais autonomia aos mesmos.

CAMP DAVID Em 1979, Egito e Israel assinam o Acordo de Camp David nos Estados Unidos, o qual estabelecia que Israel devolveria ao Egito a Península do Sinai (fato que ocorreu em 1982) e em troca o Egito não poderia participar de nenhuma ofensiva contra Israel. Em 1981, o presidente egípcio Anuar Sadat foi assassinado no Cairo. Fato, que demonstra a insatisfação do povo árabe diante do acordo.

Em 2000 , Israel ofereceu soberania em algumas áreas de Jerusalém e devolveu as áreas ocupadas, mostrando que era capaz de entrar em um acordo em nome da paz. Yasser Arafat queria total hegemonia nos lugares sagrados mas seu pedido foi negado por Israel.

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SEGUNDA INTIFADA As falhas nos acordos de paz, as condiçoes ruins de vida dos palestinos e os abusos cometidos pelas tropas israelenses sobre os mesmos, motivaram em 2000, uma nova revolta palestina, chamada segunda intifada, que foi uma onda de manifestaçoes, protestos e atentados terroristas. O estopim do conflito foi quando o general israelense Ariel Sharon caminhou pela Esplanada das Mesquitas e pelo Monte do Templo, ambos locais sagrados para judeus e muçulmanos, gesto que foi considerado uma provocaçao pelos palestinos. Durante o período da segunda intifada, mais de 1,1 mil israelenses e 3,2 mil palestinos foram mortos, a maioria civis.

Ariel Sharon, general israelense

Apesar de a revolta nunca ter tido um fim oficial, alguns dizem que ela acabou em 2004. Pois com a morte de lider Yasser Arafat, os palestinos , houve um desfoque na revolta e uma luta entre as proprias facçoes palestinas.

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MURO DE PROTEÇÃO

Com o intuito de evitar ataques terroristas, os israelenses começaram a construir, em julho de 2002, um muro de proteçao entre Israel e a cisjordania. A construçao do muro foi requisitada por partidos de extrema direita durante a onda de atentados suicidas da segunda intifada e apos o fracasso da conferencia de camp david. Entretanto, existem oposiçoes à construçao do muro por parte dos israelenses e pela propria ONU. Afirma-se que o muro esta invadindo e anexando territorios da cisjordania a israel, o que gera indignaçao nos palestinos. ( No mapa acima, vemos a linha verde, que representa a fronteira oficial entre a cisjordania e israel. Ja linha vermelha mostra a divisao real que esta sendo feita pelos palestinos com o muro) Os opositores ainda afirmam que a construçao do muro ira gerar uma exclusao social e racial e um preconceito. A construçao do muro tem repercutido negativamente pelos pelestinos e pelo mundo todo, chegando a ser comparado com o muro de Berlim e chamado de ‘Muro do Apartheid’.

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PLANO DE PAZ INTERNACIONAL Em Outubro de 2002, o poderoso “quarteto” de mediadores internacionais, composto pelos Estados Unidos, Rússia, União Europeia e a ONU iniciaram a preparação para um plano de paz internacional. Esse novo plano segue as linhas traçadas pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Ele previa o fim da violência, através da realização de reformas políticas e nos serviços de segurança palestinos e a retirada de Israel de territórios ocupados, com o objetivo de chegar a um acordo final no Oriente Médio dentro de três anos. Na realidade, o plano proposto pelo “Quarteto” afim de negociar a paz no Oriente Médio, não deu detalhes sobre um acordo final, mas sim diretrizes sobre como chegar a ele.

A proposta foi precedida de um comunicado, em junho de 2002, de George W. Bush, que propunha fases para pôr a segurança antes de um acordo final: Fase 1: Declaração dos dois lados apoiando a solução de dois Estados. Palestinos poriam fim à violência e agiriam contra os que estivessem “engajados no terror”, criariam uma Constituição e fariam eleições; israelenses parariam de construir assentamentos ou ampliar os já existentes e conteriam ações militares Fase 2: Criação de um Estado palestino, em conferência internacional, com “fronteiras provisórias”. Fase 3: Conversas finais O Mapa da Paz não foi implementado, mas segue sendo um ponto de referência para as negociações.

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O Plano de Paz Internacional é oficializado em 2003. Seu texto propõe um cessar-fogo bilateral, com a retirada israelense das cidades palestinas e a criação de um Estado Palestino provisório em partes da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Em uma última fase, seria negociado o futuro de Jerusalém, os assentamentos judaicos, o destino dos refugiados palestinos e as fronteiras.

Forças israelenses cercam Arafat na Muqata (Quartel-General do líder) em meio a uma ampla ofensiva lançada após o retorno de ataques terroristas contra a população de Israel. Arafat fica proibido por Israel de deixar a Muqata, e consequentemente impossibilitado de controlar os extremistas religiosos. Fica confinado até antes de sua morte, em novembro de 2004. Autoridades israelenses intensificaram as provocações aos palestinos, dificultando qualquer possibilidade de negociação política. Houve novas ocupações de territórios palestinos, indefinindo novamente as fronteiras.

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ATUALIDADES


ISRAEL X PALESTINA

Território: 20 770 km² Principal idioma: hebraico Idade média: 28 anos Expectativa de vida: 79 anos Renda per capita: 18 900 dólares Salário médio mensal: 1500 dólares Taxa de desemprego: 9% Taxa de mortalidade infantil: 0,08%

Território: 6 257 km² Idioma principal: árabe Idade média: 17 anos Expectativa de vida: 72 anos Renda per capita: 1 680 dólares Salário médio mensal: 360 dólares Taxa de desemprego: 38% Taxa de mortalidade infantil: 2,6%

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Os Assentamentos são áreas ocupadas por judeus em territórios pertencentes aos palestinos. Caracterizados por serem áreas isoladas, de forte instabilidade, cercada por exércitos palestinos.

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REVISテグ

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OBAMA CRITICA ISRAEL Em discurso direcionado para estudantes israelenses no Centro de Convenções em Jerusalém nesta quinta-feira (21/03/2013), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou os assentamentos criados por Israel em território palestino e defendeu a criação de um Estado palestino independente. O presidente norte-americano afirmou que a paz é o caminho para a segurança na região.

21/03/2013 Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Palestina, Mahmud Abbas, acenam durante cerimônia de recepção realizada em Muqata, a sede da Autoridade Palestina na cidade de Ramallah, na Cisjordânia. É a primeira visita de Obama à Cisjordânia desde que assumiu a Presidência dos EUA há mais de quatro anos

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BIBLIOGRAFIA Todas os textos contidos nesta revista são de criação própria e as informações retiradas de livros e sites.

• Livro Conexões: Estudos de Geografia Geral e do Brasil. De Lygia Terra, Regina Araujo e Raul Borges Guimarães (Editora Moderna) •http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/atualidade s-vestibular/entenda-o-que-esta-acontecendo-entreisrael-e-palestina/ • http://guiadoestudante.abril.com.br/aventurashistoria/criacao-israel-duas-visoes-conflitantes435008.shtml • http://www.dw.de/especial-israel-o-sonho-da-terraprópria/a-3289569 • http://www.conib.org.br/glossario.asp?id=14

•http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/ 130321_dois_estados_ormed_pai.shtml Entenda o conflito entre Israel e Palestina – Atualidades no Vestibular guiadoestudante.abril.com.br

http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimasnoticias/2013/03/21/obama-defende-estado-palestino-emdiscurso-para-israelenses.htm


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