Capa/foto © mauro filho
Ano VIII •Nº 91 Janeiro / 2018
50 anos
de nascimento, humanização e fé
Hospital e Maternidade Santa Maria de Araripina: do amor, nasceu o serviço. Da missão, a esperança.
EDITORIAL
por Tiago Brito
EXPEDIENTE
Esperança viva no Hospital e Maternidade Santa Maria Ao percorrer cerca de 700 km de distância, da capital pernambucana até chegar em Araripina, importante cidade do Araripe, a equipe da Revista Movimentto não imaginou a riqueza histórica do Hospital e Maternidade Santa Maria, que completou cinco décadas, ano passado. A fim de proporcionar o mesmo sentimento, o leitor terá a oportunidade de conhecer o que realmente foi construído. Sua importância não é apenas física. Está inserida na história da região, eternizada nos filhos nascidos naquele local. Não é à toa que o hospital é chamado de “Mãe do Araripe”. Hoje, o prédio possui 146 leitos, com serviços especializados, de referência. Trabalho que faz uma cobertura de aproximadamente 150 mil pessoas. Para chegarmos ao hospital de hoje, é necessário voltar à década de 50, quando o então bispo da Diocese de Salgueiro, Dom Antônio Campelo sentiu a necessidade de criar uma maternidade para dar mais dignidade às mães darem à luz. Acolher era o seu compromisso, também, reforçado em suas palavras: “Não deixarei ninguém à margem”. Destaque para o surgimento das congregações Irmãs Mensageiras de Santa Maria e às Irmãs Medianeiras da Paz, fundadas por Dom Campelo. Esta segunda, administra o hospital e maternidade. Acompanhando os avanços da instituição, estão sendo implementados novos serviços, como a instalação da Unidade Neonatal e do Centro de Nefrologia Governador Eduardo Campos, o único do Araripe.
PRESIDENTE
Arijaldo Carvalho CONSELHO DIRETOR
Marise Carvalho Ariadne Quintela Arijaldo Carvalho
ASSESSORIA JURÍDICA
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(81) 99971-7755 / 996553958
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DIREÇÃO
Arijaldo Carvalho DIRETORA DE REDAÇÃO
Ariadne Quintela
A Revista Movimentto, de fato, traz o que há mais relevante em Pernambuco aos leitores, da Região Metropolitana ao Sertão. Informa o que merece ser evidenciado. Mais uma vez, Araripina mostra que também é forte na saúde, apesar da referência no polo gesseiro, comércio e serviços, como a área médica, entre outros setores.
DIREÇÃO DE ARTE/ DIAGRAMAÇÃO
Uma edição que merece ser lida com o coração. As páginas retratam a demonstração de fé e de servir ao próximo, mas estão presentes no dia a dia do Hospital e Maternidade Santa Maria.
FOTOGRAFIA
Boa leitura!
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Mauro Filho
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Marcelo Pontes JORNALISTA
Tiago Brito
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ENTREVISTA
irmã Lúcia Barbosa
Dom Antônio Campelo exemplo de missionário que doou a vida aos menos favorecidos.
© Mauro Filho
Há 50 anos, surgiu o Hospital e Maternidade Santa Maria (HMSM), em Araripina. Fundado pelo então bispo da Diocese de Petrolina, Dom Antônio Campelo, iniciou o trabalho social para atender às mulheres que precisavam dar à luz. Fruto do seu cuidado ao menos favorecidos, surgiu a Congregação das Irmãs Medianeiras da Paz. São cinco décadas marcadas por histórias de perseverança e de doação ao próximo. Para falar sobre o Jubileu, comemorado no ano passado, entre outros assuntos, a Revista Movimentto entrevistou a coordenadora geral do Instituto Social das Medianeiras da Paz, a irmã Lúcia Barbosa de Oliveira. O que representam os 50 anos do HMSM? – Representam uma dádiva de Deus muito grande, sobretudo uma experiência de sentir a continuidade amorosa do nosso Salvador, através do Instituto Social das Medianeiras da Paz, que há 50 anos iniciou esse estar a serviço do povo, principalmente nessa área específica, da saúde. A continuidade desse carisma de Dom Campelo, muito imbuído de evangelizar, não só mostrou o 4
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cuidado teológico e espiritual, como nos incentiva trabalhar o lado humano, da dignidade e do resgate à vida. Quais foram as atividades realizadas para comemorar o Jubileu? – São 50 anos de muito amor e serviço. Para comemorar as Bodas de Ouro, promovemos diversas atividades no passado. Em janeiro, começamos o mutirão de saúde na Praça, em frente ao hospital e, a cada mês, a equipe do HMSM se deslocou para os distritos da cidade, ampliando os serviços de saúde à população. Outro momento foi o hasteamento da bandeira e o descerramento da placa sobre a base do planejamento estratégico: a missão, visão e valores. Para encerrar as festividades, o bispo da Diocese de Salgueiro, Dom Magnus Henrique, presidiu a missa de ação de graças. Qual a importância de Dom Campelo? – Pensar no Instituto nos faz remeter imediatamente ao nosso querido fundador, Dom Campelo. Ele foi instruído pelo Espírito Santo, que
implantou o carisma. Através disso, trouxe para nós seus ensinamentos e mostrou o seu desejo de ser missionário, um vínculo dessa presença mediadora de Deus. Quando ele nos convidou, nos destinou como congregação a estarmos a serviço do reino, trazendo em nossas mãos a missão de servir. Como é fazer parte também da abertura do Jubileu da congregação? - É motivo de orgulho. Deus nos convoca para que sejamos construtoras de uma cultura de paz, principalmente nessa sociedade na qual vivemos. Então, é motivo de alegria presenciar a abertura do Jubileu das Irmãs Medianeiras da Paz. É resgatar as nossas origens, raízes e carisma fundacional, através do nosso Dom Campelo. É a oportunidade de fazer uma releitura, um regaste de nossa história. Acreditarmos no potencial humano, confiando nesses Deus que nos auxilia a cada dia, para que estejamos mais voltadas para Ele e que nos dê o aprimoramento a nossa espiritualidade, para melhor estarmos na missão de mediar e construir a paz.
DEPOIMENTOS
Fazemos parte dessa Celebrar os 50 anos de história é fazer memória desde o primeiro momento em que o fundador, Dom Antônio Campelo de Aragão esteve visitando a cidade. Somamos esforços, formulamos parcerias e, no Ano Jubileu, criamos vários canais permanente de comunicação com à população, fazendo valer as sugestões e as críticas, como também o reconhecimento, importantes instrumentos motivacionais
Irmã Maria Luíza Diretora Administrativa
Fico feliz em participar dessa história. São quase 30 anos de trabalho dedicados a esse hospital. É quase todo tempo da minha profissão, após minha formação. Sou feliz em poder contribuir em uma região carente e que podemos fazer diferente. Aqui, temos um valor diferenciado. Sinto esse reconhecimento não apenas no hospital, mas dentro da comunidade, que entende a importância e o empenho de todos dessa casa
Dra. Regina Maria Torres Lage Diretora Clínica
Minha história com o hospital é desde berço. Agora, estou trabalhando no mesmo local aonde nasci. É um orgulho transmitir às pessoas o cuidado que tiveram comigo. Fico orgulhoso em participar do Jubileu. Um hospital que, com toda a sua história e grandiosidade, é natural que a gente se sinta dessa forma, satisfeito. Uma instituição referência para a região
Jônatan Luz Coordenação de Enfermagem
Comemorar os 50 anos é um momento de celebração, principalmente aos funcionários. Estou trabalhando cerca de um ano e meio e considero uma satisfação fazer parte dessa instituição, que transforma a mensagem de Dom Campelo em ação. Um hospital importante da região, que oferece não só o atendimento, assim como melhor acolhimento aos pacientes
Ana Jéssica Silva Coordenação da Recepção 6 • movimentt o
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história com orgulho
O hospital representa muitas lembranças boas. É um local que convivemos entre os amigos de trabalho durante muito tempo. É a nossa segunda casa. Por estar há 22 anos, tenho uma gratidão muito grande pelas Irmãs Medianeiras da Paz. Quando cheguei em Araripina, nem sonhava em casar e ter filhos. Digo que tenho duas famílias: em casa e no hospital
Josefa Expedita dos Santos Coordenação da Limpeza
Fotos © Mauro Filho
Fazer parte de uma empresa que está celebrando 50 anos é algo que ficará guardado na minha história, como pessoa e como profissional. Representa o esforço de muitas pessoas, que dedicaram seu tempo para a criação de uma unidade de saúde, transformando milhares de vidas. O Hospital e Maternidade Santa Maria é a verdadeira mãe de Araripina
Gabriela Alencar Coord. de Serviço de Nutrição E Dietética.
Falar do Hospital e Maternidade Santa Maria é mencionar Dom Antônio Campelo, quando tudo começou, além das equipes que fazem parte dessa unidade. Do médico ao vigilante, todos são importantes para oferecer o melhor aos que vem em busca de mais saúde. Cada um contribui de acordo com a sua função. Me orgulho em participar dessa história
Expedito Cordeiro Coordenação da Manutenção
Quero parabenizar o Hospital e Maternidade Santa Maria pela comemoração do Jubileu. É um prazer dizer que trabalho nessa entidade. Já são mais de 31 anos. Sou funcionária aposentada e continuo trabalhando com muito orgulho. Fazer parte dessa instituição nos mostra que a saúde é um serviço que pode ser diferenciado, valorizando sempre o bem-estar das pessoas
Odolina Francelina Coordenação de Farmácia e Laboratório movimentt o
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ARTIGO
Doar a vida, para a vida florescer Povo de Deus. Irmãos e Irmãs, Queremos agradecer e louvar a Deus pelo bem que o Hospital e Maternidade Santa Maria têm feito e, com certeza, continuará fazendo. A grandeza de qualquer história se dá pelos caminhos trilhados. É motivo de júbilo, celebrar a memória daqueles que colocaram a pedra de sustentação dessa história. Quantos desafios foram trilhados aos que começaram junto com Dom Antônio Campelo. Foram cristãos dedicados e servidores. Com a história dessa casa, poderíamos chamá-la de Santuário da Esperança ou do Alívio das Dores. Desses feitos grandiosos, heroicos e corajosos, esta cidade e toda região são conhecedores das conquistas e das lutas desse hospital. Aos que continuam dando a vida por esta caminhada, por esta obra, são protagonistas dessa atividade evangelizadora. Admiramos a fé profunda e o esforço incansável, que caracteriza a vida de tantos irmãos e irmãs, de ontem e de hoje. Verdadeiros discípulos do sonho desafiador de Dom Campelo. Ele deixou a sensibilidade do seu coração, a coragem de enfrentar os desafios e deixar este presente para a posteridade. Talvez, não conseguisse compreender a grandiosidade que poderia chegar essa história de doação, de coragem e de bravura. Sem muitos recursos e até mesmo sem muita acolhida. Pois, os sonhos quando começam, nem sempre são acolhidos. Foram homens e mulheres firmes em suas convicções, decididos na luta e corajosos para enfrentar um projeto tão audacioso. Estavam decididos em seus corações, em ver a vida florescer com mais dignidade. Quantas mulheres perderam a vida no parto, por não conseguir chegar aquele momento tão esperado: ver a vida nascer. Às Irmãs Medianeiras da Paz, coragem. Escutem a voz do Mestre: “Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos”. Eis que Dom Campelo intercede também por esta caminhada, pelas filhas que continuam essa missão: “Doar a vida para que a vida possa florescer”. A força divina também o impulsionou a Campelo dizer: “Não deixareis ninguém às margens”. Foi com essa a mesma força que nasceram às Irmãs Mensageiras de Santa Maria e às Irmãs Medianeiras da Paz. Muitos lutaram para que esse sonho fosse concretizado. Se não encontrarmos nos anais da história, estão registrados no livro da vida e no coração de Deus. Conheço esse grande legado, que hoje continua sendo para essa região uma fonte de esperança. A casa da vida. A casa de todos.
Bispo da Diocese de Salgueiro, Dom Magnus Henrique
© Mauro Filho
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HISTÓRIA
50 anos de história, esperança e devoção
Os primeiros capítulos iniciam em 1959, com a fundação da Maternidade Santa Maria, em Araripina, pelo então bispo da Diocese de Petrolina, Dom Antônio Campelo
Arquivo
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Para chegarmos ao atual Hospital e Maternidade Santa Maria (HMSM), é necessário voltarmos 50 anos. São lembranças de pessoas que contribuíram e fizeram parte desse trabalho, de amor ao próximo. No dia 24 de fevereiro de 1957, Dom Antônio Campelo é empossado bispo da Diocese de Petrolina (atualmente a cidade está inserida na Diocese de Salgueiro). Sensibilizado com a realidade que as mulheres sofriam para dar à luz, sem poder se deslocar para locais como Recife ou Juazeiro (interior da Bahia), tinham o bebê em casa. E, em muitos casos, os partos resultavam em óbito. Em julho de 1959, foi fundada a Maternidade Santa Maria, em Araripina. A necessidade de ampliar o trabalho exigiu a busca de recursos necessários à construção do agora Hospital e Maternidade Santa Maria. Essas obras tiveram o apoio de pessoas como o padre Vicente Alexandre Alves, popularmente chamado de “professor Vicente” e do governador de Pernambuco, Paulo Guerra. A inauguração ocorreu no dia 27 de janeiro de 1967. 10 • movimentt o
A solenidade contou com a participação de diversas autoridades, entre elas, o governador de Pernambuco, Paulo Guerra
“Dom Campelo entregou o hospital às Irmãs Medianeiras da Paz, que assume até os dias atuais. Entre elas, quem participou desse momento foi a irmã Regina Maria de Sá, que ficou na função administrativa por 32 anos. Para nós, é uma alegria fazer memória, de retomar a história”, contou a irmã Lúcia Barbosa, coordenadora geral do HMSM. Movido pela Compaixão, Dom Campelo expressa: “Senti as mágoas da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Implorei as luzes do Espírito Santo e as bênçãos da Beatíssima Virgem Maria e decidir fundar uma congregação que fosse presença nos lugares mais pobres e
mais difíceis”. DESENVOLVIMENTO DA OBRA Com o surgimento da maternidade, incentivou a ampliação do acesso a luz elétrica e a Central Telefônica. Além disso, Dom Campelo fundou as legiões agrárias e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Outra iniciativa foi a criação de escolas radiofônicas, com a distribuição de três mil rádios. Só sintonizava com a emissora rural A Voz de São Francisco. Através desse meio de comunicação, criou a Escola Radiofônica, com equipe de professores que ministrava aulas em Petrolina.
Dom Campelo: mensageiro da paz, do amor e da fraternidade Antônio Campelo de Aragão, filho de Aurélio Aragão e Enedina Campelo, nasceu no dia 5 de dezembro de 1904, em Garanhuns. O destino já lhe preparava desafios: ficou órfão muito cedo. Aos 3 anos, o pai morreu. Sete anos mais tarde, foi a sua mãe. Por conta disso, o tio ficou responsável por ele e pelos irmãos (Aurélio, Luiz e Elvira). Ainda criança, foi levado para o Colégio São Joaquim, em Frei Caneca, Pernambuco, administrado pelos padres salesianos. A vocação ao serviço religioso foi despertada na juventude. Aos 15 anos, entrou nessa instituição religiosa. Aos 17, ingressou no seminário e, posteriorFachada principal da FIS em mente, foi levado para Lavrinhas, São Paulo, onde fez noviciado e terminou o curso médio. Entre 1928 a 1931, passou um
período no estado pernambucano, onde cursou filosofia, em Jaboatão dos Guararapes e seguiu para o Colégio Salesiano, até 1932. No ano seguinte, seguiu para Turim, na Itália e fez um curso de teologia, permanecendo até 1936, quando foi ordenado no dia 5 de julho de 1936, no país italiano. De volta ao Brasil, seguiu para o Colégio Salesiano de Salvador. Recebeu o cargo de diretor Salesiano, em Cajazeiras, Paraíba. Depois, viajou para Aracaju entre 1943 a 1945. Nesse último ano, foi enviado para Fortaleza e permaneceu até 1950. Posteriormente, foi eleito bispo auxiliar de Cuiabá. Em 1957, o papa Pio XII o nomeou bispo e seguiu para Petrolina (o quarto bispo da cidade), vindo assumir no dia 24 de fevereiro do
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Antônio Campelo de Aragão foi bispo da Diocese de Petrolina. Ele nasceu em 1904, na cidade de Garanhuns
mesmo ano, ficando até 1977. Morreu no dia Iº de setembro de 1988, no Hospital e Maternidade Santa Maria. Foi sepultado no dia 12 do mesmo mês, em Petrolina, ao lado de Dom Malan, o primeiro bispo.
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HISTÓRIA © Mauro Filho
Minha experiência com Dom Campelo foi muito forte. Ele era o pai dos pobres irmã Maria Auxiliadora
A irmã Maria Auxiliadora de Menezes é especialista na história do religioso, que está sendo analisado no Vaticano, para um possível processo de beatificação
A história do Hospital e Maternidade Santa Maria revela muitas surpresas. Em seus capítulos, diversos personagens presenciaram o testemunho de Dom Antônio Campelo. Quem também participou foi irmã Maria Auxiliadora de Menezes: “Tinha 14 anos quando o conheci. Minha vida religiosa foi iniciada aos 16, em Araripina. Ele vinha sempre visitar as comunidades onde residia um grupo de irmãs, que assumiu a missão da Maternidade Santa Maria”, relembrou. Em 1962, ela iniciou a caminhada como aspirante. “Fui para o noviciado em Petrolina e participei de um retiro, pregado por Dom Campelo. Era dedicado ao trabalho vocacional. Nessa época era noviça e fiz os primeiros votos”, contou. . Como Dom Campelo era dedica-
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do à vida religiosa. Pensando assim, na formação de novos missionários para a Igreja, que visitava frequentemente o Centro Social Pio XI, em Petrolina, onde estava a casa de formação. “Eu era assistente. Ouvi muito dele a formação e orientação sobre como era uma vida religiosa. Ele dizia: santidade e apostolado”, completou. “Minha experiência com Dom Campelo foi muito forte. Dediquei minha formação, primeiro como aspirante e depois no apostolado, em Vitória da Conquista, na Bahia. Lá, assumi o noviciado em Poções. Sempre muito dedicado com essa etapa de formação, nos orientava, dando respaldo para peparar religiosas comprometidas com os serviços da igreja”, concluiu a irmã Maria Auxiliadora.
SANTO SERVIDOR Depois que o religioso morreu, em 1988, a irmã Maria Auxiliadora foi eleita a coordenadora geral da congregação, durante 12 anos, em Salvador, na casa geral: “Procurei aprofundar sempre mais o conhecimento do espírito e da orientação de Dom Campelo como fundador. Tempos seguintes, fui fazer um estudo de espiritualidade e procurei a Pontífice Universidade Salesiana de Roma. Participei de um curso de postulação para causa de santos, cuidar de causa de beatificação e canonização de Dom Campelo”
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Medianeiras, tu foste escolhida para cumprir uma nobre missão Para contar sobre o surgimento do Instituto Social das Irmãs Medianeiras da Paz, congregação fundada por Dom Antônio Campelo, no dia 10 de dezembro de 1968, no Centro Social Pio XI, em Petrolina, é necessário contar outra história. Esse episódio aconteceu no dia Iº de julho de 1957, com a fundação das Irmãs Mensageiras de Santa Maria, também criada pelo religioso, quando era bispo da Diocese de Petrolina. Algumas religiosas da primeira congregação ingressaram nas Irmãs Medianeiras da Paz, criando mais uma família religiosa à igreja. “Nosso carisma é ser presença de construção e mediação da paz. Presente na nossa Constituição e nas falas de Dom Campelo: pronta para responder a toda solicitação de ajuda, de toda pessoa e grupo, carente da verdadeira paz. Sempre animadas pelas bem aventuranças evangélicas e pelo mandamentos do amor. Nossa missão é estar junto aos irmãos mais necessitados, nas
comunidades mais difíceis”, ressaltou a irmã Maria Auxiliadora de Menezes. O lema das Irmãs Medianeiras da Paz é: Tudo farei pelos eleitos (Tm 2,10). “Dom Campelo nos transmitiu três amores: a Jesus Cristo sacramentado; a Nossa Senhora, sob o título de medianeiras de todas as graças e rainha da paz e, ao papa, como sucessor de Pedro e vigário de Cristo na Terra. Amor que deve ser manifestado através de nossa dedicação fiel a santa igreja”, afirmou a religiosa. JUBILEU Durante os festejos comemorativos de 50 anos do Hospital e Maternidade Santa Maria, foi realizada a abertura das comemorações do Jubileu das Irmãs Medianeiras da Paz, que será celebrado em dezembro desse ano. O tema será: Medianeiras Jubilosas e profetizas, construindo uma cultura de paz e o lema: Bem-aventurados os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus. Para este ano jubilar, a
A congregação surgiu em 1968, no Centro Social Pio XI, por Dom Antônio Campelo
Arquivo
congregação tem um projeto de realizar três jornadas vocacionais missionárias, com o objetivo de suscitar vocações ministeriais e específicas. PADROEIRA
A devoção da Padroeira Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças e Rainha da Paz, surgiu na Bélgica, trazida por um jesuíta para a cidade de Santa Maria (Capital Mariana de Nossa Senhora Medianeira), no Rio Grande do Sul. A mediação de Maria é bíblica, considerada o primeiro título concedido, quando deu o sim na anunciação: “eis aqui a escrava do Senhor. Faça se em mim segundo a tua palavra”. Já acolhe essa missão de mediação para a salvação da humanidade, trazendo Jesus Cristo como mediador entre Deus e os homens.
irmã Regina Maria de Sá
A religiosa participou da fundação da maternidade e administrou durante 32 anos © Mauro Filho
Uma experiência de vida cristã, de vida religiosa. De filha de Deus, que se doou para servir a humanidade. Esse enredo narra a história da irmã Regina Maria de Sá, que administrou o Hospital e Maternidade Santa Maria, durante 32 anos. “Aqui, parece a minha terra, mas sou de Terra Nova, Pernambuco. Araripina me recebeu e me deu todo o apoio. Muito amor nesses 50 anos. Para mim, é uma recordação muito grande”, lembrou a irmã.
Ela participou da administração da Maternidade Santa Maria, acompanhando Dom Antônio Campelo. Às Irmãs Medianeiras da Paz, ele representa um homem que deu toda sua vida como bispo de Petrolina. Fez tudo o que podia fazer: “Criou a maternidade de seis leitos, mas era insuficiente para atender toda a demanda. O hospital tinha apenas 40 leitos. Ainda era pouco. Posteriormente, realizamos uma campanha e o número de leitos aumentou para 80”.
“Presenciei a inauguração da maternidade. Foi uma festa muito grande. Dom Paulo Cardoso, bispo de Petrolina, benzeu as placas”, relembrou. Sobre os 50 anos, a irmã Regina destacou a continuidade do trabalho, deixado por Dom Antônio Campelo às Irmãs Medianeiras da Paz, reforçando a participação de todos em ter transformado um desejo, de não apenas dar mais dignidade às mulheres para dar à luz, assim como levar a issão de servir a todos.
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Nascido no hospital, Dr. Alexandre Lage realizou cerca de seis mil partos
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O médico foi um dos primeiros bebês que nasceu na maternidade
Quem nunca sonhou em ser médico quando criança? Após muito esforço, esse desejo se tornou realidade para Alexandre Lage. Ele foi um dos primeiros bebês que nasceu na então Maternidade Santa Maria, inaugurada por Dom Antônio Campelo. Com 32 anos de profissão, já participou de aproximadamente seis mil partos. Na época, ele saiu do interior e foi
morar em Maceió para terminar o curso. Após a conclusão, ele foi estudar residência médica no Rio de Janeiro junto com a noiva, na época, a médica Regina Maria Torres Lage, que exerce a função de diretora Clínica do Hospital e Maternidade Santa Maria. Após esse período, retornaram para Araripina em 1987 e, até os dias
atuais, ambos trabalham no hospital administrado pelas Irmãs Medianeiras da Paz. “Me sinto orgulhoso em fazer parte dessa história. Em ter nascido em um hospital que guarda uma história tão especial. Agora, estou trabalhando nele, para que outras crianças possam nascer”, destacou Alexandre.
HISTÓRIA
Desde de 1998, a Fundação Marcello Candia tem sido uma das instituições parceiras do Hospital e Maternidade Santa Maria. O então presidente, Marcos Liva, (em memória), participou das reformas em alguns setores, como a Maternidade, a Clínica Médica, Bloco Cirúrgico e as alas para extensão do prédio, proporcionando um espaço moderno e amplo, dando condições em melhorar suas instalações. “As Irmãs Medianeiras da Paz tem eterna gratidão a essa instituição, que nos ajuda na missão de cuidar das pessoas. O fundador nos deixa em vida com grande sentimento de pesar, contudo, cremos que Deus está no comando e que sua história servirá de exemplo para seus familiares, amigos e aos que lhe conheceram”, ressaltou a irmã Maria Luíza, diretora Administrativa do Hospital e Maternidade Santa Maria. No dia 13 de agosto de 1983, morria em Milão, Itália, Marcello Candia, o industrial (que também teve dois títulos universitários e foi tenente de artilharia durante a Segunda
Marcos Liva e Dr. Divannagoras Holanda durante inauguração das reformas
Arquivo
A instituição é parceria do Hospital e Maternidade Santa Maria, que contribuiu com ações estruturadoras
A missão presente na Fundação Marcello Cândia
Guerra). Em 1964, vendeu sua indústria química, doando todos os seus bens e a sua própria vida aos pobres da Amazônia. Com as rendas obtidas, construiu o Hospital São Camilo, no Amapá. Em seguida, foi para a colônia leprosário de Marituba. Além disso, percorreu pela Europa, em busca de recursos aos trabalhos desenvolvidos. Ele criou e financiou obras sociais no Brasil, que permanecem acompanhadas pela Fundação Marcello
Fonte: Revista Mundo e Missão – Site Pontifício Instituto Missões Exteriores
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Candia. Já ganhou prêmios internacionais por sua solidariedade. Ao concluir o processo diocesano para a beatificação de Marcelo (1991), o então cardeal Martini, de Milão, sintetizou sua vida em poucas palavras: “Marcelo Candia é o modelo do leigo compromissado, dedicado, corajoso, que levou ao extremo a palavra de Cristo de vender tudo e de se pôr a serviço dos pobres, dos últimos, com toda a sua riqueza”.
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Unidade de saúde é referê O “santinha”, carinhosamente chamado, possui 146 leitos e é um dos principais estabelecimentos de
Uma das principais unidades de
saúde da região, cobre uma área que abrange cerca de 150 mil pessoas. Situado no Araripe, o Hospital e Maternidade de Santa Maria, em Araripina, faz um contraste entre o passado e o futuro. Na memória, a concretização de um trabalho missionário, mas acompanhando as transformações. Considerada “Mãe do Araripe”, a unidade se torna entre uma das principais da região, oferecendo atendimentos especializados. Esse título de mãe, de acolhedora, não é à toa. Com 146 leitos, o hospital atende os 11 municípios da 9ª Gerência Regional de Saúde
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(Geres) do Governo de Pernambuco, a exemplo de Araripina, Trindade e Ipubi, além de algumas cidades do Piauí, como Marcolândia, Simões e Alegrete e de unidades conveniadas. A abrangência dessa área corresponde a uma cobertura de aproximadamente 150 mil pessoas.
A Unidade de Neonatologia é algumas delas, que será o único da cidade com este setor próprio. Também faz parte do incremento de atendimentos a entrega do Centro de Nefrologia Governador Eduardo Campos. Serão atendidos pacientes sem e com patologias (HIV e hepatite do tipo B e C).
Outros destaques são o Bloco Cirúrgico, também referência da região, com nova infraestrutura e a maternidade. As especialidades oferecidas são: obstetrícia, pediatria, clínica médica, clínica cirúrgica, saúde mental e urgência emergência. Para ampliar os serviços de saúde, estão em andamento a realização de novos investimentos.
O Hospital e Maternidade Santa Maria é a grande mãe desta cidade. Acolhe os que vem para nascer e para cuidar da saúde. São cinco décadas de história, que surgiu por meio de um visionário. Ele enxergou a saúde como instrumento para dar mais dignidade aos menos favorecidos.
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ncia no Sertão do Araripe saúde da região. São atendidos pacientes de Pernambuco e do Piauí, com serviços especializados
De acordo com o Governo do Estado, fazem parte da 9ª Geres, os municípios: Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Parnamirim, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade. UNIDADE NEONATAL Apesar de se tornar uma das principais unidades de saúde do Araripe, o Hospital e Maternidade Santa Maria está acompanhando os avanços, implementando serviços e atendimentos, conforme as necessidades da população. Entre os investimentos em andamento está a Unidade Neonatal.
Atualmente, a maternidade realiza cerca de 200 partos por mês. A infraestrutura do novo setor contará com seis incubadoras. Serão atendidos recém-nascidos, prematuros e que necessitem de cuidados intensivos e semi-intensivos.
com patologia (HIV, Hepatites B e C e Sífilis). De acordo com a Comissão Intergestora Bipartite de Pernambuco, serão atendidos os 156 pacientes que precisam desse serviço, residentes nessa área de abrangência.
CENTRO DE NEFROLOGIA
A capacidade será o atendimento de 78 pessoas por dia, distribuídos em três horários. A unidade já foi autorizada pelo Ministério da Saúde para funcionar. Com a chegada da hemodiálise, contará com nefrologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem (especializados em nefrologia).
Outra novidade será o Centro de Nefrologia Governador Eduardo Campos, único da região, que abrangerá as 11 cidades, exceto Exu. Ao todo, são 26 pontos. Desses, 24 serão destinados aos pacientes sem patologia e dois
SERVIÇO Endereço: Rua José Barreto de Alencar, nº 450, Centro, Araripina Fone: (87) 3873.1192 E-mail: contato@hmsantamariaararipina.com.br Site: www.hmsantamariaararipina.com.br movimentt o
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INVESTIMENTO Não podemos só olhar para o passado ver o presente e não ter a visão do amanhã. Nosso intuito é estar atentos às necessidades da população e termos a vontade de irmos em busca de novas conquistas. Depois de alguns anos, estamos prestes a abrir o Centro de Hemodiálise.
Perspectivas norteiam investimentos do HMSM © Mauro Filho
Outra realidade é a implantação da UCI - Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal para dar uma assistência melhor aos bebês que nascem prematuro. Trabalhamos trabalhando também para implantar a UTI Adultos. As demandas de saúde são crescentes e constantes. O nosso objetivo é acompanhar essas necessidades, para tanto, é fundamental a formulação de parcerias, o ajuntamento das forças populares e governamentais, compreendendo as três esferas: federal, estadual, municipal.
O Centro de Nefrologia, o único do Araripe, agora é realidade
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GESTÃO
© Mauro Filho
Humanização como instrumento de servir ao próximo O trabalho, desenvolvido na entidade, visa acolher os pacientes com um olhar diferenciado A forma como o paciente é recebido, da entrada até o acompanhamento médico, faz toda a diferença. É dessa forma que é desenvolvido um trabalho diferenciado no Hospital e Maternidade Santa Maria. Se ainda não ouviu falar em atendimento humanizado, a unidade transforma o termo em prática. Esse trabalho deve enxergar o paciente além, fazendo com que se sinta acolhido e respeitado. “A humanização tem o intuito de promover uma nova cultura de atendimento na saúde, que oferece a melhoria na qualidade e efici-
ência dos serviços prestados. Entre eles, estão o dos trabalhadores da saúde, dos usuários, profissionais, o hospital e comunidade”, definiu a assistente social, irmã Fátima Alencar. Segundo ela, esse trabalho é de grande importância, pois, perpassa pela qualidade no atendimento de pacientes e acompanhantes, para que se sintam bem no hospital: “Sabemos que as pessoas procuram o hospital em momento de doença. Isso faz com que o Serviço Social esteja preocupado com o todo, da vida de pacientes e
dos acompanhantes”. Sobre como está sendo feito esse trabalho no hospital, ela afirmou que é realizado um trabalho contínuo, não só com os profissionais de Serviço Social, assim com toda a equipe, comprometida em oferecer um atendimento mais humano, valorizando a vida. “Os resultados refletem no atendimento dos usuários que vem aqui e precisam de atendimento, proporcionando assim, que se sintam apoiados pelo hospital”, enfatizou.
A evolução dos serviços passa, necessariamente, pelo crescimento das pessoas. Com esse objetivo, o hospital implantou um sistema constante de treinamentos e qualificação dos colaboradores, com rodadas de estudos e troca de experiências. Outro acompanhamento interno é o apoio psicológico, que acontece de forma sistemática com a equipe.
irmã Fátima Alencar 22 • movimentt o
Nossa missão está a serviço da saúde e do amor ao próximo irmã Maria Luíza
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Da Congregação das Irmãs Medianeira da Paz, a religiosa administra o Hospital e Maternidade Santa Maria Uma instituição à frente do seu tempo. É dessa forma que trabalha o Hospital e Maternidade Santa Maria. Com os avanços, são implementados serviços e tecnologias para atender aos anseios da população. Não apenas isso. Administrar é fundamental para um funcionamento pleno e eficaz da instituição. Uma missão que está sendo desempenhada pela irmã Maria Luíza, diretora Administrativa. “Prezamos pela modernidade, não só dos equipamentos, como a forma em gerir a unidade. Essas mudanças são importantes porque é necessário atender os pacientes que precisam. Para isso, toda a equipe precisa estar motivada em trabalhar no que faz. Foi através do amor que tudo isso foi criado. E esse mesmo sentimento deve estar presente no atendimento”, enfatizou. MAIS ATENDIMENTOS Ela comemorou a ampliação de novos atendimentos, a exemplo da Unidade Neonatal e do Centro de Nefrologia Eduardo Campos. “Com alegria, comemoramos a implanta-
ção de novos equipamentos. Esse trabalho representa o nosso esforço em trazer investimentos. Tudo isso é para levar o melhor àqueles que buscam e precisam de mais saúde”, afirmou. A religiosa ressaltou, ainda, que a missão das Irmãs Medianeiras da Paz, em Araripina, é dar continuidade ao serviço que Dom Antônio Campelo deixou: "No hospital e maternidade, a preocupação é oferecer um serviço humanizado à população, para que tenham a assistência e um atendimento digno de ser humano, expandindo o sonho do nosso idealizador”. A decisão de promover um ano de ações, em comemoração ao Jubileu do hospital e maternidade foi uma estratégia para interagir com a sociedade. “Foi um conjunto de atividades, entre eles, aconteceram os mutirões nas comunidades. Fomos de encontro às pessoas, para levar serviços de saúde e de cidadania. Para encerrar, tivemos a presença do bispo da Diocese de Salgueiro, Dom
Magnus Henrique”, afirmou. Os 50 anos teve repercussão em Pernambuco, com a entrega de homenagens: “Esses reconhecimentos mostram o valor do hospital. Além da Câmara dos Vereadores, fomos a Assembleia Legislativa de Pernambuco participar de uma solenidade em alusão ao aniversário. Isso mostra o envolvimento das esferas governamentais, que estão engajadas a nos ajudar”. Para encerrar os festejos e abrir outro, foram reunidas às Irmãs Medianeiras do Brasil que, na ocasião, estão se preparando para celebrar o Jubileu este ano, em dezembro. “Uma congregação criada por Dom Antônio Campelo, que estará comemorando 50 anos. É um período especial, pois, também estaremos celebrando, agora, o nosso. Serão promovidas diversas atividades festivas, como as jornadas vocacionais”, disse.
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Modernidade, Tecnologia fazem do Santa Maria Exames como instrumento de prevenção Coletar informações em busca de prevenção e, com isso, tratar, diagnosticar e acompanhar o paciente de possíveis doenças, além de estabelecer um tratamento adequado, conforme as informações obtidas. Essa definição está presente no dia a dia do Hospital e Maternidade Santa Maria. O estabelecimento oferece cerca de 30 tipos de exames laboratoriais. Por mês, são realizados aproximadamente 6,5 mil atendimentos (SUS interno e externo, além de convênios). Entre os exames oferecidos estão o de TSH e T4 (hormônios da Tireoide), que são realizados no próprio local, sem terceirizar o serviço. Enquanto nos exames radiológicos, são atendidos pacientes de diversos casos, incluindo os que foram encaminhados pelo setor de Urgência, internamento e postos de saúde. Mensalmente, são mais de 500 atendimentos. © Mauro Filho
Centro Cirúrgico é referência na região Após cinco décadas de histórias, o Hospital e Maternidade Santa Maria tem acompanhado a evolução dos tempos. Atualmente, possui mais de 146 leitos, considerado um dos principais estabelecimentos de saúde do Araripe. Entre os destaques está o Centro Cirúrgico, também referência na região. Com três salas de cirurgia e seis leitos de recuperação pós anestesia, a infraestrutura possui as seguintes especialidades: oftalmológicas, geral, obstétricas, ortopédicas e urológica. Na Clínica Cirúrgica, os pacientes são submetidos a procedimentos cirúrgicos tanto para o pré quanto para o pós-operatório.
e Mordenização, referência no estado
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Cuidado com a vida na emergência e urgência Atendimento rápido e especializado em prestar os primeiros socorros são algumas das características da emergência e urgência. Ou seja, funcionam como a “porta de entrada do hospital”. São recebidos pacientes de diversos casos, como doenças graves e traumas produzidos por acidentes. Na emergência, são recebidos casos que necessitem de uma intervenção médica imediata. Enquanto a urgência, é um a situação que não pode ser adiada. Em alguns casos, pode haver risco de vida. No hospital e Maternidade Santa Maria, são prestados, em média, 130 atendimentos por dia. A equipe é composta por médicos, enfermeiros e técnicos de Enfermagem. © Mauro Filho
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Fisioterapia para melhorar a qualidade de vida Manter a amplitude do movimento corporal é um dos benefícios proporcionados pela fisioterapia. E esse atendimento, para melhorar a qualidade de vida do paciente, também está presente no Hospital e Maternidade Santa Maria. No local, são recebidos todos os tipos de patologias e idades, a exemplo casos que envolvem pacientes neurológicos e envolvidos em acidentes. O trabalho visa prevenir o paciente para que evite a evolução da patologia e contribui a reduzir e corrigir os problemas. No hospital, são realizados 38 atendimentos por dia. Desses, 8 são do setor de retaguarda (Clínica Médica 1), aonde possui geralmente pacientes acamados, que necessitem desse cuidado.
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Crescimento nutrido com amor Gerar vida e tê-la com muita saúde. Essas foram algumas das necessidades em criar a maternidade Santa Maria, por Dom Antônio Campelo. Seu desejo era um espaço digno para que as mulheres pudessem dar à luz, sem risco de vida. E esse sonho foi realizado. Após o nascimento, o aleitamento materno não é só fonte de nutrientes ao bebê, como fortalece os vínculos entre mãe e filho. Um gesto que dá mais saúde ao pequeno, oferecendo mais resistência às infecções. Para acompanhar a evolução desses bebês, o setor de Puericultura realiza avaliação das crianças com até dois anos. São analisados o peso, a estatura e o perímetro cefálico, torácico e abdominal.
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Do nascimento, surge um laço afetivo Dar à luz com mais dignidade. Esse foi o desejo de Dom Campelo ao conhecer algumas necessidades das mulheres de Araripina. Com esse trabalho, existe o Hospital e Maternidade Santa Maria há cinco décadas. Entre os setores, a maternidade é um local especial, pois, é celebrado o nascimento. O local possui 24 leitos. Por dia, serão realizados até oito partos. Com a proposta em humanizar o parto, é desenvolvido todo um trabalho com as gestantes, além disso em proporcionar o nascimento de uma forma mais tranquila, fortalecendo o vínculo entre a mãe e o bebê. Um processo importante nesse começo de vida. O acompanhamento de parentes, incluindo o pai, também faz parte desse trabalho no hospital. movimentt o
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EDUCAÇÃO
O compromisso de educar na formação de jovens e profissinais O Instituto de Educação das Irmãs Medianeiras da Paz administra a Escola Irmã Tereza Maria de Jesus e o curso Técnico de Enfermagem
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Estudantes do curso de Técnico de Enfermagem no Santa Maria
Se a história são lembranças de um passado que representa o presente. A educação é um investimento para o futuro. Com esse propósito, o Instituto de Educação das Irmãs Medianeiras da Paz possui uma instituição de ensino, que oferece aulas escolares e de formação técnica. A Escola Irmã Tereza Maria de Jesus oferece Educação Infantil e Ensino Fundamental, do 1º ao 3º ano, no turno da manhã. São mais de 100 alunos, distribuídos em seis turmas. Com 23 anos de existência, o curso Técnico de Enferma-
gem, turno da noite, já formou aproximadamente 390 profissionais, com 14 turmas. O curso tem dois anos de duração, com carga horária de 1.810 horas. Estão em andamento mais duas turmas, com 70 alunos, que concluirão em fevereiro de 2018. A equipe docente é formada por enfermeiros com especialização em algumas áreas, como Materno Infantil, Urgência e Emergência e Saúde Pública. Além do Hospital e Maternidade Santa Maria (mais de 90% dos profissionais são oriundos da
A instituição atende mais de 100 alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental
escola técnica), os alunos participam de estágio em outras instituições, a exemplo do Hospital São Vicente, em Barbalha (CE) e Hospital Fernando Bezerra, em Ouricuri e a Rede Municipal de Saúde de Araripina, situados em Pernambuco. A infraestrutura do prédio possui biblioteca, laboratórios de informática e de prática, salas, playground, secretaria e pátio coberto e de eventos
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Jubileu celebrado com atividades A instituição promoveu ações comemorativas, entre elas, os mutirões de saúde
Mutirão realizado no centro da cidade
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Para festejar o Jubileu, o Hospital e Maternidade Santa Maria promoveu diversas atividades durante o ano de 2017. Na abertura, foi realizada uma celebração eucarística. Participaram Dom Francisco Sales, bispo araripinense da Diocese de Cajazeiras (PB) e o bispo diocesano, Dom Magnus Henrique. Levar ações de saúde e de cidadania para ampliar os atendimentos já oferecidos nas comunidades foram alguns dos objetivos do mutirão de saúde. Durante esse período, foram promovidas cinco edições: Centro, Serrania, Nascente, Lagoa do Barro e Gergelim. Em cada local, foram oferecidos serviços e atendimentos de enfermagem, médicos laboratoriais, aferição de pressão, peso, glicemia, consulta médica e consultas das especialidades ofertadas no Hospital e Maternidade Santa Maria (fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psiquiatria, entre outros), além de lazer e entretenimento às crianças. Também presente nos mutirões o Cartório de Registro Civil (Sra. Jesus), ofereceu serviços de emissões de documentos (nascimento, casamente e óbito). A média em cada edição era de até 300 atendimentos. “Começamos o trabalho dos mutirões nos distritos. Por meio dessas ações, chegamos em várias pessoas que não conseguiam ter acesso à saúde.”, enfatizou a assistente social, irmã Fátima Alencar.
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Em Gergelim, também foi realizado teste de glicemia
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Serviços de saúde durante a ação social
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Alepe presta homenagem ao HMSM
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Diretoria do HMSM recebe placa de homenagem. Na foto: Alexandre Arraes, dep. Roberta Arraes, Regina Lage, Maria Luíza e dep. Cleiton Collins
A chegada de recursos para um convênio celebrado com a Secretaria de Saúde do Estado e Hospital e Maternidade Santa Maria, localizado na Região do Araripe, contou com a participação da parlamentar Roberta Arraes.
A deputada Estadual contribuiu para levar mais serviços qualificados com o intuito de melhor atender as mulheres gestantes, para que elas também não precisem se descolar até Ouricuri, desafogando o Hospital Regional Fernando Bezerra.
Os recursos foram comemorados por Roberta Arraes: “Os recursos para os serviços chegaram à nossa região e atenderão as mulheres dos municípios de Ipubi, Trindade e Araripina, com melhorias e mais procedimentos de qualidade”.
Campanha Amigos do Hospital A iniciativa tem o objetivo de receber doações voluntárias, para manter os projetos desenvolvidos pelas Irmãs Medianeiras da Paz
Mais uma iniciativa foi criada durante os festejos dos 50 anos, se tornando agora uma ação permanente. A Campanha Amigos do Hospital tem o objetivo de incentivar a doação voluntária de recursos para custear as ações desenvolvidas pelo Instituto Social das Irmãs Medianeiras da Paz, em Araripina, a exemplo do Hospital e Maternidade Santa Maria e a Escola Irmã Tereza Maria de Jesus.
“Para continuarmos servindo sempre com melhor qualidade, iniciamos a campanha e pedimos que abram o coração às doações voluntárias, tão necessárias para o bom desempenho de nossa missão. Dessa forma, conseguiremos manter os trabalhos sociais”, afirmou irmã Maria Luíza, diretora Administrativa do hospital. A religiosa disse ainda que os investimentos realizados, além recursos
do SUS, são oriundos de colaboradores. E, segundo ela, pode ser feito ainda mais. A doação pode ser realizada através do site: www.hmsantamariaararipina.com.br, com o respectivo cadastro e identidade para cada doador ou entrar em contato com a instituição, pelo número: (87) 3873.1192.
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Respeito e compromisso com quem cuida da vida dos araripinenses © Bruno Rostand
Nos 50 anos do Hospital e Maternidade Santa Maria, a Prefeitura de Araripina reconhece essa humanitária instituição gerida pelo Instituto Irmãs Medianeiras da Paz, que promove o acesso à saúde pública para nossa população. Um sentimento de fé que se transforma em serviço.
Prefeito Raimundo Pimentel, irmã Fátima Alencar, dep. estadual Socorro Pimentel e irmã Maria Luíza. Centro de Nefrologia do HMSM
Reconhecimento
Na condição de médico, ex-gerente da IX Gerência Regional de Saúde – Geres, ex-deputado estadual e atualmente prefeito de Araripina, José Raimundo Pimentel do Espírito Santo, tem trabalhado em muitas ações em prol do Santa Maria, como, por exemplo, o Centro de Hemodiálise e tantas outras.
O Centro Educacional do Araripe (CEA) homenageou os 50 anos do HMSM com a entrega de uma placa comemorativa à diretora Administrativa, irmã Maria Luíza Mota da Silva. A atividade aconteceu ao final do marcante desfile, na data máxima do município, 11 de setembro. Também participaram as assistentes sociais do Santa Maria, Fátima Lima e Fátima Alencar. O hospital foi homenageado pelas três esferas de governo, como uma organização de utilidade pública e de importantes serviços prestados à região, a exemplo do reconhecimento como Hospital Amigo da Criança e Hospital Amigo da Mulher. Por unanimidade, a Câmara dos Vereadores de Araripina aprovou uma nota, reconhecendo o hospital pelos serviços desenvolvidos nessas cinco décadas de trabalho. A proposta foi de autoria do vereador João Erlan. 34 • movimentt o
Hasteamento das bandeiras marca comemorações
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O evento fez parte das ações celebrativas do Jubileu
© Mauro Filho
Mais uma atividade marcou as comemorações de 50 anos do Hospital e Maternidade Santa Maria (HMSM), dessa vez, para valorizar o sentimento pátrio. Com os mastros recém-implantados, foram hasteadas as bandeiras do Brasil, de Pernambuco, de Araripina e da instituição ao som da Banda Municipal Maestro Álvaro Campos, sob regência do maestro Givanildo Joaquim da Silva. Entre os presentes, estavam a madre Lúcia Barbosa de Oliveira, coordenadora geral do Instituto Social das Irmãs Medianeiras da Paz; dra. Regina Torres Lage, diretora Clínica; Dr. Oscar Lins, médico e a irmã Regina Maria de Sá, acompanhada da irmã Fátima Alencar, irmã Fátima Lima e todas as Irmãs Medianeiras, trabalhadores do hospital e representantes da sociedade civil, que também chamou a atenção dos transeuntes. “Nesse Jubileu, não podíamos deixar ter esse momento cívico. Nos faz lembrar dos nossos direitos e deveres. Segundo o nosso Patrono, São João Bosco, dizia aos jovens: educai-os e terás bons cristãos e
Dr. Regina Lage e a irmã Maria Luíza no descerramento da placa
honestos cidadãos. E, para isso, precisamos coroar também esse Jubileu, trazendo de uma forma bem específica, assumindo também os nossos direitos e deveres como cristãos”, ressaltou a madre Lúcia Barbosa. Ela agradeceu o empenho de toda a equipe que está envolvida nessas ações comemorativas e relembrou as palavras de Dom Antônio Campelo: “Levantai-vos e agarradas às mãos do Pai Celeste. Caminhai, renovadas pela estrada da vida”. “E, nós, vamos dar continuida-
de a nossa caminhada, revigoradas por ter presenteado Araripina como cidade e também, reciprocamente, nos presenteou com essa história”, completou a madre. Na ocasião, também houve o descerramento da placa, que mostra as premissas do planejamento estratégico da unidade adotado no ano jubileu: missão, visão e valores, que norteiam a organização. © Mauro Filho
A solenidade contou com o hasteamento das bandeiras
JUBILEU
Bispo da Diocese de Salgueiro Centenas de pessoas participaram da cerimônia
Para encerrar os festejos celebrativos de 50 anos do Hospital e Maternidade Santa Maria, centenas de fiéis lotaram a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no centro, em Araripina. A missa, presidida pelo bispo da Diocese de Salgueiro, Dom Magnus Henrique, reuniu representantes das Irmãs Medianeiras da Paz de todo o Brasil que, na ocasião, fizeram a abertura do Jubileu da congregação, a ser comemorado neste ano.
É motivo de júbilo, resgatar a memória daqueles religiosos, funcionários e corpo médico e de tantos que colocaram a pedra de sustentação dessa história, pronunciou o bispo: “É muito fácil olhar e celebrar os 50 anos. Mas, com certeza, aqueles que começaram com Dom Campelo, quantas dificuldade, quantos desafios passaram. Porém, foram cristãos dedicados que marcaram o passado e conseguiram escrever a nossa história”.
Equipe do Santa Maria participa da missa solene
Equipe do Santa Maria participa da missa solene 36 • movimentt o
“Obrigado, Deus, por colocar Dom Campelo na Diocese de Petrolina e, ele ter chegado aqui em Araripina, com compaixão e misericórdia. Agradecemos aos filhos da terra, alguns aqui nasceram e saíram para estudar, mas o bom filho a casa volta. Hoje, estão doando suas vidas e seu trabalho, aonde foi o primeiro choro”, ressaltou a irmã Maria Luíza, diretora Administrativa do Hospital e Maternidade Santa Maria. © Mauro Filho
celebra missa em ação de graças
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religiosa, presidida por Dom Magnus Henrique
Fotos © Mauro Filho
Ela destacou ainda a presença dos funcionários que se dedicam e fazem o Santa Maria ou o “santinha”, como é carinhosamente chamado, seu lugar de missão. Alguns desses funcionários nasceram na casa e, hoje, estão trabalhando para salvar vidas, mas também reacendendo a esperança, com o oferecimento de um serviço que representa a missão das Irmãs Medianeiras da Paz.
O JUBILEU Para oficializar a abertura dos 50 anos das Irmãs Medianeiras da Paz, comemorado neste ano, foi realizado um momento em que as representantes das congregações no país, receberam uma lamparina: “Como as virgens prudentes, possamos depositar o amor, a graça e a misericórdia, para que estas
virtudes espirituais, como um azeite precioso, alimente a chama que queima e brilhe novamente em nossos corações”, afirmou a coordenadora geral do Instituto, madre Lúcia Barbosa. O evento foi prestigiado pela madre geral das Irmãs Mensageiras de Santa Maria, a irmã Terezinha.
© Mauro Filho
Foi realizada a abertura do Jubileu das Irmãs Medianeiras da Paz, que será celebrada em dezembro desse ano
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ARTIGO
Hospital e Maternidade Santa Maria: tradição, cuidado e modernidade O Hospital e Maternidade Santa Maria (HMSM) tem, ao longo dos anos, cumprido uma relevante função social. Sua atuação não se restringe a Araripina, onde está sediado. A instituição ampara os enfermos de toda a região do Araripe e dos estados circunvizinhos. É, dessa forma, um verdadeiro vetor de saúde em pleno Sertão, tão distante dos grandes centros.
As condecorações do cinquentenário estão em sinergia com o sentimento da população servida pela entidade. As pessoas conhecem as dificuldades que precisam ser enfrentadas cotidianamente, mas possuem a segurança de que nos momentos mais árduos terão uma valorosa estrutura física – mas sobretudo humana – para acolher-lhes. O ano 2017 foi um marco na modernização do HMSM: site, redes sociais e rádio. Todo esse investimento teve apenas uma finalidade: fomentar, mais ainda, a integração do Hospital com a comunidade. Aproximando-o de quem justifica a sua existência: a população. A nossa mensagem para o fechamento das comemorações do meio século de atividades é, evidente, na esteira desse reconhecimento. Em especial, às Irmãs Medianeiras da Paz, que fazem da administração do HMSM um ato de amor ao próximo, zelando com carinho e vislumbrando sempre o melhor. Destacamos, também, o Corpo Clínico, que possui a capacidade de agregar ao conhecimento médico o cuidado humano. Do mesmo modo, nossos aplausos aos funcionários do Hospital, que dedicam suas vidas e seus melhores esforços à instituição. Que, sob as bênçãos de Deus, o HMSM continue com a sua nobre missão: cuidar sempre, salvar quando possível. Os votos são para que, nos próximos 50 anos, o Hospital siga a servir, cada vez mais e melhor, acolhendo, sem distinção, quem dele necessite. São nossos sinceros desejos, Airton Arraes Lage Administrador e Consultor de Marketing
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Em 2017, a organização chegou aos seus 50 anos. Neste Jubileu, teve sua relevância fortemente enaltecida através dos próprios entes federativos, quais sejam: União, Estado e Município.