Revista ESERIES

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ESERIES DEZ, 2017 - 1ª Edição

PREMIUM

Visitamos o set do fenômeno Stranger Things que retorna com a nova temporada.

MINDHUNTER

Suspense e investigação: Os caçadores de serial killer.

THE WALKING DEAD

Rick ou Negan? Confira o que os diretores falaram sobre à 8ª temporada.

Entrevistamos o elenco, diretores e as novas caras da 2ª temporada.

THE PUNISHER

O Crime não dura quando Frank Castle está por perto.




ESERIES EDITORIAL Luis Eduardo Souza Mauricio Santos Amaral

EDITORA UniSociesc

ARTE Mauricio Santos Amaral

COLABORADORES Bryan Cranston Aaron Paul Andrew Lincoln Norman Reedus Steven Yeun Melissa Mcbride Emilia Clarke Sophie Turner

Ano 2017

IMPRESA NO BRASIL - PRINTED IN BRAZIL. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. ALL RIGHTS RESERVED. © Copyright 2017.


CONTEร DO

THE WALKING DEAD 06

THE PUNISHER 07

STRANGER THINGS 08-12

MINDHUNTER 14-15

Dezembro de 2017

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ois é, a oitava temporada de " The Walking Dead " os atores já começaram a revelar alguns detalhes sobre o que está por vir na nova fase. Afinal, Negan (Jeffrey Dean Morgan) mal perde por esperar a guerra que vai enfrentar e Rick e seu grupo estão realmente dispostos a derrotarem o vilão!termo “Serial Killer” (assassino em série) foi, de fato, criado por Robert Ressler, o Bill Tench da vida real. Contudo, na produção da Netflix a expressão surge durante uma conversa entre o personagem e seus parceiros, ao apontar a necessidade de uma nova terminologia para diferenciar homicídios friamente calculados daqueles cometidos sem critério por maníacos. Fora da ficção, a ideia precisou ser bastante lapidada até chegar ao formato final. De acordo com artigo do Doutor Scott A. “Sim, sou eu. Eu estarei me juntando ao elenco de FEAR The Walking Dead. A parte mais difícil disso… é deixar TWD. Deixar o elenco, a equipe de produção.” Afirma o ator que interpreta Morgan.

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Em entrevista ao DigitalSpy, o ator Andrew Lincoln entrou em detalhes sobre a grande luta. "Ele está pronto para a batalha. Eu sempre disse que Rick é como um tubarão: ele tem que continuar se mexendo, ou vai morrer. Dar a ele algo para fazer com seu luto e sua dor é essencial, e chutar o traseiro de Negan é a melhor razão para se mexer que ele tem em tempos", conta. "Você viu Rick ajoelhado e acabado na sétima temporada, mas aqui invertemos tudo. Ele está muito focado. Esse é um Rick que está disposto a morrer para derrotar Negan", garante. Vale lembrar que já não é de hoje que falam que Rick realmente vai passar dessa para uma melhor. Será? Andrew ainda fala sobre seu trabalho na série: "O que eu amo nesse trabalho é que, mesmo de depois de oito anos e 100 episódios, eles ainda acham novos lados e novos lugares para levar Rick. Nessa temporada, eu fiquei mais nervoso do que nunca quanto a algumas cenas. São bem intensas". E aí, quem já está ansioso para o retorno de "The Walking Dead"?

“Sim, sou eu. Eu estarei me juntando ao elenco de FEAR The Walking Dead. A parte mais difícil disso… é deixar TWD. Deixar o elenco, a equipe de produção.” Afirma o ator que interpreta Morgan. A nova temporada da saga zumbi é inspirada no arco dos quadrinhos chamado "Guerra Total", e na versão literária não há realmente muitos personagens centrais que morrem. Mas o showrunner Scott M. Gimple já havia sugerido (em entrevista à própria EW) que o oitavo ano não pega leve com as matanças: "Quando a morte chegou à narrativa [durante a pré-produção da temporada], as pessoas ficaram muito chocadas, e há momentos difíceis a seguir para os heróis — porém de maneiras inesperadas […] Há grandes mortes nesta temporada, mas eu acho que eles podem pegar as pessoas de surpresa." De acordo com o ator Andrew Lincoln, a oitava temporada guarda "grandes mortes". O intérprete de Rick Grimes deu o aviso em uma entrevista concedida à Entertainment Weekly Radio, neste sábado.


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m abril de 2016, a Netflix avisou que ia produzir “The Punisher”, uma série sobre Frank Castle, uma das personagens da Marvel. Mais de um ano depois, não há data de estreia, mas ao que tudo indica ainda é em 2017 que vamos ver Jon Bernthal como personagem principal na plataforma de streaming. O último episódio, pelo menos, já foi feito. Quem o confirmou foi o próprio realizador, Stephen Sufjik. Em entrevista ao Combat Radio, Sufjik disse que esta série vai ser bastante diferente de todas as outras dedicadas a Marvel (“Jessica Jones”, “Luke Cage” e “Demolidor”). “É diferente de qualquer outra série da Marvel porque é um drama de adultos. Não há super-poderes. O Punisher é uma personagem baseada fundamentalmente na vingança”, disse. No entanto, não quis revelar mais pormenores. “Não posso adiantar muito. Acabei de realizar o episódio final de “The Punisher” há não muito tempo. Aquele bebé está em pós-produção. E acho que posso dizer que está muito bom”, comentou na entrevista. “The Punisher” conta a história de um veterano de guerra do Médio Oriente. Na banda desenhada, Frank Castle regressa a casa e torna-se um vigilante que declara guerra ao submundo do crime depois de a sua mulher e filha terem sido assassinadas pela máfia de Nova Iorque.

“Sempre ficou claro para nós que a violência no nosso seriado era para causar desconforto e você deveria conseguir ver o desgaste dos personagens ao serem violentos. Ninguém, acho, é louvado na nossa série por ser violento, especialmente se estão usando armas. Então esta não é uma mensagem que estamos passando e foi algo que discutimos. Mas obviamente que a conversa ganha outras proporções quando coisas acontecem no mundo, como os trágicos eventos em Las Vegas. Mas certamente não foi tratado levianamente.” O ator Ben Barnes cedeu uma entrevista ao Screen Rant, em que comenta sobre o grau de violência que ‘O Justiceiro’ terá e se isso pode vir a incentivar atos violentos, já que os EUA está passando por momentos complicados.

Nós estamos tirando todo elemento sobrenatural. Esta série é diferente. Ela tem um visual diferente. Frank é um personagem que se baseia nas emoções humanas mais básicas… Ele é um personagem de quadrinhos, mas ele não voa, ele não tem visão de raio-x. Ele é um soldado incrivelmente habilidoso que está muito, muito furioso e muito, muito machucado. Loeb enfatizou que as circunstâncias do atraso de O Justiceiro não resultaram na alteração do roteiro da série. "Não mudou o seriado. O show não é sobre violência e armas, e, na verdade, mostra os problemas que acontecem no mundo", declarou. "Nós tomamos uma decisão muito difícil com a Netflix, e nossos corações ainda estão com as pessoas de Las Vegas e as pessoas que ainda lidam com essa violência sem sentido", afirmouLoeb. O elenco da série inclui Jon Bernthal (Frank Castle), Deborah Ann Woll (Karen Paige), Daniel Webber (Lewis Walcott), Jason R. Moore (Curtis Hoyle), Paul Schulze (Rawlins), Jamie Ray Newman (Sarah Lieberman) e Ebon Moss-Bachrach (Micro). “Sempre ficou claro para nós que a violência no nosso seriado era para causar desconforto e você deveria conseguir ver o desgaste dos personagens ao serem violentos. Ninguém, acho, é louvado na nossa série por ser .

“A violência na nossa série nunca foi algo a ser glorificado.” Afirma Jon Bernthal

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De volta aos anos 80 Visitamos o set do fenĂ´meno Stranger Things que retorna com a nova temporada.

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Entrevista com o elenco e diretores Conheça também os novos atores que irão compor o elenco.

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O sucesso instantâneo veio com alguns desafios e muitas atividades para o jovem elenco. Virar um fenômeno de audiência acarretou, por exemplo, lidar com “haters” na internet. “Não controlo meu Instagram. Minha irmã mais velha cuida dele e meu irmão faz o meu Twitter. Só recebo as coisas positivas”, revela Millie. Mas trouxe também possibilidades inesperadas, como o convite estam apenas algumas semanas para entreter o público do Emmy 2016 de trabalho no set e a equipe se divide com uma performance adorável de em duas unidades para dar conta de “Uptown Funk”, de Bruno Mars. “Estava todas as cenas dentro do prazo. Atual- nervosa, nunca tinha me apresentado mente, estão trabalhando nos episódios em um palco, mas estar com os meninos 8 e 9. Na hora do cansaço, todo mundo deixou tudo mais leve, mesmo que eu parece se alimentar do sucesso da estivesse tipo ‘Olha, o Ross Geller está primeira temporada – que apresentou ali’”, relembra a atriz. Até momento ao mundo um grupo de crianças que “beatle por um dia”, no aeroporto, eles já enfrenta um monstro apavorante para tiveram: Uma vez umas 30 meninas tentar ajudar a misteriosa Eleven (Millie começaram a berrar quando me viram”, Bobby Brown, inquestionavelmente a ri McLaughlin. Nenhuma história ganha maior revelação da atração). Do elenco mais risadas dos colegas, contudo, do juvenil à responsável pelos objetos de que Wolfhard contando que atendeu ãs cena, que não consegue tirar da cabeça por bastante tempo em uma visita ao as críticas que recebeu por causa de uma mercado e, após diversas selfies, tiradas ou outra incongruência temporal nas com todas as combinações possíveis de peças que apareceram na primeira leva luz, ouviu um “obrigado! Mas eu queria de capítulos, todos estão genuinamente mesmo ter conhecido a Eleven”. surpresos e encantados com o tamanho Para toda a equipe, a parte ao mesmo do fenômeno, que nos últimos 12 meses tempo mais difícil e maravilhosa, sem pareceu influenciar tudo que foi produz- dúvida, foi voltar para a segunda tempoido dentro do subgênero retrô nos anos rada. Para explicar com uma referência

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oitentistas, digamos que eles estão rebolando para não deixar a peteca cair nos novos episódios. “É empolgante, mas definitivamente assustador”, define Shawn Levy. “Desta vez estamos em uma série que o mundo abraçou. Precisamos equilibrar bem isso de aceitar o feedback e tapar os ouvidos, os olhos e monitorar o tempo que se gasta nas redes sociais. Os Duffer são superimersos nesse universo, mas aprenderam a se enclausurar e confiar nos instintos.” “Tenho lido teorias de ãs na internet e fico impressionado que às vezes as pessoas chegam bem perto! Mas a maior parte do tempo fico tipo ‘de que raios você está falando?’”, ri Gaten Matarazzo. “Li roteiros spec [roteiros especulativos, que ãs escrevem para desenvolver episódios da maneira como gostariam que a história se desenrolasse] muito, muito bons. Fico feliz de ver as pessoas usando essa forma de arte tão bem.” “É tudo em maior escala. As ameaças são mais intensas, o elenco está maior. Temos mais dinheiro, então podemos contar uma história mais ousada e com uma cinemática mais avançada”, explica Levy, admitindo que a primeira temporada tem momentos pouco gloriosos do monstro apelidado pelas crianças de Demogorgon.


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segunda temporada de Stranger Things acabou de estrear e o ator Gaten Matarazzo falou um pouco sobre as semelhanças que ele enxerga entre ele e Dustin, seu carismático personagem. Em entrevista ao Coveteur, o ator disse que os dois compartilham alguns interesses e deixou claro que é um ã da franquia Harry Potter. "Eu acho que Dustin definitivamente seria um garoto gamer. Eu não diria que sou especialista em jogos, mas eu tenho uma paixão por isso, eu realmente gosto disso. Sinto que ambos adoramos a escola. Nós dois somos Lufa-Lufa." Após ser questionado que a série é ambientada em uma época anterior à febre mundial de Harry Potter, o ator brincou falando que as pessoas sempre separam os meninos da trama de acordo com as casas de Hogwarts - e, de quebra, contou onde estaria cada um dos personagens. "As pessoas dizem que cada menino representa uma casa. Eles dizem que Lucas (Caleb McLaughlin) seria da Grifinória, Will (Noah Schnapp) seria da Corvinal, Mike (Finn Wolfhard) seria da Sonserina e Dustin, meu personagem, da Lufa Lufa". Gaten sensibilizou a audiência quando revelou “É por isso que eu não tenho dentes, esses são artificiais. Tenho dentes, mas são de leite”. A doença, considerada rara, afeta o esqueleto, e é ocasionada por uma herança autossômica dominante.

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A atriz Millie Bobby Brown, conhecida como a Eleven de Stranger Things, admitiu em entrevista à Variety uma deficiência que não tinha revelado antes: ela é surda de um ouvido.

Se tem algo que realmente mudou para o elenco jovem da série foi uma significativa valorizada no passe. Desde que estreou em Stranger Things, Finn Wolfhard, por exemplo, coestrelou e dirigiu o clipe de “Sonora”, da banda Spendtime Palace, atuou no também oitentista e sucesso de bilheteria It: A Coisa e já está escalado para mais uma produção da Netflix, a animação Carmen Sandiego, prevista para 2019. Ele também viverá Charlie em uma montagem de Willy Wonka & a Fantástica Fábrica de Chocolate em novembro. Já Millie Bobby Brown está filmando Godzilla: King of Monsters (2019) e estrelou dois clipes, incluindo “I Dare You”, do The xx. Mesmo que já estejam se tornando ícones da cultura pop, eles gostam é de ser ãs. Nada parece empolgar os meninos tanto quanto falar sobre os heróis que eles viram ao vivo. “Lembra quando encontramos o Tom Hanks?”, exclama um deles em meio a uma balbúrdia de vozes que incita relatos sobre as celebridades que cruzaram o caminho do elenco na temporada de premiações. Quando é chamada de ícone, Winona Ryder se desculpa: “Oh, obrigado, mas não, nada disso”, responde hesitante de Los Angeles, do outro lado da linha telefônica. Dá para intuir que ela ruboriza um pouco. Ninguém diria que sua voz indecisa é a de uma das atrizes essenciais para explicar o cinema dos anos noventa. Uma década que encontrou em seu frescor um dos seus motivos recorrentes. Winona foi para a tela grande o que Kate Moss foi para a moda. Mas enquanto a modelo nunca deixou de estar presente, aquela que foi a musa adolescente de Tim Burton em Os Fantasmas se Divertem manteve um perfil. aquela que foi a musa adolescente de Tim Burton em Os Fantasmas se Divertem manteve um perfil. Tim Burton em Os Fantasmas se Divertem.

Segundo Brown, ela nasceu com audição apenas parcial em um dos ouvidos, e aos poucos, após algumas tentativas de correção cirúrgica, a audição desapareceu completamente. “Eu não deixei que isso me parasse. Quando eu canto, mesmo não ouvindo direito, não me preocupo se estou cantando bem. Ninguém é obrigado a cantar bem, ou dançar bem, ou atuar bem. Se você gosta de fazer, continue fazendo. Ninguém tem direito de te dizer o contrário”, declarou a jovem de 13 anos. Se as crianças da tela se uniram ainda mais depois de enfrentar os desafios das crianças da vida real.

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Stranger Things

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tranger Things ainda não começou a gravar sua terceira temporada mas, segundo o diretor Shawn Levy, talvez seja preciso um terceiro ano de tanto conteúdo que a produção planejou. Durante entrevista ao Mashable, o diretor disse: "Ao ritmo que os irmãos Duffer [criadores] escreviam os episódios, eles perceberam que tinha história demais para apenas nove episódios. Isso nos forçou a julgar melhor quais histórias contariamos nessa temporada. Foi uma surpresa ver que não poderíamos usar tudo agora. Se tivemos 40 ideias durante o planejamento, usamos apenas 30 enquanto as outras ficaram guardadas para, com sorte, episódios futuros." É importante ressaltar que a Netflix não oficializou uma terceira temporada da série, então trata-se apenas de especulação por enquanto. Ross e Matt Duffer, os criadores, também não cometaram nada a respeito de um possível ano inédito até o momento.

Sadie Sink irá interpretar Max, uma garota durona e confiante, cuja aparência, comportamento e interesses não são comuns às meninas da época. Ela tem uma história complicada e que levanta suspeitas de todos ao redor. A atriz já fez parte do elenco de “American Odyssey” e participações em “Unbreakable Kimmy Schmidt” e “The Americans”. Também pode-se destacar seu trabalho na peça “The Audience”, do diretor Stephen Daldry, ao lado de Helen Mirren.

Já o ator Dacre Montgomery fará Billy, o Levy também aproveitou a oportuni- super-confiante e impaciente irmão dade para revelar que a segunda tempo- mais velho de Max. Ele conquista o rada dará mais importância à Will coração das garotas dirigindo um Byers: "Quando contratamos as crianças, escolhemos Noah Schnapp como Will sabendo que ele apenas teria uma pequena participação na primeira temporada por estar desaparecido. Contratamos ele sabendo que era um garoto especial, mesmo que ele não usasse toda a sua habilidade logo de cara. Agora, Will Byers é o centro da segunda temporada." Os novos episódios de Stranger Things chegam ao catálogo da Netflix em 31 de outubro. Para toda a equipe, a parte ao mesmo tempo mais difícil e maravilhosa, sem dúvida, foi voltar para a segunda temporada. Para explicar com uma referência . A segunda temporada já está disponível na Netflix. A terceira temporada está prevista para início de 2019.

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oitentistas, digamos que eles estão rebolando para não deixar a peteca cair nos novos episódios. “É empolgante, mas definitivamente assustador”, define Shawn Levy. “Desta vez estamos em uma série que o mundo abraçou. Precisamos equilibrar bem isso de aceitar o feedback e tapar os ouvidos, os olhos e monitorar o tempo que se gasta nas redes sociais. Os Duffer são superimersos nesse universo, mas aprenderam a se enclausurar e confiar nos instintos.” “Tenho lido teorias de ãs na internet e fico impressionado que às vezes as pessoas chegam bem perto! Mas a maior parte do tempo fico tipo ‘de que raios você está falando?’”, ri Gaten Matarazzo. “Li roteiros spec [roteiros especulativos, que ãs escrevem para desenvolver episódios da maneira como gostariam que a história se desenrolasse] muito, muito bons. Fico feliz de ver as




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nquanto o trabalho da dupla foi retratado com fidelidade, suas histórias pessoais exibem diferenças entre as contrapartes da ficção. John Douglas era mais velho e experiente que Holden Ford quando começou a trabalhar com assassinos em série. Holden Ford trilhou um caminho “direto e reto” até a Unidade de Ciência Comportamental do FBI, já Douglas enfrentou uma tentativa de graduação em medicina veterinária e alguns anos na Força Aérea americana antes de descobrir sua aptidão para a psicologia criminal. Como Ford, o agente foi influenciado por teorias da sociologia que chegaram a ele por sua companheira – na vida real, sua esposa Pam; na série, a universitária Debbie (Hannah Gross). Como Bill Tench, Robert K. Ressler era veterano do FBI e da Unidade de Ciência Comportamental em 1975, quando começou a trabalhar com Douglas (na série, Ford). Tanto na realidade, quanto na ficção, a dupla logo firmou uma amizade, e começou a trabalhar no estudo sobre assassinatos. O termo “Serial Killer” (assassino em série) foi, de fato, criado por Robert Ressler, o Bill Tench da vida real. Contudo, na produção da Netflix a expressão surge durante uma conversa entre o personagem e seus parceiros, ao apontar a necessidade de uma nova terminologia para diferenciar homicídios friamente calculados daqueles cometidos sem critério por maníacos. Fora da ficção, a ideia precisou ser bastante lapidada até chegar ao formato final. De acordo com artigo do Doutor Scott A.

Holden Ford (Jonathan Grof) e Bill Tench (Holt McCallany), protagonistas do seriado. As atrocidades cometidas por Edmund Kemper (vivido pelo ator Cameron Britton), o “Assassino de Colegiais” dispensaram floreios ao serem vertidas em roteiro de televisão. Como mostra com fidelidade o programa, Ed, como gostava de ser chamado, matou a sangue frio oito garotas da Universidade da Califórnia, praticou necrofilia com seus corpos, as decapitou e usou o resto para estudar anatomia humana. Educado, tranquilo e analítico, Kemper chegou a frequentar o mesmo bar que os policiais locais e acabou amigo deles, antes de assumir a autoria dos seus crimes. A ficção também retrata com realismo a faceta simpática do assassino, que ganhou até a afeição dos seguranças da cadeia. Não que ele não gostasse de conversar com os agentes da lei, mas conhecê-los era parte de sua estratégia para ficar sempre um passo à frente da polícia. O disfarce do “cara bacana” criado por Ed funcionou tão bem que ele demorou a convencer seus amigos da polícia que era o procurado “Assassino de Colegiais”. Depois de martelar até a morte sua mãe, Kemper saiu por uma cruzada pelo país, esperando que a polícia viesse em peso atrás dele. Como nada aconteceu, tanto o Ed real, quanto da ficção, acabou se entregando.

Holden Ford encontrou em Atlanta, no caso de Gene Devier (interpretado por Adam Zastrow), a oportunidade de aplicar os conhecimentos coletados até então com as pesquisas do grupo. Lisa, Mary Frences na vida real, foi estuprada e morta aos 12 anos enquanto voltava da escola. O suspeito, Gene Devier, tinha pouco menos de 30 anos, e podava árvores na rua onde a criança morava na semana anterior ao crime. Ele já havia sido acusado de violentar uma garota de 13 anos, mas não foram encontradas provas suficientes contra ele. Como seu resultado no teste do polígrafo foi “inconclusivo”, Ford encenou um interrogatório para impeli-lo a confessar o crime.nova terminologia para diferenciar homicídios friamente calculados daqueles cometidos sem critério por maníacos. Fora da ficção, a ideia precisou ser bastante lapidada até chegar ao formato final. De acordo com artigo do Doutor Scott A. A encenação, somada às nada convencionais técnicas do agente, de fingir entender o assassino para levá-lo a confessar, rendeu a confirmação do crime. Dezesseis anos mais tarde, o homicida foi levado à cadeira elétrica.

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