Boletim EPIDEMIOLOGICO SARAMPO
O Sarampo é uma doença infecciosa exantemática Max Freitas Mauro Filho Prefeito
Jorge Luiz Carreta Vice Prefeito
Jarbas Ribeiro de Assis Junior Secretário Municipal De Saúde
Stella Dias Sub Secretária de Atenção Primária a Saúde
Giovana Seabra Ramalho Coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal
Rafaela Cassiano Zamboni Referência Técnica das Doenças Exantemáticas
Waleska Fernandes Peruchi Referência Técnica do Programa Municipal de Imunizações
Luisa Gasperazzo Vigna Referência Técnica da Rede de Frio Municipal
Pollyana Marques Ferreira Referência Técnica do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações/SIPNI
aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. (Ministério da Saúde)
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após. (Ministério da Saúde)
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Nos últimos anos, casos de sarampo têm sido reportados em várias partes do mundo e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os países dos continentes europeu e africano registraram o maior número de casos da doença. (Ministério da Saúde) Este ano, o setor de vigilância epidemiológica recebeu, 17 fichas de notificação compulsória de casos suspeitos de sarampo. Todos os casos foram investigados e monitorados. Do total de casos notificados, 16 foram descartados, nenhum foi confirmado e 01 está sob investigação. O caso que ainda permanece em investigação trata-se de uma criança do sexo masculino, 11 meses de idade e não vacinada contra o sarampo por não possuir idade mínima dentro do protocolo da rotina, para receber a vacina tríplice viral.
ESTRATÉGIAS ADOTADAS
Desde o ano de 2018, o município de Vila Velha, junto aos Rua Castelo Branco nº 1803, Olaria/Vila Velha 3388-4185 e 3388-4186 vigilancia.epidemiologica@vilavelha.es.gov.br
demais municípios do estado, vem se reunindo com a Secretaria Estadual de Saúde/SESA com o objetivo de intensificar as ações de vigilância dos casos suspeitos de sarampo, avaliar a situação epidemiológica e adotar
medidas preventivas com o objetivo de impedir a entrada da doença no território. O município implementou a Sala de Situação do Sarampo, para monitorar os casos suspeitos notificados da doença e elaborou um Plano de Sustentabilidade a ser seguido e executado durante o ano em curso. Capacitações sobre imunizações e orientações aos profissionais de saúde quanto ao preenchimento adequado e entrega oportuna da ficha de notificação compulsória ao setor de vigilância epidemiológica, busca ativa realizada pelos agentes comunitários de saúde, vacinação dos profissionais que trabalham com turismo, envio de Alerta Epidemiológico contendo sinais e sintomas do sarampo, manejo clínico e informações importantes sobre a doença, foram encaminhados pela vigilância epidemiológica a todos os PAs e hospiatais públicos e privados do município, bloqueios vacinais seletivos para os contatos dos casos suspeitos de sarampo, são exemplos de ações executadas pelo município. Além disso, por meio do Programa Municipal de Imunizações/PMI o setor de vigilância epidemiológica intensificou a imunização contra o sarampo, realizando diversas ações de vacinação extra muro, no final do ano passado e no primeiro semestre deste ano, para ampliar o acesso da população as vacinas. Disponibilizou os imunobiológicos em shoppings centers, escolas, universidade, bares, restaurantes, quiosques, transportadoras, igrejas, supermercados, hospitais, pronto atendimentos, dentre outros. Além de manter a oferta diária dos imunobiológicos, nas unidades de saúde distribuídas nas cinco regiões de saúde de Vila Velha. Durante o mês de agosto estão programadas mais ações de vacinação agendadas para acontecerem, in loco, nas demais escolas do município, nos shoppings centers e no terminal portuário de Vila Velha. Desde o último dia 02.08.19 por orientação da SESA e do MS o município está imunizando crianças na faixa etária de 06 a 11 meses de idade que viajarão para áreas com circulação do vírus do sarampo. O ideal é que recebam a vacina no mínimo 15 dias antes da viajem. Todas essas estratégias tem por objetivo evitar a transmissão da doença.
PREVENÇÃO PARA O SARAMPO
Atualmente só há uma forma de prevenir o sarampo. É através da imunização com a vacina tríplice viral distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde e disponibilizada para toda a população nas salas de vacina do município. A vacina é segura, eficaz e previne contra três tipos de vírus: Sarampo, caxumba e rubéola. A vacina tríplice viral está indicada na rotina para pessoas de 12 meses a 49 anos de idade. Sendo que, de 12 meses a
29 anos de idade, o indivíduo precisa comprovar duas doses da vacina tríplice viral em sua caderneta de vacina e de 30 a 49 anos de idade, uma dose do imunobiológicos é suficiente. Nos casos de bloqueio vacinal seletivo, o Ministério da Saúde orienta a imunizar também as crianças na faixa etária de 06 a 11 meses de idade. Sendo a dose de bloqueio não válida para a rotina. Ou seja, aos 12 meses de idade, a criança receberá nova dose da vacina tríplice viral.
COBERTURA VACINAL PARA A TRIPLICE VIRAL NO MUNICÍPIO DE VILA VELHA
O mundo tem vivenciado situações de surtos e epidemias de doenças imunopreveníveis anteriormente controladas ou eliminadas de alguns países. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, os últimos casos de sarampo foram registrados no ano de 2015, em surtos ocorridos nos estados do Ceará (211 casos), São Paulo (dois casos) e Roraima (um caso), associados ao surto do Ceará. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS, declarando a região das Américas livre do sarampo e em 2019, conforme relato do professor Fernando Bellissimo, do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP “o Brasil perdeu o certificado de país livre da doença e uma das causas para essa nova realidade está na queda da cobertura vacinal em 20%, o que enfraqueceu a blindagem, tornando o Brasil suscetível nos casos de imigração, principalmente vindos da Venezuela e até mesmo por turismo da Europa.” A situação acima descrita é claramente evidenciada no município de Vila Velha, que apesar de envidar todos os esforços para ampliar o acesso da população as vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação, apesar de todas as orientações emanadas pelo SUS e pelos serviços de saúde, de acordo com dados registrados no sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), a cobertura vacinal do município de Vila Velha, para a primeira dose da vacina tríplice viral, ou seja, para as crianças na faixa etária de 12 meses de idade, está em 93,06 %. No entanto, o Ministério da Saúde preconiza que, ao menos 95% da população esteja homogeneamente imunizada evitando assim, bolsões de vulneráveis e a transmissão do vírus entre as pessoas.
ORIENTAÇÕES
É
de suma importância que os pais/responsáveis procurem uma unidade de saúde e levem suas crianças para serem imunizadas. Importante também que todo adulto atualize seu cartão de vacina. Em especial as pessoas de 15 a 29 anos de idade. Pois quando nasceram, a vacina tríplice viral ainda não fazia parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS. Caso a criança, o jovem ou o adulto inicie com sintomas de febre e manchas avermelhadas pelo corpo, acompanhado de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, deve ser encaminhado imediatamente a um serviço de saúde para ser avaliado e orientado por um profissional. Precisa também evitar contato com outras pessoas a partir do surgimento das manchas avermelhadas pelo corpo, que são chamadas de exantemas e caso não necessite de internação, deve seguir com isolamento domiciliar, até que os resultados dos exames laboratoriais fiquem prontos. Não devem receber a vacina tríplice viral:
Casos suspeitos de sarampo, Gestantes, Menores de 6 meses de idade, Pessoas com o sistema imunocomprometido.
imunológico
Evitar ao máximo, em especial no inverno:
Espaços fechados e aglomerados, Contato com pessoas gripadas, Proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar.