Revista ES Brasil - Edição Agosto de 2014 Nº 109

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ESB PERGUNTA Casagrande e Hartung falam sobre suas propostas

GESTÃO Fortaleça o capital social familiar de sua empresa

ARACRUZ Cultura e história das aldeias indígenas

JEEP COMPASS Conforto e tecnologia no modelo 2014

Nº 109 • Agosto de 2014 • R$ 8,90 • www.revistaesbrasil.com.br

O legado da Copa 2014

IMPRESSO

O que o Mundial deixa para o Brasil e para o ES? ENTREVISTA

Sônia Hess, presidente da Dudalina, fala sobre vida e negócios




NESTA EDIÇÃO 18

Especial Copa do Mundo: qual o maior legado da realização do evento para o Brasil e para o Espírito Santo?

Edição 109 – Agosto 2014

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Agenda

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Periscópio

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ESB Agro

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Ciência e Tecnologia Política

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O Endereço da História

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Gastronomia

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Estilo Gadgets

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Mais e Melhor

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Essas Mulheres Tira-Gosto

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Modus Vivendi

ESB Pergunta

Candidatos ao Governo do Estado, Renato Casagrande e Paulo Hartung respondem a perguntas elaboradas por Fecomércio, Findes, Faes e Fetransportes.

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80

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Entrevista

A presidente da Dudalina, Sônia Hess, faz um resgate histórico de sua empresa e fala sobre negócios e empreendedorismo.

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Gestão

Como a relação entre os membros de m mesm mí i in en i no pi social da empresa? Saiba como aproveitar melhor essa gestão.

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Cotidiano

A ES Brasil preparou um guia com os menus de 14 restaurantes da Grande Vitória para quem busca novas opções saborosas.

Artigos 38

Waldemar Rocha 62

Geradores de riquezas

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Conheça um pouco mais sobre as aldeias indígenas de Aracruz e de que forma elas contribuem para a cultura capixaba.

Arlindo Vilaschi Elos faltantes do real

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Aonde Ir

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Test Drive

Jeep Compass apresenta novidades na versão 2014, trazendo o que há de mais moderno em tecnologia e conforto.



EDITORIAL

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utebol. Uma paixão brasileira que gera sentimentos variados que vão desde a emoção pela conquista de um campeonato até a decepção por uma eliminação precoce, como vista na Copa do Mundo de 2014, na qual o Brasil perdeu as chances de conquistar o hexa em casa. E por mais que tenhamos deixado para trás a oportunidade de levantar a taça, o evento esportivo deu o que falar, contrariando até os mais pessimistas, que viam com certa desconfiança a realização do torneio em nosso país. Na medida do possível, a dispusta aconteceu dentro dos conformes, recebendo elogios por estrangeiros de todo o mundo. Mas passada a Copa fica o questionamento: após a contabilização dos gastos, podemos dizer que o evento trouxe e ainda trará benefícios para o Brasil e para o Espírito Santo? Para responder a essa pergunta, a ES Brasil de agosto reuniu experientes jornalistas esportivos, além de representantes dos setores mais afetados pela realização do campeonato em nosso país em uma matéria especial sobre o legado do Mundial. Afinal, como podemos tirar proveito desses investimentos no futuro? Não deixe de ler em nossa reportagem. No "ESB Pergunta" trazemos duas entrevistas especiais com os candidatos ao Governo do Estado para as eleições 2014, Renato Casagrande e Paulo Hartung, que respondem aos questionamentos feitos pelas federações capixabas representantes dos segmentos de indústria, comércio, infraestrutura e agropecuária. Veja quais são as propostas para essas áreas dos dois concorrentes e de que forma elas podem beneficiar o Espírito Santo. A ES Brasil de agosto também conversou com a empresária Sônia Hess, presidente da Dudalina e primeira mulher a receber o Prêmio Personalidade de Vendas, no ano de 2012. Nossa entrevistada do mês fala sobre sua vida profissional e sobre os desafios de ser empreendedora em um mercado cada vez mais competitivo. A revista traz ainda uma matéria sobre o capital social familiar para avaliar a influência e a relação entre os membros do "clã" nos negócios. Saiba quais são os principais desafios enfrentados pelas empresas e de que forma superá-los para que essa gestão seja melhor aproveitada. Aqueles que apreciam um bom jantar após o expediente, com certeza vão gostar das sugestões de gastronomia que a ES Brasil separou para aperfeiçoar o seu paladar. Preparamos uma lista com mais de 10 restaurantes capixabas da Grande Vitória que oferecem uma grande variedade de pratos saborosos feitos com massas, carnes, grelhados e frutos do mar. O grande destaque da seção "Aonde Ir" fica por conta das aldeias indígenas do município de Aracruz, que se encontram distribuídas em duas etnias, a Guarani e a Tupinikim. Um resgate dos costumes e das histórias desses dois povos que tanto contribuem para o fortalecimento da cultura capixaba. Confira ainda os fatos que marcaram o mês, além de outras colunas e artigos que nos acompanham a cada edição. Boa leitura! Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil

OPINIÃO DO LEITOR

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“Gosto muito da variedade dos temas abordados. Vejo que eles contribuem muito para uma visão adequada e atualizada sobre os principais assuntos que impactam a economia e o mercado capixaba.”

“É a única publicação que eu conheço do Espírito Santo que fala sobre economia de uma forma geral. Os assuntos são bastante atuais e abrangem vários setores do Estado. É uma revista que eu recomendo.”

Luciano Dias Zorzal, empresário

Rosiane de Souza, analista de mercado

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ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.

Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Flávia Tristão Coordenação de Produção Cláudia Luzes Apoio Produção Taíssa Souza Textos Thiago Lourenço e Yasmin Vilhena e Andréa Nunes Revisão Andréia Pegoretti Edição de Arte Genison Kobe e Tiago Oliveira Colaboraram nesta edição Arlindo Vilaschi e Waldemar Rocha Fotografia Jackson Gonçalves, fotos cedidas e arquivos Next Editorial e Marcelo Camargo/ Agência Brasil (27) 2123-6506 comercialnext@nexteditorial.com.br Gerentes de Contas Aylma Castro, Deiseane Da Rós e Flávio Drumond Apoio Comercial Neuzeli Meira

Assinatura (27) 2123-6520 www.nexteditorial.com.br Serviço de atendimento ao assinante Segunda a sexta: das 9h às 18h Edições anteriores (27) 2123-6520 Contatos com a Redação E-mail: redacao@nexteditorial.com.br Telefax: (27) 2123-6500 Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715



AGENDA 7 A 10 DE SETEMBRO

Congresso de Epidemiologia na capital capixaba Profissionais de renome nacional e internacional estarão em Vitória de 7 a 10 de setembro para participar do 9º Congresso Brasileiro de Epidemiologia (Epivix). Com o tema “As fronteiras da epidemiologia contemporânea: do conhecimento científico à ação”, o evento acontecerá no Centro de Convenções de Vitória. O objetivo é mobilizar epidemiologistas brasileiros para a divulgação e o debate de questões relevantes para a saúde da população com base nas abordagens metodológicas modernas.

Festival de Vitória homenageia Paulo José Em 2014, o Festival de Vitória – 21º Vitória Cine Vídeo completa sua maioridade plena e homenageará o ator e diretor Paulo José, que possui 60 anos de carreira, sendo consagrado nos palcos e nas telas da TV e do cinema. Durante cinco dias, a capital do Estado contará com uma programação extensa e diversificada, composta por exibições, lançamentos, homenagens, concursos, oficinas e premiações. O evento vai acontecer de 12 a 17 de setembro, no Theatro Carlos Gomes, e as atividades do Festival devem atrair um público de 30 mil pessoas, segundo estimativas da organização. 15 A 28 DE SETEMBRO

9ª edição da ES Restaurant Week Foto: Divulgação

Os melhores restaurantes de Vitória estarão na 9ª edição da Espírito Santo Restaurant Week, que acontecerá de 15 a 28 de setembro. Serão 40 estabelecimentos capixabas participando do evento, cujo objetivo é disseminar a boa gastronomia com cunho social, uma vez que o cliente tem a opção de doar R$ 2 ou mais para a Apae Vitória. Os menus contarão com entrada, prato principal e sobremesa, no valor de R$ 37,90 no almoço e R$ 47,90 no jantar. 17 A 20 DE SETEMBRO

Vitória será a capital nacional da nutrição De 17 a 20 de setembro, Vitória será a capital nacional da nutrição. A cidade receberá o 23º Congresso Brasileiro de Nutrição (Conbran), que acontecerá no Centro de Convenções e deve reunir mais de 4 mil congressistas. O tema “Alimentação e nutrição nos excessos e na fome oculta: onde estamos e para onde vamos?” será discutido por profissionais renomados nacionais e internacionais das várias áreas da nutrição, entidades de classe, órgãos públicos, empresas do setor e estudantes, que poderão conhecer novas tendências e estudos científicos. 8

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Foto: Divulgação

12 A 17 DE SETEMBRO

23 E 24 DE SETEMBRO

GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM DEBATE NO ES “Transformando estratégias em resultados” é o tema do 10º Seminário de Gerenciamento de Projetos do Espírito Santo, que vai acontecer nos dias 23 e 24 de setembro, no auditório do Hotel Golden Tulip, em Vitória. As principais personalidades do país discutirão as melhores práticas e estratégias em gestão de projetos que estão em evidência no Brasil e no mundo. Para se inscrever no evento, que contará com palestras, minicursos e apresentação de casos de sucesso, basta acessar o site www.pmies.org.br.

ATÉ 27 DE SETEMBRO

EXPOSIÇÃO “ELEMENTARES” NA GALERIA HOMERO MASSENA “Elementares”. Esse é o nome da exposição da artista Ana de Senna, que ocupará as instalações da Galeria Homero Massena (GHM) até 27 de setembro, com entrada franca. A mostra é composta por desenhos abstratos que dialogam com toda a arquitetura da galeria, tratando o desenho como rearranjo de expressões de imagens primordiais, cavadas profundamente no inconsciente coletivo da humanidade. O processo do desenho instalação pode ser acompanhado no site www.exposicaoelementares.com.

Acompanhe os principais eventos no site da revista: www.revistaesbrasil.com.br



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O empresário é bem-intencionado em suas negociações, e a lei vem alertar sobre possíveis armadilhas que podem prejudicá-lo”

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PERISCÓ

Marcelo Zenkner, promotor do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), sobre a Lei Anticorrupção

PROJETO DE ALTERAÇÃO DA LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA

Binário melhorou o trânsito da Rua Itaiabaia

Foto: Divulgação

O Senado aprovou no dia 16 de julho o Projeto de Lei Complementar 60/2014, que prevê alterações na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O texto manteve o conteúdo original que saiu da Câmara dos Deputados a m de sseg r r o en io p r sanção presidencial antes do início da campanha eleitoral. No Espírito Santo, toda a tramitação está sendo acompanhada e apoiada pelo Sebrae-ES. Dentre os pontos mais importantes do projeto, está a universalização do Supersimples, na qual qualquer empresa que fature até R$ 3,6 milhões por ano poderá aderir ao sistema de tributação.

MOBILIDADE

UFES RECEBE CONSELHO DE TRANSPARÊNCIA E COMBATE À CORRUPÇÃO

Sistema binário é implantado em Coqueiral de Itaparica

O Departamento de Administração dos Órgãos Colegiados Superiores (Daocs) da Ufes recebeu no dia 16 de julho a reunião do Conselho de Transparência e Combate à Corrupção do Estado do Espírito Santo, do qual faz parte o ouvidor-geral da universidade, Ricardo Behr. O Conselho visa dar mais transparência aos atos administrativos e contribuir para o aumento do controle social, da gestão democrática administração pública estadual e no combate à corrupção. Segundo Behr, “a democracia e uma boa administração se fazem com a plena prestação de contas de como está sendo gasto o dinheiro público”.

Com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana e desobstruir o trânsito de vias movimentadas de Coqueiral de Itaparica, a Prefeitura de Vila Velha implantou no final de julho um binário no bairro, nas ruas Itaperuna e Itaiabaia. De acordo com o secretário de Transporte e Trânsito, Romário de Castro, essa alternativa virou tendência nas grandes cidades. “O sistema, que consiste em transformar vias paralelas de mão dupla em ruas com um único sentido, é visto como solução para dar mais fluidez ao tráfego de pistas rápidas e muito movimentadas”. SAÚDE

Jovens com Aids debatem a doença Foto: Divulgação

Foto: Arquivo Secom/Ufes

Jovens e adolescentes capixabas com sorologia positiva para o vírus da Aids se reuniram nos dias 19 e 20 de julho para debater sobre a doença, a importância da adesão ao tratamento com antirretrovirais para a melhoria da qualidade de vida, além de questões voltadas a direitos à saúde sexual e reprodutiva. O III Encontro Estadual de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids aconteceu em Nova Almeida, na Serra. O evento contou ainda com a participação de representantes de outros estados.


JUDOCAS CAPIXABAS CONQUISTAM MEDALHA NOS EUA

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Vale dá início à operação do novo trem de passageiros A Vale deu início no dia 5 de agosto à operação do novo trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Fabricados na Romênia, os vagões que desembarcaram na capital entre dezembro de 2013 e maio deste ano obedecem a padrões europeus de qualidade. Serão ao todo 56 novos carros, sendo 10 executivos e 30 econômicos. Em ambas as classes, os carros são climatizados e contam com tomadas elétricas individuais nas poltronas para possibilitar o carregamento de equipamentos eletrônicos, como notebooks e telefones celulares. O novo trem de passageiros contou ainda com mudanças relacionadas a segurança, conforto e modernidade.

Edital de pós-doutorado visa à fixação de doutores no ES Estão abertas as inscrições para o Edital de Fixação de Doutores, que tem como objetivo principal selecionar propostas para concessão de cotas de bolsas de pós-doutorado a programas de pós-graduação. Serão disponibilizadas 120 bolsas, cada uma com vigência de até 36 meses e valor mensal de R$ 4.100. Os bolsistas também receberão R$ 40 mil cada para despesas ao longo do desenvolvimento do projeto. O edital pretende atrair e fixar doutores para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento ou inovação. Para mais informações, acesse www.fapes.es.gov.br.

Sincades realiza o 12º Encontro de Inverno em Pedra Azul

SECRETARIA DE SAÚDE DE VITÓRIA PRESTA CONTAS A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) realizou no dia 18 de julho, no plenário da Câmara de Vitória, uma audiência pública para prestar contas do primeiro quadrimestre de 2014. Durante a ocasião, foram apresentados o montante e a fonte de recursos aplicados na rede municipal de saúde, as auditorias realizadas nos meses de janeiro a abril, além da rede física dos serviços que são oferecidos ao munícipe, a exemplo das entregas da Unidade de Saúde de Itararé e da Farmácia Cidadã, no Centro; da ampliação na oferta de especialidades médicas e consultas (que tiveram um aumento de 13,05% em comparação ao mesmo período do ano passado), dentre outros.

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Foi realizada entre os dias 25 e 27 de julho, em Pedra Azul, a 12ª edição do Encontro de Inverno do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades). O evento, que teve uma programação repleta de momentos de integração e lazer, contou com a presença de autoridades e empresários do setor. A palestra ministrada pelo senador Ricardo Ferraço, com o tema “Espírito Santo na visão do Brasil e o Brasil na visão do mundo”, foi um dos grandes destaques. “A cada ano, na oportunidade deste encontro, podemos confraternizar, desfrutar de momentos de lazer, ainda comemorar todas as conquistas alcançadas pelo setor”, destaca o presidente do Sincades, Idalberto Moro.

Medalhas de ouro, prata e bronze e indicação de melhor atleta foram conquistadas pelos judocas do Centro Olímpico do Espírito Santo (Coes) João Vitor Falqueto (Hikari) e Pablo Tessarolo (Hikari). Eles participaram do campeonato Junior US Open Judo, evento realizado na Flórida (Estados Unidos) que conta com várias competições, a exemplo da classe sub 21 e do US Internacional. Além das vitórias junto ao seu companheiro de equipe, João Falqueto foi indicado a melhor atleta do evento ao lado de um canadense e um francês.

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FATOS Instituições assinaram acordo de implantação no dia 22 de julho, na Findes

Foto: Divulgação

Programa injeta R$ 8 milhões em produção e comercialização de café capixaba

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ais de R$ 8 milhões serão destinados à ampliação da oferta de café torrado e moído de qualidade no Estado, através do “Programa de Estímulo à Produção de Comercialização de Cafés Especiais do Espírito Santo”. Sua implantação foi acertada no dia 22 de julho, com a assinatura de um acordo envolvendo instituições envolvidas na ação, como Sebrae-ES, Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Federação das Indústrias do Estado (Findes), Sindicato da Indústria do Café do ES (Sincafé) e Secretaria Estadual de Agricultura (Seag). A iniciativa prevê adequação e certificação de 2.500 propriedades rurais, produção de 500 mil sacas de café do tipo especial e processamento de 150 mil sacas. Com isso, haverá ampliação na oferta de café torrado e moído de qualidade

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pela indústria capixaba, através da integração de toda a cadeia composta ainda por produtores e suas cooperativas ou associações. “Ao adquirir esse café, a indústria estará oferecendo um produto de melhor qualidade ao consumidor final, proporcionando maior variedade e estimulando o capixaba a consumir o que é produzido em nível local”, declara o presidente do Sincafé, Sérgio Brambilla. O público-alvo do programa são produtores e unidades de processamento, de acordo com critérios de enquadramento do Sebrae-ES. Os agricultores receberão consultoria tecnológica e de gestão para micro e pequenas empresas, em modelo de atuação indicado pelo Bandes, buscando a integração de todos os envolvidos na atividade. As principais regiões beneficiadas serão Serrana, Caparaó, Sul, Noroeste e Litoral Norte.



ESB PERGUNTA

ESPECIAL

Candidatos ao Governo do Espírito Santo A revista ES Brasil está acompanhando de perto as eleições 2014. Neste “ESB Pergunta Especial”, quatro instituições representativas dos setores de agropecuária (Faes), comércio (Fecomércio-ES), transportes (Fetransportes) e indústria (Findes) foram convidadas a apresentar seus questionamentos aos candidatos ao Governo do Estado, abordando temas relevantes para o desenvolvimento de cada atividade. Como critério para abordagem dos entrevistados, a revista ES Brasil ouviu os dois candidatos que obtiveram pelo menos 10% nas intenções de voto, Paulo Hartung e Renato Casagrande, conforme indicado em pesquisa realizada pelo Instituto Futura, registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) sob o número 00016/2014, a pedido do jornal A Gazeta.

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AGROPECUÁRIA – CUSTOS

Pergunta elaborada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes) m re m o dos gri ores do se or de e prod o de imen os m i o oneros em ir de de altas taxas, como as cobradas por órgãos de licenciamento, e dos impostos. e o over o o e a er ara te tar baratear a ro o alime t cia e co se e teme te re ir os re os ara o co s mi or al

Nosso Governo adotou medidas que significaram, de fato, RC redução na carga tributária ou vantagens comparativas em relação a produtores de outros estados. Um exemplo significativo foram as mudanças na legislação do leite, beneficiando todo o segmento cooperativista do Estado, inclusive milhares de produtores rurais. Também foram adotadas medidas para melhoria e aumento da competitividade do segmento da cafeicultura. A mais recente foi a redução da alíquota interestadual do café arábica para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Outro setor beneficiado foi o avícola, com incentivos para os produtores da área e afins. Medidas idênticas de apoio foram feitas à produção de alimentos no âmbito da agricultura familiar e também aos segmentos de pesca. Em relação aos impostos estaduais, a meta é criar o melhor PH ambiente tributário, de forma que nossa competitividade

seja pelo menos igual à melhor condição que outros estados possam ter. Estudos aprofundados devem ser realizados ou apresentados ao Governo do Estado pelos diversos setores do agronegócio estadual, a exemplo do que já fizemos quando fui governador. O licenciamento ambiental também se faz necessário porque não queremos crescimento a qualquer custo, mas desenvolvimento com inclusão social, conservação e recuperação dos recursos naturais. Para a agricultura familiar e pequenos empreendimentos, nosso objetivo é isentar de quaisquer custos os licenciamentos ambientais, os procedimentos dos serviços de inspeção e os registros sanitários. Também vamos descentralizar a maioria desses procedimentos para os municípios, como forma de agilizar a formalização das pequenas agroindústrias e os processos simplificados de licenciamento para a produção agropecuária.

COMÉRCIO - SEGURANÇA PÚBLICA

Pergunta elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) A falta de segurança pública se tornou mais um grande problema a ser enfrentado pelos empresários. Para garantir maior comodidade aos seus clientes, principalmente no comércio de rua, pois os shoppings centers oferecem segurança 24h, o empresário o rig do in es ir em sis em s de igi n i e seg r n pri d , o e onsome o p r e de re rsos e poderi m ser in es idos n mp i o o n moderni o do neg io e om r io E em on ers ndo dire o om s orid des ompe en es redi mos e o o erno Es d em e o ído nesse spe o, m s ind m io oi rei indi do m m ior e e i o de po i i men o, so re do nos prin ip is pon os do om r io, no orário em e s o s en err m s s i id des, s Esse orário m is nerá e os ss os, pois o momen o em e o es e e imen o es á io, e os funcionários estão se deslocando para suas residências. e e orma o over o rete e mel orar a se ra a o com rcio e bairro o sta o se a a ra e it ria o o i terior

Para reforçar a segurança e prevenir crimes contra o RC patrimônio, lançamos, em agosto de 2013, o projeto Patrulha da Comunidade, que inicialmente beneficiou 20 bairros da Grande Vitória. Em março deste ano, o projeto foi ampliado para outros bairros da região metropolitana e para o interior do Estado. Gestores do programa realizam reuniões mensais com lideranças comunitárias, comerciantes e moradores dessas áreas, com o objetivo de identificar as demandas de cada lugar. Hoje o horário de atendimento do Patrulha é das 7 às 23 horas. Além dos 4.600 policiais militares já contratados em nosso Governo, outros mil estão em formação e, assim que estiverem aptos, passarão a reforçar o policiamento no Estado. Propomos o aumento do patrulhamento por meio de cavalos, PH bicicletas e motocicletas, que permitem uma vigilância mais

próxima das pessoas e da comunidade; fortalecimento do patrulhamento nos locais e horários mais críticos, adotando-se também processos de policiamento mais modernos e uma política de abordagem sistemática não apenas na periferia, e concentrada na busca por armas; a maior integração de recursos humanos e materiais com as Guardas Municipais e o incentivo à criação de Guardas Municipais em outras cidades do Estado, quando houver viabilidade; a adoção mais ampla de tecnologias que permitam o monitoramento remoto; o fortalecimento do Ciodes; além do persistente treinamento e desenvolvimento de estratégias de campo para otimizar os trabalhos da Polícia Militar. Faz-se necessário reduzir a sensação de impunidade, com investimento em ações de inteligência, investigação e conclusão de inquéritos. Por fim, gestão, estratégia e tecnologia, além do envolvimento comunitário das polícias. rasil •

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INFRAESTRUTURA – CARGAS E LOGÍSTICA

Pergunta elaborada pela Federação das Empresas de Transporte do Espírito Santo (Fetransportes) É notório o momento crítico pelo que passam as empresas do setor de transportes de cargas e logística no Espírito Santo. Que tipo de ação ou projeto o Governo do Estado pretende adotar para socorrer esse setor que, conhecidamente, é tão importante para fazer a economia girar?

Em 2013, o Governo lançou o Programa de Desenvolvimento Sustentável (Proedes) – Integração Logística, com o objetivo de levar o desenvolvimento a todas as regiões do Estado e ser capaz de superar os desafios da economia nacional. Nesse sentido, estamos desenvolvendo um conjunto de projetos estruturantes envolvendo todos os modais de transporte, dentre eles rodoviário, aeroportuário, ferroviário e portuário. Vamos interligar o Espírito Santo ao Brasil e ao mundo, tornando-o mais competitivo, eficiente e rentável. A estimativa é de que as obras e ações estejam concluídas em seis anos. No que diz respeito às rodovias estaduais, o Governo está realizando um investimento recorde em infraestrutura, por meio do Programa de Ampliação e Reabilitação da Rede Rodoviária (PAR), do Programa Mobilidade Metropolitana (PMM) e do Proedes. Desde 2011, foram investidos mais de R$ 2 bilhões e inaugurados aproximadamente 772 quilômetros de novas vias. Atualmente, mais de 880 quilômetros da malha viária estadual estão em obras. Além disso, os projetos em desenvolvimento somam mais de 1.800 quilômetros. RC

Precisamos agir com foco, estratégia e liderança para avançar e retomar o destaque do setor logístico do Espírito Santo. Propomos um conjunto de medidas necessárias para alcançar esse objetivo: construir polos empresariais em diversos municípios (Zonas de Atividades Logísticas), respeitando as vocações regionais e produzindo lotes empresariais, por meio de parcerias público-privadas; implantar um porto de águas profundas e um porto de apoio às atividades de petróleo e gás; viabilizar a construção da Estrada de Ferro EF118, ligação entre o litoral capixaba e o sul fluminense, e da EF 354, ligação do sul capixaba, Ipatinga (MG), Lucas do Rio Verde (MT) e fronteira com o Peru; buscar uma solução junto a União para a duplicação da BR 262, onde o Governo do Estado e o setor empresarial podem buscar uma modelagem adequada às demandas de negócios e de desenvolvimento do Estado; construir quatro aeroportos regionais (São Mateus, Linhares, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim) e desenvolver esforços para concretizar a modernização e ampliação do aeroporto de Vitória. PH

INDÚSTRIA - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Pergunta elaborada pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) O uso do mecanismo da substituição tributária, originalmente desenvolvido para regimes de ri o espe i em segmen os espe í os, em sendo mp i do de orm r i rári , ainda que dentro da legalidade, prejudicando principalmente a micro e pequena empresa. Caso eleito, como o senhor pretende atuar nesta questão?

Se eleito, vou apoiar a aprovação de legislação nacional específica para conter os abusos no uso da substituição tributária. Esse é um sistema que prejudica, em especial, as micro empresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples. Mas isso precisa ser feito de forma compatível com a segurança fiscal dos estados e sem prejuízo para os serviços prestados à população. A forma de fazê-lo é rediscutir o sistema tributário brasileiro, com viés na descentralização e no fortalecimento federativo. Com efeito, a limitação da substituição tributária poderá retirar receitas potenciais do Estado, mas o ajuste precisa ser feito na medida em que essa forma de tributação tenha ultrapassado os limites da legitimidade. Nosso compromisso situa-se na contenção do uso desse instrumento e na racionalização de gastos para equilibrar eventuais perdas de receitas inevitáveis no curto prazo. Como essa limitação será salutar, acreditamos num crescimento de longo prazo das atividades econômicas e na recuperação futura da receita estadual em bases mais sólidas e legítimas. RC

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O mecanismo da substituição tributária tem como objetivo facilitar o processo de arrecadação, tanto para as empresas quanto para o Governo. Em segmentos com produção concentrada e distribuição pulverizada, a exigência para que a empresa “substituta” recolha os tributos da “cadeia” produtiva diminui a burocracia e o tempo despendido para atendimento ao Fisco, reduz a competição ilegal e, quase sempre, também a carga tributária, já que as margens adotadas são conservadoras. Sempre que adotamos o mecanismo da substituição tributária em nosso Governo foi em consonância com os segmentos envolvidos. Sempre tivemos o cuidado de não deixar que as “facilidades” da substituição tributária sejam ampliadas de forma arbitrária. Nesse sentido, orientamos a nossa Secretaria de Fazenda a apoiar as medidas que estão tramitando no Congresso Nacional – amplamente discutidas com a bancada que representa as micros e pequenas empresas e com o Ministério Especial da Micro e Pequena Empresa – a fim de restringir em lei os segmentos que podem ser alcançados pela substituição tributária. PH



ESPECIAL por Thiago Lourenço e Yasmin Vilhena

#tevecopasim

E agora, como fica? 18

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icialme te vista com esco a a a o a o o o rasil oi m s cesso e s r ree e at os mais essimistas. e ois o eve to ca o estio ame to al o le a o o ial ara o a s e ara o s rito a to

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rasil, país do futebol. Essa é uma alcunha internacionalmente conhecida e que esteve em prova em 2014. Se por um lado havia expectativas de uma grande performance da seleção brasileira em campo, em virtude do bom desempenho na Copa das Confederações, realizada em 2013, o planeta acompanhava com dúvidas se o Brasil teria condições de arcar com todos os compromissos que assumiu para a realização do Mundial. Teve Copa. E tivemos também a oportunidade de mostrar que sim: infraestrutura, segurança pública e qualidade turística podem fazer parte da realidade brasileira; pelo menos foi o que aconteceu durante os 32 dias da realização do torneio. A discussão agora passa a ser outra. Bilhões em investimentos depois e sem o hexacampeonato na mão, o que a Copa do Mundo deixa como herança para o Brasil? Visibilidade. Na opinião de autoridades do trade turístico nacional ouvidos pela revista ES Brasil, essa é a principal conquista deixada. A estimativa do Ministério do Turismo (MTur) é que 3,6 bilhões de pessoas em todo o globo – mais da metade da população mundial – acompanharam as partidas pela televisão. “O grande legado que a Copa deixa para o turismo é a mídia boca a boca. As pessoas que vieram contarão para as outras que somos um destino receptivo e atrativo”, ressalta o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Firme. Para o vice-presidente de Relações Internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav), Leonel Rossi Junior,

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o Brasil é um destino turístico caro e precisa ser promovido para um público de alto nível. Entretanto, segundo ele, a receita destinada à publicidade no exterior é comparável à de economias menos desenvolvidas, como a Jamaica. “O orçamento da Embratur (autarquia responsável pela divulgação do Brasil como destino turístico no exterior) é pequeno, e o Governo vai cometer um grande erro se não continuar investindo nessa promoção”, avalia Rossi. Essa preocupação é fundamentada quando analisados os dados que constam em levantamento do MTur com 6.627 estrangeiros: 95% afirmaram ter intenção de retornar ao Brasil, sendo que para 83% a experiência turística superou ou atendeu plenamente às expectativas. De acordo com o ministério, mais de 1 milhão de estrangeiros, de 202 países, visitaram o Brasil durante a Copa do Mundo, superando a expectativa inicial do Governo, de 600 mil turistas, e maior que o Mundial da África do Sul, que recebeu cerca de 310 mil. “O país recebe anualmente cerca de 5,9 milhões de turistas estrangeiros e tem a meta de chegar aos 10 milhões em 2020. A Copa ajuda a alcançar esse objetivo, visto que garante visibilidade internacional nos quatro anos que antecedem e nos quatro anos que sucedem sua realização”, relata Firme. Em julho, as receitas de turistas estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a US$ 797 milhões, e a R$ 3,647 bilhões no primeiro semestre, de acordo com o Banco Central (BC). O resultado do mês é 76% maior que o mesmo período de 2013. Em julho, até o dia 23, foram movimentados US$ 609 milhões, crescimento de 50% em relação a julho do ano anterior. Os saldos são os maiores da série histórica do BC, s raias cariocas eram m ito que teve início em 1947. O turismo interno s cesso e tre os t ristas a e em lo também esteve em alta, com mais de e o acaba a e a ema 3 milhões de pessoas se movimentando pelo país (veja box da página 20 com o perfil do turista brasileiro durante a Copa), segundo pesquisa do MTur em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado final foi positivo para as agências de viagem, que devem fechar o ano com crescimento de 5%, conforme estimativa da Abav. “A Copa desapontou os que possuíam perspectivas negativas. A malha aérea funcionou bem, sem grandes atrasos; houve incremento no setor hoteleiro; e as agências de turismo receptivo conseguiram se sair muito bem”, pontua Leonel Rossi. cia rasil

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O Fifa Fan Fest conseguiu reunir milhares de turistas e brasileiros em uma mistura de cores, idiomas e bandeiras

PERFIL DO TURISTA BRASILEIRO NA COPA Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, em parceria om nd o e io rg s , iden i o o per do turista brasileiro que viajou durante a Copa de 2014. No total, mais de 3 milhões de pessoas se movimentaram pelo país, a maioria paulistas, cariocas e baianos.

76,2%

dos turistas brasileiros eram homens

Instrução Superior completo (55,3%) Especialização (17,1%)

Renda R$ 3.621 e R$ 7.240 (28,6%) R$ 7.241 e R$ 10.000 (16,8%)

40,3%

26,2%

entre 25 e 34 anos

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entre 35 e 44 anos

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Na avaliação do presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Júnior, a Copa “transcorreu em um nível de organização adequado, reconhecido por todos que aqui estiveram”. Nos meses de junho e julho, o faturamento do setor cresceu cerca de 22% em relação a 2013, chegando a R$ 11 bilhões. “Desse montante, R$ 1 bilhão foi em função do Mundial”, finaliza Solmucci. Levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) indica que foram somados à economia brasileira cerca de R$ 30 bilhões com a Copa do Mundo. O cálculo considerou o montante dos investimentos públicos e privados em infraestrutura, os gastos dos turistas nacionais e estrangeiros e os investimentos do Comitê Organizador Local (COL), levando em conta o efeito multiplicador que possui na cadeia produtiva. “O setor hoteleiro deve fechar 2014 com crescimento de até 7%. Sem dúvida, cresceríamos menos sem a Copa. O ideal é que tivesse uma todo ano”, brinca Firme, da ABIH.

INFRAESTRUTURA Em 2009, depois do anúncio de que o Brasil seria o anfitrião do torneio, diversas capitais e cidades entraram na disputa para se tornar uma das cidades-sede. O posto era promissor, visto


OBRAS: COMO FICARAM*

que acarretaria destinação de investimentos em estádios e aeroportos, além de melhorias na mobilidade urbana. Cinco anos depois e com o campeonato já realizado, a decisão de promover a “Copa das Copas” em 12 cidades, num país de proporções continentais como o Brasil, mostrou-se precipitada. “Foi um exagero a construção de 12 estádios. E isso partiu do Governo brasileiro. Poderíamos ter trabalhado na direção de seis a oito cidades, com custos bem menores, o que dificultou e também encareceu a operação do evento para a própria Fifa”, diz o economista Orlando Caliman. Pesquisa promovida pela Folha de S.Paulo constatou que a Copa deixou uma herança de 23 obras que deveriam ter sido finalizadas entre 2011 e junho de 2014, sendo que 10 não possuem limite de entrega e algumas têm prazo de conclusão para 2016, quando acontecerão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. São obras de mobilidade, aeroportos e portos, que enfrentaram problemas como atrasos em licitação e execução ou em questionamentos judiciais. Inicialmente orçado em R$ 8,8 bilhões, o custo para sua execução já está em R$ 11 bilhões. Essas intervenções integram um pacote de 167 projetos que foram prometidos para serem executados antes do Mundial: 88 (53%) foram concluídos dentro do prazo. Ampliação dos aeroportos de Salvador e Campinas, reformas dos aeroportos de Confins, em Belo Horizonte (MG), e de Manaus, BRT da Avenida Pedro I, em Belo Horizonte, e o BRT de Recife,

Entregues antes do Mundial Estádios Mineirão (MG), Mané Garrincha (DF), Arena da Baixada (PR), Castelão (CE), Maracanã (RJ), Arena Pernambuco (PE), Beira-Rio (RS) e Fonte Nova (BA) Infraestrutura viária Programa de desenvolvimento viário da Zona Leste da Região Metropolitana de São Paulo, Passarela Quinta da Boa Vista-Maracanã (RJ), Corredor da Av. Marechal Floriano Peixoto (PR), Estação Metrô Cosme e Damião (PE), Viaduto do Despraiado (MT), Corredor Pedro II e Obras Complementares (MG) Aeroportos Aeroporto Internacional de Salvador (BA), Aeroporto Internacional de Brasília (DF), Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante (RN), Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos (SP) e Aeroporto Afonso Pena (PR)

oto bio o ri es

Entregues incompletas ou que serão fi a i a a oi o ia Estádios Arena Pantanal (MT), Arena da Amazônia (AM), Arena das Dunas (RN) e Arena Corinthians (SP)

cia rasil

Infraestrutura viária Estações do VLT (CE), Viaduto Dom Orlando Chaves (MT), obras do entorno do Estádio Beira-Rio (RS), Estação Multimodal (RJ), Corredor Norte-Sul (PE), BRT das Avenidas Bento Gonçalves, João Pessoa e Protásio Alves (RS) Aeroportos eropor o de on ns , eropor o n ern ion de n s (AM), Aeroporto Internacional de Fortaleza (CE), Aeroporto Internacional Marechal Rondon (MT), Aeroporto Internacional de Recife (PE), Aeroporto Internacional Salgado Filho (RS) e Aeroporto Internacional de Viracopos (SP) ira a a a ri Responsabilidades da Copa Infraestrutura viária Via 710 (MG), Linha 1 do VLT, ligando o Aeroporto à Asa Sul (DF), construção do Monotrilho Linha 17 – Ouro (SP), reestruturação da Av. Eng. Roberto Freire (RN), Complexo da Rodoviária (RS), linhas do BRT (RS), Monotrilho Norte-Centro (AM), re i o de i s do orredor e ropo i no

O Aeroporto Internacional de or a a oi ma a o ra entregues incompletas *

rasil a rese ta a e as al mas as obras rometi as ara a o a o

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oto o rio a ta a

além do VLT de Cuiabá, são algumas das construções que, após a Copa, ainda estão inacabadas. Um dos casos mais emblemáticos foi o trem de alta velocidade (TAV), popularmente conhecido como trem-bala, que deveria integrar Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro, possibilitando uma viagem de 80 minutos entre as capitais paulista e fluminense. Em 2009, a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, prometeu que pelo menos o trecho entre Rio e São Paulo estaria pronto a tempo da Copa de 2014. Não aconteceu. Em 2012, foi criada uma estatal para esse fim, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), mas o projeto foi abandonado temporariamente rasil •

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O estádio do Maracanã (RJ) conseguiu ser entregue antes do Mundial e foi palco a al e tre lema a e r e ti a

Foto: Daniel Brasil/Portal da Copa

após o fracasso de duas licitações: uma por não ter interessados e a outra porque a única empresa concorrente estava sendo investigada por suspeitas de corrupção no metrô de São Paulo. Outras heranças deixadas pelo Mundial são os estádios construídos em regiões que não possuem tradição futebolística, como o Mané Garrincha, de Brasília (DF) – o mais caro da Copa – a Arena Pantanal, de Cuiabá (MT), e a Arena Amazônia, em Manaus (AM). Só para a construção dos estádios, foram gastos R$ 8,48 bilhões, bem acima dos R$ 5,97 bilhões previstos inicialmente. “Essas cidades vão sofrer muito para ocupar esses estádios porque vão receber poucas partidas, de maneira isolada, o que é insuficiente para preencher um calendário esportivo. Correm sérios riscos de virar elefantes brancos”, analisa o jornalista esportivo da Rádio CBN Carlos Eduardo Éboli. Segundo informação divulgada pelo Governo Federal, foram investidos R$ 25,6 bilhões na realização da Copa. Desse montante, 83,6% saíram dos cofres públicos. Na avaliação de Caliman, essa foi uma das razões para os problemas enfrentados na execução das obras. “O Brasil possui um histórico muito ruim no quesito velocidade e qualidade dos investimentos públicos. Além de uma burocracia enorme, temos a lentidão da operação do dia a dia dos investimentos”, explica. As obras que não ficaram prontas a tempo do Mundial serão concluídas? Para Éboli, a resposta é não. “Infelizmente o Governo precisa de algumas motivações para oferecer qualidade de vida à população, como a Copa, as Olimpíadas, as reuniões internacionais. Se com a motivação do Mundial, as cobranças da Fifa e da opinião pública, as obras não foram concluídas,

A Arena Corinthians (SP) foi a responsável pela abertura da Copa do Mundo

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oto e ters

ESPÍRITO SANTO Mesmo que não tenha sediado nenhum jogo da Copa do Mundo, o Espírito Santo foi o Estado escolhido para receber as seleções de Camarões e Austrália, que puderam realizar os seus treinos nos estádios Kléber Andrade e Arena Unimed/Sicoob, ambos no município de Cariacica. Uma realidade que trouxe benefícios para

LEGADO PARA O ES: CENTRO DE TREINAMENTO PADRÃO FIFA Apesar de não ter sido escolhido por nenhuma seleção, o Hotel Fazenda Parque do China realizou um investimento superior a R$ 10 milhões em ampliação e modernização de todo o seu complexo, localizado em Domingos Martins. A construção de um inédito Centro de Treinamento no Brasil, que atende às exigências da Fifa em dimensões, gramado, irrigação e drenagem, idêntico aos dos 12 estádios das id des sede, ne o m o e , omo er n d op do Mundo para o Espírito Santo. Grandes clubes do Brasil poderão fazer suas pré-temporadas no Estado, o que deve contribuir para divulgar o empreendimento e a região de montanhas capixabas para todo o país.

iv l a o

IMAGEM DO BRASIL Por mais que a seleção brasileira não tenha saído vitoriosa em campo – no duelo contra a Alemanha no qual perdeu por 7x1 e posteriormente com a derrota para a Holanda, na disputa pelo terceiro lugar – o país deixou uma imagem positiva para o mundo, apesar de algumas deficiências encontradas no decorrer da competição. A maior parte dos 18.800 jornalistas credenciados pela Fifa (sendo 80% estrangeiros) avaliaram positivamente. Dentre os itens elogiados, destacam-se a infraestrutura e os serviços, que tiveram uma aprovação superior a 80%, segundo levantamento do Ministério do Turismo em parceria com a Fipe. Cerca de 60% dos entrevistados disseram que a imagem do país melhorou com a Copa, e 96,5% recomendariam uma viagem aos destinos brasileiros. De acordo com o professor de Jornalismo da Universidade Vila Velha (UVV) Rodrigo Cerqueira, tanto os estrangeiros quanto os próprios brasileiros tiveram suas expectativas superadas. “Criamos uma expectativa muito negativa durante o período que antecedeu a Copa do Mundo, principalmente por conta de questões como superfaturamento dos estádios, dos aeroportos e de outras reivindicações que foram expostas nos protestos do ano passado. Por causa dessa percepção que acabou sendo modificada, ficamos no final com uma imagem muito boa do evento. E mesmo que tenham visto os problemas do nosso país, os turistas acabaram tendo uma impressão muito boa, principalmente por conta da população e do torcedor brasileiro, que abraçou a Copa de uma forma sensacional”. De acordo com a pesquisa, os serviços lideraram as avaliações positivas da imprensa internacional: mais de 98% dos entrevistados aprovaram os atrativos turísticos, 96,2% consideraram ótimas as opções de diversão noturna, e 93,2% elogiaram a facilidade de obtenção do visto de entrada no país. Apesar de aprovarem o transporte privado (91,2%) e as informações prestadas aos turistas (90,4%), os jornalistas fizeram ressalvas ao atendimento e à falta de disponibilidade de material de divulgação em outro idioma. O levantamento do Ministério do Turismo mostra que o sinal positivo dos estrangeiros também se estende aos itens da infraestrutura geral, que consideraram os aeroportos bons ou muito bons (88%), assim como as rodovias, que também foram bem avaliadas por 81,6% dos entrevistados. “De fato havia um sentimento quase generalizado de que a Copa poderia trazer uma situação de caos para algumas cidades, o que não foi o caso. Eu mesmo estive em Salvador assistindo a um jogo do Mundial e comprovei que tudo funcionou perfeitamente no local: parecia que nem estava no Brasil. Isso prova que o país tem condições de produzir grandes eventos, sem perder a sua natureza própria, ou seja, de deixar as coisas para a última hora ou inventando saídas para situações problemáticas. Faz parte da cultura do brasileiro, algo que não muda de um dia para o outro. Acabou dando tudo certo. Se a imagem no futebol foi ruim, acredito que a geral tenha

ficado de bom tamanho, o que acabou surpreendendo a nós e ao mundo”, avalia o economista Orlando Caliman. Para o jornalista Carlos Eduardo Éboli, o povo brasileiro é o grande responsável pela imagem que foi deixada para os turistas. “O povo brasileiro passou uma imagem muito positiva, principalmente pela maneira como os turistas foram abraçados. Vejo que muitas pessoas de fora saíram satisfeitas, mas é claro que tivemos estrangeiros que ficaram com uma percepção negativa do nosso país, devido a certas dificuldades enfrentadas durante a competição - que não possuem a mesma dimensão das que são enfrentadas diariamente por todos nós. O transporte funcionou acima da média, assim como os aeroportos, mas o grande desafio a partir de agora é manter esse funcionamento ‘padrão Fifa’ durante todo o ano”, comentou.

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não vejo motivação política para tirar essas obras do papel. Faltou, como sempre, organização”, disse.

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Foto: Thiago Guimarães

os capixabas devido à grande visibilidade alcançada em âmbito internacional, segundo avaliação feita pela Secretaria de Estado do Turismo. A projeção da Setur-ES é de que o Espírito Santo tenha atraído cerca de 4 mil turistas durante o evento. O estádio Kleber Andrade “A maior contribuição está no fato de a recebeu a seleção de Camarões para a realização imagem do nosso Estado ter sido mostrada para de seus treinos o próprio Brasil e principalmente para o mundo. Também ajudou na realização e na aceleração de alguns investimentos em infraestrutura ligados ao esporte: um novo estádio e a reforma do estádio da Desportiva. Não vejo o Mundial como divisor de águas em relação ao turismo internacional. movimento que nós esperávamos, por outro lado, a presença das Apenas amplia o leque de oportunidades”, destaca Caliman. Para o presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares seleções de Austrália e Camarões gerou grande visibilidade para do Espírito Santo (Sindbares), Wilson Calil, a Copa do Mundo deverá o Espírito Santo e sua gastronomia. É nessa divulgação, aliada à trazer benefícios em longo prazo. “Ao contrário do que esperávamos, propaganda boca a boca dos visitantes, que nós apostamos para um o movimento dos bares e restaurantes não aumentou em função crescimento do turismo capixaba em médio e longo prazo”. Os impactos também foram sentidos de forma negativa pelo dos jogos da Copa do Mundo. O que ocorreu, na verdade, foi uma retração generalizada. Nos bares, o faturamento caiu entre 10% e 15%. comércio. “Com o evento esportivo e os feriados, no primeiro Já nos restaurantes, o prejuízo foi ainda maior, na casa dos 35%. semestre, o comércio deixou de faturar cerca de R$ 250 milhões. A Copa afetou, ainda, datas fundamentais para o setor, como o Com a Copa do Mundo, as vendas sofreram interferências, como a Dia dos Namorados, que este ano foi celebrado na data da estreia alteração no horário de funcionamento dos estabelecimentos, que do Brasil na Copa, resultando em casas vazias e mais prejuízos. ‘quebrava’ o ritmo de compra do consumidor”, revela o presidente Se de imediato a Copa do Mundo não trouxe o aumento de da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri. Um quadro que ainda foi experimentado pelo Sindicato da Indústria de Confecções de Roupas A COPA EM NÚMEROS em Geral do Estado do Espírito Santo (Sinconfec) e pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo (Siges), que não 1 milhão de turistas estrangeiros tiveram grandes vendas em seus respectivos setores. 95% dos turistas estrangeiros pretendem retornar ao Brasil Mesmo que não tenha apresentado os resultados esperados 3 milhões de turistas locais no segmento de bares e restaurantes, a gastronomia capixaba foi bastante elogiada por jornalistas australianos que estiveram 3,6 bilhões de telespectadores em todo o mundo presentes em um jantar oferecido por Sindbares/Abrasel-ES no 18.800 jornalistas credenciados pela Fifa início de junho. O encontro gerou grande visibilidade da culinária R$ 30 bilhões gerados à economia brasileira regional para o mundo. “Essa cidade é linda, aconchegante e US$ 797 milhões gastos pelos turistas estrangeiros em junho acolhedora. Estou impressionado com sua hospitalidade”, afirmou o R$ 1 bilhão de faturamento para o setor de bares e restaurantes repórter do Fox Sports Austrália Todd Procter. Outro que declarou já ter se rendido aos encantos da capital foi Kyle Patterson, coordenador R$ 25,6 bilhões em investimentos de Comunicação da Federação Australiana. “Vitória sempre estará 83,6% de investimentos públicos em nossos corações. Nós amamos o povo, o clima, a organização... R$ 8,48 bilhões investidos em 12 estádios eu não quero voltar para casa! Aqui é um verdadeiro pedaço de 23 obras inacabadas paraíso tropical”, revelou o jornalista durante o evento, que foi realizado no Restaurante Papaguth, na Enseada do Suá. Para o jornalista da TV Gazeta Jorge Félix, a Copa do Mundo deixou um grande legado para o Brasil e para o Espírito Santo devido à expressiva divulgação do torneio para outros países. “A organização e o profissionalismo fizeram a diferença, principalmente no Estado, que recebeu duas seleções mundiais. Espero que as obras nos estádios capixabas façam com que os clubes aproveitem mais essa estrutura, para que o futebol cresça em nível nacional. O turismo também pode ser muito explorado com as Olimpíadas, devido à proximidade com o Rio de Janeiro. Acredito que podemos colher Fonte: Ministério do Turismo/ Fundação Getúlio Vargas bons frutos no futuro”, revela. 24

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Foram apresentadas no ES novidades dos setores metalmecânico, de moda e de mobiliário, eletrodomésticos e utilidades domésticas

Feiras geram cerca de R$ 217 milhões em negócios no Espírito Santo tre o o ae

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al e l o e o come o e a osto ec ow it ria vel ow movime taram a eco omia ca i aba

rês eventos realizados nas últimas semanas de julho e no começo do mês de agosto movimentaram a economia e geraram mais de R$ 217 milhões em negócios no Espírito Santo. Mec Show, Vitória Moda e ES Móvel Show, respectivamente dos setores metalmecânico; de moda e de mobiliário; eletrodomésticos e utilidades domésticas, trouxeram as novidades de seus segmentos e atraíram públicos de diversos estados e até estrangeiros. No caso da Mec Show - Feira da Metalmecânica, Energia e Automação, que aconteceu de 22 a 25 de julho, foram R$ 50 milhões

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em negócios e contratos futuros para os próximos 12 meses. De acordo com a organização, 17 mil visitantes, de 17 estados brasileiros, circularam pelos estandes durante quatro dias. Nesta edição, um fato que chamou a atenção foi a presença de visitantes de países como Estados Unidos, Canadá, Portugal e Itália, atraídos, principalmente, pelo setor de petróleo e gás natural. O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer-ES), Manoel Pimenta, destaca a oportunidade que as empresas tiveram de fortalecer parcerias e aprofundar conhecimentos. “Mais uma vez, a Mec Show nos apresentou o que há de mais moderno para a indústria metalmecânica e impulsiona o desenvolvimento do setor”, ressaltou. A feira superou as expectativas do presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (Cdmec), Antônio Falcão, tanto pela qualidade e inovação dos produtos pelos expositores, quanto pela presença de público qualificado. “Isso demonstra o interesse pelas indústrias capixabas no desenvolvimento e na modernização de suas empresas”, disse. Entre os 180 expositores estava a Senior, que ofereceu soluções em sistema de gestão, apresentando seus softwares que otimizam a gestão administrativa, financeira e contábil e gerenciam todo o setor de iv l a o

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BALANÇO DAS FEIRAS MEC SHOW Setores: metalmecânica, energia e automação Expositores: 180 Visitantes: 17 mil Negócios gerados: R$ 50 milhões VITÓRIA MODA Setores: vestuário e confecções Expositores: 95 marcas na etapa business Visitantes: mi nos des es e n e p business Negócios gerados: R$ 17 milhões MÓVEL SHOW Setores: móveis, eletrodomésticos e utilidades para o lar Expositores: 100 Visitantes: 10 mil Negócios gerados: R$ 150 milhões

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controle industrial e de custo produtivo, atendendo aos requisitos legais. “Percebemos que muitas pessoas, com a intenção efetiva de fechar negócios, visitaram a Mec Show. Foi uma oportunidade de crescimento, prospecção, divulgação e solidificação da marca, apresentando a empresa e seu portfólio. Pretendemos voltar no ano que vem”, destacou a gerente de Negócios da Senior, Glaucia Honorato. A Mec Show 2014 foi uma promoção do Sindifer-ES e do Cdmec, com realização da Milanez & Milaneze em parceria com VeronaFiere. A edição 2015 está confirmada para acontecer entre os dias 28 e 31 de julho. iv l a o

VITÓRIA MODA Com o tema “Cinco Sentidos – Razão e Emoção”, o Vitória Moda ocorreu em duas etapas. A primeira, no cerimonial Itamaraty Hall, em Vitória, entre os dias 29 e 31 de julho, promoveu 17 desfiles, com um público estimado em mais de 6.000 pessoas.

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O evento foi realizado pela Câmara Setorial da Indústria do Vestuário do Sistema Findes e Sebrae-ES. Já em Colatina, na etapa business, cerca de 1.500 compradores vindos do Espírito Santo e de estados como Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe conheceram o alto verão de 95 marcas. Essa fase ocorreu de 3 a 5 de agosto, no Shopping Moda Brasil e gerou negócios da ordem de R$ 17 milhões. Modelos, maquiadores, cabeleireiros e estilistas estiveram envolvidos no evento, que contou com a cobertura de cerca de 100 jornalistas locais e nacionais. O Vitória Moda foi lançado em 2008, com o objetivo de inserir o Espírito Santo no calendário da moda nacional. Seu diferencial, em relação a outros do mesmo segmento no Brasil, é o fato de ser voltado para a movimentação do circuito de negócios e a qualificação do setor de vestuário capixaba. Além disso, seu formato o coloca na vanguarda como desfile lançador de alto verão.

MÓVEL SHOW A Móvel Show 2014, realizada de 4 a 7 de agosto no Carapina Centro de Evento, atraiu 10 mil visitantes e apresentou os principais lançamentos em móveis, eletrodomésticos e utilidades para o lar. Foram mais de 100 expositores, vindos de sete estados do Brasil, que geraram uma movimentação financeira de cerca de R$ 150 milhões. Além de superar as expectativas, 80% dos lojistas já fecharam adesão para expor na próxima edição, em agosto de 2016. A feira foi organizada pela Yes Feiras & Eventos, em parceria com a Revista Móbile e acontece a cada dois anos no Espírito Santo. A Móvel Show contou ainda com o apoio do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), além do patrocínio das empresas Duratex e Sayerlack. NA PRÓXIMA EDIÇÃO oto iv l a o

erca e mil essoas e esta os e e o tros a ses estiveram a ec ow

Outro tradicional evento de negócios do Espírito Santo, r nE poE , oi re i d de de gos o Na edição de setembro da revista ES Brasil, você vai on erir o er r omp e d eir

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GESTÃO por Yasmin Vilhena

Maely Coelho, no centro, sem re i ce tivo os se s l os a se i teressarem elos negócios da família

Capital social familiar omo a rela o a am lia i e cia o desenvolvimento dos negócios 28

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resentes em todo o mundo, empreendimentos familiares são considerados o tipo de organização mais comum, independente de seu porte. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles atuam de forma dominante no mercado, sendo responsáveis por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB), além de criar mais de 85% de todos os novos postos de trabalho. No Brasil, essa realidade não é lá tão diferente: segundo dados do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), existem de 6 milhões a 8 milhões de empresas em nosso país, sendo que 90% delas são familiares. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as que se enquadram na classificação como micro e pequenas contribuem com cerca de 50% do PIB nacional. Tamanha relevância na economia não poderia deixar de exigir um planejamento organizacional adequado, considerado fundamental dentro das corporações. Mas será que os sonhos e investimentos de pessoas empreendedoras e de seus parentes, são suficientes para que o negócio cresça e perpetue por outras gerações? Atualmente, essas companhias têm sido motivo de preocupação para especialistas em administração, pois muitas vezes não estão preparadas para enfrentar alguns problemas que comumente abatem as famílias, levando grande parte delas ao fracasso. Dessa forma, como a relação entre os membros pode influenciar nos negócios da família e de que forma essa prática de gestão pode ser melhor aproveitada para que o capital social da organização seja fortalecido?

CAPITAL SOCIAL FAMILIAR O poder de ação de uma empresa é conferido, dentre outros fatores, pela capacidade de organização e participação ativa de seus membros, uma cooperação extremamente necessária para o negócio. Segundo um estudo de pós-graduação da Fucape Business School, o conjunto de recursos, as relações existentes entre pessoas e organizações, bem como normas e valores desse convívio, são denominados de capital social. Na empresa familiar, por exemplo, esse tipo de conceito encontra um ambiente propício para o seu desenvolvimento prático, que se baseia na força da relação e na confiança estabelecida a partir disso.

am lia cresce m ito mais r i o e a em resa e or co ta isso reciso ter crit rios ara ter ma est o mais arro a a e com basta te res eito e tre os membros. co viv cia amiliar em casa o a mesma a em resa ecess rio ter certa ist cia e saber os limites ael oel o resi e te a ael

com m e co trar iver cias e i teresses e ro sitos al o e recisa ser trabal a o ara m bem com m aria eresa oscoe ro essora a rea e essoas a a o om abral

De acordo com o estudo, “as relações de confiança promovem benefícios para uma coletividade por meio da reciprocidade e cooperação que ocorre entre os membros de determinado grupo”. Esse vínculo, pode influenciar positivamente no volume de capital social familiar produzido pelo grupo, à medida em que todos estão envolvidos em um mesmo propósito: o desenvolvimento do negócio. Ele é a soma do capital humano (valor de cada indivíduo utilizado para o crescimento da empresa), do capital social (relações estabelecidas entre pessoas de diversos grupos) e do capital financeiro (quantidade de recurso financeiro que determinada pessoa possui que pode ser convertido em dinheiro). Alguns fatores influenciam no desenvolvimento do capital social, tais como estabilidade, interação e interdependência, características essenciais que servem como base para o capital social familiar, o qual origina-se no âmbito da família a partir das relações estabelecidas entre o fundador da empresa, os membros, a comunidade, os clientes e os colaboradores. Uma relação que precisa ser muito bem trabalhada, afinal, por serem duas instituições antagônicas, a empresa e a família quando se juntam acabam fazendo com que os ambientes se confundam. De um lado o papel profissional, objetivo e racional; e do outro o papel familiar, de pai, filho, primo, fator que pressupõe uma relação permanente e afetiva por conta das respectivas histórias de vida. “Existem prós e contras de se trabalhar com a família. Dentre os pontos positivos, destaco a questão de se manter a cultura e de se reduzir níveis hierárquicos. Nos pontos negativos o que atrapalha a gestão dos negócios é misturar o lado pessoal com o profissional, algo que por muitas vezes acontece. Outra questão está relacionada ao fato de os parentes assumirem cargos para os quais não estão preparados, pelo simples fato de serem da família”, destaca a especialista em Finanças e professora da Fucape Graziela Fortunato. Além de fortalecer o desempenho organizacional, o capital social familiar, quando bem aplicado, também ajuda a gerar vantagens competitivas pelas redes familiares e favorecer o processo de sucessão que por muitas vezes é feito com certa dificuldade. rasil •

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SUCESSÃO FAMILIAR Passar o bastão para os sucessores é um dos grandes desafios das empresas familiares. Segundo dados do IBGE, a cada 100 companhias de comando familiar, apenas 30 chegam à segunda geração e somente cinco conseguem alcançar a terceira. Todos os anos, no Brasil e no mundo, milhares de micro e pequenas empresas abrem suas portas na tentativa de sobreviver e conseguir ter sucesso profissional, mas a falta de um planejamento adequado faz com que poucas consigam passar pelo primeiro ano de vida. Saber separar as relações de cunho doméstico do ambiente profissional pode ser considerado uma das principais dificuldades. Ao se estabelecer uma relação de negócios, os membros de uma família “transferem para a empresa um conjunto de normas e crenças provenientes da estrutura familiar que aumenta a interação entre os indivíduos e fortalece suas crenças e a formação do capital social organizacional”, destaca o estudo da Fucape. Um envolvimento tido como uma grande vantagem competitiva devido à singularidade que a empresa oferece em termos de inteirações entre os negócios e a família. Segundo o estudo, “o capital social desenvolvido na família gera formas particularmente fortes de estabilidade”, além de interdependência e interação, fatores importantes que devem ser levados em consideração em situações de conflitos. Para a Maria Teresa Roscoe, professora da área de pessoas da Fundação Dom Cabral, certos erros precisam ser corrigidos quando se está em jogo o capital social familiar. “Às vezes pode ocorrer uma mistura entre as dimensões família x negócio, onde

De acordo com José Elcio Lorenzon (à direita), na Lorenge, os acionistas compartilham dos mesmos princípios e valores

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DESAFIOS Divergências de interesses e propósitos Dis n i men o o di

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Distanciamento das gerações de om ni

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on s o de p p is e respons i id des ro em s o orridos n mí i , or d es er d empres , om imp os p r o p rim nio e p r os negócios i i id de dos ges ores p r id r om s es es mi i res Fonte: Empresas familiares: do sonho ao possível (Mozart Pereira dos Santos, Maria Teresa Roscoe e Lívia Barakat)

os membros se descuidam do alinhamento da visão de futuro. É comum encontrar divergências de interesses e propósitos, algo que precisa ser trabalhado para um bem comum. Dentre as principais falhas podemos citar o distanciamento e a dificuldade de lidar com os sócios; a falta de preparo dos sucessores para assumir uma posição de liderança ou até mesmo o apego da geração anterior, o que dificulta o desenvolvimento da nova geração”. Mesmo firmadas no mercado, algumas empresas acabam se desestabilizando pela falta de preparação e qualificação profissional dos herdeiros que não estão aptos a ter tamanha responsabilidade, podendo inclusive, levá-la à falência. Uma realidade que, segundo Graziela, vem sendo bem pensada pelos empreendedores. “Existem empresas familiares que são tão preocupadas com isso, que antes de algum filho ou neto assumir alguma função, passam por um treinamento fortíssimo para que saibam estar preparados na hora de assumir. Mas é claro que isso depende muito da família e do tamanho da empresa também”, avalia. Se no Brasil os negócios familiares fazem parte do cotidiano da economia, no Espírito Santo essa realidade não é tão diferente, pois o que não faltam são organizações administradas por irmãos, primos, pais e filhos, que levam a sério os conceitos do capital social familiar buscando trazê-los para o seu dia a dia. Idealizada em 1980 por um lar cheia de talentos, a Lorenge nasceu pela vontade de dar ao “clã” um trabalho que gerasse mais renda e


uma vida melhor para todos. O que antes era apenas um sustento se tornou algo empreendedor com o passar dos anos, uma visão que contribuiu e muito para o crescimento e para a expansão dos negócios, principalmente pela confiança e pela reciprocidade existente entre todos os acionistas. “Após uma longa preparação, elaboramos um acordo de acionistas, no qual colocamos nossas convergências no papel, ou seja, como seria a participação de cada núcleo familiar na organização e como se dilataria essa organização para profissionais de mercado participarem dos cargos dentro da empresa. Tudo isso foi aprendido através de consultoria, o que colaborou e muito para o nosso aprendizado e para saber como é feita a sucessão, por exemplo”, revela o presidente da Lorenge, José Elcio Lorenzon. Segundo uma pesquisa divulgada pela PricewaterhouseCoopers (PwC) com 2 mil empresas de países desenvolvidos e de mercados emergentes, 49% dos entrevistados brasileiros estão apreensivos com a transferência do negócio para a geração seguinte. Outros 14% já enxergam um provável conflito familiar, principalmente por falta de preparo, qualificação e experiência de possíveis sucessores. Uma realidade que não faz parte da rotina da Lorenge, visto que

COMO ENFRENTAR OS DESAFIOS

Resgatar a história da empresa: sonho, ri afio sucessos

Alinhamento entre os sócios para a construção do acordo de acionistas

Desenvolvimento da família empresária

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) o te m resas amiliares o so o ao oss vel o art ereira os a tos aria eresa oscoe e via ara at

Estruturação da governança

Planejamento sucessório

todos os filhos de acionistas (irmãos) precisam estar mais que qualificados para fazer parte do corpo de funcionários. “Para um filho de acionista entrar na empresa, ele precisa atender a três fatores básicos: ser pós-graduado com MBA, possuir quatro anos de experiência comprovada na função e, claro, aguardar ter uma vaga na companhia. O fato de carregar o sobrenome não facilita para que ele seja contratado. Trabalhar com membros da família é uma tarefa fácil e empreendedora quando você tem uma sociedade que compartilha dos mesmos princípios e valores”, revela José Elcio Lorenzon. Assim como a Lorenge, a Maely também apresenta uma história de sucesso no Espírito Santo. A empresa, que é reconhecida como pioneira em serviços de comunicação visual no Estado, foi fundada em 1968 pelo empresário Maely Coelho, que toma a frente dos negócios junto com seus três filhos, distribuídos em outras empresas do grupo familiar. “Antigamente ficávamos todos nós na Maely, mas aí fomos abrindo novos caminhos além da publicidade. Temos outras empresas que também fazem parte do grupo e, por conta disso, meus filhos acabaram tomando conta de cada negócio da família. Sempre os incentivei a se aprimorarem cada vez mais e a se interessarem pelo que é nosso”, revela. E por mais prazeroso que seja trabalhar com membros familiares, Maely Coelho afirma que é preciso estar atento ao profissionalismo para que ocorra uma cooperação em prol da organização e do capital social familiar. “É preciso batalhar, pois nada vem de mão beijada. A família cresce muito mais rápido que a empresa, e por conta disso, é preciso ter critérios para ter uma gestão mais arrojada e com bastante respeito entre os membros. A convivência familiar em casa não é a mesma na empresa, é necessário ter certa distância e saber os limites”.

PROFISSIONALIZAÇÃO Para alcançar cada vez mais o sucesso e continuar a progredir, faz-se necessário superar os obstáculos através de uma participação coletiva dos membros da família, buscando transformá-las em empresas profissionais e preparando pessoas qualificadas para o momento de sucessão. Uma realidade que, segundo Graziela Fortunato, pode se tornar difícil de ser concretizada, devido à resistência existente na profissionalização da gestão. “Quando a empresa decide colocar alguém de fora para ocupar cargos executivos, normalmente existe resistência tanto para a empresa passar informação quanto para essa pessoa conseguir subir dentro da companhia. Essa é uma grande dificuldade que, se for bem trabalhada e superada, pode influenciar positivamente no crescimento da organização”, avalia. Maria Tereza Roscoe compartilha de mesma opinião. “É comum encontrarmos essa resistência no início, mas a partir do momento em que essa situação vai se desenvolvendo, percebemos uma melhoria. Mesclar pessoas da família com profissionais do mercado proporciona uma gestão mais qualificada”.

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GESTÃO SERVIÇO DE INTERNET BANKING REDUZ CUSTOS DAS EMPRESAS A utilização da internet para realizar operações bancárias, através de computadores ou dispositivos móveis, está contribuindo com a redução de custos e otimização do trabalho de diversas empresas. Quem está se destacando nesse segmento é o Sicoob, cujo sistema oferecido aos associados é considerado simples e completo. Em 2013, o aplicativo da cooperativa foi escolhido o melhor mobile banking do Brasil no prêmio e-finance, um dos mais conceituados entre a comunidade de tecnologia da informação no se or n n eiro

CONSCIENTIZAÇÃO

Vitória recebe 4 mil pedidos de regularização

LEI DAS DOMÉSTICAS COMEÇA A MULTAR EM AGOSTO Desde o dia 8 de agosto, os empregadores que ainda não regularizaram o registro dos empregados domésticos, com informações como data de admissão e remuneração, estão sujeitos a multas. Apesar de ter sido aprovada no Senado em julho de 2013, a PEC das Domésticas ainda aguarda votação na Câmara para ser regulamentada. Porém, a multa já está valendo conforme determinação na Lei 12.964/2014, com valor inicial de R$ 294.

A julgar pelos dados da Prefeitura de Vitória, os empreendedores da capital estão mais conscientes sobre a importância de manter sua legalidade. De janeiro a abril de 2014, foram abertos 4.071 processos de regularização de atividades econômicas referentes à falta ou à renovação de alvarás de funcionamento e ao atendimento de condicionantes municipais. A prefeitura trabalha acompanhando esses procedimentos e realiza fiscalização dos alvarás, intimando a regularização dos empreendedores. Para entrar com pedido ou renovação de alvará, é necessário procurar o protocolo do Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), que fica no bairro Enseada do Suá e funciona de segunda a sexta, das 8 às 17 horas. CNPJ

WHATSAPP VIRA CANAL DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR

Serviço monitora alterações de cadastro

O WhatsApp, aplicativo de mensagens multiplataforma que permite a troca de recados pelo celular, sem pagar pelo SMS, bastando estar conectado à internet, pode ser uma importante ferramenta para ampliar o relacionamento com os clientes. A iniciativa está sendo adotada por um shopping center de Curitiba, o Palladium, funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana. Em seu primeiro mês de instalação, foram realizados 129 atendimentos, superando os prestados em métodos convencionais, como o balcão de SAC. Pesquisa realizada pela Mobile Marketing Association e a Nielsen mostram que 74% dos usuários de smartphones são adeptos ao WhatsApp.

Um serviço da Serasa Experian está ajudando as empresas a monitorarem qualquer alteração envolvendo restrição ao CNPJ ou ações cíveis e criminais. É o MeProteja Empresas, que fornece relatórios contendo alterações que ocorram a qualquer momento, como nos casos de inclusão ou exclusão de protestos, pendências financeiras, recuperações judiciais e extrajudiciais, falências, ações cíveis e dívidas vencidas da própria empresa ou de seus sócios. O serviço está disponível para empreendimentos de todos os portes e pode ser conhecido no endereço www.meprotejaempresas.com.br. FORMAÇÃO

A formação de novos gestores no Espírito Santo vai ser discutida no dia 26 de agosto, no auditório do Conselho Regional de Administração (CRA-ES), durante o VII Fórum de Qualidade de Ensino de Administração. Na ocasião, estarão presentes diretores de faculdades, coordenadores de instituições de ensino e professores de todo o Estado. Os palestrantes confirmados são a coordenadora-geral do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), Rosilene Cerri, e o coordenador do curso de Administração da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), Claudio Carvajal, que falará sobre “Como melhorar a qualidade de ensino”. Informações pelo e-mail instituto@craes.org.br. 32

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Qualidade dos cursos de Administração em debate



FATOS

Nova diretoria do Sistema Findes toma posse

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om o compromisso de dar continuidade ao fortalecimento da indústria capixaba, o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, tomou posse para mais um mandato de três anos (2014-2017), em uma cerimônia realizada no dia 31 de julho, no Le Buffet Master, em Vitória, na qual também foi apresentada a nova diretoria para o triênio. Estiveram presentes o presidente do Conselho de Assuntos Legislativos (CAL) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira; o prefeito de Vitória, Luciano Rezende; o governador Renato Casagrande; presidentes de 13 federações de indústrias de outros estados; além de empresários e industriais capixabas. “É com muito otimismo que tomo posse de um novo mandato. Trabalhamos no último ano para elaborar projetos robustos visando ao fortalecimento da indústria capixaba. Temos um verdadeiro plano

O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, entre a diretoria escolhida para o triênio 2014-2017

de gestão, com investimentos em educação, obras, saúde e segurança do trabalhador. Estamos preparados para avançar ainda mais, sempre atuando em defesa dos interesses da indústria, gerando produtos de maior valor agregado, emprego e renda para os capixabas”, destacou o presidente reeleito em seu discurso de posse. Na sequência, Paulo Afonso Ferreira reforçou a determinação do presidente do Sistema Findes em defender a indústria capixaba em nível nacional. “O Espírito Santo descobriu a força da parceria. A Federação das Indústrias tem trabalhado junto à CNI, junto aos poderes públicos estaduais e junto ao Congresso Nacional para buscar ferramentas que garantam o desenvolvimento da indústria. Aqui neste Estado estamos vendo a face mais promissora da indústria nacional, com força e garra que servem de exemplo para todos que desejam ver o Brasil de volta aos trilhos do crescimento econômico e industrial”.

Vendas do varejo crescem 2,1% na semana do Dia dos Pais Estudo divulgado pela Serasa Experian mostra que as vendas do varejo na semana do Dia dos Pais, entre 4 e 10 de agosto, cresceram 2,1% em todo o país, na comparação com 2013. Entretanto, o resultado é inferior ao obtido no ano passado, quando o desempenho avançou 3,3%, e está distante dos 8,8% registrados em 2011. Outra análise, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), indicou que as transações a prazo, em virtude da data comemorativa, amargaram queda de 5,09%. “Os brasileiros optaram pelas compras à vista e por itens de mais baixo valor, motivados, principalmente, pelo encarecimento dos juros, pela escassez de crédito e pela preocupação em comprometer menos o próprio orçamento com compras parceladas”, avalia o presidente da CNDL, Roque Pelizzaro Junior. 34

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No Espírito Santo, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-ES) estimou um crescimento de até 3% nas vendas em relação a 2013, sendo que os produtos mais procurados foram roupas, perfumes, calçados e eletrônicos. Os lojistas estiveram cautelosos em função da instabilidade que a economia vem apresentando nos últimos meses, sendo que os estabelecimentos apostaram em promoções e vitrines decorativas para chamar a atenção do consumidor. “O crescimento da renda familiar, mesmo que pouco, trouxe mais confiança para os consumidores, o que torna viável o aumento das vendas nesse período, mas a falta de dinamismo da economia preocupa o consumidor, que muitas vezes prefere conter seus gastos”, afirmou o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.



CAPACITAÇÃO

U i a a ifi a trabalhadores no sul do ES

Foto: Divulgação

ESB AGRO

AGRONEGÓCIO

Exportação capixaba supera nacional

Nos últimos três meses, a Usina Paineiras, localizada em Itapemirim, no sul do Estado, realizou ações de treinamentos, capacitações e qualificações, que beneficiaram mais de 1.200 trabalhadores. Foram iniciativas em áreas como segurança e cultivo da cana-de-açúcar, história da empresa, direitos e deveres do trabalhador, além de formação profissional, cuidados de higienização e procedimentos operacionais. Em abril, por exemplo, a empresa promoveu um treinamento com 80 colaboradores do setor de transportes da Agropecuária Carvalho Brito (Abecarb), braço agrícola da Paineiras, sobre uso correto de sinalizadores, procedimentos de embarque de cana e prevenção de acidentes.

Enquanto as exportações do agronegócio brasileiro caíram 0,9% na geração de divisas no 1º semestre de 2014, o desempenho do setor foi positivo no Espírito Santo. No período, a receita capixaba atingiu US$ 940,3 milhões, crescimento de 9,7% em relação a janeiro a junho de 2013. Já em volume, foram 1.303.599 toneladas, ampliação de 5,6% na comparação com o ano anterior. Celulose, café e derivados, pimenta-do-reino, derivados lácteos, chocolates e preparados com cacau, carnes e miudezas de bovinos e mamão são os principais itens da pauta de exportações capixaba, que chega a mais de 100 países.

MORANGO

Dia de Campo é realizado em Pedra Azul

RECUPERAÇÃO

Florestas nativas capixabas possuem alto potencial de regeneração

No dia 16 de julho, cerca de 100 produtores rurais participaram de um Dia de Campo sobre morango orgânico em Pedra Azul, comunidade de Domingos Martins. A atividade, que ocorreu no sítio Penhazul, reuniu agricultores de municípios como Irupi, Santa Maria de Jetibá e Guaçuí, além de participantes de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na ocasião, foram detalhadas as diversas etapas da produção orgânica de morango, desde o plantio, passando pela colheita até a agroindustrialização. Também foi apresentada a história do cultivo da fruta no Estado, além das variedades adaptadas à região serrana capixaba.

Cerca de 60,8% do território do Espírito Santo, o que equivale a 2.804.431 hectares, apresentam alto potencial de regeneração natural de florestas nativas, sendo que na maior parte delas não é necessário plantar mudas para essa restauração. Foi o que constatou um estudo realizado pelo Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro) em diferentes regiões do Estado. O objetivo foi fornecer informações para contribuir no processo de aumento da cobertura florestal nativa, de forma simples, eficiente ecologicamente e com baixo custo. Segundo o levantamento, entre 1978 e 2008, uma área de 106.554 hectares se regenerou naturalmente no Espírito Santo. CAMARÃO ESTADO VAI PRODUZIR PÓS-LARVAS PARA TODO O BRASIL

Foto: Divulgação

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Com o início dos trabalhos internos e administrativos para permitir o começo das operações do laboratório de produção de pós-larvas o es de m r o, no m ni ípio de o ern dor inden erg, m dos prin ip is g rg os d r ini r de ág do e no Espíri o n o es á pr imo de ser so ion do oper o, pre is p r ome r me dos de se em ro, será oorden d pe ooper i dos i ores do Es do e pes r de ser m dos prin ip is prod ores de m r o de ág do e, o desempen o pi i nos imos nos de ido s di d des n isi o de p s r s de or rios de o ros es dos



ARTIGO

COMÉRCIO EXTERIOR Waldemar Rocha

Geradores de riquezas

Brasil precisa estar atento à importância dos portos e dos ro ssio ais e ali trabal am em rol o ese volvime to

N

os primeiros anos na escola, aprendemos sobre o desco- atores, como os agentes marítimos, que na qualidade de mandabrimento do Brasil. Geralmente é uma história romântica tários dos donos e afretadores dos navios, são o elo fundamental sobre navegadores que se lançaram nos oceanos para entre o navio e as atividades em terra, principalmente as autoridescobrir o desconhecido nos mares onde habitavam aterroriza- dades e órgãos anuentes que atuam no comércio exterior. dores seres marinhos que destruiriam suas frágeis embarcações. Portos são portas de entrada e saída de bens, e a infraestruPor causa da falta de vento, as calmarias, para surpresa de todos, tura logística mais ampla exige acessos rodoviários e ferroviários vieram dar em terra firme e chegaram aonde é hoje o sul da Bahia, eficientes para o fluxo de cargas, caminhões, composições férreas, lugar recentemente descoberto por alemães que, a exemplo dos ou barcaças que possam ser utilizadas como apoio, como é feito colonizadores portugueses de século XVI, vieram dar presentes em outros países. Vários portos brasileiros estão espremidos aos índios e levar nosso ouro, agora esculpido numa linda taça. nas cidades (na verdade as cidades cresceram em volta deles), Somos um país cuja costa se estende por quase 8.000 km. afetando a mobilidade urbana, ou o silêncio da madrugada. Também nos ensinaram que éramos separados da Europa e da Foi Washington Luiz, 13º presidente da República do Brasil, África pelo Oceano Atlântico. Como quase que disse que governar era construir tudo na vida depende de um ponto de estradas, o que pode ter sido bom para Portos são portas vista, prefiro dizer que não somos sepaa década de 20, mas se esqueceram dos de entrada e saída rados, mas unidos pelo Oceano Atlântico, portos e das ferrovias. e be s e a i raestr t ra importante via de comércio, por onde Hoje espera-se que possamos olhar logística mais ampla exige melhor para nossos portos, tanto os trafegam grandes embarcações. Na costa brasileira, além das lindas praias, do fres- acessos rodoviários e públicos, quanto os privados e privativos, cobol, do futebol de areia e do vôlei de ferroviários eficientes essenciais para o crescimento de nossa praia, há 34 portos públicos, além dos nação, eliminando os gargalos criados ara o l o e car as terminais privados e os de uso privapela burocracia e os precários acessos tivo. Entretanto os portos, e os profissionais que ali trabalham, portuários. Nos preocupamos com a ranking da seleção brasinão são conhecidos nem reconhecidos pela população, sendo leira de futebol pelos critérios da Fifa, sem perceber que estamos que, na maioria das vezes, são vistos como lugar de marinheiros no 79º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), bêbados, prostituição, tráfego de drogas e contrabando. e o país desabou 20 colocações no índice de Eficiência Logística, É preciso mudar essa imagem e o povo brasileiro conhecer ocupando agora o 65º lugar entre 160 nações na infraestrutura de que os portos são geradores de riquezas. Os navios, com equipa- transporte. mentos mais sofisticados, exigem trabalhadores capacitados para Há muito ainda por se fazer. operar esses equipamentos. O uso da tecnologia de informação, que traz rapidez e agilidade nos processos, também requer Waldemar Rocha é presidente da Fenamar - Federação Nacional pessoal com conhecimento e treinamento envolvendo todos os das Agências de Navegação Marítima

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ENTREVISTA Foto: Gustavo Rampini

por Andréa Nunes

Sônia Hess Presidente da Dudalina fala sobre os esa os o m o os e cios 40

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o temos em e m l eres resi e tes e em resas o rasil. co e o ma ra e maioria elas. o o cas mas ac o e o m roblema os ome s em as m l eres ma est o e escol a as m l eres

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é composta pelas marcas Dudalina, Individual, Base, Dudalina Feminina e Base Feminina. se ora co se i al o o m ito cil o rasil e a asce s o social. e ac a e alta o a s ara e mais essoas co si am esse mesmo s cesso

Primeiro, gostaria de deixar claro que quem construiu a empresa foram meus pais, não fui eu. Era uma empresa familiar, que foi vendida para americanos, mas eu continuo nela. Atribuo a muito trabalho. A ver, nas dificuldades, as oportunidades. Qualquer empresa é construída por pessoas. É preciso ver o que o mercado precisa, o que as pessoas querem. Não foi Steve Jobs quem inventou o touch, mas foi ele quem comercializou, viabilizou. É muito isso. A maioria das pessoas que querem ser empreendedoras acha que vai fazer seus horários. Você faz o seu horário, que é 24 horas por dia. Elas acham que vão ganhar muito dinheiro, e não é assim. Que vão fazer um produto que vai dar certo e, muita calma, não é assim também. Você vai errar, vai acertar. Tem de aprender com seus erros e estar disponível 24 horas para construir o seu negócio. Tem de estar fulltime. Eu não conheço ninguém que seja empreendedor, que trabalhou só oito horas por dia. Esse empreendedor, eu não conheci, não.

oto riscila eireles

ulher de negócios, destaque no mundo empresarial e vovó coruja, Sônia Regina Hess de Souza reconhece que é uma exceção: ocupa o cargo de presidente da Dudalina, empreendimento criado por seus pais, especializado em produzir camisas voltadas para executivos e executivas. Sônia representa o que diz o próprio slogan da marca no segmento feminino: “Camisas para mulheres que decidem”. Os números são testemunha da sua competência no comando da rede: são 96 lojas, sendo 62 próprias e 34 franquias, além de uma shop in shop e um showroom em Milão (Itália) e outra de franquia no Panamá, país da América Central. Em 2012, ela foi a primeira mulher a receber o Prêmio Personalidade de Vendas, em sua 51ª edição. A homenagem lhe rendeu destaque na publicação da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), responsável pela iniciativa. Para a executiva, assumir o mais alto cargo de uma corporação vai além da competência – característica primordial, ela frisa – mas, principalmente, é uma questão de escolha, seja a presidência ocupada por um homem ou uma mulher. “Não temos nem 3% de mulheres presidentes de empresas no Brasil. Eu conheço uma grande maioria delas. São poucas, mas acho que não é um problema dos homens nem das mulheres, é uma questão de escolha das mulheres. Acho que nos dias de hoje, no momento de ´empoderamento´ da mulher, elas são mais de 50% nas faculdades, mais de 50% nos MBAs, nos mestrados. Então, estão preparadas, estão no mercado e fazendo muitas coisas. Em diretorias de empresas, já passam de 20%, e em gerência, são quase 50%. Uma pergunta que eu faço: elas querem ser presidente das empresas? Não é uma carreira simples e exige demais, tanto do homem quanto da mulher”. A empresária é a sexta mulher de 16 filhos e tem quatro netos, para quem procura dedicar o maior tempo de seus finais de semana. De segunda a sexta, a agenda é totalmente voltada para o trabalho. Sônia é de Santa Catarina, filha de Seu Duda e Adelina, fundadores da Dudalina, na cidade de Luis Alves, interior daquele estado. A empresa surgiu em 1957, quando Seu Duda fez uma compra exagerada de tecidos em São Paulo para a loja de secos e molhados da família, e dona Adelina teve a ideia de transformar tudo em camisas. Hoje, a Dudalina é líder no setor de confecção de camisas no Brasil. A Dudalina não é mais um negócio da família de Sônia, mas embora tenha sido vendida para americanos, a empresária permanece na gestão. Ela está na Dudalina há 40 anos e, há 11, foi escolhida para o cargo de presidente. Atualmente, a companhia

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ENTREVISTA

Você vai errar, vai acertar. Tem que aprender com seus erros e estar disponível 24 horas para construir o seu negócio. Tem que estar fulltime. Eu não conheço ninguém que seja empreendedor que trabalhou só oito horas por dia”

Por que a senhora decidiu tocar os negócios da família?

É muito difícil conciliar a carreira com família, vida pessoal?

Isso já é de muito tempo. Somos em 16 irmãos e eu sou a sexta filha. Trabalho na empresa há 40 anos. Há 11 anos o meu irmão, que era presidente, saiu e foi trabalhar no Governo, e eu fui convidada para ser a presidente.

Até que dá, mas é um grande entrave. Minha mãe teve 16 filhos e foi empreendedora numa época muito difícil. A comunicação era difícil. A empresa tem 57 anos, ela foi uma mulher totalmente fora do seu tempo, da sua época e tudo mais. Mas hoje não há as facilidades que tinha antes. São facilidades e dificuldades, cada uma da sua forma, mas hoje a mobilidade é muito mais complexa, para qualquer mulher, principalmente se estiver em uma grande cidade. É todo um aparato que ela precisa ter. O Brasil ainda não tem condições de ter creches fantásticas para deixar o filho o dia todo. Isso exige que a mulher pense se ela quer ou não ser presidente. Às vezes, ela estando como diretora da empresa, há essa condição de não ter uma rotina tão pesada quanto à de presidente. Tem também o próprio companheiro. Conheço algumas mulheres cujos maridos abriram mão das suas carreiras para que elas ascendessem no negócio. Isso é muito interessante e raro, geralmente é o oposto, mas há homens muito inteligentes que enxergam nelas condições de ascender mais do que eles. Então, como parceiros e compartilhadores da vida, falam: “Tudo bem, eu vou abrir mão de ter uma carreira fantástica e não vamos dar importância para isso”. E as famílias seguem vidas lindas. E eu respeito profundamente isso, assim como respeito uma mulher que se formou e se preparou, mas teve filhos e resolveu ficar em casa. São escolhas que a gente tem que respeitar.

Qual a proporção de mulheres presidentes que a senhora enxerga no mercado?

Não temos nem 3% de mulheres presidentes de empresas no Brasil. Eu conheço uma grande maioria delas. São poucas, mas acho que não é um problema dos homens nem das mulheres, é uma questão de escolha das mulheres. Acho que nos dias de hoje, no momento de empoderamento da mulher, elas são mais de 50% nas faculdades, mais de 50% nos MBA, nos mestrados. Então elas estão preparadas, estão no mercado e fazendo muitas coisas. Em nível de diretoria de empresas, já passam de 20%, e em gerência, são quase 50%. É uma questão de cada vez mais ter esse olhar para as mulheres, e uma pergunta que eu faço é: elas querem ser presidentes de empresas? Não é uma carreira simples e exige demais, tanto do homem quanto da mulher.

Preconceito não é um problema?

Não vejo preconceito nenhum. Nunca sofri preconceito por ser mulher. Acho que o preconceito está muito mais na cabeça das pessoas. Claro que mulher é mulher, homem é homem, são hormônios diferentes. Não tem preconceito, mas acho que nunca vão ser iguais um ao outro. E seria muito chato, também, se fossem. Acha que o fato de ser mulher interferiu na decisão de torná-la presidente?

O fato de ser mulher, não. Foi uma questão de competência. Se eu não estivesse preparada para o cargo, não seria presidente da empresa. Ninguém vai entregar um cargo de presidência para alguém que não esteja preparado, não seria nem responsável. A senhora tem referências? Alguma empresária a inspira?

Foto: Divulgação

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Ah, sim, um exemplo feminino é a Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza. Ela é um espetáculo, inspiradora para jovens, mulheres, empresários, executivos, trabalhadores brasileiros. Chamam a atenção o engajamento dela, a competência, a atenção de querer o crescimento do magazine. A empresa é lá de Franca (município do interior de São Paulo) e hoje tem 744 lojas no Brasil. Chamam a atenção todos os programas que ela fez dentro da empresa, o cuidado com as pessoas, coisas extremamente


stavo am i i oto

modernas que não foram copiadas de ninguém. É o estilo de administrar dela. Ela é fantástica, se doa muito para a causa do empreendedorismo no Brasil, faz palestras, defende muito o país de forma inteligente e proativa. É uma inspiração. em resa tem m a el e esta e em res o sabili a e social. al a im ort cia esse ti o e trabal o

Nós temos um instituto que cuida primeiro do nosso entorno, onde existem várias ações, desde a Pastoral da Criança em uma localidade, uma outra cuida da escola, da praça. Todo o nosso retalho, que seria jogado fora, transformamos em kits, doamos as máquinas para a comunidade e ensinamos a fazer patchwork. As pessoas fazem sacolas, aventais, vários produtos com esse kit de retalho. Isso cria geração de renda e inclusão social. Já formamos mais de mil costureiras nessa técnica e atendemos hoje, com nossos kits, a mais de 500 ONGs. Tudo o que é do bem, a gente quer cuidar e quer abraçar. ali a o assa o reciso se rec erar e m rave er o o e e c e tes. s rito a to so re o mesmo mal rece teme te em e embro o a o assa o e m ita e te ai a amar a ra es re os a ceiros e emocio ais. e alavras a se ora o eria i er ara os ca i abas e est o ercorre o esse tort oso cami o este mome to

Olha, o desastre de 2008 foi muito grave em Santa Catarina. A terra derreteu, os morros pareciam que tinham virado pudim. Uma das nossas fábricas tinha geradores, e o hospital, não. Então nós desligamos o gerador e o levamos para o hospital. Eu não podia voltar a trabalhar para desligar o hospital. A cidade estava ilhada, então decidimos parar a fábrica por 45 dias e só retomamos o trabalho em janeiro. Eu não podia desligar o gerador do hospital. Em muitos momentos da vida, você precisa cuidar do próximo. Então a gente ajudou. Pedimos também um fundo, ajudamos a aplicar em terrenos para construir casas, fizemos em São Paulo um grande movimento para mandar água para Santa Catarina, roupas e tudo mais. A vida é curta para ser pequena. Essa frase não é minha, mas se você não olhar o próximo e não cuidar, não vai construir nada. Você vai estar na vida de passagem? ma m l er vai osa

e a

ara se c i ar

Sou vaidosa dentro do normal de uma mulher. Não tenho loucuras. Talvez eu tenha 100 camisas Dudalina, adoro cozinhar, adoro ter minha família perto de mim. Então meus hobbies hoje são focados nos meus netos. Está nascendo minha quarta neta.

Minha vida são minha família, meus amigos, meus irmãos. E de segunda a sexta-feira, minha vida é dedicação total, 100%, para a empresa. Trabalho talvez 14 horas por dia. Viajo muito, pois a empresa é em Blumenau. Às vezes as pessoas pensam que é bom quando se trabalha 18h por dia, mas qual é a qualidade do trabalho? Não vejo como referência a quantidade e sim a qualidade. Isso é o mais importante. Mas eu trabalho muito, gostaria de ter mais tempo para mim. Estou me preparando para daqui a três anos me aposentar. Então vou participar de conselhos de empresas, mas ter mais tempo para mim. Pretendo fazer um período sabático, viajar um pouco. O melhor da vida são as viagens. al m l ar e a se o te a visita o

ora ostaria e co

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São muitos lugares. Na Europa, tem os países nórdicos, o sul da Itália, a região de Capri, a Costa Amalfitana. Também não conheço o Japão. Não sei se tenho exatamente vontade de conhecer, mas tenho curiosidade, pelo menos. ais s o as ri ci ais caracter sticas esse ciais o er l e ma em res ria e s cesso

Tem que ter liderança, disponibilidade, saber formar uma equipe, tem que conhecer o que se faz, tem que trabalhar muito, se dedicar de corpo e alma e, principalmente, amar de paixão o que faz. Isso é o mais importante. Eu amo o que faço, demais, muito mesmo. rasil •

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA PROJETO GARANTE DESTINAÇÃO CORRETA DE ÓLEO

Foto: Peixoto/Coopeavi

m p r eri rm d pe o opping i ri com a empresa Biomarca está garantindo o re o imen o e des in o orre do óleo residual gerado por 11 restaurantes e lanchonetes que operam no centro de compras. Atualmente, é coletada uma média de , mi i ros de eo por m s, e s o e dos p r erros s ni ários, er ndo os imp os m ien is, o i i dos n ri o de iodiese e s o, no so do eo ege o ene i n o o s opping n oo meio ambiente, visto que o óleo poderia vir a contaminar corpos hídricos, contribuindo de orm neg i p r o gr men o dos problemas com abastecimento de água.

EVENTO

Destacar o valor do cooperativismo como forma de convergência para a sustentabilidade, além de mostrar a importância desse trabalho para o fortalecimento de negócios em setores como horticultura, cafeicultura, avicultura e bovinocultura. Esse é o objetivo da III Semana Tecnológica do Agronegócio, que acontecerá de 4 a 6 de setembro em Santa Maria de Jetibá. O evento será organizado pela Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi) e terá, entre os palestrantes, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que é embaixador especial da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Foto: Divulgação

Semana Tecnológica do Agronegócio

INCENTIVO

Águia Branca premia ideias de funcionários

TECNOLOGIA REDUZ 40% DOS CUSTOS DE PINTURA DE MEIO-FIO A capixaba Emec Obras e Serviços desenvolveu m má in de pin r meio o e á sucesso nos municípios do ABC Paulista. eg ndo empres , e no ogi o ser i o de 30 homens com a mesma qualidade, em menor empo e om s o in erior ao de uma pintura tradicional. Nos próximos dois meses, a Emec quer se tornar uma r n i e e r ino op r o r s partes do país

No dia 25 de julho, a Viação Águia Branca contemplou as melhores ideias criativas de seus funcionários com o 78º Prêmio Qualidade e 15º Prêmio Mentes que Brilham. Foram distribuídos R$ 15 mil em prêmios através dos programas que buscam incentivar a participação dos colaboradores na busca por soluções para aprimoramento de processos internos, aumento da produtividade e redução de custos. Foram 58 trabalhos inscritos, concorrendo em sete categorias. Ao todo, a empresa já incorporou 637 melhorias idealizadas por funcionários. MESTRADO

Em meio ao clima de muita expectativa e animação, foi promovido no dia 13 de agosto, na Fucape Business School, a Cerimônia de Premiação e Coquetel do 12º Prêmio Excelência Acadêmica. Além das bolsas de mestrado, os três ganhadores da premiação também receberam como incentivo profissional a experiência de imersão no departamento de controladoria da ArcelorMittal, durante duas semanas. Durante o evento ocorreu ainda a palestra “Talentos da Academia no Mundo dos Negócios”, ministrada pelo presidente do Ibef-ES, Sérgio Sotelino. 44

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Foto: Divulgação

Noite de premiação do 12º Prêmio Excelência Acadêmica



Informe publicitário

UM BOM LUGAR PARA CRIAR OS FILHOS Fachada do Edifício Juan Fernandes

Edifício Juan Fernandes é um três quartos espaçoso, cercado de verde e próximo do parque

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orar na tranquilidade do Barro Vermelho, a poucos metros de escolas, creches, cursos de idiomas, sorveterias e com toda a comodidade de serviços da Praia do Canto. É isso que oferece o Residencial Juan Fernandes, um três quartos espaçoso, com áreas de 116 m2 e 127m2, que a Galwan está lançando no bairro. Situado logo na subida do Barro Vermelho pela Praia do Canto, entre o Residencial Vila Alpina e o Parque Municipal Pianista Manolo Cabral, o Juan Fernandes é um ótimo lugar para as crianças. Além de ser vizinho de um parque, o prédio oferece lazer com brinquedoteca, playground, quadra recreativa descoberta, piscinas adulto e infantil, salão de festas, churrasqueira, espaço gourmet, fitness e sala de descanso. “Tivemos a preocupação de desenvolver um projeto em harmonia com o parque, mantendo o bucolismo do lugar”, explicou José Luís Galvêas Loureiro, diretor-presidente da construtora Galwan S.A. Segundo ele, o empreendimento é ideal para quem quer criar os filhos com tranquilidade, sem abrir mão de estar a dois passos do comércio e serviços da Praia do Canto.

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Além de ser um ótimo lugar para viver com qualidade de vida, o Barro Vermelho também é um dos campeões de valorização, como lembra o diretor de Vendas da Galwan Imobiliária, Romário Setúbal. “É um bairro muito residencial, bem localizado, tranquilo, com uma vista privilegiada e empreendimentos nobres. A tendência é que o bairro continue se valorizando, pois é pequeno e não tem muito para onde crescer”, disse Setúbal. Os apartamentos serão entregues com piso de porcelanato na sala e na varanda e laminado de madeira nos quartos, que virão também com rebaixamento em gesso, para maior conforto acústico. Os quartos e sala também serão entregues prontos para receber instalação de ar-condicionado do tipo split. Já as varandas vêm com peitoril de alumínio e vidro laminado. O empreendimento concilia conforto e sustentabilidade, com itens que ajudam na preservação do meio ambiente, como medidor individual de água e gás; portas em madeira de reflorestamento recoberta com lâmina melamínica; bacias sanitárias de duplo fluxo e sensores de presença na garagem.


EDIFÍCIO JUAN FERNANDES Lazer raéreo o

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Lazer aéreo

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Playground e churrasqueira

CRÔNICA

FESTAS JUNINAS E JULINAS “Olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo! Olha pra’quele balão multicor que lá no céu vai subindo”. o e l o c e am tra e o as ale res estas e o e ro a to t io e o o o com ireito a a ril as o os e t es e o eiras. ti ame te os bal es eram ermiti os. eralme te co eccio a os em casa e com a a a e to a a am lia. co ec o os bal es ei ava a cria a a a maior e ectativa. a o a b c a era acesa to os se er tavam ser e vai ar certo e ale ria se tiam ao ver e ostos rova eles s biam... s biam e s miam ao se mist rarem s estrelas... s cria as cavam e leva as ol a o os e ima i a o em e mares esco eci os cairiam. esco eciam se os estra os e o eriam ca sar. o e com to a ra o s o roibi os ela ei . eis e rimes mbie tais e rev ete o e m a tr s a os ara em abrica ve e solta o tra s orta bal es. em re e c e am as estas i as e li as e te o e me lembrar a l i a e o r esto. mbos moravam em ma ci a e i a o i terior e oi ma esta e o o o oite ela a e c ricame te i ta o e l ra tes estreli as e os ois se co eceram. l i a c e o c e a o com se vesti o c eio e baba os e tas to a to a e oi lo o c ama o a ate o o r esto e estava tamb m vesti o a car ter camisa a re alsos bi o es e costeletas.

Zéa Galvêas Terra ro ista ea alveasterra@ mail.com

a o a cai iri a oi assa o o r esto o er e tem o e mala rame te ma o esta a o e ve o ma arota bo ita assim e me er to or e ser e e s me e essa cara rti o e eito ese a o. me iatame te a arota ol o i tri a a e c riosa ara o rosto o r esto e co stato s r resa e o ovem al m e es irit oso era tamb m m belo ra a . ora ve am s e coi ci cia o e ato mome to em e os ol ares os ois ove s se cr am se b lio a o eiro tira e s a vel a sa o a a a ti a m sica “O balão vai subindo vai caindo a garoa, o céu é tão lindo e a noite é tão boa, São João, São João! Acende a fogueira no meu coração”. a o e o tra s ois ove s com os cora es acesos tor aram se resas ceis ara o i o e a ava or ali a sioso ara e trar em a o. o e os ci co moram a a ital. s ci co omo assim era e o me e li ei lei i orma es l i a e r esto se casaram e tiveram tr s li os l os aria t ia e ro e o o. o os ostam m ito as estas i as e li as.

www.galwan.com.br | 27 3200-4004

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rasil •

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ARTIGO

GESTÃO Arlindo Vilaschi

Elos faltantes do real Para que o desenvolvimento econômico se torne ainda mais vigoroso, o e il brio scal e a istrib i o e re a recisam estar mais ali a os com o ebate ol tico o a s

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assados 20 anos desde o bem-sucedido Plano Real, economia brasileira – o déficit fiscal. Como mais de 40% da despesa além das justas comemorações de seus positivos feitos, do setor público brasileiro estão ligados ao chamado serviço da há que se analisar o que a ele ainda precisa ser agregado. dívida, essa dívida precisa ser melhor entendida e discutida pelas Como se sabe, a estabilidade de preço é condição necessária, mas forças políticas do país. está longe de ser suficiente para que uma economia alcance o Por mais simplista que possa parecer a analogia, com tal desenvolvimento sustentado. percentual de orçamento comprometido com o pagamento de Este depende também de estabilidade econômica, cada vez juros, qualquer família ou empresa procura os credores para mais difícil de ser alcançada em função da volatilidade do discutir como o estoque do que é devido foi gerado e que taxa mercado financeiro mundializado; de distribuição da renda; de juros está sendo paga sobre esse estoque. O que é normal em e de crescimento econômico. Por mais que negociações entre credores e devedores muitos queiram, tanto essa distribuição – tanto pessoas quanto empresas – é de Como se sabe, quanto esse crescimento estão longe de ser difícil aceitação para alguns quando a estabilidade alcançáveis apenas pelas chamadas forças se trata de dívida pública. A crescente e re os co i o de mercado. representação política dos interesses do Por menor que seja o Estado desejável, necessária, mas está longe sistema financeiro – tanto em instâncias e ser s icie te ara e ele precisa ser capaz de articular forças do poder público quanto naquelas com para o desenho e a operacionalização uma economia alcance o forte influência sobre a opinião pública, de programas de distribuição de rendas, desenvolvimento sustentado” como os meios de comunicação de massa – pois estas tendem à concentração quando transforma esse necessário debate em algo deixadas ao sabor do mercado. A presença articuladora estatal crescentemente ideologizado. também tem sido marcante em trajetórias de crescimento, inclusive Por isso, a coincidência dos 20 anos do Plano Real com as eleições das chamadas economias liberais. poderia ser um oportuno momento para o debate sobre esse elo No caso brasileiro, alcançada a estabilidade de preços através faltante desse plano que deixou para trás o pesadelo da inflação do bem engendrado e operacionalizado Plano Real, há que, descontrolada. O desenvolvimento econômico brasileiro tem por um lado, aprofundar políticas de distribuição de renda. condições de se tornar mais vigoroso se a distribuição de renda e o O internacionalmente reconhecido sucesso do programa de equilíbrio fiscal deixarem de ser fantasmas no armário e passarem transferência condicionada de renda Bolsa Família foi um primeiro a fazer parte do debate político do país. passo que precisa ir muito além do alcançado desde sua criação. Por outro lado, há que se abrir o debate sobre um fator que todos Arlindo Vilaschi é coordenador do Grupo de Pesquisa e reconhecem como sendo limitante do processo de crescimento da Desenvolvimento Capixaba/Ufes

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FATOS

Foto: Divulgação

A média de colheita anual no município de Águia Branca é maior que a estadual

Apicultura: uma alternativa de renda para agricultores

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apicultura – que consiste na criação de abelhas com ferrão para produção de mel, própolis, geleia real, pólen e cera de abelha – é considerada uma importante alternativa de renda, pois não é necessário muito tempo nem grandes áreas de terra para sua criação. Essa experiência vem sendo intensificada pela Associação de Apicultores de Águia Branca (Aguiamel), atualmente com 15 produtores, que produzem cerca de 10 toneladas de mel por ano para o comércio regional e para outros estados, como Minas Gerais. A média de colheita anual por enxame gira em torno de 30 a 35 kg, maior que o desempenho estadual, que é de 25 kg. “A atividade não exige uma grande propriedade nem uma quantidade excessiva de tempo de dedicação. Além da captura dos enxames e da colheita do mel, na época de safra, devem ser feitas revisões de manejo quinzenais no apiário. Em tempos de entressafra, esses procedimentos são mensais”, destaca o técnico em desenvolvimento rural Eduardo Tigre. As revisões consistem na verificação das colmeias para avaliar possíveis ataques de formigas e pragas, dentre outras questões. Além de não causar danos às flores que visitam, as abelhas cumprem ainda um importante papel de polinizadoras. “Durante o ano, são possíveis de três a quatro colheitas por enxame, a depender do manejo de cada apicultor e das condições climáticas. As abelhas são os principais polinizadores do café conilon, por exemplo, contribuindo assim para maiores quantidade e qualidade do café produzido”, afirma Eduardo.



POLÍTICA QUALIFICAÇÃO NO SUL DO ESTADO A Prefeitura de Presidente Kennedy anunciou que vai reforçar os investimentos em capacitação de mão de obra, em virtude dos empreendimentos portuários e energéticos que se instalarão no municípios. A meta é entregar mais de mil novos pro ssion is no mer do, o n de , p i ndo m is de mi o em p r eri om Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). Nos próximos dois anos, serão pelo menos 44 cursos de capacitação, nas mais di ers s áre s, om disponi i i o de gs

SERRA IMPLANTA PRIMEIRA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL Foto: Elizabeth Nader

o di de o, o pre ei o d err , di r e os, ssino o De re o n , que transforma a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Profª Eulália Falqueto Gusmann, na primeira escola em tempo integral do município. A implantação do tempo integral será progressi e ingirá nos do o no do ensino nd men , n ion ndo de s , sendo que um dos turnos será regular e no outro ser o o ere id s o in s rri res, como natação, atividades artísticas, teatro e atividades de formação pessoal e social. r s nid des de ensino es o p ss ndo por estudos para analisar a viabilidade.

ALTERNATIVA

No dia 22 de julho, a Prefeitura de Vitória anunciou a criação do Nota Vitória, programa que irá devolver parte do Imposto Sobre Serviço (ISS) ao contribuinte. Este, por sua vez, poderá escolher como utilizar os créditos, com abatimento do valor a pagar do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) ou depósito em conta-corrente com valor mínimo de R$ 25. O Nota Vitória é uma das alternativas criadas pela administração municipal para driblar a queda de arrecadação, aumentando receitas sem onerar o contribuinte. Serviços como estacionamentos, academias, escolas particulares, lavanderias e faculdades estão entre os que gerarão créditos para o cidadão que pedir a nota fiscal e solicitar a inclusão de seu CPF.

Foto: Gabriel Lordello

Devolução de parte do ISS para quem pedir nota fiscal

ELEIÇÕES 2014

Site compara dados e faz ranking de candidatos Foto: Divulgação

Uma ferramenta on-line pode ajudar os eleitores que ainda estão indecisos sobre em quem votar nas eleições 2014. Trata-se do Ranking Políticos, portal que reúne dados do período de 2002 a 2014, coletados de institutos oficiais, que comparam uma série de indicadores de desempenho como o crescimento econômico, a evolução da dívida pública, a criminalidade, a mortalidade infantil, o desemprego e os índices de educação. Além do Ranking dos Presidenciáveis, o site disponibiliza análises gerais de senadores e deputados federais. Para conhecer, acesse www.politicos.org.br.

PROJETO “OLHAR DIGITAL” CHEGA A COLATINA A segurança pública está recebendo reforços em Colatina, no noroeste do Estado, com a eg d do pro e o r Digi , imp n do pe o o erno do Es do em id des o n de o, e e iní io ins o de câmeras de videomonitoramento nos bairros da id de, de modo e odos se m on emp dos com pelo menos uma unidade. A prefeitura municipal e a Polícia Militar foram as responsáveis pe de ni o dos pon os de ins o s mer s poss em m de n e, gir m gr s e podem migr r de g r de acordo com a incidência das ocorrências.



FATOS Glauber Coelho morreu em acidente trágico. O deputado estadual concorria à reeleição pelo PSB-ES

Foto: Divulgação/ PSB

PSB capixaba de luto

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ois acidentes distintos e um luto. Assim pode ser descrito o sentimento de perda com a morte do candidato à Presidência da República Eduardo Campos – e de outras seis pessoas ligadas à campanha em um acidente de avião no dia 13 de agosto – e com o falecimento do deputado estadual Glauber Coelho, que permaneceu 10 dias internado após uma batida de carro, antes de vir a óbito em 20 de agosto. De acordo com o presidente estadual do PSB-ES, Luiz Carlos Ciciliotti, as duas fatalidades causaram grande tristeza no partido. “O mês de agosto não foi fácil para o PSB, pois nós perdemos duas grandes lideranças. O Eduardo Campos tinha um futuro muito promissor pela frente, trabalhava com coragem e determinação, sem deixar de lado o seu sonho de contribuir com o Brasil e com a população. O Glauber Coelho também era muito jovem e ainda tinha muitas coisas boas pela frente. Com certeza iria receber muitos Foto: Divulgação/ PSB

Morte de Eduardo Campos, candidato à presidência pelo PSB, chocou políticos e população 54

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votos, principalmente por conta do trabalho que vinha fazendo na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. O partido está sofrendo muito com essas perdas”. Para Ciciliotti, a nova candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, precisa transformar o luto em força. “Todo o partido estava muito animado com a candidatura de Campos, e esse acidente acabou pegando todos de surpresa. Com a candidatura de Marina Silva, não podemos deixar de ir à luta. Nas eleições de 2010, ela conseguiu mostrar toda a sua força e, mesmo com todas as dificuldades encontradas, teve um desempenho importante. Agora,em 2014, vemos que Marina está mais preparada, com ideias bastante amadurecidas. É importante que ela aproveite o momento para colocar toda a sua energia no projeto que foi construído ao lado de Eduardo Campos. Como ele mesmo disse, ‘não podemos desistir do Brasil’”. Para o governador Renato Casagrande, candidato à reeleição pelo partido,oquadroeleitoralfoiantecipado.“Perdemosumaesperançapara o Brasil. Eduardo Campos estava cada vez mais se consolidando como uma liderança nacional. Um político de coragem, competente e ético”. Por meio de sua rede social, Casagrande também demonstrou imensa tristeza com a morte de Glauber Coelho. “Com muita tristeza recebi a notícia do falecimento do deputado e amigo Glauber Coelho, uma força jovem do Sul do Estado. Ele foi vereador em Cachoeiro de Itapemirim, deputado estadual pelo PSB e tinha um grande futuro pela frente”. A vaga deixada por Glauber será ocupada pelo seu suplente, Nilton Baiano, que procurado pela redação da ES Brasil, confirmou que assumirá o cargo, mas que isso depende dos procedimentos que serão tomados pela Assembleia. De acordo com informações da assessoria da Casa, depois de receber a notificação, Nilton Baiano tem 30 dias para ocupar a vaga.



COTIDIANO por Yasmin Vilhena

A noite espera por você

Um ambiente aconchegante com pratos saborosos está à espera dos clientes de estabelecimentos como o Aleixo, na Praia do Canto

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expediente acabou, a noite caiu, e a fome bateu. Ou então o paladar, já calejado com tira-gostos no palito com cebola frita e porções de batata frita regadas a cerveja, desta vez está exigindo uma refeição mais caprichada para enobrecer o fim de semana. Deu vontade de variar e trocar o happy hour no bar por um bom jantar de um restaurante? Pois a sua “hora feliz”, em claro e bom português e em versão mais elaborada, pode-se prolongar e ser marcada por minutos e mais minutos muito bem aproveitados com uma experiência gastronômica rica (mas não necessariamente cara demais), com direito a carnes preparadas de forma especial, massas com molhos exclusivos e, para brindar a ocasião, vinhos de diferentes preços e rótulos. Nesse mundo de sabores, a ES Brasil coloca as cartas (os menus!) de mais de 10 endereços na mesa, com atrações que recheiam este guia com jantares a preços variados.

E o roteiro deu liga, ao misturamos casas tradicionais com décadas de atendimento na Grande Vitória (em Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica) a restaurantes recém-abertos com propostas que acabaram de sair do forno para saciar a fome por novidades. A demanda dos frequentadores noturnos cresceu, e quem já está no mercado há anos expande os horários de funcionamento, como é o caso do veterano Spaguetti & Cia, em Vitória, que incluiu as quartas-feiras no seu atendimento ao cair do sol (antes era só de quinta a sábado). “Os clientes pediram, então colocamos mais uma noite”, disse o proprietário, Felipe Delboni. No time dos caçulas, está o Capri, instalado no Shopping Day By Day, que faz releituras de clássicos da Itália com toques de outras culturas, como francesa, espanhola e brasileira. Esses e outros points com suas delícias você confere a seguir. Sirva-se à vontade e bom apetite!

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O restaurante atende os mais variados públicos, desde os que preferem uma boa pizza até aqueles que gostam de pratos mais leves. Entre os des es om rne erme es á o s , m mignon o com molho de mostarda dijon, batata soutê, palmito e cogumelos com ervas, por R$ 58. Já a tilápia dá corpo ao Trento, feito com peixe grelhado acompanhado de cenoura, brócolis, tomate, abobrinha, cebola e alcaparras salteadas na manteiga com ervas (R$ 35). Na seção de pastas, uma das novidades é o espagueto mediterrâneo, que une camarão, kani, molho de tomate e coentro (R$ 48). Funciona para happy hour e jantar de segunda a domingo, a partir das 18 horas. Endereços: Rua Desembargador Sampaio, 263, Praia do Canto. Contato: 3225-2995. Avenida Ranulpho Barbosa dos Santos, 451, Jardim Camburi. Telefone: 3225-2995.

Culinária contemporânea. Carnes e massas são o carro-chefe. Preços variam entre R$ 47 (mini-penne com fonduta trufada) até R$ 95 (carré de cordeiro com cuscuz de ervilha, damasco e amêndoas). Valores para pratos individuais. Outras opções: badejo grelhado com legumes assados ao alecrim (R$ 64) e raviolone de burrata à caprese (R$ 52). Carta de vinhos (garrafa) tem opções de R$ 65 (QPA português) até R$ 3,2 mil (Morey Blanc Montrachaet 2013, da Borgonha). A casa também trabalha com vinhos menores, em garrafas de 187 ml (o equivalente a uma taça), com preços que variam de R$ 23 a R$ 28. Almoço, das 12h às 15h. Jantar das 19h30 à 0h (segunda a quinta) e das 19h30 à 1h (sexta e sábado). Rua Aleixo Neto, 1204, Praia do Canto, Vitória. Contato: 3322-7400. rasil •

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SHERATON VITÓRIA Culinária regional e internacional. Os nomes dos pratos (preços individuais) são uma homenagem a cidades e bairros do Espírito Santo. E assim surgiu a salada Ilha do Frade (R$ 24), com folhas verdes, muçarela de búfala, rúcula, tomate seco e vinagre balsâmico; e o risoto Praia do Suá (R$ 55), com camarões regados ao vinho branco. Taça de vinho/garrafa baby Alamos Malbec (R$ 30), Mancura Etnia Sauvignon Blanc, Mancura Etnia Cabernet Sauvignon (R$ 23). Todos os dias das 19h às 23h. Av. Saturnino de Brito, nº 217, Praia do Canto, Vitória. Contato: 2125-8000.

NINHO DA ROXINHA Vista para o mar do alto de uma colina. Cardápio variado, de moquecas a carnes exóticas, como jacaré e javali. Sugestão da casa: salada mista, feita com batata, cenoura, azeitona, palmito e ovos cozidos (R$ 42,50 para duas pessoas), seguida pela lagosta ao divino ninho, perfumada no vinho branco, envolvida em molho de moqueca e creme de batata-baroa com queijo roquefort e servida com arroz branco (R$ 185 para duas pessoas). De segunda a sábado, das 11h às 23h, e aos domingos, das 11 horas às 17 horas. Na Rua do Limão, 350, em Nova Almeida, Serra. Não cobra taxa de serviço (10%). Contato: 3253-1516 e 3253-1508.

SOETA Com uma cozinha de vanguarda, o restaurante oferece a seus frequentadores uma experiência gastronômica única, onde é possível provar espaguete com m n eig de m d , pres n o de p rm e mpignon de pei e com arroz negro, brandada de palmito e chicória (R$ 75); carpaccio de carne defumada com creme de parmesão e rúcula (R$ 35); paleta de cordeiro com p r de do e, mpignon m r do e e o e om e on camarão com molho frio de amêndoas e shiitake (R$ 78). De segunda a sexta das 12h às 15h, e de terça a sábado a partir das 19h30. Rua Desembargador Sampaio, 332, Praia do Canto, Vitória. Contato: 3026-4433.

ARGENTO PARRILLA Especializado em carnes feitas ao modo argentino. Os pratos mais pedidos são o bife ancho (as primeiras cinco costelas do boi) e chorizo o en ro do , m os por do prep r do no r o, emper do só com parrilla. Pratos individuais da casa: a partir de R$ 50, incluindo acompanhamentos variados, como legumes grelhados e risotos. Cartas de vinhos chilenos e argentinos, com preços variados, tais como o Benjamin e e o De in De ndo res r n e o i do na Rua Afonso Pena, nº 677, Praia da Costa, Vila Velha, e também na Rua Madeira de Freitas, Via Cruzeiro Mall, 244, Loja 10, Praia do Canto, Vitória. As duas casas funcionam de terça a sábado, das 18h30 às 23h30. Aos sábados e domingos, das 12h às 15h30. Contato: 3208-2873.

PREFERITO

Fotos: Divulgação

Cozinha italiana no menu. A casa recomenda, entre várias opções, a bruschetta ao pomodoro para três pessoas como entrada (R$ 18,90). Entre os pratos principais (preços individuais), destaque para o talhateli com pesto basílico e gorgonzola (R$ 29,90); polpetone (almôndega) com talhateli ao pomodoro (R$ 33,90); e ossobuco alla milanese (R$ 38,90). Preços dos vinhos (garrafa) vão de R$ 42 (Tempranillo, espanhol, tinto) até R$ 200 (Rosso Di Moltacino). Taça de vinhos nacionais a partir de R$ 10; chilenos e argentinos por R$ 12. Cozinha funciona das 19h às 23h, de terça a domingo. s er o imo ien e á do e domingo, re d s às 15h e das 19h às 23h. Avenida Hugo Musso, 2000, Praia de Itapoã. Contato: 3066-6194.

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SPAGUETTI & CIA A casa, que produz suas próprias massas e até fornece para outros res r n es d r nde i ri , n o poderi r de or e e perimen r o esp g e e o s go , , op o m is em on s n o on es , r i i de ei o rie , perni de ordeiro om or e i de ipim , e o m r negro ing ini ei o om in de , m r es m dios e n is de , mo o de er se , d s s á do do meio di s Domingo, do meio di s or s n r, r e in , d s s e e sá do, d s mei noi e

FAMÍLIA SPETACOLLO mos m op o r si eiríssim e rne de p ne Don eide, omp n d de rro r n o, ei o e ro , , p r d s pesso s s s de in os s m s s e , e mei g rr s i mí i pe o o n ion em i ri n i ínio dos n os on e, , Ense d do á or omer do n enid E g nio e o, , em n i , en enid ose ir nd do, r d rem Em i e , s o i d n enid n onio ide, , r in on o

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PANORÂMICAS Parceria do Editor

GOOGLE LIDERA RANKING COMO A MARCA MAIS PODEROSA DO MUNDO O Google é a marca mais forte do mundo em 2014, de acordo com pesquisa feita pela consultoria de marketing FutureBrand. O levantamento engloba as 100 empresas om m ior or de mer do e s ssi de acordo com a percepção de força das marcas. Além do Google, o top 10 inclui mais quatro empresas de tecnologia: Microsoft (2º lugar), Apple (4º), Intel (6º) e IBM (10º). Também estão no top 10 Walt Disney (3º), Samsung (5º), Toyota (7º), Johnson & Johnson (8º) e Unilever (9º). Duas companhias brasileiras estão no ranking: a Ambev, que aparece na 27ª posição, e a Petrobras, na 60ª.

Mercado de imóvel: momento é bom para quem quer comprar

O mercado de imóveis passa por um momento de queda de preços, já que vender não está fácil. Essa é uma ótima notícia para o consumidor que busca moradia e agora passa a ter mais facilidade na hora de financiar e negociar a compra. O preço médio dos imóveis subiu menos do que a inflação no primeiro semestre deste ano. De acordo com o índice FipeZap Ampilado, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a variação do preço médio do metro quadrado nas 16 cidades que compõem o indicador foi de 3,49% de janeiro a junho. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 3,75% no primeiro semestre deste ano. Houve, portanto, uma queda real no valor dos imóveis na primeira metade de 2014. COMUNICAÇÃO

Conselheiros do Corecon participam de curso de media training

Os associados do Conselho Regional de Economia (Corecon) participaram de um curso de media training em agosto. Eles foram treinados para conceder entrevistas e lidar da melhor forma com a imprensa. O curso abordou diversos temas, como o que é notícia, o que fazer e o que não fazer em entrevistas, explicação de como funcionam as redações de TV, rádio, jornal e sites. Também foram apontadas novas tendências das redes sociais e maneiras eficazes de lidar com a imprensa em um momento de crise. PREVISÕES

Baixa expectativa de inflação e PIB para 2014

A economia brasileira deverá crescer menos em 2014, e a inflação tende a registrar uma alta menor do que a estimada, de acordo com previsões dos economistas do mercado financeiro, registradas em pesquisa feita pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Segundo o relatório, a projeção dos economistas para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu de 0,97% para 0,9%. Foi a nona queda seguida. Para 2015, o cáculo do mercado de alta do PIB ficou estável em 1,5%. Para conter a inflação, o Banco Central subiu os juros entre abril do ano passado e maio deste ano. 60

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Foto: Turtix / Shutterstock.com

PREÇOS

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS PAGAM MAIS IMPOSTOS EM 2014 O baixo crescimento da arrecadação federal no primeiro semestre, de apenas 0,28% im d in o o i pe o ndi e ion de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está sendo puxado pelas grandes empresas do se or n n eiro, de ordo om Receita Federal. Ainda com lucros maiores em relação ao ano passado, as pequenas e médias empresas continuam a pagar mais impostos em 2014. Segundo o Fisco, parte do desempenho favorável dessas companhias está relacionada à manutenção do consumo, já que de dezembro de 2013 a maio de 2014 as vendas cresceram 1,71%. O fenômeno ene i prin ip men e o om r io, r mo que abriga a maior parte dos negócios de pequeno e médio porte.



AONDE IR Foto: Humberto De Marchi

Aldeias indígenas de Aracruz H

COMO CHEGAR r r m de i ri s dei s se en on r m distribuídas 10 localidades, e, portanto, podem ser acessadas por di ersos min os de o Esper n , por e emp o, si d no dis ri o de n r , n odo i E , pr imo enid oren ino idos

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Parque Nacional do Caparó

Nova Almeida

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Castelo

Dores do Rio Preto Guaçuí

BR-101

Guarapari

Serra ES-482

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Jacaraípe

ES-010

Cachoeiro de Itapemirim

Carapina

BR-101

Marataízes

Vitória

Veja mais fotos na galeria do site: www.revistaesbrasil.com.br

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artesanatos variados, considerados um dos mais bonitos do Brasil e que fazem uso de materiais como o coqueiro e a taquara na produção de arco e flecha, chocalhos, lanças e zarabatanas. E nem mesmo o posto médico na região foi capaz de acabar com o papel desempenhado pelo pajé, líder espiritual encarregado de curar doenças e afugentar os maus espíritos. Outra localidade que representa bem os costumes da aldeia Guarani é Piraqueaçu. Os índios dessa região também dependem do artesanato como fonte de renda, fabricando cestas, colares, brincos e acessórios para os cabelos. Diferente dos Guarani, o povo Tupinikim participou mais ativamente do processo de aculturação e acabou perdendo sua língua-mãe, fazendo com que o português se tornasse o idioma oficial. Mesmo fabricando artesanatos e trabalhando no cultivo da lavoura e na pesca (caranguejos e outros crustáceos), os índios dessa etnia já se estão inseridos nas empresas existentes no município, o que justifica a forte influência do “homem branco” em suas vidas. Eles se encontram localizados em Areal, Caieiras Velha, Irajá, Pau-Brasil, Comboios e Córrego do Ouro. De acordo com o gerente de Cultura da Prefeitura de Aracruz, Marcelo Loureiro Ucelli, as duas etnias trazem um grande valor histórico e cultural para a cidade. “Temos muito orgulho das aldeias, pois elas diferenciam Aracruz dos demais municípios capixabas, mantendo essa cultura tão rica e importante na preservação da história desse povo”.

RESTAURANTE MOCAMBO Bastante tradicional em Aracruz, o restaurante Mocambo oferece pratos variados com peixes, siri, bobó, camarão, lagosta, além da tão conhecida moqueca capixaba. O local, que também possui pousada, oferece ainda passeios de barco pela região.

Foto: Divulgação

á quem pense que os índios só podem ser encontrados nas mais remotas regiões do Norte ou do Centro-Oeste brasileiros. Mas essa realidade está bem perto de todos nós e em solo capixaba, mais precisamente no município de Aracruz. A cidade é a única no Estado que ainda possui índios em aldeias (cerca de 3.800 pessoas), distribuídos em 10 delas em duas etnias: Guarani e Tupinikim. Em Boa Esperança, Três Palmeiras, Piraqueaçu e Olho D’Água, os Guarani mantêm a língua nativa e fazem artesanatos típicos culturais, que servem de subsistência para muitas famílias das regiões. Outra grande característica da etnia - vinda do Sul do país na década de 1960 - está relacionada à religião e às danças, que fazem jus à sua história, a exemplo da aldeia de Boa Esperança (Tekoá Porâ), onde existem pequenas moradias de estuque e tijolos, cobertas com palhas. No local são conservadas as tradições como o culto ao Sol, a Lua e às estrelas, além da pesca, é claro. Lá, é possível conferir ainda



Quem são as personalidades que deram nome às ruas e avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pesso s e n o on ri ír m p r o Espíri o n o on r

Avenida Dante Michelini

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José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae 64

o percorrer a orla de Camburi, desde a Ponte Prefeito Ceciliano Abel de Almeida, até o Cais de Tubarão, em pouco mais de cinco quilômetros de extensão, entre os modernos edifícios e a areia quase dourada afagada pelo mar, sou levado a evocar a figura quase lendária de Dante Michelini, personalidade que deu nome à extensa via que, em tempos passados, era conhecida como Avenida Beira-Mar. Com Dante Barros Michelini, foi para mim inevitável associar, por ilação, ao nosso perso personagem, um pouco da história da formação do povo brasileiro. O processo de miscigenação aqui desenvolvido foi um dos mais instigantes de todo o mundo. Da metade do século XIX até metade do século XX, o Brasil recebeu quase 5 milhões de imigrantes europeus, em sua maioria portugueses, italianos, alemães e espanhóis. Registre-se que a população do país, em 1890, era de apenas 14,3 milhões de habitantes. Esse pensamento se justifica exatamente porque o Espírito Santo guarda, ainda hoje, os efeitos desse fascinante processo, mas não só pela herança atávica dos seus pioneiros europeus, mas também pelos brasileiros de outros estados que aqui aportaram e plantaram raízes, incorporando-se aos nossos costumes e contribuindo para nosso progresso. Pois Dante Michelini, que aqui firmou seu nome e que a grande maioria do nosso povo o vê como autêntico capixaba pelo seu amor à nossa terra, era um mineiro nascido em Carmo do Rio Claro, em 1897, que constituiu família em Santos e só conheceu Vitória em 1939. No período de um ano em que viveu aqui, exercitando trabalho na firma Hard Rand, nosso personagem anteviu as largas possibilidades que o Estado oferecia a quem se dispusesse a superar eventuais obstáculos da época e se lançar sem medo na rota do futuro. Voltou a Santos, mas a imagem do que viu aqui não o abandonou.

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GPS -20.273376, -40.280726 Aeroporto de Vitória rico alles e iar

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Em 1944, cinco anos passados, retornou a Vitória. Gerenciou a filial da empresa inglesa Mac Kinlay, exportadora de café, até 1965, ano em que faleceu. Seu filho, Gilberto Michelini, ocupou o cargo até comprar a empresa dos ingleses, tornando-a capixaba. Dante Michelini teve uma importância na vida da cidade muito maior do que sua atividade como homem de negócios, ramo que marcou fortemente sua biografia. Governador do Estado em dois períodos, Jones dos Santos Neves implantara como meta de governo um plano de valorização voltado para quatro setores: porto de Vitória, energia elétrica, malha rodoviária e fomento da produção. Campo propício para a fértil imaginação de homens com a fibra de Dante Michelini. Se o Espírito Santo tem hoje a marca de segundo maior produtor de café conilon do país, com o registro, em 2012, de 588 mil toneladas de grãos no valor de 2,3 bilhões, e de terceiro em produção de arábica, totalizando 772 mil toneladas de grãos naquele ano, isso se deve, em grande parte, à visão de Dante Michelini, pioneiro na exporFoto de Dante Michelini tação da rubiácea. (cedida por Andrea e Já em 1951, com outros Cláudio Michelini) produtores, ele criou o Centro

artici e a col a e via o s est es ara ereco a istoria@revistaesbrasil.com.br

do Comércio de Café de Vitória, sediado na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes. Foi seu primeiro presidente, cargo que ocupou por duas vezes. Seu filho e continuador de suas ideias e de seu trabalho, Gilberto Michelini, foi por três vezes presidente da entidade maior dos cafeicultores do Espírito Santo. Além de colaborar e estimular o desenvolvimento da economia capixaba, Dante Michelini, com a participação de outros empresários, doou a iluminação do Convento da Penha, maior símbolo religioso do Espírito Santo. Assessor do governador Jones dos Santos Neves, Christiano Dias Lopes o convidou a ocupar a Chefia de Compras e Distribuidora de Cobertores aos Pobres, assim denominada na estrutura administrativa do Estado. Nos meses mais frios do ano, Dante Michelini liderou a distribuição de milhares de cobertores aos mais necessitados. A Vale – CVRD – foi beneficiada nos seus projetos de instalação e ampliação com a doação de 2.500 metros quadrados de área de propriedade de Dante Michelini, iniciativa repetida com a cessão de terrenos à Prefeitura de Vitória, para utilização pública. A avenida, referência pela sua importância, comparada pelos que nos visitam com a Vieira Couto, em Ipanema, Rio, recebeu o nome de Dante Michelini no dia 16 de janeiro de 1967, na gestão do prefeito Jair Andrade. No dia de seu sepultamento, 14 de janeiro de 1965, todo o comércio localizado ao longo do percurso percorrido pelo carro fúnebre, que passou pelo centro da cidade, Vila Rubim e Santo Antônio, cerrou suas portas em reverência à grande figura imortalizada pelos feitos que marcaram sua passagem entre nós. (Copidesque: Rubens Pontes). rasil •

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GASTRONOMIA

Outback com novidade no cardápio

Foto: Helio Filho

O famoso cardápio da rede Outback Steakhouse acaba de ganhar um reforço para o deleite dos paladares mais exigentes. A novidade, que se chama Salmone & Orzo Pasta, traz a combinação de um salmão temperado ao estilo Outback, grelhado no ponto correto, e uma massa risoni servida com molho branco, queijo, tomate-cereja e alcaparras. O prato, que chegou a todos os restaurantes da rede no mês de julho, sai por R$ 46,75.

Para quem gosta de comida de boteco

DICA DO CHEF Por Juarez Campos, chef e sócio-proprietário do Oriundi O Restaurante Oriundi é o destino certo para os amantes da comida italiana. Dentre os pratos mais pedidos da casa está o Boa Lembrança (risoto de camarão, alho-poró, ervilhas e bacon crocante). “Os clientes que quiserem degustá-lo ganham um prato de cerâmica estilizado para levar para a casa. Essa iniciativa faz parte do Clube do Colecionador, bastante famoso em todo o Brasil e que conta com diversos outros estabelecimentos”.

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Bar lounge abre as portas na Serra Recém-aberto na principal avenida de Morada de Laranjeiras, na Serra, o Camarote Spaço Vip se inspira no continente europeu, com forte influência espanhola, terra natal do proprietário Jorge Becker. A especialidade da casa fica por conta dos drinques e dos coquetéis, a exemplo do daiquiri de morango feito da fruta com rum, licor de morango, suco de limão e gelo (R$ 13). Para petiscar, a sugestão é o Fiesta (R$ 20), com batatas e carne marinada antes por seis horas no vinho branco, com louro, pimenta, açafrão e cominho.

Foto: Divulgação

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Foto: Divulgação

Mesas cheias e ambiente descontraído. Assim pode ser descrito o Bar do Mineiro, em Jardim Camburi, destino bastante procurado por jovens universitários. Além da cerveja gelada, o local se destaca muito pela variedade de petiscos oferecidos, tais como a porção de bolinhos de aipim com carne-seca e a porção de linguicinha de porco da roça com torresmo e aipim. Dentre as apostas para o inverno, estão os caldos verde e de feijão, ou então a escolha clássica da calabresa com fritas. Maravilha!


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Talvez um dos vinhos com o melhor custo-benefício do Chile. Esse é o Gran Reserva do Vale de Apaltagua, elaborado com a uva carmenere e que reúne notas terrosas e herbáceas. Possui um paladar muito equilibrado com nal suave e intenso. i

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A uva shiraz ou syrah, proveniente da França, tem a Austrália como sua segunda casa, onde se adaptou de forma muito intensa, gerando vinhos com tendências mais modernas no novo mundo. Este produtor Deakin elabora vinhos com aromas marcados por frutas vermelhas em compota e também por especiarias. Possui boa intensidade e maciez, algo necessário para conquistar paladares que estão ansiosos por vinhos redondos e equilibrados. i

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Os vinhos do porto Tawny são elaborados em um estilo peculiar. Após receberem a aguardente vinica para sua orti ca o eles são guardados por muitos anos em grandes pipas de carvalho (este, até 10 anos). Isso faz com que ocorra uma oxidação natural, e tremamente ben ca que o deixa com uma grande intensidade aromática de frutas secas e especiarias. Um paladar doce, profundo e muito longo. Uma indicação para beber e para meditar.

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Localizado em Vila Velha, o Restaurante Atlântica oferece ao público um excelente cartão de visita para que conheça mais as belezas e a gastronomia capixaba. “Adoro a moqueca de badejo com camarão do Restaurante Atlântica. Além da excelente comida, a família Bodevan comanda o espaço com muita simpatia. O ambiente é familiar e descontraído. Não é à toa que o restaurante tem 40 anos de tradição na Praia da Costa, de frente para o mar”.

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Por José Luís Galvêas Loureiro, diretor-presidente da Galwan S/A

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Jardim Camburi passa a contar com um novo reduto da boa gastronomia. A Forneria Don Camaleone chega à região com a mesma proposta do restaurante da Praia do Canto: oferecer o que há de melhor na cozinha italiana. Na nova unidade, o grande forno a lenha permanece como destaque, e o menu vem com inúmeras delícias gastronômicas, seguindo a mesma linha da matriz: com pizzas, massas, antepastos, risotos, carnes, peixes, saladas e sobremesas. Entre os pratos com carne, estão o Filé Isaac e o Escalope Campani, e dentre as massas, o Ravióli Cantano (ravióli de abóbora com ragu de carne-seca).

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ESTILO

CLUBE DO COLECIONADOR DO ESPÍRITO SANTO

Foto: Samuel Victor

A Galeria de Arte Matias Brotas recebeu no dia 24 de julho o encerramento da 1ª edição do Clube do Colecionador. Foi realizado um bate-papo entre os artistas que compõem o evento e a curadora Almerinda Lopes, que puderam falar sobre as obras, o mercado de arte e o colecionismo, que cada vez mais ganha adeptos e movimenta a economia nacional. O encontro também foi marcado pela entrega da quarta e última obra do artista capixaba Nenna, além de sorteios de obras e livros entre os presentes.

Aconteceu no mês de julho a quarta e última etapa do projeto “Diálogos no Palco 2013/2014”, realizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc-ES), que contribui para a qualificação e a circulação da produção de artes cênicas no Espírito Santo. Quatro grupos capixabas puderam apresentar os seus trabalhos no Grande Teatro Sesc Palladium, em Belo Horizonte (MG), com os espetáculos “A Culpa” (Grupo Anônimos de Teatro) e “Credores” (Boyásha Trupe de Teatro) e as intervenções urbanas “Chega” (Grupo Extermínio das Artes) e “Corpos Dóceis” (Cia. Urucum).

Foto: Divulgação

Teatro capixaba se destaca em Minas Gerais

AFRICANIDADES

“Ato de Comunhão” chega a Vitória

Uma noite de confraternização, valorização da beleza negra e muita cultura. Assim pode ser descrito o encontro Africanidades, realizado no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória, no dia 10 de julho. As cerca de 150 pessoas presentes participaram de di ers s i id des, is omo o in s de penteado afro, exposição de arte, artesanato, decoração e moda. O evento contou ainda com muita música, caldos e delícias típicas, além de uma boate com ritmos da África que contagiou todos os convidados. Durante s o in s, om se n s rs dos ancestrais, foram apresentados penteados, como os dreadlocks, da cultura rastafári, o cabelo black power, os trançados e balangandãs.

O premiado “Ato de Comunhão”, baseado em um caso verídico ocorrido na Alemanha em 2001 – a história de Armim Meiwes, condenado a prisão perpétua por ter devorado um homem que conheceu pela internet – foi apresentado pela primeira vez em Vitória. O espetáculo, que é protagonizado pelo ator Gilberto Gawronski, ficou em cartaz na Fafi entre os dias 26 e 27 de julho. A peça coloca em cena, com elaborada delicadeza, algumas complexidades perturbadoras da vida contemporânea. Tecnologia, conexão, solidão, instinto, civilização, o moderno e o arcaico são algumas características que permeiam a história.

Comemoração com música e poesia

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Foto: Carlos Antolini

Foto: Divulgação

O Theatro Carlos Gomes foi palco do evento “Cultura na Saúde Mental”, realizado no dia 6 de agosto em comemoração aos 60 anos do Hospital Estadual de Atenção Clínica (antigo Hospital Colônia Adauto Botelho). A celebração contou com a presença da filósofa Viviane Mosé – que falou de forma poética, sobre a condição humana em seus vários aspectos – e dos músicos Zé Renato e Kátia Rocha (foto), que apresentaram músicas de sucesso. A iniciativa teve como objetivo conscientizar a sociedade capixaba, para que tenha um outro olhar sobre a realidade de um hospital com pessoas com transtornos psíquicos. Toda a arrecadação da bilheteria do evento será revertida para a promoção de oficinas culturais no hospital.



ESTILO

Organização e bom gosto

Casa arrumada, limpinha e bem decorada. Aposto que essas características precisam estar presentes no dia a dia de muitas famílias e mesmo om ro in pro ssion n o rem m o de m r confortável. Se você gosta de comprar “mimos” para deixar os ambientes cada vez mais bonitos, nem precisa fazer muito esforço: basta dar uma olhadinha nas dicas que separamos.

CAFÉ

Bom dia, dia! Ah, o café... O que seria de nós sem esse delicioso sabor para dar aquela animada no orário d m n , o mesmo, no n d rde, quando o sono e o cansaço em p s m di p do Extremamente prático e charmoso, o minicafé expresso é m is e indi do p r ser pre i do dois s o o r no og o e fazer os mesmos procedimentos de praxe que você irá saborear em grande estilo e deixar ainda a sua cozinha muito mais bonita.

PORTA-CHAVE

ORGANIZADOR

Miau, o gato virou revisteiro! e d r m o e in ge n de or o d s s Impresso sobre MDF e recortado a laser, este revisteiro em formato de gato pode ser utilizado de formas variadas e em lugares distintos: na sala, no consultório, no quarto, no escritório... en o m s o op es om m o e es i oso, o g in o pode ajudá-lo a organizar as revistas ou servir como porta-treco. Ótimo para presentear.

Suporte que faz a diferença

LUMINÁRIA

Paris, eu te amo

Se a sua rotina matinal inclui uma busca ren i pe s es, e r n io este porta-chaves magnético é a resposta certa para acabar com tanto es e imen o om no men o feito em mogno e equipado com um p ine ím es ondido, e e dei rá s casa ainda mais moderna. Basta instalar em sua parede e pronto, tudo resolvido. Graças à sua aba curvada, também servirá como suporte para a correspondência.

GUARDANAPO

QUADRO

Resgate ao passado

O que eu tinha que fazer mesmo? onser r o eiro, p g r s on s do r o, ir re ni o es o r en o m s o ri i es p r dei r o se di d e m is g n do, n o mesmo á e o m pesso bastante atarefada, precisa dar uma organizada de vez e eliminar qualquer tipo de bagunça na sua agenda com este quadro negro. Magnético, ele pode ser pendurado na parede através de prego e parafuso, ou até mesmo na porta da sua geladeira. Superprático!

Desde que voltou a aparecer na mídia, a moda retrô tem feito muito sucesso entre jovens e adultos. E já que estamos falando de criatividade, este porta-guardanapo é o que há de m is es i oso p r de or o n cozinha. Quem gosta de receber os amigos em casa para fazer m o rr g s ron mi n o poderá deixar de usar este lindo objeto, que remete às décadas de 1950 e 1960. Deixe o seu lanche mais divertido e saudoso!

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Com a base feita em metal e cúpula de tecido na cor preta, esta luminária de mesa i so s i r o se m ien e endo m s o orre Eiffe , o o e o irá dei r s resid n i om m r re n do, d ndo e e es i o espe i em qualquer cômodo de sua preferência. perindi d p r em d r r n es e e n o re m o do om gos o

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MAIS E MELHOR DEMOCRACIA E REPRESENTAÇÃO – TERRITÓRIOS EM DISPUTA

LIVRO

U93 – A Entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial Marcelo Monteiro, Edições Besouro Box

Em julho, a imprensa francesa noticiou que o submarino alemão U-93, responsável pelo afundamento do navio brasileiro Macau, no episódio que resultou na entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, pode ter sido encontrado no litoral da França. Nesta publicação de 320 páginas, o jornalista Marcelo Monteiro revisita o período para mostrar os fatos que levaram os brasileiros a participar do conflito, no ano em que se completa um século de seu início. CD

Luis Felipe Miguel, Editora Unesp “Estamos em um ano eleitoral, e a discussão da representação política está na pauta. Nos movimentos de junho de 2013, uma das bandeiras foi a de que o Congresso não nos representa. Mas será que as pessoas sabem o que isso signi i ro m relação entre democracia e representação, como sendo essencial para a vigência da democracia.” Marta Zorzal, professora de Ciências Sociais da Ufes

Souvenir SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

Silvia Machete, Coqueiro Verde

Em seu novo trabalho, a cantora e compositora Silvia Machete faz uma mistura de sons pinçados em terras brasileiras e estrangeiras. Toques pernambucanos, paulistas, cariocas, lusitanos e americanos compõem um álbum que é resultado de um mosaico de lembranças musicais. A artista passeia pelo universo musical de nomes como Eduardo Dussek, Jorge Mautner, Moraes Moreira e Angela RoRo.

Peter Weir, Disney/Buena Vista ndi o es e me em homenagem ao grande Robin Willians, que deu um show de interpretação e in e i men e nos dei o recentemente!” Luiz Antônio Polese, presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória

DVD

Jean-Marc Vallée, Universal Pictures

O filme que consagrou Matthew McConaughey e Jared Leto no Oscar 2014, quando venceram nas categorias “Melhor Ator” e “Melhor Ator Coadjuvante”, respectivamente, chegou ao Brasil em DVD no mês de agosto. O longa é baseado em fatos reais e conta a vida de Ron Woodroof, eletricista heterossexual que foi diagnosticado com Aids em 1985. Ele criou uma operação de tráfico de remédios alternativos que, na época, eram ilegais. BLU RAY

Blacklist – A Primeira Temporada Jon Bokenkamp, Fox-Sony Pictures Home Entertainment

O criminoso mais procurado do mundo se entrega de repente e se oferece para delatar aqueles com quem já trabalhou. Esse é o ponto de partida de “Blacklist”, cuja primeira temporada foi lançada em DVD e blu ray no mês de agosto pela Fox-Sony Pictures. Além dos 22 episódios, o blu ray traz conteúdo extra com 10 vídeos bônus inéditos 72

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Foto: Jocélia Santos

Clube de Compras Dallas

MEUS QUINTAIS Maria Bethânia, Biscoito Fino “Adoro qualquer coisa que a e ni , por s o e seu repertório. Como gosto de relembrar, este CD é uma ótima pedida porque ela s in erpre o de músicas de outros cantores, como releituras de Adriana Calcanhoto, Dorival Caymmi e Chico César. Recomendo!” Milson Henriques, desenhista e dramaturgo

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TEST DRIVE Foto: Ricardo Rollo

Com visual mais ousado, modelo apresenta desenho harmonioso

Foto: Ricardo Rollo

Jeep Compass L

ançado no Brasil em 2012 para representar a porta de entrada da marca que inventou o segmento 4x4, o Jeep Compass apresenta novidades em sua linha 2014, que já pode ser vista na concessionária Vitória Motors. O utilitário esportivo mais urbano da Jeep ganhou boa dose de ousadia, a exemplo das rodas de liga leve, que eram de 17 polegadas e que passaram a ser de aro 18 na cor preta. Produzido na fábrica de Belvidere, no estado norte-americano de Illinois, o Compass possui um desenho harmonioso com um conjunto mecânico moderno. O motor 2.0 16V, todo de alumínio, conta com duplo comando variável de válvulas e está acoplado à transmissão automática CVT, que também pode simular seis marchas. Pintadas de preto, possuem a mesma cor aplicada nos contornos das tradicionais sete fendas da grade dianteira, assim como as lanternas traseiras, que também foram escurecidas. “É um carro ousado, que nesta versão vem com faróis de ‘máscara negra’, lanternas fumês e grafismos dos instrumentos redesenhados. Esse último detalhe pode ser visto no novo interior do carro, que possui outros detalhes de acabamento cromados e prateados, como os aros do volante, as saídas de ventilação, o topo da manopla do câmbio e as maçanetas das portas”, define o gerente de vendas da Vitória Motors, Adailson Azevedo de Jesus. Os recursos de comodidade e conectividade também não deixam por menos: o sistema de áudio é dotado de disqueteira integrada no painel para seis CDs, com compatibilidade MP3/WMA e DVD, entradas auxiliar e USB 2.0 (incluindo controle total de aparelhos como iPod, iPad e iPhone), além de sistema Bluetooth Uconnect com comando de voz. Outro grande destaque é o trem de força, que proporciona bom desempenho com economia de gasolina. Feito de alumínio e com duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape, o motor rende 156 cv de potência e 19,4 kgfm de torque. Uma eficiência que se reflete no baixo consumo: em um percurso urbano, o modelo é capaz de fazer até 9,8 km/l. O Jeep Compass é oferecido com um abrangente pacote de equipamentos de série, incomum em sua categoria. Além dos já citados, há alarme, ar-condicionado automático, apoios de cabeça dianteiros ativos, apoio de braços central dianteiro deslizante com porta-objetos, lanterna de emergência de leds portátil e recarregável, pontos de ancoragem para cadeiras infantis (Latch/Isofix), dentre outros.

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JEEP COMPASS 2014 Motorização: • 2.0L DOHC 16V Câmbio: • CVT2 automático com AutoStick (6 velocidades) Direção: • Assistida hidráulica Pneus e rodas: • 215/60R18 Dimensões: • Comprimento (mm): 4.448 • Largura (mm): 1.812 • Altura (mm): 1.718 Capacidade: • Porta-malas: 458 litros e 1.289 litros (banco rebatido) • Tanque: 51 litros


RANKING AUTOMOTIVO

Foto: Divulgação

A cada mês, a coluna Test Drive publica o número de emplacamentos feitos no Espírito Santo, considerando apenas automóveis e comerciais leves com valor de mercado superior a R$ 50 mil. Para chegar ao número total de cada veículo, somaram-se todas as versões disponí eis on r is re eren e o m s de o

Range Rover 2015 fica mais forte A Land Rover revelou as atualizações que farão parte da linha 2015 do Range Rover e Range Rover Sport. Dentre as novidades estão a presença de lâmpadas localizadas abaixo dos retrovisores para iluminar a área próxima a porta, teto panorâmico, rodas de liga de 19 polegadas para o Range Rover e 22 polegadas para a versão LWB (Long Wheelbase), além das novas cores de pintura disponibilizadas para as carrocerias. O motor SDV8 4.4, que continua a render 339 cv, agora desenvolve um extra de 4,1 kgfm. Não há previsão para a chegada da linha no Brasil.

Recall: Camaro tem falha na chave de ignição

Pos.

Fabricante/ Veículo

Emplacamentos

A partir de (R$)

Toyota Hilux

262

88.380

Toyota Corolla

225

66.570

Honda Civic

98

63.430

GM S10

78

65.890

Ford Ranger

77

78.490

GM Cruze

76

72.090

Honda Fit

74

54.500

Ford Ecosport

60

58.990

Renault Duster

45

52.500

Ford Focus

43

61.590

o te i icato os o cessio rios e istrib i ores e e c los o s rito a to i co ives

NÚMERO DO MÊS

A Chevrolet convocou no dia 18 de julho um recall de todas as unidades do Camaro que foram vendidas no Brasil desde 2010, devido a um defeito na chave de ignição. A falha afeta as 4.735 unidades do muscle car fabricadas entre 20 de junho de 2010 e 1º de junho de 2014. Segundo a empresa, a chave de ignição está localizada em um lugar indevido, o que faz com que o joelho do motorista encoste na peça. O carro pode vir a desligar involuntariamente, causando acidentes com potencial de lesões graves a todos os ocupantes. Os veículos têm número de chassis entre B9110300 e E9318718.

22,7%

Foi o percentual de participação da cidade de Vitória nos emplacamentos de eí os omer i is e es no m s de o, de ordo om dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives). Em seguida aparecem Vila Velha (12,5%) e Serra (7,2%). A capital capixaba também lidera na categoria auto com 26,2%.

Vendas globais da Citroën sobem 7% Foto: Divulgação

A Citroën tem motivos para comemorar, apesar das dificuldades vividas pelo grupo PSA. A empresa registrou um crescimento de 7% em suas vendas globais no primeiro semestre deste ano, chegando a 624 mil veículos. A China e a Europa foram os mercados que mais se destacaram, ambos respondendo por 85% do volume total de unidades comercializadas. O C3 ocupa a liderança, com mais de 106 mil modelos vendidos, seguido pela minivan C4 Picasso e por seus 69 mil veículos. A Citroën espera dar continuidade a esse crescimento com o lançamento do C4 Cactus e do C1.

Programa de Atenção Total ao Cliente

Foto: Divulgação

Para manter a coordenação de serviços de manutenção de veículos, como agendamento para revisão, execução de manutenção feita por mecânicos treinados e qualidade na entrega do automóvel, a Vitoriawagen apresenta aos capixabas o Programa de Atenção Total ao Cliente (ATC). “Durante a entrega do veículo, o consumidor tem à disposição cinco consultores para eventuais esclarecimentos sobre o que foi realizado”, explica Susarion Roatt, gerente de serviços da Vitoriawagen. rasil •

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Informações constam no 25º Censo Imobiliário do Sinduscon-ES, divulgado no dia 15 de julho

FATOS

Mais da metade dos lançamentos imobiliários está em Vila Velha

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as 3.010 unidades residenciais e comerciais lançadas na Grande Vitória e Guarapari, mais da metade (50,3%) está sediada no município de Vila Velha. As informações constam no 25º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES), referente ao período de novembro de 2013 a abril de 2014. De acordo com o levantamento, houve uma queda no número de unidades em construção nos municípios de Vitória, Vila Velha, Guarapari, Cariacica e Serra, em comparação ao último Censo, divulgado em novembro de 2013. Atualmente, 30.552 unidades se encontram nessa situação, ante 31.343 no estudo anterior. Desse total, 41,26% estão na fase de estrutura, 30,43% em acabamento, 15,98% em fundação e 12,33% no tapume.

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Nos seis meses abrangidos pela pesquisa, foram concluídas 3.500 unidades, sendo que o percentual de vendas está em 76%, com 23.277 já comercializadas. A avaliação do diretor do Sinduscon-ES, Eduardo Borges, é de que há um equilíbrio entre demanda e oferta. “O excesso de burocracia e a demora das prefeituras na aprovação de projetos e licenças dificultam o lançamento de novos empreendimentos”, disse. O Censo Imobiliário é um levantamento dos empreendimentos imobiliários nas cidades contempladas, do lançamento comercial à conclusão das obras. São considerados empreendimentos residenciais, comerciais (salas com ou sem lojas) e mistos (residenciais com salas e/ou lojas), que tenham área de construção total superior a 800 m2.



essas MULHERES

por Andrea Monteiro | essasmulheres@revistaesbrasil.com.br

em ind s Es m o n dedi d s m eres Ess s e s o s, m es, espos s e ind d o on de s s re s pro ssion is om rme, ompe n i e m sensi i id de e s e s m

EDUCAM

Você sabe quais são os “oito jeitos de mudar o mundo”, forma como foram apelidados os ODMs no Brasil? Mais do que isso, você tem feito a sua parte nessa corrente pra melhorar o mundo? Se não, aí vão eles, ainda dá tempo de você se engajar!

ALIMENTAM E is e m mp i id de ine p i á e en re m e e o d r n e m men o inis rio d de de ende e omp e r m no de id de, o e pre is , pen s, do ei e m erno á em pense di eren e, m s o e os ene í ios ísi os e emo ion is desse ges o s o pr id od Na primeira semana de gos o, oi omemor d em n ndi de ei men o erno , e e e omo em ei men o erno m i ri p r od id , ress ndo impor n i de se men r e de se m n er o poio promo o e pro e o m men o m disso, en i on gem regressi p r os e i os de Desen o imen o do i nio D s , ri dos em pe e e de em ser ingidos por p íses, in indo o r si

VIAJAM

Que o Brasil é o país que abriga a maior floresta tropical do mundo, você já sabe. Então, não faltam opções de destino para quem decide viajar na primavera. De reservas ecológicas a grandes extensões de jardins espalhados pelo território nacional, aqui vai uma lista de lugares que ganham ainda mais charme na estação das flores: Atibaia (SP), Brumadinho (MG), Campos do Jordão (SP), Curitiba (PR), Gramado (RS), Holambra (SP), Joinville (SC), Nova Petrópolis (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Santo Antônio do Pinhal (SP). Aproveite pra conhecer um pouco mais do nosso país “abençoado por Deus e bonito por natureza”! 78

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À FRENTE

Uma notícia correu o mundo e causou opiniões controversas: mulheres podem agora ser ordenadas como bispas, decisão da Igreja Anglicana da Inglaterra. Essa atitude demonstra o avanço das vocações femininas em templos de todo o mundo, incluindo o Brasil. A polêmica, que divide várias religiões cristãs mundo afora, gira em torno de seus argumentos. A ala contrária entende que a Bíblia reserva somente aos homens o sacerdócio, e tem como justificativa o fato de que só foram nomeados por Jesus Cristo, apóstolos do sexo masculino. Já os defensores da vocação feminina pensam que a escolha refletia apenas o contexto da época e, hoje, não cabe interferir na vocação pastoral, dado que homens e mulheres são iguais. É esperar e ver o que vem por aí.



por Luiz Fernando Leitão tiragosto@revistaesbrasil.com.br

Pratos do Dia Planeta dos Macacos O Confronto Viva o Povo Brasileiro o o do i eiro

É a 100ª!!!

Moquequinhas no o rem de p ss geiros d primeiro m ndo em í o no o

ope

A convite de Mário Fernando, a TG foi criada. A ideia era reproduzir um papo descompromissado, conversa de velhos amigos, de ver o tempo passar, falar de comida, de futebol, dos acontecimentos recentes, de tentar resolver os problemas do mundo. Tentamos seguir algumas regras: só dar dicas que tivessem sido experimentadas e buscar a atualidade dos temas são duas delas. Chegamos à 100ª coluna com muito orgulho, com a ajuda de inúmeros colaboradores, e sem saber se ela consegue ser tão boa de ler quanto é de escrever. Só podemos agradecer a você, leitor, e esperar as próximas 100 edições. Obrigado!!!

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Fotos: Rubens Hermogenes

Cardápio de assuntos

O site de viagens TripAdvisor divulgou a lista das 10 melhores hamburguerias do Brasil, de acordo com os comentários de milhões de turistas. E o primeiro colocado da votação foi o Hambúrguer do Zé (foto), em Tiradentes, Minas Gerais. Pra quem já esteve na aprazível cidade mineira não é surpresa: o hambúrguer do Zé é simplesmente imperdível. São Paulo é o estado com maior número de representantes no ranking, com cinco no total. Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis e Curitiba também aparecem na lista, cada cidade com um endereço no Top 10. Veja a lista completa: 1. Hambúrguer do Zé, Tiradentes, MG, 2. St. Louis Burger, São Paulo, SP, 3. The Burger Map, Santo André, SP, 4. Hambúrguer do Seu Oswaldo, São Paulo, SP, 5. Hamburgueria do Sujinho, São Paulo, SP, 6. Le Grand Burger, Porto Alegre, RS, 7. Reserva T.T Burger, Rio de Janeiro, RJ, 8. Zé do Hamburger, São Paulo, SP, 9. Gourmet Burger Market, Florianópolis, SC, 10. Guiolla Hamburgueria, Curitiba, PR @esbrasil •

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cele te col a. r ticas bem mora as icas e e trete ime to e co te o i ormativo. ecome o a to os.

Arízio Neto, superintendente do Inocoopes

m rivil io o er ler e es r tar e s as sem re bril a tes col as. arab s

COMEMORATIVA

100s e

Ediçõ e

c o a ira osto m ito es irit osa e i teli e te. ost mo l la.

Otacílio José Coser, presidente da Amcham/ES

Murilo Murad, diretor da MMurad

screver ma col a com i orma es at ais sabe oria e ri ci alme te com com et cia mostra a s a ca aci a e e se com icar com os leitores com i teli cia. or essas ali a es e osto e ler as ot cias a s a col a. ela blica o. Luiz Dantas Dalla Bernardina, empresário

elicito ao estima o e com ete te ro essor i er a o eit o ela blica o e s a e cele te col a a revista rasil e ora comemora s a e i o. Michel Minassa, advogado

em ar io o e i as rato o ia ica o e e e ai eira. os mel ores i re ie tes ara boa leit ra. Waldemar Rocha Jr., presidente Fenamar

ira osto re eti o. ra e criativi a e arab s ela lo evi a e e ma as mel ores revistas o . José Antônio Resende Alves, subsecretário de Agricultura

col a ira osto mol o c lt ral a revista rasil. atos o coti ia o s o e ressos e orma es irit osa e criativa. e o tras col as ve am bri ar se s leitores Luis Filipe Vellozo Nogueira de Sá, auditor do TCES

e o bom osto e o tom maior a col a se ma te am or lo o tem o os bri a o. arab s Rafael Simões, professor universitário

col a ira osto est e arab s ela lo evi a e ela criativi a e e elo belo bom osto o tem ero o e il brio e a e iali a e. m res mo a obra o ira osto o eit o. cesso Aureliano Nogueira da Costa, diretor técnico Incaper

i

ira osto e o e i as s o is e s veis a vi a e to o ca i aba. o ra viver essas rolas. arab s Dídimo Effgen, empresário ira osto tra com mor e leve a i orma es e icas im orta tes ara em recisa estar a te a o. José Luiz Orrico, diretor do Instituto Futura

ira osto ma leit ra obri at ria. arab s Zé Pão, empresário

a o abro a rasil a rimeira leit ra e a o sem re a col a ira osto. om e orme satis a o a roveito a o ort i a e ara arabe i ar o col ista i er a o eit o or s a ce t sima e i o. ese o e voc comemore iversos ovos ce te rios esta col a os abastece o e i orma es sem re at ais e os ale ra o com se o mor.

João Luiz Vassalo Reis, professor universitário

ol a leve i teli e te e criativa. m tira osto ra l e be eito. e e s o il mi e sem re Jarbas Pires Jr., diretor da Dupla Produções

lt ra mor e astro omia esta col a s ow arab s Maurício Duque, secretário da Fazenda do ES

sem re bom saber o e aco tece o vi a lo a Pedro Cunha, diretor da APGE

em re rec ea a e boas icas a merece c e ar ao mero . arab s. Geraldo Magela Ramos, servidor público

eit ra me sal im er vel arab s ira osto Leonardo Pestana, administrador

Dica do Chefe “Ler ‘Tira-Gosto’, a melhor coluna do mundo” Maria Luiza Mello Leitão, mãe

A Saideira! Até os imortais estão morrendo!!!

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SE É BOM OU SE É MAU...

POR IVO NOGUEIRA DIAS

Q

uero contar para vocês a história que mais tenho narrado – não aconteceu nunca, acontece sempre. Um homem muito rico, ao morrer, deixou suas terras para os seus filhos. Todos eles receberam terras férteis e belas, com a exceção do mais novo, para quem sobrou um charco inútil para a agricultura. Seus amigos se entristeceram com isso e o visitaram, lamentando a injustiça que lhe havia sido feita. Mas ele só lhes disse uma coisa: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” No ano seguinte, uma seca terrível se abateu sobre o país, e as terras dos seus irmãos foram devastadas: as fontes secaram, os pastos ficaram esturricados, o gado morreu. Mas o charco do irmão mais novo se transformou num oásis fértil e belo. Ele ficou rico e comprou um lindo cavalo branco por um preço altíssimo. Seus amigos organizaram uma festa porque coisa tão maravilhosa lhe tinha acontecido. Mas dele só ouviram uma coisa: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” No dia seguinte seu cavalo de raça fugiu e foi grande a tristeza. Seus amigos vieram e lamentaram o acontecido. Mas o que o homem lhes disse foi: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” Passados sete dias, o cavalo voltou trazendo consigo 10 lindos cavalos selvagens. Vieram os amigos para celebrar essa nova riqueza, mas o que ouviram foram as palavras de sempre: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” No dia seguinte o seu filho, sem juízo, montou um cavalo selvagem. O cavalo corcoveou e o lançou longe. O moço quebrou uma perna. Voltaram os amigos para lamentar a desgraça. “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá”, o pai repetiu. Passados poucos dias, vieram os soldados do rei para levar os jovens para a guerra. Todos os moços tiveram de partir, menos o seu filho de perna quebrada. Os amigos se alegraram e vieram festejar. O pai viu tudo e só disse uma coisa: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá...”

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Assim termina a história, sem um fim, com reticências... Ela poderá ser continuada, indefinidamente. E ao contá-la é como se contasse a história de minha vida. Tanto os meus fracassos quanto as minhas vitórias duraram pouco. Não há nenhuma vitória profissional ou amorosa que garanta que a vida finalmente se arranjou e nenhuma derrota que seja uma condenação final. As vitórias se desfazem como castelos de areia atingidos pelas ondas, e as derrotas se transformam em momentos que prenunciam um começo novo. Enquanto a morte não nos tocar, pois só ela é definitiva, a sabedoria nos diz que vivemos sempre à mercê do imprevisível dos acidentes. “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” Este é um dos maravilhosos e inspiradores textos de Rubem Alves, que produziu milhares de histórias pra nos inspirar. A vida permitiu que ele estivesse conosco até o último dia 19 de julho. Ficam a obra e os ensinamentos que ainda serão, com certeza, por muitos assimilados. “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” Rubem Alves (1933-2014) foi teólogo, pedagogo, poeta e filósofo brasileiro. É autor de 160 livros, sobre diversos assuntos, entre eles, filosofia, teologia, psicologia e histórias infantis. Muito mais no site www.rubemalves.com.br.




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