A Divina Comédia de Salvador Dalí

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A divina Comedia de Salvador Dali


A Divina Comédia é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e da mundial, escrito por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.


Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904.



A Comedia Os três livros que formam a Comédia são divididos em 33 cantos cada, com aproximadamente 40 a 50 tercetos, que terminam com um verso isolado no final. O Inferno possui um canto a mais que serve de introdução a todo o poema. No total são 100 cantos. Os lugares descritos por cada livro (o inferno, o purgatório e o paraíso) são divididos em nove círculos cada, formando no total 27 níveis. Os três livros rimam no último verso, pois terminam com a mesma palavra: stelle, que significa ‘estrelas’. Dante chamou a sua obra de Comédia. O adjetivo “Divina” foi acrescido pela primeira vez em uma edição de 1555. A Divina Comédia excerceu grande influência em poetas, músicos, pintores, cineastas e outros artistas nos últimos 700 anos. Desenhistas e pintores como Gu s t a v e Do ré , Sa n d r o B o t t i c e l l i , Mi c h e l a n g e l o e Wi l l i a m Bl a k e e s t ã o e n t re o s i l u s t r a d o re s d e s u a o b r a . Os compositores Robert Schumann e Gioacchino Rossini traduziram partes de seu poema em música e o compositor húngaro Franz Liszt usou a Comédia como tema de um de seus poemas sinfônicos.



Inferno



Inferno Quando Dante se encontra no meio da vida, ele se vê perdid o em um a f l o re s t a e s c u r a , e s u a v i d a h a v i a deixado de seguir o caminho certo. Ao tentar escapar da selva, ele encontra uma m o n t a n h a q u e p o d e s e r a s u a salvação, mas é logo impedido de subir por três feras: um leopardo, um leão e uma loba. Prestes a desistir e voltar para a selva, Dante é surpreendido pelo espírito de Virgílio - poeta da antigüidade que ele admira - disposto a guiá-lo por um caminho alternativo. Virgílio foi c h a m a d o p o r B e a t r i z , p a i x ã o d a infância de Dante, que o viu em apuros e decidiu ajudá-lo. Ela desceu do céu e foi buscar Virgílio no Limbo. O caminho proposto por Virgíl io c on si ste em fazer uma v ia gem pel o c e n t r o d a t e r r a . In i c i a n d o n o s p o r t a i s d o i n f e r n o , a t r a v e s s a r i a m o m u n do su bt errâneo até che ga r a os pés d o mo nte do purgatório. Da l i, Virgíl io g ui aria Dante até as por t a s d o c éu.


Dante então decide seguir Virgílio que o guia e protege por toda a longa jornada através dos nove círculos do inferno, mostrando-lhe onde são expurgados os diferentes pecados, o sofrimento dos condenados, os rios infernais, suas cidades, monstros e demônios, até chegar ao centro da terra, onde vive Lúcifer. Passando por Lúcifer, conseguem escapar do inferno por um caminho subterrâneo que leva ao outro lado da terra, e assim voltar a ver o céu e as estrelas.


Purgatorio



Purgatorio

Saindo do inferno, Dante e Virgílio se vêem diante de uma altíssima montanha: o Purgatório. A montanha é tão alta que ultrapassa a esfera do ar e penetra na esfera do fogo chegando a alcançar o céu. Na base da montanha encontram o ante-purgatório, onde aqueles que se arrependeram tardiamente dos seus pecados aguardam a oportunidade para entrar no purgatório propriamente dito. Depois de passar pelos dois níveis do ante-purgatório, os poetas atravessam um portal e iniciam sua nova odisséia, desta vez subindo cada vez mais. Passam por sete terraços, cada um mais alto que o outro, onde são expurgados cada um dos sete pecados capitais. No último círculo do purgatório, Dante se despede de Virgílio e segue acompanhado por um anjo que o leva através de um fogo que separa o purgatório do paraíso terrestre. Finalmente, às margens do rio Letes, Dante encontra Beatriz e se purifica, banhando-se nas águas do rio para que possa prosseguir viagem e subir às estrelas.



“ Re feito retornarei da on da sa n t a C o mo de novas f olhas, a o rom pê- l a s De sua ramagem, se ren ova a pl a n t a : Pu ro e disposto a sub ir à s est rel a s.”



Paraiso

“...assim eu vi a coroa devota Mover-se a trocar vozes em concerto Com a doçura em qualquer parte ignota, Se não lá onde eterno é o aprazimento.”



Paraiso

O Paraíso de Dante é dividido em duas partes: uma material e uma espiritual (onde não há matéria). A parte material segue o modelo cosmológico de Ptolomeu e consiste de nove círculos formados pelos sete planetas (Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno), o céu das estrelas fixas e o Primum Mobile - o céu cristalino e último círculo da matéria. Ainda no paraíso terrestre, Beatriz olha fixamente para o sol e Dante a acompanha até que ambos começam a elevar-se, “transumanando”. Guiado por Beatriz, Dante passa pelos vários céus do paraíso e encontra personagens como São Tomás de Aquino e o imperador Justiniano. Chegando ao céu de estrelas fixas, ele é interrogado pelos santos sobre suas posições filosóficas e religiosas. Depois do interrogatório, recebe permissão para prosseguir. No céu cristalino Dante adquire uma nova capacidade visual, e passa a ter visão para compreender o mundo espiritual, onde ele encontra nove círculos angélicos, concêntricos, que giram em volta de Deus. Lá, ao receber a visão da Rosa Mística, se separa de Beatriz e tem a oportunidade de sentir o amor divino que emana diretamente de Deus, “o amor que move o Sol e as outras estrelas”.


Criação e edição por Mayra Nascimento Projeto didático para a disciplina de Projeto Gráfico Editorial, ministrada pela professora Lais Cristina Licheski da Universidade Tecnológica Federal do Paraná


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