Guia de Tipografia para Designers Cansados

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Guia Tipográfico

Esse guia foi feito para a disciplina de Tipografia Aplicada 2018.2 do curso de Design da UFSC Autores: Andrea M.Babilonia, Isabel Grullón e Matheus Terra

o r v li e s s e r a r t Se você enrcoaní, favor devolver perdido po Paula para Ana ( traga café! ) 3

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Sumário Fundamentos Linhas Guia Anatomia Terminais Eixos Largura Altura-X Classificação Entrelinha Peso Famílias Funções da tipografia Domínios Indicadores de Texto Ligaduras Tracking Kerning Leiturabilidade Tipografia e cor Hierarquia Combinação dos tipos Contraste Display e Texto Referencias

8 9 10 12 13 14 15 16 18 20 21 22 23 25 26 27 28 30 31 32 33 34 35 38

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Segundo Ali (2009 p. 112) “a tipografia é uma das áreas mais sofisticadas do design gráfico e distingue o designer amador do profissional”.

“Ao projetar uma publicação, uma das maiores áreas de foco é a tipografia. Em um nível puramente funcional, um designer precisa tratar da legibilidade, hierarquia e clareza na apresentação da informação verbal. Mas o tipo também transporta mensagens não-verbais. Ao selecionar fontes e integrar o texto com as imagens, o designer pode interferir profundamente sobre o carácter geral de uma publicação introduzindo outro tipo de conteúdo. [...]” (SAMARA, 2005)

No Design Editorial, a mensagem escrita não é sempre o elemento mais importante — muitas vezes, a escrita vem conjugada com imagens. O designer editorial deve valorizar o texto ao máximo — deve lê-lo atentamente, por exemplo — pensar na escolha de tipos adequados, aplicar as boas práticas tipográficas, maws também deve investir a sensibilidade necessária para perceber o trabalho dos seus colegas e parceiros — dos fotógrafos e ilustradores, por exemplo. (HEITLINGER, 2015)

ais Eu não aguento m

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Fundamentos Tipo

Fonte

Família Caracteres

Glifo

Refere-se a configuração visual, ao desenho das letras propriamente. Dispositivo de saída ou software que permite a instalação e a utilização dos tipos; Conjunto completo de caracteres, com letras, números e sinais. Conjunto de fontes que possuem as mesmas características fundamentais, mas com varia ções de espessura, peso, inclinação, etc. Símbolo que corresponde a letra no sistema Unicode. Desenho específico de cada caractere, ou seja, as variações de um mesmo caractere, por exemplo o a, que pode ter vários glifos diferentes.

A tipografia aplicada ao projeto editorial precisa: • Ser legível • Valorizar o conteúdo • Dar ritmo a leitura • Definir a hierarquia • Oferecer os recursos necesários para o conteúdo • Ser adequada a mídia/suporte • Ser adequada ao público 8


Linhas Guia 1. Linha de ascendente: altura dos elementos que estendem-se acima da altura da versal 2. Altura da versal: A distância da linha de base ao topo da maiúscula 3. Altura-x: é a altura do corpo principal da letra minúscula (ou a altura de um x caixa-baixa), excluindo seus ascendentes e descendentes 4. Linha de base: onde todas as letras repousam. Ela é o eixo mais estável ao longo de uma linha de texto, e é crucial para alinhar textos a imagens e outros textos 5. Altura de descendente: O comprimento dos descendentes de uma letra contribui para seu estilo e atitude no todo.

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Anatomia Ascendentes: Traços que avançam a altura x nas letras minúsculas

Aberturas: espaço de contato das contraformas semiabertas com o exterior

letras com ombro: Ombros: Traço curvo m,n,h,r no final de uma haste

Espinha: Haste curva do S

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Barras: Traço horizontal

Diagonais: Traços diagonais

Descendentes: Traços que avançam a linha de base

Ápice: Ligação entre dois traços diagonais

letras com ápice: A, M N V


Espora: Traço que articula a junção de um traço curvo e um retilíneo

letras com Bojo/Barriga: barriga: Traços curvos que determinam um pbd fechado PDB ouespaço semiaberto de

Hastes: Traço vertical

Espaço interno: Espaço fechado dentro da letra

uma letra

Ligação: Traço que conecta o bojo e o arco de um g em caixa baixa

Serifa traço ou barra que remata cada haste de certas letras, de um ou de ambos os lados

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Terminais São as formas encontradas no final das letras a,c,f,j,r,s,e,y e possuem 4 principais variações:

Terminal de lágrima

Bico/afiado

Terminal de botão

terminal ausente

Serifa É o pé em ângulo reto ou oblíquo na extremidade do traço.

Serifa bilateral, abrupta (tangencia a haste bruscamente) e retangular ou egípcia (espessura próxima a da haste)

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Serifa unilateral, adnata e transitiva (acompanha direção da escrita)

Serifa bilateral, adnata (que nasce junto ao traço) e reflexiva (retrocede sobre si mesma)


Eixos Sua classificação só pode ser feita quando a fonte é modulada, ou seja, existe variação no traço (contraste)

Eixo vertical/racionalista

Eixo humanista ou oblíquo

sem cont ra no traço ste ! Ausencia de Eixo

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Largura As letras também possuem medidas horizontais, chamadas de larguras de composição. Essa largura equivale ao corpo da letra mais um pequeno espaço que a protege das outras. A largura de uma letra é intrínseca à proporção da fonte. Em algumas fontes ela é generosa, em outras estreita. Um erro comum é a distorção das letras digitalmente para a criação de composições mais largas ou mais estreitas. Isso distorce a proporção das letras, forçando elementos grossos a ficarem finos e vice-versa. Ao invés de torturar uma letra, escolha um tipo com as proporções de que precisa: estreito, comprido ou largo. Gill Sans MT Condensed As letras da versão estreita da fonte possuem uma largura e composição menor

Gill Sans MT A largura de composição é igual ao corpo de letra mais o espaço lateral

CRIME TIPOGRÁFICO Nunca faça

Distorção Horizontal e Vertical As proporções das letras foram distorcidas digitalmente para criar letras mais largas ou mais estreitas

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Altura x Altura-x é a altura do corpo principal da letra minúscula,( ou a altura de um x caixa-baixa) excluindo seus ascendentes e descendentes. Tamanho do corpo da fonte

XxYyZz

Altura x

Quando duas fontes são compostas com o mesmo tamanho em pontos, uma costuma parecer maior que a outra. As diferenças de altura-x, peso de linha e largura afetam a escala aparente da letra. Alturas X maiores fazem as fontes parecerem maiores maximizando a área contida na dimensão geral da letra.

XxYyZz XxYyZz Libre Baskerville 36pt

Minion Pro 36pt

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Classificação A primeira e mais conhecida classificação tipográfica foi organizada por Maximilien Vox (1894 - 1974) em 1967.

hge 16

hge Incisa

hge Blackface


Humanista Baseada na escrita humanista com origem em Veneza no século XIV. A barra do “e” inclinada, eixo inclinado à esquerda, pouco contraste no traço e as serifas adnatas são as principais características. Garalde Faz referência aos tipógrafos Aldus Manutius e Claude Garamond. Assemelha-se às fontes humanistas, porém sem a inclinação na barra do “e” e com mais contraste no traço. Transicional A principal característica é a ausência de inclinação no eixo, deixando de fazer referência a escrita caligráfica e se aproximando de uma escrita mais desenhada. Uma transição para as tipografias modernas. Didone Refere-se às fontes criadas por Firmin Didot e Giambatista Bodoni, também conhecidas como Modernas. Como principais características apresentam grande contraste entre os traços e serifas abruptas. Mecanista Fontes criadas durante a Revolução Industrial, apresentando pouco ou nenhum contraste nos traços e serifas retangulares. Também são chamadas de slab serifs ou egípcias. Linear Esta categoria se refere às fontes sem serifa e foi dividida em 4 subcategorias: Grotescas, Neo-Grotescas,Geométricas e Humanistas. Script São as fontes que emulam a letra manuscrita. Incisa ou Gliphic Faz referência às fontes com aspecto de letras inscritas em pedra e em alguns casos possuem apenas caixa alta. Blackletter Corresponde às fontes góticas, com origem na Alemanha. Possuem grande contraste no traço e proporções condensadas. Também conhecidas como broken script (escrita quebrada).

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Entrelinha A distância da linha de base de uma linha tipográfica para outra é chamada de entrelinha.

XxYyZz XxYyZz Princípios básicos de entrelinhas Uma boa regra prática para os tipos de texto é acrescentar dois pontos a mais na entrelinha. Isso cria um bom nível de conforto para uma leitura prolongada. Entretanto, quando a tipografia tiver verticais fortes em relação a suas horizontais e serifas, ficará melhor com um pouco mais de entrelinhas. Uma quantidade extra de entrelinhas areja o espaço entre as linhas e permite ao olho distinguir melhor o final de uma linha do começo da seguinte. A melhor maneira de determinar quanto espaço entrelinhas você precisa para uma determinada passagem de texto é compor um bom pedaço dele com sutis variações no entrelinhas. Até mesmo um quarto de ponto pode fazer diferença.

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Evite usar!! as descendentes podem trombam com as ascendentes prejudicando legibilidade

Entrelinha positiva

Entrelinha negativa

Entrelinha de corpo

Entrelinha tem o mesmo tamanho que o corpo de texto nesse caso 19


Peso Variações de peso aplicadas a uma face determinam uma família tipográfica básica. Pesos recorrentes em uma família incluem:

Claro (light):

AaBbCc

Médio (regular):

AaBbCc

Negrito (bold):

AaBbCc

Preto (black):

AaBbCc

Um designer pode optar por usar vários pesos em um texto ou composição para realçar o ritmo ou enfatizar certas palavras ou frases.

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Crime tipográfico: Pseudo-itálico: As formas largas e dessas letras inclinadas parecem forçadas e artificiais. Pseudo-Bold: Estofada nas bordas, essas letras ficam inertes e sem brilho Pseudo-Versalete: versões encolhidas de versais são fracas e subnutridas


Famílias Romanas:

Também chamada de “regular”, é a versão normal e ereta de um tipo. É tipicamente concebida como o pai de uma família maior.

Itálicas:

AaBbCc

Versaletes:

AaBbCc

A forma itálica não é simplesmente uma versão mecanicamente inclinada da romana,

Versaletes são projetados para intregar-se às linhas de texto, onde as versais se sobressaem desajeitadamente. Eles são levemente mais altos que a altura-x das letras em caixa baixa.

Bold:

AaBbCc

Semibold:

AaBbCc

No século XX, versões bold de tipos de texto tradicionais foram criadas para satisfazer a necessidade de formas enfáticas. Famílias não serifadas normalmente incluem uma ampla gama de pesos.

O designer de tipos procura fazer versões bold similares às romanas, sem tornar sua forma geral muito pesada. Os vazios precisam permanecer claros e abertos em tamanhos pequenos

AaBbCc

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Funções da tipografia Função Comunicativa Os símbolos tipográficos são traduções da linguagem escrita para a linguagem falada e seu significado se efetiva por meio da leitura. A tipografia deve proporcionar condições para que os textos sejam legíveis e assim assegurem a comunicação. Função Construtiva A tipografia é responsável pelo desenho das letras. É a partir destas letras que palavras, frases, textos e consequentemente os materiais de comunicação são formados. A tipografia pode ser considerada a base desta construção. Função Estética As formas das letras têm como objetivo a legibilidade, mas também carregam aspectos estéticos como a sinuosidade dos acabamentos, a sutileza do contraste, entre outros atributos que lhe conferem beleza. Função Didática A tipografia contribui para a compreensão de textos sendo legível e organizando o conteúdo. Desta forma pode-se considerar que ela ajuda na transmissão de informações e na preservação da cultura de geração a geração. Função Persuasiva A tipografia busca persuadir o leitor a partir de um tipo adequado e aplicado em uma composição atrativa e legível. (ARROYO, 2005).

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Domínios Microtipografia Refere-se ao design de fontes e sinais gráficos individuais. Características: • Tipo / typeface (Garamond, Helvetica, Arial, Times, etc.); • Letra feita à mão (manuscritos ou letras desenhadas); • Tamanho do tipo (pontos); • Estilo do tipo (traçado, características); • Cor do tipo (positivo x negativo ou colorido); • Caixa alta / caixa baixa; • Capitul ares (ornamentada/colorida); • Ênfase tipográfica (sublinhado, itálico, negrito, etc.). Mesotipografia Configuração de signos gráficos em linhas e blocos de texto. Características: • Espaçamento entre letras (padrão, espaçado, reduzido, etc.); • Espaçamento entre palavras (estreito, largo, etc.); • Espaçamento entre linhas (espaço duplo/simples); • Alinhamento (à esquerda, à direita, centralizado, justificado); • Posição/direção das linhas (horizontal, vertical, diagonal, circular); • Recuos e parágrafos (tamanho dos blocos de texto, distância entre blocos).

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Macrotipografia Estrutura gráfica de todo o documento. Características: • Dispositivos de organização da informação (titulação hierárquica, numeração, índices, notas, etc.); • Mancha (tipo)gráfica (quantidade de impressão na página / uso do espaço em branco, margens); • Mistura de fontes e/ou diferentes modos de produção tipográfica (fontes caligráficas, serifadas, sem serifa, letras feitas à mão, etc.); • Agrupamento de texto, gráficos e imagens (relação imagem-texto); • Método de configuração da linguagem gráfica verbal (linear puro, linear interrompido, lista, matriz, etc.). Paratipografia Refere-se a materiais, instrumentos e técnicas de reprodução tipográfica. Características: • Qualidade material do meio (qualidade do papel ou outro suporte, espessura, formato, superfície, etc.); • Práticas de reprodução (tipo)gráfica (tecnologia utilizada para reprodução do escrito: manual; mecânica; digital; híbrida).

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Indicadores de texto A inclusão de capitulares e lides são ótimos de indicadores de início da leitura de um assunto do capítulo ou parte da publicação. Capitulares É o término tipográfico para uma letra decorada (ou decorativa), na maioria dos casos uma maiúscula, colocada no princípio de um capítulo ou de um parágrafo. As capitulares devem ser perceptíveis, equivalentes a três, quatro, cinco ou mais linhas.

Q

ui aborporis at ent volut etur, offic tem volupta con rat. Optaturem everio. Andis apicil endant lab ipsant. Ihit aditibus fuga. Dolum sus, ommoluptas audit is volorem quis quam vdolupitatur?

Lides Os lides devem ter um número consistente de palavras na primeira linha, configurados de tal forma que se destaquem do corpo do texto. Podem ser configuradas em letras maiúsculas, versaletes ou ainda em negrito. Ma volorepro et et modisto comnisserate dit, omnit quiatur solupta volupta tempore rnatent, velluptam idipsunt liquae delese volupturia earchicidel eat essi autatecum quae volorio ritiatius apelesc iendellorit, susandeles dolum, ur molorem volor sequid mo diciend andisquunt la doluptum res porit.

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Ligaduras não Se as ligaduras à corresponderem sto separação do re as do texto, use letr simples.

Uma ligadura é um caractere especial que combina duas (ou às vezes três) letras dentro do mesmo caractere. Os tipógrafos ou designers criam ligaduras porque parecem melhores do que ligar letras individualmente, e também resolve o problema de os personagens colidirem uns contra os outros quando estão unidos. Saber quando e como usar ligaduras, e quando não, é uma habilidade de composição muito importante. sem ligadura

fi

com ligadura

A ligadura mais comum é feita com a letra F: fi, fl e as vezes ff, ffi e ffl. Eles são especialmente concebidos para evitar a colisão desagradável que ocorre em algumas faces entre o “envolvimento” do “f” e o ponto no “i” ou o surgimento de “L” ou de outra de “f”.

Ligaduras fi e fl são comuns na maioria das fontes. Existem atalhos para ativá-los no software de design diferente, mas o melhor é ativar 26

Devem ser usadas ​​com cuidado (ou evitar) se ajustar o kerning geral do texto contendo essas combinações. Uma vez que uma ligadura é um caractere único, seu espaço interior não muda ao ajustar o interleter.


Tracking Nem tão folgado, nem tão apertado: O tracking deve ser ‘’apenas justo’’. Tracking se refere ao ajuste geral ou global do espaçamento das letras numa palavra, numa linha, num parágrafo ou numa passagem inteira de texto. Como em todas as demandas tipográficas, o objetivo é a consistência do aspecto do texto. Por essa razão, é sempre bom praticar o tracking com restrição, de modo que pareça haver pouca diferença entre o texto que sofreu a alteração (com tracking aberto ou fechado, conforme o caso) e o texto ao redor.

0 tracking

-30 tracking

50 tracking

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Kerning Kerning é um ajuste do espaço entre duas letras. Os caracteres do alfabeto latino foram surgindo aleatoriamente o tempo; eles nunca foram projetados com espaços mecânicos ou automáticos em mentes. Assim, algumas combinações de letras parecem desajeitadas se o espaço entre elas não for ajustado. Os vazios, por exemplo, aparecem em torno de letras cujas formas abrem-se em ângulo ou emolduram um espaço aberto (L,T,V,W,Y).Nas fontes digitais usadas atualmente, o espaço entre diferentes combinações de letras é especificado por uma tabela de pares de kerning criada pelo designer de tipos, que define espaços entre combinações problemáticas. Quando está trabalhando num programa de layout de página, o designer pode escolher entre usar o kerning métrico ou o óptico, bem como ajustar o espaço das letras manualmente, quando desejável.

Kerning métrico: Usa as tabelas de kerning embutidas na fonte. Quando você usa o kerning métrico no seu programa de editoração, você está usando o espaço entre letras que foi previsto pelo designer de tipos. O kerning métrico é visualmente agradável, especialmente em pequenos tamanhos. Novas fontes baratas geralmente têm pouco ou não têm absolutamente kerning embutido e demandarão o uso de um kerning óptico.

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Kerning óptico: É usado automaticamente pelo programa de composição. Em vez de utilizar os pares definidos na tabela de kerning da fonte, o kerning óptico acessa as formas de todos os caracteres e ajusta o espaçamento onde for necessário. Alguns designers gráficos aplicam o kerning óptico aos títulos e o kerning métrico ao texto. Você pode tornar esse processo eficiente e consistente definindo o kerning de cada estilo de caractere.

Kerning em títulos: Diferenças sutis entre kerning métrico e o óptico se tornam mais evidentes em tamanhos maiores. A maioria dos problemas ocorre entre letras maiúsculas e minúsculas. O espaçamento entre H/a, T/a e T/o melhora com kérning óptico. O kerning óptico, aplicado aqui no InDesign, criou espaçamento mais apertado para texto grande e mais solto para texto pequeno. Veja ambos os efeitos antes de escolher um método de kerning.

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Legibilidade e leiturabilidade Definições Legibilidade diz respeito ao rápido reconhecimento, sendo relacionada a textos curtos e,assim, ao design de tipos. É o termo usado quando estivermos discutindo a clareza de caracteres isolados. Refere-se à percepção, e sua medida é a velocidade com que um caractere pode ser reconhecido. Leiturabilidade refere-se à facilidade de ler textos extensos, asso cia-se, portanto, ao arranjo dos tipos. Descreve uma qualidade de conforto visual. Refere-se à compreensão, e sua medida é a quantidade de tempo que um leitor pode dedicar a um segmento de texto sem cansar.” É importante saber O que vai ser lido (volume de texto) Por que vai ser lido (entretenimento, informação, instrução?) Quem vai ler (idade, escolaridade, cultura) Onde e em que será lido (impresso, digital, tipo de publicação) Quando será lido (ambiente, circunstâncias) Também ponderar o quanto é importante garantir a legibilidade e até onde as normas devem respeitadas.

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Tamanho do tipo: Cyril Burt, propõe que seja considerada a idade média do público estabelecendo a relação entre a faixa etária e o tamanho do tipo do texto.


Tipografia e cor A ‘’cor’’ do texto Em termos tipográficos, a palavra cor significa algo muito diferente do significado usual: é a densidade ou peso tonal do texto como uma textura cinza na página. Todos os bons designers tipográficos têm como objetivo criar uma textura uniforme ou suave. Não deve haver áreas de texto que sobressaiam, seja pelo fato de terem muitas lacunas (folgadas demais) ou excessivamente densas (apertadas demais). Irregularidades na cor tipográfica podem ocorrer por causa de linhas com palavras muito longas, comprimento de linhas muito curtas porque um tracking muito forçado foi aplicado ou, então, alguma combinação dessas situações.

Diferença da cor do texto

Temquidel excepra vent, aspe exceres tectamus dolent, sequi iustionesti nus mi, ullabor erferferum ex etur? Ustis coreratibus.Tet estio ipienimod que erisquia sum liquamendae Temquidel excepra vent, aspe exceres tectamus dolent, sequi iustionesti nus mi, ullabor erferferum ex etur? Ustis coreratibus.Tet estio ipienimod que erisquia sum liquamendae

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Hierarquia Sistematizando a hierarquia Quando um documento tiver uma hierarquia repetitiva, um atributo importante do design é torná-la clara para o leitor. O truque é fazer com que o sistema funcione em todas as situações possíveis dentro do documento. O designer deve avaliar todo o texto e identificar os cenários mais complicados (normalmente em termos de comprimento) para criar uma hierarquia sistematicamente coesa.

Sem hierarquia

O conteúdo é o terceiro na ordem da leitura e por ter mais informações e detalhes o tamanho do texto é menor. Quem chegou até aqui é porque realmente se interessou pelo Conteúdo

Com hierarquia

O conteúdo é o terceiro na ordem da leitura e por ter mais informações e detalhes o tamanho do texto é menor. Quem chegou até aqui é porque realmente se interessou pelo Conteúdo

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Formas mais pesadas podem suplantar posições e tamanhos como uma determinante de hierarquia; entretanto, a hierarquia tipográfica é relativa e, portanto, depende da relação Peso x Tamanho.


Combinação dos tipos Quando misturam tipos na mesma linha, os designers costumam ajustar o tamanho do corpo de maneira que as alturas-x fiquem alinhadas.Quando dispõem os tipos em linhas separadas, em geral faz sentido acentuar as diferenças de escala e também de estilo ou peso. Tente combinar tipos grandes, claros.

A tipografia é uma arte Combinação dentro da mesma família

A tipografia é uma arte Combinação de tipos de famílias diferentes

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Contraste Os princípios do design gráfico aplicam-se diretamente à tipografia. A combinação entre esses contrastes simples produz diversas variações: pequeno+orgânico/grande+mecânico; poucos+negrito/muitos+claro etc. O acréscimo de cores aumenta ainda mais as possibilidades (isto é, preto/vermelho)

Usar caixa alta algumas vezes (não exagere) faz surgir um

CONTRASTE

Você presta mais atenção na primeira parte do texto do que nesta né?

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Tipo claro sobre fundo escuro parece ligeiramente mais pequeno que o inverso.


Display e texto Fontes para Texto • Priorizam a legibilidade • Tem proporções e formas mais tradicionais para serem facilmente reconhecidas. • Precisam apresentar caixa-alta e baixa. • É recomendável que pertençam a uma • família com no mínimo 3 variações de peso. • Precisam ser lidas em tamanhos pequenos (mínimo 6 pt).

Times New Roman Sequiatiusda quia core volut eatur sit quis sum comnimu sciissum renes dolorio omnis millorerum volutest ute quae rem imet aut am sam, con nus.Daesciist lit, idus idelibus, conse veruntis mostrum evellor eseque.

Source Sans Sequiatiusda quia core volut eatur sit quis sum comnimu sciissum renes dolorio omnis millorerum volutest ute quae rem imet aut am sam, con nus. Daesciist lit, idus idelibus, conse veruntis mostrum evellor;

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Fontes Display • • • • •

Priorizam a expressão Podem ter proporções e formas diferenciadas, destacando-se do texto. Podem ter apenas caixa-alta. Não precisam pertencer a uma família, muitas vezes são fon tes isoladas. • Mais adequadas para tamanhos grandes (menos de 18 pt). • Não utilizar demasiados tipos diferentes ao mesmo tempo. • Evitar combinar tipos que têm um aspecto muito semelhante.

FONTE DISPLAY

Fonte Display

Fonte Display 36


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Referências GRUSZYNSKI, Ana Cláudia. Design Gráfico: do invisível ao ilegível. São Paulo: Rosari, 2008. LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes. São Paulo: Cosac Naify, 2013 COLES, Stephen. The Anatomy of Type: A Graphic Guide to 100 Typefaces. Nova York: Quid Publishing, 2012. CHILDERS, Taylor; GRISCTI, Jessica; LEBEN, Liberty. 25 Systems for Classifying Typography: A Study in Naming Frequency. New York: Parsons Jornaul for Information Mapping volume V issue 1, 2013. SALTZ, Ina. 100 Fundamentos do Design com Tipos. São Paulo: Blucher, 2010.

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Esse guia ĂŠ para vocĂŞ, designer que estuda, trabalha e faz estĂĄgio, que entra em correria dos prazos, pesquisas e freelas, nunca falta tempo para esse cafezinho que salva. Em homenagem a todo o tempo dedicado aos corre, brindamos com mais um cafezinho.

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