Cadernos Negros volume 39 - Autores e autoras

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Cadernos Negros volume 39 poemas afro-brasileiros

Autores e Autoras


Autores e Autoras

Adegmar Candiero

Nasceu em Goioerê, PR, e mora há 40 anos em Curitiba. É amante da capoeira angola, músico e estudante de Ciências Políticas. É idealizador e fundador do Centro Cultural Humaita — Centro de Estudo e Pesquisa da Arte e Cultura Afrobrasileira, cuja missão é valorizar e dar visibilidade à presença negra no Paraná. Atua como conselheiro municipal e estadual de políticas de promoção da igualdade racial e no Conselho Nacional de Políticas Culturais, representando o Setorial de Culturas Afro-brasileiras no conselho pleno. É membro da Feira do Poeta e do Centro Paranaense de Letras. Levando em conta o ditado africano que diz que “enquanto os leões não contarem sua história, prevalecerá a versão dos caçadores”, Adegmar afirma: “Resolvemos começar a contar nossa história a partir da nossa realidade local. Percebemos que as estantes paranistas e os escritores paranaenses em geral não contemplam a presença negra. Nossa principal publicação talvez seja a ‘crônica para a alma negra curitibana’, intitulada Almas das Ruas, pois foi ela quem nos rendeu a nomeação para o Centro de Letras do Paraná”. 275


Cadernos Negros • volume 39 • Poemas Afro-Brasileiros

Alessandra Sampaio

Nasceu em Feira de Santana, BA, em 19 de junho de 1971. É graduada em Letras (Inglês) na UEFS — Universidade Estadual de Feira de Santana, e pós–graduada em Estudos Literários na mesma instituição. Atualmente reside em Salvador. É casada e considera sua filha Lindiwe Onawale seu poema mais sublime. Atua como professora de Língua Portuguesa da rede estadual de educação da Bahia e da rede municipal de Camaçari, BA. Seu interesse pela literatura se deu na infância, a partir das histórias infantis lidas por seus pais Antonio e Angelina. Esse interesse foi se aprofundando ao longo da sua caminhada acadêmica e culminou no encontro com as águas da literatura negra, elemento fundamental para a construção da sua identidade. É membro da coordenação da Quartinhas de Aruá, evento literário que acontece esporadicamente em Salvador.

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Autores e Autoras

Ana Fátima

Ana Fátima dos Santos nasceu em Salvador, BA, onde vive. No caminhar de mulher, negra, candomblecista e educadora, vê na literatura um sentido para a vida. Graduou-se em Letras pela Universidade do Estado da Bahia, é mestra pelo Programa de Pós-graduação em Crítica Cultural (UNEB/Campus II), desenvolvendo pesquisa sobre livros didáticos e educação escolar quilombola. Realiza trabalhos sobre contos e poemas de autores afro-brasileiros. Publicou anteriormente nos Cadernos Negros volumes 37 (poemas, 2014) e 38 (contos, 2015); foi premiada pelo 2º Concurso Literário de São Francisco Xavier (2014) e pelo 5º Concurso Literário Pague Menos (julho de 2016), ambos na categoria poesia; participou da antologia poética Mulher Poesia (2016), lançada pela Editora Cogito.

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Anita Canavarro

Anna Canavarro Benite, seu nome de registro, é carioca, e como boa filha de Iyatogun forja a vida em batalhas. Doutora em Ciências, tem palestrado e ministrado cursos, há dez anos, sobre descolonização do currículo de Ciências em várias universidades e escolas do país. Professora na Universidade Federal de Goiás, onde coordena o coletivo Negro CIATA, e ativista da cultura negra brasileira, é militante do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado. Também integra o Coletivo Ogum´s Toques Negros. Começou a publicar seus escritos depois de sua experiência no roncó. É uma das autoras do livro Além dos Quartos: Coletânea Erótica Negra Louva Deusas.

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Autores e Autoras

Aretusa dos Santos

Aretusa Porcionato dos Santos, paranaense, nasceu em 1982. Licenciada em Matemática, estudou Educação Especial Inclusiva e cursou Arquitetura e Urbanismo. Atualmente é mestranda em Ensino de Ciências Ambientais na UFPR Litoral.

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Benício dos Santos Santos

É funcionário público, historiador de formação, pesquisador, coordenador de projetos educativos em Salvador, BA, e admirador de textos escritos por autores(as) negros(as). A literatura para ele está em todos os lugares, fortalecendo a memória do povo negro e de sua ancestralidade. Tem poemas publicados nos volumes 37 e 38 de Cadernos Negros.

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Autores e Autoras

Bruno Gabiru

Nasceu dias após a soltura de Nelson Mandela, em fevereiro de 1990, em São Paulo, SP, onde vive até o momento. É poeta, escritor, artista plástico e atualmente está cursando Artes Visuais. Gosta de garimpar, constantemente, títulos em sebos e livrarias espalhadas pela cidade em busca de antigos/as e novos/as escritores/as para se banhar no imenso rio da literatura negra, seja ela feita no Brasil ou na diáspora. Publica alguns de seus trabalhos em sua página no facebook: https:// www.facebook.com/gabiru.negrart.

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Cláudia Gomes

Cláudia dos Santos Gomes nasceu na cidade de Salvador, BA, em 1970. Filha de Maria Felicidade dos Santos e Eunildo Ferreira Gomes, tem três filhos e reside em Feira de Santana. É professora da rede pública de ensino e da rede particular. É graduada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS); especializada em Língua Portuguesa (UEFS) e Gestão Escolar (UFBA). Atualmente, é mestranda do curso do PROFLETRAS (UNEB) e pesquisadora da literatura afro-brasileira. Acredita que a literatura liberta as vozes silenciadas, aborta as dores e possibilita sonhar com um mundo mais igualitário e justo.

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Autores e Autoras

Cristiane Mare

Cristiane Mare da Silva é mestra pela PUC/SP em História Social. Escreveu a dissertação A Poética da Esperança: Sentidos Políticos nas Memórias de Nelson Mandela. Graduou-se em Letras (Português-Espanhol) em 2006, pela Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná). No período de 2007-2009 realizou estudos complementares na área de estudos literários e hispano-americanos na UNA (Universidad Nacional de Asunción). Atua como pesquisadora associada no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade do Estado de Santa Catarina e no grupo de estudos Cecafro da PUC/SP. Tradutora de espanhol da Revista da ABPN, trabalha com a formação de professores para a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) e para um espaço escolar plural. Para ela, literatura é o modo de expressão que nos permite documentar experiências não hegemônicas, o modo singular de expressar nossas dores, angústias, sofrimentos e esperanças.

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Cuti

Cuti é pseudônimo de Luiz Silva. Nasceu em Ourinhos, SP. Formou-se em Letras (Português-Francês) na Universidade de São Paulo, em 1980. É mestre em Teoria da Literatura (1999) e doutor em Literatura Brasileira (2005), pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Foi um dos fundadores e membro do Quilombhoje-Literatura de 1983 a 1994 e um dos criadores e mantenedores dos Cadernos Negros de 1978 a 1993, série na qual publicou seus poemas e contos em 38 dos 39 volumes lançados até 2016. Tem também publicado diversos textos em outras antologias, incluindo ensaios. É autor dos livros Kizomba de Vento e Nuvem, de 2013, e de Contos Escolhidos, coletânea publicada em 2016, dentre diversos outros.

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Autores e Autoras

Dirce Prado

Nasceu em Adamantina, SP, e reside atualmente em Limeira, SP. Possui habilitação profissional em Pedagogia, Artes e Letras (Português e Inglês). É pós-graduada em Psicopedagogia e Docência na educação superior. É mestra em educação na aplicabilidade de conteúdos étnico-raciais, através do Centro Universitário Salesiano de São Paulo. Trabalha com formação de professores quanto à temática negra. Atua também como professora de educação nos níveis Infantil, Fundamental I/II e Ensino Médio. É escritora e membro efetivo da Academia Limeirense de Letras — SP (ALLe). Integrante do movimento negro, publicou os livros Identidade Negra (poesias, 2006) e Realidade e Não Sonho (conto infantil, 2007).

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Edson Robson

Edson Robson Alves dos Santos é natural de São Paulo, SP. Advogado, casado, militante do movimento negro, capoeirista, é filho de Maria da Glória Alves dos Santos (Lusthosa — Feira de Santana, BA) e de Durvaltércio Alves dos Santos (Mestre Bolinha — Vitória, ES). É responsável pela Coordenadoria da Igualdade Racial da Prefeitura Municipal de Carapicuíba, Presidente do Conselho da Igualdade Racial de Carapicuíba, Presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB/Osasco — 56ª Subseção/SP. Através da influência de seu pai, que fazia parte do Teatro Popular Brasileiro, na década de 1950, em Duque de Caxias, RJ, dirigido pelo saudoso, poeta, escritor, teatrólogo, artista, Francisco Solano Trindade, Edson passou a valorizar a cultura negra. Acredita que a literatura tem o poder de transformar as pessoas, tornando-as protagonistas das próprias histórias, e que a poesia deve ser um instrumento de conscientização e libertação! Participou de diversos volumes de Cadernos Negros e da antologia O Negro em Versos, da Editora Moderna.

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Autores e Autoras

Eliana Alves Cruz

Eliana é uma jornalista carioca que tirou a escritora do armário, depois de passar a vida pesquisando e cinco anos escrevendo sobre a história da própria família. Trabalha viajando o mundo, cobrindo a área de esportes, como chefe do departamento de imprensa da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos e como vice-presidente do comitê de mídia da Federação Internacional. Já foram 42 países. E ao mesmo tempo que vai conhecendo outros mundos, também mergulha em suas próprias origens, na essência que a formou. Sempre foi leitora e sentia falta de saber sobre as histórias reais, as histórias da vida negra cotidiana, existente ao longo dos séculos, nesta diáspora da qual fazemos parte. Poucas coisas via nesse sentido, foi então que se aventurou, se apaixonou, e as palavras não deixaram mais de brotar. Sua história familiar romanceada rendeu-lhe o primeiro lugar no I Prêmio Oliveira Silveira, da Fundação Cultural Palmares, em 2015.

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Esmeralda Ribeiro

Esmeralda Ribeiro é jornalista, escritora e pesquisadora da literatura afro-brasileira. É integrante, desde 1982, do Quilombhoje Literatura, grupo de escritores afro-brasileiros sediado em São Paulo. Tem trabalhos publicados em 35 antologias no Brasil e no exterior. Sua atuação no sentido de incentivar a participação da mulher negra na literatura tem sido constante. Apesar de não ser uma das fundadoras da série Cadernos Negros ou do grupo Quilombhoje, há mais de vinte anos tem, juntamente com Márcio Barbosa, organizado e editado a série e coordenado o grupo, dois projetos que têm tido resultados gratificantes. Idealizou, junto com Vera Lúcia Barbosa, o “Sarau Afro Mix”, evento multimídia com minipalestra, roda de poesia e performance de dança. Também com Márcio concebeu o “Xirê de Palavra & Poesia Afro”, com palestras sobre a literatura afro-brasileira e declamações de poemas destinadas a crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares. É autora do livro Malungos & Milongas (conto) e coautora do livro Gostando Mais de Nós Mesmos, sobre autoestima e questão racial, dentre outros. 288


Autores e Autoras

Fausto Antônio

É atualmente professor efetivo da UNILAB — Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira — São Francisco do Conde, BA. É doutor em Teoria Literária e História da Literatura pela Universidade Estadual de Campinas (2005). É escritor e autor, entre outros, dos livros (prosa) Exumos, Vaníssima Senhora, Descalvado e Vinte Anos de Prosa; (poesia) Fala de Pedra e Pedra, Linhagem de Pedra, Outra Pessoa, Elegia de Descalvado e Vinte Anos de Poesia; (teatro) De que Valem os Portões, Arthur Bispo do Rosário, o Rei, Rutília e Estamira e Patuá de Palavras. Produção no gênero poesia erótica: Antologia da Poesia Negro-brasileira Erótica. Pretumel de Chama e Gozo, organizada por Akins Kintê e Cuti (2015). Em termos de prosa infanto-juvenil, publicou “No Reino da Carapinha” em Memórias de Baobá II, organizado por Adilbênia Freire Machado, Maria Kellynia Farias Alves e Sandra Haydée Petit (2015).

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Fernando Gonzaga

É observador do cotidiano do povo negro, e é aí que tem origem a maioria dos seus escritos. Nasceu no centro da cidade de Salvador, BA. É bacharel em Ciências Econômicas, especialista em Docência do Ensino Superior, possui formação continuada em Literatura Negra para Enegrecer os Modos de Saber e é participante do Quilomboletras-BA. Sua escrita é fruto dos seus ancestrais, das percepções que encontra e que o circundam no presente e do que o autor prospecta para um futuro digno da população negra. Isso tudo o fortalece e inspira, fazendo-o acreditar na escrita como voz ancestral e ao mesmo tempo contemporânea do ser. Participou do livro Cadernos Negros Volume 37 – Poemas Afro-brasileiros.

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Autores e Autoras

Góes

Góes mora na Cidade Tiradentes, zona leste da cidade de São Paulo. Graduado em Letras pela PUC-SP, militante do Coletivo Força Ativa, ajudou na construção da biblioteca comunitária Solano Trindade em Cidade Tiradentes e faz parte da organização do Sarau da Resistência Preta. Possui o blog LetraPreta, onde publica seus textos. Para ele, a literatura é uma forma de ler o mundo de modo poético e simples. Considera que por meio da escrita literária pode-se captar a vida — que é dura — de forma bela e crítica.

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Guellwaar Adún

Foto: Antonio Guerra

Guellwaar Adún não engrossa as estatísticas. Marcus Gonçalves da Silva, nome de batismo, é integrante de uma família negra baiana, do bairro Lobato, em Salvador. Pelas circunstâncias da vida nasce no Rio de Janeiro, cidade linda, mas nem sempre maravilhosa para uma família negra e nordestina. Por lá permanece até os 17 anos, quando volta para a Bahia da memória e gênese de sua mãe, terra dos seus ancestrais diaspóricos. Subindo e descendo ladeiras de Salvador, conheceu o bloco afro Ilê Aiyê, do qual se tornou compositor e onde fez história ganhando três vezes o Festival de Música Negra daquela organização. A cor saruaba de sua pele nunca o fez duvidar sobre quem era. Os policiais, portas automáticas de banco e as “meninas” da Boticário não permitiriam essa sandice. Suas palavras são certeiras como a flecha de Odé, duras como o agadá de Ogum, mas, também, podem nos direcionar a infinitos caminhos, como os tantos braços que o rio pode criar. É coorganizador da antologia Ogum’s Toques. Tem site literário: https://ogumstoques.wordpress.com.

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Autores e Autoras

Ibeji Sisin

Ibeji (Romildo José dos Santos) é cangaibense e viveu a maior parte da vida na zona leste de São Paulo, SP. Seu sonho era ser jornalista, e acabou se formando em Letras/Francês pela Universidade São Judas Tadeu. Não atuou na área educacional, e acabou se aprimorando na área de informática e se aposentando na área bancária. Resolveu voltar a estudar e acaba de terminar a pós-graduação em Sociopsicologia na FESPSP. Para ele, literatura é a possibilidade de estabelecermos conexões históricas, psicológicas e sociais. Sempre acompanhou os Cadernos Negros, desde os primeiros volumes, e todos os escritores foram importantes para ampliar suas convicções de resistência, seja nos contos ou nos poemas.

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João Romualdo

João Batista Romualdo Alves é mestre em Letras/Literatura pela Universidade Estadual do Piauí, professor de Língua Portuguesa nas cidades de Pedro II (SEDUC), Piripiri (SEDUC) e Piracuruca (UFPI-UAB). Natural e residente na cidade de Pedro II, PI, vê a literatura como um suplemento para a vida, uma chave que destranca as portas das aparências, um caminho formado de ideias, idas e vindas, é atemporal. João Romualdo possui artigos publicados em anais de eventos, também no livro Diálogos de Gênero e Representações Literárias, organizado por Algemira de Macêdo Mendes e Jurema da Silva Araújo em 2012, e tem colaborado no processo de avaliação de textos da série Cadernos Negros.

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Autores e Autoras

Jocelia Fonseca

Mulher negra, mãe poeta, nasceu às margens do Rio São Francisco em Juazeiro, BA, onde iniciou seu fazer políticopoético e em artes cênicas. Mora em Salvador desde 1997, quando se apaixonou pela paisagem marítima, e não nega sua identificação com a cidade mais negra fora do continente africano. É graduada em Letras e graduanda em Direito. Desde 1999 é integrante do Importuno Poético, grupo que atua cotidianamente com performances músico-poético-teatrais femininas. Para ela, literatura é momento íntimo, diálogo intelecto-espírito e toda percepção ao redor. O ato de escrever é relação de amor com a posteridade. Publicou o livro Importuno Poético, com Cléa Barbosa e Lutigarde Oliveira, em 2012.

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Jovina Souza

Nasceu no estado da Bahia e mora atualmente em Salvador, onde graduou-se em Letras Vernáculas pela UFBA. Durante o curso, escolheu concentrar seus estudos em Literatura Brasileira e Teoria Literária, especializando-se em Estudos Literários. Mais tarde, concluiu o mestrado em Teoria e Crítica da Cultura e da Literatura. Atualmente, dedica-se a escrever poemas, contos e textos acadêmicos. Além disso, Jovina Souza tem uma longa trajetória como criadora e professora de projetos identitários destinados à elevação da autoestima de negros e negras de todas as idades, à formação de intelectuais negros e à preparação de professores, capacitando-os para ensinar os conteúdos previstos na lei 10.639. A poeta faz esse trabalho por meio de cursos, oficinas e palestras em escolas públicas e universidades. Seu primeiro livro, intitulado Agdá, foi publicado em 2012.

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Autores e Autoras

Jovina Teodoro

Nascida em Formosa, Goiás, morou em Brasília desde o início da Capital. Enfermeira aposentada do Ministério da Saúde, afirma que atualmente dedica-se a viver a vida lindamente: curtindo os netos, sonhando, lendo e, ante uma provocação estimulante como esta dos Cadernos Negros, escrevendo algumas coisas. Publicou os livros Vertentes e Lançamentos & Entregas.

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Júlia Cristina Costa

Tem 26 anos, é natural de João Monlevade, MG, e atualmente mora em Viçosa, MG, onde cursa Geografia na Universidade Federal de Viçosa. É integrante do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) e educadora do cursinho popular DCE/UFV, onde foi educanda em 2014. Faz parte do movimento negro de Viçosa e busca, por meio da poesia, combater o racismo.

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Autores e Autoras

Juliana Costa

Juliana Costa nasceu em 1990 na cidade de João Monlevade, MG. Desde 2014 publica anualmente na série Cadernos Negros e é colunista satírica do Blog Ecos da Periferia, onde escreve a coletânea de textos intitulada “O Castelo Acadêmico”. Graduou-se em Letras/Literaturas na Universidade Federal de Viçosa. Atualmente é mestranda em Estudos Literários na Universidade Federal de Juiz de Fora, cidade na qual reside. Considera a literatura um instrumento simbólico de luta e reflexão sobre o nosso lugar no mundo.

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Kasabuvu

Funcionário público municipal nascido em Santos, mora em Sorocaba. Faz pesquisas sobre cultura negra. Considera que a literatura, entre outras coisas, pode ser a expressão de mudanças. Tem nove participações na série Cadernos Negros, além de participar de saraus e realizar exposições de textos pelo Brasil.

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Autores e Autoras

Lande Onawale

Lande M. Munzanzu Onawale (Reinaldo S. Sampaio) nasceu em Salvador, BA. Desde 1996, tem publicado poemas e contos em antologias diversas no Brasil e exterior. Lançou, em 2003, seu primeiro livro de poemas, O Vento, e, em 2011, o segundo, bilíngue, Kalunga – Poemas de um Mar Sem Fim/Poems of an Infinite Sea, ambos em edição do autor. Ainda em 2011, lançou seu primeiro livro de contos, Sete — Diásporas Íntimas, pela Mazza Edições, livro adotado pelo Ministério da Educação (PNBE) para uso no Ensino Médio. Entre as antologias, ele destaca os Cadernos Negros, onde primeiro publicou em livro, como uma das mais regulares e longevas publicações literárias das Américas. Prepara um segundo livro de contos e um terceiro de poemas. Para ele a literatura é a possibilidade de inventar e reinventar caminhos intelectuais, afetivos, ancestrais, para cada leitor ou leitora, colocar estes caminhos à sua disposição e, a partir desse diálogo, promover o progresso humano e, sobretudo, fortalecer o povo preto como protagonista desse progresso.

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Cadernos Negros • volume 39 • Poemas Afro-Brasileiros

Lepê Correia

Nasceu em Recife, PE, e vive em Olinda. É graduado em Comunicação Social pela UFPE; em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda – FACHO; pós-graduado em História pela UFPE; mestre em Literatura e Interculturalidade pela UEPB. Professor da rede estadual de ensino é, ainda, Abòrisá, radialista, ator. Tem curso de atualização em formação em História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em Sala de Aula, pela Faculdade São Miguel/SEEC-PE. É autor do livro de poemas Caxinguelê, dentre outros.

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Autores e Autoras

Louise Queiroz

É mulher preta e lésbica, filha de Oxum com Iemanjá. Nascida e criada em Salvador, é estudante de Letras na Universidade Federal da Bahia. Considera que encontrou no seio da literatura força para ressignificar o seu olhar forjado, manchado pela triste imposição eurocentrada. E é quando deita seus olhos na palma das palavras que se torna resistência. Tem fé na palavra preta e é através dela que busca tecer empoderamento e reconhecimento nas vidas que a leem. Afirma que passou anos tentando enxergar um pouco de si nos pequenos espaços em que achava que deveria caber e nunca coube. Quando se reconheceu como mulher preta, descobriu que é transbordamento. Escreve para romper represas.

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Luís ‘Aseokaýnha’

Luís Carlos nasceu em Senhora dos Remédios, MG. Aprendeu a ler e escrever em Dores de Campos, MG. Reside em Salvador, BA, desde 1984. Trabalha com aviação civil e edita poesias em site próprio na Internet: (http://recantodasletras.uol.com.br/autores/luisdeoliveira). Vem publicando em Cadernos Negros por dez edições. Adota a alcunha “Aseokaynha”, que em tupi significa “céu da boca”. Para ele, literatura é isto: busca e encontro de identidades.

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Autores e Autoras

Nana Martins

Nana Martins (Silvana Martins) atualmente mora em uma ilha chamada Florianópolis. Estuda feminismo negro e literatura afro-diaspórica de língua portuguesa no mestrado da UFSC. Graduou-se em curso de Letras (Português-Francês) pela Universidade Estadual de Londrina. Professora de Língua Portuguesa, atua em escola pública, ministrando cursos e oficinas sobre a questão racial. Membra do coletivo Pretas em Desterro e administradora do blog: http://desventurasdeumaafrodescendente.blogspot.com.br. Coorganizou o livro Uma Escola, Muitas Histórias (org.: Regina Celi Gonçalves Pinto, Sandreli Gaioti Nery e Silvana Martins dos Santos). Americana: Adonis, 2013 (memórias). Tem poemas e contos publicados nos Cadernos Negros.

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Negranória d’Oxum

Negranória d’Oxum (Maria Anória) saiu de São Sebastião do Passé, aos 18 anos, e foi para Salvador, sozinha, onde afirma que travou grandes embates internos e externos a cada amanhecer. Depois, na cidade de São Paulo, recebeu a calorosa acolhida do NEAFRO, na PUC-SP, onde, relata, tornou-se negra aos 21 anos. Na PUC, cursou Letras e especialização em Literatura, com temática no campo das relações étnico-raciais, em 1996. Como docente, ingressou na UNEB em 1998. Negros personagens a motivaram. Concluiu o mestrado (2003/UNEB), o doutorado (2010/UFPB) e, recentemente, um pós-doutorado (Letras) sobre os personagens negros crianças e jovens no Brasil, em Angola e em Moçambique. É docente do mestrado em Crítica Cultural (UNEB). Tem um livro intitulado Áfricas e Diásporas na Literatura Infantil e Juvenil Afro-brasileira e Africana (Editora da UNEB, 2014). Na Bahia fundou, em parceria com outras pessoas, o Quilombo Negro de Leitores.

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Autores e Autoras

Pretta Val

Valderês de Oliveira Moraes prefere ser chamada apenas de Pretta Val. Encontra-se nas cercanias do meio século de existência. Diz que, graças aos incentivos de sua mãe, todos em sua casa sempre saborearam poesia como uma iguaria que apenas as mentes mágicas eram capazes de produzir. O turbilhão que sempre envolveu a vida desta paulistana, nascida na Vila Mariana, cuja infância, adolescência e juventude foram vividas no bairro da Pompeia, não lhe permitia sonhar com a possibilidade de transformar em versos seus sentimentos, desejos, fantasias, ansiedades, dores e amores de mulher negra. Mesmo sem perceber, tudo isso fervilhava dentro dela com avidez de tonitruar mundo afora. A poesia, porém, a escolheu para companheira numa curva da estrada, quando se abria a porta de entrada do século XXI. Ela diz que nunca mais se separaram nem haverão de se separar.

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Sergio Ballouk

Sergio Ballouk nasceu em São Paulo e foi criado na Vila Guilherme, nos bons tempos das lagoas e campos de várzea. Formado em Publicidade e Propaganda pela Cásper Líbero, com pós-graduação em Gestão Pública pela UMC, é autor dos livros Enquanto o Tambor não Chama (poemas) e Casa de Portugal (contos), lançado em 2016. Desde 2005 tem contos e poemas publicados nos Cadernos Negros. Blog pessoal: sergioballouk.blogspot.com

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Autores e Autoras

Urânia Munzanzu

Foto: Léo Azevedo

Urânia Munzanzu (Urânia de O. Rodrigues), filha de Sonia e Werico, é realizadora, jornalista e poeta. Soteropolitana, iniciou sua carreira nos anos 80 no Grupo Cultural Olodum, organização que levou a música negra dos blocos afros para o mundo. Seu trabalho se destaca por contribuições importantes em coletivos cujo foco é a afirmação e valorização da mulher negra: fundadora da Didá Escola de Música — projeto idealizado pelo Maestro Neguinho do Samba —, coordenadora da Quartinhas de Aruá — encontros de literatura negra em movimento. É consultora e pesquisadora do livro Mulheres Negras do Brasil, publicação que ganhou Prêmio Jabuti de Ciências Humanas (2008). No cinema, seu projeto mais novo é Rotas da Liberdade, série documental sobre o encontro de ativistas negros da diáspora com a Mãe África. Atualmente se dedica à escrita de memórias sobre sua infância no bairro do Pelourinho, local onde nasceu.

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William Augusto

William Augusto Pereira leciona Filosofia e História. Escreve, desde 1994, histórias infantis e poesia. Considera que herdou de seu pai, poeta Leônidas Augusto Pereira, o dom de escrever. Participou das publicações do “DN-infantil”, do Diário do Nordeste. Atualmente “está” presidente da Associação Nação Iracema. É militante do movimento negro, membro efetivo da Comissão Cearense de Folclore, do Fórum de Cultura Popular Tradicional e coordenador de formação do Fórum da Economia do Negro. Na literatura, acredita que a informação, a leitura, o conhecimento são parte de cada ser vivente. Acredita em uma revolução da mente a partir disso.

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