Dr. Urubu e outras Fábulas

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LIVRO DE FERREIRA GULLAR DR URUBU E OUTRAS Fテ。ULAS


Autor •

José Ribamar Ferreira nasceu em São Luis –MA em 10/09/1930 ,é um poeta crítico de arte , memorialista e ensaísta brasileiro .Atualmente ,morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesiaconcreta , sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950. Começa a construir o Museu de Arte Popular e abandona a vanguarda. Sai da fundação em outubro.1962 - Ao ingressar no Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gullar assume um trabalho mais engajado politicamente, publicando cordéis inclusive. Trabalha como redator na sucursal carioca de "O Estado de São Paulo", jornal ao qual estaria ligado por quase 30 anos.Em 1968 - Sua peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua glória", escrita com Dias Gomes, é montada pelo Opinião no Rio. Em dezembro é assinado o Ato Institucional nº 5 e Gullar é preso. 1971 - Seu pai morre em São Luís. Após um longo período vivendo na clandestinidade, Gullar parte para o exílio, primeiro em Moscou e depois em Santiago, Lima e Buenos Aires. Enquanto mora fora do país, colabora para "O Pasquim", "Opinião" e outros jornais usando o pseudônimo de Frederico Marques.1974 - É absolvido pelo Supremo Tribunal Federal da acusação de pertencer ao Comitê Cultural do Partido Comunista Brasileiro.1976 - A editora Civilização Brasileira finalmente publica "Poema sujo", lançado no Rio sem a presença de Gullar. Artistas e intelectuais tentam obter dos militares garantias para que ele possa voltar ao Brasil.1977 -

No dia 10 de março, Gullar volta ao Brasil, mas é preso no dia seguinte pelo Departamento de Polícia Política e Social (ex-Dops), onde é interrogado durante 72 horas e ouve a ameaça de que seu filho Paulo (então em tratamento psiquiátrico) pode ser seqüestrado. Graças ao esforço de amigos, consegue ser libertado e, aos poucos, retoma o trabalho no país. Pela primeira vez, um livro seu é traduzido para outro idioma: "La lucha corporal y otros incendios" é publicado em Caracas. 1994 - Durante a Feira do Livro de Frankfurt, conhece a poetisa Cláudia Ahimsa, sua atual companheira.1997 - Gullar publica "Cidades inventadas", ficção.1998 Publica "Rabo de foguete - Os anos de exílio", livro de memórias, e é homenageado no 29º Festival Internacional de Poesia de Roterdã, na Holanda.1999 - Lança o livro "Muitas vozes" e ganha o Prêmio Jabuti na categoria poesia. Obtém também o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional.2000 - A exposição "Ferreira Gullar 70 anos" é aberta em setembro no Museu de Arte Moderna do Rio para marcar o aniversário do poeta. A editora José Olympio lança a nona edição de "Toda poesia", reunião atualizada de todos os poemas de Gullar. Ele recebe o prêmio Multicultural 2000, do jornal "O Estado de São Paulo". No final do ano, lança "Um gato chamado Gatinho ", 17 poemas sobre seu felino escritos para crianças. 2006 - edita o livro de poemas "Barulhos". Em 2008 é homenageado pela Cátedra de Letras da PUC Rio de Janeiro no Projeto Escritores do Brasil e em 2010 foi agraciado com o Prêmio Camões, instituído pelos governos do Brasil e Portugal .


Apresentação da obra •

O livro de Ferreira Gullar DR URUBU E OUTRAS FÁBULAS é a fábula propriamente dita, no contexto da criação literária, que pretende permitir à criança uma experiência estética, que não está contida na moralidade do texto, mas na própria poesia realizada por Ferreira Gullar em suas fábulas para crianças. Ele nos oferece, uma nova leitura dessa forma literária, preocupando -se mais com a ludicidade do que com o ensinamento da moralidade, apesar de esta encontrar-se ressignificada em alguns dos poemas, tais como em “A tartaruga e o jacaré”, onde os animais da fábula possuem o desejo de irem à cidade, mas concluem que “Bom mesmo é viver na mata, / onde canta o sabiá.” (GULLAR, 2005, p.32).Esta obra traz dezesseis poemas, dos quais os personagens principais são, em geral, animais da fauna brasileira e que têm suas histórias ambientadas tanto dentro de casas, quanto na floresta. O trabalho gráfico do desenhista brasileiro Cláudio Martins apresenta uma diversidade de cores,nas imagens ele amplia a atmosfera de diversão do livro e vem afirmando ainda mais essa característica estática do gênero fabular, no sentido de que não há nele narração de episódios, existindo apenas uma cena

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. Ainda, ao vermos os desenhos, conseguimos facilmente perceber as expressões faciais dos personagens quando estes estão sorrindo, curiosos, bravos, chateados, assustados.Martins consegue nos apresentar essa característica ao igualar as crianças às outras personagens. Ao ilustrar Dr. Urubu e Outras Fábulas, nos apresenta imagens que ocupam a página inteira do livro, sendo que o próprio texto está inserido nesses desenhos. Ele afirma que um projeto gráfico, muitas vezes, começa a ser definido no momento em que «o desenho e a palavra começam a tomar posição estratégica na página em função de volumes, peso, etc.» (em fase de elaboração). Dessa maneira, o leitor possui espaço para o seu imaginário, pois, além das personagens centrais, outras criaturas, que nem mesmo são citadas, aparecem, fazendo com que o leitor imagine além dos versos. Para tanto, os novos personagens são apresentados de forma sutil, porém excêntrica.










Máscaras e Fantoches , • Utilize papel cartão preto ou EVA e faça as máscaras e com TNT preto faça a roupa ou capa do urubú e com TNT laranja faça a capa da Raposa. • Organize a conversa entre a raposa e o urubu e depois escreva em fichas as palavras URUBU RAPOSA,DOUTOR,BRANCA , COR DE ROSA , para que as crianças leiam e depois as identifiquem no meio das palavras.


Máscara chapéu e Máscaras de Papelão Pintadas• Para compor personagens em dramatizações e representações teatrais ou rodas de histórias.



A tartaruga e o jacaré •

Ao narrar esta história o professor organizará dois murais : VIDA NA CIDADE e outro VIDA NO CAMPO para as crianças desenharem , colarem gravuras que identifiquem os aspectos positivos do campo e da cidade e aqueles cuidados que as crianças devem ter morando no campo ou na cidade . Solicita a cada aluno que represente esses espaços por meio de desenhos, deixando-os à vontade também para representar o que gostariam que fosse melhorado em cada um deles.Em seguida, peça aos alunos que contem para os colegas que outros espaços eles já tiveram a oportunidade de conhecer ou visitar, seja na cidade ou no campo. Mostre as obras de autores brasileiros como Manoel Martins (Paisagem urbana) -Propor leitura de imagem de obras artísticas de Tarsila do Amaral : Cartão postal.


Ao apresentar as imagens mostra-se o título de cada uma das obras , período e o autor e Pede aos alunos que observem cada uma delas e descrevam características e detalhes dos objetos, nomeiem e descrevam cada um deles e assinalem sua posição na paisagem. Peça que observem também as cores, formas e volumes dos objetos. Procure saber que sensações a visão de cada uma das paisagens sugere ou provoca no observador; Solicite que comparem as duas imagens e estabeleçam as diferenças e semelhanças entre elas; Proponha que identifiquem quais elementos são de origem natural e quais foram criados pelos grupos humanos em cada uma delas. Essas informações deverão ser organizadas em um quadro com duas colunas e algumas linhas. Se necessário, desenhe um modelo no quadro-de-giz. Fantoches confeccionados com caixas vazias , feltro , cartolina .


Fantoches e mรกscaras


Jogo :Cartelas de palavras โ ข

Cartelas com figuras dos animais e quadrinhos vazios correspondentes a quantidade de letras do nome da figura, pote vรกrias letras. Finalidade: Formar os nomes das figuras. Regras: - Distribuir as cartelas entre os grupos ,onde cada aluno do grupo deverรก preencher os quadrinhos formando o nome da figura, pedindo ajuda dos colegas do grupo quando for necessรกrio. O grupo que completar todas as cartelas primeiro serรก o vencedor.


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O sapo Aqui estou eu: o sapo Bom de pulo e bom de papo. Falo mais que João do Pulo, Pulo mais que João do Papo Por cautela ,falo pouco , Pra evitar ficar rouco. Mas, na verdade ,coaxo. Sou quem toca o contrabaixo Em nossa orquestra de sapos, Pois com os sons de nossos papos Fazemos nosso concerto: um som Fechado ,outro aberto, Um que parece trombone, Outro, flauta e xilofone. Tocamos em qualquer festa. O nosso e-mail é orquestra@sapos .com.floresta.

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=Ao contar apresente os fantoches de vara de mão e de dedo . Organize a tabuada dos sapinhos danto um número e um nome a cada sapinho


Fantoches e dedoches


A jia e a jib贸ia


• As Jibóias com a cabeça de caixa de sapato o corpo de TNT verde .A jia de EVA , feltro ou mesmo saco de papel com a pintura.Pinte sobre EVA branco o lápis de cor verde e um retângulo de mais ou menos 6 x 8 cm. Com o pincel e água aquarele sua pintura. Risque o sapinho conforme o desenho e recorte. Cole um coração vermelho no corpo do sapinho. Cole dois olhinhos em EVA branco e com caneta hidrocor preta pinte-os. Faça a boca do sapinho.


O Galo e o Jabuti • • • • • • • •

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Jabuti, de gozação,disse ao Galo que ,elegante,Se exibia no quintal: -Você ,de crista e esporão,bem parece um general! -Mesmo com esporão e crista -disse o Galo: -Sou antimilitarista. -Com essa voz de tenor,que é mesmo uma sensação -aduziu malicioso o Jabuti, -O senhor podia ficar famoso e Cantar na televisão! -Está sendo generoso,coisa rara , uma exceção! -Modesto sou,é verdade,Sei de meu justo valor. -Então não tem ambição?Insistiu o jabuti -No fundo do coração,o que deseja pra si? -Com toda a sinceridade,quero ser Imperador. -Um novo Napoleão!Disse rindo o jabutiComo é modesto o senhor!


O Ron Ron do gatinho • •

(Ferreira Gullar ) O gato é uma maquininha que a natureza inventou; tem pêlo, bigode, unhas e dentro tem um motor. Mas um motor diferente desses que tem nos bonecos porque o motor do gato não é um motor elétrico. É um motor afetivo que bate em seu coração por isso faz ronron para mostrar gratidão. No passado se dizia que esse ronron tão doce era causa de alergia pra quem sofria de tosse. Tudo bobagem, despeito, calúnias contra o bichinho: esse ronron em seu peito não é doença - é carinho.


• -Apresenta-se o poema musicado por Adriana Calcanhoto e depois dramatiza-se com as máscaras de cabeça ou fantoches associando a outras histórias . • Usa-se jogos como o Trocando letras : Gato Pato Rato • •


A formiga • • • • •

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A menina olhava Aquele bicho miúdo Que na mesa passeava E perguntou-lhe: Que bicho é você ,amiga? E o bichinho ,com voz fina : -Que bicho é você , menina Que não conhece a formigaApresenta-se o poema seguido da música : A formiguinha pega a folha e carrega Quando uma deixa a outra leva Veja só que mistério glorioso Uma formiguinha ensinando para o povo .


Jogos



Cenรกrios


• 1-Retire a parte cortada e guarde o pedaço para ser reaproveitado. • 2- Coloque a tampa na caixa para marcar uma nova margem de 3 cm de cada lado, a partir dela, • em uma das laterais.• 3- Corte ao redor, como na fase anterior. É por esse espaço que você vai depois movimentar os • personagens. Cole a tampa na caixa, passando cola nas laterais. Essa tampa vai servir de fundo para o cenário.


โ ข 4- Pegue a outra caixa e despreze a tampa (se tiver tampa grudada, corte-a fora). Coloque a caixa anterior sobre esta segunda e risque com lรกpis pelo espaรงo jรก cortado da primeira, para poder fazer o mesmo corte na segunda caixa.Recorte a parte marcada a caixa com tampa deve ficar em cima .


• .6- Cole uma caixa de pasta de dente na parte superior, onde depois você irá montar o letreiro do teatro. • 7- Agora vamos empapelar a caixa para dar uniformidade e textura ao trabalho. Corte tiras de jornal e dilua a cola num pires com um pouquinho de água. Vá aplicando as tiras de jornal com o pincel úmido com cola, até envolver toda a peça.


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8- Agora aplique tinta branca sobre a peça 9- Enfeite a caixa do teatro como desejar. Você pode fazer bandeirinhas para serem coladas nos espetos de churrasco. Passe tinta branca antes e depois decore . Em seguida, faça um furinho na caixa, espete o palito e coloque cola para fixá-lo na caixa. Você ainda pode pintar o fundo da caixa que vai servir de cenário e fazer o contorno da abertura do palco. 10-.Pegue as sobras de papelão, risque a palavra teatro e recorte as letras. Passe tinta branca e depois pinte como quiser. Cole o letreiro na lateral da caixinha de pasta de dente. 11- Para incrementar, corte duas tiras de tecido, dobre-as ao meio e coloque-as nas laterais internas da primeira caixa, para servir de cortina do palco 12-Prenda no meio com um alfinete. Agora o teatro já está pronto!


• REFERÊNCIAS • BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fada. Trad. Arlene Caetano. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1985. • COELHO, Betty- Contar histórias uma arte sem idade, Ática,1986 • CONTINI, J. "A concepção do sistema alfabético por crianças em idade pré-escolar". In: KATO, M.A. (org.). A concepção da escrita pela criança. Campinas, Pontes, 1988. • GULLAR, Ferreira – Dr Urubu e outras fábulas -4[Ed. Rio de Janeiro.Editora José Olympio.2009 • CORREA, Viriato-Cazuza-37ª edição Companhia Editora Nacional .São Paulo 1992


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