Clipping 14set14

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Clipping FENABRAVE até já contabilizou... 4688823 - O IMPARCIAL - ESPORTES - PRESIDENTE PRUDENTE - SP - 14/09/2014 - Pág 9A http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=FYYWL/hL2/0NYh1HTP9BlsNpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A==

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Clipping Fenabrave 4689762 - MOGI NEWS - AUTO NEWS - MOGI DAS CRUZES - SP - 14/09/2014 - Pág 2 http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=QTUPj6zF2lnsDavP3s9uv8NpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A==

Ficha Técnica Empresa: FENABRAVE Categoria: Fenabrave Autor: Cidade: MOGI DAS CRUZES Estado: SP País: BRASIL Disponibilização: 23/09/2014 Tipo Veículo: JORNAL Palavra Chave: FENABRAVE Arquivo Interno: I:\FENABRAVE\enviados_cliente\2014\09\23\4689762.pdf

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Clipping Cenário muda e setor automotivo desacelera 4676289 - O ESTADO DE S. PAULO - ECONOMIA - SÃO PAULO - SP - 14/09/2014 - Pág B6 e B7 http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=Cmjl+blHJioE0eMy4jDFBMNpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A==

Ficha Técnica Empresa: FENABRAVE Categoria: Fenabrave Autor: Luiz Guilherme Gerbelli Renée Pereira Cidade: SÃO PAULO Estado: SP País: BRASIL Disponibilização: 15/09/2014 Tipo Veículo: JORNAL Palavra Chave: FENABRAVE Arquivo Interno: I:\FENABRAVE\enviados_cliente\2014\09\15\4676289.pdf

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B6 Economia %HermesFileInfo:B-6:20140914:

O ESTADO DE S. PAULO

DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014

Reportagem Especial ✽ Entraves à produção

CENÁRIO MUDA E SETOR AUTOMOTIVO DESACELERA Recuo na economia e colapso nas vendas à Argentina vêm após bilhões investidos Luiz Guilherme Gerbelli Renée Pereira

O fraco desempenho da economia brasileira aliado ao colapso das vendas para a Argentina pegaram a indústria automobilística no contrapé. Entre 2008 e 2012, as empresas investiram R$ 45 bilhões em novas fábricasena expansãodeunidadesexistentes,contrataram26,4miltrabalhadores e elevaram a capacidade instalada da indústria em 16%, para 4,5 milhões de veículos por ano. Masocenárioseinverteu,ademandainternacaiueasexportaçõesdesabaram. Resultado: estoques em

alta e funcionários demitidos. O quadro desfavorável do setor, cujos sinais começaram a aparecer no fim de 2013 com a restrição no crédito e menor disposição do brasileiro de ir às compras, se tornou mais agudo no segundotrimestredesteano,quandoaatividade da indústria atingiu os piores níveis desde 2010. Até agosto, a produção de veículos havia caído 18% em relação a 2013; as exportações, 38%; e 8,7 mil funcionáriosforamdesligados.Osestoques chegaram a 42 dias – um número considerado elevado para a indústria. “O setor passa por um momento de desaceleração. Nos últimos dez anos, com o aumento da renda e mobilidade das classes sociais, as vendas do segmento cresceram a uma média de 10% ao ano enquanto a economia avançava

4%. Foi um resultado bem positivo”, explica o economista da Tendências Consultoria Integrada Rodrigo Baggi, especialista no setor automotivo e de bens de capital. A reversão do cenário, commenos apetitedo brasileiro, ocorre num momento em que os projetos iniciados no passado começam a entrar em operação, ampliando a oferta. Pelos dados da Tendências, o setor opera hoje com uma ociosidade de 40%, praticamente o dobro do que ocorria nos tempos de consumo em alta. Com menos produção, as empresas reduziram o quadro de funcionários e diminuíram os turnos de trabalho. O Grupo PSA Peugeot Citröen, por exemplo, deu lay-off para 650 trabalhadores e depois adotou um Plano de Demissão Voluntária. Até feverei-

ro, a empresa produzia veículos no Centro de Produção de Porto Real (RJ)emtrêsturnos.“Mas,comanecessidade de adequar a produção às vendas internas e às exportações, atualmenteestamosoperandocomdoisturnos”, diz a diretora de Comunicação e Relações Externas para América Latina da empresa, Fernanda Villas-Bôas. Ela afirma que o grupo já concluiu 70% do plano de investimento de R$ 3,7 bilhões para o período 2010-2015. A Nissan inaugurou sua fábrica de R$ 2,6 bilhões em Resende, no Rio de Janeiro,emabril.Com1,8milfuncionários e capacidade para produzir 200 mil veículos e motores por ano, a empresa suspendeu, na semana passada, ocontratodetrabalhode279funcionáriosda fábrica. O presidente da empre-

sa François Dossa acredita que a retomadadaatividadenaindústriasóocorra em 2016. “Sabemos que este e o próximo ano devem ser anos de ajustes nas vendas. Mas investimos pensando nos próximos 20 anos.” De qualquer forma, Dossa acredita que é o momento de retomar questões primárias como a disponibilidade de energia, logística e carga tributária. “Várias fábricas se instalaram no Brasil nos últimos anos e outras vão chegar. Agora, precisamos de uma política para que essa nova capacidade não seja um investimento em vão.” Estímulos. A indústria automobilísticarespondepor4,9%doProdutoInterno Bruto. Em 2010, a fatia era de 5,1%. Isso explica por que o governo sempre olhou com cuidado o desempenho da setor e, diante de qualquer sinal de desaceleração,procurouincentivar aprodução com redução de impostos e políticassetoriais.Noaugedacriseinternacional,nofimde2008,quandoomercado de crédito mundial foi abalado e a liquidez diminuiu drasticamente, o pátio das montadoras lotou. Como resposta, o governo do ex-presidente Lula reduziuimpostos paraacompra decarro e, assim, estimulou o consumo. Atéentão,adécadatinhasidopositivapara osetor.O forte crescimentona produçãodeveículos eraexplicadopela expansão da renda e do crédito para todas as classes sociais – não somente para a classe C, a chamada nova classe média. “As duas classes (A e B) repre-

HISTÓRICO 3.500 ●

No ano passado, as vendas do setor etor automobilístico tiveram primeira rimeira queda em 10 anos

3.000

EM NÚMERO DE UNIDADES

Venda de veículos bate recorde para época e sindicalistas, liderados por Lula, fazem greve em plena ditadura

2.500

2.000

Com o lema Cinquenta anos em cinco, Juscelino Kubitschek dá início ao processo de industrialização no País. Indústria automotiva foi o carro chefe

Fernando Collor assume a presidência, chama carros brasileiros de carroça e abre a economia

1.500

1.000

500

1960 1961

JUSCELINO KUBITSCHEK

1964 JOÃO GOULART

HUMBERTO CASTELO BRANCO

1974

EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI

1978 1979

1980

ERNESTO GEISEL

1990

1985

JOÃO FIGUEIREDO

1992

JOSÉ SARNEY

1995 ITAMAR FRANCO

FERNANDO COLLOR

ARTUR DA COSTA E SILVA

DIVULGAÇÃO

JÂNIO QUADROS

1967 1969 1970

PROTÁSIO NENE

1956 1957

DIVULGAÇÃO

0

FONTE: ANFAVEA

ENTREVISTA Luiz Moan, presidente da Anfavea

‘SEGUNDO SEMESTRE SERÁ MELHOR DO QUE O PRIMEIRO’ Para Moan, os primeiros seis meses foram atípicos por causa da menor quantidade de dias úteis e pelo clima negativo causado pela Copa

O

presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, vê uma retomada do setor neste segundo semestre. “Estamos prevendo crescimento tanto em licenciamento, exportação e produção”, diz. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Estado.

● O que explica a queda da indústria

automobilística?

Tivemos um primeiro semestre bastante atípico com menor número de dias úteis de venda. Tivemos também aquele clima negativo por causa da realização da Copa do Mundo. Isso afetou bastante o mercado interno. Tivemos ainda uma dificuldade adicional com a Argentina. Além da queda natural de mercado, a economia argentina fez restrições administrativas às importações. Nossa posição continua inalterada: o segundo semestre será melhor do que o primeiro. Prevemos crescimento em licenciamento, exportação e produção. ● Quais os motivos que levam a esse

otimismo no segundo semestre?

Em primeiro lugar, o maior número de dias úteis de vendas no segundo semestre em relação ao primeiro. O se-

gundo motivo é a sazonalidade histórica das nossas vendas. Com relação à Argentina, depois que nós fechamos o acordo de junho, as restrições administrativas – até a semana passada – foram suspensas. Não havia nenhuma dificuldade. Com esses fatores, nós acreditamos claramente que o segundo semestre será melhor. ● A GM anunciou que vai parar a exportação para a Argentina. Isso não impacta?

Por isso eu disse até a semana passada. Agora, qual é a nossa visão dessa questão? Acreditamos que essa discussão na Argentina é de momento. As nossas empresas estão fazendo uma série de reuniões com o governo da Argentina e acreditamos que rapidamente essa questão possa ser superada. Eu gostaria de lembrar que em ju-

nho fechamos o acordo de maior integração produtiva com a Argentina. O melhor para os dois países seria que não houvesse restrição de volume nem de fluxo cambial no setor, porque de janeiro a agosto atingimos o equilíbrio da balança comercial. Por exemplo, de janeiro a agosto, o Brasil, no setor automotivo, exportou US$ 4,838 bilhões e importou da Argentina US$ 4,781 bilhões. Ou seja, a balança comercial está favorável ao Brasil em US$ 57 milhões contra US$ 1,325 bilhão, no mesmo período de 2013. ● Qual a projeção para investimentos?

Continuamos mantendo a previsão de investimento de R$ 75,8 bilhões no setor de montadora de 2012 a 2018. ● Tem havido descompasso entre produção e consumo?

O descasamento ocorre numa análise pontual, mas nosso investimento é sempre de médio e longo prazos. Não é uma crise pontual e conjuntural

que vai afastar os investimentos. O mercado vai continuar crescendo. Entramos numa curva de retomada em relação ao primeiro semestre e estamos trabalhando na ampliação dos acordos de comércio. Abrimos a possibilidade de negociação com a Colômbia. Na próxima semana, estarei pessoalmente no país para dar prosseguimento a negociação. Em outubro, provavelmente faremos com os mexicanos. ● Houve restrição do crédito. O BC anunciou medidas. Elas serão suficientes?

Nós temos certeza de que as medidas anunciadas devem começar a impulsionar o mercado. O financiamento já voltou para veículos seminovos, que funcionam como cheque de entrada para aquisição de veículo zero. Mas nós precisamos esperar setembro e outubro para ter uma visão melhor. Consumidores querendo adquirir veículos existem. CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO –21/5/2014


O ESTADO DE S. PAULO

DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014

Economia B7

● Cautela

● Investimentos

● Recorde

Em 2012, com o surto de inadimplência, os bancos fizeram aperfeiçoamentos nos critérios de risco.

R$ 45 bi

O déficit no setor de autopeças este ano deverá ficar entre US$ 10,5 bilhões e US$ 11 bilhões

● Desafios

“O setor passa por um momento de desaceleração. Nos últimos dez anos, com o aumento da renda e mobilidade das classes sociais, as vendas do segmento cresceram a uma média de 10% ao ano, enquanto a economia avançava 4%. Foi um resultado bem positivo.” Rodrigo Baggi ECONOMISTA DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA INTEGRADA

“É preciso diversificar os países, diminuir o custo de produção no Brasil, gerar incentivos de exportação e manter acordos internacionais.” Welber Barral SÓCIO DA BARRAL MJORGE CONSULTORIA

sentam 45% da renda do País e 70% da demanda de automóveis. Por isso, são público-alvo das montadoras”, afirma Baggi, da Tendências. Na opinião do ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral, sócio da Barral MJorge consultoria, a solução para o momento atual da indústria automobilística, com base nos investimentos feitos e anunciados, é ter um programa agressivo na exportação. “É preciso diversificar os países, diminuir o custo de produção no Brasil, gerar incentivos de exportação e manter acordosinternacionais.”Mas essetam-

Crise internacional abala o mundo. No Brasil, o governo concede uma série de benefícios para o setor com objetivo de manter a economia aquecida

foram investidos, entre 2008 e 2012, em novas fábricas e na expansão das unidades existentes

bém não será um caminho fácil. Nos últimos anos, a indústria automobilísticaficoumuitodependente docomércio com a Argentina. Em 2000, o país comprava 25% das exportações brasileiras de veículos, de acordo com um levantamento da Fundação Centro de Estudos para o Comércio Exterior (Funcex). Na época, o mercadoerarelativamente bemdividido: na sequência apareciam Estados Unidos (19%) e México (16%). No ano passado, a Argentina foi responsável por59%dascompras, enquantoos mexicanos e americanos tiveram a fatia reduzida para 7% e 5%. Em2013, osetor chegou aser beneficiado pelo aumento das exportações entre 12% e 15%. “A Argentina impõe algumasrestriçõesnomercadodedivisas e isso contribui para transformar o automóvel em reserva de valor. Esse é um dos principais motivos da evolução na compra de produtos brasileiros ao longo dos últimos anos”, diz Daiane Santos, economista da Funcex. Mas, neste ano, a piora da crise do país vizinho e o aumento das restriçõesparaimportaçãocausaramum baque no setor. Na semana passada, a General Motors anunciou que vai parar as exportações para a Argentina. Em nota, a empresa afirmou que, no momento,estápriorizando aimportação de componentes para abastecimento de sua linha de produção em vez de importar veículos prontos, pois o estoque atual é suficiente para o ritmo de vendas do mercado local.

3.767.370

3.500

3.000

2.500

2.000

Ressaca do crédito fácil diminui ânimo do consumidor. Como resposta, bancos ficam mais seletivos com o crédito

2000

2003

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

1.000

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2015

DILMA ROUSSEFF

FABIO MOTTA/ESTADÃO

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

2008 2009 2010 2011 2013

1.500

WERTHER SANTANA / ESTADÃO

Redução de estoque. Para tentar animar as vendas, montadoras como a Renault fazem feirões de veículos

RIGIDEZ NO CRÉDITO SEGURA A INADIMPLÊNCIA

A

indústria automobilística ainda vive a ressaca do crédito fácil do início da década passada. Os números do Banco Central (BC) mostram que a inadimplência do consumidor brasileiro, que atingiu 7,23% em 2012, vem diminuindo ao longo dos últimos meses, mas boa parte dessa queda pode ser explicada pela maior restriçãodos bancosna concessão de dinheiro para a compra do veículo. Por outro lado, o brasileiro também está com a capacidade financeira comprometida, o que o afasta de novas compras. Os dados do BC, compilados pela Boa Vista SCPC, mostram que, em julho, a inadimplência (acima de 90 dias) foi de 4,77%, abaixo dos 5,95% de igual período do ano passado. “Atualmente, temos um cenário de inadimplência que recuou bastante, mas essa queda foi influenciada pela maior seletividade dos bancos e pela diminuição do consumo”, afirma Flávio Calife, economista da Boa Vista. Na avaliação do economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicolas Tingas, o problema hoje é diferente daquele enfrentado há um ano e meio. Em 2012, com o surto de inadimplência, os bancos fizeram uma série de aperfeiçoamentos nos critérios de risco e na forma de avaliar a capacidadede pagamento do cliente.Foi detectado que os empréstimos de 60 meses sem entrada eram os que mais davam problema. “Isso foi mudado em 2013, quando os bancos diminuíram os prazos para três a quatro anos.” De acordo com dados de julho do BC, o prazo médio de concessão é de 41,6 meses. Em março de 2011, era de 46,3 meses. De acordo com Tingas, hoje os próprios consumidores evitam entrar em novas dívidas, pois há

● Seletividade

“Atualmente, temos um cenário de inadimplência que recuou bastante, mas essa queda foi influenciada pela maior seletividade dos bancos e pela diminuição do consumo.” Flávio Calife ECONOMISTA DA BOA VISTA SCPC

“O nível de endividamento está muito alto, o que comprometeu a renda dos consumidores por um prazo mais longo.” Nicolas Tingas ECONOMISTA-CHEFE DA ACREFI

uma baixa capacidade financeira no seu fluxo de caixa. Isso faz com que a propensão das famílias brasileiras ao consumo caia. “O nível de endividamento está muito alto, o que comprometeu a renda dos consumidores por um prazo mais longo. Junta-se aí a inflação e os juros mais altos. Hoje o foco dos consumidores é rolar suas dívidas, trocar créditos curtos por créditos longos”, afirma Tingas. Incentivos. No mês passado, o Ban-

co Central lançou novos pacotes de estímulo para a concessão de crédito para tentar revigorar a economia diante do baixo crescimento brasileiro. No segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil diminuiu 0,6% na comparação com os primeiros três meses do ano. O desempenho da indústria foi pior: recuou 1,5% no período. O encolhimento da economia colocou o Brasil na chamada recessão técnica – no primeiro trimestre, a economia encolheu 0,2%. No conjunto das medidas anuncia-

das para reaquecer a economia, estavam novos incentivos ao financiamento de veículos com mudanças nos depósitos compulsórios (parte dos recursos dos clientes que os bancos são obrigados a recolher aos cofres do Banco Central) – alguns bancos públicos e privados já anunciaram redução nas taxas para os financiamentos. “Existe uma disposição menor do brasileiro para consumir, e confiança baixa. Apesar de tudo isso, alguns dos principais bancos anunciaram queda nas taxas para os veículos”, afirma Calife, da Boa Vista. Neste fim de semana, por exemplo, a Renault promove um feirão em São Paulo com taxa zero de juros, IPVA grátis e primeiro pagamento em 2015. Até o fim do ano, outras montadoras devem aderir a essa estratégia como forma de desovar o elevado estoque. “Os bancos estão carecendo de fazer negócios. Estão buscando outros meios e nichos onde conhecem os clientes, tidos como bons pagadores”, completa Tingas, da Acrefi. O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, não acredita que as medidas adotadas recentemente pelo Banco Central tenham força para mudar o cenário no curto prazo. “O ano de 2015 deve repetir 2014. Pode ser que haja uma recuperação em 2016”, afirma ele. Legislação. Meneghetti critica a atual legislação que dificulta a retomada do automóvel pelo banco em caso de inadimplência. Hoje, diz o executivo, de cada 100 contratos inadimplentes,as instituições financeiras só conseguem recuperar 15 carros. “Isso depois de 200 dias tramitando no judiciário.” O presidente da Fenabrave afirma que o setor vem trabalhando com o governo federal para tentar alterar as regras ainda neste ano, em novembro. “Essa mudança tem potencial para aumentar em 20% as aprovações de crédito no setor.”

INFOGRÁFICO/ESTADÃO

‘INDÚSTRIA DE AUTOPEÇAS ESTÁ EM DECADÊNCIA’

D

os bons tempos de forte demanda e economia aquecida, restaram um amontoado de dívidas e equipamentos ociosos. Em meados dos anos 2000, motivado pelobom desempenho da atividadeeconômica, o empresário Dimas Francisco Zanon se endividou, comprou máquinas novas e dobrou a produção da sua Difran. A empresa, fundada em 1985, entrou em franca expansão: até 2008, produzia 300 mil peças por dia e empregava 420 funcionários. Mas, no meio do caminho, a crise internacionalatingiuemcheioosnegócios de Zanon. A indústria de autopeças começou a ratear. Em 2010 e 2011, tiveram uma pequena reação a reboque dos incentivos do governo dado às montadoras. De lá pra cá, no entanto, as notícias não têm sido positivas. “A indústria de autopeças está em decadência,numprocessodedesindustrialização”, diz o empresário. Atualmente, a Difran tem 130 trabalhadores e está na iminência de fazer mais um corte de funcionários. Pior: estáinadimplenteno mercadoporcau-

sa de investimentos feitos no passado. “Estounumprocessotorturantedenegociação das dívidas com os bancos. Estou entregando imóveis e máquinas para quitar parte dos débitos. Mantemos a empresa aberta pagando todos os impostos, que não são poucos.” A empresa, que produzia 300 mil peças por mês, hoje fabrica no máximo 100 mil unidades. Além de cortar 69% do quadro de funcionários em relação a 2008, a Difran trabalha com apenas 30% da capacidade instalada. “Antes, trabalhávamos em quatro turnos, durante 24 horas. Agora, só tenho dois turnos e não são completos.” Zanon atribui boa parte dos problemasdaindústriadeautopeçasaoelevado custo Brasil e à “nefasta” política cambial do País, que tira a competitividade do produto nacional e abre espaço para peças vindas do exterior, especialmente da China. “No momento, não vejo muita solução para o setor, pois nossa política econômica é ineficiente. Não há uma política industrial, um incentivo, uma correção cambial para, pelo menos, bloquear o produto

CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO

Consequência. Dimas Zanon, da Difran: corte de 69% dos funcionários deforaouparadarumpoucomaiscompetitividade à indústria nacional.”. Como a Difran, outras empresas do setor de autopeças sentem os efeitos

do desaquecimento do setor. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), o déficit este

ano deverá ficar entre US$ 10,5 bilhões e US$ 11 bilhões, um recorde para o setor. “Temos uma balança comercial para o segmento de autopeças bastante negativa”, afirma Paulo Butori, presidente da entidade. Em 2006, o setor era superavitário em US$ 2 bilhões. Para o empresário Marcos Liron, fundador da Quantum Tecnologia, em São Bernardo, a desaceleração do setor não trouxe tantas perdas. Em momento de crise, diz ele, as pessoas tendemacomprarcarrosmenosequipados, o que abre espaço para o seu negócioquecomercializaalarmes,entre outros produtos. “Estaria melhor se tivesse bombando, mas não estou sentindo tanto essa crise”, afirma. A perda tem sido por outro motivo: com a alta no custo de produção, ele não consegue repassar o aumento. O resultado foi uma queda de 20% nas margens de lucro em três anos.

NA WEB Vídeo. Assista à entrevista com Dimas Zanon, da Difran estadao.com.br/e/dimas-zanon


Clipping TOP 10: Os carros com maior queda nas vendas em 2014 4678072 - NOTÍCIAS AUTOMOTIVAS - WEB - WEB - 14/09/2014 http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=zAk6peSQR6lt4GuYEqB8scNpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A==

http://www.noticiasautomotivas.com.br/?p=235100 Ficha Técnica Empresa: FENABRAVE Categoria: Fenabrave Autor: Ricardo de Oliveira Cidade: WEB Estado: WEB País: BRASIL Disponibilização: 15/09/2014 Tipo Veículo: SITE Palavra Chave: FENABRAVE Arquivo Interno: I:\FENABRAVE\enviados_cliente\2014\09\15\4678072.pdf

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