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REVOLTADOS POR TERRAS ANDALUZAS
A 4ª ReVolta, para todos os 31 participantes mais dois desorganizadores iniciou-se com chuva impiedosa desde Barcelos, Porto, Guimarães, Paços de Ferreira, Chaves, Coimbra, Arouca, Lisboa e Alcobaça até Elvas. Cidade fronteiriça na qual foram recebidos todos os participantes que puderam usufruir de um belíssimo hotel e de um jantar de boas vindas ao grupo, servido na Adega regional onde muito bem se jantou. Graças ao apoio dos amigos Hugo Macedo e Ana Martins de Barcelos, os participantes receberam uns belíssimos polos alusivas ao evento e alguns mais sortudos ganharam umas garrafitas de vinho.
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Após uma noite bem dormida e um pequeno-almoço soberbo, surgiu para alguns a tarefa de tirarem o excesso de água das malas da moto, para logo de seguida a caravana rumar a Córdoba.
Para este 1º dia de ReVolta escolheu-se um trajeto mais rolante via Olivença, Zafra e Llerena. Entramos em belíssimas estradas municipais de muito bom asfalto na vila de Fuente Obejuna para uma paragem em Vilaviciosa de Córdoba, local pensado para um almoço mais rápido e no qual a caravana de 19 motos se deparou com uma vila a abarrotar de visitantes de um evento automobilístico tipo “rampa do Luso” ou algo parecido.
Mas, lá conseguimos petiscar mais ou menos rápido para fazer de seguida uma carretera com paisagens serranas e repleta de curvas e curvinhas, uma delícia de asfalto que nos levou por los Arenales até Córdoba.
No hotel Los Omeyas, bem no centro do casco histórico e de frente para a famosa Mesquita/Catedral, esperava-nos “Áfrika”.
Sim, esse o nome da simpática guia que nos mostrou em duas horas e meia a encantadora e histórica cidade de Córdoba, desde a Mesquita à Sinagoga, dos belíssimos pátios e ruas de vasos à famosa ponte romana com a sua Torre de Calahorra, a incansável Áfrika lá nos ia ensinando a história de muçulmanos, judeus e cristãos e até de Mohamed Ibn Aslam Al-Gafeki que por volta de 1150 foi um dos primeiros senão o primeiro a realizar uma cirurgia ocular para extrair uma catarata. Curiosidade esse Al-Gafeki tem uma estátua em sua honra em plena Judiaria de Córdoba.
Após se ter descoberto a cultura e história era hora de procurar algo reconfortante e os participantes mais ou menos juntos dispersaram pelas ruelas, procurando o merecido jantar, o que não faltava eram restaurantes e bares em uma noite amena em típica cidade Andaluz.
Para o segundo dia da ReVolta o roteiro dizia que o destino era Setenil de las Bodegas, mas antes de lá chegarmos haviam surpresas pelo caminho. Uma delas foi a imensidão dos olivais, acompanhando sempre até ao cumo das colinas. Por estradas secundárias e de bom piso, rumo a Zuheros, uma pequena vila cujo castelo se situa bem lá no alto. Vila muito bonita com paisagens lindíssimas a partir do seu largo principal e onde normalmente o acesso a veículos está interdito, mas a amabilidade do Señor Guardia Civil “Javier”, também ele motociclista, possibilitou não só a subida ao recinto como ainda a possibilidade de todas as 19 motas alinharem ali mesmo para uma fantástica foto de grupo.
Seguia-se mais uma vila pacata, Rute de seu nome, conhecida vila museu no meio do parque natural de Las Sierras Subbéticas, com o museu de Aniz, museu de chocolate, museu de Açúcar, museu do presunto, entre outros, mas nós queríamos mesmo era almoçar e seguir viagem até á próxima vila. Essa seria Iznájar com seu castelo bem no topo e rodeada de uma barragem imensa. Após pequeno troço de autopista dissemos Hola a Antequera ao pararmos em um dos miradouros mais bonitos sobre a cidade, para seguirmos até ao parque natura “Torcal de Antequera” por estradas deliciosas com paisagens arrebatadoras e diferentes.
Histórias de pedras e mais pedrinhas, mas com muita beleza natural.
A organização sabia que o troço que seguia era o de condução mais exigente e mesmo em asfalto com meia dúzia de metros de terra batida pelo meio houve quem não resistisse e ficasse sem ar. Ora pois claro um furo, em 19 motos não é invulgar, mas insistir em despejar de meia em meia hora, bem isso já estava a deixar os mecânicos de serviço nervosos. Mas mesmo com as tripinhas ao léu chegou a bom porto. Subindo a Abdalajis e descendo pelo belíssimo passe de El Chorro, avistava-se fabulosa paisagem para o Caminhito del Rey. Rumando daí a Setenil de Las Bodegas, onde nos esperava o merecido jantar e descanso.
A incursão pela Calle del Sol, logo pela manhã, em Setenil de las Bodegas até que é proibida, mas o Alcaide foi simpático e lá tivemos mais um bónus nesta Revolta. Após respetivas fotos para memória futura fomos procurar Olvera, uma majestosa Vila com imponente castelo e catedral que visto de longe muito impressiona.
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