The Bling Ring Assalto à casa das celebridades
DENTRO DE CASA Ozon pelo buraco da fechadura
DEPOIS DE MAIO A vida depois de Maio de 1968
The Room
no Espaço Nimas O melhor pior filme de sempre apresentado por Nuno Markl e Filipe Melo
Julho | Agosto 2013
JULHO | aGOSTO 2013
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editorial
Depois da Terra M. Night Shyamalan
Em Julho e Agosto regressam M. Night Shayamalan e Sofia Coppola.
DE
O primeiro, com Depois da Terra, estreia-se na filmagem em digital, na ficção científica e na rodagem de um argumento que não foi escrito por si. Conta no reduzido elenco com uma família de peso: Will e Jaden Smith.
M. Night Shyamalan realiza o seu primeiro filme de ficção científica, sem esquecer aquilo que o distingue dos demais cineastas: doses sobrenaturais de suspense. Depois da Terra estreia-se no dia 11 de Julho.
ESTREIA 11 JUL
com Will Smith, Jaden Smith, David Denman e Isabelle Fuhrman
Duração: 100 min
Sofia Coppola estreia The Bling Ring. O filme que adapta uma história verídica: os assaltos de um grupo de adolescentes endinheirados de Los Angeles às casas de celebridades de Hollywood. De roupas a sapatos, passando por jóias e até uma arma, roubaram um total de 2,3 milhões de euros. Uma história fascinante sobre a obsessão pela fama e a facilidade de invadir a privacidade dos outros. Em Dentro de Casa, François Ozon também explora o voyeurismo, com um professor encantado com um texto de um aluno que fala sobre uma família que não é a dele. Olivier Assayas regressa com Depois de Maio, um olhar crítico sobre o pós-Maio de 68. É um “auto-retrato geracional” ideal para os tempos de hoje, em que a revolução anda no ar. Não perca no Espaço Nimas a apresentação do pior filme de culto de sempre, The Room, com apresentação do multifacetado Filipe Melo. Aberta esta excepção, fique a par dos grandes filmes que vão estrear.
Pai e filho despenham-se numa terra que desconhecem. Uma terra que os encara como estranhos, os repele e os põe à prova. Será este filme de ficção científica de Shyamalan um tratado sobre a sobrevivência humana actual? Para os papéis principais escolheu uma família real, Will Smith e o filho, Jaden. Quando Cypher (Will Smith) e Kitai Raige (Jaden Smith) regressam a casa, a sua nave é atingida por uma tempestade de asteróides que acaba por danificar o aparelho. Este despenha-se num planeta desconhecido. Afinal, trata-se da Terra, inabitada há mais de 1000 anos pelos humanos, que se tinham refugiado num local mais seguro, a Nova Prime. Isolados, procuram recuperar a nave e regressar a casa mas o desafio promete ser difícil. Não é a primeira vez que Smith leva o filho para o trabalho. A dupla já tinha contracenado em 2006 no filme Em Busca da Felicidade, curiosamente na mesma lógica de papéis: pai e filho. Este filme marca algumas estreias na carreira do realizador M. Night Shyamalan. É a primeira vez que deixa o argumento nas mãos de terceiros, neste caso de Gary Whitta. O próprio Whitta contou, numa conversa no Festival Comic Con, que a produtora de Will Smith lhe deu apenas uma ideia capaz de ser resumida numa linha:
“Mesmo quando se faz um filme de ficção científica com a dimensão deste tem de se garantir sempre uma narrativa emocional, e esta tem.” Gary Whitta, Argumentista
Equipa Director: Paulo Branco Edição e Textos: Ágata Xavier Design: André Carvalho e Catarina Sampaio Colaboração: Frederico Batista Capa: The Bling Ring
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JULHO | AGOSTO aGOSTO 2013
pai e filho despenham-se na Terra, mil anos depois de ser abandonada pelos humanos. “Acabei por me tornar o primeiro empregado do filme, o que foi bom”, conta o argumentista. “Descobri que o Will [Smith] não tinha pensado num filme de ficção científica inicialmente, mas numa história mais simples com um pai e um filho a terem um acidente nas montanhas e o filho a verse obrigado a ir procurar ajuda para socorrer o pai ferido. Mesmo quando se faz um filme de ficção científica com a dimensão deste tem de se garantir sempre uma narrativa
ESTREIAS cinema emocional, e esta tem. O budget aumentou um bocado mas conseguimos manter a história.” Acaba por ser um filme sobre a adaptação do homem ao meio, um confronto com a própria natureza selvagem e hostil e não só. Uma ameaça tecnológica persegue os dois humanos, dificultando-lhes o regresso. Whitta conclui: “Se pegassem no Parque Jurássico e atirassem o King-Kong lá para o meio teriam uma aproximação ao ambiente que criámos.” Ao guião original, juntaram-se também o próprio Shyamalan e o argumentista Mark Boal, que assinou Estado de Guerra e Hora Negra (ambos da realizadora Kathryn Bigelow). A segunda estreia de Shyamalan prende-se com o meio:
Mr. & Mr. Smith
Will Smith
é a primeira vez que filma em digital - ainda que conte com um filme em 3D no currículo, o realizador optou por fazê-lo em película. Depois da Terra tem sido considerado a prova de fogo do realizador americano, muito criticado pelos seus filmes mais recentes - The Happening e The Last Airbender. Para o Chicago Sun Times, este filme é uma surpresa agradável. “Trata-se de uma fábula disfarçada de blockbuster num cenário de ficção científica futurista e hostil”, lê-se, “Não é um clássico mas é um filme especial: espectacular e sábio.”
Actor, produtor e rapper. Será para sempre associado ao Príncipe de BelAir, personagem emblemática dos anos 90 na série com o mesmo nome. Deu o salto para o cinema com Seis Graus de Separação, alcançando o sucesso no filme Bad Boys, ao lado do actor Martin Lawrence. Seguiramse grandes êxitos de bilheteira como Dia da Independência e Homens de Negro. Smith converteu-se num dos actores mais influentes de Hollywood, tornando-se produtor de filmes como Eu, Robot, Karate Kid e, agora, deste Depois da Terra.
Jaden Smith
Sabia que... É a primeira vez que M. Night Shyamalan filma em digital, com uma Sony’s F65. Para além disso, é também a primeira vez, em 20 anos, que o realizador aceita filmar um argumento que não escreveu.
Como o pai é actor e rapper mas em vez de produtor (lá chegará), é dançarino. Filho de Will e Jada Pinkett Smith e irmão de Willow Smith (também ela cantora e actriz), cedo se habituou a ir com os pais para o trabalho. A sua estreia deu-se com Em Busca da Felicidade, filme no qual contracenava com o pai. Foi protagonista de Karate Kid ao lado de Jackie Chan (uma saga que começou nos anos 80 com Ralph Macchio e passou para os 90 com Hilary Swank). Em 2012, lançou a sua primeira mixtape, The Cool Cafe.
JULHO | aGOSTO AGOSTO 2013
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ESTREIAS CINEMA
Homem de Aço
The We and the I Michel Gondry
De ZACK SNYDER
de
Clark Kent tenta viver uma vida normal sem recorrer aos seus poderes sobrenaturais. No entanto, esta tarefa não se avizinha fácil devido ao aparecimento de um poderoso rival.
com Michael Brodie, Teresa Lynn e Raymond Delgado
De TANYA WEXLER O último filme de Michel Gondry é uma viagem de autocarro, por um percurso imaginário, que acompanha um grupo de alunos do Bronx no seu último dia de aulas. A ideia do filme surgiu durante uma viagem de autocarro feita pelo realizador. Às tantas, numa paragem, entrou um grupo
de Pierre-Yves Borgeaud com Gilberto Gil
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JULHO | AGOSTO aGOSTO 2013
ESTREIA 15 AGO
Duração: 95 min
Estreia Viramundo, uma viagem musical de Gilberto Gil pelo hemisfério sul.
De RUBEN ALVES
ESTREIA 11 JUlho
de jovens que o viria a inspirar para The We and the I. “Faziam muito barulho e gerou-se o caos, ouvi as suas conversas e havia ali vários estereotípicos e identidades”, conta Gondry numa entrevista em Cannes. “No fim foram saindo até ficaram dois e aí as conversas ficaram mais intimas e interessantes”. Caos hormonal, paixoneta, segredos, procura de identidade quando se quer fazer parte de um grupo. “Para mim foi o final de uma certa inocência, quis mostrar os miúdos fora da escola sem pretensiosismo”, diz o realizador.
Viramundo
A Gaiola Dourada Num dos melhores bairros de Paris, Maria e José Ribeiro vivem há cerca de 30 anos na casa da porteira no rés-do-chão de um prédio da segunda metade do século XIX. Este casal de imigrantes portugueses é querido por todos no bairro: Maria uma excelente porteira e José um trabalhador da construção civil fora de série. Com o passar do tempo, este casal tornou-se indispensável no dia-a-dia dos que com ele convivem.
Duração: 103 min
Um bus-movie numa rota imaginária no Bronx sobre a passagem à fase adulta.
Boas Vibrações
ESTREIA 7 julho
EDEIa
ESTREIA 25 JUL
EM EXIBIÇÃO
Após ficar desempregado, o Dr Mortimer (Hugh Dancy) consegue uma vaga como assistente do Dr. Robert Dalrymble (Jonathan Pryce), um dos pioneiros em tratamento feminino na especialidade de histeria. Da noite para o dia, o jovem e bonito doutor torna-se uma celebridade entre as suas pacientes, que o procuram pela sua habilidade na “massagem manual”. A partir disto a história será escrita com a invenção de um dos primeiros aparelhos elétricos patenteados da história: o vibrador.
EXCLU
CINEMSIVO AS M
Pode-se viajar em companhias aéreas de luxo, para destinos de última hora, em low cost, com planos elaborados há vários meses ou, até, viajar sem sair do quarto. Viramundo, de PierreYves Borgeaud, não é apenas um documentário sobre o músico Gilberto Gil. É uma viagem pela carreira de um dos maiores cantautores brasileiros, ícone do tropicalismo e ex-ministro da
Cultura (primeiro negro a ser nomeado para o cargo no Brasil). Gilberto Gil embarca num périplo pelo Hemisfério Sul — da Bahia (a sua terra natal) à Austrália, da África do Sul à Amazónia — e vai conhecendo as diferentes tribos que o habitam. “O filme proporcionou momentos raros de uma personalidade cativante e de um artista multifacetado” realça o Les Fiches du Cinéma. Força da natureza, Gil promove a diversidade cultural e partilha a sua visão do futuro: a criação de um planeta cheio de ideias, música e esperança.
estreias cinema
PAIXÃO de
Brian De Palma
ESTREIA 11 JUL
Duração: 110 min
com Rachel McAdams, Noomi Rapace, Karoline Herfurth, Paul Anderson, Rainer Bock e Benjamin Sadler
Brian De Palma regressa com Passion, um thriller amoroso (e criminoso) que opõe Rachel McAdams a Noomi Rapace. Uma é loira ou morena e, como já cantava Marco Paulo a propósito destes duelos capilares, em nada são iguais.
“Olho por olho e dente por dente” podia ser o ditado por trás do último filme do realizador americano Brian De Palma. Num mundo cão, onde cada vez menos os valores se sobrepõem aos objectivos (e estes últimos são atingidos sem olhar a meios), duas mulheres digladiam-se para chegar ao topo. De um lado, está a loira Christine (Rachel Mcadams), uma executiva feroz e com sucesso num mundo de novas tecnologias, escritórios de janelas gigantes com vistas privilegiadas, fatos traçados cinzentos e cabelo aprumado a condizer com a reputação. Do outro, a novata Isabelle (Noomi Rapace), noviça na profissão e não no talento (já reconhecido com a interpretação na adaptação dos clássicos de Stieg Larsson – Trilogia Milennium – ao cinema), cuja ambição não olha a meios para atingir os fins. Remake de um filme noir francês, Crime d’amour (2010) de Alain Corneau, e rodado em Berlim, Paixão é uma travessia atlântica de Brian De Palma e, como todas as travessias, tem muitas histórias dentro de si. O realizador já nos habituou aos seus arrojos técnicos e às inversões de sentido narrativo, elementos que num thriller deste género, com algum erotismo e frivolidade, fica sempre bem. O original, com as interpretações de Kristin-Scott Thomas e Ludivine Sagnier, foi lançado em França dois dias antes da morte de Corneau e, para além de esse acontecimento ter despertado maior interesse no filme, a verdade é que foi muito bem recebido
na Europa e nos Estados Unidos pela sua qualidade. A história conquistou Brian De Palma ,que decidiu filmála, trocando Paris por Berlim e alterando a dinâmica entre as personagens, tornando-as praticamente da mesma idade. A tensão entre ambas cresce quando uma recebe os louros da outra pela criação de um anúncio publicitário a uma marca de telemóvel. Até pode ser prática comum no meio, mas Isabelle, a criativa, promete vingar-se de Christine, a usurpadora, dentro e fora do local de trabalho. Para manter o suspense, De Palma faz-se valer da técnica de divisão do ecrã em planos diferentes (splitscreen) que inventou, de várias cambalhotas narrativas e de um enrendo tão denso como a língua alemã que escolheu para alguns dos diálogos do filme. A revista Les Inrockuptibles afirma que “o processo infernal de reverter tudo está aqui e é, essencialmente, um princípio de prazer. De Palma regressa à sua veia mais livre e mais lunática”. Já o Indiewire escreve que “é o regresso do realizador à sua forma original: argumento obscuro, sensuais estrelas femininas, colegas de trabalho vingativas e rivais e, claro, paixão”, embora saiba que Vestida para Matar, Testemunha de um Crime ou Blow Out - Explosão sejam impossíveis de igualar. Principais Festivais: Festival de Veneza 2012 - Nomeação - Leão de Ouro
JULHO | aGOSTO 2013
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ESTREIAS CINEMA
SÓ DEUS PERDOA
NO NEVOEIRO
de Nicolas Winding Refn ESTREIA 25 JUL
de Sergei Loznitsa
com Ryan Gosling, Kristin Scott Thomas e Tom Burke Dur: 127 min
com Vladimir Svirskiy E Vladislav Abashin
Em equipa que ganha não se mexe. Depois de terem arrancado elogios e suspiros com Drive - Risco Duplo, Nicolas Winding Refn e Ryan Gosling regressam aos cinemas portugueses a 25 de Julho com Só Deus Perdoa.
História de sobrevivência na neblina. Um caminho aleatório, quase imperceptível, em que o certo e o errado são, por vezes, a mesma coisa. É assim No Nevoeiro, de Sergei Loznitsa.
Ryan Gosling é Julian, gerente de um clube de boxe Muay Thai em Banguecoque. O seu irmão, Billy, é assassinado em circunstâncias misteriosas e a mãe de ambos, Crystal (Kristin Scott-Thomas), pede ao filho que lhe resta para encontrar os criminosos. Começa um pingue-pongue de vinganças em que a única garantia que temos será o jorrar de vários litros de sangue. Julian ver-se-á obrigado a ceder às pressões da mãe, uma mulher maquiavélica como um filme destes implica, e à perseguição de Chang, um polícia cuja arma de eleição é uma espada e o mote espiritual a vendetta. Nicolas Winding Refn volta a utilizar não só a mesma temática do vigilante que procura justiça como o mesmo actor que protagonizou o seu filme anterior, Drive – Risco Duplo, Ryan Gosling. Mantém os exercícios de estilo, os tons saturados, os ambientes soturnos, os diálogos curtos e secos e os cenários lynchianos com momentos de sincronizada violência. O Guardian não poupa elogios ao regresso da dupla: “emoção de tirar o fôlego, esteticamente brilhante e um thriller imensamente violento.” O mesmo jornalista diz que “parece que Wong Kar-Wai fez um novo filme chamado In the mood for fear [Disponível para o medo] ou In the mood for hate [Disponível para o ódio]” numa referência ao iconográfico In the mood for love – Disponível para Amar, um filme de elevada beleza, saturação cromática, diálogos curtos e requintados. Em Cannes as opiniões dividiram-se. Houve quem reduzisse o filme a uma sequela de Drive - Risco Duplo, apelando à incapacidade de Refn em superar o primeiro (com o qual venceu a Palma de Ouro para melhor realizador em 2011), mas houve quem dissesse o contrário e realçasse a excelência formal de cada cena. O tira-teimas chega em Julho.
Um homem é condenado à morte, juntamente com outros três, por conspiração. Estamos na Bielorrússia ocupada pela Alemanha Nazi em 1942, mais concretamente na República Socialista Soviética Bielorrussa que integrava a União Soviética, ao mesmo tempo que partilhava territórios com a Polónia. Esse homem, Sushenya, é libertado, enquanto os restantes são enforcados. Os seus amigos e os seus inimigos encontram a mesma resposta para isso: traição. A palavra espalha-se e chega à floresta, onde se encontram os que lutam contra os nazis. Dois deles vão até à aldeia procurar Sushenya e levam-no com eles de volta para o bosque. No caminho são alvo de uma emboscada e o raptor de Sushenya fica ferido. Sozinhos, numa floresta profunda, a razão e o heroísmo desaparecem e qualquer escolha se torna amoral. Não há nada que Sushenya possa fazer. As suas acções são sempre percepcionadas da mesma maneira, quer faça uma coisa ou o seu inverso. A história, dirigida por Sergei Loznitsa, parte de um romance de Vasil Bykov, um escritor que fez parte do exército vermelho russo durante a II Guerra Mundial e a representou como uma extensão da dialéctica humana. Este último aspecto está intimamente ligado à filmografia de Loznitsa, que sempre questionou os limites dos comportamentos e das ideias. Para Manohla Dargis, crítica de cinema do New York Times , “o mundo e as suas escolhas são geralmente cruéis, mas por muita que seja a devastação na vida das personagens, o sr. Loznitsa procura sempre a bondade no meio da catástrofe”. E é nesta aventura existencialista que se desenrola a acção. Um filme pesado mas igualmente belo.
Principais Festivais: Festival de Cannes ‘13 - Nomeação à Palma de Ouro
Principais Festivais: Festival de Cannes ‘12 - Nomeação à Palma d’Ouro
6
JULHO | aGOSTO 2013
EXCLU
CINEMSIVO AS M
EDEIa
ESTREIA 1 JUL Dur: 127 min
estreiascinema cinema ESTREIAS
DENTRO DE CASA de
François Ozon
ESTREIA 18 JUL
Duração: 105 min
com Fabrice Luchini, Kristin-Scott Thomas, Ernst Umhauer e Emmanuelle Seigner
O problema não é a realidade imitar a ficção. É quando não conseguimos distinguir uma da outra, como o que acontece com as personagens de Dentro de Casa, o novo filme de François Ozon.
no início era o teatro... Cinco filmes que tiveram origem numa peça de teatro
A CORDA Peça teatral - Patrick Hamilton Filme - Alfred Hitchcock
A INFLUÊNCIA DOS RAIOS GAMA NO COMPORTAMENTO DAS MARGARIDAS Germain é um professor de Francês, cuja dedicação ao ensino já viu melhores dias. Diariamente à sua frente, na sala de aula, encontra alunos sem motivação. Até que lê o texto de um deles, chamado Claude, e decide explorar o seu talento invulgar. O rapaz de 16 anos “infiltra-se” na casa de um colega para o ajudar com os exercícios de matemática. Mas este é apenas um pretexto, a forma que encontrou para entrar dentro daquela casa e ficar por lá o tempo que conseguir. Ao sair, retrata numa escrita incisiva a vida daquela família: pai, mãe e filho, aprisionados entre dilemas de decoração e dramas laborais. São estes instantâneos sardónicos que o professor vai lendo e alimentando - entusiasmado, por ter encontrado um talento, ou conduzido por uma tentação voyeurista. De qualquer modo, esta intrusão na vida privada de outra família vai desencadear uma série de acontecimentos incontroláveis. Baseado na peça de teatro O Rapaz da Última Fila (que já tivemos oportunidade de ver encenada em Portugal pelos Artistas Unidos), Dentro de Casa é o mais
recente filme de François Ozon. A Concha de Ouro para Melhor Filme e o Prémio de Melhor Argumento no Festival de San Sebastián distinguiram esta obra em registo de thriller que a Télérama considerou “o melhor filme [do realizador], pequena obraprima perturbadora e subtil. Um filme que seduz, que surpreende, que entusiasma.” De acordo com a revista francesa, “o talento do cineasta é tal que temos a impressão de estarmos a inventar aquilo que descobrimos no ecrã: puxamos os cordéis, infiltramo-nos nos meandros da intriga, nos pensamentos das personagens...” O elenco não escapou igualmente à maré de elogios. “Fabrice Luchini é perfeito como o insensível e confuso professor Germain e Kristin Scott Thomas está no topo da forma como esposa frustrada”, escreveu o Screen Daily. “Sob a direcção firme do realizador, todo o elenco executa um trabalho eficaz”, confirma o Hollywood Reporter.
Principais Festivais: Festival de Cinema de San Sebastián – Concha de Ouro – Melhor Filme Festival de Cinema de Toronto – Prémio da Crítica Internacional
Peça teatral - Paul Zindel Filme - Paul Newman
CYRANO DE BERGERAC Peça teatral - Edmond Rostand Filme - Jean-Paul Rappeneau
ANTÓNIO, UM RAPAZ DE LISBOA Peça teatral / Filme - Jorge Silva Melo
CLOSER - PERTO DEMAIS Peça teatral - Patrick Marber Filme - Mike Nichols
JULHO | AGOSTO aGOSTO 2013
7
programação
espaço nimas
THE ROOM sessão especial 27 julho
a sua sala de cinema independente
de
Tommy Wiseau
Duração: 140 min
com Tommy Wiseau, Juliette Danielle e Greg Sestero
O Espaço Nimas apresenta o melhor e, só desta vez, o pior do cinema mundial. O ciclo de cinema clássico percorre alguns dos maiores cineastas de todos os tempos: Federico Fellini, David Lynch, John Ford, Alain Resnais, Kurosawa, entre outros. Com a família, assista a algumas das mais belas histórias da sétima arte, com uma variedade de filmes que vão desde o Os Respigadores e a Respigadora, de Agnés Varda, a Ninguém Sabe de Kore-eda Hirokazu. João Viana apresenta A Batalha de Tabatô, vendedor de uma menção honrosa no Festival de Cinema de Berlim, que retrata uma aldeia musical guineense. Em Agosto, há ciclo de cinema dedicado a Ingmar Bergman. Uma oportunidade para rever a obra singular do realizador sueco. Por último, conheça o pior filme de culto de sempre, The Room, um projecto de Tommy Wiseau com realização, argumento e interpretação do próprio.
The Room é um drama de baixo orçamento escrito, realizado e protagonizado por Tommy Wiseau, o mesmo homem que aparece no cartaz do filme e sobre o qual não se sabe quase nada - a Entertainment Weekly diz que Wiseau é “famoso por ser misterioso”. É tido como o pior filme de culto de sempre. A apresentação está a cargo de Filipe Melo e Nuno Markl.
CINEMA CLÁSSICO TODOS AS SEGUNDAS ÀS 18H30 NO ESPAÇO NIMAS 1 Julho > A PAIXÃO DOS FORTES de John Ford 8 Julho > OS SETE SAMURAIS de Akira Kurosawa 15 Julho > É SEMPRE A MESMA CANTIGA de Alain Resnais 22 Julho > MÃE E FILHO de Aleksandr Sokurov 29 Julho > O ÚLTIMO TANGO EM PARIS de Bernardo Bertolucci 5 Agosto > SICILIA! de Daniéle Huillet e Jean-Marie Straub 12 Agosto > ERASERHEAD de David Lynch 19 Agosto > AMARCORD de Federico Fellini 26 Agosto > CASAMENTO ESCANDALOSO de George Cukor
CINEMA FAMILIAR TODOS OS DOMINGOS ÀS 15H30 NO ESPAÇO NIMAS
Programação sujeita a alterações de última hora. Confirme sempre em www.medeiafilmes.com
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JULHO | AGOSTO aGOSTO 2013
7 Julho > OS RESPIGADORES E A RESPIGADORA de Agnés Varda 14 Julho > UMA ANDORINHA FEZ A PRIMAVERA de Christian Carion 21 Julho > LUNA PAPA de Bakhtyar Khudojnazarov 28 Julho > A FILHA DE D’ARTAGNAN de Bertrand Tavernier 4 Agosto > UM DIVÃ EM NOVA IORQUE de Chantal Akerman 11 Agosto > MICROCOSMOS, O POVO DA ERVA de Claude Nuridsany e Marie Pérennou 18 Agosto > KIRIKU de Benedicte Gallup e Michel Ocelot 25 Agosto > NINGUÉM SABE de Kore-Eda Hirokazu
programação
a batalha de tabatô de
JOÃO VIANA
ESTREIA 11 JUL
EXCLU
CINEMSIVO AS M
EDEIa
Duração: 78 min
O pai de Fatu chega à Guiné-Bissau, vindo de Portugal para assistir ao casamento da filha. A jovem é professora universitária e o seu futuro marido um conhecido músico. O seu casamento decorre em Tabatô, uma aldeia onde toda a gente toca instrumentos musicais. À medida que o filme se desenrola, vamos conhecendo os traumas do pai, um ex-soldado que combateu na Guerra Colonial. O filme teve uma menção honrosa no Festival de cinema de Berlim.
CICLO INGMAR BERGMAN em agosto SCENES OF A MARRIAGE (1963) de Ingmar Bergman CRIES AND WHISPERS (1972) de Ingmar Bergman FROM LIFE OF THE MARIONETTES (1980) de Ingmar Bergman A LESSON IN LOVE (1975) de Ingmar Bergman PERSONA (1966) de Ingmar Bergman THE RITE (1969) de Ingmar Bergman AUTOMN SONATA (1978) de Ingmar Bergman THROUGH A GLASS DARKLY (1961) de Ingmar Bergman SMILES OF A SUMMER NIGHT (1955) de Ingmar Bergman SUMMER WITH MONICA (1953) de Ingmar Bergman WILD STRAWBERRIES (1957) de Ingmar Bergman FANNY ALEXANDER (1982) de Ingmar Bergman PRISON (1949) de Ingmar Bergman DEVIL’ EYE (1960) de Ingmar Bergman THE SEVENTH SEAL (1957) de Ingmar Bergman SUMMER INTERLUDE (1951) de Ingmar Bergman
Realizador sueco, filmou mais de 60 longas-metragens e projectos para televisão, sobretudo no seu pais natal. A mortalidade, a solidão e a fé foram os seus temas de eleição. Para Woody Allen, Bergman foi o melhor cineasta desde a invenção do cinema, enquanto que para Godard, foi quem melhor soube encontrar respostas no vazio criativo que é a arte cinematográfica. JULHO | aGOSTO 2013
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ESTREIAS estreias em CINEMA cinema
FEIRA DA LADRA DAS VAIDADES ALGUNS DOS OBJECTOS ROUBADOS
The Bling Ring de
Sofia Coppola
EStreia 8 ago
Duração: 90 min
com Emma Watson, Taissa Farmiga, Claire Julien, Leslie Mann, Katie Chang
Israel Broussard e Georgia Rock
Sofia Copolla volta com The Bling Ring, uma história que parte de acontecimentos reais descobertos em 2011. Um regresso da realizadora ao complexo mundo da fama depois de ter filmado no célebre retiro das vedetas de Hollywood, o Chateau Marmon, em Somewhere - Algures.
No último filme de Sofia Coppola, baseado em factos verídicos, um grupo de adolescentes com dinheiro diverte-se a entrar e roubar a casa de várias vedetas. Na realidade, Paris Hilton, Lindsay Lohan, Orlando Bloom ou Megan Fox foram alguns do visados pelo gangue que actuou entre 2008 e 2011. As suas roupas foram experimentadas ou roubadas, assim como as suas jóias ou sapatos, por este grupo de quatro raparigas e um rapaz. A realizadora, que aparentemente não liga muitas vezes a Internet, ficou a saber da história muito tempo depois e através de uma grande reportagem publicada na Vanity Fair. Interessou-se e procurou os direitos. Depois meteu mãos à obra: “Quis mostrar a visão daqueles miúdos”, conta em entrevista. É um caso que não aconteceria sem a Internet, sem as trocas aceleradas de informação nas redes sociais que permitem saber onde Paris Hilton vai estar no sábado à noite, em que casa se irá instalar e quais as festas em que vai marcar presença. Basta a leitura de um “jornal” online que assedia figuras públicas e um site com imagens aéreas das moradas dos famosos. Basta, portanto, ter acesso a um computador, fazer umas pesquisas e já está. Esta obsessão da sociedade moderna com as celebridades (já experimentou ligar a televisão ao domingo à noite?), o ver e ser visto na companhia deste ou daquele, dá o mote a The Bling Ring. Em todos os outros filmes de Coppola assiste-se a uma relação sinuosa com a fama ou como esta se traduz na integração num grupo. No filme Lost in Translation - O Amor é um Lugar Estranho (2003), dois desconhecidos inadaptados ao meio, uma por estar a acompanhar o namorado famoso em trabalho, o outro por ser uma ex-
“É simultaneamente uma crítica incisiva aos materialismo de Hollywood e uma fábula cautelosa sobre a amoralidade juvenil e a era do narcicismo-facebookiano” Vanity Fair 10 JULHO | AGOSTO aGOSTO 2013
ESTREIAS cinema
as escolhas de sofia
scarlett johansson
celebridade em queda de popularidade, aproximam-se; em Marie Antoinette (2006) vemos o crescimento e sofrimento (impossível dissociar ambos) da jovem querubim austríaca e a sua adaptação à corte parisiense; já em Somewhere - Algures (2010) um actor lida com a fama e com a incapacidade de criar a filha. Mesmo no melancólico As Virgens Suicidas (1999) vemos uma necessidade de adaptação constante. Não queriam as irmãs Lisbon fazer parte do bando de adolescentes normais e ter a fama normal de um adolescente americano? Sobre o grupo adolescente de The Bling Ring diz o produtor Youree Henley: “Eles queriam ser aquelas pessoas e não necessariamente roubar a sua casa ou os seus pertences.” Esta apregoada inocência não impediu que fossem roubados cerca de 3 milhões de dólares (cerca de 2,3 milhões de euros) em peças Chanel, Marc Jacobs ou Gucci. Algumas das visadas não se importaram de aparecer no filme em cameos (fazem de elas próprias) numa espécie de recriação histórica dos factos. Para além disso, há um discorrer de marcas e acessórios capazes de fazer salivar qualquer fashionista. Para a Vanity Fair, o filme de Coppola “é simultaneamente uma crítica incisiva aos materialismo de Hollywood e uma fábula cautelosa sobre a amoralidade juvenil e a era do narcicismo-facebookiano”. E acrescenta, “aquelas raparigas fazem as de Spring Breakers parecer perfeitamente ajustadas”.
A actriz americana foi a escolhida por Sofia Coppola para protagonizar Lost In Translation- O Amor é um Lugar Estranho. Venceu um Bafta para melhor actriz.
kirsten dunst Protagonista da primeira longametragem de Coppola, As Virgens Suicidas, Dunst repetiu a colaboração com Marie Antoinette. Faz um cameo em The Bling Ring.
emma waTson Principais Festivais: Festival de Cinema de Cannes 2013 – Un Certain Regard
Das varinhas de Hogwarts para o crime de Los Angeles, Emma Watson protagoniza The Bling Ring, um caso mediático sobre a obsessão e furto de celebridades.
JULHO | AGOSTO aGOSTO 2013 11
estreias cinema
DEPOIS DE MAIO de
Olivier Assayas
ESTREIA AGOSTO
com Clément Métayer, Lola Créton e Felix Armand
Duração: 122 min
Olivier Assayas regressa aos anos 1970 depois de Carlos para uma história que, em muitos aspectos, é também a sua. As memórias do realizador andam bem por perto neste Depois de Maio, que lhe valeu o Prémio de Melhor Argumento em Veneza. Assayas tinha apenas 13 anos quando a geração anterior à sua viveu expansivamente nas ruas o Maio de 1968, mas o realizador de Tempos de Verão nem vivia em Paris nessa época. A sua década foi a seguinte: aquela que não teve de lidar com a revolução mas sim com a sua ressaca, com o que ficou depois de as pedras da calçada voltarem a assentar. Depois de Maio debruça-se precisamente sobre a década de 1970 “através do ângulo específico dos estudantes do ensino secundário”, como disse o realizador numa entrevista à Indiewire, “que são metade adultos e metade crianças”. Exactamente a mesma idade que o realizador tinha nessa época. Não é por acaso portanto que nas páginas da Les Inrockuptibles, se tenha escrito que este filme é um “auto-retrato geracional”. O antigo crítico de cinema partiu para Depois de Maio com as suas experiências bem vívidas na memória: “Muitos dos acontecimentos são reais, muitas personagens são inspiradas em pessoas específicas. Mesmo o diálogo com o pai é bastante parecida com o tipo de conversas que poderia ter tido com o meu na altura”. O elenco do filme é composto por um conjunto de jovens actores praticamente desconhecidos do grande público. Na mesma entrevista à Indiewire, Assayas revelou ter-se apercebido de uma grande diferença no envolvimento político da sua geração e da dos seus actores. “Eles não acreditam na política. Mas é natural. Como é que podem acreditar se os politicos não param de dizer que não conseguem fazer nada? Não podem fazer nada contra o aquecimento global, não podem fazer nada contra a crise financeira, não podem fazer nada contra a especulação imobiliária…” Depois de Maio é “uma ode formidável à juventude de todas as épocas, de todos os tempos”, escreveu o crítico Serge Kaganski, na revista Les Inrockuptibles. “Magnificamente escrito, elegante e classicamente filmado”. Aurélien Ferenczi, da Télérama, escreveu que o filme de Assayas “vai emocionar todos aqueles que, a certa altura da sua vida, se interrogaram sobre o seu envolvimento na sociedade, sobre a sua vida afectiva e pessoal, e sobre a sua capacidade de mudar o rumo das coisas”. Principais Festivais: Festival de Veneza – Melhor Argumento Toronto Film Festival – Selecção Oficial New York Film Festival – Selecção Oficial
12 JULHO | aGOSTO 2013
estreias cinema
eu E TU
ESTREIA agosto
de Bernardo Bertolucci
Dur: 103 min
com Tea Falco, Jacopo Antinori E Sonia Bergamasco
Nove anos depois de Os Sonhadores o cineasta italiano regressa com longametragem intimista, ambientada numa cave em Roma onde dois jovens tentam escapar da sua própria solidão.
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Lorenzo (um jovem adolescente com um passado que se adivinha traumático) escapa-se de uma viagem escolar a uma estância de esqui e decide esconderse, em segredo, na cave do seu apartamento em Roma. Mas a chegada de Olivia, a sua meia-irmã, vai alterar a semana que o rapaz contava ser de refúgio. Ela é viciada em heroína e precisa de um local para ressacar. Ele é um adolescente ensimesmado. São dois outsiders – como quase sempre o são as personagens de Bertolucci. Durante uma semana (que se consome durante uma hora e meia), Lorenzo e Olivia vão ficar encerrados naquele espaço, desenterrando alguns segredos pessoais e de família ao mesmo tempo que se vão descobrindo. Aos 72 anos, o cineasta de O Último Tango em Paris e O Último Imperador realiza uma última obra “cheia de charme juvenil”, escreveu Thomas Sotinel do Le Monde. O próprio Bertolucci referiu, numa entrevista ao semanário Expresso, que lhe foi fácil falar de adolescentes. “Tendo em conta que eles são seres em desenvolvimento, ao contrário de mim, cuja evolução já parou”, referiu. “Se calhar é um filme em que entro na maturidade”. Sabia que... Em 1969, David Bowie gravou uma versão da sua Space
Oddity em italiano. A música manteve-se mas a letra foi alterada para contar o encontro de um jovem casal:
Ragazzo Solo, Ragazza Sola foi o título escolhido. Em Eu e Tu, Bernardo Bertolucci recupera a música.
Principais Festivais: Festival de Cannes – Selecção Oficial Prémios David di Donatello – Nomeado Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento
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www.medeiafilmes.com JULHO | aGOSTO 2013 13
programação
TEATRO CAMPO ALEGRE As “Terças-Feiras Clássicas do Teatro do Campo Alegre”, que agora completam 3 anos e se tornaram um must na exibição no Porto, serão dedicadas ao longo do mês de Julho ao realizador Ernst Lubitsch (n. Berlim, 1892; m. Los Angeles, 1947), com filmes da fase inicial da sua carreira, ainda no mudo e na Alemanha, e filmes sonoros, realizados nos EUA, para onde fora nos anos 20 (chamavamlhe nessa altura “o Grifith Europeu”), tornando-se num dos mais prestigiados cineastas de Hollywood. Irresistível, o seu “toque mágico”, Lubitsch touch, uma “habilidade insuperável de tornar legível (e significativa) uma elipse” (MCF, Folhas da Cinemateca).
Terças-feiras Clássicas CICLO
LUBITSCH MUDO E FALADO: 6 EXEMPLOS 2 Julho > 22h
EU NÃO GOSTARIA DE SER UM HOMEM ICH MÖCHTE KEIN MAN SEIN (1918) de Ernst Lubitsch
A PRINCESA DAS OSTRAS DIE AUSTERNPRINZESSIN (1919) de Ernst Lubitsch
9 Julho > 22h
ANA BOLENA ANNA BOLEYN (1920) de Ernst Lubitsch 16 Julho > 22h
GATINHA SELVAGEM DIE BERGKATZE (1921) de Ernst Lubitsch 23 Julho > 22h
UMA MULHER PARA DOIS DESIGN FOR LIVING (1933) de Ernst Lubitsch 30 Julho > 22h
A OITAVA MULHER DO BARBA AZUL BLUEBEARD’S EIGHTH WIFE (1938) de Ernst Lubitsch
Todos os filmes legendados em Portugûes
ESTREIAS EXCLUSIVAS Camille Claudel 1915 de Bruno
Dumont
EM EXIBIÇÃO
Duração: 93 min
EM SEGUNDA MÃO de CATARINA EM EXIBIÇÃO
RUIVO
Duração: 110 min
a batalha de tabatô Programação sujeita a alterações de última hora. Confirme sempre em www.medeiafilmes.com
14 julho JULHO | agosto aGOSTO 2013
de JOÃO
VIANA
ESTREIA 11 JUL
Duração: 78 min
estreias estreias programação cinema cinema
BREVEMENTE em dvd NOUTRO PAÍS um filme de Hong Sang-soo com Isabelle Huppert
Kwon Hye Hyo, Jung Yu Mi
Mãe e filha desesperam com dívidas acumuladas e mudam-se de Seul para uma praia da costa coreana. A jovem começa então a escrever o argumento de uma curta-metragem. Na história, Anne é uma mulher francesa que visita um amigo realizador e conhece um salva-vidas que tenta conquistá-la. Duas francesas também chamadas Anne chegam ao local e lidam com os mesmos personagens. Realizador sul-coreano cuja primeira obra, The Day a Pig Fell into the Well (1996), conquistou vários prémios internacionais. Em 2010, ganhou o Prémio Un Certain Regard no Festival de Cinema de Cannes com a película Hahaha. Noutro País, esteve em competição no ano passado no mesmo festival. Hong Sang-Soo
A ÁRVORE
DVD inédito
um filme de Julie Bertuccelli com Charlotte Gainsbourg
Morgana Davies, Marton Csokas
Depois de o pai de Simone morrer inesperadamente, a criança de oito anos encontra um novo consolo na grande árvore que se ergue sobre a sua casa. Através dela, Simone acredita que consegue ouvir o pai. Mas quando a árvore começa a ameaçar a segurança da casa onde vive com a família, a mãe (Charlotte Gainsbourg) de Simone tem de tomar medidas difíceis, colocando em causa o grande laço que resta entre a rapariga e o pai.
Julie Bertuccelli
Foi assistente de realização de vários cineastas como Rithy Panh, Emmanuel Finkiel ou Bertrand Tavernier até assumir a realização. O seu primeiro filme, Since Otar Left venceu o grande prémio do júri da Semana da Crítica, no Festival de Cinema de Cannes em 2003. A Árvore é o seu segundo filme.
O Mascarilha De Gore Verbinski A história de The Lone Ranger é ambientada no Velho Oeste e centra-se num policia de patrulha fronteiriça (Armie Hammer) que foi atacado e deixado para morrer por um grupo de criminosos, tendo sido salvo por um índio comanche chamado Tonto (Johnny Depp). Quando recupera as forças, o policia decide deixar para trás a sua velha identidade e transforma-se no The Lone Ranger, um vigilante mascarado que, com a ajuda de Tonto, se vai vingar de todas as pessoas que lhe fizeram mal.
ESTREIA 8 AGOSTO Elysium De Neill Blomkamp Em 2159, o mundo é dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas em grande decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.
ESTREIA 15 AGOSTO Até ver a luz De basil da cunha Acabado de sair da prisão, Sombra volta à sua vida de dealer no bairro da Reboleira. Entre o dinheiro emprestado que não consegue recuperar e aquele que deve, uma iguana pouco comum, uma pequena vizinha sempre por perto e um chefe de gang que duvida da sua boa fé, Sombra começa a pensar que, de facto, mais valia ter ficado dentro.
ESTREIA 22 AGOSTO JULHO | agosto julho aGOSTO 2013 15
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GRANDES FILMES A PREÇOS REDUZIDOS ESPAÇO NIMAS
KING
6,5 euros
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MONUMENTAL
FONTE NOVA
6 euros
BILHETE NORMAL
5,5 euros
5 euros
3ª IDADE (>65 ANOS) CARTÃO JOVEM / ESTUDANTE
4,5 euros
2ª FEIRA (EXCEPTO FERIADOS) 3ª A 5ª FEIRA ATÉ ÀS 20H (EXCEPTO FERIADOS)
3,5 euros
GRUPOS ESCOLARES ( + 10 ALUNOS) PROJECÇÕES EM 3D + 2 EUROS
CICLOS
4,5 euros
ESPAÇO NIMAS KING
4
euros
ACOMPANHANTES DE MEDEIA CARD
TODOS OS DIAS
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