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E&M_Edição 57_Fevereiro 2023 • Novo Código Comercial - O Que Muda Para as Empresas?

Vinho com Ciência. Nova Era da Degustação à Vista!

A universidade de geisenheim, na Alemanha, um dos principais centros de investigação mundial para todos os assuntos relacionados com a viticultura, está na vanguarda da investigação sobre o vinho e as alterações climáticas. Nesta prestigiada instituição, investigadores e enólogos aprendizes imaginam como serão feitos os grandes vinhos do futuro.

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Além disso, Kammann estuda a possibilidade de remover dióxido de carbono da atmosfera através da formação de camadas de húmus e de biomassa, e procura alternativas aos métodos fitossanitários actuais, porque a viticultura nem sempre é um modelo de ecologia: as vinhas cobrem apenas 0,6% das superfícies agrícolas da Alemanha, mas consomem 19% dos produtos fitofarmacêuticos do país.

Nestas condições, o conteúdo proteico dos legumes desce; as uvas intensificam a fotossíntese e aceleram o crescimento, o que tem como consequência, no caso de cachos compactos como os da Riesling, os bagos se esmagarem uns contra os outros e rebentarem por causa dos fungos e outros parasitas.

Numa outra parcela, enxertou-se um clone de Riesling em três porta-enxertos idênticos, mas de anos diferentes (1971, 1995 e 2012), uma experiência única no mundo, que permite estudar, a longo prazo, a evolução dos desempenhos, a resistência ao stress hídrico e a vulnerabilidade às doenças da madeira da videira.

Em breve, uma terceira vinha será equipada com painéis solares semitransparentes, que protegerão as vinhas da humidade e da podridão e produzirão energia para o funcionamento de máquinas como robots autónomos de monda. Um dia, estas máquinas poderão também fornecer informações sobre ataques fúngicos ou sobre o grau de maturação das uvas.

Um colega de Claúdia Kammann, Rainer Jung, do Instituto de Enologia, está a investigar as razões pelas quais um sol forte, consequência das alterações climáticas, le-

va à formação de trimetil-dihidronaftaleno no vinho (que lhe dá um aroma semelhante ao do petróleo) e causa o envelhecimento prematuro do Riesling ao fim de apenas um ou dois anos.

Esta Universidade foi, durante a maior parte da sua história, a única instituição na Alemanha em que se podia obter estudos superiores em Viticultura e em Enologia.

Desde os anos 50 que Geisenheim cria as primeiras cátedras dedicadas exclusivamente ao vinho: em 1981, o instituto abriu o curso de Viticultura e Enologia; em 2003, tendo como pano de fundo a globalização do mercado do vinho, inaugurou um curso de economia internacional do vinho; em 2013, obteve o estatuto de universidade.

Hoje, as investigações aqui realizadas são aplicáveis a todo o mundo vinícola. Ali, cultiva-se uma vinha experimental de três maneiras diferentes – integrativa, ecológica e biodinâmica –, para comparar os respectivos efeitos destes métodos na qualidade do solo, na biodiversidade e na estrutura fenólica do fruto.

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