Jornal OPaís edição nº1490 de 31/05/2019

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UnITA E FAMÍLIA rECEBEM OFICIALMEnTE rESTOS MOrTAIS DE JOnAS SAVIMBI nO AnDULO

QUAnDO O SEXO InVADE A ESCOLA Casos de professores que “namoram” com alunas são uma realidade que, cada vez mais, vem ganhando espaço no circuito académico e influenciando negativamente o processo de aprendizagem e ensino, tendo em atenção que, em vez de ensinar, os docentes nesta condição transformam a sala de aulas num autêntico campo de conquistas e de realizações sexuais. P. 10

o governo angolano entrega hoje às 10 horas, no Andulo, sede do município com o mesmo nome, na província do Bié, à família e à direcção da UNITA, os restos mortais do presidente fundador do partido, Jonas Malheiro Savimbi, depois de o acto não se ter efectivado na cidade do Cuito, como previamente anunciado. P. 2

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Director: José Kaliengue

O DIÁRIO DA NOVA ANGOLA Edição n.º 1490 Sexta-feira, 31/05/2019 Preço: 40 Kz

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JULGAMEnTO COMEÇA HOJE nO SUPrEMO

AUGUSTO TOMÁS rESPOnDE POr SEIS CrIMES POLÍTICA. Em Janeiro deste ano, a Procuradoria Geral da

República (PGR) formalizou as seis acusações contra o antigo ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, num caso que envolve o Conselho Nacional de Carregadores (CNC), órgão tutelado pelo Ministério dos Transportes. Pesam sobre o antigo governante, por exemplo, os crimes de peculato, na forma continuada, um crime de violação das normas de execução do plano e orçamento. P. 9

“Governação de João Lourenço exige mais das pessoas” o governador provincial do Moxico, gonçalves Muandumba, numa entrevista na passada Segundafeira, falou dos passos dados para a entrega dos restos mortais do líder-fundador da UNITA, Jonas Savimbi, à família e à UNITA, mas lembrou que não seria na sua região. Refere-se a João Lourenço como aquele que s_276x42,733mm.pdf 1 03/07/17 10:29 imprimiu a “governação moderna” em Angola. P. 18 ●

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seus serviços a partir de 2020, em Lisboa, Windhoek e Macau, deu a conhecer a subdiretora Nádia Brás. o sector segurador e das viagens também fazem parte da expansão do negócio. P. 22

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Confiança no Futuro

Rivaldo despromove Kabuscorp à segunda divisão

● A Federação Angolana de Futebol

confirma hoje, em comunicado, a descida de divisão do emblema do Palanca, por se ter atrasado a saldar a dívida com o ex-craque brasileiro, segundo uma fonte do órgão que rege o desporto rei no país. P. 26

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EM FOCO

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O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

UNITA e família recebem oficialmente restos mortais de Jonas Savimbi no Andulo

O Governo entrega hoje, às 10 horas, no Andulo, sede do município com o mesmo nome, na província do Bié, à família e à direcção da UNITA, os restos mortais do presidente fundador do partido, Jonas Savimbi texto de Ireneu Mujoco fotos de Pedro Nicodemos, enviados ao Cuito Bié

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epositados numa unidade militar das Forças Armadas Angolanas(FAA) n Andulo, nesta Terça-feira, 28, contra a vontade da família e da direcção da UNITA, partido que fundou, as ossadas de Jonas Savimbi são entregues hoje oficialmente pelo ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Pedro Sebastião.

Segundo o secretário da Comunicação e Marketing da presidência da UNITA, Lourenço Bento, recebe os restos mortais o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, na presença da família, nomeadamente a irmã Judith Pena, os filhos e as duas viúvas. A entrega oficial no Andulo resultou de uma reunião ocorrida ontem, em Luanda, entre Isaías Samakuva e o Presidente da República, João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta, depois de as ossadas

não terem sido entregues no Cuito, como se previa. Face à situação, o líder da UNITA endereçou uma carta de carácter urgente ao Presidente da República, na qual manifestava o seu descontentamento com a situação. A missiva foi antecedida de uma conferência de imprensa realizada pelos filhos de Jonas Savimbi na cidade do Cuito, que desmentiram a existência de divergências entre a família e a direcção da UNITA, quanto ao enterro condigno de Jonas Savimbi, como avançou fonte governamental. Dirigida pelo seu primogénito, Cheya Sakaita, a família reagia às declarações do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, feitas numa outra conferência de imprensa realizada aqui no Andulo. Na conferência, Pedro Sebastião denunciou que a direcção da UNITA estava a criar obstáculos à entrega dos restos mortais de Jonas

Savimbi para a realização de um funeral condigno, por ter entrado em contradição com a família do malogrado. Em conversa com os jornalistas, Cheya Savimbi disse não fazer sentido haver divergências entre a família e a direcção da UNITA, pelo facto de ambas as partes estarem de acordo em todos os aspectos para a inumação do seu progenitor. “Queremos enterrar o nosso pai com dignidade e verdade”, afirmou, esclarecendo que desde o início deste processo estão a tratar juntos o assunto com o Governo, através da Comissão Multisectorial para as Exéquias Fúnebres de Jonas Savimbi, integrada por membros da direcção da UNITA, Governo e família. Programa inalterável Apesar da recepção tardia dos restos mortais, o programa das exéquias fúnebres não sofreu qualquer alteração, sendo que ontem se realizou o velório aqui no Andulo no

Secretariado Municipal da UNITA, e hoje segue-se para a localidade de Lopitanga, onde amanhã serão enterradas definitivamente as ossadas de Savimbi. Segundo apurou OPAÍS, para assistirem à inumação de Jonas Savimbi, morto em combate no Moxico, Leste de Angola, a 22 de Fevereiro de 2002, estão já confirmadas mais de 80 personalidades estrangeiras, convidadas para o efeito. Há também a destacar a presença de um batalhão de jornalistas nacionais e estrangeiros já na localidade da Lopitanga, situada a 30 quilómetros do Andulo, para a cobertura deste evento. Gesto de reconciliação nacional Entretanto, o vice-presidente da UNITA, Raul Danda, saudou a decisão do Presidente da República, João Lourenço, que autorizou a entrega oficial das ossadas à UNITA e à família, depois de não se ter efectivado no local previsto.


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DESTAQUES POLÍTICA. PÁG. 8 Defesa da CPLP quer governação participativa face aos desafios globais.

o editorial

SOCIEDADE. PÁG. 10 quando o sexo

invade as aulas.

CArTAz. PÁG. 14 “Espero contar com todos os membros fazendo uma gestão aberta e participativa” .

ECOnOMIA. PÁG. 22 Banco Sol chega a Portugal, Namíbia e Macau no próximo ano.

MUnDO. PG. 24 EUA levam ex-

combatentes do Estado Islâmico para o Iraque e a oNU levanta dúvidas.

O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

HOJE:

Um ano com contadores e sem luz

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oradores dos bairros Retranca, Pedreira, Belo Monte e Catana, dos sectores cinco, seis e sete do distrito urbano do Cacuaco sede, concentraram-se, na quinta-feira, defronte à Administração Municipal, para reclamar contra a falta de energia eléctrica. os moradores exibiram, na sua manifestação, contadores de energia eléctrica deixados nas suas residências, há mais de um ano, pelos técnicos da ENDE. Há realidades em Angola, que são muitas, simplesmente incompreensíveis. Há uma insensibilidade da administração pública mais próxima dos tempos do feudalismo que do tempos de hoje. Há exigências a fazer em vez da postura passiva para depois agradecer a prestação de serviços que o Estado tem a obrigação de prover.

os números do dia

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Cooperativas de exploração de diamantes, anteriormente paralisadas no âmbito da “operação Transparência”, voltaram a operar na província da Lunda Sul

128 431

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Mil milhões de kwanzas é o valor do micro-crédito disponibilizado, este ano, pelo Banco Sol, para apoiar os jovens empreendedores do país

Infracções laborais foram detectadas no primeiro trimestre deste ano, nos municípios do Cuito e Andulo, província do Bié, pela Inspecção geral do Trabalho

o que foi dito

Os órgãos de defesa e segurança nacional têm estado a receber informações suficientes da parte da população” António Bernardo M porta-voz da operação transparência

Para redinamizar a agricultura familiar, o Governo está aumentar a oferta de sementes melhoradas e disponibilidade de fertilizantes” Marcos nhunga Ministro da Agricultura

Acordo de cooperação nos domínios do ensino, investigação e extensão universitária foi assinado, em Luanda, pela UPRA e o ABCFMABC do Brasil

Os estudos científicos da national Geographic sobre a vida selvagem do Okavango vão contribuir no processo de conservação/protecção ou de novas categorias” Paula Francisco Coelho Ministra do Ambiente


O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

5 e assim... José Kaliengue Director

Hoje no online de O PAÍS leia a entrevista com o economista Carlos Lopes e encontre algumas respostas às suas inquietações sobre o desenvolvimento africano

Sorria, está a ser filmado

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Conselho de Ministros apreciou, esta Quarta-feira, uma Proposta de Lei de Videovigilância, que estabelece a instalação e utilização de câmaras de vigilância em pontos críticos previamente identificados pelas autoridades policiais. Até aqui tudo bem, é pela segurança de todos. Mas há questões que se impõem: o que são Hoje é dia Mundial sem Tabaco: o tabagismo é responsável por mais de 7 milhões de mortes por ano em todo o mundo e pontos críticos? E as políticas sociais para os evitar ou resolver? Veja-se a por inúmeras doenças relacionadas pelo tabaco. (DR) questão da falta de iluminação pública, propiciadora do crime, estamos todos num ponto crítico gigantesco. Por outro lado, onde fica a sociedade na discussão de assunto tão importante, porquanto interfere directamente com os direitos das pessoas à privacidade e recato ainda que em espaços públicos? E como poderá a sociedade vigiar o cumprimento da lei e o uso da videovigilância extrictamente para questões de segurança colectiva? O assunto é bem mais sério do que aquilo que mostra, aliás, ainda há a memória do mau uso que um agente da Polícia Nacional fez de imagens obtidas com a intrusão na privacidade de um casal, dentro do seu automóvel e as publicou nas redes sociais. Este é um assunto para o qual se deve prestar a maior atenção e colaboração, todos queremos estar mais seguros, é claro, mas tenho dúvidas que todos estejamos dispostos a abdicar da nossa privacidade e deixarmo-nos vigiar pelo Estado. Pior ainda se não tivermos mecanismos que nos defendam contra o mau uso de tal vigilância, contra possíveis abusos das instituições e agentes do Estado ou do Governo. A vigilância electrónica é debatida em muitos países do mundo, nos Estados Unidos da América há Estados Encontro o Fórum Alemão de África os governos de Angola, Cultura Uma reflexão em torno Música o Centro Cultural Dr. Basquetebol A Seque, por exemplo, proibiram os melecção Nacional Empreendimentos em África Timor-Leste e São Tomé e Prínci- do mundo das artes e da cultu- António Agostinho Neto, em canismos de identificação facial elecsénior feminina declarou apoio e considera a pe vão estar representados num ra em Angola é o foco do sétimo Catete, acolhe a partir de hoje o trónica por parte da Polícia. A liberprossegue a prepaConferência Angolana de fórum em Macau para debater Conselho Consultivo Alargado Festival Manguxiandu: Katete dade e os direitos do cidadão acima de ração, visando o Petróleo e gás 2019, organiza- investimentos chineses, a 30 e 31 do Ministério da Cultura, que Terra das Artes, da Promessa e tudo. Mas nós, aqui, bem, distraímoTorneio de Harare, no nos com outras coisas, correndo o risda pela África oil & Power em de Maio, anunciou a organização termina hoje, no Auditório geda Liberdade. A cerimónia de Zimbabwe, de 02 a Luanda, de 4 e 6 de Junho, uma numa conferência de imprensa, neral Foguetão, em Caxito, abertura acontece às 20h00, e co de um dia acordarmos num Estado das maiores plataformas para segundo a Lusa. os secretários de província do Bengo. Durante tem como destaque um sarau de 08 de Junho, selecti- altamente securitário e com os nossos vo ao Afrobasket o investimento, tecnologia de Estado das Águas e para os dois dias, os participantes ao música sacra em homenagem direitos sequestrados. ponta e prestadores de serviTransportes, Lucrécio da Costa e Conselho Consultivo discutiaos pais do primeiro Presidente 2019 ços alemães interagirem num guido Cristóvão, respectivamen- ram, ainda, o plano de desende Angola, Reverendo Agostinho mercado que é o segundo te, o ministro das obras Públicas, volvimento nacional 2018/2022 Pedro Neto e a professora Maria maior produtor de petróleo em Infra-estruturas, Recursos Natu- para o sector da Cultura e a da Silva Neto. o festival tem a E também... África. A nota da associação rais e Meio Ambiente de São implementação, valorização e parceria do Atelier D’Artes Lurefere que o Presidente João Tomé e Príncipe, osvaldo Abreu dinamização do património cengomono, inclui gastronomia, Dia Mundial Sem Tabaco - 31 de Maio Lourenço, desde que tomou marcam presença no 10º Fórum histórico-cultural e diplomacia feiras e exposições, roda de capoO dia visa alertar a população paposse, “galvanizou o sector Internacional sobre o Investicultural. o fomento da arte e eira, teatro, dança, cinema e conra os malefícios do tabaco e sensibipetrolífero e de gás natural”, mento e Construção de Infradas indústrias culturais e criati- certos, sendo que o acto cultural lizar para a necessidade de proteger tal como abriu o sector ao estruturas (IIICF). Participam vas, programas culturais proencerra no próximo Sabado as pessoas para que não fumem por ainda daltos dirigentes dos países vinciais, municipais e locais e o investimento estrangeiro e a naquela localidade, em Luanda. tabagismo passivo. oportunidades de negócio em questão estado actual das igrejas

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o que vai acontecer


6 Media Nova, S.A Presidente do Conselho de Administração Filipe Correia de Sá Administradores Executivos Luís gomes Paulo Kénia Camotim Propriedade : Socijornal Depósito Legal: Nº 244/2008 Contribuinte: 5417015059 Nº registo estatístico: 48058

O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

nO TEMPO DO KAPArAnDAnDA

Director Geral de Publicações: José Kaliengue jose.kaliengue@opais.co.ao

OPAÍS

Director: José Kaliengue Sub-Director: Daniel Costa, daniel.costa@opais.co.ao Chefe de Redacção: Eugénio Mateus, eugenio.mateus@opais. co.ao Grande repórter: André Mussamo andre.mussamo@opais.co.ao Editorias : Política: Ireneu Mujoco ireneu.mujoco@opais.co.ao (Editor) Sociedade: Paulo Sérgio paulo.sergio@opais.co.ao (Editor) Romão Brandão romao.brandao@opais.co.ao (Sub-editor) Economia Luís Faria (Coordenador-Editor) luis.faria@opais.co.ao Desporto: Sebastião Félix sebastiao.felix@opais.co.ao (Editor) Mário Silva mario.silva@opais.co.ao (Sub-editor) Cartaz: Jorge Fernandes jorge.silva@medianova.co.ao (Sub-editor) Redacção: Norberto Sateco, Alberto Bambi, Augusto Nunes, Rila Berta, Miguel Kitari, Domingos Bento, Neusa Filipe, Afrodite Zumba, Milton Manaça, Antónia gonçalo, Maria Teixeira, Iracelma Kaliengue, Patrícia oliveira, Stela Cambamba, Zuleide de Carvalho (Benguela),Brenda Sambo, Maria Custódia, Kiameso Pedro e Adjelson Coimbra. Arte: Ladislau Bernardo (Coordenador) valério vunda (Coordenador adjunto)Lourenço Pascoal, Annette Fernandes, Nelson da Silva e Francisco da Silva. Fotografia: Carlos Moco (Editor), Daniel Miguel (Sub-editor), Pedro Nicodemos, Jacinto Figueiredo, Carlos Augusto, virgílio Pinto, Lito Cahongolo (repórteres fotográficos), Rosa gaspar e Yuri dos Santos (Assistentes de Departamento) Revisão: António Setas Agências: Angop, AFP, Reuters, getty Images

Assistentes de Redacção: Antónia Correia, Rosa gaspar, Inês Monteiro e Sílvia Henriques Impressão e acabamento: DAMER, S. A. Luanda Sul, Edifício Damer Distribuição: Media Nova Distribuição Tel: +244 943028039 Distribuidora@medianova.co.ao pontodevenda@medianova.co.ao Assinaturas: Bruno Pedro Tel: +244 945 501 040 Bruno.Pedro@medianova.co.ao Online: Venâncio Rodrigues (Editor)Isabel Dalla e Ana gomes Sítio Online: www.opais.co.ao Contactos: info@opais.co.ao Tel: 914 718 634 -222 003 268 Fax: 222 007 754 Sede: Condomínio ALPHA, Talatona- Luanda. Tel: 222 009 444 República de Angola

Comercial e Marketing: Senda Costa 922682440 vladimir Teixeira email: comercial@medianova.co.ao Tiragem: 15 000 exemplares

1923

1990

31de Maio de -A linha-férrea de 31 de Maio de -Em Windhoek Moçâmedes (actual província do Namibe-Angola) (Namíbia), o Presidente Sam Nujoma apela para chega à Sá da Bandeira (actual Lubango), na província a cessação da interferência externa nos da Huíla. assuntos internos de Angola.

31 de Maio de 1991 -José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola, e Jonas Savimbi assinam, em Lisboa (Portugal), o acordo de Bicesse, depois de um ano de negociações directas sob mediação portuguesa.

CArTA DO LEITOr

Cartão vermelho ao Executivo Luanda tem sido uma cidade de inúmeras surpresas. Não há dias em que não surge uma, incluindo até mesmo as mais triviais. quem vive no município de viana se apercebe dos enormes engarrafamentos que têm sido causados pelas obras que vão sendo feitas na estrada Deolinda Rodrigues. Nota-se, sobretudo às manhãs, quando as pessoas se deslocam aos locais de trabalho ou às escolas, assim como no período nocturno, quando regressam para os locais de residência. Esperava-se que as supostas obras de asfaltagem abrangessem, no mínimo, metade dos trocos ou que se pudesse fazer um excelente trabalho de terraplanagem. Curiosamente, o que se observa é que os constrangimentos causados foram para se asfaltar pouco menos de 300 ou 400 metros (se não for muito exagerado da minha parte) e o grosso das ruas, que poderiam atingir outras zonas de acesso ao interior do bairro, ficaram na mesma condição,

DR

isto é, sem, no mínimo, uma terraplanagem. Desconheço o mentor de tal iniciativa. quero crer que não seja algo ainda da alçada do novo governador, Luther Rescova. Mas, ainda assim, se ele se apercebeu da obra, poderia ter travado. Não se pode brincar com a paciência de quem mensalmente contribui para os cofres do Estado ou até mesmo dos automobilistas que todos os dias

sofrem para atingir determinados pontos da capital e do país, mas não conseguem por causa do estado das estradas. o que se fez em viana só pode ser enquadrado no âmbito das brincadeiras de que temos sido alvos há muito tempo. Nem sequer pode ser tido ou achado como algo que deverá contribuir para a melhoria do trânsito. Até o mais inculto dos cidadãos sabe que

aquele ‘metadinha’ de asfalto acabará por ser engolida pelo grosso do areal em que foi incluída. Não há como, por causa desta acção e obra, deixar de atribuir um cartão vermelho ao Executivo. Parece que ainda não se aperceberam de que brincadeira tem hora.

Moisés Mualunga viana- Luanda

Escreva para o Jornal OPAÍS através do e-mail info@opais.co.ao ou ligue para estes contactos Tel: 222 003 268 Fax: 222 007 754


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#FuturoBFA Programa de Trainees

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No âmbito da sua aposta no capital humano, o BFA lança mais um programa de trainees #FuturoBFA. Para este programa, serão seleccionados 50 talentos nacionais, licenciados, com mestrado ou pós-gradução nas áreas de

Gestão de Empresas, Contabilidade, Finanças, Matemática e Economia. As inscrições deverão ser feitas, através do envio de cv para futuro.bfa@bfa.ao, até ao dia 31 de Maio de 2019.


POLÍTICA

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O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

Defesa da CPLP quer governação participativa face aos desafios globais Os ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa querem formas de governação participativa assentes em estratégias multissectoriais, ante as actuais ameaças naturais e globais Norberto Sateco

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ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República considerou a estabilidade política na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) como umas prioridades ante as ameaças do mundo globalizado. Pedro Sebastião discursava na abertura 19ª Reunião de Ministros da Defesa da CPLP, que Luanda albergou nesta Quinta-feira, tendo destacado os desafios que os países enfrentam, que têm na eficácia das suas estruturas a sua solução. “Os países enfrentam problemas de má divisão de natureza, alguns, de carácter económico, e instabilidade política. É preciso que a comunidade encontre mecanismos para contribuir para a sua solu-

ção”, referiu o dirigente, para quem o contributo de todos pode justificar importância da existência desta comunidade de países. Sobre a agenda de cooperação entre os países, as autoridades angolanas reafirmam a sua vontade de estreitar parcerias nos domínios da investigação científica e desenvolvimento e de realização regular de exercícios militares, com vista a promover o progresso dos países membros. O dirigente ressaltou a necessidade da criação de estruturas permanentes, de modo a pôr cobro às principais situações em áreas de conflitos e de flagelos naturais, com destaque para os ciclones e secas. “Exige-se dos nossos países o redobrar dos esforços para a erradicação das causas dos principais problemas, partindo do princípio que a acção preventiva é sempre a ideal”, disse Pedro Sebastião. Uma das formas de defender o

interesse dos os países, acrescentou, passa pela partilha de experiências, com vista a incrementar projectos de solidariedade e desenvolvimento. “A estabilidade e a soberania só podemos alcançar através da concertação política, dialogo, e num ambiente de confiança em que se respeite as especificidades dos Estados”, insistiu. Sustentou que no mundo contemporâneo a soberania não depende apenas do âmbito militar, mas, sobretudo, de uma luta quotidiana em que o principal instrumento é a consciência, e, por via desta, garante-se a preservação dos valores, do desenvolvimento e do progresso. Entretanto, a CPLP considera que a globalização tornou o mundo muito mais pequeno, daí que as dinâmicas dos governos sobre as relações internacionais passaram a ser imediatas.

Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião

“A cooperação em matéria de defesa é absolutamente fundamental”, defende a organização, que pretende firmar-se como organismo de estabilidade em zonas de paz e espaço produtor de segurança colectiva, empenhados na defesa da democracia, do Estado de Di-

reito e Democrático e na promoção do desenvolvimento. “A cooperação no sector da Defesa é um instrumento privilegiado ao serviços dos Estados membros para encontrar respostas aos desafios securitários dos tempos actuais, disse..

Instituições sanitárias devem investir em estratégias para prevenção das infecções hospitalares A Universidade Privada de Angola (UPRA) e o Centro Policlínico Universitário realizaram ontem, em Luanda, o primeiro Simpósio Internacional de Biossegurança e Controlo das Infecções Hospitalares, em que os participantes concluíram e recomendaram que as instituições sanitárias devem investir na elaboração e adopção de estratégias de prevenção Stela Cambamba

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evento ocorreu sob o lema “Biossegurança – um dos grandes desafios da saúde no século XXI”, já que as infecções associadas aos cuidados de saúde (IACS) constituem um dos maiores problemas da sociedade, com impacto na morbilidade, mortalidade, consumo de recursos e na

sustentabilidade dos serviços de saúde. O uso racional de antimicrobianos reduz o surgimento de microorganismos multirresistentes e, consequentemente, a mortalidade. A biossegurança compreende um conjunto de normas e medidas que visam a protecção dos profissionais da saúde e dos utentes. Isto porque cabe ao gestor da unidade sanitária a responsabilidade da adopção e implementação

de programas estratégicos para o controlo das infecções hospitalares, com precauções básicas como a lavagem e higienização das mãos, que devem ser consideradas “obrigatórias” na prestação de cuidados de saúde. De acordo com os participantes, não é possível eliminar completamente as IACS, mas sim aprimorar a vigilância epidemiológica, cumprir as normas de prevenção, controlo e diagnóstico

precocemente, num esforço conjunto de clínicos e técnicos de laboratório. O laboratório tem um papel fundamental na identificação dos agentes infecciosos e a respectiva sensibilidade aos antimicrobianos; os gestores devem também reforçar as comissões multidisciplinares em todas as unidades de saúde, aplicando as normas internacionais, formando os profissionais para a redução das taxas de IACS e aumento da qualidade na assistência médica. Desenvolver estudos periódicos para o conhecimento da realidade da infecção hospitalar e delinear medidas preventivas, e, por fim, organizar programas de controlo das IACS e do uso de antimicrobianos devem ser prioridades. O simpósio de biossegurança e

controlo das infecções hospitalares teve como objectivo promover uma ampla reflexão no seio dos profissionais, académicos e discentes da área da saúde e sociedade civil. A sessão de abertura foi presidida pelo secretário de Estado da Saúde para a área Hospitalar, Leonardo Europeu Inocêncio, em representação da ministra da Saúde, Sílvia Paula Valentim Lutucuta, ladeado pelo reitor da UPRA, Carlos Alberto Pinto de Sousa, pelo presidente do Conselho de Administração do CREA – entidade promotora da UPRA, Manuel João Fonseca, e pelo reitor do Centro Universitário de Saúde ABC-FMABC (Faculdade de Medicina do ABC Paulista - São Paulo - Brasil), David Everson Uip e Filipe Froes.


O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

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Ex-ministro dos Transportes começa a ser julgado hoje O Tribunal Supremo (TS) agendou para hoje, Sexta-feira (31), o início do julgamento do ex-ministro dos Transportes angolano, Augusto da Silva Tomás, detido desde Setembro de 2018, sob acusação de desvio de fundos públicos

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egundo uma nota de imprensa da Câmara Criminal do TS, divulgada pela Lusa, Augusto da Silva Tomás é “acusado e pronunciado na prática de um crime de peculato, na forma continuada, um crime de violação das normas de execução do plano e orçamento, na forma continuada”. Pesam ainda sob o antigo ministro dos Transportes, exonerado do cargo em Junho do ano passado pelo Presidente João Lourenço, “um crime de abuso de poder, dois crimes de participação económica em negócio e um crime de branqueamento de capitais”. Em Janeiro, a Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola formalizou as seis acusações contra Augusto da Silva Tomás, num caso que envolve o Conselho Nacional de Carregadores (CNC), órgão tutelado pelo Ministério dos Transportes. Os crimes são previstos e puníveis pelo Código Penal em vigor e pelas leis da Probidade Pública, sobre a Criminalização das Infracções Subjacentes ao Branqueamento de Capitais, e do Combate ao Branqueamento de Capitais e do Financiamento do Terrorismo. A acusação refere, por exemplo, que o CNC terá pago fretes, por orientação de Augusto Tomás, para entidades estranhas ao Ministério dos Transportes, como é o caso do Movimento Nacional Espontâneo e o Ministério da Justiça, “numa verdadeira demonstração” de que os dinheiros públicos “podiam ser gastos como bem entendia, sem obedecer a qualquer regra ou princípio e os limites das despesas das unidades orçamentais”. Augusto Tomás é acusado de ter utilizado os dinheiros do CNC para suportar as despe-

sas do Ministério dos Transportes que se encontravam devidamente cabimentadas e cuja verba tinha sido aprovada. No período entre 2014 e 2017, por exemplo, o CNC terá despendido em subsídios funcionais com o Ministério dos Transportes 23,2 milhões de kwanzas (65 mil euros), assim como um no valor de 1,5 milhões de dólares (1,43 milhões de euros). No mesmo processo-crime registado no Tribunal Supremo sob n.º 02/19, são igualmente arguidos Isabel Cristina Gustavo Ferreira de Ceita Bragança e Rui Manuel Moita, ex-diretores-gerais adjuntos para as Finanças e para a Área Técnica do Conselho Nacional de Carregadores. Estão também arrolados Manuel António Paulo, então diretor-geral do CNC, e Eurico Alexandre Pereira da Silva, exdiretor adjunto para a Administração e Finanças. De acordo com o TS angolano, pesam sobre os arguidos Isabel Cristina Gustavo Ferreira de Ceita Bragança, Rui Manuel Moita e Manuel Paulo António “um crime de peculato, na forma continuada, um crime de violação das normas de execução do plano e orçamento, na forma continuada”. Augusto da Silva Tomás foi exonerado do cargo de ministro dos Transportes pelo Presidente João Lourenço em Junho do ano passado, não tendo sido, na altura, avançados os motivos da sua exoneração. Três meses após a sua exoneração, Augusto Tomás foi detido, depois de ter sido ouvido por largas horas no Departamento Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP) da PGR. O ex-ministro encontra-se enclausurado no Hospital Prisão de São Paulo, em Luanda

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SOCIEDADE

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O PAÍS Sexta-feira,3 1d eM aiod e2 019

Quando o sexo invade a escola

Casos de professores que “namoram” com alunas são uma realidade que, cada vez mais, vem ga-

nhando espaço no circuito académico e influenciando negativamente o processo de aprendizagem e ensino, tendo em atenção que, em vez de ensinar, os docentes nesta condição transformam a sala de aulas num autêntico campo de conquistas e de realizações sexuais ARqUIvo/oPAíS

Domingos Bento

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or volta das 17h50, depois das aulas, Patrícia (nome fictício), aparentemente com 22 anos de idade, estudante de um dos institutos médios de Viana, acompanhada por três amigas, dirigia-se ao estabelecimento de lazer que fica ao pé da escola onde estuda. Naquele espaço, com as amigas, retiram as batas e, sem mais delongas, pedem bebidas alcoólicas e ocupam os primeiros assentos ao pé da piscina. Durante a conversa, Patrícia, de estrutura magra, alta e pele clara, conta às amigas sobre as horas bem passadas no dia anterior com um indivíduo à quem trata por “broto”. Fala do saldo que recebeu, da pequena surpresa no dia de aniversário e das boas notas que teve durante o primeiro trimestre na disciplina de Física. Apesar de segredar o nome do indivíduo com todas as chaves, num descuido, já depois de ter consumido alguns copos, Patrícia acaba por revelar que o indivíduo em causa, a quem ela trata de “broto”, é o seu professor de Física. A estudante, que está no terceiro ano do curso de Ciências Físicas e Biológicas, não esconde a satisfação de estar a namorar com o professor. O namoro segue o seu segundo ano. E durante esse tempo a estudante disse já ter beneficiado de muitas coisas. Entre elas o facto de ter passado de classe com boas notas no ano lectivo 2018/2019.

Questionada por uma das amigas se já foi à casa do namorado, Patrícia é categórica em responder que o professor é apenas um amante para questões escolares, já que ele tem mulher, e ela... está noiva de um outro rapaz. “Ele já me disse que quando está em casa não posso ligar por causa da esposa. E ele também sabe que durante o fim-de-semana estou com meu namorado. Curtimos aqui mesmo só na escola. É um namoro de se ajudar”,

O namoro entre professores e alunas é eventual, nada de compromisso sério

desabafou a jovem estudante. Enquanto a conversa seguia animada, entre gargalhadas e álcool, outra amiga de Patrícia, cujo nome não foi revelado, começou também por dizer da experiência que teve com um outro professor na 10ª Classe. Com saudades, a jovem falava dos dias em que o docente deixava de dar aulas para ficar com elas em sítios privados. Já o tempo corria para as 19 horas. No entanto, o diálogo en-

tre “kambas” percorria solto até que as meninas descobrem a nossa equipa de reportagem no local. Irritadas, com medo de virem a ser expostas, as jovens estudantes retiraram-se do espaço e ameaçaram processar a nossa equipa caso a conversa que estavam a manter em privado viesse a ser publicada. Continua na pagina 12


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SOCIEDADE

Continuação da pagina 10 Já o gerente do espaço, em conversa com a nossa equipa, disse que o caso de Patrícia e as suas amigas é apenas mais um dos tantos que todos os dias passam pelo seu estabelecimento, muito frequentado por alunos e professores. Segundo explicou, o local tem sido ponto de encontro e de refúgio de alunos e professores que namoram em segredo. “Eu também tenho filha e dóime ver meninas que muito ainda têm para dar a perderem-se com professores. São namoros casuais apenas em busca de benefícios. Elas dão o sexo em troca de boas notas. E eles buscam apenas a satisfação sexual, triste”, lamentou. A abordagem de professores que namoram com alunas não é nova. É uma realidade que cada vez mais vem ganhando espaço no ciclo académico e contribuindo negativamente para o processo de aprendizagem e ensino. São, na maior parte das vezes, professores com idades e tempos de experiências já avançados que detonam toda a sua competência, transformando assim a sala de aulas num autêntico campo de conquistas e de realizações dos seus intentos sexuais. Tal como apuramos, junto da comunidade académica, normalmente o namoro entre professores e alunas é eventual, nada de compromisso sério. Longe de um sentimento real, elas entregam-se aos docentes em busca de realizações materiais e para assegurarem boas notas nas provas e garantirem a passagem de ano, mesmo que não tenham adquirido o de conhecimento científico que as habilite a transitar de classe. Regra geral, apesar da liberdade na sala, já que podem faltar quantas vezes quiserem às aulas, por terem a vida académica facilitada, as alunas que namoram com os professores têm a vida controlada por estes, que tudo fazem para não serem descobertos e acabarem responsabilizados. A relação secreta é guardada com todas as chaves longe do conhecimento da família, da comunidade académica e dos amigos. Mas, em muitos casos, essa promiscuidade resulta em transmissão de doenças ou de gravidez, que acabam por ser o factor de descoberta da secreta relação. É o caso do professor do segun-

do ciclo do Instituto Politécnico de Cacuaco, Custódio Lopes Cassule, que foi demitido do Ministério da Educação (MED) por assédio e abuso sexual que resultou em gravidez de uma aluna de 16 anos. Segundo um despacho assinado pela titular da pasta da Educação, Maria Cândida Teixeira, o professor, de 36 anos, praticou actos de indisciplina grave que mancham a conduta de um agente do sector. O MED invoca a sua decisão baseando-se no Decreto Presidencial nº 160/18 de 3 de Julho (Estatuto da Carreira dos Agentes da Educação) no número 2 do seu artigo 56º, em que consta que a prática de quaisquer actos que constituam simultaneamente crime punível com pena de prisão maior é punível com as medidas disciplinares de demissão ou rescisão do contrato. Também o Tribunal Provincial de Luanda condenou a seis meses de prisão, com pena suspensa, um professor, de 45 anos, da Escola 4 de Abril, na Centralidade do Kilamba, por ter convidado uma das suas alunas a fazer uma prova académica de superação de nota numa pensão. O docente tinha como objectivo conseguir sexo em troca de favores na correcção da prova, tendo sido condenado apenas por falsificação de documento porque a aluna, de 20 anos, é maior de idade. O docente foi ainda condenado a pagar uma taxa de justiça no valor de 50 mil Kwanzas, bem como 40 mil de indemnização a favor da ofendida. Reza a acusação que o professor, da disciplina de Francês, na escola do Segundo Ciclo do Préuniversitário, 4 de Abril, convidou a aluna Antónia José Manuel, que tinha a referida disciplina por eliminar, dando-lhe a possibilidade de realizar uma segunda prova, porque a primeira, realizada no passado dia 08 de Maio, teria corrido mal. Envolvidos são punidos Contactada por OPAÍS, a directora do Gabinete Jurídico do Ministério da Educação (MED), Joana Moura, disse que os professores envolvidos neste tipo de prática têm sido responsabilizados com medidas duras que terminam com a sua expulsão do quadro de efectivos do ministério. Sem avançar números concretos, Joana Moura fez saber que o MED tem recebido, todos os anos, denúncias de professores que na-

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Comportamentos desviantes

Qualquer professor, no exercício das suas funções, deve levar muito à serio os modelos pedagógicos” Joaquim Dias, sociólogo

Mesmo que a aluna tente, o professor é sempre um líder. Está na sala de aulas para formar homens e mulheres para o futuro”

José Caxinda, activista cívico

moram com as alunas e o tratamento tem sido igual, responsabilização com a desvinculação do quadro. Tal como explicou, o professor deve ter um perfil correspondente ao estatuto da carreira dos agentes da educação. “Agimos em conformidade com a lei. Regra geral, os docentes nesta situação são desvinculados do quadro. Esse comportamento não se adequa ao perfil de um professor”, notou.

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or seu lado, o sociólogo Joaquim Dias entende o envolvimento sexual de professores com alunas como sendo um comportamento desviante e que reflecte a falta de compromisso e de ética para com a profissão e para com o ensino. Conforme esclareceu, há um conjunto de normas e procedimentos que regem a actividade docente, enquanto agente de socialização, que devem obedecer o escrupuloso compromisso. De acordo com o académico, qualquer professor, no exercício das suas funções, deve levar muito à sério os modelos pedagógicos e adoptar uma postura que o impeça de envolver-se em comportamentos fora do padrão profissional. Com o avolumar de casos, Joaquim Dias defende uma maior actuação dos órgãos de inspecção do Ministério da Educação, do da Família e Promoção da Mulher, bem como o envolvimento da comunidade, de forma a denunciar tais práticas, sobretudo quando se trata de casos de professores que se relaccionam com menores de idade, cuja penalização, como esclareceu, deve ser criminal, como orienta o ordenamento jurídico angolano. Segundo ainda o docente, as dificuldades económicas de muitas meninas e as questões relacionadas a desestruturação familiar também são factores a ter em conta neste processo. Conforme atestou, em alguns casos são as próprias raparigas que assediam os

professores, em busca de realizações materiais. Porém, ainda assim, defende, o próprio docente, tendo em conta a sua condição e posição social, deve sempre ter a capacidade de desviar o foco e manter uma postura responsável e pedagógica. Já o activista cívico José Caxinda defende maior rigor na escolha dos professores durante os concursos públicos de acesso à actividade de docência. Para além da competência técnica, o também coordenador do programa “SOS Criança” sugere a educação integral como factores que devem estar na base na hora de recrutar um determinado professor. Para ele, muitos vão parar à carreira docente por falta de outras oportunidades e, por isso, acabam mergulhando em promiscuidades que podem comprometer todo um sistema de ensino. Neste sentido, de forma a evitar mais casos, Jose Caxinda apela ao envolvimento de toda a sociedade no repúdio de actos que possam manchar o espaço académico. “Mesmo que a aluna tente, o professor é sempre um líder. Está na sala de aulas para formar homens e mulheres para o futuro. Não pode transformar o ambiente escolar num espaço de realizações dos seus prazeres sexuais. Tais práticas devem ser combatidas”, defendeu. DR



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David Capelenguela

“Espero contar com todos os membros fazendo uma gestão aberta e participativa” LITo CAHoNgoLo

importante no que se refere à sua missão de edição obras literárias de membros da UEA nós estamos num nível muito baixo. E continuaremos assim, caso não haja nenhuma reviravolta financeira do ministério da tutela e no país de um modo geral. Ainda não respondeu a minha pergunta. Como é que encontra a casa, SG? Eu já sabia que não havia de encontrar uma situação financeira boa, e não é boa. O que temos de fazer é olharmos para o nosso programamanifesto e seguirmos com aquilo que nos propusemos a fazer para reverter o quadro.

O lema de campanha eleitoral “Unidos seremos capazes” guindou David Capelenguela ao cadeirão de Secretário-Geral (SG) da União dos Escritores Angolanos (UEA), tornandose o 7º na sucessão da liderança daquela casa das letras. Há duas semanas, desde a sua tomada de posse, OPAÍS conversou com o novo SG, em relação às controvérsias da gestão cessante e os desafios que o aguardam para o triénio 2019-2022 Jorge Fernandes

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stá na segunda semana depois de ter tomado posse como SG da UEA. Algumas dentre outras coisas de que se falava à surdina era a má gestão da direcção cessante. Em que estado encontrou a casa dos escritores? É importante que as pessoas saibam de modo geral, em particular os escritores, sobre o que se passa na UEA. A UEA anda ao ritmo do país, porque sempre esteve tutelado pelo Mincult. O país não se encontra em situação financeira boa e o ministério logicamente não havia de estar. Sendo assim, a UEA sente-se profundamente afectada com esta situação. O que quer com isso dizer? Quero dizer que naquilo que é mais

De que forma pensa reverter esse quadro? Há instituições no país e fora do país que estão interessadas na interligação de actuação às actividades com a UEA. Podemos ir fazendo as coisas que são possíveis. Por exemplo, tem de haver um plano de angariamento de fundos para esse efeito. Se nós esperarmos que o Mincult nos resolva a vida, não será agora que este problema será ultrapassado. Repito, há instituições que nos podem no mínimo ajudar a resolver esta situação. E isso precisa ser dinamizado. Interligação com feiras internacionais, com a UNESCO que lida com o livro, com universidades e temos escritores angolanos que a título individual vão fazendo isso. Relativamente ao quadro financeiro da instituição, qual é hoje a situação dos salários dos funcionários da UEA, uma queixa que era que recorrente? Meu caro, se tivesse feito essa pergunta há cinco dias, lhe diria que os salários ainda não foram pagos. Mas respondo-lhe com satisfação porque os ordenados de Maio estão

sanados. E dou-lhe garantias que o pouco valor que encontrei, nos vai permitir pagar os salários dos meses de Junho e de Julho. Não dirá de certeza que o montante encontrado embora, disse-o, seja pouco, a minha questão é: encontrou solidez que lhe permita caminhar face ao “travão” do Mincult? Sim. Pelo menos para o que corresponda aos salários dos próximos três meses, há essa garantia. O resto vai ser a mesma ginástica, o mesmo esforço, que o mandato anterior fez na pessoa do seu SG cessante, para que consigamos honrar com os salários e manter a casa salubre, e sempre com aspecto para os olhos de quem nos visita. Estou optimista, porquanto temos já algumas portas a abrirem-se e quanto ao quesito salários e manter as portas abertas, há garantias. A par das verbas alocadas pelo Mincult, a UEA tem património sob arrendamento. Já tomou contacto com esses contratos? O património que a UEA tem, que na verdade é o espaço que temos aqui no quintal, a livraria logo à entrada, o Jango e as naves. É um património que é uma grande coisa como património, mas como lucro não é uma grande coisa. Devo

Os confrades quer José Luís Mendonça quer KG Bangala são pessoas de quem tenho muita estima, mas o assunto não terá sido bem interpretado


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É grande desafio e julgo que com todos numa gestão aberta e participativa, numa actuação conjunta podemos ser capazes dizer que a livraria está arrendada a 100 mil Kwanzas por mês. O Jango são 300 mil Kzs. Não tomei contacto ainda com os contratos do espaço que está com a Somague e das naves. Mas a informação que domino é que não sejam tão valiosos assim. O nosso salário não coberto com o património que a UEA tem. A morte de Zacarias Mussambo ex-funcionário da UEA fez com que alguns membros se desvinculassem da instituição por alegarem não ter havido solidariedade por parte da direcção da UEA, no acompanhamento deste caso. Como pensa em voltar a reintegrar esses confrades? Primeiro, nesse sentido devo dizer que nós lamentamos bastante a situação que envolveu o nosso colega Zacarias, que depois acabou resultando na sua morte. Era um jovem trabalhador com família constituída e com sonhos, mas infelizmente ocorreu uma situação drástica que não conseguimos controlar. Ele foi levado pela Polícia à esquadra entendendo esta que lá se resolveria o assunto e aconteceu, o que aconteceu. Conhecemos parte deste episódio e é bom lembrar. Houve ou não solidariedade da parte da direcção da UEA? Houve na medida em que tão logo se deu contacto com a informação da ocorrência de morte, a UEA constituiu logo um advogado, que foi acompanhado o problema. Mas como a justiça demora, o processo está em curso. E como a questão transitou para o foro judicial a UEA não tem como pôr a “mão” nesse processo, salvo se consultar o advogado para perceber a quantas anda o processo e isso tem sido a nossa responsabilidade e esperamos ver esse caso resolvido e que a justiça seja feita. Os confrades em causa não domi-

navam essa essa informação? Os confrades quer José Luís Mendonça como KG Bangala são pessoas de quem tenho muita estima, mas o assunto não terá sido bem interpretado. Houve de facto solidariedade e prova disso é que a UEA apoiou naquilo que esteve ao seu alcance por altura da realização do funeral. E, extensivamente, hoje a esposa do malogrado, é funcionária da UEA. Isso prova como disse antes, que houve de facto solidariedade mas que o processo não terá sido bem interpretado por esses confrades. O escritor José Luís Mendonça até onde chegou-me a informação, acabava de chegar de uma missão na Cátedra de Roma, enviado sob a chancela da UEA. E em momento algum chegou a ir ter com o SG, Carmo Neto, sobre o ocorrido para o esclarecimento devido. Partiu para uma acção daquela que todos acompanhamos e entendeu que devia fazer um abaixo-assinado e foi o que me constou, para a realização de uma assembleia extraordinária para que o assunto fosse esclarecido. Infelizmente não conseguiu reunir as 15 assinaturas previstas nos estatutos. E por isso, decidiu abandonar a instituição que particularmente lamentei. Já contactou o escritor para uma abordagem sobre o caso? Pessoalmente liguei-o e como o trato (Mestre), o que é que aconteceu? Está a sair da instituição por uma situação que devíamos conversar? E ele disse-me que sim, pois não se sentia confortável com a situação ocorrida. Mas não eu o SG, nem o liguei nas vestes de secretário administrativo que era o meu cargo, mas sim como amigo e membro da UEA. É um assunto que me parece que pode ser resolvido, conversando. Precisamos conversar mais. Nós os membros da UEA, precisamos transmitir-nos o afecto, o carinho. E tenho todo o inte-

resse em encontra-me com o escritor Luís Mendonça. Damo-nos bem. É grande escritor que pode continuar a dar um grande contributo para este país em termos de literatura. Quais são as prioridades para o seu mandato para o exercício 20192022? É grande um desafio e julgo que com todos numa gestão aberta e participativa, numa actuação conjunta podemos ser capazes. E como forma de dar presença da nossa actuação, no Dia da Criança Africana (16 de Junho), estamos a pensar em enviar alguns escritores para o Leste e para o Sul de Angola. Qual é o objectivo dessa ida ou que farão esses escritores? Vamos levar para essa missão escritores que estão ligados à literatura infantil, para falarem das suas obras, como uma forma de dizer que a UEA está com a criança africana. São lugares, até porque conheço a realidade dessas províncias, porque têm muito pouco do movimento cultural literário. E este será um ponto de partida da nossa actuação. Quais são os outros? Estas são as actividades micro. Quanto as macro, pensamos na criação de um centro de estudos literários com o objectivo de trabalhar com o movimento literário juvenil, estabelecer parcerias com instituições do ensino superior em matérias de cursos de extensão no domínio da literatura. Num olhar ao centenário do primeiro Presidente da UEA (Agostinho Neto), temos a intenção de participar em feiras, mesas redondas, em salões do livro e outros eventos internacionais. Filiar a UEA na Associação Panafricana de Escritores, a elaboração de um projecto de intercâmbio cultural com os países dos PALOPs. Temos ainda a necessidade

de passar a saudar anualmente o Dia 17 de Novembro (Dia do Escritor e do Intelectual Africano), entre muitas outras acções. Aquando da vossa eleição falou na necessidade de revisão dos estatutos da UEA. Vai efectivar? Sim, daqui a mais ou menos três meses vamos realizar uma Assembleia Extraordinária, cujo objectivo é o de fazer a actualização e a revisão dos estatutos da UEA e adequalas aos novos temos. Há muita coisa que deva ser melhorada, a fim de evitarmos alguns conflitos como os que tivemos no passado. Era bom que fosse revisado com a presença de todos os membros da UEA, de modos a que tenhamos um estatuto que possa vincular a todos. Também havia dito que deixava de haver uma Lista A e uma B, apenas a UEA. Como está o seu relacionamento com a lista vencida? Sabe que aqui na UEA nem tudo está mal. Algumas coisas precisam obviamente ser melhoras, pois o olhar de fora é a mesma coisa de estar cá dentro. Encontrei uma casa boa à medida em que estamos todos comprometidos em trabalhar e fazer melhor. E como pergunta, sim estamos juntos. Estão a dar o seu contributo inclusive alguns membros integram a actual direcção da UEA. Não receia o boicote? De modo algum. Pelo contrário, apenas temo que esses colegas venham a ser influenciados por coi-

Perfil Homem de trato fácil e comprometido com a escrita e a comunicação. David Capelenguela nasceu na província da Huíla em 1969. vinculado ao jornalismo desde 1990, no Namibe, colaborou no Jornal de Angola e Agência Angola Press, tendose notabilizado no jornalismo radiofónico nas emissoras provinciais do Namibe, Huíla, Cunene e Lunda-Sul. É mestre em Ciências JurídicoEconómica e Desenvolvimento, e licenciado em Direito pela Faculdade com mesmo nome, da Universidade Agostinho Neto. Entre algumas obras de sua autoria constam “Planta da Sede”, “o Enigma da Welwitschia”, “Rugir ao Crivo”, “vozes Ambíguas”, “Acordanua”, “Tipo-grafia Lavrada”, “gravuras Doutro Sentido” e outras mais incluindo diversas participações em Antologias.

sas que não são boas e depois não venha a dar a sua contribuição plena, sobretudo devido às pequenas fofocas e etc. Mas acima de tudo tenho confiança nessas pessoas e não olhei para amiguismos. Disse para mim que, para a actual gestão da UEA quero contar com o apoio de todos. Daí que olhei para a outra lista e os convidei a estarmos juntos. Juntos somos mais capazes. Espero contar com todos os membros fazendo uma gestão aberta e participativa. Alguns concursos foram suspensos, restando apenas o “Quem me dera ser Onda” assegurado pela Fundação Sol. Como pensa trazer de volta esses prémios e outros mais que possam vir a surgir? Foi já feito um primeiro contacto com a Sonangol, ainda não o fizemos com a Endiama e até agora a resposta é que temos de aguardar, embora haja uma luz no fundo do túnel como se costuma a dizer. O Banco sempre assegurou o Prémio “Quem me dera ser onda”, com o qual contamos até à presente data. Temos já garantias de que vai continuar. A UEA enquanto editora não tem estado a publicar. Qual é a principal razão? É simplesmente a situação financeira. A crise que estamos a enfrentar. Mas no meio de tudo isso, apesar de todas as dificuldades deixou de publicar não com a regularidade esperada, mas à medida do possível.


OPInIÃO

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KÂMIA MADEIrA

The Special Ones (Os Especiais) DR

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omos especiais e no sentido positivo da palavra, somos resilientes, inovadores, corajosos e audazes. Rimo-nos das nossas infelicidades e dores, e temos uma criatividade aguçada pois somos os que encontram memes para satirizar a falta de arborização no Zango, criamos versões de músicas antigas para ironizar sobre a carência de combustível ou apelidamos bebidas e botequins com nome de deputadas que utilizam as redes sociais para fazer ouvir a sua voz. E se colocássemos todo este engenho ao serviço do crescimento pessoal e comunitário? São inúmeras as pessoas com quem convivo que vivem o momento descrédito, após dois anos não crêem que realmente possa existir um novo rumo, sabem apenas que para trás não voltaremos mas como dizem os irmãos brasileiros: ”Não estão sentindo firmeza”, pois fala-se dos combates mas são poucos os “Nokout’s”. Não se construíram pontes afirmam uns, comunica-se mal, argumentam outros… Só vemos o custo de vida a aumentar, as

empresas a fechar e os problemas do povo quem resolve? Não sou por natureza uma entusiasta, estou a aprender a ser positiva e a encontrar o melhor em mim e nos outros, e é com esta perspectiva que indago: Temos andado a olhar para o bem ou apenas procurado o mal? Que expectativas tínhamos para que as coisas como um truque mágico se resolvessem em dois anos? Num país que até hoje não sabemos ao certo quais os “imbróglios” causadospelaanteriorgovernação? Temos visto com olhos de ver, a redução de 382 milhões de dólares nos contratos da marginal da Corimba ou apenas

Ser-se patriótico é querer o melhor, é escolher todos os dias, independentemente das circunstâncias, fazer o bem em prol das actuais e futuras gerações

que as empresas eram as da Eng. Isabel dos Santos? Sabemos que foram reduzidas para metade as comissões de participação cobradas pelo Conselho Nacional de Carregadores que nos permitirá o aumento do fluxo de importação e exportação de mercadorias no país ou continuamos inebriados porque o Will Smith ouve Bonga ao acordar? Serão assim tão importantes as partilhas de todos os pronunciamentos da deputada Tchizé ou a assinatura de um acordo entre Angola e Portugal no sector das Pescas com parcerias nas áreas de investigação técnicocientifica e de transformação de pescado têm mais importância? E quantos prestaram atenção às declarações da Secretária da Unidade Económica para a África das Nações Unidas, Vera Songwe, que refere que o trabalho da equipa económica tem permitido estabilizar a situação macroeconómica do país? Talvez a simulação ou não do transporte de pacientes em carrinhas de caixa aberta mobilize muito mais a opinião pública. Urge direccionar e focar, temos sim um longo caminho a percorrer “Roma e Pavia não se fizeram num dia” e nem nós podemos almejar que os problemas do povo se resolvam esfregando a lâmpada do Aladino, quero com isto dizer que nos devamos escusar de assinalar o que está mal? Não. É preciso criticar e que esta seja entendida como forma de melhoria, que exista a capacidade de colocar-se no lugar do outro e que quem detém cargos de decisão não receie comunicar e apresentar objectivos e metas, reconhecendo com humildade se não os conseguir atingir. Serei provavelmente mais uma vez considerada uma lírica, mas ser-se patriótico é querer o melhor, é escolher todos os dias, independentemente das circunstâncias, fazer o bem em prol das actuais e futuras gerações, se assim não for, fechemos o país deitemos fora a chave e emigrem.

e se Uma rádio qu o das p mantém no to e tem u audiências e q quatro s emissoras na is a províncias m nda, a populosas (Lu uela g Huambo, Ben e Huíla).

M Luanda 99.1 F FM Benguela 96.3 FM Huambo 89.9 99.3 FM Huíla



Grande Entrevista

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Entrega dos restos mortais de Savimbi

“A governação não deve ter receio da crítica” O governador provincial do Moxico, Gonçalves Muandumba, numa entrevista na passada Segunda-feira, falou dos passos dados para a entrega dos restos mortais do líder-fundador da UNITA, Jonas Savimbi, à família e à UNITA, mas lembrou que não seria na sua região. o homem que governa a maior província de Angola alertava sobre a progressão das 20 ravinas que ameaçam o Luena, sobre deficiências das vias para o escoamento de produtos e sobre a distribuição de água, o crédito aos jovens e refere-se a João Lourenço como aquele que imprimiu a “governação moderna” em Angola mitério (peritos, técnicos da saúde) que estão a trabalhar no quadro da comissão com os familiares, para, definitivamente, colocarem os restos mortais na devida urna. A parte do Governo da província é mais uma parte documental, do ponto de vista sanitário, todas as licenças para a trasladação dos restos para outra província. Do nosso lado, estão cumpridas as formalidades. Há uma responsabilidade do governador de emitir toda a documentação legal neste sentido. A entrega não será feita cá no Moxico, será feita no Bié. Aqui vai-se fazer a trasladação apenas…Portanto, deste ponto de vista, podemos dizer que estão criadas as condições, conforme está previsto, está acordado, no quadro da comissão com os familiares e com a direcção da UNITA.

Texto de Constantino Eduardo fotos de Jacinto Figueiredo

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enhor governador, estão criadas as condições para a entrega dos restos mortais de Jonas Savimbi à família e à UNITA? Sobre essa questão, como sabe, há uma comissão que Sua Exª Sr. Presidente da República criou, coordenada pelo general Pedro Sebastião, que é o Chefe da Casa de Segurança do Presidente. Integram-na também familiares de

Jonas Savimbi e membros da direcção da UNITA. É esta comissão que está a trabalhar neste momento e o Governo da província faz parte desta comissão. Digamos, todas as informações estão concentradas nesta comissão. De qualquer modo, ao nível da nossa província, que tem a responsabilidade da protecção do lugar onde estão depositados os restos mortais, está a ser feito. A exumação já foi feita. Neste preciso momento está uma equipa no ce-

Não se pode na reunião falarse uma coisa e, depois, lá fora as pessoas dizerem outras coisas

A direcção da UNITA alega que alguns pontos não foram cumpridos por parte de alguns governos provinciais, em que o do Moxico se insere, relativamente ao apoio às exéquias. Como é que Governo do Moxico responde à esta alegação? Aqui a boa vontade do Governo angolano foi demonstrada desde sempre pelo Sr. Presidente da República, que criou uma comissão que integra familiares, integra a direcção da UNITA e um alto funcionário do Governo, que é o chefe da Casa de Segurança, coordenando a comissão. Portanto, isso demonstra todo o engajamento, desde a Nação até à província do Moxico. Não há, neste sentido, nenhum problema, nenhum impedimento. O que tem que haver é o cumprimento escrupuloso daquilo

que se aborda e se discute nas reuniões. Não se pode na reunião falar-se uma coisa e, depois, lá fora as pessoas dizerem outras coisas. Terá havido isso? Por isso é que convém que toda a informação válida é aquela que é dada, no quadro da comissão, pelo coordenador. São as essas informações que serão credíveis, válidas e elas são respaldadas em reuniões, onde a direcção da UNITA e os familiares do Dr. Savimbi participam. Portanto, é normal que numa altura destas haja algumas vontades, mas tem que ser dentro do quadro que está acordado nas reuniões e nem deve haver crispação, o Governo mostrou toda a abertura para facilitar este processo, que é a vontade da família e da direcção da UNITA de que o corpo saia daqui para o Bié, sua terra natal. O Sr. está com o sentimento do dever cumprido? Nós cumprimos rigorosamente as nossas obrigações. Sr. governador, deixemos as exéquias fúnebres do Dr. Jonas Savimbi, pergunto-lhe: como é governar uma província da dimensão do Moxico, que é, nada mais, nada menos, a maior de Angola? É um privilégio, para mim, ser o governador da província do Moxico. Estamos a falar, como disse muito bem, da maior província de Angola, situada numa região riquíssima do nosso país em vários aspectos: económicos, históricos, cultural… Falando concretamente da província do Moxico, ela tem 223 mil quilómetros quadrados. Às


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vezes, para que as províncias compreendam o tamanho da dimensão do Moxico, o exemplo que costumo dar é do tamanho da França. A França tem 243 mil quilómetros quadrados e Moxico tem 223. Portanto, há uma diferença aí de 20 mil. A França tem cerca de 70 milhões de habitantes e o Moxico tem menos de 1 milhão de habitantes. Quer dizer que aqui é um território que tem mais terreno que população. É uma província em que caberão aqui à-vontade 30 milhões de pessoas. Portanto, como dizia, é um privilégio para mim ser o governador desta importante província histórica. Aqui se alcançou a paz, aqui se fez uma boa parte da guerra de libertação nacional e foram assinados, a duzentos e tal quilómetros, no Lumeje, os acordos de paz, que trouxeram a Independência de Angola em 1974, entre o Presidente Agostinho Neto e o Governo Português. Uma província que alberga o único monumento à paz. Isso significa muito. Diria mesmo que o Moxico é uma província importantíssima no contexto nacional. Com uma diversidade étnicolinguística, vasta e rica cultura, apesar de ser uma província com muitas carências em termos de recursos humanos qualificados, em termos de infra-estruturas, mas ainda assim é uma província desafiante.

local tem esse órgão, que é um órgão de apoio, de consulta do governador da província. Nós sentimo-nos satisfeitos, porque foi uma reunião boa. É um órgão bastante representativo ao nível da província e estão desde políticos, organizações da sociedade civil, igrejas, autoridades tradicionais, organizações profissionais, cooperativas agrícolas, associações desportivas…, enfim. Portanto, é um espaço de intervenção bastante diversificado, tendo em conta os vários estratos que compõem a nossa sociedade do Moxico. A sociedade civil tem um espaço de intervenção muito grande. Nós pensamos que a governação tem de ser dinâmica, interactiva, proactiva. Privilegiamos muito a comunicação. A comunicação dentro da estrutura, com a comunidade, com a sociedade. Antecipar a comunicação, informar com verdade os problemas. Não vale a pena governar escamoteando os problemas, guardando os problemas, os problemas devem ser partilhados com as pessoas. O novo paradigma de governação obriga-nos a um diálogo cada vez mais aberto, fluído e frontal. A governação não deve ter receio da crítica e temos de entender que a crítica é necessária, ela vai existir mesmo. É uma província que tem muitas dificuldades, mas não nos demitimos diante dos problemas.

Que acções estão a ser gizadas para colmatar essas dificuldades? Com uma população maioritariamente jovem, isso dá-nos a esperança de que o provir será melhor, porque temos uma população que poderá alavancar o desenvolvimento da província. Nós terminámos, no Sábado, dia 25 de Maio, uma primeira reunião do Conselho de Auscultação das Comunidades. O novo formato da administração

Dessas dificuldades, quais delas mais o preocupam enquanto governador? A primeira é a carência de infraestruturas. As vias de comunicação. Esta é uma das grandes dificuldades que nós temos aqui. Estamos a falar de uma província em que no seu interior você anda cerca de mil quilómetros. Nós, daqui do Luena onde estamos a falar, estamos exactamente a 1314 quilómetros de Luanda. Se for à fronteira, no Alto Zambeze, próximo de Caripande, estará a 2 mil quilómetros e pouco de Luanda. Às vezes, na Estação das Chuvas, faço 14 horas daqui a Kazombo. 14 horas estamos a dizer de ir e vir a Lisboa. Uma viagem de Luanda a Havana (Cuba) dentro do província. Há estradas com buracos. Aquilo não são buracos, são crateras, em que o carro desaparece mesmo. À noite, no tempo da chuva, o carro entra dentro dessa cratera, a iluminação desaparece e só volta a aparecer quando sair. Portanto, ainda assim estamos entusiasmados, mobilizados para continuar a trabalhar com todas as nossas forças. E este último conselho da comunidade deu-nos

A França tem cerca de 70 milhões de habitantes e Moxico (com a mesma dimensão) tem menos de 1 milhão de habitantes

ainda mais entusiasmo, mais forças, porque sabemos que as pessoas compreendem as dificuldades. Sabem que há vontade política, há esforço, há vontade de superar, pese embora as dificuldades. Isso nos remete à falta de recursos financeiros, mas, às vezes, não é só o problema da falta de recursos financeiros, é como se gere os próprios recursos financeiros. O grande desafio está também numa boa definição de prioridades, numa boa gestão dos recursos financeiros, que passa por uma boa planificação, um bom controlo, uma boa aplicação, monitorização e uma boa prestação de contas. Portanto, esses elementos que estamos cada vez mais a aprimorar, transferência de muitas competências…já houve do Governo central para os provinciais, estamos a fazer agora dos provinciais para os municipais. Mas essa transferência de competências não pode ser uma coisa mecânica, automática, de repente. Ela deve ser gradual, passa também pela transferência dos recursos humanos, materiais e financeiros também. Isso nos remete a uma formação permanente. Começamos a cumprir aquela máxima de que a “vida faz-se nos municípios”. Potenciar os municípios, capacitá-los, ter os quadros jovens. Não deve ser complexo nenhum ser nomeado para uma função nos municípios. Os municípios têm de ser o ponto nevrálgico, fundamental, da actividade da governação. Por isso, estamos a fazer um esforço muito grande no sentido de que quem for nomeado para o município tenha uma formação superior e dar-lhe alguma formação técnica profissional, acompanhá-lo e ajudá-lo. Queremos uma governação moderna. Um dos problemas que nós temos ainda continu a ser de mentalidade, que é a crença na feitiçaria, e isto faz atrasar o desenvolvimento. Então, é um desafio, sobretudo para os jovens. Dizer que o teu sucesso depende ti, da tua capacidade, do teu empenho e não da bruxaria, da feitiçaria…Isso é uma das grandes dificuldades que temos, porque a feitiçaria faz parte da nossa cultura. Separar este elemento negativo da nossa cultura é o maior desafio que a nova geração tem. Do ponto de vista do desenvolvimento, nós escolhemos 3 áreas dentro das fundamentais que existem: social, a educação e a saúde; na área económica, agricultura. Tudo isso só se realiza se houver infra-estruturas, se houver estradas, vias de comunicação. E nós

não estamos a falar de estradas asfaltadas, não vale a pena. Temos de ter a coragem de dizer às pessoas que as estradas asfaltadas vêm um dia, mas devem ser fundamentalmente para aquelas vias estruturantes, mas as vias secundárias e terciárias, mesmo no tempo colonial não eram asfaltadas É impossível ter estradas asfaltadas em função do contexto? Não diria que é impossível, Angola não vai acabar. O contexto actual remete-nos para uma realidade, viver a vida agora. É o que estamos a fazer. Neste momento, está em reabilitação a via Luau/Cazombo. São quase 300 quilómetros. Está neste momento uma empresa chinesa a fazer a reabilitação dessa estrada. Tecnicamente, chamam acomodação do tráfego. Estrada circular sem buracos, sem constrangimento e vamos fazendo manutenção dela. Era assim nos outros tempos, vamos fazer agora. Se tudo correr bem, no final deste ano, a partir de Outubro, sensivelmente, a província do Moxico vai receber um kit de terraplanagem e esta será a nossa salvação. O senhor fala de dificuldades financeiras, quais são os projectos que estão a ser “sacrificados” em função desta falta de dinheiro no Moxico? Gostaria de responder à sua pergunta de forma mais ou menos global. Nós, o ano passado realizámos uma actividade muito boa, a Expo Moxico, onde expusemos a capacidade de produção, nomeadamente na agricultura do Moxico, e noutras áreas também, nomeadamente mineral, recursos hídricos… Tivemos aqui cerca de 100 exposi-

tores, agentes privados e públicos. Tivemos só do país vizinho Zâmbia, cerca de 48 pessoas. Foi uma feira para abrir o Moxico ao mundo e ao país, e o lema foi “Moxico futuro hoje”. Ou seja, ver o Moxico num próximo horizonte. Isso permitiu-nos a intervenção pública da privada. Intervenção privada quer nacional quer estrangeira. E aí permitiu-nos determinar bem qual é a intervenção do Estado. Portanto, a principal actividade, em termos de desenvolvimento económico, é a agricultura. O Moxico produz de tudo: madeira, mel, cogumelos, mandioca, batata rena e doce, inhame, feijão…Praticamente tudo. E neste momento a produção familiar é enorme. O grande problema? Escoamento. Então temos que sacrificar alguns projectos, mesmo nas áreas da educação, da saúde, para priorizar as vias de comunicação. Para levar um professor ao Alto Zambeze é um problema. O quê é que nos vale se não podemos lá ir? Então temos que sacrificar alguns projectos para priorizar as vias de comunicação. As dificuldades são tantas que, de facto, a sua pergunta é interessante. Nós vamos realizar este ano uma conferência sobre a agricultura. Neste conselho da comunidade, apresentamos o último esboço do plano que estamos a chamar de “Plano de Desenvolvimento Sanitário do Moxico”, no quadro das políticas da Saúde no país, do PDN(Plano de Desenvolvimento Nacional) 2018/2022, fizemos um programa nosso. Fizemos um diagnóstico das infra-estruturas, quer públicas, quer privadas e temos como prioridades os cuidados primários de saúde.


Grande Entrevista

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O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

“Governação de João Lourenço exige mais das pessoas” Sr. governador, numa altura em que os municípios se debatem com a falta de postos de saúde… Numa altura em que estamos a priorizar, no quadro das infra-estruturas, a requalificação dos municípios e, então, estamos a fazer os planos directores municipais. Os PDM vão nos orientar, nos ajudar a definir onde colocar um centro de saúde, onde colocar uma determinada escola. Portanto, levar os serviços públicos aí onde há população. Vai permitir-nos dizer “esta zona é para o desenvolvimento social, desenvolvimento industrial e, no futuro, o desenvolvimento comercial” e, com isso, facilitar as vias de acesso, as vias de comunicação. É uma prioridade muito grande a requalificação das cidades, fundamentalmente da cidade do Luena. Nós temos problemas graves de ravinas, por causa da falta de requalificação. Foi a guerra que trouxe tudo isso, as pessoas fugiram das suas localidades, zonas de origem e vieram todas para a cidade. A província tem cerca de 800 mil habitantes, metade estão no município do Moxico, cuja capital é Luena, logo, a cidade não suporta. Os cidadãos construíram anarquicamente nas vias de águas, nas vias estruturantes, e isso criou uma situação bastante embaraçosa, que, só o Luena, tem cerca de 20 ravinas de grande dimensão a ameaçar a vida das pessoas. Já accionou algum programa emergencial para acudir as pessoas? Há um programa. Há tempos esteve cá uma equipa multissectorial. Quase que íamos declarar uma catástrofe ambiental, porque o rio Luena, fundamentalmente, ficou completamente assoreado, quase que desapareceu. Nós que somos a província mais rica em recursos hídricos, corremos o risco de ficar sem nenhum rio. Temos aqui o rio Camenina que criou uma ravina que está em actividade perigosíssima mesmo para a cidade (Luena), então decidiu, no quadro do plano de emergência, o Ministério da Construção e das Obras Públicas priorizaram atacar esta ravina. Ainda assim, nós, como província, não estamos a cruzar os braços. Com os nossos parcos recursos e meios estamos a mobilizar as pessoas, tivemos um grande apoio da

ENDIAMA com material de construção que nos permitiu travar aqui uma grande ravina. A ravina do Aço, da Engenharia, 4 de Fevereiro. Localmente, nós impedimos a progressão delas. É remediar, não é a solução. A solução exige uma intervenção muito profunda, quer do ponto de vista de engenharia quer do ponto de vista de ambiente: reflorestação, transferência de algumas populações, são programas que estão em curso. O Governo provincial tem uma projecção orçamental para combater essas ravinas? Nós temos um orçamento feito. No quadro do programa de intervenção de emergência, nos investimentos públicos, 42 programas, desde atacar as ravinas principais, concluir as escolas iniciadas e não concluídas e postos de saúde, materno-infantis, colocar cerca de 20 pontes no município do Alto Zambeze. Esta manhã (Segunda-feira, 27, dia em que se fez a entrevista) estivemos reunidos com o 2º comandante do Exercito, está cá uma delegação militar que veio apresentar o novo comandante da Região Militar Leste, e voltamos a abordar uma questão que foi colocada o ano passado pelo PR e autorizou, e orientou as Forças Armadas a trabalharem connosco, no sentido de fazermos pontes, ainda que pequenas, ainda que de madeira, outras definitivas, no quadro do Programa do Desenvolvimento Integrado e Combate à Pobreza e ter o apoio da engenharia das FAA, que tem muita experiência neste sentido, para ver se podemos rapidamente fazer a circulação entre municípios, e com isso dar algum desenvolvimento à província. As dificuldades que temos derivam da falta de circulação. Todos os anos há uma actividade que é feita em todos os municípios, as feiras dos municípios... A partir de agora, em Junho, cada município vai fazer feiras de produção, onde é exposta a capacidade de produção. O ano passado, só no Lumeje Cameia, numa manhã, foram expostos produtos avaliados em 30 milhões de Kwanzas e, num dia, vendeu-se, desapareceu, portanto, o Moxico é um dos grandes produtores de mandioca neste momento. O grande proble-

ma é o escoamento. Vai abrir este ano a Shoprite, aqui no Luena, e nós já acertamos com eles que devem empregar jovens residentes aqui no Moxico. Esta é a prioridade. Já estamos a trabalhar com eles no perfil que precisam. Um outro sector importante é o da energia. Quanto é que o senhor gasta para manter o Moxico, fundamentalmente a cidade do Luena iluminada? São milhões e milhões de Kwanzas. Todo o desenvolvimento não terá sucesso, todos os nossos planos não terão sucesso se não tivermos energia. Recebi cá, na Sexta-feira (24) o director-geral da General Electric e um dos temas foi a energia eléctrica. Como é que podemos combinar energia híbrida com a do gás e energia solar, porque, de facto, gastam-se rios de dinheiro com combustível. A energia aqui, aquela que é mais ou menos estável, vem de 100 quilómetros daqui, da barragem sobre o rio Chiyumbue, no município de Dala, província da Lunda-Sul. O resto são centrais térmicas e, como sabem, bastante onerosas. Esses “rios de dinheiro” a que faz referência não tem números? Vamos lá ver, quem gere as centrais térmica e hídro-eléctrica é a RNT, porque ela é que produz Quem produz é a PRODEL, sr. governador… É a PRODEL que produz, depois a RNT transporta e é a ENDE que faz a gestão e a distribuição eléctrica. Digamos, eles detém, em termos numéricos, esses dados. Ia aconselhar que rapidamente pudessem consultar, para eles preci-

Estamos a aproveitar os meses de Cacimbo. Temos 3 meses para aquilo que podemos fazer num ano. No Moxico chove todos os dias

sarem. Para não sermos nós a dar esses números…E aí está a importância da sua pergunta. Foi criada uma empresa de águas e o grande esforço é fazer com que os beneficiários participem nesses esforços. Criar contadores da energia e da água para que as pessoas paguem. Haverá aqui ainda alguma contradição entre a qualidade dos serviços prestados e o que as pessoas têm que pagar, mas a verdade é que as pessoas têm que pagar… Começamos hoje um programa, em toda a província, de levar postes de energia solar. Quero marcar isso, porque tem alguma sustentabilidade e não vai parar. Terá solavancos se não houver pagamento, mas aí temos de gerir com as empresas que vão fazer esses trabalhos. Em termos de orçamento, quanto é que se vai investir nesse projecto ? Estamos a falar de qualquer coisa como 1 bilião e meio de Kwanzas. Estamos a aproveitar os meses de cacimbo. Nós temos três meses para fazer aquilo que podemos fazer num ano. No Moxico chove todos os dias, então, há acções que têm de ser realizadas agora. Tornar os bairros transitáveis, para facilitar a vida do cidadão e, a par disso, priorizar aquelas vias estruturantes com a iluminação pública solar. A expectativa das pessoas é que as coisas aconteçam já, mas temos de compreender que não é possível, tendo em conta o momento crítico que o país está a atravessar com esta carência financeira, estamos a juntar a isso a falta de combustível que estamos a viver e, portanto, é uma gestão muito difícil, mas o mais importante é a comunicação. É explicar às pessoas e mobilizá-las a participar na solução. Em termos de energia, com carência de combustível, nós tomámos uma decisão, que é priorizar os hospitais. Porque é doloroso para quem está numa enfermaria a apanhar soro e não ter energia. Os nossos hospitais têm capacidade instalada de geradores, mas falta combustível. Esta é a altura em que as principais patologias são as malárias e as doenças respiratórias, por causa do frio, e estamos a preparar-nos. Os hospitais têm energia, têm combustível, além de que a rede principal apanha os hospitais. O grande desafio é colocar uma lâm-

pada solar em cada enfermaria, nós temos muito sol aqui. A que se deve tanta carência de água, quando a província é potencialmente hídrica? A pergunta é quase geral para o país. Somos potencialmente ricos, mas água potável, água para a população, é um desafio que se coloca. O senhor integrou a governação do Presidente José Eduardo dos Santos, volta a fazê-lo no Executivo de João Lourenço, como governador. Perguntou-lhe: como é trabalhar com o actual Presidente de Angola? Nós trabalhamos num contexto muito difícil. Primeiro de guerra, depois de reconstruir as infraestruturas e, agora, o Presidente João Lourenço faz parte de uma nova geração. O PR está a gerir uma transição geracional onde a visão de governação é mais moderna, mais proactiva, mais dinâmica… As exigências actuais são de uma governação aberta. O Presidente João Lourenço está numa dinâmica de governação num contexto onde se exige mais das pessoas, há mais controlo, há mais prestação de contas, onde o lema é “melhorar o que está bem, corrigir o que está mal”, onde o combate à corrupção, ao nepotismo, ao espírito de deixa andar são as principais ferramentas de governação do PR João Lourenço, em que estamos todos engajados. Ele é muito exigente? Bastante, bastante exigente… Você lhe coloca uma preocupação hoje, depois de amanhã tem a resposta e, sobretudo, este órgão de governação local, que o PR criou, facilita uma comunicação rápida e directa com o Presidente. O senhor tem projectos para os jovens do Moxico? Nós temos dito que a juventude é a nossa razão de ser, mais de 60% da população do Moxico ronda os 16 anos de idade. Portanto, a atenção para a juventude é a primeira preocupação, ao nível do ensino. Melhorar o ensino superior público. Temos uma escola pública que nós propusemos transformar em instituto superior, com a vantagem de ter vários cursos virados ao desenvolvimento da província e absorver o maior número de jovens.


OPInIÃO

OPAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

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rICArDO VITA*

Sobre o « Colóquio nÓS » de Lisboa que defende a diversidade e a inclusão

A

diversidade é de facto uma questão que se impôs no debate público, principalmente nos países ocidentais. Hoje, ninguém, ou quase ninguém, contesta a sua legitimidade; pelo menos oficialmente. Fala-se disso em todos os lugares e toda a gente aceita o princípio. E o discurso sobre a consideração das diferenças, a igualdade de oportunidades e o compartilhamento de espaços, oportunidades e responsabilidades tem visto a noção de inclusão generalizar-se. Muito rapidamente, percebemos que a exclusão não é apenas uma ameaça para aqueles que são directamente vítimas, mas também para todo o corpo social. No mundo do trabalho, a diversidade é apresentada como um bem indispensável, especialmente no contexto da globalização. Em França, por exemplo, centenas de empresas e até dezenas das maiores empresas assinaram a Charte de la Diversité, um texto de compromisso proposto para a assinatura de qualquer empregador que deseje, com uma abordagem pro-activa, agir em favor da diversidade e, assim, ir além do quadro legal e jurídico da luta contra a discriminação. Grandes empresas, PME, actores da economia social e solidária, instituições públicas, autoridades locais, todos estes agentes económicos estão preocupados com a diversidade em todas as suas componentes. Lançada em 2004, a Charte de la Diversité incentiva as organizações signatárias a garantir a promoção e o respeito da diversidade nos seus trabalhadores e em todos os actos de gestão, tanto comercial como de carreira, implementando acções em favor da Diversidade. Tem hoje 3.800 empresas signatárias, e todas reconhe-

DR

cem que os desafios da diversidade são múltiplos (conformidade com a lei, reputação, responsabilidade social, optimização da gestão de RH, desempenho económico) e estão comprometidas em responder com acções concretas. Ao assinar a Charte de la Diversité, essas organizações comprometemse a lutar contra todas as formas de discriminação, a pôr em prática uma abordagem de « diversidade » e a adoptar uma gestão inclusiva. Em outras palavras, em França, a diversidade desfruta de um capital de simpatia cada vez mais considerável. No entanto, a situação das pessoas da « diversidade » continua a ser difícil. Porque os preconceitos são teimosos e, como todos os estudos mostram, as discriminações mantêm-se num nível alto, seja por causa da origem, do sexo, da deficiência, da religião ou da orientação sexual. Mas obviamente, dir-se-á, a diversidade é uma noção vaga. É verdade. Um belo conceito, mas confuso. E alguns até vão além e afirmam que a diversidade é uma noção perigosa, como se ela fosse uma ameaça à igualdade. Mas nós, République et Diversité, um instituto que promove a diversidade em França, dizemos que não é o caso, pelo contrário. Ambas, a diversidade e a igualdade, devem andar de mãos dadas. A diversidade só pode ser bela e boa se ela andar confiante ao lado da sua irmã, a benevolente « igualdade ». Mesmo assim, quer-se ainda opor estas duas irmãs. É absurdo porque precisamos das duas. Diversidade sem igualdade, é uma selva magnífica e feroz, onde prevalece a lei do mais forte. Mas a igualdade sem diversidade é a ditadura do conformismo universal. Nós não queremos nem um, nem outro. Basicamente, adotamos

também o slogan, « Todos diferentes, todos iguais »! Este é o propósito do 1º Colóquio NÓS, que termina hoje, 31 de Maio, em Lisboa; convidar a sociedade portuguesa a refletir sobre estas problemáticas e denunciar, através de debates e workshops, a absurdidade de privar-se de uma parte da sua comunidade

Muito rapidamente, percebemos que a exclusão não é apenas uma ameaça para aqueles que são directamente vítimas, mas também para todo o corpo social

quando parece que não há forças, inteligências e habilidades suficientes, em toda parte do mundo, para desenvolver as nossas sociedades. A sua ambição é fazer de Lisboa o palco de um encontro internacional anual, para refletir sobre a diversidade e uma maior inclusão no mundo, e propor medidas concretas no fim de cada edição, através de um texto fundador, a Declaração de Lisboa. Lisboa que outrora ficou conhecida como a capital do país que navegou o mundo e intensificou o mercado de escravos, será agora o espaço de acolhimento, reflexão, debate e partilha de ideias e de boas práticas. Será o espaço onde pensadores, activistas, governantes, políticos e demais população se reunirão com o fim de pensar e resolver problemas reais. O evento contou com as participações de Francisca Van

Dunem, Ministra da Justiça, Rosa Monteiro, Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Sueli Carneiro, filósofa e activista brasileira, Benedita da Silva, deputada brasileira, Amália Fischer, Co-fundadora do Fundo ELAS, Armando Cabral, Top Model e empresário e com participantes de 15 países do mundo. Apoio inteiramente o espírito desta iniciativa. Mas por causa de um conflito no calendário, não fui este ano, o compromisso já está marcado para a próxima edição. *Pan-africanista, afrooptimista radicado em Paris, França. É colunista do diário Folha de São Paulo (Brasil), do diário Público (Portugal) e do diário Libération (França). É cofundador e vice-presidente do instituto République et Diversité que promove a diversidade em França e é empresário.


ECOnOMIA

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DR

A direcção do Banco Sol trabalha para a entrada da instituição no mercado português, namibiano e da região de Macau – China. E se tudo correr como previsto é já no próximo ano, que a expansão do Banco Sol irá se concretizar.

Banco Sol chega a Portugal, namíbia e Macau no próximo ano O Banco Sol vai internacionalizar os seus serviços a partir de 2020, em Lisboa, Windhoek e Macau, deu a conhecer a sub-directora, Nádia Brás. o sector segurador e das viagens também fazem parte da expansão do negócio Patrícia de Oliveira

O

s bancos nacionais que operam no sistema financeiro nacional trabalham para a expansão e internacionalização, em busca de outros mercados de oportunidades. É nesta senda que a direcção do Banco Sol trabalha para a entrada da instituição no mercado português, namibiano e da região de Macau–China. E se tudo correr como previsto é já no

próximo ano que a expansão do Banco Sol irá se concretizar. O sector do turismo também interessa ao Banco Sol. Há mais de um ano no mercado angolano, a agência regista um fluxo de cliente considerável. Segundo a responsável, neste momento estão a promover o turismo interno, de modo que os angolanos possam usufruir dos pontos turísticos. O principal objectivo passa por promover o turismo interno e o ecoturismo. Em qualquer balcão do Banco Sol, o cidadão pode adquir informações sobre o funcionamento das Agências de Viagens e da Seguradora.

A direcção do Banco Sol trabalha para a entrada da instituição no mercado português, namibiano e da região de Macau–China. E se tudo correr como previsto é já no próximo ano que a expansão do Banco Sol irá se concretizar.

“Os pacotes turísticos variam de cliente para clientes, porém, existem pacotes predefinidos que constam de roteiros organizados”, explica. A agência presta serviços completos para todos os países, desde os vistos, marcação de hotel, rent-a-car, alojamento, serviços de tradução, visitas a locais turísticos. No entanto, os destinos mais solicitados são Portugal e Dubai. No que diz respeito, o preço dos pacotes variam acima dos kzs 300 mil. Na sua opinião, para alavancar o turismo é preciso os angolanos apostar mais no nacional e explorar, assim como na desco-

berta de outros encantos naturais de que o país dispõe. Por dentro do Banco Fundado a 2 de Outubro de 2001, o Banco Sol tem como objecto social o exercício de operações bancárias clássicas e a retalho, bem como a actividade de micro-finanças, que esteve na base da sua constituição. A instituição financeira faz parte do Grupo Sol, conglomerado de várias empresas, entre elas o Banco Sol, Sol Seguros, Sol Viagens, Imosol e Fundação Sol. Neste momento, o Banco Sol conta com 196 agências distribuídas em todo o país.


MErCADOS

O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

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Taxas de Juro Taxa BNA Libor USD 6M Libor gBP 6M Libor JPY 6M Euribor 6M Luibor 6M

Cot. 29/05/19 15,500% 2,524% 0,889% 0,006% -0,242% 16,190%

∆ Diária (p.p) 0,000 -0,017 -0,003 -0,001 -0,002 0,000

16,99% 16,97% 16,95% 16,93% 23/Mai

Mercado ACCIONISTA Índices Accionistas Cot. 29/05/19 Dow Jones (EUA) 25 126,41 S&P 500 (EUA) 2 783,02 FTSE 100 (Inglaterra) 7 185,30 IBovespa (Brasil) 96 566,55 CSI 300 (China) 3 663,91 Nikkei 225 (Japão) 21 003,37

∆ Diária (%) -0,873 -0,691 -1,151 0,180 -0,227 -1,208

Cot. 29/05/19 330,3601 1,1134 1,2619 109,3700 14,7148 3,9743

Cot. 29/05/19 58,81 69,45 1 281,00 14,37 2,63 266,40

∆ Diária (%) -0,231 -0,278 -0,371 -0,155 -0,139 -1,277

∆ Diária (%) -0,558 -0,941 0,305 0,637 1,975 -1,187

Luibor Taxas BNA Luibor o/N Luibor 1 Mês Luibor 3 Meses Luibor 6 meses Luibor 9 meses Luibor 1 Ano

27/Mai

29/Mai

25 520 25 270 25 020 23/Mai

25/Mai

27/Mai

29/Mai

Mercado Cambial A cotação do euro situou-se em 1,1134 USD por unidade, o que representa uma depreciação de, aproximadamente, 0,28%. As incertezas sobre o défice fiscal na Itália contribuiu na depreciação do euro.

1,121 1,118 1,115 1,112 23/Mai

25/Mai

27/Mai

29/Mai

Brent C rude F ut.

72,4 70,4 68,4 66,4 23/Mai

25/Mai

27/Mai

∆ Diária (p.p) 0,000 -0,010 -0,010 0,000 0,100 0,000

2,605 2,570 2,535 2,500 23/Mai

25/Mai

27/Mai

Mercado de Matérias-primas O preço do Brent e o WTI registaram diminuição de 0,94% e 0,56% ao situarem-se em 69,45 e 58,81 USD/barril, respectivamente. A possibilidade da China deixar de exportar Metais Raros para os EUA penalizou a cotação do crude.

29/Mai

Luibor 1 Ano Cot. 29/05/19 15,73 15,46 16,03 16,19 16,60 16,97

Mercado Accionista O índice bolsista do Brasil, IBOVESPA, registou aumento de 0,18% ao fixar-se em 96.566,55 pontos, impulsionado pela possibilidade de aprovação da reforma da segurança social no Brasil em Julho, depois do parecer do poder legislativo.

25 770

EUR / USD

Mercado DAS COMMODITIES Commodities WTI Crude Fut. Brent Crude Fut. gold 100 oz Fut. Prata Fut. gás Natural Fut. Cobre Fut.

25/Mai

Dow Jones (EUA)

Mercado CAMBIAL Taxas de Câmbio USD/AKZ EUR/USD gBP/USD USD/JPY USD/ZAR USD/BRL

Mercado Interbancário AtaxadejuroLiborUSDa6mesesreduziu1,7p.b.fixando-seem2,524%. Oaumentodoíndicedeconfiançado consumidorsobreodesempenhoda economia no curto prazo, referente ao mês de Maio, em 4%, para 134,1 pontos poderáter contribuídoparao desempenho da taxa.

Libor USD 6 Meses

Mercado TAXA DE JURO

29/Mai

Luibor As taxas de juro do mercado interbancário seguiram tendência divergentes nas diferentes maturidades. A Luibor a 1 e 3 meses recuaram 1 p.b. ao fixarem-se em 15,46% e 16,03%, respectivamente, enquanto a Luibor a 9 meses aumentou 1 p.b. para 16,6%.

InADEC dá por findo aquisição do livro de reclamações o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec) deu por findo, a partir de ontem qquinta-feira,30, o período de graça estabelecido para a publicidade, conhecimento e aquisição do livro de reclamações pelos estabelecimentos comerciais e similares. Num comunicado enviado ontem à Angop, o Inadec considera que todos os fornecedores que voluntariamente não o adquiriram, incorrem nas infracções previstas nos artigos 14º e 15º, sob pena de serem aplicadas medidas gravosas previstas no artigo 16º, todos do Decreto - Presidencial nº 234/16 de 9 de Dezembro. o documento encoraja os consumidores, sempre que se verem confrontados com violação dos seus direitos , a exi-

girem o livro de reclamações para fazer vincar o seu dever e direitos. o livro de reclamações destinado às instituições que comercializam bens e prestam serviços públicos e privados foi lançado oficialmente em 29 de Março de 2017, pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec). o livro e o respectivo selo de identificação, que devem ser exibidos nas instituições comerciais, foram lançados na senda de Decreto Presidencial de Setembro de 2016, que regula a obrigatoriedade das instituições que comercializam bens e prestam serviços, disporem de um meio onde o consumidor possa manifestar satisfação ou insatisfação do bem ou do serviço adquirido.

Grupo italiano EnI em expansão em Moçambique o grupo italiano ENI expandiu a sua presença em Moçambique com a aquisição de três participações de 10% em igual número de licenças de exploração petrolífera, segundo um comunicado divulgado em Milão, esta semana. A aquisição realizada através da subsidiária ENI Mozambico envolve os blocos marítimos A5-B, Z5-C e Z5-D, localizados em águas profundas das bacias de Angoche e do Zambeze. o grupo adiantou que a aquisição de uma participação de 10% em cada um dos três blocos foi efectuada ao abrigo de um acordo com a empresa ExxonMobil Moçambique Exploration &

Production Limitada, subsidiária do grupo americano ExxonMobil, depois de aprovada pelas autoridades de Moçambique. o bloco A5-B situa-se a 1300 quilómetros a nordeste da capital Maputo, numa zona por explorar fronteira à vila de Angoche, abrangendo uma área de 6080 quilómetros quadrados e uma profundidade entre 1800 e 2500 metros. os outros dois blocos cobrem uma área de 10 205 quilómetros quadrados, com uma profundidade entre 500 e 2100 metros, numa zona muito pouco explorada da bacia do Zambeze, a 800 quilómetros a nordeste da capital Maputo.


MUnDO

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O PAÍS Sexta-feira,3 1d eM aiod e2 019

EUA levam ex-combatentes do PAIgC faz ultimato a Estado Islâmico para o Iraque Presidente guineense para indigitar e a OnU levanta dúvidas primeiro-ministro

Há pelo menos 30 prisioneiros de guerra do Estado Islâmico que foram levados pelos EUA da Síria para o Iraque, após captura pelos curdos. Processo levanta dúvidas nas Nações Unidas DR

P

elo menos 30 homens suspeitos de terem combatido pelo Estado Islâmico na Síria foram levados de forma secreta pelos Estados Unidos (EUA) desde aquele país até ao Iraque, à revelia das normas internacionais. A notícia é da Reuters, que conseguiu apurar que, dos pelo menos 30 homens que foram levados da Síria para o Iraque, três foram condenados à pena de morte por terem pertencido ao Estado Islâmico. Outros cinco foram condenados à prisão perpétua pela mesma razão. Segundo a Reuters, entre estes oito condenados há seis nacionalidades no total, a maioria europeias: Bélgica, França, Alemanha, Austrália, Egipto e Marrocos. Este caso torna-se particular-

mente relevante num contexto em que, depois da derrota territorial do Estado Islâmico, a maioria dos países da Europa recusam o regresso dos seus cidadãos que partiram para a Síria para combater nas fileiras daquele grupo terrorista, tal como as suas famílias. Ao mesmo tempo que este impasse se mantém nos países europeus (a maioria dos ex-combatentes estrangeiros tem nacionalidade francesa, alemã, britânica ou belga), o Iraque tem demonstrado disponibilidade para julgar cada um deles. Entre aqueles oito condenados, há quatro que se queixaram de ser vítimas de tortura, primeiro pelas tropas norte-americanas e depois pelas autoridades iraquianas. Esta é uma acusação que as autoridades iraquianas rejeita. “Os mem-

bros do Estado Islâmico sabem como mentir de forma a enganar os juízes e fugir a uma condenação”, disse à Reuters Sabah al-Naaman, porta-voz das forças de combate ao terrorismo do Iraque. O percurso de cada um destes prisioneiros é idêntico, explica a Reuters. Inicialmente, foram capturados em território sírio pelas tropas do SDF, uma milícia curda que conta com o apoio militar e logístico dos EUA na Síria. De seguida, foram interrogados por membros do SDF e também o exército norte-americano. De seguida, foram transportados para bases aéreas dos EUA, tanto no Curdistão iraquiano como na Jordânia. A partir dali, conclui a Reuters, foram levados para prisões no Iraque, para ali aguardarem julgamento. O transporte de prisioneiros de guerra de um Estado para outro não é proibido pela lei internacional. Porém, uma vez que estas detenções foram feitas pelo SDF, que é apenas uma milícia e não chega a ser parte das forças armadas de um país internacionalmente reconhecido, estas transferências entram numa zona cinzenta que pode até ser ilegal. “Sub-contratar julgamentos em tribunais a um sistema com poucos recursos, pouco financiamento e poucos equipamentos, como é o sistema iraquiano, só pode ser descrito como uma revogação de responsabilidade“, disse a relatora das Nações Unidas para os Direitos Humanos no âmbito da luta contra o terrorismo, Fionnuala Aoláin. À Reuters, o comando central do exército norte-americano não comentou nenhum caso em específico, mas o seu portavoz, o capitão Bill Urban, confessou que “o tema dos terroristas estrangeiros detidos pelo SDF na Síria é um problema extremamente complexo” e acrescentou que o compromisso dos EUA, que estão “em contacto com os seus parceiros internacionais”, é que estes terroristas “não voltem a ameaçar ninguém”.

O chefe de Estado da guiné-Bissau termina o seu mandato a 23 de Junho, mas três meses depois das eleições legislativas ainda não indigitou o primeiro-ministro que vai permitir a formação do governo

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líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) avisou ontem, Quinta-feira, o Presidente guineense que perde a legitimidade do cargo se, até 23 de Junho, não nomear o Governo e marcar eleições presidenciais. “Chegado a 23 de Junho [data final do mandato presidencial] sem que o Presidente da República por vontade própria, não é por ter estado impedido de o fazer, tenha nomeado o primeiro-ministro, não tenha eventualmente fixado as eleições presidenciais e não tenha permitido o desbloqueamento e funcionamento das instituições políticas, a leitura política que faço é que o Presidente da República perde qualquer capacidade de continuar a ser Presidente da República e primeiro magistrado”, disse Domingos Simões Pereira, em entrevista à Lusa, salientando que a legitimidade passa a ser da Assembleia Nacional Popular, a cuja mesa o PAIGC preside. O chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, termina o seu mandato a 23 de Junho, mas quase três meses depois das eleições legislativas, realizadas a 10 de Março, ainda não indigitou o primeiroministro, que vai permitir a formação do Governo, alegando querer ver resolvido o impasse que existe entre políticos para a eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular. “O Presidente da República já está a violentar este país, já está a abusar deste país, já está a obrigar ao conflito entre guineenses, não há quem o chame à razão que está a provocar a violência, nós estamos

a tentar evitar a violência, quem está a querer provocar a violência e o uso de outros mecanismos é o senhor Presidente da República. Ainda tem semanas para evitar isso e é esse apelo que eu lhe faço que evite colocar a Nação guineense, os cidadãos guineenses, numa situação que ninguém pretende”, afirmou, em entrevista à Lusa, Domingos Simões Pereira. “Nós estamos a semanas do dia 23, é inaceitável que o Presidente da República nos obrigue a uma situação de bloqueio para agora dizer que quem exigir o seu afastamento está a incitar à violência”, disse Simões Pereira. Questionado sobre o que se vai passar a partir de 23 de Junho, quando o Presidente terminar o seu mandato, o presidente do PAIGC disse que a questão “jurídica e legal” é para os peritos. “Este é o meu entendimento, mas terei que submeter o meu entendimento à clarificação que o Supremo Tribunal de Justiça fará nessa situação”, disse. Para Domingos Simões Pereira, é preciso chamar o Presidente “à razão”, porque “em democracia as regras existem, as instituições existem, para que se faça uso dos vários mecanismos e evitar estes bloqueios”. Questionado sobre o que quis dizer no Sábado, durante uma manifestação a exigir a nomeação do primeiro-ministro e marcação das presidenciais, como “última exigência pacífica”, Domingos Simões Pereira disse que o PAIGC não vai recorrer à violência, ao golpe de Estado e ao assalto ao palácio (Palácio da Presidência) para recuperar o poder.


O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

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China acusa Estados Unidos de “terrorismo económico” A China considera o recurso sistemático às sanções comerciais, às taxas alfandegárias e ao proteccionismo dos EUA “terrorismo comercial” e acusa a potência de ter começado uma “guerra comercial”

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China declarou Quarta-feira que a guerra comercial bilateral iniciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, com taxas alfandegárias punitivas e sanções contra empresas chinesas, é “terrorismo económico”. “Somos contra a guerra comercial, mas não temos medo dela”, declarou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhang Hanhui, em conferência de imprensa. “Opomo-nos firmemente a este recurso sistemático às sanções comerciais, às taxas alfandegárias e ao proteccionismo. Esta instigação premeditada de um confl ito comercial é terrorismo económico, chauvinismo económico e assédio económico em estado puro”, advertiu. A declaração do responsável chinês surgiu no momento em que a China se mostra progressivamente mais ofensiva perante aquilo que considerou serem pressões intoleráveis de Washington.

“Opomo-nos firmemente a este recurso sistemático às sanções comerciais, às taxas alfandegárias e ao proteccionismo. Esta instigação premeditada de um conflito comercial é terrorismo económico, chauvinismo económico e assédio económico em estado puro”

A guerra comercial entre as duas potências intensificou-se desde que Washington aumentou, no início deste mês, as taxas alfandegárias punitivas sobre produtos chineses. Donald Trump reforçou também a pressão sobre o gigante das telecomunicações chinês Huawei, “número dois” mundial dos ‘smartphones’ e líder planetário das redes móveis de quinta geração (5G). Em nome da segurança dos Estados Unidos, uma lei proíbe desde o ano passado as administrações federais de comprarem equipamentos e serviços do grupo, ou de trabalharem com empresas terceiras que sejam clientes da Huawei. A administração de Trump proibiu também as empresas norte-americanas de venderem tecnologia à Huawei, colocando em risco o aprovisionamento crucial para o gigante chinês de componentes eletrónicos produzidos nos Estados Unidos. “O unilateralisno e o assédio crescem e afectam gravemente as relações internacionais e os princípios fundamentais”, sublinhou Zhang Hanhui. “Este confi lto comercial terá igualmente um impacto negativo importante sobre o desenvolvimento e o relançamento da economia mundial”, advertiu o responsável chinês. Perante o ataque de Trump, meios de comunicação social e responsáveis políticos chineses lançaram a ameaça de reduções nas exportações de terras raras para os Estados Unidos, o que poderá vir a privar as empresas norte-americanas de um recurso essencial para as tecnologias de ponta. A China assegura mais de 90% da produção mundial deste conjunto de 17 metais, indispensáveis no fabrico de ‘smartphones’, ecrãs plasma, veículos eléctricos, mas também de armamento.

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Convite ao concurso A Convenção da Corrente de Benguela (BCC) é uma organização multissectorial, Intergovernamental das Partes Angola, Namíbia e África do Sul (Partes) focalizada a liderar a colaboração regional para a gestão integrada, desenvolvimento sustentável e proteção do ambiente utilizando uma abordagem ecossistémica na governação dos oceanos no Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela (BCLME). O Secretariado da BCC convida propostas de companhias competente / consultoria / consórcio / indivíduo para realizar as seguintes consultorias: 1. Revisão e atualização da Análise Diagnóstica Transfronteiriça (TDA) e Programa de Ação Estratégico (SAP) e desenvolvimento de Planos de Acão Nacionais (PAN) para o Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela (BCLME) 2. Serviços de Consultoria para execução da Avaliação Económica e Análise de Benefício de custo para o Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela (BCLME) Termos de Referência Detalhados estão disponível no site :www.benguelacc.org ou contacte o Sr. Jackson Kaoti, (jackson@benguelacc.org, Tel: + 264 64 406 901). As candidaturas devem ser apresentadas antes das 16:00, hora local, da Namíbia em 14 de Junho 2019.


DESPOrTO

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DANIEL MIgUEL/ARqUIvo

O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

“Vou treinar um gigante do Girabola” Kiameso Pedro

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Atletas do Kabuscorp do Palanca num dos jogos do Girabola Zap em Luanda

rivaldo despromove Kabuscorp do Palanca A formação da Rua F do Palanca regressa à segunda divisão por não ter cumprido os parazos de pagamento ao ex-craque brasileiro Rivaldo, depois de este ter assinado contrato de uma época, em 2012, com o clube da Rua F Sebastião Félix

A

Federação Angolana de Futebol (FAF) anuncia hoje, formalmente, em comunicado, a descida de divisão do Kabuscorp do Palanca, segundo uma fonte ligada ao processo. Sobre a formação da Rua F do Palanca pesava a dívida com o excraque brasileiro Rivaldo, que em 2012 assinou contrato de uma época. Os incumprimentos por parte da direcção do Kabuscorp, no que toca aos pagamentos, forçaram o antigo jogador do Barcelona a recorrer à FIFA. Por esta razão, o órgão que rege o desporto rei no mundo “aplicou várias sanções” ao clube angolano em 2018 e em 2019. Como sinal, a FIFA orientou que

a FAF retirasse pontos ao emblema com a claque mais ruídosa do país enquanto decorria o Campeonato Nacional. No dia 20 de Fevereiro passado, o organismo do futebol mundial ordenou que se pagasse Rivaldo até ao dia 24 de Abril. Este prazo não foi cumprido pela formação angolana, mas a última parte da dívida foi paga, já, fora do tempo. Por isso, o Kabuscorp do Palanca regressa à segunda divisão, num

Presidente do Kabuscorp, Bento Kangamba, “descongela” na FIFA

período em que o TP Mazembe do Congo Democrático também reclama um valor relativo à contratação do médio Tresor Mputu Mabi. De acordo com a fonte deste jornal, a FAF só está a cumprir uma orientação superior do órgão máximo, ou seja, da FIFA. “Não tem recuo. O Kabuscorp do Palanca vai mesmo regressar à segunda divisão. Estamos somente a cumprir”, atirou a fonte do O PAÍS. A descida do emblema da Rua F do Palanca não implicará qualquer pagamento ou multa à FIFA, segundo o documento enviado ao órgão que rege a modalidade em Angola. Apesar de ter ficado na quarta posição do Girabola Zap com quarenta e nove pontos, o emblema do Palanca vai digerir um “sapo” a seco. Nos últimos tempos, por razões financeiras, a gestão da direcção presidida por Bento Kangamba foi marcada por vários litígios com atletas e treinadores.

ex-técnico do Kabuscorp do Palanca, Sérgio Traguil, revelou ontem, em exclusivo a OPAÍS, que vai regressar ao Girabola na próxima época para treinar um “gigante” do futebol angolano. Sem muitos pormenores, Sérgio Traguil afirmou que está em negociações com várias formações assumidas como candidatas ao título do Girabola Zap. O técnico adiantou que quando regressar ao Girabola vai querer conquistar o Campeonato Nacional, porque o clube com que vai assinar contrato reúne condições para lutar por títulos. “As negociações decorrem dentro da normalidade com as partes interessadas. Vou treinar um gigante do Girabola”,

garantiu o treinador. Por uma questão de ética e sigilo profissional, Traguil preferiu não mencionar os nomes dos clubes que estão atrás dos seus préstimos. O técnico referiu também a este diário que recebeu várias propostas de clubes zambianos e, inclusive do Kano Pillars da Nigéria. O antigo timoneiro do Kabuscorp do Palanca contou a este jornal que preferiu recusar as duas propostas. O mesmo justificou que até ao momento prefere trabalhar em Angola, aliás, o Girabola também é um grande campeonato em África. Sérgio Traguil, de nacionalidade portuguesa, disse que tem feito muitos estudos teóricos para um dia conquistar o Campeonato angolano. Por isso, está a analisar as propostas dos clubes angolanos, sendo que a melhor se enquadrar no seu perfil vai abraçar e mostrar tudo quanto vale dentro e fora das quatro linhas como treinador de futebol.

Nuno Martins acalma adeptos do Interclube

O

director para o futebol do Interclube, Nuno Martins, disse ontem em exclusivo a O PAÍS que há pessoas que querem desestabilizar o Interclube. o responsável reagiu a quente devido a informações postas a circular nas redes sociais de que os atletas Landu e Kaporal estão de saída da formação do Rocha

Pinto. O dirigente desportivo confirmou que o clube ainda não divulgou a lista de jogadores dispensados pela equipa técnica. Nuno Martins, irritado com a situação em questão, revelou que no dia 01 de Junho vão confirmar, em conferência de imprensa, os nomes dos atletas que serão dispensados, bem como dos que continuarão naquela formação azul e branca.

Palancas Negras querem as meias-finais no Egipto 2019

O

s atletas da Selecçção Nacional de futebol, que embarcaram ontem para o Algarve (Portugal), visando o CAN 2019 que o Egipto acolhe de 19 de Junho a 23 Julho próximo, disseram que o objectivo do grupo é alcançar as meias-finais. No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o defesa central Dany Massunguna referiu que vão confiantes para trabalhar e atingir aquilo que foi de-

finido pela Federação Angolana de Futebol (FAF). “Vamos trabalhar para passar a primeira fase, depois lutar para chegar às meias-finais”, adiantou o internacional angolano. Por esta razão, em solo luso, os Palancas Negras têm agendado um jogo amistoso com a Guiné Bissau no dia 10 de Junho e outro com os Camarões em data a anunciar. No CAN, a Selecção Nacional está no grupo E com a Tunísia, Mali e a Mauritânia.


O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

Gelson Dala eleito melhor do rio Ave

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Rio Ave de Portugal elegeu nesta semana o avançado angolano Gelson Dala como o melhor estrangeiro da época 2018/2019, segundo o site daquele clube. Apesar de o internacional angolano, 22 anos, ter tido algumas lesões pelo meio, ainda assim a escolha recaiu sobre ele. Ao longo da temporada e com faro de golo, provocou reacções positivas aos adeptos daquele formação portuguesa. Nas redes sociais, o internacional angolano era tratado como o “pai grande, senhor senhor Gelson Dala ou jovem prodígio”. Gelson Dala fez 26 jogos e sete golos, tudo por “culpa” da lesão que o apanhou a meio da época . O atleta do Rio Ave foi formado no 1º de Agosto, e em 2016 sagrou-se melhor marcador do Girabola Zap com vinte e três golos.

Barcelona não quer Griezmann

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uem o garante é o jornal ‘Marca’ - o destino de Antoine Griezmann na próxima época pode não ser o Barcelona. O jogador francês já anunciou que não vai continuar no Atlético Madrid não obstante as juras de amor eterno que fez aos colchoneros no fi nal da época passada, quando renovou o contrato... -, mas ao que tudo indica não vai mudar-se para a Catalunha. O Barcelona anda há muito na ‘cola’ de Griezmann, o que motivou inclusivamente uma queixa do Atlético Madrid junto da FIFA, por assédio a um jogador com contrato. Na época passada parecia que estava tudo encaminhado (e apalavrado) para o avançado francês finalmente se juntar a Messi e companhia, mas o clube de Madrid convenceuo a continuar. O que constituiu um rude golpe no Barcelona...

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FAP aguarda pelas verbas do Minjud Kiameso Pedro

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vice-presidente da Federação Angolana de Patinagem (FAP), Pedro Azevedo, revelou ontem a OPAÍS que a Selecção Nacional sénior masculina de hóquei em patins só dará início aos trabalhos de preparação do Mundial de Espanha assim que receberem os apoios instititucionais. Pedro Avezedo disse a este diário que aguardam pelo aval do Ministério da Juventude e Desportos (Minjud). Por esta razão, os trabalhos visando o Mundial em Julho ainda não arrancaram, porém, há um relativo atraso. “Precisamos mesmo do apoio do Estado. Os nossos recursos e de algumas entidades privadas que solicitamos não são suficientes para termos um estágio con-

FAJ realiza torneios no Dia da Criança O vice-presidente da Federação Angolana de Judo (FAJ), Paulo Jorge, revelou ontem a O PAÍS que o seu pelouro vai organizar torneios para saudar o Dia Internacional da Criança, o 1 de Junho, em Luanda. O certame visa massificar a modalidade e atrair cada vez mais praticantes de judo em todo o país. Nos torneios participam crianças com idades compreendidas entre os 08 e os 13 anos de idade, sendo que os preparativos decorrem sem sobressaltos, de acordo com a organização do certame.

Serena Williams vence Kurumi nara Serena Williams, 10.ª cabeça de série, venceu ontem em dois sets a japonesa Kurumi Nara, na segunda ronda do torneio de Roland Garros, segunda prova do Grand Slam de 2019, que decorre em Paris, em França. A tenista norte-americana, 10.ª classificada do ranking WTA, bateu com relativa facilidade a 238.ª posicionada da hierarquia feminina, pelos parciais de 6-3 e 6-2, após uma hora e sete minutos de confronto. Venceu em 2002, 2013, 2015 -, equivalente aos 16 avos-de-final.

digno”, disse o dirigente desportivo. O responsável afirmou que está preocupado com a demora do Estado em dizer se vai ou não apoiar a Federação na preparação do Mundial. Pedro Azevedo assegurou a este jornal que o regresso do técnico Fernando Fallé à selecção continua a ser motivo de negociações.

DR

“Precisamos mesmo do apoio do Estado” O vice-presidente da FAP, entre outras coisas, disse nas entrelinhas que o regresso do treinador português só será oficial e uma realidade quando as condições solicitadas pelo mesmo forem criadas pelo órgão que rege a modalidade no país. PUB


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TEMPO

32

O PAÍS Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

Fonte: INAMET

PREvISÃo Do TEMPo *** 3 DIAS *** PARA AS PRINCIPAIS CIDADES válida a 31 de Maio a 02 de Junho de 2019 Ê Ê

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGOA E GEOFÍSICA - CENTRO NACIONAL DE PREVISÃO DE TEMPO (CNPT)Ê

Ê

PREVISÃO DO TEMPO *** 3 DIAS *** PARA AS PRINCIPAIS CIDADES, válida de 31 a 02 de Junho 2019Ê Data 31/ 05/ 2019

CIDADE

Mín

Data 01/ 06/ 2019

Estado do Tempo

Máx

Mín

Máx

Estado do Tempo

Data 02/ 06/ 2019 Mín

Máx

Estado do Tempo

LUANDA

24

30

Céu parcial nublado, pela manhã/ neblina.

24

30

Céu parcial nublado, neblina.

24

31

Céu parcial nublado, neblina.

CABINDA

23

30

Céu parcialmente nublado.

25

32

Céu parcialmente nublado.

25

31

Céu nublado, chuvisco.

SUMBE

24

28

Céu parcialmente nublado.

24

29

Céu parcialmente nublado.

24

29

Céu parcialmente nublado.

CAXITO

22

32

Céu parcial nublado, neblina.

23

33

Céu parcialmente nublado.

24

33

Céu parcialmente nublado.

MBANZA CONGO

24

29

Céu parcial nublado, neblina.

24

29

Céu parcialmente nublado.

24

30

UIGE

19

31

Céu parcialmente nublado, chuvisco.

17

30

Céu parcialmente nublado.

17

29

Céu parcial nublado, neblina.

NDALATANDO

18

30

Céu parcialmente nublado.

19

29

Céu parcialmente nublado.

18

29

Céu parcialmente nublado.

MALANJE

17

29

Céu parcialmente nublado.

18

29

Céu parcialmente nublado.

18

29

Céu parcialmente nublado.

DUNDO

22

29

Céu parcialmente nublado a limpo.

19

29

Céu parcialmente nublado a limpo.

19

29

Céu parcialmente nublado a limpo.

SAURIMO

17

31

Céu parcialmente nublado a limpo.

15

30

Céu parcialmente nublado a limpo.

15

30

Céu parcialmente nublado a limpo.

BENGUELA

20

29

Céu pouco nublado a limpo

18

28

Céu pouco nublado a limpo

17

29

Céu pouco nublado a limpo

HUAMBO

06

27

Céu pouco nublado a limpo

15

29

Céu pouco nublado a limpo

14

28

Céu pouco nublado a limpo

CUITO

14

26

Céu pouco nublado a limpo

12

26

Céu pouco nublado a limpo

11

26

Céu pouco nublado a limpo

LUENA

05

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Céu pouco nublado a limpo

05

29

Céu pouco nublado a limpo

05

29

Céu pouco nublado a limpo

LUBANGO

15

25

Céu pouco nublado a limpo

15

29

Céu pouco nublado a limpo

14

29

Céu pouco nublado a limpo

MENONGUE

12

29

Céu pouco nublado a limpo

13

29

Céu pouco nublado a limpo

13

29

Céu pouco nublado a limpo

MOÇÂMEDES

15

26

Céu pouco nublado a limpo

20

26

Céu pouco nublado a limpo

20

26

Céu pouco nublado a limpo

ONDJIVA

16

31

Céu pouco nublado a limpo

14

32

Céu pouco nublado a limpo

14

32

Céu pouco nublado a limpo

Céu parcialmente nublado.

O (s) Meteorologista (s): Urssula Gonçalves.

Das 18 horas do dia 30 às horas do dia 31 de Maio de 2019. Províncias de Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Uíge, Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Lunda-Norte, Lunda-Sul: Céu pouco ou parcialmente nublado, apresentando-se nublado pela madrugada e manhã. Possibilidade de ocorrência de chuvisco nalguns municípios da província do Zaire e Uíge. Possibilidade de ocorrência de nevoeiro ou neblina matinal em alguns municípios das províncias de Luanda, Cabinda, Zaire, Uíge, Malanje, Cuanza- Norte e Lunda-Norte. rEGIÃO CEnTrO: Províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico Céu pouco nublado ou limpo, tornando-se nublado ao entardecer. rEGIÃO SUL: Províncias do Namibe, Huíla, Cunene e Cuando Cubango Céu pouco nublado ou limpo, tornando-se nublado ao entardecer. Muito nublado pela manhã ao longo da faixa do litoral. Possibilidade de ocorrência de neblina o matinal em alguns municípios da província do Namibe.

Luanda, 30 de Maio de 2019

Ê Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, Rua 21 de Janeiro – Tel.: 949320641 – Luanda. Site: http://www.inamet.gov.ao; emails: geral@inamet.gov.ao / geral.inamet@angola-portal.aoÊ

TEMPO nO MAr Fonte: INAMET

BoLETIM METEoRoLÓgICo PARA A NAvEgAÇÃo MARíTIMA 1. SITUAÇÃO GErAL ÀS 18:00 TU DO DIA 30 DE MAIO DE 2019: Circulação de Sudoeste fraca a moderada entre os paralelos 4°S a 12°S, sendo, circulação Sudoeste moderada INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA E GEOFÍSICA – INAMET entre os paralelos 14°S a 18°S. Centro Nacional de Previsão do Tempo

METEOROLÓGICO PARA A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA 2. PrEVISÃO VÁLIDA ATÉ ÀSBOLETIM 18:00 TU DO DIA 31 DE MAIO DE 2019: 1. SITUAÇÃO GERAL ÀS 18:00 TU DO DIA 30 DE MAIO DE 2019: SEM AVISO. Ê Ê Circula• ‹ oÊ deÊ SudoesteÊ fracaÊ aÊ moderadaÊ entreÊ osÊ paralelosÊ 4¡ SÊ aÊ 12¡ S,Ê sendo,Ê circula• ‹ oÊ SudoesteÊ moderadaÊ entreÊ osÊ paralelosÊ 14¡ SÊ aÊ 18¡ S.Ê 2. PREVISÃO VÁLIDA ATÉ AS 18:00 TU DO DIA 31 DE MAIO DE 2019: SEM AVISO. ESTADO DO TEMPO

REGIÃO

VENTO

(ATÉ 200 MILHAS DA COSTA)

ALTURA DA ONDA (METROS)

ESTADO DO MAR

DIRECÇÃO FORÇA (KT)

Cabinda (4°S – 6°S)

ÊÊ

Nublado, neblina

Sudoeste

Até 08

Até 1.8

Agitado

Fraca pela manhã (Superior a 5)

Nublado, neblina

Sudoeste

09 à 13

Até 1.8

Agitado

Fraca pela manhã (Superior a 5)

Parcialmente nublado

Sudoeste

Até 14

Até 1.8

Agitado

Moderada a boa (Superior a 7)

Nublado, neblina

Sudoeste

Até 15

Até 1.8

Agitado, a localmente agitado

Ê

Zaire, Bengo, Luanda e Cuanza-Sul (6°S – 12°S) Benguela (12°S – 14°S)

Ê Ê

Ê

Namibe (14°S – 18°S) Ê

Ê

VISIBILIDADE HORIZONTAL (KM)Ê

Fraca pela manhã (Superior a 5)

DESCrIÇÃO SInÓPTICA DAS 18:00 TU DO DIA 30/05/2019 ÀS 18:00 TU DO DIA 31/05/2019. A Alta pressão da Santa Helena permanecerá estacionária nas próximas 24H, com a pressão central de 1020hPa, influênciando o padrão e a intensidade do vento. Assim, prevê-se ondas máximas de até 1.8 metros de altura para a região marítima do Namibe. Para as regiões marítimas de Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Cuanza-Sul, e Benguela prevê-se ondas maximas de até 1.8 metros de altura.

3. CArTA DO VEnTO MÁXIMO E DA ALTUrA DA OnDA MÁXIMA PrEVISTA os contornos a cores indicam a altura máxima da ondulação e os contornos em tom cinza indicam os possíveis incrementos das vagas devido à influência do vento local.


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