Acordo de Paz em Moçambique facilita desenvolvimento de África, diz o Presidente Lourenço
Técnicos da educação constatam andamento do PAT no Centro, Sul e Leste do país Responsáveis do Ministério da Educação constatam a consolidação da 3ª etapa da Terceira Fase de formação contínua de professores do ensino primário, nas escolas abrangidas pelo projecto, nos módulos 5 e 6 sobre a Diferenciação pedagógica II e Educação especial. P. 2
O Presidente angolano, João Lourenço, aplaudiu “vivamente” este Sábado, o novo Acordo de Paz assinado entre o Governo moçambicano e a Renamo, para pôr termo a décadas de conflito naquele país. P. 09
Director: José Kaliengue
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O diário da Nova Angola Edição n.º 1555 Domingo, 04/08/2019 Preço: 40 Kz
Idade afasta Francisco Chitapa da corrida a 1º secretário nacional da JMPLA
Angola marca presença no 18º fórum AGOA
l “Estou acima dos 35 anos, logo creio que mesmo que tivesse este desejo não seria apto como candidato”, reconheceu o primeiro secretário nacional interino, Francisco Chitapa, quando ainda se desconhecem os nomes dos prováveis concorrentes à substituição de Luther Rescova, actual governador da província de Luanda. P. 8
economia: Angola participa, a partir de hoje até 06 do mês em curso, no 18º Fórum do
Comércio e Cooperação Económica, denominado Fórum AGOA (Lei sobre Crescimento e Oportunidade de Desenvolvimento em África), que decorre este ano na cidade de Abidjan, na Costa do Marfim. P. 18 dr
Angola sugere à ONU um reforço e protecção acrescida de crianças em conflitos armados
Alberto Oliveira Pinto
“Na sociedade angolana, o branco representa um modelo e um demónio ameaçador’
l Angola reafirmou esta tese, em Nova Iorque, ao Conselho de Segurança da ONU, no sentido de reforçar a acção para a protecção das crianças afectadas por conflitos armados e reconhecer a “valiosa” contribuição que as organizações e iniciativas regionais e sub-regionais dão neste domínio. P.9
Angola fora do CHAN 2020 nos Camarões
P. 10
l A Selecção Nacional de futebol, depois do empate a uma bola ontem, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda, no tempo regulamentar, não conseguiu afastar o Eswatini (ex Swazilândia) na marca das grandes penalidades, perdendo por 5-4 P. 26
e ainda no cartaz: “As Kassumunas do Bairro Indígena” de Salas Neto editadas em livro
Namibe com traços arquitectónicos e culturais para preservar
Músicas dos Irmãos Almeida fazem vibrar público no “Show do mês”
EM FOCO
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O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
Técnicos da educação consta do PAT no Centro, Sul e Leste ARQUIVO
500 mil alunos poderão ser beneficiados com aulas de esperada qualidade de ensino positiva
Ministério da Educação constata a consolidação da 3ª etapa da Terceira Fase de formação contínua de professores do ensino primário, nas escolas abrangidas pelo projecto, nos módulos 5 e 6 sobre a Diferenciação pedagógica II e Educação especial Alberto Bambi
U
ma equipa do Ministério da Educação, afecta ao Projecto Aprendizagem para Todos (PAT), efectua, a partir da próxima semana, um períplo pelas províncias do Huambo, Bié e Moxico, com o objectivo de constatar de perto os níveis de melhoria de aprendizagem dos professores, alunos, da gestão escolar e do aperfeiçoamento e da implementação de metodologias aprendidas durante o processo de formação. Importa referir que uma das metas do PAT tornada pública,
na interpretação dos agentes do ensino, consiste na transmissão e partilha de competências pedagógicas e metodológicas viradas, essencialmente, para o ensino das disciplinas de língua portuguesa e matemática, bem como de outras imediatas, sobre as quais se terão notado alguma dificuldade de as leccionar, já que o Projecto Aprendizagem para Todos terá resultado de um diagnóstico aturado e paciente feito no sistema de ensino em vigor no país. A gestão escolar e o desenvolvimento de um sistema de avaliação dos alunos é outro foco que não está fora dos objectivos
preconizados pelo projecto. Na agenda da digressão, que será encabeçada pelo coordenador do PAT, Isaac Paxe, constam visitas a pelo menos três municípios em cada uma das províncias já referenciadas, onde serão, igualmente, visitadas as sedes da Zona de Influência Pedagógica (ZIP), além de estar programado o encontro com os coordenadores locais do PAT, que, normalmente, são entidades ligadas às direcções provinciais da educação desses ciclos. Caála, Longonjo e Ukuma são os municípios onde estão agendadas constatações pelo ciclo da província do Huambo, enquan-
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O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
atam andamento e do país
Isaac Paxe, coordenador do PAT, acredita na superação gradual dos professores, bem como na melhoria do aproveitamento dos alunos, por causa das técnicas e valências que a série de formação dá a essa classe
to no Bié, as municipalidades do Chinguar, Kuito e Andulo são as contempladas. Por parte do Moxico, os municípios de Luena, Camanongue e Luau tiveram a mesma sorte das localidades do Cento e Sul de Angola. As dinâmicas de trabalho programadas para essas localidades incluem encontros e conversas com alunos, autoridades tradicionais e religiosas, pais e encarregados de educação, no sentido de se tornar mais sólida a recolha de posições e opiniões sobre o impacto do Projecto Aprendizagem para Todos, a fim de contribuir para o enriquecimento e reforço das políticas de acção. Com este períplo, o Programa Aprendizagem para Todos espera melhoria dos conhecimentos e competências dos professores,
utilidade dos conteúdos ministrados para o processo de ensino e aprendizagem, assim como registar a aplicação das técnicas de diferenciação pedagógica e a utilidade das fichas de língua portuguesa e matemática. Constatar as boas práticas do ensino da língua portuguesa e da matemática, os resultados da implementação das acções do PAT nas comunidades, além da utilização e utilidade dos materiais didácticos dos centros de recursos das ZIP´s e a disseminação da formação do Projecto Aprendizagem par Todos constam do enfoque da digressão. Beneficiadas mais de 800 mil escolas O projecto visa beneficiar com formação 18 mil e 120 professores, dos quais se espera estarem a leccionar aulas com mais
competência e qualidade 500 mil alunos, está a ser activado em 842 escolas primárias do território nacional. O processo de Formação Contínua de Professores, no âmbito do Projecto Aprendizagem para Todos, teve início em 2016. Até 2021 têm estado a ser ministradas formações em cascata nos módulos de diferentes áreas já referenciadas, tidas como de extrema necessidade. Na primeira fase, as formações abrangem 133 professores-formadores das escolas do magistério.Já na segunda, os 133 professores-formadores têm a responsabilidade de formar 669 docentes formadores das 167 Zonas de Influência Pedagógica de todo país. Por sua vez, na terceira fase, estes são os responsáveis pela formação dos 18 mil e 120 professores do ensino primário de 842 escolas Centro de recurso facilitador do processo Refira-se que as escolas estão interligadas por Zonas de Influência Pedagógica, onde uma delas é a sede-centro de recursos, onde, por sinal, estão montados vários equipamentos e meios de ensino com o mais elevado padrão de qualidade técnica e tecnológica, com objectivo de prestar apoio aos professores das escolas circunvizinhas abrangidas pelo projecto. Para garantir a energia capaz de manter funcionais os equipamentos e materiais didácticos, o projecto montou painéis solares nos centros de recurso. É no centro de recursos que os professores das escolas do município se reúnem quinzenalmente para elaborar planos pedagógicos e discutir metodologias de ensino adequadas para transmissão do conhecimento, a fim de garantir amelhoria do nível de aprendizagem dos alunos.
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destaques Política. PÁG. 08 Candidaturas a 1º secretario nacional da JMPLA em “banho-maria”.
o editorial SOCIEDADE. PÁG. 10
Na sociedade angolana, o branco representa um modelo e um demónio ameaçador’.
cArtaz. PÁG. 14 “As Kassumunas do Bairro Indígena” de Salas Neto editado em livro.
ECONOMIA. PÁG. 18 Angola marca presença no 18º fórum AGOA que arranca hoje.
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hoje: os números do dia
Não é novidade ideia de haver alguém ligado às forças policiais, neste caso ao SIC, implicado na fuga da cadeia de prisioneiros altamente perigosos, não é novidade entre nós, infelizmente. Não surpreende. Pois é, a Polícia Nacional e o SIC estão numa luta tremenda de apuramento dos bons. Não é culpa das autoridades estarem interiormente minadas por bandidos, é a nossa sociedade que está doente. SIC e Polícia recrutam angolanos, só podem recrutar angolanos, filhos e frutos da sociedade que temos, com todos os males e vícios, portanto, é difícil separar o trigo do joio quando não se conhece as pessoas, quando estas só revelam o seu carácter depois de terem integrado as corporações. Há que culpar as chefias? Em parte apenas, porque o mal está na formação do homem, nas referências éticas e morais desde a infância. É por isso que se apela tanto ao papel do Estado na educação social e das famílias. Este caso é apenas mais um, ninguém se espante com o próximo. Haverá, certamente, mais casos.
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911 novos casos de VIH/ SIDA foram diagnosticados entre 23 mil e 567 pessoas que afluíram aos centros de testagem no Moxico, durante o Iº semestre do ano em curso
Mil e 743 crianças, menores de cinco anos, serão vacinadas contra a poliomielite no município do Cuvelai, província do Cunene, numa campanha aberta hoje, Sexta-feira, naquela circunscrição.
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Toneladas de bens alimentares foram entregues à província do Ciando Cubango para acudir a seca naquela região, segundo dados apresentados pelo sector
200
Casas sociais de tipo T3 vão ser erguidas na província de Cabinda para efectivos já aposentados do Ministério do Interiuor
o que foi dito Mundo . PG. 22 Oficial iraniano afirma que coalização dos EUA no golfo Pérsico ‘jamais ocorrerá’.
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Este entendimento devolve definitivamente a Moçambique e ao seu povo, em primeiro lugar, e também à subregião e à África, em geral, a paz ansiada por todos” João Lourenço Presidente da República
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Jonas Savimbi encontrou no pensamento político de Mao TséTung e na experiência revolucionária chinesa a inspiração doutrinária para a sua acção” Lukamba “Gato” Deputado da UNITA
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É chegada a hora para a mudança urgente e constitucional do modelo de Estado, bem como da reforma do conceito e prática do serviço público” Abel Chivukuvuku Coordenador da comissão instaladora dpo PRA-JA
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5 e assim... José Kaliengue Director
Hoje no online de O PAÍS leia a entrevista com o economista Herinelto Casimiro e encontre algumas respostas às suas inquietações sobre as universidades angolanas
Um improviso que custou vidas
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Temos de fazer esforços, já perdemos tempo, para criar instituições competentes e sustentáveis para governar o país, porque de improviso já tivemos 40 anos, e é com bom ambiente de trabalho que vamos capacitar os nossos técnicos para trabalhos de excelência e encontrar soluções inovadoras”, afirmou o ministro da Construção e Obras Públicas angolano, Manuel Tavares Almeida. A notícia é de ontem, da Lusa, e confesso que tive El Paso (Estados Unidos): Um tiroteio num centro comercial de El Paso, no Texas (EUA) fez vários mortos (DR) de ler quatro vezes o título e mais duas vezes o corpo da notícia. Há gente a exagerar, está tudo louco. Dá para assustar, dá para perceber o porquê dos que podem e estão a deixar o país. Se é assim que o poder olha para a história de Angola, se calhar o melhor é sair mesmo. Todos os que estão no Governo, pelos vistos, pelos cargos que ocuparam no Executivo, parlamento e partido que governa, pelos vistos andaram a brincar com os angolanos durante quarenta anos, não sabiam o que lá andavam a fazer. Este país, o Governo e o partido que sempre o suportou, pelos vistos, têm muito a explicar aos angolanos toda a conversa de defesa da pátria que tantas vidas levou. Repito, é triste, muito triste saber que, afinal, o MPLA e os seus dirigentesandaramaimprovisardurantetanto tempo e a fingir que éramos um Estado sério, que se queria afirmar, que a guerra foi sempre um empecilho. E que as leis criadas foram de brincadeira, tal como a Constituição que suporta o actual Governo, tal como a lei eleitoral que permitiu a eleição do actual Presidente. Andamos todos estes anos a fingir de país. Estamos numa nova fase, estamos na onda da afirmação do novo poder, é verdade, mas é preciso ter tento na língua e respeitar a memória dos que deram a vida para que o hoje uma certa pessoa pudesse vir a ser ministro. Está-se a exagerar. E muito antes de semostrarverdadeiramenteresultado.Improviso ou não, o povo julgará quando chegar a hora de acertar contas com o novo poder. Fica muito mal camaradas do mesmo Desporto Robertinho é o Sociedade O júri do Prémio Economia O Gabinete de Apro- Desporto Prossegue hoje no Futebol O 1º de partido neste “mata-mata”, é feio e, sobreveitamento do Médio Kwanza Agosto prepara o artista de destaque da edição Nacional de Jornalismo prorroEstádio dos Coqueiros, em tudo, é um “kamikasismo” de que o MPLA (GAMEK) vai realizar, no dia 10 jogo da segunda deste mês do projecto cultu- gou para 15 de Setembro próxiLuanda, X edição dos Jogos se poderá arrepender. mo o prazo para a entrega dos de Agosto próximo até finais de ral “Palco do Semba”, que da Cooperação dos Chefes de mão da Supertaça Estou mesmo surpreendido, as coisas estrabalhos a serem submetidos à Setembro, trabalhos de injecção com o Desportivo da tão a ir baixo demais no nosso país. Repito, acontece hoje, a partir das Polícias da Região (SARPCde cimento para a consolidação 16h00, no Jango da União dos competição, ao contrário da CO’2019) com a participação Huíla, no Estádio 11 isto é assustador. anterior data que estabelecia o da estrutura da barragem de de Novembro, no dia Escritores Angolanos (UEA), dos países da Comunidade limite para 31 de Agosto. A deciCambambe, na sequência das em Luanda. Para alegria dos de Desenvolvimento da Áfri- 06, às 16:00 E também... são da prorrogação foi tomada obras de alteamento executadas ca Austral (SADC). Delegaadmiradores e convidados, o músico prometeu interpretar em concertação com o Ministé- nesta infra-estrutura em 2016. ções de Angola, Botswana, Dia do Padre - 4 de Agosto rio da Comunicação Social, pelo Sendo assim, o tempo previsto alguns dos seus maiores República Democrática do O padre é um dos membros do clero que visa incentivar a classe para esta intervenção é de apro- Congo (RDC), Malawi, Moêxitos, entre os quais desda Igreja Católica, um sacerdote conximadamente 50 dias e compontam “Kakinhento”, “Sang jornalística de todo o país a çambique, Zimbabwe, Namísagrado por um bispo cuja missão é preenderá o rebaixamento da uito”,“Kalamaxinde”,“Joana”, participar no evento, de modo a bia, África do Sul e Zâmbia evangelizar, celebrar a Eucaristia estimular e distinguir a criativialbufeira, a execução dos servi“Nguma” e “Desespero”. vão disputar as disciplinas de (missa), ouvir confissões, ministrar o dade, bem como valorizar a ços e o seu posterior enchimen- atletismo, futebol onze, voRobertinho é um malanjino baptismo, o sacramento da cura, competência, o mérito e o proto. A barragem de Cambambe que se destacou no cenário leibol, netball e xadrez, em abençoar os fiéis, etc.. fissionalismo dos jornalistas conheceu novos rumos com a musical angolano nos anos ambos os sexos. O ComanHistoricamente, a figura do padre é de entrada em funcionamento, a 30 dante Geral da Polícia Nacio1980. No Marçal, ainda miúdo, angolanos. grande importância, pois era uma de Junho de 2016. era um apreciador da música nal, Paulo de Almeida, dispessoa de muita influência junto à brasileira cursou na abertura comunidade.
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o que vai acontecer
6 Media Nova, S.A Presidente do Conselho de Administração Filipe Correia de Sá Administradores Executivos Luís Gomes Paulo Kénia Camotim Propriedade : Socijornal Depósito Legal: Nº 244/2008 Contribuinte: 5417015059 Nº registo estatístico: 48058
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no tempo do kaparandanda
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04 de Agosto 1942 - O médico polaco 04 de Agosto 1962 - A actriz norte-
Janusz Korczack é executado no campo de americana Marilyn Monroe é encontrada morta extermínio de Treblinka. Korczack era no seu apartemento em Los Angeles. director do orfanato judeu de Varsóvia e não aceitou separar-se das suas crianças, quando estas foram levadas à Treblinka..
1963
04 de Agosto - Os Estados Unidos da América, a Grã-Bretanha e a URSS assinam um tratado a proibir as experiências nucleares na atmosfera, no espaço e sob a água.
carta do leitor
Para quando mais “Educação”? pedro nicodemos
Agradeço à direcção do jornal O PAÍS pela oportunidade que me concede. Hoje escrevo para falar dum assunto que preocupa os cidadãos: as bibliotecas e as mediatecas, que prestam um serviço público importante. Sem elas, é evidente que muitos não teriam como aumentar os seus conhecimentos. O apoio prestado pelo Estado a essas instituições não tem sido o melhor. Penso que elas têm estatuto de instituições de interesse público e, se assim for, gozam de autonomia administrativa e financeira. Com o requisito em questão, presumo que as verbas canalizadas para as manter têm sido escassas. Espero que os responsáveis não aleguem a crise financeira que assola o país. A verdade é que para qualquer sociedade evoluir, a aposta tem de ser feita no ensino e este também passa pelas bibliotecas e mediatecas. Estas últimas, começaram bem, mas nos últimos tempos, os meios, segundo parece, vão
escasseando. Uma outra coisa me inquieta. É ou não possível alterar a legislação que regula a actividade dessas instituições? Elas não trabalham ao Domingo. Nem em 24/24 horas. Por que razão? Não há
condições? E se não há, não se podem criar? Meus senhores, por favor, pensem nisso. Nas outras paragens já as instituições de ensino e cultura funcionam de outro modo. Se adaptarmos bem o que se faz lá fora à nossa
realidade podemos chegar a bons resultados sem makas, pois, está em causa o saber para desenvolver Angola, o nosso país. Belarmino / Luanda
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POLÍTICA
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O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
Candidaturas a 1º secretario nacional da JMPLA em “banho-maria” dr
O primeiro secretário nacional interino da JMPLA, Francisco Boaventura Chitapa, disse que um dos grandes desafios daquela organização politica passa pela conformação dos estatutos no que concerne a idade para fazer parte da organização, que vai até os 35 anos de idade Maria Custódia
O
político disse em exclusivo que a maior preocupação da JMPLA, passa pelo elevado número de militantes que se encontram fora da idade estabelecida pelos estatutos, de até 35 anos de idade, inclusive responsáveis com cargos de direcção. A par deste aspecto, disse ser prioridade do braço juvenil do MPLA o aprofundar do processo democrático interno e a consolidação do rejuvenescimento da organização tendo em atenção a recomendação da Carta Africana da Juventude. Sobre as estruturas das assembleias de base e intermédias, onde diz surgir diariamente vários candidatos para a secretária pro-
vincial, o processo está aberto e todos os jovens da organização que reunirem os requisitos necessários poderão concorrer. “Queremos ter uma organização mais jovem, mais dinâmica, que venha naturalmente corresponder com os anseios do nosso partido”, observou aquele político, para quem “este processo é tão importante no âmbito do aprofundamento da democracia que poderá conduzir as futuras eleições para o cargo de primeiro secretário nacional da JMPLA”. Entretanto, Chitapa não deu garantias de concorrer ao cadeirão máximo da organização politica, em Outubro do corrente ano, no VIIIº Congresso Ordinário que vai decorrer de 10 a 12. O dirigente disse igualmente que, além dos requisitos estabelecidos pelos estatutos, a questão da idade para o cargo de primeiro secretário nacional coloca-lhe em em desvantagem aos demais
Francisco Boaventura Chitapa, primeiro secretário nacional interino da JMPLA
potenciais concorrentes. “Estou acima dos 35 anos, logo creio que mesmo que tivesse este desejo não seria apto como candidato”, reconheceu., admitindo que se esta possibilidade de vir acontecer só caso seja uma decisão da direção do MPLA. “Enquanto houver um documento que orienta o processo, na
qual todos nós devemos obedecer, então nestes termos não estamos habilitados para ser candidatos”, referiu. Em relação ao processo de candidaturas, o responsável disse estar a obedecer os critérios de organização e que, a seu tempo, será divulgada a abertura de candidaturas para o cargo deixado por Lu-
UNITA defende respeito pelas diferenças na corrida as autarquias
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exortação vêem do deputado da UNITA, Massanga Savimbi, ontem Sábado, na cidade de Saurimo, Lunda Sul, durante as celebrações dos 85º de aniversario do líder fundador do partido, Jonas Savimbi, que se assinalou ontem. O político apelou ,por outro lado, os correligionários do seu partido a participarem activamente nas primeiras eleições autárquicas que o pais pretende realizar no próximo ano. “ Peço a participação massiva e que seja baseada no espírito de paz e respeito pelas diferenças”, dis-
se Massanga, numa altura em esta em discussão o pacote autárquico no Parlamento. Noutro domínio, Massanga Savimbi reconheceu a importância de Jonas Savimbi no processo de afirmação do processo democrático em Angola e valorizou os esforços do Executivo para a realização da sua exumação, no Moxico. Jonas Malheiro Savimbi nasceu na localidade do Munhango, província do Bié, a 3 de Agosto de 1934, veio a falecer a 22 de Fevereiro de 2002, foi político e guerrilheiro angolano e líder da UNITA durante mais de trinta anos.
ther Rescova, na qualidade de primeiro secretário nacional. Assim sendo, estão abertas as candidaturas para a corrida do cargo de primeiro secretário provincial. Francisco Chitapa esta actualmente a exercer o cargo de secretário nacional interino da JMPLA, desde 7 de Fevereiro do presente ano.
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Angola sugere ONU a reforçar proteção de crianças em conflitos armados
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Acordo de Paz em Moçambique facilita desenvolvimento de África, diz o Presidente Lourenço O Presidente angolano, João Lourenço, aplaudiu “vivamente”, este Sábado, o novo Acordo de Paz assinado entre o Governo moçambicano e a Renamo, para pôr termo a anos de conflito no país
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egundo uma mensagem endereçada ao seu homólogo moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, o Presidente da Republica de Angola diz ter acolhido “com bastante satisfação” a notícia sobre a assinatura deste Acordo, que vai permitir edificar as bases do desenvolvimento e de “um futuro de prosperidade para os povos africanos”. “Este importante acontecimento dá-nos fortes razões para saudar vivamente, em nome do Executivo, do Povo angolano e no meu próprio, o entendimento alcançado entre moçambicanos que acreditaram na via do diálogo construtivo (…)”, escreveu Lourenço na redes sociais. No seu entender, o novo acordo permitirá pôr termo a um conflito
que durante anos dividiu os moçambicanos e separou-os “das questões centrais do desenvolvimento e da construção do bemestar e da felicidade do povo de Moçambique”. João Lourenço exprimiu igualmente a sua “plena convicção” de que este entendimento devolve definitivamente a Moçambique e ao seu povo, em primeiro lugar, e também à sub-região e a África, em geral, a paz anseada por todos, para que o grande potencial de Moçambique “sirva os interesses nacionais dos moçambicanos, os da África Austral e os do nosso continente”. O Acordo de Paz foi assinado, Quinta-feira, pelo presidente Filipe Nyusi e pelo líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Ossufo Momade, com vista à “cessação das hostilidades
militares”, em Moçambique. Este entendimento acontece depois do início, Segunda-feira, do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos membros do braço armado da Renamo e a entrega por esta última da lista dos seus oficiais que vão integrar a Polícia da República de Moçambique (PRM). Além do acordo para cessação das hostilidades militares de Quinta-feira, as partes vão ainda assinar, este mês, um Acordo Geral de Paz final, que será depois submetido como proposta de lei ao Parlamento. O Governo moçambicano e a Renamo já assinaram, em 1992, um Acordo Geral de Paz, que pôs termo a 16 anos de guerra civil, mas que foi violado, entre 2013 e 2014, por confrontos armados entre as duas partes, devido a diferendos relacionados com as eleições gerais. Em 2014, as duas partes assinaram um outro acordo de cessação das hostilidades militares, que também voltou a ser violado até à declaração de tréguas por tempo indeterminado, em 2016, mas sem um acordo formal.
ngola reafirmou esta tese, em Nova Iorque, ao Conselho de Segurança da ONU no sentido de reforçar a acção para a protecção das crianças afectadas por conflitos armados e reconhecer a “valiosa” contribuição que as organizações e iniciativas regionais e sub-regionais dão neste domínio. Segundo o representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, embaixadora Maria de Jesus Ferreira, durante a sua intervenção no debate aberto do Conselho de Segurança sobre “Crianças em Conflitos Armados”, promovido pela Polónia, que detém a presidência rotativa deste órgão, fez saber que “eliminar o tratamento desumano de crianças presas em conflitos armados é de suma importância e é algo com o qual todos podemos concordar”. Acrescentou, não importar as nossas posições políticas ou quão enraizados sejam nossos desacordos”, defendeu a embaixadora, garantindo que Angola continua empenhada no reforço da protecção e do empoderamento dessa camada social. Para a diplomata angolana, embora tenha sido alcançado algum progresso na redução do número de crianças-soldados no mundo, ainda existem vários desafios. Na sua óptica, os desafios impostos pela natureza evolutiva dos conflitos armados em curso através do alvejamento deliberado e uso militar das escolas, doutrinação de crianças para cometer crimes, seu uso para transportar dispositivos explosivos, sequestro e abuso sexual, recrutamento forçado, assassi-
nato, estupro e mutilação deliberada agravam a violência e o abuso cometidos por extremistas. Reconheceu ter sido feito um “excelente” trabalho para resolver o problema, com uma cooperação eficaz entre a ONU, os Estados e actores não-estatais, mas disse que as partes em conflito e a comunidade internacional deviam fazer mais para proteger as crianças e os jovens afectados por conflitos armados. A embaixadora é de opinião que deviam ser equacionadas medidas que passem por desenvolver maiores esforços de prevenção de conflitos e assegurar que crianças associadas a grupos armados sejam reintegradas e não punidas, e sejam fornecidos serviços de educação e saúde de qualidade. Incluir jovens na resolução de conflitos, sustentando processos de paz e desenvolvimento, interromper todas as formas de violência contra crianças e ajudar os governos a adoptar e implementar os planos de acção sugeridos pelo Conselho de Segurança são outras sugestções de Maria de Jesus Ferreira. “Encorajamos o secretáriogeral (da ONU), o UNICEF e outros, a continuarem a implementar a sua agenda sobre crianças e o seu engajamento com grupos armados não-estatais que, frequentemente, resulta na rendição de crianças-soldados que pertencem a grupos armados e dá aos menores oportunidades para uma segunda vida”, ressaltou. Enalteceu “o progresso” feito pela campanha “Crianças, NãoSoldados“ e os compromissos dos governos envolvidos. dr
sociedade
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O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
Na sociedade angolana, o branco representa um modelo e um demónio ameaçador’ No âmbito da pesquisa sobre a Literatura Colonial, Alberto Oliveira Pinto é um dos escritores bem ouvidos, num leque de críticos literários, ensaístas e escritores angolanos, e não só, que frequentemente participam nas “tertúlias” nas quais a cultura, em geral, e a literatura, em particular, têm sido motivos de discussão
João Ngola Trindade*
O
‹‹Vamos Descobrir Angola» é um slogan que, a meu ver, reflecte o propósito do pan-africanismo e da negritude: a sobrevalorização da cultura dos povos colonizados em detrimento da cultura europeia, colonial. Sem dúvida. Mas estou em crer que Viriato da Cruz estava bem informado do facto de esse ano de 1948 ser um ano muito agressivo no que diz respeito à literatura colonial. E também à historiografia colonial. É o ano em que é publicada a primeira edição da História de Angola de Ralph Delgado. Viriato da Cruz preconiza criar uma outra literatura e uma outra visão sobre Angola e a sua história, por parte de quem verdadeiramente se sente angolano. Ou seja, a tal literatura e a tal história, como diz, dos povos colonizados, em detrimento de uma visão europeia. Tenha-se em conta que na época eram lidos livros importados, da autoria de Senghor, Cesaire. A literatura marxista era lida clandestinamente. Voltando a falar sobre a cultura colonial como substracto da literatura colonial, penso que ela é resultado da visão sobre o Outro construída ao longo de séculos. Desde a Antiguidade, conforme o Prof. refere ao mencionar os Gregos, e não só, houve sempre esta tendência de inferiorizar o Outro.
Sem dúvida. Mas a Literatura Colonial, no caso português, foi muito teorizada durante a Primeira República (19111926). Tardiamente, diga-se de passagem, se compararmos com os casos inglês e francês. Toda a produção intelectual, inclusive a teológica, foi minada pelos preconceitos criados ao longo do tempo. E muitos destes preconceitos, dos quais a inferioridade intelectual do Africano, supostamente descendente de Caím, ainda prevalecem no imaginário de muitos. Agora é que você disse uma grande verdade, caro amigo (não quer dizer que antes não tenha dito também grandes verdades). Isso de os preconceitos estarem ainda em todos nós foi o que pretendi mostrar em “A Criança Branca de Fanon”. Já não me recordo se lhe deixei esse livro… Deixou-o comigo. Ok. Leia quando puder. Penso que o impacto que esse livro teve deve-se justamente a isso, ao facto de os preconceitos coloniais estarem connosco e haver sempre um silenciamento em torno deles. Mas acredito que o seu trabalho seja importante num
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caminho de conhecimento para que [os preconceitos] sejam quebrados aos poucos. O “enselvajamento” me parece ser um conceito criado pelo Professor a partir das considerações de Alfredo Margarido sobre a “produção de selvagens”. De Alfredo Margarido e não só. Embora nos meus estudos, de facto, cite muito Alfredo Margarido, de quem fui aluno com muito orgulho. Lendo Angola e as Retóricas Coloniais, Representações Literárias Coloniais de Angola, dos Angolanos e das Suas Culturas e, provavelmente, A Criança Branca de Fanon, chega-se à conclusão de que a História das Relações Interculturais é também a História das Relações com o Outro. A História das Relações Interculturais é necessariamente a História das Relações com o Outro, e isto em todos os tempos. A esse propósito, convém não confundir racismo com etnocentrismo, que é um sentimento universal e plenamente humano. A nossa casa é sempre mais bonita do que a do vizinho, não é? Isso é etnocentrismo. Já o racismo, embora nasça a partir do etnocentrismo, tem a ver com uma classificação do outro em termos somáticos e no sentido de o reduzir face ao mesmo. Quer queiramos, quer não, o racismo foi inventado pelos Europeus – inicialmente pelos Portugueses e pelos Espanhóis – e prende-se directamente com o tráfico de escravos africanos em doses industriais para o continente americano. Evidentemente que a escravatura é uma instituição muito mais antiga. Mas o critério dos greco-romanos para legitimar que certos povos deviam ser escravizados - os chamados “povos bárbaros” - não era o da cor da pele nem o das características somáticas. Na Odisseia de Homero, por exemplo, é bem evidente que o bárbaro é aquele que não sabe fermentar a uva e fazer vinho e só bebe leite. É indiferente se é branco ou negro. Aliás, há um ensaio muito interessante da historiadora francesa Catherine Coquery-Vidrovitch - “Le postulat de la supériorité blanche et de l’infériorité noire”, in Marc Ferro (Dir. de), Le Livre Noir du Colonialisme, XVIe-XXIe siècle: de l’extermination à la repentance, pp. 863-925 – sobre o tema. O primeiro documento escrito conhecido que estabelece uma hierarquia de tipos humanos a respeito de escravizados em função dos seus caracteres somáticos – além da religião e da língua – é da autoria de um português, o cronista
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Gomes Eanes de Zurara, em 1453. O racismo deve ser sempre visto como uma invenção europeia, mesmo quando se manifesta por parte de negros em relação a brancos, porquanto reflecte sempre a apropriação das representações criadas pelos colonizadores. Portanto, o racismo ou os comportamentos racistas são sempre, inquestionavelmente, heranças coloniais. E é impossível combatê-lo(s) em Angola sem passar necessariamente pela revisitação do colonialismo português, nomeadamente pela literatura colonial. Só assim se torna viável atingir, quer a “desalienação” de que falava Frantz Fanon, quer - na acepção de pensadores mais recentes, como Jacques Nanema - a “descolonização interior”, na expectativa de libertar as gerações vindouras de uma labiríntica cultura colonial epidermicamente impregnada na sociedade angolana ou, como também já foi assaz teorizado, de um inextricável “(neo)colonialismo interno”. (…) O subdirector de um banco angolano contou-me uma história verídica que acho interessante. Enquanto estava na África do Sul a frequentar uma curso, conheceu
Penso que essa personagem negra, ao dizer “Eu sou como o branco”, está a dizer qualquer coisa como que é muito trabalhador, diligente, etc. Porque, sempre ouvi brancos, muitos deles meus familiares, dizerem “Eu sou como o preto”, normalmente era em momentos que lhes apetecia preguiçar ou não fazer nada.
uma espanhola que o desejava. Dizia aos formadores que ele era seu sexy boy, contudo, os formadores diziam a ela que o senhor já era casado. Manifestava interesse em recebê-lo nos seus aposentos e ele rejeitava. E questionava-lhe: “eu sou branca. Isto não te diz nada?” Em muitos casos, o fascínio pela cor da pele funciona como feitiço que faz com a pessoa seja incapaz de resistir. Não me parece ter sido o caso deste cinquentão que, além de bancário, é Pastor evangélico. Registo esse caso que relatou e dá-me vontade de lhe contar outro aparentemente muito diferente mas que, a meu ver, é exemplificativo do racismo em Portugal presentemente. Não sei se viu, há uns três anos, um programa da SIC chamado “E se fosse consigo?”. O programa consistia em 3 partes: 1) Numa esplanada de Lisboa, três actores simulavam uma cena patética: um homem de uns 50 anos de idade, da minha geração, portanto, repreendia a filha de 20 anos por ela aparecer ali acompanhada de um namorado negro; 2) Inquérito às pessoas que passavam na rua e que assistiam à cena, julgandoa real; 3) Debate em estúdio com 3 convidados: um sociólogo (cujo nome não me recordo), um músico negro angolano residente em Portugal (cujo nome também não me recordo) e a escritora Dulce Maria Cardoso, natural de Angola, para aonde não quer voltar e não se assume como angolana. Vou começar por comentar as intervenções de estúdio e depois passarei às entrevistas da rua. O sociólogo não disse nada que eu considerasse relevante. O músico angolano disse que José Eduardo dos Santos – ao tempo ainda Presidente de Angola – era um branco pelo facto de ser Presidente e de ter poder económico. Dulce Maria Cardoso ficou muito chocada com um pequeno filme que passou e onde se viam crianças negras a preferirem bonecas brancas em vez de negras. Tal não me espantou, pois já tinha assistido a cenas idênticas por parte de filhos de amigos meus, em Angola. Além disso, li Frantz Fanon, e duvido que Dulce Maria Cardoso tenha lido. Quanto aos entrevistados na rua, na maioria eram pessoas com mais de 70 anos de idade e lamentaram (a meu ver com hipocrisia) a cena feita por aquele pai perante o namorado negro da filha. O argumento dessas pessoas era caricato: achavam que uma cena
daquelas seria admissível há 20 anos, mas não hoje (lá vem o fatal darwinismo ilusório!). No entanto, houve um homem entrevistado na rua cujas palavras, lamentavelmente, ninguém em estúdio comentou. Tratava-se de um homem da minha idade e da idade do pretenso pai da filha que namorava com o jovem negro. Esse homem disse claramente, diante da câmara, que não lhe espantava a atitude daquele pai e que, se a filha dele tivesse um namorado negro, a reacção dele seria a mesma. Teve, contudo, a preocupação de acrescentar duas coisas interessantíssimas, a meu ver, e que me fizeram dar uma gargalhada. A primeira é que repreenderia a filha em privado, em casa, e não em público, numa esplanada, como o outro. A segunda, foi um remate magistral que vou transcrever literalmente: “E notem que eu não sou nada racista, pois até vou muitas vezes a Angola em trabalho e tenho lá muitos amigos negros!” (Sic.). Tenho pena que ninguém tenha comentado as afirmações deste homem, pois ele é que me pareceu ser o verdadeiro retrato da sociedade portuguesa contemporânea no que diz respeito às questões raciais. E repare, João Ngola Trindade, estou a falar de pessoas da minha geração, da minha idade. A colonização sexual de que fala no seu livro remete para a contemporaneidade onde se registaram casos de casamentos entre angolanas e estrangeiros (particularizo aqui os Portugueses) que, tendo adquiridado automaticamente a cidada-
nia angolana, furtavam-se às suas responsabilidades conjugais. Ou seja, o casamento era uma via de obtenção (rápida) da cidadania angolana e com ela asseguravam-se os interesses económicos do até então estrangeiro. Não tenho nada a acrescentar a não ser que concordo plenamente consigo. E que o que acabou de descrever é mais um exemplo de cultura colonial, no caso, num entrosamento entre ambas as sociedades contemporâneas, a portuguesa e a angolana, nas quais a cultura colonial se encontra impregnada. JNT: Tendo em A Criança Branca de Fanon analisado o processo de formatação da mente, tanto do ex-colonizador como da do ex-colonizado, peço-lhe que se faça alguns comentários a respeito da narrativa, cujo personagem, um negro, afirma com convicção o seguinte: “Eu sou como o branco”. AOP: Não sei se aqui há grandes comentários a fazer para além de citar Frantz Fanon de ponta a ponta. Mas vou tentar enriquecer o nosso diálogo com réplicas – se me permite a expressão – “do lado de cá”, isto é, “do branco”. Penso que essa personagem negra, ao dizer “Eu sou como o branco”, está a dizer qualquer coisa como que é muito trabalhador, diligente, etc. Porque, sempre ouvi brancos, muitos deles meus familiares, dizerem “Eu sou como o preto”, normalmente era em momentos que lhes apetecia preguiçar ou não fazer nada. Portanto, os paradigmas de “branco” e “negro” estão associados, entre outras dicotomias, à capacidade de trabalho. Penso que é uma reminiscência da teorização do trabalho forçado. António Ennes ficou famoso por ter teorizado
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sociedade que o negro, para trabalhar, tinha que ser forçado (ou transformado em indígena, uma vez que António Ennes é do tempo em que a escravatura é metamorfoseada em indigenato, por isso não se podia dizer “escravizado”). No entanto, muitos antes dele o teorizaram. Estou, neste momento, a preparar uma aula que amanhã vou dar no Curso Livre História de Angola, na UCCLA. A aula versa sobre a viragem do século XVIII para o século XIX. No fim do século XVIII, governadores de Angola como o barão de Mossâmedes e o seu irmão foram entusiastas das primeiras tentativas de expansionismo, procurando ligar Angola à contracosta. O grande impulsionador, em Lisboa, era o Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, filho do famoso governador Inocêncio de Sousa Coutinho, o “Marquês de Pombal de Angola”. Ora o governador que toma posse em Luanda em 1797 e governa até 1802, D. Miguel António de Melo, um professor de Coimbra, não acredita nesse empreendimento e escreve para Lisboa a Sousa Coutinho: “desengane-se, que Angola não é o Brasil” porque, acrescentava, “não há negro que queira trabalhar, por maiores lucros que lhe ofereçam, donde vem que, só sendo escravo e vigiado pelo seu senhor mui de perto, é que deixa de viver no ócio, ao qual se entrega por natureza, por influência do clima e da educação e até por princípios supersticiosos a que todos os povos desta África Ocidental são grande e geralmente afeiçoados” (Sic.). Penso que são estes estereótipos que estão ainda na cabeça de todos nós. Noutra narrativa, uma personagem de sexo feminino associa o negro a todos os defeitos que possam existir e o branco à virtude. Tanto mais que, sendo ela empresária, atribuiu ao sócio - um branco de nacionalidade portuguesa - poderes para movimentar a parte dos lucros que lhe cabiam, aplicandoos e rentabilizando-os. Quando se apercebeu que o sócio se apropriara do seu dinheiro, ou seja, roubou-o, e já não regressava para Angola, passou a considerá-lo a personificação do mal. “Esta raça não serve para nada! Nem me fales desta gente”. Bom, esta história, que também reflecte o que eu disse atrás, lembra-me várias que ouvi – e algumas até presenciei – entre os anos de 1990 e os dias de hoje, sobretudo entre portugueses que vão para Angola (até falei vagamente numa
no meu romance Travessa do Rosário, de 2001). De facto, vi muitos portugueses chegarem a Angola, já no pós-independência, sublinhe-se, convencidos de que “ludibriavam os pretos” e eles próprios é que eram ludibriados. Voltavam para Portugal fazendo queixas idênticas às dessas senhora. Aconteciam e acontecem ainda estes casos dos dois lados porque continua a não haver conhecimento nem estudos condignos sobre o assunto. A esse propósito, não sei se está informado, desde meados da década passada, quando certos sectores da sociedade portuguesa acharam ilusoriamente que havia um boum angolano, publicaram-se em Portugal – ainda estão à venda em certas livrarias – manuais de como lidar com os angolanos a fazer negócios em Angola. E muita gente, antes de partir para Angola, comprava esses manuais e levava-os para ler. Creio que isso ainda acontece. É incrível, mas é verdade! Quando inaugurei, no ano passado, este Curso Livre História de Angola na UCCLA, alguém – fora da UCCLA, sublinhe-se - me sugeriu que dedicasse uma aula a essa questão. Rejeitei liminarmente a proposta, e tenho a certeza de que todos os meus colegas docentes também a rejeitariam. Aleguei que se tratava de um curso de História de Angola e não de contemporaneidade. Mas atrevi-me ainda a dizer, cara a cara, a quem o propôs que se tratava de neo-colonialismo. E não me arrependo. Noutra história, um grupo de bancários encontra-se num restaurante. Enquanto aguardam pelo atendimento, ouve-se no meio deste grupo uma voz: “Vou escolher bacalhau com natas. Não vou comer funje. Não tenho hábitos de pretos”. Esta história agora lembra-me uma afirmação do falecido almirante Rosa Coutinho, que julgo ter citado numa nota de rodapé em A Criança Branca de Fanon. Em 1995, no ano em que se comemoravam os 20 anos da Independência de Angola, Rosa Coutinho foi convidado pela SIC para falar da sua experiência como “almirante vermelho” (como lhe chamavam) nos meses de transição, em 1974. Nessa entrevista, Rosa Coutinho afirmou abertamente, diante das câmaras de televisão, que apoiou o MPLA por o considerar “o mais português de todos os movimentos de libertação angolanos” (Sic.). E ainda acrescentou que os militantes do MPLA eram os únicos angolanos que gostavam de bacalhau. Evidentemente que dei uma
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gargalhada. Será que os da UNITA e os da FNLA e os de outros partidos políticos não gostam? Ou seja, esse bancário que afirmou “não tenho hábitos de pretos”, fê-lo sem a menor das intenções. Acho que não devemos condenar à fogueira certas afirmações espontâneas, e vivemos num tempo em que se proíbe por tudo e por nada em nome do politicamente correcto. Mas devemos ressaltar que o racismo é isso mesmo, é fazer essas afirmações sem nos apercebermos. Não há mal nenhum em ser racista. Todos o somos e fazemos afirmações dessas. O problema do racismo, insisto sempre, é quando dizemos que não somos racistas. Uma jovem questionada sobre como reagiria se fosse chamada de “preta” disse o seguinte: “Não me sinto mal se eu for chamada deste jeito por alguém da minha cor. Mas, sinto-me ofendida se o branco me tratar dessa forma. Penso
que ele estaria a inferiorizar-me por causa da minha cor”. Sem dúvida que também está aí o preconceito racial. Embora pareça (mas nem tudo o que parece é) o oposto do irmão da Rainha Jinga, que se recusou a ser baptizado por um padre negro, afirmando que, a sê-lo, preferia que fosse por um branco, julgo que não há grandes diferenças entre os dois casos, pois a representação do negro como inferior ao branco está em ambos. Mas esse preconceito existe “do lado de cá”. Em A Criança Branca de Fanon – e também na minha entrevista ao Mar de Letras, que outro dia lhe enviei – conto uma história curiosa que se passou entre mim e a minha saudosa avó alentejana, em Luanda, nos anos de 1960. Mas esse preconceito está plenamente actual entre as novas gerações de portugueses. Como sabe, sou músico amador, e canto à viola algumas canções angolanas. Não há muito tempo, can-
tei entre amigos, portugueses e angolanos, o “Monangambé” (poema de António Jacinto e música de Ruy Mingas), que já é um clássico angolano e que, praticamente todos os angolanos, negros ou brancos, apreciam. Pois houve amigos portugueses que me censuraram, dizendo que eu não devia cantar aquilo diante dos negros, porque os ofendia com a frase “porrada se refilares”. É incrível! Penso que o racismo está aí, nesse lado escondido, nesse… porque não dizer?, nessa hipocrisia que vem do tempo colonial. Em contrapartida, já poderia cantar a canção se só estivessem brancos presentes. Já viu? Uma jovem negra, que está diante dos seus pais, vai olhando para as fotografias guardadas no seu álbum. Numa das fotos está um jovem, um branco. A moça exclama: “Eu vou ficar com este branco”. Os pais respondem imediatamente: “Não tragas branco no nosso seio! Não queremos branco!” Estou menos à vontade para comentar este caso, por razões óbvias, por ser de uma família branca. Em todo o caso, parece-me que os motivos desses pais ao fazerem essa advertência à filha, são os opostos – aqui fica levantada a discussão – aos que estariam em causa caso se tratasse de uma família de brancos em que os pais dissessem para a filha: “Não tragas nenhum negro (em família, entre brancos, todos dizem ainda “preto”, não o podemos negar) para nossa casa! Não queremos pretos”. Onde é que estará a diferença? Parece-me que, na sociedade angolana, o branco representa, ao mesmo tempo, um modelo e um demónio ameaçador. E isso dá que pensar… *Especial para OPAÍS
Quem é Alberto Oliveira Pinto? Investigador do Centro de História da Universidade de Lisboa, o Professor Alberto Oliveira Pinto é um estudioso com o qual mantive contacto, primeiramente, por via do seu livro Cabinda e as Construções da sua História (1783-1887) no qual disserta sobre o modo como a História desta Província Angolana foi escrita pelo colonizador num período caracterizado pela partilha de África pelas potências coloniais, signatárias da Conferência de Berlim (1884-1885). Da sua vasta produção científi-
ca, destacam-se os seguintes estudos: Imaginários da História Cultural de Angola (Prémio Literário Sagrada Esperança, 2016), Representações Literárias Coloniais de Angola, dos Angolanos e das Suas Culturas (1924-1939), História de Angola. Da Pré-História ao Início do Século XXI (primeira sistematização da História de Angola), A Criança Branca de Fanon, etc. Angola e as Retóricas Coloniais, outro estudo interessante da sua autoria, ampliou a minha visão sobre a Literatura Colonial à qual se junta a sua tese doutoral, Representações Literárias Coloniais de
Angola, dos Angolanos e das Suas Culturas (1924-1939), citada anteriormente. Em função dos acontecimentos ocorridos no Bairro Jamaica, bairro lisboeta onde uma equipa da TPA efectuou uma reportagem sobre os acontecimentos noticiados na imprensa e, atendendo à tese da inexistência de racismo na sociedade portuguesa defendida pelo Director de Informação da TVI, decidi, com a permissão do Professor, partilhar parte da conversa-entrevista que mantivemos depois de revista, corrigida e enriquecida pelo Mestre e pelo pupilo.
cartaz seu suplemento diário de lazer e cultura
“As Kassumunas do Bairro Indígena” de Salas Neto editado em livro À excepção de quatro textos, que foram
antes publicados em jornais, “As Kassumunas do Bairro Indígena” (Ensaio para uma autobiografia avulsa), resultou de crónicas retiradas essencialmente do seu “Quintal” no Facebook, histórias às quais atribuiu um pendor pessoal muito substantivo
uma radiografia da alma humana. “Ele acaba por escrever com os dedos, com a cabeça e, fundamentalmente, com a alma”, realçou Luísa Rogério, aconselhando os repórteres, as redacções e até universidades a adquirirem a obra.
Adjelson Coimbra
F
oi lançada esta Sexta-feira,2, na Casa de Cultura Njinga Mbande, no Distrito Urbano do Rangel, em Luanda, a obra literária “As Kassumunas do Bairro Indígena”, do jornalista Salas Neto. O livro com a chancela da Editora Casa de Cultura Njinga Mbande, tem 117 páginas e 25 crónicas. Não obstante o autor se debruçar sobre vários factos já vividos no passado, a maioria das crónicas é recente e tinham sido elaboradas numa altura em que ele vivia a sua difícil condição de invisual, o que impunha algumas limitações. Para tal, Salas Neto, teve de contar com a ajuda do seu neto de 12 anos, que deu início aos textos. Salas tornou-se independente quando, em 2017, conheceu Lourenço Diogo, um jurista invisual, que o ensinou a dominar o Braile Electrónico. Desta forma, passou a ler e a escrever através de um compu-
tador. Já a jornalista Luísa Rogério, a quem coube a apresentação do livro, considera-o como um reflexo do que Salas tem sido enquanto profissional, o que no seu entender, é um exemplo vivo de que, mesmo em condições extremas, o jornalis-
ta nunca se aposenta, ainda que esteja reformado. “Eu, normalmente, não dou o nome de obra a todos os livros, mas este, certamente é uma obra”, disse Salas, fazendo uma fusão entre a ficção e a realidade de uma forma magistral e única. “Vejamos, esta
obra tem crónicas muito maduras, extremamente realistas, às vezes até dolorosas”, explicou. A apresentadora. também jornalista do Jornal de Angola, classificou Salas Neto como um dos melhores cronistas em Angola, por brincar com as palavras e fazer
Casa da Cultura “faz uma vénia” ao jornalista Por sua vez, a anfitriã Patrícia Faria, directora da Casa da Cultura, congratulou-se com a iniciativa, adiantando a importância deste feito na promoção do gosto pela leitura, uma vez que permite maior instrução por parte,não só da comunidade em que nos inserimos, mas também da sociedade em geral. “Salas Neto tem todo o mérito por termos a casa cheia e ele ser acarinhado com a presença de colegas, familiares, e até de apreciadores da sua pena versátil”, opinou Patrícia Faria, destacando Salas Neto como um cronista por excelência. “Ele retrata de uma forma simpática e muito ao seu jeito as vivências do nosso povo e da nossa urbe. De forma particular, é um livro que se recomenda, se assim não fosse, nós hoje não estaríamos aqui”, elogiou. Gonçalves Manuel Afonso Neto, conhecido entre a classe e não só, por Salas Neto, é jornalista e escritor, nascido a 4 de Janeiro de 1960 no Sambizanga, em Luanda. Casado, tem uma filha.
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Namibe com traços arquitectónicos e culturais para preservar O Gabinete Provincial da Cultura controla oito monumentos históricos classificados, nomeadamente a Fortaleza de Kapangombe, Fortaleza de S. Fernando, o Palácio do Governo, a Igreja de Santo Adrião, as Pinturas de Tchitunduhulu e as instalações das Alfândegas, entre outros
A
província do Namibe possui um “enorme” mosaico arquitectónico-antropológico e cultural que deve ser valorizado e conservado, afirmou, nesta Sexta-feira, em Moçâmedes, o governador Carlos da Rocha Cruz. A província do Namibe é detentora de um rico património cultural herdado dos povos que habitaram a região ao longo dos tempos, representado por pinturas e gravuras rupestres, muitas das quais agrupadas em estações arqueológicas, furnas e sítios históricos. O Gabinete Provincial da Cultura controla oito monumentos históricos classificados, nomeadamente a Fortaleza de Kapangombe, Fortaleza de S. Fernando, o Palácio do Governo, a Igreja de Santo Adrião, as Pinturas de Tchi-
tunduhulu e as instalações das Alfândegas, entre outros. Falando na abertura do primeiro fórum, realizado sob o lema “valorização e conservação do património histórico do Namibe”, promo-
vido pela Administração de Moçâmedes, o governador disse que esse património e as suas construções típicas assentam numa ornamentação romancista própria da época do renascimento e do ilu-
minismo. Com a realização deste fórum, segundo o governante, o Namibe pretende, fundamentalmente, resgatar a consciência do citadino para a valorização e conservação do património histórico da província. “Tendo em conta a longevidade das peças e das fontes históricas, hoje muitas delas encontram-se em estado de degradação avançada, por isso agradecemos a iniciativa do projecto Namibe Histórico, que visa a criação de bases para uma estrutura de avaliação, catalogação e conservação do património da província do Namibe”, disse. Carlos da Rocha Cruz orientou as administrações municipais para sensibilizarem os proprietários e utentes de edifícios históricos para que promovam acções de recupe-
Músicas dos Irmãos Almeidas fazem vibrar público do “Show do mês”
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s músicas da dupla “Irmãos Almeida”, interpretadas por Moniz de Almeida e Jojó Gouveia, puseram o público em pé para cantar, dançar e vibrar, durante duas horas e trinta minutos no “Show do mês”, que aconteceu na noite desta Sexta-feira, em Luanda. Os temas musicais como “Vigarista”, “É duro”, “Paciência”, “Senta mais um pouco”, “ Amor melaço”, “Kussukulo os adobes”, “Cara de pau” e “Medley Angola vencer/Kimbanda/Rigo e Lázaro Bandeira” mexeram com o número de fãs que lotaram completamente a habitual sala de espectáculos do projecto musical “Show do mês”. “Mama”, “Medley viagem Moniz Uria”, “Sofrimento”, “Sulemwe”, “Chefe é quem manda”, “Vamue Vanda lovava com Sabindo Henda”, “Minha viola”, “Ficar com as duas”, “Acerta-te”, “Yara”, “Medley tio Zé”, “África” e “Guilhermina” também fizeram parte das músicas cantadas duran-
ração e protecção, e criem condições urgentes de protecção e conservação. “Temos que, com a máxima urgência e por forma a contermos a acelerada destruição do património, através da fiscalização, divulgar as leis existentes para o efeito”, reforçou. A maior preocupação deve estar neste momento focada na degradação em que se encontra o património arquitectónico, o que acaba por contagiar e reflectir-se no comportamento dos moradores. Por seu turno, o director Nacional dos Museus de Angola, Ziva Domingos, afirmou que a província do Namibe é uma das regiões do país com um rico património cultural que merece uma atenção especial para a sua salvaguarda e valorização. O Executivo angolano, adiantou, está a apostar no desenvolvimento sustentável, procurando trilhar novos caminhos e diversificar a economia, recorrendo a todos os recursos disponíveis no território nacional, entre os quais o património cultural e natural. Durante o fórum foram abordados temas como “A legislação e visão mundial”, o “Namibe tem História, oportunidades e intervenção responsável”, entre outros .
te o show. Moniz de Almeida, com a sua habitual performance por cima do palco, cantou e encantou o público que se fez presente no “Show do mês”. O público, que viu o espectáculo musical a encerrar com os sucessos “Ngapa” e “Morainha”, também dançou e vibrou com temas musicais como “Embrião” de Sabino Henda e “Sulula” de Bessa Texeira”, que subiram ao palco do “Show do mês”. Falando à imprensa, no final do evento, Moniz de Almeida disse sentir-se honrado por pisar aquele que considerou um dos melhores palcos de Angola e pelo público ter recebido bem o espectáculo. Referiu que a forma como foi recebido pelo público significa que a dupla Irmãos Almeida ainda é uma das melhores do país. Na ocasião, o músico Sabino Henda referiu que o mercado está carente e precisa de mais produtores e eventos do género que fazem encarar outros palcos, para que os artistas não desapareçam por muito tempo dos
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cartaz
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Lançamento
Cloe Management prevê cobrança de Direitos Autorais dos seus agenciados
cedida
A agência nasceu na África do Sul e chegou a Angola por intermédio da CEO-Clotilde Baiua, com o objectivo de popularizá-la e facilitar a internacionalização dos artistas Adjelson Coimbra
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cidade de Luanda conta, desde Sexta-feira última, com uma Agência Internacional de Gestão e Promoção de Carreiras Artísticas que, dentre os vários objectivos, prevê a cobrança dos Direitos de Autor dos seus artistas, uma prática incomum em Angola. Trata-se da Cloe Management, cujo lançamento oficial ocorreu no Miami Beach, Ilha de Luanda. A nova Agência promete ainda gerir a agenda e parcerias, assim como a assessoria e gestão de seus agenciados. Munya Chanetsa, um dos responsáveis da CAPASSO, empresa parcei-
ra da CLOE, adiantou na ocasião que os Direitos Autorais são muito importantes, por permitirem ao seu titular proibir alguém de usar os seus trabalhos sem a devida permissão. De acordo com Munya Chanetsa Chanetsa, os royalties a que o artista tem direito, são obtidos através da performance em shows, royalties mecânicos, relacionados com a reprodução quer de músicas quer de vídeos. Agência vai facilitar a internacionalização de carreiras Clotilde Baiua, CEO da agência, revelou que uma das grandes pretensões que tem é fazer com que a sua organização cresça em pouco menos de cinco anos, a nível nacional e internacional. “Temos algo diferente em relação às outras agências: DJ’s de diferentes
países. Criámos um dote e os nossos artistas angolanos ajudam os sulafricanos a entrarem para o nosso mercado”. Clotilde avançou ainda que, de momento, não se está a recrutar músicos, mas apenas a trabalhar com os artistas já inscritos. Porém, isso não inibe os novos talentos de sonharem em entrar na agência.
“Queremos pessoas sérias que levem a música como uma coisa séria, e para entrar cá no país é necessário que os interessados mandem as suas obras para o nosso site. Analisámo-las, caso percebamos que a pessoa tem mesmo talento convidamola a se apresentar para conversar e tentar perceber o que realmente essa pessoa quer”, reforçou.
Integrantes da Cloe A Cloe Management está constituída pelos Dj’s Ritchelly e Dinovaldo, ambos angolanos; Dj Walgee, Dj Nasty, Dj Chubby Chubb, dos Estados Unidos e da África do Sul; os Dj’s Divalash, NV Funk, Bokkieult, Dilson e de Moçambique o Dj Vado Poster. A Cloe conta, de momento, com uma única cantora: Xoli M, da África do Sul.
LIVROS
CRIME
MODELOS
MODA
Leitores da cidade do Lubango com novas obras
A$AP Rocky foi liberto e aguarda sentença por agressão
Valentina Sampaio a primeira modelo transgénero a trabalhar para a Victoria’s Secret
Meghan Markle lança colecção de moda solidária para apoiar mulheres desempregadas
Leitores do município do Lubango, Huíla, contam desde Sexta-feira,2, com duas obras intituladas “DoutormaniaUma Patologia Académica” e “ O Momento de Fazer é Agora”, da autoria de Raimundo Dungula e Jair Pereira, respectivamente. A primeira com 58 páginas, foi editada pela “ Edições ECO7” e tem uma tiragem de 500 exemplares colocados à disposição do público leitor desta província, particularmente a comunidade académica, com o intuito de criar debate sobre a questão das pessoas quererem ser chamadas por doutores, mesmo sem auferir o “título”.
O rapper norte-americano A$AP Rocky foi libertado, esta Sexta-feira, pelo Tribunal de Estocolmo, da prisão onde estava detido desde o início de Julho. O tribunal autorizou o músico de 30 anos a sair da Suécia, enquanto aguarda a sentença por agressão, que deve ser conhecida a 14 de Agosto, segundo a CNN. Ainda de acordo com o mesmo órgão de comunicação, os procuradores pediram uma pena de prisão de seis meses, mas os juízes discordaram.
“Um sonho realizado e que representa muito”: foi assim que a brasileira descreveu o momento. Aos 22 anos, Valentina Sampaio volta a “quebrar barreiras” e faz história na famosa marca de lingerie. A modelo brasileira Valentina Sampaio anunciou na Quintafeira que vai aparecer no catálogo da linha Pink da Victoria’s Secret. Torna-se, assim, a primeira transgénero a trabalhar para a marca de lingerie. “Um sonho realizado e que representa muito”, escreveu nas redes sociais a modelo de 22 anos. Mas esta não é a primeira vez que Valetina Sampaio “quebra barreiras”.
A acção, em parceria com a Marks&Spencer e com lançamento previsto para o final do ano, visa ajudar a Smart Works, a organização apoiada pela duquesa que orienta mulheres desempregadas. Se as peças usadas por Meghan Markle costumam voar das prateleiras e sites num abrir e fechar de olhos, a colaboração que se segue tem tudo para não fugir à regra. É no final do ano que os fãs poderão assistir ao resultado de uma parceria com um propósito solidário entre a cadeia de pronto-a-vestir Marks&Spencer e a duquesa de Sussex. A revelação surge no âmbito do projeto que por estes dias une a mulher do príncipe Harry à revista Vogue.
As duas pessoas que foram acusadas juntamente com Rakim Mayers, nome de baptismo do músico, também saíram em liberdade.
Economia
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O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
Angola marca presença no 18º fórum AGOA que arranca hoje Angola participa a partir de hoje até
06 do mês em curso no 18º Fórum do Comércio e Cooperação Económica, denominado Fórum AGOA (Lei sobre Crescimento e Oportunidade de Desenvolvimento em África) que decorre este ano na cidade de Abidjan, na Costa do Marfim
Brenda Sambo
C
om o tema “AGOA e o Futuro, Desenvolver um Novo Paradigma de Negócios para Orientar o Comércio e o Investimento entre os Estados Unidos da América e África”, começa hoje um fórum, em presença da delegação angolana, chefiada pelo Ministério do Comércio com a participação de cinco associações empresariais nacionais. Segundo o director do gabinete de intercâmbio do Ministério do Comércio, Rui Livramento, o fórum visa reforçar as capacidades e partilhar experiências entre o sector privado, sociedade civil e as mulheres empreendedoras dos países do AGOA. “O fórum vai permitir a interacção entre os oficiais dos governos, do sector privado e também da sociedade civil”, explicou. O responsável falava numa entrevista colectiva, concedida no âmbito da participação de Angola no XVIII Fórum sobre a Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA) e esclareceu que serão abordados temas como a criação de infra-estruturas sustentáveis para alavancar o crescimento económico, e a propriedade intelectual. Em foco estará também como suscitar o interesse do empresariado americano para apoiar o desenvolvimento dos países africanos, entre outros temas que visam a melhoria das relações de comércio e investimento entre os EUA e países
africanos. O fórum visa promover o crescimento e o desenvolvimento da região, através do acesso com isenção de direitos aduaneiros, numa pauta de cerca de 6400 produtos. Sobre AGOA Criada em 2000, a AGOA é uma iniciativa dos EUA que visa também promover oportunidades para a entrada no mercado americano de produtos provenientes dos países da África subsahariana, mediante a realização anual do fórum, em Washington (EUA), e num país africano, institucionalizando um diálogo de alto nível entre os oficiais do governo americano e dos países beneficiários. Os EUA pretendem com a AGOA reduzir as barreiras no comércio, proporcionar a diversificação das exportações, criar postos de trabalho, expandir oportunidades para países africanos, bem como aumentar o fluxo comercial e de investimentos, capazes de proporcionar o desenvolvimento de África. Os países elegíveis pelo AGOA beneficiam de Assistência Técnica dos EUA no âmbito da capacitação tecnológica, comercial e industrial. Através da proclamação presidencial exarada e tornada pública a 30 de Dezembro de 2003, o presidente norte-americano determinou que a República de Angola, país membro, satisfaz os requisitos de elegibilidade previstos na Lei do Crescimento e Oportunidades em África, merecendo o tratamento de país beneficiário.
O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
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Cuanza-Norte regista aumento das receitas fiscais
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Quatro mil milhões, 475 milhões, 549 mil e 455 Kwanzas constitui o volume de receitas fiscais arrecadadas pelas distintas repartições fiscais da província do CuanzaNorte, de Janeiro a Junho deste ano, período em que se constatou um incremento das tributações no valor de dois mil milhões, 445 milhões, 41 mil e 121 Kwanzas, comparativamente ao primeiro semestre de 2018
stes dados constam no balanço semestral da Delegação Provincial de Finanças a que a Angop teve acesso. O documento indica o imposto sobre lucro da actividade económica com um valor de dois mil milhões, 13 milhões, 591 mil e 145 Kwanzas, como sendo o que mais receitas rendeu aos cofres do Estado, seguido do imposto sobre rendimento de trabalho (IRT) com mil milhões, 610 milhões, 238 mil e 294 Kwanzas. Entre as rubricas, os tributos que mais renderam são o imposto de consumo 592 milhões, 719 mil e 372 Kwanzas, seguido do imposto de selo, 155 milhões, 349 mil e 19 Kwanzas, imposto sobre património, 25 milhões, 542 mil e 15 Kwanzas e receitas de serviços diversos com nove milhões, 431 mil e 737 Kwanzas. Em virtude de albergar o maior parque industrial da província, onde se situam os maiores contribuintes, o município de Cambambe foi a região
da província que maior volume de receitas arrecadou para os cofres do Estado no período em análise num valor de 2 mil milhões, 933 milhões, 572 mil e 747 Kwanzas, correspondente a 65,55 por cento do volume geral das arrecadações. A seguir vem a repartição de Ndalatando (capital da província) com uma receita de mil milhões, 516 milhões, 506 mil e 704 kwanzas ( 33,88 por cento), enquanto a repartição de Camabatela, município de Ambaca, amealhou apenas 25 milhões e 470 mil Kwanzas (0,57 por cento). O Cuanza-Norte conta actualmente com repartições fiscais instaladas em apenas três dos dez municípios da província, estando a extensão da actividade tributária dependente do aumento dos recursos humanos e criação de condições de infraestruturas nalguns municípios onde a actividade económica já justifica a instalação dos referidos serviços.
Ethiopian Airlines voa para cidade indiana de Bangalore
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companhia aérea etíope, Ethiopian Airlines, anunciou o lançamento de vôos directos para a cidade de Bangalore, na Índia, a partir de 27 de Outubro próximo. A ligação Addis Abeba-Bangalore será garantida por quatro vôos semanais. O director-geral da Ethiopian Airlines, Tewolde GebreMariam, revelou que a adição de Bangalore à sua rede indiana vai oferecer a possibilidade de escolha aos viajantes de forte crescimento entre a Índia e África e além. “O crescimento de vôos para a Índia vai facilitar o comércio, o investimento e o turismo de e para o sub-continente indiano. O programa é cuidosamente
concebido para conectar eficazmente os passageiros via nosso hub mundial, em Addis Abeba, com curtas conexões, e fornecerá ligações mais rápidas e mais curtas entre Bangalore, no Sul da Índia, e mais de 60 destinos, em África, e na América do Sul”, acrescentou Gebre Mariam. Bangalore, capital do Estado indiano do Karnataka, é denominada “Silicon Valley da Índia” e serve de centro de tecnologia e de inovação. Para a Índia, a Ethiopian Airlines garante, actualmente, dois vôos diários para as cidades de Mumbai e Nova Deli. Explora também um serviço de frete para as cidades de Bangalore, Ahmedabad, Chennai, Mumbai e Nova Deli, além de servir actualmente 120 destinos internacionais em cinco continentes.
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MERCADOS
Mercado Taxa de juro
Libor USD 6 Meses 16,10%
Taxas de Juro Taxa BNA Libor USD 6M Libor GBP 6M Libor JPY 6M Euribor 6M Luibor 6M
Cot. . 01/08/19 ∆ Semanal (p.p.) 15,500% 0,000 2,227% 0,020 0,812% -0,002 -0,030% 0,007 -0,363% -0,001 15,900% -0,020
16,00% 15,90% 15,80% 26/Jul
Mercado accionista Índices Accionistas Cot.. 01/08/19 Dow Jones (EUA) 26 583,42 S&P 500 (EUA) 2 953,56 FTSE 100 (Inglaterra) 7 584,87 IBovespa (Brasil) 102 125,90 CSI 300 (China) 3 803,47 Nikkei 225 (Japão) 21 540,99
Cot. . 01/08/19 350,2771 1,1068 1,2145 108,1400 14,5007 3,8404
30/Jul
1/Ago
∆ Semanal (%) -1,045 -0,900 -0,025 0,308 -0,831 0,090
27.370 27.080 26.790 26.500 26/Jul
28/Jul
30/Jul
Mercado Cambial A libra e o euro fixaram-se em 1,2145 e 1,1068 USD por unidade da moeda, querepresentadepreciaçãofaceaodólarde0,57%e0,54%,respectivamente.Oajustamentodasexpectativasdos investidoresbeneficiaramacotaçãodo dólar norte-americano.
Mercado das commodities
1,120 1,113 1,106 1,099 26/Jul
28/Jul
30/Jul
1/Ago
Brent Crude Fut. 66,0
Commodities WTI Crude Fut. Brent Crude Fut. Gold 100 Oz Fut. Prata Fut. Gás Natural Fut. Cobre Fut.
Cot.. 01/08/19 53,95 60,50 1 420,90 16,18 2,20 266,55
∆ Semanal (%) -7,904 -7,166 -0,365 -1,372 -1,388 -0,019
Luibor Taxas BNA Luibor O/N Luibor 1 Mês Luibor 3 Meses Luibor 6 meses Luibor 9 meses Luibor 1 Ano
64,0 62,0 60,0 26/Jul
28/Jul
30/Jul
1/Ago
Luibor 1 Ano Cot. . . 01/08/19 ∆ Semanal (p.p) 13,80 0,000 14,25 -0,010 16,61 -0,010 14,85 -0,010 15,34 0,000 15,95 -0,010
2,210 2,180
28/Jul
30/Jul
Mercado de Matérias-primas O anúncio do presidente Donald Trump de imposição de mais sanções às importações da China, que poderá limitar a procura petrolífera, penalizouopreçodoWTIedoBrent, que reduziram 7,9% e 7,2%, situando-se em 53,95 e 60,50 USD/barril, respectivamente.
Luibor As taxas de juro no mercado monetário interbancário continuam a reduzir na generalidade das maturidades, com destaque para Luibor 12 meses que reduziu 1 p.b. ao fixar-se em 15,95%.
2,240
2,150 26/Jul
Quantidades de petróleo angolano exportado aumentaram no segundo trimestre de 2019
1/Ago
EUR / USD ∆ Semanal (%) 0,478 -0,539 -0,565 -0,414 2,321 0,758
breves
Mercado Accionista OsíndicesbolsistasDowJones(EUA) e CSI 300 (China) recuaram 1,05% e 0,83% ao fixarem-se em 26.583,42 e 3.803,47 pontos, respectivamente. A intensificação das tensões comerciais entre os EUA e China penalizaram as cotações bolsistas.
Dow Jones (EUA)
Mercado cambial Taxas de Câmbio USD/AKZ EUR/USD GBP/USD USD/JPY USD/ZAR USD/BRL
28/Jul
Mercado Interbancário Arevisãoembaixadaperspectivade crescimento da economia do Reino Unido para 2019, por parte do Banco Central da Inglaterra, poderá ter contribuído na diminuição da taxa Libor GBP 6 meses em 0,2 p.b., ao fixar-se em 0,812%.
O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
1/Ago
A venda de petróleo angolano, no segundo trimestre deste ano, cifrou-se em 8,5 mil milhões de dólares norte-americanos, resultante da exportação de 121,8 milhões de barris efectuada pela Sonangol e companhias internacionais que operam no país. A cifra é um aumento nas quantidades exportadas
em cerca de 65, 4 mil de barris e comparativamente ao segundo trimestre de 2018 observou-se uma redução nas quantidades de aproximadamente 7,2 milhões de barris, onde a China e a Índia com 69% e 10%, respectivamente, foram os países que mais petróleo compraram de Angola.
Consumidores de energia eléctrica devem 300 milhões à ENDE Mais de 300 milhões de Kwanzas é o valor que 60 por cento dos 15 mil e 500 clientes devem à Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), no Moxico, de 2012 até agora. Em declarações à Angop, o director provincial da ENDE, Manuel Nascimento, referiu que devido à situação, a empresa está a efectuar cortes aos consumidores que se encontram na condição de devedor. Informou que a ENDE está a instalar seis novos Postos de Transformação (PT), para atender os bairros da Bauca, Sangondo e Km5, cujos moradores ainda não beneficiam da energia. Explicou que dos 12 MW da capacidade instalada da
barragem de Tchihumbué, apenas estão a beneficiar de 2,86 MW em consequência da estiagem que se regista na região. Em função disso, a Prodel (Empresa Nacional de Produção de Electricidade) distribui energia produzida por duas centrais térmicas, nomeadamente a ERA, 1,45 MW e a Hyundai, 3,18 MW, perfazendo uma capacidade total de 7, 49 MW, muito aquém dos 16 MW necessários para suprir a demanda. Acredita que, com a entrada em funcionamento, em breve, da nova central térmica com capacidade de 20 MW, a cidade do Luena terá a situação de energia resolvida.
Gisela Silva
Jornalista Apresentadora
Sílvia Borges
Albino Capitango
Jornalista
Jornalista Apresentador
Mário Silva
Higino Alfredo
Sonorizador
Apresentador
Claudimer da Costa Repórter
Josefa Kiala Recepcionista
Cláudio Dias Jornalista
Rádio Mais
A Rádio que virou notícia e que se mantém no topo das audiências
Huíla 91.3 FM
Teodoro Albano
Jornalista Apresentador
Luanda 99.1 FM Huambo 89.9 FM Benguela 96.3 FM
Mundo
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O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
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Boeing encontra dificuldades e nova falha no 737 é descoberta, aponta relatório
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Vice-chefe para assuntos políticos do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irão, Yadollah Javani
Oficial iraniano afirma que coalização dos EUA no golfo Pérsico ‘jamais ocorrerá’ Um oficial do Corpo de Guardiões da Revo-
lução Islâmica afirmou que as nações da região fornecem segurança suficiente
A
lém disso, ele reforçou que se algo acontecer na região essas nações “cairão” sobre o infrac-
tor. Uma coalizãçáo naval dos EUA no golfo Pérsico jamais terá sucesso, tal como as anteriores, afirmou o vice-chefe para assuntos políticos do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irão (IRGC), Yadollah Javani, segundo a agência de notícias Fars. “O inimigo deve saber que não pode fazer nada. Assim como as suas coalizações anteriores, esta também será definitivamente arruinada e não se materializará”, declarou. De acordo com Javani, a segurança na região do golfo é asse-
gurada pelas suas nações, incluindo o Irão e as suas Forças Armadas. “Se eles escolherem cometer um erro algum dia, toda a região cairá sobre as suas cabeças”, ressaltou, destacando que não acredita que Washington tenha planos sérios para atacar o Irão. Javani também comentou sobre o recente derrube de um drone norte-americano, que elevou as tensões entre os EUA e o Irão com relação à “política de pressão máxima” do presidente norte-americano, Donald Trump. Além disso, Javani orgulhase de ter abatido o drone norteamericano com um sistema de defesa desenvolvido pelo próprio país, segundo a Fars. “[...] Essa obra-prima da tecnologia norte-americana, que é
famosa por ser evasiva aos radares e furtiva em acção, foi caçada por um sistema de defesa nacional [iraniano] chamado de Khordad-3”, afirmou. Em Julho, os fuzileiros britânicos e as autoridades de Gibraltar apreenderam um petroleiro iraniano, alegando que ele estava a deslocar-se em direção à Síria violando as sanções internacionais impostas a Damasco. O Irão condenou imediatamente a acção, alegando que se tratava de “pirataria”. Pouco depois, o Irão apreendeu o petroleiro britânico Stena Impero, alegando que a embarcação estava a navegar sem o seu transponder de identificação, violando os regulamentos marítimos internacionais. Anteriormente, os EUA lançaram a ideia de criar uma coalização naval para patrulhar o estreito de Ormuz numa tentativa de “garantir a liberdade de navegação”. Washington então convidou alguns aliados, contudo, vários deles se negaram a participar na dita coalização.
ma nova falha foi descoberta no avião Boeing 737 Max 8, mesmo quando a empresa tenta actualizar o seu software para corrigir erros anteriores. A Boeing está a reescrever completamente o seu software de pilotagem do 737 Max 8, depois de a FAA ter encontrado um novo problema de software na aeronave, conforme cita a Business Insider. A nova descoberta ocorreu no momento em que a fabricante norte-americana tenta corrigir um problema de software que teria causado dois acidentes aéreos em Outubro de 2018 e Março de 2019. Conforme a Business Insider, a Boeing deve reescrever o seu software e introduzir uma “mudança fundamental” para fazer com que a aeronave receba informações de ambos os computadores do controlo de vôo, ao invés de apenas um. O sistema automático anti-stall do737 Max 8 depende de dois sensores nos ângulos de ataque da aeronave. Entretanto, quando os sensores forneceram dados incorrectos o software falhou, fazendo com que os pilotos não soubessem da falha do sensor, pois a luz de alerta do sistema não estava operacional. Apenas aviões dotados dos opcionais monitores de ân-
gulo de ataque estavam com a luz de alerta operacional. Actualmente, a FAA está sob investigação no senado norte-americano sobre como o avião acidentado teria recebido a certificação. No início da semana, os líderes da FAA foram interrogados pelo Comité de Apropriações do Senado. Durante a audiência, a senadora Susan Collins mostrou preocupação sobre “casos em que a administração da FAA estaria mais preocupada com o cronograma da produção da Boeing do que com as recomendações de segurança dos seus próprios engenheiros”. “Temos tido total conhecimento sobre o desenvolvimento desse avião”, afirmou Carl Burleson, administrador adjunto da FAA. “Isso não significa que cada decisão tomada por nós seja perfeita. Mas acredito que o processo fundamental de certificação do [Boeing 737] Max tenha sido satisfatório”, declarou. Os dois acidentes envolvendo o Max 8 resultaram na morte de 346 pessoas, fazendo com que a aeronave deixasse de voar em torno do mundo. A Boeing espera que as companhias aéreas possam recolocar as aeronaves no ar até 2020, informa a Business Insider.
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Congo corre para conter o Ébola após mineiro de ouro ter contaminado várias pessoas As autoridades congolesas empreendem uma corrida para conter a epidemia de Ébola desde Quinta-feira, depois de um mineiro duma mina de ouro, com uma grande família, ter contaminado várias pessoas na principal cidade de Goma, no Leste, antes de morrer de febre hemorrágica, disseram as autoridades
J
ean-Jacques Muyembe, coordenador do programa de combate ao Ébola, disse que cerca de metade dos casos de Ébola - que já mataram pelo menos 1.800 desde o início do surto há um ano não foram identificados. “Se continuarmos nessa base, esta epidemia poderá durar dois ou três anos”, disse ele em entrevista colectiva em Goma. Este é o segundo pior surto de Ébola já registado, depois de uma outra epidemia na África Ocidental de 2013-16, que infectou 28.000 pessoas e matou 11.300, a maioria na Libéria, Guiné-Conacry e Serra Leoa. Na Sexta-feira, o governo disse que a esposa do mineiro testou positivo para a doença - o quarto caso confirmado em Goma, a mais de 350 quilómetros ao sul de onde o surto foi detectado pela primeira vez, aumentando os temores de uma aceleração de infecções perto da fronteira com o Rwanda. “O garimpeiro (...) terá contaminado várias pessoas, mas no momento é apenas a sua esposa e uma das suas dez crianças que estão doentes”, disse Muyembe. O homem morreu do vírus no
dr
início desta semana e só procurou tratamento mais de uma semana depois de começar a apresentar sintomas. “O indivíduo envolvido passou algum tempo com a sua família ... (sendo) muito sintomático dentro da comunidade. Por isso, es-
perávamos novos casos e estamos a ver novos casos ”, disse Margaret Harris, porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), que declarou o Ébola uma emergência internacional de saúde, no mês passado, aos jornalistas em Genebra. Uma irmã do mesmo minei-
ro que viajou para a província de Kivu, no Congo, foi rapidamente identificada e trazida de volta a Goma, disse Muyembe. “SINAIS VITAIS” Os profissionais de Saúde estão tecnologicamente melhor equipa-
dos do que nunca para combater o Ébola, que causa vômitos, diarreia e sangramento e mata mais da metade das vítimas. Novas ferramentas, incluindo uma vacina experimental, tratamentos experimentais e unidades de tratamento móveis ajudaram a conter a disseminação do vírus. Mas a desconfiança pública e a insegurança desenfreada em partes do Leste do Congo têm dificultado a resposta. O governo disse que uma das filhas do casal também testou positivo para o Ébola. Duas outras filhas foram negativas nos testes preliminares. Um porta-voz da equipa de resposta ao Ébola do Congo, Giscard Kusema, disse em Goma que dos 300 contactos primários e secundários do mineiro, até agora identificados, 240 haviam sido vacinados. Dois dos pacientes com Ébola que foram identificados cedo seguem bem. “Os sinais vitais dos dois pacientes estão fora de perigo e esperamos que eles se tornem as primeiras pessoas curadas em Goma”, disse Muyembe. “Se você comparecer cedo para o tratamento, as chances de sobrevivência são relativamente boas”.
Coreia do Sul alerta Japão sobre o risco do pacto de segurança e pede “resfriamento” na relação comercial
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Coreia do Sul está a explorar todas as opções numa disputa acirrada com o Japão, incluindo a quebra de um acordo de partilha de informações de inteligência, mas quer um período de reflexão com Tóquio, disse uma importante autoridade sul-coreana neste Sábado. As divergências sobre comércio subiram na Sexta-feira, quando o Japão retirou a Coreia do Sul de uma lista de nações favorecidas, levando Seul a alertar que não seria derrotado novamente pelo seu vizinho, expondo a animosidade
das décadas de guerra. A Coreia do Sul pode considerar a revogação de um pacto de partilha de informações militares como uma contramedida, opinião levantada durante uma reunião trilateral de ministros das Relações Exteriores com os Estados Unidos e o Japão, na Sexta-feira, em Bangcoc, disse a autoridade sul-coreana. O Acordo Geral de Segurança de Informações Militares (GSOMIA), facilita a recolha de informações de três vias com Washington e é crucial tanto para a Coreia do Sul quanto para o Japão no tratamento
das ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte. O acordo é renovado automaticamente a 24
de Agosto. “A GSOMIA desempenha um papel bastante significativo na cooperação de segudr
Shinzo Abe, do Japão, (à esquerda) e Kim Jae moon, da Coreia do Sul, estão desavindos em matéria de comércio
rança de três vias”, disse o funcionário aos repórteres durante um fórum de segurança regional em Bangcoc. “Deixamos claro que, da nossa parte, estamos em condições de colocar todas as opções na mesa.” A disputa comercial intensificou-se desde que o Japão impôs no mês passado restrições sobre as exportações para a Coreia do Sul de três materiais de alta tecnologia necessários para fabricar chips de memória e painéis de exibição, ameaçando a cadeia de fornecimento global.
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O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
Secretário de Defesa dos EUA diz que prefere colocar mísseis de alcance intermédio na Ásia DR
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, disse no Sábado que era a favor da instalação de mísseis de alcance intermédio na Ásia, em breve, um dia depois que os Estados Unidos se retirarem de um tratado de controlo de armas nucleares
É
provável que os comentários de Esper levantem preocupações sobre uma corrida armamentista e possam aumentar a já tensa relação com a China. “Sim, eu gostaria”, disse Esper, quando questionado se estava a pensar em instalar tais mísseis na Ásia. “Eu preferiria dentro de meses (...) mas essas coisas tendem a demorar mais do que o espera-
Os EUA desdobram-se em consultas para instalar na Ásia armas nucleares
do”, disse ele aos repórteres que viajavam na sua companhia para Sydney, quando questionado sobre um cronograma para a utilização dos mísseis. Os Estados Unidos deixaram, formalmente, o tratado de Forças Nucleares Intermédias (INF) com a Rússia, na Sexta-feira, depois de determinarem que Mosco-
vo estava a violar o tratado, uma acusação que o Kremlin nega. Na Sexta-feira, altos funcionários dos EUA disseram que qualquer desdobramento de tais armas estaria a anos de distância. Nas próximas semanas, espera-se que os Estados Unidos testem um míssil de cruzeiro lançado do solo e, em Novembro,
o Pentágono tentará testar um míssil balístico de alcance intermédio. Ambos seriam testes de armas convencionais - e não nucleares. O pacto de 1987 proibiu o lançamento de mísseis nucleares, convencionais e de cruzeiro lançados de posições terrestres com alcances de 500 a 5,500 Km. Autoridades norte-americanas alertam há anos que os Estados Unidos estavam a ser prejudicados pelo desenvolvimento de forças de mísseis terrestres cada vez mais sofisticadas, que o Pentágono não poderia igualar devido ao tratado dos EUA com a Rússia. Até agora, os Estados Unidos confiaram noutras capacidades como contrapeso à China, tais como mísseis disparados de navios ou aeronaves norte-americanos. Mas os defensores de uma resposta de mísseis baseados em terra dos EUA dizem que essa é a melhor maneira de impedir o uso chinês das suas forças de mísseis terrestres. “Eu não vejo uma corrida aos armamentos a acontecer, eu vejo nós a tomar medidas proactivas para desenvolver uma capacidade que precisamos tanto para o teatro europeu e, certamente, para o Oriente”, disse Esper, referindo-se à região da Ásia-Pacífico.
Embora nenhuma decisão tenha sido tomada, os Estados Unidos poderiam teoricamente instalar mísseis convencionais mais fáceis de serem usados em lugares como Guam. Esper não disse onde, na Ásia, ele estava a pensar instalar mísseis, mas espera-se que ele se encontre com altos líderes regionais durante a sua visita à Ásia. VIAGEM À ÁSIA Num sinal da importância que tem a Ásia - e contra a China para o Pentágono, Esper está a visitar a região apenas dois meses depois de o seu antecessor ter feito uma viagem semelhante. Na Austrália, Esper e o secretário de Estado, Mike Pompeo, participarão em conversações com os seus colegas australianos. As reuniões acontecem durante um aumento da preocupação ocidental com a influência chinesa no Pacífico. Além da China, as conversas e boa parte da viagem de Esper, provavelmente, será dominada pela discussão sobre a saída dos EUA do tratado INF para a Ásia e os recentes testes de mísseis da Coreia do Norte. O presidente dos EUA, Donald Trump, procurou na Sexta-feira minimizar os três testes da Coreia do Norte em oito dias de lançamentos de mísseis de curto alcance, dizendo que eles não quebraram nenhum acordo com Kim Jong-un. Os aliados asiáticos também terão perguntas para Esper sobre uma força marítima liderada pelos EUA no Estreito de Ormuz. DR
Facções sudanesas subscreveram plano para abrir caminho para o governo de transição
O
s governantes militares do Sudão e a principal coalizão da oposição chegaram a um acordo que prepara o caminho para um novo governo de transição no Sábado, disse a União Africana, após longas negociações depois da queda do líder veterano Omar alBashir. O acordo, que esboça a forma do governo de transição, foi negociado pela União Africana e pela vizinha Etiópia em conversações que às vezes eram suspensas devido à violência nas ruas de Cartum e outras cidades. Numa região já de si dividida pelo conflito, o Sudão está num estado de turbulência desde que o Exército derrubou Bashir em
Abril, com dezenas de manifestantes mortos durante protestos de massa. Como as notícias do acordo na madrugada de Sábado as pessoas reuniram-se na Nile Street, uma avenida principal em Cartum, accionando as buzinas dos carros e ululando em comemoração. “Somos vitoriosos!”, gritavam alguns, enquanto outros cantavam o hino nacional. A principal coalização da oposição, as Forças de Liberdade e Mudança (FFC), saudaram o acordo como um “primeiro passo com mais a seguir” e prometeram completar a jornada rumo à “liberdade, paz e justiça” no Sudão. Mas Magdi el-Gizouli, um aca-
démico sudanês e membro do Rift Valley Institute, disse que era “um pouco cedo demais para especular” sobre como o acordo iria se desenrolar. “Definitivamente, há pressão de todos os lados para assinar algo, os mediadores estão a pressionar, a opinião pública no Sudão quer um acordo (...) Mas como eles vão transformar isso na prática é uma questão completamente diferente”, disse à Reuters. O mediador da União Africana, Mohamed Hassan Lebatt, disse em entrevista colectiva que os representantes de ambos os lados - civis pró-democracia e militares continuariam as negociações no Sábado sobre os detalhes técnicos
do acordo. O FFC disse que ambos os lados devem assiná-lo no Domingo. A declaração diz que o FFC nomeará um primeiro-ministro assim que o documento for assinado. O primeiro-ministro terá de formar o governo em consulta com o FFC. No entanto, a Defesa e os ministros do Interior serão nomeados pelo conselho militar. A declaração também prevê a
nomeação de uma Assembleia legislativa de 300 membros para servir durante o período de transição. O FFC teria 67% dos seus assentos e outros grupos políticos não associados a Bashir teriam o restante. Uma vez que o governo de transição - ou conselho soberano - comece a trabalhar, o Sudão embarcará num período de três anos de transição esperado para as eleições.
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Saiu para procurar emprego e nunca mais foi visto pela família Bernardo Chingue já foi procurado nos hospitais, esquadras e em casas mortuárias, mas não encontraram nenhum vestígio seu. A mulher, Rosaria Fernando, teme que o pior tenha acontecido com o seu amado e pede ajuda para a sua localização ARQUIVO
Milton Manaça
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esempregado há um mês, Bernardo Chingue, 33 anos, despediu-se da esposa a quem informou que iria à Urbanização Nova Vida, no distrito urbano do Kilamba-Kiaxi, em Luanda, à procura de um novo emprego. Volvidos mais de uma semana, Rosária, a esposa, diz que Bernardo não voltou para casa, não deu sinal a nenhum dos familiares e ninguém sabe do seu paradeiro. “Já procurámos nas esquadras, hospitais e casas mortuárias, mas não há nenhum sinal dele”, revela a esposa, angustiada pelo “misterio-
so” sumiço do seu amado. Segundo contou a este jornal, os pais, irmãos e familiares mais próximos já fizeram todas as diligencias, batendo latas em diversas áreas, inclusive na própria urbanização, no sentido de obterem uma pista, mas até ao momento não tiveram resultado. No Nova Vida, Chingue trabalhava como jardineiro de uma das residências e a família alega já ter abordado os ex-patrões se o mesmo terá passado por lá na semana finda, mas redundou em fracasso. Os familiares explicam que Bernardo é um homem de poucas amizades, aliás, alegam que até no bairro Mundial onde reside com a esposa e mais três filhos (de 7 e 3 anos e o cassula
de 9 meses) não conhecem nenhum dos seus amigos. “Ele não tem amigos. O diaa-dia dele é só mesmo trabalho, casa e igreja e todas as pessoas que o conhecem dizem não terem visto ele nos últimos dias”, disse Rosaria Fernando. A esposa diz que Bernardo nunca ficou fora de casa por mais de um dia sem dizer aonde estava e durante o tempo em que está desempregado não mostrou comportamento estranho que levasse a família a presumir que podia desaparecer a qualquer momento. Por esta razão, teme que o pior possa ter acontecido com Bernardo Chingue e pede as todos os que souberem de alguma coisa que liguem para o número: 946940460
No Nova Vida, Chingue trabalhava como jardineiro de uma das residências e a família alega já ter abordado os ex-patrões se o mesmo terá passado por lá na semana finda, mas redundou em fracasso
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Kakoma Kanga felicita Polícia Nacional lito cahongolo
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Angola fora do CHAN 2020 nos Camarões Os Palancas Negras, depois do empate a uma bola no tempo regulamentar, ontem, não tiveram capacidade para travar o Eswatini (ex Swazilândia) na marca das grandes penalidades na penúltima eliminatória Sebastião Félix
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Selecção Nacional de futebol está fora do CHAN 2020 que os Camarões vai acolher no pró-
ximo ano. Ontem, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda, depois do empate a uma bola com Eswatini (exSwazilândia), nos penaltis, os Palancas Negras foram incapazes. Cinco bolas contra quatro de Angola foi o resultado na marca das grandes penalidades, na presença dos seus adeptos. A eliminação da Selecção Na-
cional volta a matar o sonho de muitos angolanos, pelo que muitos adeptos continuam de costas viradas com os Palancas Negras. Assim, a montanha de problemas que se vive nos últimos tempos começa a ganhar novos contornos. Deste modo, a Federação Angolana de Futebol (FAF) tem a obrigação de publicamente explicar as razões do fracasso.
“O adversário teve mais argumentos na lotaria das grandes penalidades, por isso ficamos”
A pouco menos de um mês, os angolanos tombaram no Egipto, ou seja, não passaram da primeira fase no CAN conquistado pela Argélia. O técnico dos Palancas Negras, Silvestre Pelé, disse que tudo fizeram para que fosse possível passar a eliminatória, mas não conseguiram. “O adversário teve mais argumentos na lotaria das grandes penalidades, por isso ficamos”, disse o seleccionador nacional. Em 2011, Angola disputou a final do CHAN no Sudão, mas perdeu com a Tunísia por três bolas a uma.
Comandante Geral da Polícia da Zâmbia, Kakoma Kanganja, felicitou ontem a Polícia Nacional pelo esforço empreendido na organização da 10ª edição dos jogos da SARPCCO. Em declarações à imprensa, durante a abertura dos jogos da região Austral, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda, o responsável mostrou-se satisfeito pelo facto de a Polícia angolana ter alojado todos os participantes, dando segurança e alimentação. “Face a estes jogos iremos reforçar os laços de amizade entre os efectivos de todas as corporações entre os países
da região Austral”, finalizou. A competição prossegue hoje com as provas de futebol 11, em ambos os sexos, nos campos Daniel Ndungidi e Nicolas Berardinelli (ambos do 1º de Agosto), bem como 22 de Junho e Raul Kinanga (ambos do Interclube). As provas de xadrez e dart’s vão decorrer no Complexo Turístico Futungo 2, em Luanda. Por sua vez, as provas de netbal serão disputadas no Pavilhão Multiusos do Kilamba. A SARPCCO é uma organização policial, cujo objectivo é o combate ao crime regional e transnacional.
Stuart Baxter demite-se da selecção sul-africana dr
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CAN de 2019, que o Egipto acolheu, continua a fazer vítimas. Na última Sexta-feira, o técnico da Seleção Nacional de futebol sul-africana, Stuart Baxter, com contrato até 2022, ano do Mundial do Qatar, demitiu-se. Mesmo sendo a segunda participação de Baxter, no comando da sele-
ção, que conquistou em casa a edição de 1996 do CAN, não resistiu às críticas. O técnico venceu oito jogos em 21 encontros e qualificou a equipa aos quartos-de-final do CAN 2019, em que a África do Sul derrotou o Egipto, em casa por, 1-0, nos oitavos-de-final da festa do futebol africano.
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Van de Beek assume contactos com o Real
Campeões do mundo agraciados com residências Os atletas da Selecção Nacional de futebol para amputados, que em Novembro de 2018 conquistaram o Campeonato do Mundo, disputado em Guadalajara, no México, foram agraciados com uma residência cada. As casas, localizadas no Zango-5, em Luanda, serviram de recompensa pela conquista. O acto foi liderado pelo secretário de Estado para os Desportos, Carlos Almeida, testemunhado pelo Director Nacional dos Desportos, Nicolau Daniel, e pelo secretário-geral do Comité Paralímpico Angolano, António da Luz. Dos 19 membros da delegação ao evento do México foram beneficiários 16, incluindo a equipa técnica, já que três integrantes, residentes em Benguela, receberam os imóveis localmente. A delegação campeã do mundo foi constituída pelos guarda-redes Jesus Mateus e Sebastião Cacumba, os defesas Francisco Amaro, Celestino António, Neves Undungo e Jesus Morais, os médios Hilário Cafula, Laurindo Lucamba, os atacantes Heno Guilherme, José Candeeiro, Sabino Joaquim e João Chiquinte, porém completaram o quadro Augusto Baptista “Cheto” (seleccionador), Hélder Gomes e Luís Manuel (adjuntos), José Gavião (fisioterapeuta), Nelson da Luz (técnico de equipamendr tos), Sapalo Xamuzembe (coordenador para o futebol) e Celeste Thiama (chefe da delegação).
Donny van de Beek, médio holandês de 22 anos, assumiu a existência de contactos para se mudar do Ajax para o Real Madrid. “Estão em contacto com o Ajax, sei que há interesse, mas não posso dizer mais”, disse o jovem jogador, depois de ter ajudado a sua equipa a evitar a derrota na estreia no campeonato (fez um golo e uma assistência no 2-2 frente ao Vitesse). Segundo a imprensa espanhola, a transferência poderá custar entre 60 e 70 milhões de euros ao Real.
1º de Agosto disputa final do Mundial de Clubes na China Kiameso Pedro
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equipa sénior feminina de andebol do 1º de Agosto disputa hoje a final do Mundial de Clubes que decorre na cidade Wuxi, na China, desde a semana passada. O sete angolano e campeão africano nesta categoria dis-
puta o troféu com o Chinese National Club. Para chegar à final, o sete do clube fundado em 1977, venceu na última Sexta-feira o clube A. A. UnC/
Para chegar à final, o sete clube fundado em 1977, venceram na última Sexta-feira o clube A. A. UnC/Concórdia, do Brasil por 20-17
Concórdia, do Brasil por 20-17. Na outra partida, o seu oponente derrotou o OMRON do Japão por 30-25, numa partida dominada pelas japonesas. As classificativas inscrevem a OMRON e A. A. UnC/Concórdia do Brasil que vão disputar o terceiro e o quarto lugares. Nesta Sexta-feira, para as classificativas do 5º ao 8º lugares, o New York City (EUA) perdeu frente ao Kaysar Club (Casaquestão), por 16-42.
Bronze para a Selecção sub-16
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Selecção Nacional de basquetebol feminino, em sub-16, conquistou ontem a medalha de bronze no Afrobasket que a cidade de Kigali, Rwanda, acolheu ao vencer Moçambique, por 67-59, nas classificativas. Ao intervalo, as angolanas venciam já por 38-19. Com 31 pontos anotados em 35 minutos, a extremo-poste Sara Caetano foi, tal como em toda prova, preponderante no desempenho do combinado nacional. Fez 26 ressaltos, 13 assistências, três bloqueios e um desarme de bola. Com esta conquista, Angola regressa ao país com o sentimento de missão cumprida, embora o ouro fosse o objectivo.
Remco Evenepoel vence Clássica de San Sebastian
Verstappen garante pole position para Hungria
Dominic Thiem conquista em Kitzbühel
O ciclista belga Remco Evenepoel (Deceuninck-QuickStep), de 19 anos, venceu ontem a 39.ª edição da clássica de San Sebastián, na qual o melhor português foi Rui Costa (UAE-Emirates), que terminou no 49.º lugar. Evenepoel, que percorreu os 227,3 quilómetros da prova em 5:44.27 horas.
Max Verstappen, piloto da Red Bull, levou ontem a melhor sobre Lewis Hamilton e Valtteri Bottas e vai largar da pole position para o GP Hungria hoje. Os homens da Mercedes ficaram nos segundo e terceiro lugares, respectivamente, da qualificação realizada no circuito Hungaroring.
O austríaco Dominic Thiem, conquistou neste Sábado o primeiro título no seu país, 14.º na carreira, ao derrotar na final do torneio de Kitzbühel o espanhol Albert Ramos, pelos parciais de 7-6 (0) e 6-1. Thiem conseguiu em ‘casa’ o terceiro título da época, depois dos triunfos no Masters 1.000.
PSG vence Supertaça de França O PSG levou ontem a melhor sobre o Rennes, por 2-1, e conquistou a Supertaça de França, num jogo em que Neymar, castigado, ficou de fora. O Rennes marcou primeiro, por Adrien Hunou, aos 13 minutos, e foi com os detentores da Taça de França na liderança que as equipas recolheram ao intervalo. Na segunda parte, aconteceu a reviravolta. Mbappé empatou e Di Maria assinou de livre, porém é o primeiro troféu da época para os atletas da capital francesa.
Klopp critica calendário em Inglaterra Jürgen Klopp, treinador do Liverpool, teceu duras críticas à planificação do calendário da Premier League, apontando que as necessidades dos jogadores estão a ser colocadas de lado, tendo como ponto comparativo a calendarização dos principais campeonatos do futebol europeu. Desta vez, Klopp referiu não perceber o porquê de o campeonato começar duas semanas mais cedo: “Não precisamos destas duas semanas em que ainda ninguém está a jogar. Apenas a Premier League. Não faz sentido. Eu amo o futebol, mas alguém tem que pensar nos jogadores e ninguém está a fazê-lo”, atirou. O treinador alemão dos ‘reds’, refira-se, não faz pela primeira vez reparos à forma como os responsáveis da Premier League organizam o calendário, tendo já por diversas vezes, afirmado em várias conferências de imprensa que algo deveria ser alterado.
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Fonte: INAMET
PREVISÃO DO TEMPO *** 3 DIAS *** PARA AS PRINCIPAIS CIDADES Válida de 04 á 06 de Agusto de 2019
Das 18 horas do dia 03 às horas do dia 04 de Agosto de 2019. Províncias de Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Uíge, Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Lunda-Norte, Lunda-Sul: Céu pouco ou parcialmente nublado, apresentando-se nublado pela madrugada e manhã. Possibilidade de ocorrência de nevoeiro ou neblina matinal em alguns municípios das províncias de Luanda, Cabinda, Zaire, Uíge, Malanje, CuanzaSul, Cuanza-Norte e Lunda-Norte. Possibilidade de ocorrência de chuva fraca ou chuvisco acompanhada por vezes de trovoada em alguns municípios da província da Lunda-Norte.
INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGOA E GEOFÍSICA - CENTRO NACIONAL DE PREVISÃO DE TEMPO (CNPT) PREVISÃO DO TEMPO *** 3 DIAS *** PARA AS PRINCIPAIS CIDADES, válida de 04 a 06 de Agosto de 2019 Data 04/ 08/ 2019
CIDADE
Mín
Data 05/ 08/ 2019
Estado do Tempo
Máx
Mín
Máx
Data 06/ 08/ 2019
Estado do Tempo
Mín
Estado do Tempo
Máx
LUANDA
17
25
Céu pouco nublado/ neblina matinal.
17
26
Céu pouco nublado, neblina.
17
26
Céu parcial nublado, neblina.
CABINDA
22
26
Céu nublado pela manhã/ neblina.
18
26
Céu nublado pela manhã/ neblina.
20
27
Céu nublado pela manhã/ neblina.
SUMBE
20
25
Céu parcialmente nublado, neblina.
19
25
Céu nublado pela manhã/ neblina.
19
26
Céu nublado pela manhã/ neblina.
CAXITO
18
31
Céu nublado pela manhã/ neblina.
16
29
Céu nublado pela manhã/ neblina.
16
29
Céu parcial nublado, neblina.
MBANZA CONGO
17
31
Céu nublado pela manhã/ neblina.
17
30
Céu parcial nublado, neblina.
17
30
UIGE
14
27
Céu parcialmente nublado, neblina.
14
27
Céu nublado pela manhã/ neblina.
14
27
Céu parcial nublado, neblina.
NDALATANDO
14
31
Céu nublado pela manhã/ neblina.
14
31
Céu nublado pela manhã/ neblina.
13
30
Céu nublado pela manhã/ neblina.
MALANJE
13
31
Céu nublado pela manhã/ neblina.
12
30
Céu nublado pela manhã/ neblina.
12
30
Céu nublado pela manhã/ neblina.
DUNDO
20
31
Céu nublado pela manhã/ neblina, chuvisco.
17
30
Céu parcialmente nublado a limpo.
17
30
Céu nublado pela manhã/ neblina, chuvisco.
SAURIMO
13
30
Céu pouco nublado a limpo
11
30
Céu pouco nublado a limpo
11
30
Céu pouco nublado a limpo
BENGUELA
16
27
Céu nublado pela manhã/ neblina.
17
26
Céu nublado pela manhã/ neblina.
17
26
Céu pouco nublado a limpo
HUAMBO
07
28
Céu limpo
08
27
Céu limpo
08
27
Céu limpo
CUITO
12
31
Céu limpo
11
27
Céu limpo
11
27
Céu limpo
LUENA
10
30
Céu limpo
08
28
Céu limpo
08
28
Céu limpo
LUBANGO
14
27
Céu limpo
14
25
Céu limpo
13
25
Céu limpo
MENONGUE
12
29
Céu limpo
10
27
Céu limpo
10
26
Céu limpo
MOÇÂMEDES
13
23
Céu nublado pela manhã/ neblina.
14
24
Céu nublado pela manhã/ neblina.
14
24
Céu nublado pela manhã/ neblina.
ONDJIVA
12
32
Céu limpo
11
31
Céu limpo
11
30
Céu limpo
REGIÃO CENTRO: Províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico Céu pouco nublado ou limpo, tornando-se nublado ao entardecer. Muito nublado pela manhã ao longo da faixa do litoral. Possibilidade de ocorrência de nevoeiro ou neblina matinal em alguns municípios da província de Benguela.
Céu parcial nublado, neblina.
REGIÃO SUL: Províncias do Namibe, Huíla, Cunene e Cuando Cubango Céu pouco nublado ou limpo, tornando-se nublado ao entardecer. Muito nublado pela manhã ao longo da faixa do litoral. Possibilidade de ocorrência de nevoeiro ou neblina matinal em alguns municípios da província de Namibe.
A Meteorologista: Urssula Gonçalves. Luanda, 03 de Agosto de 2019 Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, Rua 21 de Janeiro – Tel.: 949320641 – Luanda. Site: http://www.inamet.gov.ao; emails: geral@inamet.gov.ao / geral.inamet@angola-portal.ao
TEMPO no mar Fonte: INAMET
BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA 1. SITUAÇÃO GERAL ÀS 18:00 TU DO DIA 03 DE AGOSTO DE 2019: Circulação de Sudoeste moderada a forte entre os paralelos 4°S a 12°S, circulação de Sul moderada INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA E GEOFÍSICA - INAMET a forte entre os paralelos 12°S a 18°S Centro Nacional de Previsão do Tempo 2. PREVISÃO VÁLIDA ATÉ ÀS 18:00 TU DO DIA 04 DE AGOSTO DE 2019: BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA
1. SITUAÇÃO GERAL ÀS 15:00 TU DO DIA 02 DE AGOSTO DE 2019: Circulação de Sudoeste, fraca á moderada entre os paralelos 4°S a 12°S (Cabinda,Zaire,Bengo,Luanda e Cuanza sul) Circulação de Sul, forte entre os paralelos 12°S a 18°S (Benguela e Namibe). 2. PREVISÃO VÁLIDA ATÉ AS 18:00 TU DO DIA 03 DE AGOSTO DE 2019: SEM AVISO. REGIÃO
VENTO
ESTADO DO TEMPO
(ATÉ 200 MILHAS DA COSTA)
Cabinda (4°S – 6°S) Zaire, Bengo, Luanda e Cuanza-Sul (6°S – 12°S) Benguela (12°S – 14°S) Namibe (14°S – 18S)
ALTURA DA ONDA (METROS)
ESTADO DO MAR
DIRECÇÃO FORÇA (KT)
VISIBILIDADE HORIZONTAL (KM)
Parcialmente nublado
Sudoeste
Até 9.0
Até 1.8
Agitado
Fraca á Moderada (Superior a 5)
Parcialmente nublado
Sudoeste
11 á 14
1.6 á 1.8
Agitado
Fraca á Moderada (Superior a 5)
Parcialmente nublado
Sul
Até 17
Até 1.9
Agitado
Moderada a boa (Superior a 7)
Parcialmente nublado
Sul
Até 23
Até 2.5
Agitado
Moderada a boa (Superior a 8)
DESCRIÇÃO SINÓPTICA DAS 18:00 TU DO DIA 03/08/2019 ÀS 18:00 TU DO DIA 04/08/2019. O anticiclone de Santa Helena, com pressão central de 1020hPa, estende-se em forma de crista sobre a região marítima de Angola, influênciando assim o padrão e a intensidade do vento, assim prevêse ondas máximas até 2.0 metros de altura para a região marítima de Namibe. Para as regiões marítimas de Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Cuanza Sul e Benguela prêve-se ondas máximas até 1.8 metros de altura. Visibilidade fraca devido a possibilidade de ocorrência de nevoeiro ou neblina matinal. CARTA DO VENTO MÁXIMO E DA ALTURA DA ONDA MÁXIMA PREVISTA Os contornos a cores indicam a altura máxima da ondulação e os contornos em tom cinza indicam os possíveis incrementos das vagas devido à influência do vento local.
Última
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O PAÍS Domingo, 04 de Agosto de 2019
Bispo católico apela à preservação de bens públicos O bispo da Diocese do Namibe, Dom Dionísio Hisilenapo, apelou ontem, Sábado, nesta cidade, aos munícipes a colaborarem na preservação e conservação dos bens públicos postos à sua disposição
F
alando na missa de acção de graças que antecede os 170 anos da fundação da cidade de Moçâmedes, que se assinala neste Domingo, 4 de Agosto, o prelado católico apelou à mudança de consciência dos
DR
munícipes, sobretudo os adolescentes e jovens. Nesta conformidade, exortou a terem um comportamento digno perante a sociedade, pautando por condutas que dignifiquem o bom nome da província. Dom Dionisio Hisilenapo, que considerou a cidade de Moçâmedes como uma das mais antigas, exorta a sociedade namibense a cuidar e preservar o seu património histórico, com vista a atrair turistas para a região. “A nossa cidade não deve apresentar-se como uma cidade fantasma, mas sim como aquela, onde existem regras e ordens que são cumpridas pelos seus munícipes, onde a solidariedade, irmandade e unidade nacional devem estar sempre presentes no seio dos seus habitantes”, disse. Salientou a necessidade dos cidadãos criarem programas em conjunto com a administração
municipal, como a limpeza e manutenção dos jardins, ruas, esgotos, plantação de árvores, dando assim uma boa imagem à cidade e um bom ambiente para os que nela habitam.
Diagnosticados mais de mil novos casos de VIH/SIDA no Moxico
Governo de Luanda doa bens às vítimas da seca no Cunene
T
rezentas e 15 toneladas de bens alimentar diversos foram entregues neste Sábado, no Cunene, pelo Governo Provincial de Luanda, com vista acudir às vítimas da seca. Nos donativos recolhidos no âmbito da campanha “ Luanda Solidária” constam bens alimentares diversos, roupas usadas, calçados, água mineral, sumo, material de higiene pessoal e 200 aparelhos de purificação de água. Na província do Cunene, 880 mil e 176 pessoas estão afectadas pela seca, que causou também a morte de 30 mil cabeças de gado, entre bovino, suíno e caprino. Durante o acto, o director do gabinete de Comunicação Institucional do Governo de Luanda, Ikuma Bamba, referiu que o gesto resulta da campanha de
Considerou as cidades de Moçâmedes, Lubango, Ondjiva, Menongue e Saurimo como as que actualmente ainda conservam a cultura dos seus povos. Defendeu a necessidade dos es-
tudantes universitários apostarem em trabalhos de investigação com o intuito de saberem mais sobre os hábitos e costumes destes povos. O bispo católico mostrou-se, por outro lado, preocupado com o comportamento de alguns munícipes, sobretudo dos que vivem em alguns bairros periféricos da cidade, que persistem em deitar o lixo no chão mesmo com contentores à sua disposição, destroem as escolas, bibliotecas, cemitérios, igrejas e outros serviços. Com vista a saudar os 170 anos da fundação da cidade de Moçâmedes, a administração municipal agendou um vasto programa de actividades culturais e recreativas. O dia 4 de Agosto está reservado à realização do Caldo do Poeira no Quintal com animação dos “ Kiezos”, no Parque de campismo, na praia das Miragens.
DR
M
il e 911 novos casos de VIH/ SIDA foram diagnosticados entre 23 mil e 567 pessoas que afluíram aos centros de testagem no Moxico, durante o 1º semestre do ano em curso, mais 461 em comparação com igual período anterior, informou ontem (Sábado), a ponto focal do Programa Provincial de VIH/Sida. Clotilde William apontou que das pessoas infectadas, 461 são mulheres gestantes e 114 crianças com idades compreendidas entre zero e 14 anos.
Administrativamente, indicou que o município sede (Moxico) lidera a lista com mil e 59 casos, seguido dos Bundas, 503, Luau, 185, Alto Zambeze, 57 e Cameia, 37. No mesmo período o município do Moxico registou, 44 óbitos, por HIV/Sida, Bundas, 18, Alto Zambeze, nove e Luau, cinco mortes. A responsável disse que o seu sector está a trabalhar na sensibilização das comunidades para prevenirem-se da epidemia, no âmbito do plano operacional 2019/2022. DR
recolha de bens denominada “Luanda Solidária”, realizada num período de 30 dias. Por seu turno, o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Édio Sambuako José, agradeceu o gesto so-
lidário do governo e da população residente na província de Luanda. O responsável sublinhou que o donativo vai reforçar a assistência alimentar às famílias vítima da seca.