Jornal OPaís edição 1738 de 05/02/2020

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PrESIdENTE dA rEPÚBLICA INAUGUrA CEFOPESCAS

“SEMPrE QUE O GOVErNO TENTOU CrIAr CrESCIMENTO ECONÓMICO, ATrAVÉS dE PrOGrAMAS dE CrÉdITO, ESBANJOU dINHEIrO”

O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, ontem, na zona dos Ramiros, município de Belas, em Luanda, o Instituto Politécnico das Pescas (Cefopescas). P. 09

O professor de Macroeconomia, Yuri Quixina, defende a simplificação do sistema fiscal para evitar fuga ao fisco. A análise do Economia Real desta edição destacou o alargamento do pagamento do IPU e a entrada do BPC no PAC. P. 19 Director: José Kaliengue www.opaís.co.ao O DIÁRIO DA e-mail: info@opaís.co.ao NOVA ANGOLA @Jornalopaís Edição n.º 1738 facebook/opaís.angola Quarta-feira, 05/02/2020 Preço: 40 Kz

EXECUTIVO rEITErA LUTA CONTÍNUA PArA O BEM-ESTAr dOS ANGOLANOS

POLÍTICA: O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, disse, em Benguela, no acto central de

celebração do 59º aniversário do início da Luta Armada de Libertação Nacional, assinalado ontem, Terça-feira, 04, que cada angolano deve sentir-se um agente da mudança, de modo a que o tão almejado bem-estar seja alcançado. P. 9 DR

Falta de balneários públicos em Luanda deixa cidadãos sem alternativa ● Muitos balneários públicos espalhados pela cidade de Luanda estão inoperantes, segundo constatou uma equipa de reportagem do jornal OPAÍS. Preocupados com a situação, alguns cidadãos confessam não terem outras escolha, senão, quando necessário, fazer as suas necessidades fisiológicas em locais impróprios, situação prejudicial à saúde e ao ambiente.P. 10

Cerca de 7 milhões de livros do ensino primário começam a ser distribuídos hoje ● Sete milhões de livros do ensino primário, da iniciação até à 6ª classe, começam a ser distribuídos hoje nas escolas de Luanda. Entretanto, a prioridade recai para os municípios de difícil acesso, sobretudo, os que não foram contemplados no ano passado, garante o director do gabinete provincial da Educação, Narciso Benedito. P. 12

CHICALA

Angola e Marrocos discutem esta noite passe para a final

EMPrESA dE ISABEL dOS SANTO NEGA ENVOLVIMENTO NO dESALOJAMENTO P. 8

● Depois da folga registada ontem, a Selecção Nacional sénior masculina de futebol salão (futsal) tenta hoje, às 21:00, chegar à final inédita, quando defrontar os marroquinos, em jogo a contar para as meias-finais do Campeonato Africano. P. 26

Longa-metragem “2 Mundos” fundida pelo amor incondicional

Cinemas portugueses e de Angola sem leaks são aposta do festival de Roterdão

Trinta e oito grupos carnavalescos inscritos para a edição 2020 do Carnaval no Moxico


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EM FOCO

O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

Angola espera que estabilidade política em Espanha permita “retomar cooperação”

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A estabilidade política espanhola” vai permitir retomar uma série de programas de cooperação que foram nos últimos dois anos afectados pela indefinição política”, disse o ministro Manuel Augusto DR

Manuel Augusto, ministro das Relações Exteriores

Grandes Lagos saúda solução para o diferendo Rwanda e Uganda O Comité de Apoio Técnico da Região dos Grandes Lagos saudou, em Nairobi, os esforços do Presidente de Angola, João Lourenço, para a “solução africana” do diferendo entre o Rwanda e o Uganda

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sta felicitação foi efectuada, na Segunda-feira, durante a reunião do Comité de Apoio Técnico sobre o Mecanismo Regional de Supervisão do AcordoQuadro para a Paz, Segurança e Cooperação na República Democrática do Congo e

na Região dos Grandes Lagos, que decorreu de 03 a 04 deste mês, na capital do Quénia, segundo a Angop. Na reunião em que participou o embaixador angolano naquele país, Sianga Abílio, o Comité encorajou os esforços de Angola para a estabilização

“O Comité de Apoio apreciou a Agenda da próxima Reunião dos Ministros das Relações Exteriores dos Países signatários do Acordo-Quadro”

governo angolano considerou ontem Terça-feira que a manutenção da situação política em Espanha permite retomar os “programas de cooperação condicionados, há dois anos, pela indefinição política”. “Estamos, também, satisfeitos com a estabilidade política em Espanha, com o novo governo, que nos vai permitir retomar uma série de programas de cooperação que foram nos últimos dois anos afectados pela indefinição política naquele país parceiro de Angola”, afirmou o ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto. Segundo o governante, que falava aos jornalistas à margem da inauguração do Instituto Politécnico das Pescas — CEFOPESCAS — , orçado em 98 milhões de dólares financiados por Espanha, Angola está a “recuperar credibilidade” junto dos seus parceiros. Manuel Augusto recordou que Espanha tem uma indústria desenvolvida em vários sectores e que Angola tinha uma série de projectos previstos com o país europeu, que “deverão ser retomados” no âmbito das novas abordagens políticas em ambos os países. “E acreditamos que estamos em condições agora, nesta combina-

ção, recuperação da credibilidade que Angola tem e a estabilidade política que a Espanha tem, vai com certeza permitir que os operadores económicos dos dois países possam executar os projectos”, assegurou. Em relação ao CEFOPESCAS, inaugurado pelo Presidente João Lourenço, o ministro das Relações Exteriores enalteceu o financiamento de Espanha, afirmando que a acção demonstra que Espanha “quer continuar a ser parceiro número um” de Angola no domínio das pescas. E acrescentou: “Tudo que temos como base do sector das pescas estruturado está ligado à Espanha e aqui está a prova de que a Espanha quer continuar a ser este parceiro”. Com capacidade para albergar 1.836 alunos, o CEFOPESCAS vai ministrar aulas do ensino médio da 7ª a 13ª classe para os cursos médios de Mestre Costeiro-Pescador, Técnico de Máquinas e Motores Navais, Técnico de Máquinas e Instalações Navais, Técnico de Aquicultura, Técnico de Tecnologia de Pescado, Técnico de Biologia Marinha e Técnico de Recursos Pesqueiros. Além do montante para a construção da instituição, localizada no município de Belas, sul de Luanda, Espanha também contribuiu na graduação de 19 quadros angolanos para o setor das pescas.

da paz e segurança na região. Antes, o embaixador Sianga Abílio pronunciou-se sobre os últimos desenvolvimentos na região, reiterando a importância da liderança de João Lourenço, ao “juntar os seus irmãos à mesma mesa em busca de soluções para que a região dos Grandes Lagos reencontre a paz e a segurança”. O embaixador referia-se à Cimeira Quadripartida realizada em Luanda, a 02 de Fevereiro deste ano, com a participação dos Presidentes, Yoweri Museveni, Paul Kagame e Felix Tshisekedi. Além das discussões em torno dos desenvolvimentos políticos e de segurança na região, o Comité de Apoio apreciou a Agenda da próxima Reunião

dos Ministros das Relações Exteriores dos Países signatários do Acordo-Quadro para a Paz, Segurança e Cooperação na República Democrática do Congo e na Região. Participam do encontro co-presidido pelo representante especial da União Africana para os Grandes Lagos, Basile Ikouebe, e pelo secretário executivo da CIRGL, Zachary Muita, representantes de Angola, Burundi, Congo, RDC, Quénia, Rwanda, Sudão do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda, Zâmbia, União Africana, Nações Unidas, Sociedade Civil dos Grandes Lagos e a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco).


O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

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te João Lourenço, continuará a trabalhar para a satisfação “das mais profundas aspirações do Povo Angolano”. O partido no poder em Angola refere que vai continuar a apoiar, sem reservas, o combate contra a corrupção, o nepotismo, a impunidade e todas as práticas nocivas que em nada dignificam o sacrifício consentido pelos Heróis do 4 de Fevereiro. Nesta esteira, a declaração sublinha a importância de se manter “bem vivo” o espírito de bravura e determinação dos Heróis da Liberdade, tendo incentivado as futuras gerações de angolanos a cultivarem o “sentimento de orgulho patriótico”. O 4 de Fevereiro de 1961, prossegue o documento, é um marco histórico e político de transcendental importância para Angola. Representa o quebrar das algemas coloniais e o acender do facho da esperança. O Bureau Político do Comité Central do MPLA reitera em nome dos militantes, simpatizantes e amigos do partido, a firme predisposição de enaltecer as conquistas alcançadas pelo povo angolano, mantendo-se fiel aos ideais dos Bravos Heróis da gesta revolucionária do 4 de Fevereiro de 1961.

O partido no poder apelou à participação dos angolanos no processo de consolidação do Estado de Direito

MPLA defende primazia do interesse nacional O Bureau Político do Comité Central do MPLA exortou, ontem Terça-feira, os angolanos para a necessidade do interesse nacional prevalecer sobre “tudo e de todos”, tendo em vista o bem comum

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uma declaração sobre o dia do início da Luta Armada de Libertação Nacional, que ontem se celebrou, o MPLA apelou à participação dos angolanos no processo de consolidação do Estado Democrático e de Direito, na preservação da Unidade e da Coesão Nacional. A 4 de Fevereiro de 1961, patrio-

O 4 de Fevereiro de 1961, prossegue o documento, é um marco histórico e político de transcendental importância para Angola

tas angolanos desencadearam um ataque à Cadeia de São Paulo, à Casa de Reclusão, ao Quartel da Polícia de Segurança Pública e à Emissora Oficial de Angola, em Luanda, dando início à Luta Armada. Esta luta culminou com a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975. No documento a que a Angop teve acesso, o Bureau Político do MPLA reafirma que, com o Executivo liderado pelo Presiden-

UNITA relembra coragem dos nacionalistas O maior partido da oposição realça que o 4 de Fevereiro foi um acto de heroismo e patriotismo que se junta ao ‘ataque à Fazenda Primaveira a 15 de Março de 1961 e posteriormente o ataque a Teixeira de Sousa em 1966’, como parte do rico património das lutas desenvolvidas e das vitórias que, ao longo da história, as populações de Angola têm alcançado. De acordo com um comunicado

do secretariado executivo do Comité Permanente da Comissão Política deste partido, a UNITA ‘apela à Nação, em especial às novas gerações, para beber do exemplo de coragem dos nacionalistas angolanos para a reflexão, mas sobretudo para a acção face aos desafios que temos pela frente, como a assunção plena da cidadania, a reforma do Estado e a institucionalização das autarquias, entre outros’.


4 dESTAQUES POLÍTICA. PÁG. 09 Governo reitera luta contínua para o bem-estar dos angolanos.

SOCIEdAdE. PÁG.10 Cerca de sete milhões de livros do ensino primário começam a ser distribuídos hoje.

o editorial

O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

HOJE: os números do dia

A amiga Merkel

CArTAZ. PÁG. 15 Livro sobre

dificuldades dos estudantes no estrangeiro é lançada no Lubango.

ECONOMIA. PÁG. 18 Angloamerican entra no mercado angolano com prospeção de quatro metais este ano.

MUNdO . PG. 22 OMS diz que coronavírus ainda não é uma pandemia.

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chanceler alemã vem a Angola, vem dizer que a parceria especial entre os dois países é para valer, vem também falar de negócio. Isto é muito bom nesta fase em que o Presidente João faz de tudo para atrair investimento estrangeiro. Merkel está a terminar o seu mandato, não voltará a concorrer para o lugar que ocupa, a liderar o Governo alemão, mas há que levar em conta o facto de se tratar da Alemanha, um país que leva com muita seriedade os seis compromissos, e também o facto de Merkel não vir sozinha, traz consigo empresários, e estes olham para Angola como um bom mercado, como um país com imenso potencial para fazer crescer empresas e também como uma porta estável para os mercados africanos. E Merkel está a ser amiga de Angola, há que dizê-lo, ao visitar o país numa fase de vacas magras, é que a vinda atrai muitas atenções, que Angola deve aproveitar.

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o que foi dito

Ibrahimovic é um campeão e tenho muito respeito por ele. Em Manchester treinava todos os dias” romelu Lukaku Jogador do Inter (Itália)

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Os esforços dos dirigentes africanos devem estar focados no desenvolvimento dos respectivos países” Luísa damião vice-presidente do MPLA

Mercado comunitário com capacidade para 180 vendedores abriu Segunda-feira no bairro 11 de Novembro, periferia da cidade de Mbanza Kongo, província do Zaire.

Escolas com três e quatro salas de aulas foram inauguradas Segunda-feira nos bairros Muamalundo e Sapimbi, município de Capenda Camulemba (LundaNorte). Crianças do município de XáMuteba, na província da Lunda-Norte, passam a estudar, a partir deste ano lectivo, em melhores condições com a inauguração.

Alunos do ensino primário, que estudavam em condições precárias na localidade do Muacatende, 44 quilómetros do município de Cacolo (LundaSul), vão estudar neste ano lectivo numa nova escola.

Estou num bom momento. A justificar aquilo que se dizia acerca de mim no passado. Quero ser um dos melhores e este é o caminho” rúben Semedo Defesa-central do Olympiakos


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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

e assim... José Kaliengue Director

Hoje no online de O PAÍS leia a entrevista com a embaixadora do Reino Unido, Jessica Hand, saiba mais sobre a cimeira que o seu país organiza a partir de amanhã com parceiros africanos

A mãe das cidades

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www.opais.co.ao Shangai (China) As ruas na China se esvaziaram, pois as pessoas evitam lugares lotados por causa do surto de coronavírus, que começou em Wuhan (DR)

o que vai acontecer Política Os líderes africanos

de-vem assumir, nos dias 9 e 10, quando se reunirem, em Addis Abeba, Etíopia, na 33ª Sessão Ordinária da União Africana (Cimeira e Assembleia Geral), o compromisso de “silenciar as armas” este ano, para criar condições favoráveis ao desenvolvimento do continente. No encontro, que vai contar com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, os Chefes de Estado e de Governo vão, antes, analisar os relatórios das actividades do Conselho de Paz e Segurança e a situação no continente

Política O vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, visita a partir de hoje, a província do Bengo, no quadro do programa de acompanhamento das acções de governação local. De acordo com um comunicado de imprensa, durante a sua estada na província do Bengo, o vice-Presidente da República vai desenvolver um conjunto de actividades nos municípios do Ambriz, Dande e Nambuangongo, com realce para encontros de auscultação com entidades representativas das comunidades locais e visitas a empreendimentos socioeconómicos, no âmbito do programa de acompanhamento às acções de governação local.

Literatura Uma oficina literária denominada “Palavra & Oficina” realiza-se, hoje, Quartafeira, às 17:30, no Centro Cultural Dr. Agostinho Neto, no Bairro Operário, em Luanda, por iniciativa do Movimento Litteragris e Círculo de Estudos Literários e Linguísticos “Litteragris”. Esta terceira edição do “Palavra & Oficina”, subordinada ao tema “Literatura Angolana e sua Internacionalização: avanços e recuos” tem como prelectores o escritor Lopito Feijóo e os críticos literários João Fernando André e Agostinho Gonçalves, com moderação de Pedro Mayamona.

Carnaval O Governo Provincial de Malanje vai disponibilizar 20 milhões de kwanzas para custear a realização do Carnaval’2020 na circunscrição, no qual os desfiles se realizam nos dias 23 e 25 deste mês. A informação foi avançada ontem pelo director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos de Malanje, Fernandes Cristóvão, que acrescentou ainda ter havido um aumento de cinco milhões de kwanzas, em relação ao financiamento disponibilizado na edição de 2019. Fernandes Cristóvão afirmou que o processo de organização do Carnaval 2020 está a decorrer da melhor maneira, para que a maior manifestação popular do país aconteça com êxito.

ão é pelos jardins que estão abandonados, feios e com capim como mato. Não é pelo lixo acumulado nos contentores que enfeitam as ruas. Não é pelos buracos que se instalaram e se multiplicaram por quase todas as ruas. Não é pela poeira pronta a maquilhar os rostos bonitos das mulheres e das crianças, podendo até criar problemas oftalmológicos. Não é pelo calor que se instala na pele num abraço salgado e pegajoso. Não é por se perceber, claramente, que falta dinheiro para a Administração fazer melhor, que a gestão agora é marcadamente política para manter a esperança, para agarrar os fiéis. A promessa é sempre um pouco de vida acrescentada, porque brota esperança, e esta é teimosa. Benguela é agora uma cidade completamente diferente do que foi, está triste, nota-se-lhe pobreza no rosto que reclama do abandono. Não sabe se se vira para dentro ou para Luanda. Como o resto do país, não criou reservas internas para os momentos menos bons. Benguela parece um pouco perdida no tempo, hesitante quanto ao rumo a seguir. Sem forças. Benguela não sabe e talvez nem tenha a quem culpar. A Governação é atacada, mas de forma pouco consistente, porque também ela está de mãos atadas e tem de apostar naquilo que julga serem as prioridades absolutas. Mas não é por nada disso que Benguela fere a alma, é pelos rostos despidos de dignidade que se espalham pelas ruas a pedir esmolas. A mãe das cidades está de mão estendida.

E também... dia Mundial da Nutella - 5 de Fevereiro A data surgiu em 2007 na Internet por iniciativa de uma blogger norteamericana a viver em Itália chamada Sara Rosso, uma fã do popular creme de chocolate com avelã, cacau e leite, e rapidamente a iniciativa se tornou global. No Dia Mundial da Nutella, as pessoas são incentivadas a comer Nutella nos locais mais variados, a partilhar receitas com este creme, a escrever músicas ou poemas sobre Nutella, a tirar fotografias com o produto, a dar a provar Nutella aos amigos, entre outras iniciativas que podem ser encontradas no site World Nutella Day.


6 Media Nova, S.A Presidente do Conselho de Administração Filipe Correia de Sá Administradores Executivos Luís Gomes Paulo Kénia Camotim Propriedade : Socijornal Depósito Legal: Nº 244/2008 Contribuinte: 5417015059 Nº registo estatístico: 48058

O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

NO TEMPO dO KAPArANdANdA

Director Geral de Publicações: José Kaliengue jose.kaliengue@opais.co.ao

OPAÍS

Director: José Kaliengue Sub-Director: Daniel Costa, daniel.costa@opais.co.ao Chefe de Redacção: Eugénio Mateus, eugenio.mateus@opais. co.ao Grande repórter: André Mussamo andre.mussamo@opais.co.ao Editorias : Política: Ireneu Mujoco ireneu.mujoco@opais.co.ao (Editor) Sociedade: Paulo Sérgio paulo.sergio@opais.co.ao (Editor) Romão Brandão romao.brandao@opais.co.ao (Sub-editor) Economia Luís Faria (Coordenador-Editor) luis.faria@opais.co.ao Desporto: Sebastião Félix sebastiao.felix@opais.co.ao (Editor) Mário Silva mario.silva@opais.co.ao (Sub-editor) Cartaz: Jorge Fernandes jorge.silva@medianova.co.ao (Sub-editor) Redacção: Norberto Sateco, Alberto Bambi, Augusto Nunes, Rila Berta, Miguel Kitari, Domingos Bento, Neusa Filipe, Afrodite Zumba, Milton Manaça, Antónia Gonçalo, Maria Teixeira, Iracelma Kaliengue, Patrícia Oliveira, Stela Cambamba, Zuleide de Carvalho (Benguela),Brenda Sambo, Maria Custódia, Kiameso Pedro e Adjelson Coimbra. Arte: Ladislau Bernardo (Coordenador) valério vunda (Coordenador adjunto)Lourenço Pascoal, Annette Fernandes, Nelson da Silva e Francisco da Silva. Fotografia: Carlos Moco (Editor), Daniel Miguel (Sub-editor), Pedro Nicodemos, Jacinto Figueiredo, Carlos Augusto, virgílio Pinto, Lito Cahongolo (repórteres fotográficos), Rosa Gaspar e Yuri dos Santos (Assistentes de Departamento) Revisão: António Setas Agências: Angop, AFP, Reuters, Getty Images

Assistentes de Redacção: Antónia Correia, Rosa Gaspar, Inês Monteiro e Sílvia Henriques Impressão e acabamento: DAMER, S. A. Luanda Sul, Edifício Damer Distribuição: Media Nova Distribuição Tel: +244 943028039 Distribuidora@medianova.co.ao pontodevenda@medianova.co.ao Assinaturas: Bruno Pedro Tel: +244 945 501 040 Bruno.Pedro@medianova.co.ao Online: Venâncio Rodrigues (Editor)Isabel Dalla e Ana Gomes Sítio Online: www.opais.co.ao Contactos: info@opais.co.ao Tel: 914 718 634 -222 003 268 Fax: 222 007 754 Sede: Condomínio ALPHA, Talatona- Luanda. Tel: 222 009 444 República de Angola

Comercial e Marketing: Senda Costa 922682440 vladimir Teixeira email: comercial@medianova.co.ao Tiragem: 15 000 exemplares

05 de Fevereiro

1885 -

Estabelecese o estado do Congo, sob posse pessoal do rei Leopoldo II da Bélgica.

05 de Fevereiro

1990 -

O Presidente soviético, Mikhail Gorbachov, afirma ter chegado a altura do Partido Comunista disputar com outros partidos o direito de governar o país.

2010 -

05 de Fevereiro É promulgada a Constituição da República de Angola, pelo Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos

CArTA dO LEITOr

Falta actualização dos pagamentos feitos no Kilamba Cordiais saudações. Exmo. Senhor Director do Jornal OPAÍS queira aceitar os meus respeitosos e calorosos cumprimentos. Vezes sem conta esse jornal e a Rádio Mais, outro órgão do grupo Media Nova do qual o jornal faz parte, têm divulgado notícias sobre a alegada quantidade de moradores da centralidade do Kilamba que não pagam os imóveis. Chegam a citar uma cifra de até 50 por cento. Julgo ser uma informação que merecia ter uma investigação por parte do órgão que Vossa Excelência dirige. Isso por considerar que a mesma não condiz com a realidade, uma vez que muitos moradores pagaram as suas residências ao longo dos últimos anos à Imogestin, mas os seus

pagamentos não foram registado na base de dados. Estive recentemente na sede do Fundo de Fomento a Habitação, localizada no Quarteirão M desta centralidade, e pude constatar o que aqui estou a relatar. A base de dados que a Delta/Sonip passou a Imogestin é a mesma que foi passada ao Fundo de Fomento a Habitação, pelo que, tal como declarou o portavoz dessa instituição ao programa Grande Informação de Sexta-feira última, da Rádio Mais, há muitos moradores em que só estão registados o primeiro pagamento. Além de que, os pagamentos feitos por transferência bancária também não estão cadastrado na base de dados do Fundo. Por outra, julgo que essa instituição pública devia assumir publicamente que o ano passado desactivaram uma conta de pagamento directo da Imoges-

DR

tin, o que impossibilitou muita gente de efectuarem os pagamentos, como é o meu caso e de muitos moradores. Portanto, só peço ao FFH assuma que também a sua respon-

sabilidade nos atrasos aos pagamentos e reconheça que as suas contas sobre os devedores estão mal feitas.

António dos Santos Morador do Kilamba

Escreva para o Jornal OPAÍS através do e-mail info@opais.co.ao ou ligue para estes contactos Tel: 222 003 268 Fax: 222 007 754


1973 - Amílcar Cabral, dirigente e fundador do PAIGC, é assassinado em Conakry. 1981 - Os 52 reféns norte-americanos, detidos no Irão há mais de 13 meses, são finalmente libertados, ao mesmo tempo que Ronald Reagan toma posse como quadragésimo presidente dos Estados Unidos. 1997 - O governo de Mobutu, em Kinshasa, Zaire, declara, oficialmente, guerra contra os rebeldes no norte do país, liderados por Laurent Désiré Kabila, depois de estes ocuparem uma parcela de 600 quilómetros no interior do país.


POLÍTICA

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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

Executivo garante atender as necessidades dos sobreviventes do 4 de Fevereiro Para o secretário de Estado da Cultura, Aguinaldo Cristóvão, o envolvimento dos sobreviventes nos processos que são do seu interesse vai produzir uma maior compreensão dos esforços que estão a ser desenvolvidos para que, de um modo geral, venham a sentir-se que a sua história esta salvaguardada nos diversos espaços históricos do país DR

Maria Custodia

O

secretário de Estado da Cultura, Aguinaldo Cristóvão, garantiu que o Executivo está a trabalhar para atender as reclamações dos sobreviventes do 4 de Fevereiro de 1961. Segundo o governante, muitas destas necessidades são pertinentes, pelo que há todo o interesse da parte do Governo em dar resposta. Conforme explicou, é necessário compreender que algumas destas reclamações têm enquadramento ao nível central e outros são de nível local. Mas, notou, o exercício que tem sido feito é de aproximar cada vez mais os sobreviventes das

Aguinaldo Cristóvão, secretário de Estado da Cultura

actividades e discussões que são realizadas à volta do seu interesse. “Nós temos uma relação privilegiada com os sobreviventes do 4 de Fevereiro e com todos aqueles que perderam os seus familiares durante a luta de libertação”, frisou De acordo com Aguinaldo Cristóvão, o envolvimento dos sobreviventes nos processos que são do seu interesse vai produzir uma maior compreensão dos esforços que estão a ser desenvolvidos para que, de um modo geral, venham a sentirque a sua história está salvaguardada nos diversos espaços históricos do país. O político, que falava durante o acto provincial das actividades relativas ao 4 de Fevereiro, data o início da luta armada de libertação nacional, fez saber que o marco his-

Empresa de Isabel dos Santo nega envolvimento no desalojamento na Chicala Segundo um comunicado da firma, ligada à filha do ex-Presidente da Republica, José

Eduardo dos Santos, é falsa a informação que o projecto Marginal Corimba rendeu USD 500 milhões e que tenha desalojado três mil pessoas

N

o intuito de repor a verdade, a empresa esclarece que a acção de despejo ou reassentamento foi levada a efeito a 1 de Junho de 2013 na sequência da execução de uma obra designada por “Marginal de Sudoeste”, cujo empreiteiro responsável foi a empresa Odebrecht e não a URBINVESTE como foi amplamente noticiado. A empresa URBINVESTE, ligada à empresaria Isabel dos Santos, nega estar envolvida no processo de desalojamento forçado de moradores da zona da Chicala, na conhecida área da Areia Branca, em Luanda. Segundo um comunicado da firma, ligada à filha do ex-Presidente da Republica, José Edu-

ardo dos santos, é falsa a informação que o projecto Marginal Corimba rendeu USD 500 milhões e que tenha desalojado 3 mil pessoas”, conforme noticiado por alguns órgãos de comunicação nacionais e estrangeiros. No intuito de repor a verdade, a empresa esclarece que a acção de despejo ou reassentamento foi levada a efeito a 1 de Junho de 2013 na sequência da execução de uma obra designada por “Marginal de Sudoeste”, cujo empreiteiro responsável foi a empresa Odebrecht e não a URBINVESTE como foi amplamente noticiado. De acordo com a firma, a zona da “Areia Branca”, referida nos artigos, foi intervencionada pela ODEBRECHET, em 2012-2013, para construir uma estrada que ligaria a zona da Chicala à Corimba ao

longo dos terrenos da marginal já existente. O documento, a que o OPAÍS teve acesso, refere que o tratamento dos factos e dos documentos foram

A empresa URBINVESTE, ligada à empresaria Isabel dos Santos, nega estar envolvida no processo de desalojamento forçado de moradores da zona da Chicala, na conhecida área da Areia Branca, em Luanda

feitos de uma forma abusiva, incoerente, sem respeito pela linha temporal em que tais ocorreram, sem qualquer selecção técnica e nem recurso ao contraditório. A nota atesta ainda que muitas inverdades foram ditas nas peças noticiosas à propósito da URBINVESTE, dos seus accionistas e do projecto Marginal da Corimba, ficando patente a parcialidade das peças jornalísticas. Neste sentido, esclarece, a empresa e seus accionistas foram lesados e prejudicados, e os jornalistas envolvidos reproduziram alegações sem conteúdo factual com o único objectivo de manipular a opinião pública, tendo em conta que foram apresentados documentos descontextualizados e inclusive alguns obsoletos. “Parece ter havido uma inten-

tórico do 4 de Fevereiro é parte da história do país e constitui um dos marcos mais importantes de toda a história heroóca no âmbito do processo de libertação do país que deu lugar à independência nacional. “Era Sábado e o calendário assinalava 4 de Fevereiro de 1961. O dia despertou com um movimento estranho. Um grupo de homens determinados, liderados por Neves Bendinha, Paiva Domingos da Silva, Domingos Manuel Mateus, Imperial Santana e Virgílio Sotto Mayor, num total de cerca de duzentos homens, desencadeou um conjunto de acções em Luanda cujo objectivo era libertar os presos políticos que se encontravam nas cadeias, acusados pelas autoridades coloniais de actividades subversivas”, lembrou

ção de prejudicar directamente todo um trabalho técnico, válido e coerente e cumulativamente imputar responsabilidades a quem efectivamente não é responsável”, atesta o comunicado. De acordo ainda com a nota, a URBINVESTE repudia veementemente as alegações feitas nas peças jornalísticas e refuta o seu teor com os factos e informações referidas. “A URBINVESTE, de igual modo, ficou chocada e consternada com a reportagem emitida, em particular com as condições em que em Junho 2013 foi feito este despejo da população, contudo reitera que esta empresa e seus consorciados não tiveram qualquer intervenção, directa ou indirectamente, sobre o sucedido”, notou. Todavia, embora a URBINVESTE assegura que em nada tem a ver com a obra e com o despejo, mas, ainda assim, assegura encontrar-se disponível em apoiar as famílias que foram sujeitas a esta situação em nome do seu empenho e preocupação social a que sempre assistiu todo o seu trabalho e planeamento e em prol da sociedade angolana.


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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

Governo reitera luta contínua para o bemestar dos angolanos

PR inaugura Cefopescas DR

O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, disse, em Benguela, no acto central de celebração do 59º aniversário do início da Luta Armada de Libertação Nacional, assinalado Terça-feira, que cada angolano deve sentir-se um agente da mudança, de modo a que o tão almejado bem-estar seja alcançado DR

Ministro do Interior, Eugénio Laborinho

Constantino Eduardo, em Benguela

O

ministro Eugénio Laborinho sublinhou que o Governo, liderado por João Lourenço, manifesta-se consciente das dificuldades actuais dos angolanos, razão por que está a ensaiar um conjunto de medidas. O governante recorda que há muitos anos que a luta do povo angolano mudou de posição, deixando os campos de batalha e continuando nos ‘campos agrícolas, nos hospitais, escolas, nos mercados, na garantia de segurança, enfim, onde cada cidadão deve sentir-se um agente de mudança’, considera. De acordo com o governante, a quem foi indicado para presidir o acto do dia 4 de Fevereiro que

a província de Benguela acolheu, só alcançando esses desideratos é que o país deverá honrar verdadeiramente os heróis do 4 de Fevereiro. ‘É nosso dever cuidar dos nossos heróis, assim como é nossa missão cuidar de todo o povo angolano’, refere. Eugénio Laborinho sublinha que Angola vive novos desafios, tanto do ponto de vista político, económico, social, bem como na forma de governação e gestão dos bens públicos e, nesta perspectiva, o Executivo tudo faz para a garantia do bem-estar dos governados, por via de uma série de reformas em curso que o ministro diz estarem a acontecer a olho de todos. Governo optimista quanto à melhoria da condição de vida Falando para perto de 3 mil almas que preencheram o recinto do Pavilhão Multiusos Acácias

Rubras, entre governantes, políticos e população em geral, o ministro do Interior reservou no seu discurso espaço para enaltecer as acções empreendidas pelas instituições do Estado no âmbito do combate cerrado à corrupção. Segundo sustenta, este facto é, indubitavelmente, uma realidade, para quem a determinação dos heróis - conhecidos e anónimosdeve, nos dias de hoje, mover os seus actores, na medida em que a corrupção e o nepotismo atrasaram o desenvolvimento do povo angolano. ‘Estamos confiantes de que com a diversificação da economia e a melhoria do ambiente de negócios, Angola terá mais investimentos estrangeiros, haverá maior cobertura de postos de trabalho para os angolanos’, considera. Ministro procede à abertura das festividades do 11 de Novembro Sempre com o foco no desenvolvimento, o titular do departamento ministerial responsável pela segurança interna aproveitou a oportunidade para proceder ao lançamento das celebrações do 45º aniversário da independência nacional, a assinalar-se a 11 de Novembro, programadas para decorrerem em todo o território nacional até ao dia 30 de Dezembro de 2020. Por este facto, realça Laborinho, o Presidente da República criou uma comissão interministerial que tem trabalhado para que todos celebrem efusivamente as conquistas de Angola até aqui alcançadas. O governante exorta o envolvimento colectivo e individual de todos às celebrações, que decorrem sob o lema ‘45 anos- unidade, estabilidade e desenvolvimento’.

Presidente da República, João Lourenço, durante o corte da fita

O

Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, ontem, na zona dos Ramiros, município de Belas, em Luanda, o Instituto Politécnico das Pescas (Cefopescas).

A edificação do Instituto Politécnico de Pescas contou com um financiamento de 98 milhões de dólares americanos do Reino de Espanha. O estabelecimento de formação está implantado numa área de cinco hectares e conta com salas de aula, laboratórios, bibliotecas e oficinas para práticas. Com capacidade para mil e 836 alunos, em três turnos, a sua construção começou em 2016 e vai formar quadros de nível médio, nas especialidades de mestre costeiro-pescador e de técnicos de máquinas, de motores navais, instalações navais, aquicultura, tecnologia de pescado, biologia marinha e de recursos pesqueiros. Poderá ministrar cursos básicos de marinheiro-pescador, contra-mestre pescador, motorista-maquinista prático, assistente de electricidade naval, electromecânico de frio, auxiliar de processamento, manuseamento e conservação de pescado. Auxiliares de carpintaria naval e de soldadura, além de diversos cursos profissionalizantes de curta duração po-

derão ser ministrados no Cefopescas. No âmbito da cooperação com o Reino de Espanha, foram formados 19 quadros angolanos, num modelo de transferência pedagógica, nas melhores escolas naúticopesqueiras da Espanha, como no próprio centro. Durante os três anos de execução do projecto, foram garantidos empregos a mais de mil 200 angolanos, na sua maioria residentes na comuna dos Ramiros, garantindo actualização profissional e a inclusão nos quadros do instituto. O complexo, a beira-mar, é composto por um edifício principal, com salas para aulas teórico-práticas, três laboratórios, biblioteca, oficinas de simulação técnica e área administrativa, com gabinetes para professores. Tem no seu último piso uma estacão de rádio e simuladores do sistema mundial do socorro e segurança marítima. O edifício para práticas tem oficinas de pesca e tratamento, carpintaria naval, motores, soldadura e mecanização, além de contar com um barco-escola. O Cefopescas conta também com refeitórios, edifícios para alojar 310 alunos e 24 residências para professores, do tipo T3 e espaços para desporto e lazer.


SOCIEdAdE

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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

Falta de balneários públicos e deixa cidadãos sem alternat Balneário do lLargo das Escolas no 1º de Maio

Muitos balneários públicos espalhados pela cidade de Luanda estão inoperantes, segundo constatou uma equipa de reportagem de OPAÍS. Preocupados com a situação, alguns cidadãos confessam não terem outras escolha, se não, quando necessário, fazer as suas necessidades fisiológicas em locais impróprios, uma situação prejudicial para a saúde e o ambiente

Texto: Maria Teixeira Fotos: Pedro Nicodemos

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falta de casas de banhos públicas em várias áreas da cidade de Luanda tem deixado cidadãos sem alternativa, sendo que mui-

tos sentem-se obrigados a fazer as necessidades em locais proibidos. Para João André, estudante, essa situação seria ultrapassada com a reabilitação das casas de banho públicas, espalhadas pela urbe luandense, e não prejudicar o ambiente. “A cidade de Luanda alberga hoje milhões de habitantes, pelo que não se justifica a escassez de casas de banho públicas para que os cidadãos, que diariamente andam pela cidade, possam, em caso de necessidade satisfazer as necessidades fisiológicas”, frisou, sublinhando que os balneários existentes continuam a ser um autêntico problema. No 1º de Maio, por exemplo, a nossa equipa constatou que o único urinol público que lá existe não funciona todos os dias por falta de água e devido ao avançado estado de degradação, segundo um dos responsáveis pela sua manutenção. Sob condição de anonimato, com medo de sofrer represália, o jovem explicou que a falha do funcionamento tem a ver com a falta de água canalizada que deixou de jorrar nas torneiras há muitos anos. “A administração local só dá água quando lhes apetece. Muitas vezes tenho de manter fechado por falta desse líquido. As pessoas para usarem esse balneário pagam um valor ínfimo que ronda de 20 a 50 kwanzas. Dinheiro que uso para comprar papel higiénico e, às vezes, água”, afirmou.


O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

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em Luanda tiva

Para ultrapassar a morosidade da própria representação do governo, o nosso interlocutor vê-se, muitas vezes, obrigado a recorrer à União dos Escritórios Angolanos, que oferece água para manter o balneário disponível às pessoas. Apesar disso, as condições continuam a não ser das melhores. Ao entrar no recinto, podemos constatar que o lado feminino já não funciona, razão pela qual as senhoras são obrigadas a utilizar a ala masculina, o quemuitas vezes cria constrangimentos. O referido espaço também não possui condições. As sanitas encontram-se encardidas e sem condições para a sua utilização. Muitas pessoas que usam esses sanitários correm o risco de contrair doenças graves de infecção, segundo um especialista. Urge a necessidade de reabilitação Maria Makiesse, que frequen-

ta essa zona quase todos os dias úteis da semana, disse que uma vez já tentou usar o referido balneário, mas viu-se obrigada a desistir em função das condições que encontrou no seu interior. “Esse balneário não funciona todos os dias. No entanto, das poucas vezes que abre as portas só os rapazes conseguem utilizálo, porque a parte feminina não funciona. Por outra, nunca tem água, nem papel higiénico”, frisou. A jovem acrescenta que “isso está aqui e não serve para nada. Deviam reabilitar para o bem da população. Muitas vezes urino em locais impróprios”, confessou. Por sua vez, António Massango, descreveu a carência de casas de balneários públicos como um dos factores que contribui para a deformação do visual da cidade. “Temos um número ínfimo de latrinas activas, mas muitas já não funcionam. Deixa dizer que este facto leva com que os citadinos acabam defecando e uri-

nando em lugares impróprios, não medindo esforços para satisfazer suas necessidades biológicas”, afirmou.

“Nós sofremos todos dos dias devido a falta de casas de banhos públicas. Eu durmo aqui em frente à igreja da Sagrada Família por misericórdia. Muitas vezes que estou apertada faço as minhas necessidades em locais impróprios. Apenas me cubro com pano”

Um contributo à proliferação de várias doenças De acordo com Massango, a falta de latrinas tem contribuído para a proliferação de várias doenças, como a cólera. Segundo ela, é fundamental que se reflita em torno disso, pois, numa cidade com situações do género, a população vai certamente fazer uso de locais públicos. “Luanda já é uma metrópole e das mais activas de África. É im-

pressionante o facto de quase não ter urinóis activos... Isso prejudica a imagem da cidade, uma vez que os citadinos ficam com poucas opções de satisfazer as suas necessidades maiores e menores.”, disse, realçando que isso se agudiza “pelo facto de também sermos uma cidade pouco instruída e muito ignorante”. A jovem advogou a necessidade urgente de se aumentar os urinóis pela cidade a fim de se evitar a proliferação de doenças e ataques ao meio ambiente. Para ela, muitas escolas e outras instituições públicas estão servindo de latrinas por falta destas.

Maria Francisco

“Sofremos todos os dias por falta de balneário”

“É tanto sofrimento que se vive nessa cidade que há pessoas que não têm noção. Angola já não tem mais desenvolvimento. Estamos a sofrer. Aqui nós urinamos nas paredes, correndo o risco ser violada por vários jovens” Domingas Morais

Maria Francisco, residente na comuna do Funda, em Cacuaco, tem a nora hospitalizada há mais de uma semana no Hospital Militar, cidade de Luanda. Com isso, vê-se inúmeras vezes em situação difícil quando precisa de satisfazer uma das necessidades fisiológica devido à falta de balneários públicos. Ela diz passar vergonha diante da polícia local, nessas circunstâncias. “Nós sofremos todos os dias devido à falta de casas de banhos públicas. Eu durmo aqui em frente à igreja da Sagrada Família por misericórdia e muitas vezes que estou apertada faço as minhas necessidades em locais impróprios. Apenas me cubro com pano”, contou. A mesma opinião é partilhada por Domingas Morais. Disse ser um sofrimento que nunca acaba. “É tanto sofrimento que se vive nessa cidade que há pessoas que não têm noção. Angola já não tem mais desenvolvimento. Estamos a sofrer. Aqui nós urinamos nas paredes correndo o risco ser violada por vários jovens que aqui passam”, disse. Os nossos interlocutores apelam o Governo Provincial de Luanda a construir balneários em várias áreas da cidade para evitar que os cidadãos sejam obrigados a recorrem ao campos baldios e noutros espaços. Agachadas, cobertos com panos ou meios desnudos, depositam dejectos humanos em locais inapropriados. Recordaram que em tempos idos todos os largos do centro da cidade tinha um balneário público, mas estragaram por falta de manutenção. Porém, nem tudo está mal. A nossa equipa também constatou alguns balneários públicos, como o da Ingombota, que funcionam bem e todos os dias.


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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

Cerca de sete milhões de livros do ensino primário começam a ser distribuídos hoje DR

Os livros estão a ser depositados nos armazéns da Cimianto e de seguida distribuídos nas repartições municípios, tendo estas a obrigação de fazer chegar às escolas a fim de ser distribuidas aos alunos da iniciação até a 6ª classe Stela Cambamba

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erca de sete milhões de livros do ensino primário, da iniciação até à 6ª classe, começam a ser distribuídos hoje nas escolas de Luanda, entretanto, a prioridade recai para os municípios de difícil acesso, sobretudo os que não foram contemplados no ano passado, garante o director do gabinete provincial da Educação, Narciso Benedito. Explicou que os manuais não são para serem armazenados nas repartições municipais, mas sim para distribuírem às escolas e es-

Ainda está semana vai chegar nove camiões de livros, que farão um total de 39 títulos

tas, consequentemente, deverão fazer chegar aos alunos que não têm livros por várias razões, tais como climáticas, difícil acesso, entre outras. Ainda esta semana deve chegar nove camiões de livros, que farão um total de 39 títulos, sendo que até ontem já tinham chegado a Luanda quatro títulos, entre os quais fichas da iniciação 1 e 2, matemática da primeira e da

terceira classe. O director da Educação disse que as escolas foram orientadas a recolher livros no final do ano lectivo e os mesmos serão entregues aos outros alunos em 2021, apesar de que nem todos estudantes devolveram os manuais no ano transacto por diversas razões. Por este facto, não se consegue recuperar o mesmo número de livros entregues e, ainda as-

Adolescente com problemas de correcção de intestinos evacuada para Luanda DR

Uma adolescente de 13 anos, que durante um ano e quatro meses ficou acamada e a fazer actividades fisiológicas por via de sonda, devido a uma cirurgia de febre tifoide supostamente mal sucedida foi, ontem, evacuada para uma das unidades sanitárias especializadas em Luanda

sim, as escolas deverão entregar o material ao aluno. Narciso Benedito esclareceu que por conta de diversas situações nem todas as escolas conseguiram organizar as listas e fixar em tempo oportuno de modo que os alunos pudessem saber o horário e as respectivas salas. Por essa razão, hoje decorrerão em simultâneo várias operações, designadamente, de regresso às

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sta será a terceira vez que a adolescente será submetida a uma intervenção cirurgíca de correcção de intestinos por causa de uma febre tifoide em estado avançado. As duas ocorreram em 2018, no município do Soyo. O director-geral do hospital municipal do Soyo, Pedro António, que acompanhou a eva-

O director-geral do hospital municipal do Soyo, Pedro António, que acompanhou a evacuação da adolescente explicou, à imprensa

aulas, consultas das listas e início de distribuição dos livros. Por outro lado, o director do Gabinete Provincial da Educação de Luanda apela aos pais e encarregados de educação a levarem os seus educandos à escola hoje, tendo em conta o arranque do ano lectivo. Garantiu que os professores não vão faltar no primeiro dia de aula, porque se comprometeram no acto da abertura do ano lectivo a comparecerem nas escolas. “Por forma a inverter o quadro de não cumprimento das orientações, os profissionais da Educação realizaram várias reuniões, onde se comprometeram em estar presente no dia 5 para o arranque das aulas, reforçando no acto de abertura”.

Os manuais não são para serem armazenados nas repartições municipais, mas sim para distribuírem as escolas e estas cuação da adolescente explicou, à imprensa, que, tudo se fez a nível local, mas devido ao estado crítico da paciente entendeu-se transferir a mesma para a capital do país, onde existem serviços médicos especializados. Por sua vez, a avó da paciente, Filomena Manuel Francisco, agradeceu a todos que directa ou indirectamente contribuíram para a evacuação da sua neta para Luanda. A administradora municipal do Soyo, Lúcia Maria Tomás destacou os esforços do governo provincial do Zaire e de outros órgãos de estrutura central que disponibilizaram o avião para a evacuação da paciente.



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Longa-metragem “2 Mundos” fundida pelo amor incondicional A película, com a assinatura da Power

House, está avaliada em cerca de 23 milhões de kwanzas

CEO da Power House, Hochi Fu

Adjelson Coimbra

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pro dutora angolana Power H o u se apresentará, em Maio deste ano, o fi lme “2 Mundos”, que vem reforçar o apelo do poder e incondicionalidade do amor conjugal. Seg undo o responsável da produtora, Hochi Fu, que falava em exclusivo a O PAÍS, o fi lme retrata a história de um casal de classes sociais distintas. A rapariga é fi lha de uma pastora e de um empresário bem-sucedido, ao contrário do rapaz que é órfão de pai e mãe, e neto de uma zungueira. O destino junta-lhes em nome do amor, sem saber que o futuro lhes reserva inúmeros problemas. “Neste fi lme temos várias mensagens. Mas a principal é o amor que sempre vence e não tem fronteiras, raça, nem classes sociais”, disse Hochi Fu. O produtor realçou que pretende-se, com este fi lme, passar uma lição de moral perdida em Angola há bastante tempo. “Vês raparigas a apaixonaremse e vão atrás do amor, mas não suportam os companheiros sem

recursos”, acrescentou. Para Hochi Fu, quem hoje não tem nada pode vir a ter nos próximos dias. “É fundamental que os homens estejam a ser alicerçados pelas companheiras, porque por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher”. dificuldades Para a realização deste fi lme, Hochi Fu admite que enfrentou inúmeras dificuldades, e uma delas foi na contratação de alguém profi ssional para facilitar o trabalho. “Não tivemos pessoas muito profi ssionais, mas tivemos pessoas que aprenderam connosco e estiveram dispostas a batalhar. Isso foi muito importante para a Power House”, disse. Uma outra dificuldade a que se referiu Hochi Fu foi com os locais para o desenrolar da cena do fi lme e a gestão da logística.

Muitas coisas rolaram em torno do financiamento. Mas conseguimos cumprir com o nosso dever de superar o primeiro filme e os restantes no mercado”

“Muitas coisas rolaram em torno do fi nanciamento. Mas conseguimos cumprir com o nosso dever de superar o primeiro fi lme e os restantes no mercado”, acrescentou. Não obstante esses factores, Hochi Fu espera que o público venha a gostar do fi lme, com duração de duas horas e 20 minutos. Refira-se que a Empresa HG Martins foi a produtora executiva do fi lme e a pós-produção sonora esteve a encargo da Dream Records. Além de Nataniela Simões e Mário Suendes, como protagonistas, 2 Mundos teve a participação de Carlos Alves e Domingas Mendes. Hochi Fu disse ainda a O PAÍS que o seu segundo fi lme já está escrito, sem avançar mais dados garantiu que só está a espera de fi nanciamento para arrancar com a fase de produção.


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Trinta e oito grupos carnavalescos inscritos para a edição 2020 do Carnaval no Moxico DR

Para maior organização, a Comissão

Preparatória do Entrudo exigirá que cada grupo carnavalesco tenha no mínimo 50 foliões e um máximo de 140

T

rinta e oito grupos carnavalescos da província do Moxico, dos quais 19 na classe infantil, estão inscritos para o Carnaval 2020, que acontece entre 24 a 25 deste mês. O porta – voz da Comissão Preparatória do Carnaval, Paulo Salvador Cacoma, adiantou a Angop que encerradas as inscrições, a fase seguinte consistirá na formação dos responsáveis dos grupos sobre as técnicas que regerão o entrudo.

A intenção é ver melhorada a manifestação cultural, em comparação com a edição anterior (2019), em termos de dança, música, alegoria e outras propicias no entrudo. O título, na categoria de adultos, está em posse do grupo Daniel Bernardo e Nelson Condes (DBNC), enquanto o Baffus Produções é o campeão na classe infantil. Os restantes oito municípios não realizam desfile do Carnaval por alegada falta de condições para o efeito.

DR

Livro sobre dificuldades dos estudantes no estrangeiro é lançada no Lubango O recém-lançado volume homenageia a juventude estudantil an-

golana no exterior, associada à persistência em continuar os estudos

U

ma obra literária com o título “Sol Mulembeiral”, do autor Capui Lara, acaba de ser lançada na cidade do Lubango, província da Huíla. O livro, composto 50 poesias, menciona as dificuldades por que passam os estudantes angolanos no exterior do país. Segundo o autor, a obra homenageia a juventude estudantil angolana no exterior, associada à persistência em continuar os estudos. Questionado quanto aos moti-

vos que o levaram a escrever a referida obra,Capui Lara salientou que foi pela experiência de ter sido um estudante bolseiro na República do Chile e pelo gosto pela escrita, tendo acrescentado que, apesar dos obstáculos, existe uma realidade inalterável onde todos devem resistir e ultrapassar com coragem. Justificou que a expressão “Sol” deu-se pelo facto de ser a única estrela difícil a “mão humana mortal” conseguir usurpar para benefício próprio e sendo um astro que queima, o homem de-

ve usar para beneficiar positivamente a sua vida. Encorajou os jovens escritores a não apressarem a publicar as suas obras, mas que tenham urgência em aprender a cada dia aspectos ligados à literatura, para poderem resistir a escala temporária. João Lara Macuva Hotalala, 32 anos, é autor dos livros “Gravidez de um Pôr-do-sol”, em 2011, “Latidos do Sol”, todas em poesias ligadas à academia e agora o título “Sol Mulembeiral”.


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CArTAZ

O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

Festivais

Cinemas portugueses e de Angola sem leaks são aposta do festival de Roterdão DR

O Festival de Cinema de Roterdão, que terminou este fim-de-semana, voltou a apostar com insistência no cinema português. Mosquito foi a maior sensação, mas de Angola surgiu a grande coqueluche desta edição, “Ar Condicionado”, um conto mágico numa Luanda sem leaks e com ar condicionados a voar

S

empre foi um caso de amor bonito este do Festival de Roterdão e o cinema português. No último ano do mandato do director artístico Bero Beyer não houve excepção. Apesar dos júris das diversas secções não terem querido nada com o cinema nacional, 2020 foi contundente para Portugal. Em produções nacionais ou coproduções com o Brasil, o primeiro grande festival do ano viu um fulgor português que vai deixar marcas. A começar pelo impacto tremendo que “Mosquito”, de João Nuno Pinto, provocou. Filme de abertura do certame, “Mosquito” foi alvo

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Chadwick Boseman é um detective da polícia de Nova Iorque que tem de capturar os responsáveis pelas mortes de vários polícias. O detective vê-se envolvido numa complicada e inesperada conspiração. Kilamba Sala 4 13:00 - 15:20 - 17:40(2) - 20:20(2) - 22:40(1) Nova Vida Sala 2 13:00 - 15:20 - 17:40(2) - 20:20(2) - 22:40(1) Talatona Sala 1 13:00 - 15:20 - 17:40(2) - 20:20(2) - 22:40(1) (1)

Apenas dias 20 e 21 de Dezembro (2) Excepto dia 24 de Dezembro

te. Esperemos que este pequeno grande tratado existencialista encontre vida comercial nos cinemas portugueses. Outra das pérolas de Roterdão também foi coproduzida entre Portugal e o Brasil. Chama-se “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, com Catarina Wallenstein e Isabél Zua, e é uma fascinante exploração na primeira pessoa das heranças da identidade brasileira. Vai do Brasil do começo do século passado até um Moçambique que exportava escravos, passando ainda por uma Lisboa racista dos nossos dias. Cinema livre e com o dedo nas feridas do colonialismo, é uma espécie de pesadelo ou sonho tropical que se apoia numa história de um cineasta a tentar filmar o mito do seu avô, que sonhava fazer fortuna em África. Uma viagem sobre as fronteiras de um trauma de mestiçagem e dos novos caminhos do nacionalismo.

de uma torrencial leva de elogios e, segundo o próprio realizador, convidado desde logo para um substancial circuito nos festivais internacionais. O filme conta a história do avô do realizador, Zacarias, um soldado português que em 1917 se perdeu do seu pelotão em Moçambique, em plena acção militar da Primeira Guerra Mundial. Obra em estado de transe, marcada por um trabalho sensorial de câmara e com um João Nunes Monteiro a revelar-se por completo. Será também uma fita capaz de reabrir feridas acerca do colonialismo português em África... Mais brasileiro do que português,

“Desterro”, de Maria Clara Escobar, com o dedo do colectivo português Terratreme, foi outro dos destaques. História de uma jovem mãe em viagem entre o Brasil e a Argentina ou uma crónica sobre o mal-estar do quotidiano de um casal de São Paulo. Obra de rupturas poéticopunks, “Desterro” vive de silên-

cios desconcertáveis, daquilo que não se diz na intimidade das “vidas normais” mas explode em momentos “musicais”, um deles ao som de Ana Maria, clássico do Trio Odemira. Maria Clara Escobar prova que é uma das cineastas mais fiáveis do novo cinema brasileiro num retrato de mulher com um fôlego e prenúncio de mor-

CELEBrIdAdES

ÓBITO

MÚSICA

LUTO

Viúva de Kobe Bryant presta emotiva homenagem à filha

Ensaísta e crítico literário George Steiner morre 90 anos

Shahryar Mazgani: “Quanto mais português sou, mais iraniano me sinto

Guitarrista de Iggy Pop e Bowie morreu aos 71 anos

Ainda em choque com o trágico acidente de helicóptero que matou o marido, Kobe Bryant, a filha, e outros sete tripulantes, Vanessa Bryant surpreendeu os que a seguem no Instagram com uma homenagem que fez à sua menina. Na rede social, a viúva de Kobe publicou uma fotografia da pequena Gianna, de 13 anos, a usar uma camisola com o número 24, o mesmo número do pai na equipa Los Angeles Lakers, e a segurar numa bola de basquetebol. Uma imagem que chegou acompanhada de uma mensagem emotiva. “Ver a minha pequena menina a sorrir e feliz novamente com uma bola de basquetebol debaixo do braço, embrulhada em amor, aqueceu o meu coração”, escreveu.

O crítico e filósofo George Steiner, um dos maiores intelectuais do Séc. XX, morreu esta Segundafeira aos 90 anos na sua residência em Cambridge, Reino Unido, noticiou o New York Times. George Steiner, que nasceu em Paris em 1929, marcou a crítica literária no Século XX, com mais de 30 anos a escrever para a Revista New Yorker e várias obras de literatura comparativa sobre autores como Tolstoi e Dostoievski, bem como ensaios e ficção literária. Foi professor nas universidades de Princeton, Cambridge, Genebra, Oxford e Harvard.

Ao sexto disco de originais, Mazgani tirou o pé do acelerador, mas continua a avançar em marcha de urgência. Aos 45 anos e já com uma vasta discografia, iniciada há já 13 anos, com o álbum de estreia “Songs of the New Heart”, o músico e cantor luso-iraniano tem cumprido à risca o vaticínio feito em 2005 pela revista francesa Les Inrockuptibles, que então o incluiu, entre cerca de sete mil candidatos, na lista dos melhores projectos musicais da Europa. Desde então, revelou-se um dos mais talentosos escritores de canções da música portuguesa da última década.

O guitarrista, autor e produtor checo Ivan Kral, que tocou com Patti Smith, Iggy Pop e David Bowie, morreu no Domingo aos 71 anos, disse a sua mulher nas redes sociais. De acordo com a declaração da esposa, publicada no ‘Twitter’, Ivan Kral foi vítima de cancro e morreu em casa, no Michigan, Estados Unidos. Ivan Kral, que nasceu na Checoslováquia em 1948, logo após a tomada do poder pelos comunistas, mudou-se para os Estados Unidos com os pais, em 1966. Como guitarrista, em 1974, tocou com Debbie Harry, vocalista da banda “Blondie”, tendo integrado o grupo de Patti Smith, em Nova Iorque.

Fonte: Diário de Notícias



ECONOMIA

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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

Angloamerican entra no mercado angolano com prospeção de quatro metais este ano A mineira Anglomerican vai começar este ano os trabalhos de

prospeção para metais básico no país, anunciou o CEO da empresa, Mark Cutifani, à margem do Indaba Mining, que decorre na Africa do Sul, cidade do Cabo Patrícia de Oliveira

O

CEO da Angloamerican, Mark Cutifane, avançou que a empresa que dirige pretende concluir os acordos entre a multinacional e Angola. Caso as partes estejam em sintonia, os trabalhos de prospecção dos minerais terão início. A multinacional mineira assinou cinco contratos de investimento mineiro com o MIREMPET no mês de Novembro de 2019. Deste número, três estão no Cunene, para metais básicos, nomeadamente cobre, cobalto e niquel, e dois no Moxico, para cobre, cobalto e prata. “Este ano começam os trabalhos de prospecção. Esperamos que os acordos venham a ser benéficos para as comunidades angolanas, bem como para a Angloamerican”, explica. Na sua intervenção, o ministro

A nova lei do investimento privado concede múltiplas facilidades aos investidores e as instituições angolanas darão todo o apoio necessário aos investidores” diamantino Azevedo

Este ano começam trabalhos de prospecçãoda Angloamerican

dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, convidou as grandes empresas internacionais a investirem na mineração em Angola. Ressaltou que o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e o do Interior criaram nas instalações do primeiro organismo um posto para concessão de vistos a investidores do sector de recursos minerais. Segundo o responsável, o Executivo angolano esboçou um programa de diversificação da economia, além do petróleo, sendo a mineração um dos desafios dessa diversificação económica com o investimento privado. “A nova Lei do Investimento Privado concede múltiplas facilidades aos investidores e as instituições angolanas darão todo o apoio necessário aos investidores”, explicou.

Anglo American aumenta para 4% a produção no 3º trimestre de 2019 A Anglo American divulgou, no ano transacto, que sua produção total em base equivalente de cobre aumentou 4% no terceiro trimestre de 2019 no período homólogo, graças em parte à ampliação das operações no projecto brasileiro de Minas-Rio, após uma paralisação temporária em 2018. Apenas no Minas-Rio, a produção de minério de ferro entre Julho e Setembro foi de 6,1 milhões de toneladas. Diante do forte desempenho, a Anglo elevou sua expectativa de produção no Minas-Rio este ano para uma faixa de 20 milhões a 22 milhões de toneladas. Anteriormente, a previsão era de 19 milhões a 21 milhões de toneladas

Nova fábrica de lacticínio começa a operar este mês Denominada Gulkis, a nova unidade industrial de lacticínios

conta com uma capacidade para produzir 100 mil litros de leite líquido e 25 mil litros de leite condensado por dia

Brenda Sambo

L

ocalizada na Zona Económica Especial de Viana (ZEE), numa área de mais de 300 metros quadrados, a nova unidade industrial do grupo Gulkis entra em funcionamento ainda este mês, antecipou a OPAÍS o director executivo da Gulkis, Sagar Mukhida. A produção em grande escala, que esteve prevista para o mês passado, não aconteceu por causa de alguns problemas

técnicos. Mas, ainda assim, o responsável garantiu que o problema foi resolvido e tudo está pronto para dar inicio a produção. “ Em breve, a empresa tem intenção de colocar os produtos no mercado, e , a partir deste mês, iniciar a produção em grande escala”, disse Sagar Mukhida A fábrica, que pertencente ao grupo indiano Gulkis, vai produzir leite condensado, leite líquido, iogurte, natas, leite de côco e farinha de trigo. O empresário explicou que o equipamento para a instalação da fábrica é proveniente da França. Referiu ainda que a capacidade instalada de produzir 100 mil li-

tros de leite líquido e 25 mil litros de leite condensado por dia é suficiente para abastecer o mercado interno e outros outros países. Adiantou também a in tenção de produzir outros produtos da cesta básica, como o arroz, a massa alimentar, o açúcar e tomate concentrado. A Gulkis é igualmente responsável pela produção de material para embalagem de produtos desde as latas e embalagens. Até ao momento, a fábrica já criou mais de 200 postos de trabalho, 180 dos quais para nacionais. Gulkis é uma empresa de direito angolano fundada em 2018. Representa também as marcas Uami, Gulvin e Boa Marca.

A empresa encontrar-se equipada com tecnologia avançada e aplica os métodos de higiene da produção


ECONOMIA rEAL

análise económica

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“Sempre que o Governo tentou criar crescimento económico através de programas de crédito esbanjou dinheiro” O professor de Macroeconomia, Yuri Quixina, defende a simplificação do sistema fiscal, para evitar fuga ao fisco. a análise do Economia Real desta edição destacou o alargamento do pagamento do IPU e a entrada do BPC ao PAC

A AGT alargou o prazo de pagamento da primeira prestação do Imposto Predial Urbano para final de Abril, devido às dificuldades financeiras das famílias. A AGT foi generosa? Não, aqui não há generosidade em relação a isso. É estratégia da AGT, porque o rendimento das famílias está a derreter. Isso também permite evitar que as famílias fujam ao fisco. Quando a economia recua, as famílias ficam sem capacidade para honrar compromissos, quer em despesas de consumo quer em despesas do Estado. Mas também junta-se aqui a falta de cultura de pagamentos de imposto. Temos uma economia que dependia apenas do petróleo. Eram os impostos petrolíferos que faziam andar a economia. O Gover-

no também não se importava muito com os impostos não petrolíferos, porque era forma, também, de manutenção do poder político. A AGT admite a possibilidade de revisão do regime fiscal do património imobiliário. Será caminho para a simplificação do sistema fiscal, de modo geral? Em crise económica, excesso de desemprego, pressupõe que há destruição de riqueza. Não há renda. As administrações tributárias nesses cenários tornam-se flexíveis, de modo ajudar as famílias e as empresas contribuírem para o crescimento económico. Essa é uma estratégia para os países saírem, também, da crise.

Mariano Quissola / Rádio Mais

O

BPC entra para a lista dos bancos que vão operacionalização o Programa de Apoio ao Crédito (PAC). Qual é a sua opinião, tendo em conta que o banco ainda tem um malparado por resolver? Seria novidade se o BPC não fizesse parte do Programa de Apoio ao Crédito, porque é do Estado. É um casamento perfeito. Mas o resultado é uma incógnita. O que me preocupa é mão invisível do sector público. A história nos diz que quando o banco público entra nesse processo, o crédito vai aos privilegiados. O que chama considera de ‘mão invisível’? É o interesse das instituições que concedem crédito, como o dinheiro dos impostos dos cidadãos. O banco público está sempre ligado aos interesses políticos. Uma das razões que nos levaram à crise foram os programas de créditos. Nas últimas décadas, sempre que o Governo tentou criar crescimento económico, através de programas de crédito, estragou o crescimento ou esbanjou dinheiro. Quem vai pagar o diferencial da taxa de juros é o povo, através dos impostos. Porque a taxa do PAC é de 7,5% e no mercado está acima de 15%. Devia-se evitar os bancos públicos nesses processos.

O país celebra 10 anos da Lei Constitucional, numa altura em que a narrativa geral vai para o sentido da sua revisão.

O que devia mudar na perspectiva económica? Há um parágrafo na Constituição que define o Estado como coordenador da actividade económica. Quem coordena deve ser aquele que cria riqueza, deve ser o mercado. As famílias e as empresas. O Estado não faz negócio. O Governo tem que ser como a figura do guarda na discoteca que fica na porta. Não pode entrar para dançar, senão não haverá ordem. Precisamos colocar na Constituição a livre iniciativa e o liberalismo, o capitalismo de livre mercado, em que as famílias é que fazem economia. O Estado foi criado para desempenhar três funções fundamentais: salvaguardar e proteger a vida, proteger o património privado e salvaguardar a nossa liberdade.

SUGESTÃO DE LEITURA: TÍTULO dA OBrA: “A mulher de três maridos” AUTOr: Augusto Sapengo Ano de lançamento: 2020

FrASE PArA PENSAr: “O sucesso de uma reforma estrutural exige convicções, princípios e comprometimento”, Yuri Quixina, economista.

O Governo não se importava muito com os impostos não petrolíferos, porque era forma, também, de manutenção do


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MErCAdOS

Mercado TAXA DE JURO Taxas de Juro Taxa BNA Libor USD 6M Libor GBP 6M Libor JPY 6M Euribor 6M Luibor 6M

Cot. 31/08/19 15,500% 1,763% 0,745% 0,017% -0,337% 19,740%

Libor USD 6 Meses 1,820

∆ Diária (p.p) 0,000 -0,042 -0,003 -0,003 -0,014 0,010

1,760

Mercado ACCIONISTA Índices Accionistas Cot. 31/08/19 Dow Jones (EUA) 28 415,76 S&P 500 (EUA) 3 239,15 FTSE 100 (Inglaterra) 7 287,45 Bovespa (Brasil) 113 398,60 CSI 300 (China) 4 003,90 Nikkei 225 (Japão) 23 205,18

∆ Diária (%) -1,980 -1,709 -3,935 -4,205 -3,099 -2,610

Cot. 31/08/19 492,4362 1,1083 1,3189 108,4200 14,9508 4,2833

28.510

Cot. 31/08/19 51,52 58,07 1 587,50 18,09 1,85 252,80

Mercado Cambial A mo e da ú n ica e u ro p e ia va lor i zou 0 , 5 3 % , ao s it ua r - se e m 1 , 10 8 3 U S D p or u n idade de mo e da . O de se m p e n ho te rá s ido f u nda me nta -

1,107 1,101 1,095 25/Jan

27/Jan

29/Jan

62,0 60,0 58,0 56,0 25/Jan

27/Jan

29/Jan

31/Jan

Luibor 1 Ano Cot. 31/08/19 19,97 19,72 19,75 19,74 20,05 21,19

∆ Diária (p.p) 0,010 0,040 -0,010 0,010 0,160 0,020

Mercado de Matérias-primas O s pre ços do W T I e o do Bre nt f i xa ra m - se e m 5 8 , 07 e 5 1 , 5 2 U S D / ba r r i l , u ma re dução de 4 , 9 % e 4 , 3 % , re s p e c t i va me nte , e m con se q uê nc ia do au me nto

As taxas de juros no mercado monetário interbancário seguiram tendência ascendente na generalidade das maturidades, com

21,20% 20,60%

27/Jan

29/Jan

da s i nce r te z a s e m re lação a pro c u ra globa l da com mo d it y a s so c iado ao coronav í r u s q ue teve or ige m na C h i na .

Luibor

21,80%

20,00% 25/Jan

do p elos aj u s ta me ntos da s ex p e c tat iva s dos i nve s t idore s e m rela ção a s a ída do Re i no Un ido da Un ião Eu ro p e ia .

31/Jan

BrentC rudeF ut.

∆ Diária (%) -4,927 -4,317 0,992 -0,155 -2,483 -5,812

í nd ice C S I 3 0 0 ( C h i na ) q ue d i m i nu iu 3 , 1 % , f i xa ndo - se e m 4 . 0 0 3 , 9 0 p ontos , re s p e c t iva me nte .

31/Jan

1,113

Luibor Taxas BNA Luibor O/N Luibor 1 Mês Luibor 3 Meses Luibor 6 meses Luibor 9 meses Luibor 1 Ano

29/Jan

EUR / USD ∆ Diária (%) -0,128 0,526 0,887 -0,787 3,869 2,408

Mercado Accionista O s re ce ios e m relação ao Coronav í r u s na C h i na p e na l i z a ra m os pr i nc i pa i s í nd ice s b ol s i s ta s , com ê n fa se ao

27/Jan

ma nute nção dos j u ros d i re c tore s e m 1 , 7 5 % na ú lt i ma re u n ião da Re se r va Fe de ra l nor te - a me r ica na .

31/Jan

28.720

Mercado DAS COMMODITIES Commodities WTI Crude Fut. Brent Crude Fut. Gold 100 Oz Fut. Prata Fut. Gás Natural Fut. Cobre Fut.

29/Jan

28.930

Mercado CAMBIAL Taxas de Câmbio USD/AKZ EUR/USD GBP/USD USD/JPY USD/ZAR USD/BRL

27/Jan

Dow Jones (EUA)

28.300 25/Jan

Mercado Interbancário A L i b or U S D a 6 me se s f i xou - se e m 1 , 76 3 % na ú lt i ma se s s ão da se ma na , u ma re dução de 4 , 2 p . b . , o q ue te rá s ido i n f lue nc iado p ela

1,790

1,730 25/Jan

O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

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excepção da Luibor 3 meses que reduziu 0,1 p.b. para 19,75%, com efeitos sobre o custo do financiamento à economia.



MUNdO

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UE deplora decisão dos EUA de voltar a utilizar minas antipessoais A UE critica a

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decisão anunciada pela Casa Branca, por considerar que vai contra a norma global contra minas antipessoais “que salvou dezenas de milhares de pessoas ao longo dos últimos 20 anos.

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União Europeia deplorou ontem Terça-feira a decisão dos EUA de voltar a autorizar a utilização de minas antipessoais nas suas forças militares, considerando-a contraditória com os esforços para banir estes engenhos, que vitimam sobretudo crianças. Em comunicado, o porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, começa por

Posição norte-americana é contestada por parceiros europeus

apontar que a decisão recentemente anunciada pela Casa Branca vai contra a norma global contra minas antipessoais “que salvou dezenas de milhares de pessoas ao longo dos últimos 20 anos”, e é uma contradição com os esforços que têm

sido feitos, incluindo pelos norte-americanos, para erradicar este armamento e prestar apoio às vítimas, na grande maioria crianças. “A convicção de que estas armas são incompatíveis com a Lei Humanitária Internacio-

nal levou 164 Estados a aderir à Convenção de Proibição as Minas Antipessoais, incluindo todos os Estados-membros”, aponta o comunicado divulgado em Bruxelas pelo portavoz do Alto Representante da UE para a Política Externa, que sublinha que “a sua utilização, onde e quando quer que seja, e por qualquer actor, continua a ser absolutamente inaceitável para a UE“. O corpo diplomático europeu lembra que “a UE e os EUA são ambos grandes doadores” à escala mundial para acções de limpeza de minas, educação para os seus riscos, assistência às vítimas e destruições destes engenhos, pelo que a decisão das autoridades norte-americanas de voltarem a permitir a sua utilização “não só é uma contradição directa com estas ações, como também afecta negativamente a ordem internacional baseada nas regras”. A concluir, a UE diz continuar a contar com os Estados Unidos para que continuem a ser “um parceiro” e um dos principais

países assistentes nas acções a nível mundial contra as minas antipessoais. Na última Sexta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão das restrições impostas em 2014 ao exército norteamericano em relação ao uso de minas antipessoais, conhecidas pelo grande perigo que representam para as populações. “Esta nova política vai permitir aos militares usarem, em circunstâncias excepcionais, minas antipessoais avançadas e não permanentes, projectadas especificamente para reduzir ferimentos a civis e parceiros de coligação”, explicita o comunicado emitido pela Casa Branca, em Washington, citado pela agência FrancePresse. Com esta decisão, Donald Trump reverteu uma medida tomada pelo seu antecessor, Barack Obama, A deliberação da actual administração norte-americana também vai contra o tratado de Otava, que proíbe o uso deste tipo de minas e que foi ratificado por 164 países. O tratado proíbe a utilização, armazenamento, produção ou transferência de minas antipessoais. Obama tinha proibido o uso destas armas, excepto na península coreana.

OMS diz que coronavírus ainda não é uma pandemia

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A epidemia do novo coronavírus que surgiu na China levou a

Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional

A

Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou ontem Terça-feira que a epidemia do novo coronavírus que surgiu na China não é ainda uma pandemia, segundo o Diário de Notícias. “Actualmente, não estamos em situação de pandemia”, termo que se aplica a uma situação de disseminação global de uma doença, disse à imprensa Sylvie Briand, directora do departamento de preparação global para os riscos infecciosos da OMS. “Estamos numa fase epidémica com múltiplos surtos”, acrescentou.

Desde que surgiu, em Dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, o novo coronavírus já provocou 427 mortos e infectou mais de 20 600 pessoas. Sylvie Briand lembrou que o berço da epidemia foi a província de Hubei. “A transmissão de homem para homem é intensa e as autoridades chinesas adoptaram medidas” para limitar a propagação da doença, acrescentou. “Esperamos que, com base nessas medidas tomadas em Hubei, mas também em outros lugares em que tivemos casos, possamos parar a transmissão e livrar-nos desse vírus”, sublinhou.

A responsável da OMS considerou que conter o vírus é um autêntico “desafio” devido à deslocação das populações e à facilidade de transmissão. “Não estou a dizer que é fácil, mas (...) achamos que é possível”. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infecção confirmados em 24 outros países. A OMS declarou na passada Quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adopção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Sylvie Briand, directora do departamento de riscos infecciosos da OMS


O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

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Moçambicanos em risco por falta de alimentos e dos ataques de insurgentes islãmicos

Cabo Delgado e Tete com maior insegurança alimentar em Moçambique A rede de vigilância humanitária Fews.net elaborou um relatório sobre a segurança alimentar em Moçambique. Alertou para as áreas afectadas pelos ciclones de 2019 e pelos conflitos armados no país

U

ma rede de vigilância humanitária alertou para as zonas afectadas por ataques armados em Cabo Delgado (norte) e áreas com baixos níveis de assistência em Tete (centro), que enfrentam uma crise alimentar e são as mais preocupantes em Moçambique. “Prevê-se que estes indicadores persistam até ao final da época de escassez [de produção], em Março”, indicou o último rela-

tório sobre segurança alimentar no país da Rede de Sistemas de Alerta Antecipado de Fome (Rede Fews, na sigla inglesa), que agrega organizações norte-americanas. A situação só não é pior no centro e sul porque a assistência alimentar humanitária está a minimizar os efeitos da destruição dos campos provocada pelo ciclones de 2019, assim como os efeitos da seca. Assim, a maior parte do mapa

“À medida que a assistência humanitária planeada chegar ao fim e as famílias enfrentarem uma terceira época consecutiva de fracas colheitas”

do país é pintada de amarelo, o que indica fase de stress de nível dois, numa escala de um a cinco, em que três equivale a ‘crise’, quatro a ‘emergência’ e cinco a ‘fome’. Seguindo as rotinas anuais, espera-se que a maioria das famílias pobres comece a ter acesso a alimentos da colheita principal em Abril, prevendo-se que grande parte do país melhore a condição de acesso a comida durante algumas semanas. No entanto, há riscos, alertou a Fews.net. Em Cabo Delgado, a crise poderá persistir por causa dos conflitos que fizeram com que as atividades agrícolas fossem interrompidas. E, no sul de Moçambique, a crise poderá ressurgir nos finais de Abril, “à medida que a assistência humanitária planeada chegar ao fim e as famílias enfrentarem uma terceira época consecutiva de fracas colheitas”. Há situações meteorológicas opostas a acontecer em simultâneo em Moçambique, um país com cerca de dois mil quilómetros de extensão, de nordeste a sudoeste. Em algumas áreas afectadas pelos ciclones de 2019, como Sofala, Zambézia e partes de Manica, há fenómenos severos, incluindo chuvas fortes e inundações, trovoadas, tempestades de granizo e ventos fortes. Isto deverá levar a “uma fase improdutiva maior até que se consiga colher do plantio pós-inundação, mais tarde do que o habitual”. Em contraste, o sul de Moçambique e partes do sul das províncias de Tete, Manica e Sofala “estão a enfrentar uma seca combinada com temperaturas anormalmente altas”, o que deverá levar a uma colheita “abaixo da média” pelo terceiro ano consecutivo. O cenário é agravado por uma subida de preços nos mercados. Os agregados familiares menos favorecidos “dependem fortemente da compra de alimentos nos mercados, no entanto, os preços anormalmente elevados dos cereais de milho estão a baixar o poder de compra”. Os preços dos grãos de milho aumentaram sazonalmente entre 5% a 30% de Novembro a Dezembro, e estão aproximadamente entre 65% a 120% acima dos níveis de 2018 e entre 40% a 95% acima da média de cinco anos. Os preços globais permanecem “bem acima da média devido à oferta abaixo do habitual” do lado da produção.

Antigo colaborador de Sarkozy indiciado por associação criminosa DR

Thierry Gaubert

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m antigo colaborador do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi indiciado por alegada associação criminosa para canalizar fundos do regime líbio de Muammar Kadafi que terão financiado a campanha presidencial de Sarkozy em 2007. Thierry Gaubert, de 68 anos, foi colaborador de Sarkozy quando este era ministro do Orçamento do Governo de Edouard Balladur, entre 1993 e 1995. Segundo disseram à Agência France-Presse fontes judiciais próximas do processo, Thierry Gaubert é suspeito de ter recebido uma transferência de 440 mil euros da empresa Rossfield, que pertence a Ziad Takieddine, um intermediário que também está acusado no processo. Segundo o advogado de Thierry Gaubert, a procuradoria francesa terá de abandonar a tese de financiamento político na audiência. Gaubert foi detido na Quinta-feira passada e indiciado no dia seguinte, o que abre caminho para a possível acusação de novos suspeitos, tal como um agravamento dos processos já em curso contra vários envolvidos, como o próprio Sarkozy, que foi presidente da República entre 2007 e 2012. A sentença no caso deverá ser proferida no dia 22 de Abril.


ACTUAL

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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Janeiro de 2020

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Ministério Público está a investigar verba em falta da CPLP para projecto em São Tomé

O Jacob Zuma encontra-se em tratamento em Cuba

Mandado de prisão para ex-Presidente sul-africano Zuma após falta em tribunal Os advogados do antigo chefe de Estado alegaram razões médicas. Zuma foi acusado de corrupção, lavagens de dinheiro e extorsão relacionadas com o negócio de armas na África do Sul em 1999

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m juiz da África do Sul emitiu um mandado de prisão para o ex-Presidente Jacob Zuma após este não ter comparecido em tribunal num caso de corrupção, mas a medida só será aplicada a partir de 6 de Maio, segundo o Observador. A South African Broadcasting Corporation informou ontem Terça-feira que o mandado foi emitido após a Procuradoria Nacional o ter solicitado. Jacob Zuma deveria ter comparecido perante o Tribunal Superior de Pietermaritzburg. Os advogados do antigo chefe de Estado alegaram razões médicas, tendo alguns relatórios referido que se encontrava em Cuba a receber tratamentos. Nenhum detalhe foi dado sobre o seu estado de saúde. Os advogados do antigo chefe de estado invocaram razões médicas ontem Terça-feira para justificar

a ausência do seu cliente perante o Tribunal Superior de Pietermaritzburg (leste). A juíza Dhaya Pillay disse que havia uma falta de “provas fiáveis”. “Um mandado de prisão para o acusado é emitido, mas suspenso até 6 de Maio de 2020”, afirmou. No final do ano passado, um tribunal indeferiu uma tentativa de Zuma recorrer de uma decisão que abriu o caminho para que ele fosse processado. O exchefe de Estado é acusado de receber subornos do fabricante de armas francês Thales através do seu antigo conselheiro financeiro Schabir Shaik, que foi condenado por fraude e corrupção em 2005. Zuma nega as acusações de corrupção, lavagens de dinheiro e extorsão relacionadas com o controverso negócio de armas na África do Sul em 1999. Jacob Zuma demitiu-se em 2018, por pressão do Congresso Nacional Africano, no poder.

s resultados da auditoria interna dizem que falta “apurar o destino final de 25.990 euros” referentes a 5 dos 6 pagamentos alegadamente feitos pela CPLP ao Instituto Mazal para desenvolver o projecto, segundo a Lusa. O Ministério Público de Portugal está a investigar o destino de verbas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para financiar um projecto de apoio ao artesanato em São Tomé e Príncipe, que alegadamente não chegaram a quem o realizou. O Projecto de Apoio ao Desenvolvimento da Produção de Artesanato em São Tomé e Príncipe (Fases II e III) foi aprovado na XXII Reunião dos Pontos Focais de Cooperação, em Março de 2011, em Lisboa, e arrancou em Julho de 2011, altura em que foram para o terreno os primeiros formadores. A iniciativa visou contribuir para o desenvolvimento socioeconómico de São Tomé e Príncipe através da criação de emprego e de rendimento, no segmento de artesanato, cabendo ao Instituto Mazal (brasileiro) a execução das actividades do projeto. Conforme confirmou à agência Lusa o secretariadoexecutivo da CPLP, “foram identificadas discrepâncias entre valores que constavam como entregues a colaboradores de entidades parceiras, que os destinatários contestaram haver recebido, aquando da prestação de contas“. De acordo com os resultados de uma auditoria interna concluída em Outubro de 2017, “encontra-se por apurar o destino final de 25.990 euros”, referentes a cinco dos seis pagamentos alegadamente feitos pela CPLP ao Instituto Mazal.

EUA devolvem 308 milhões de dólares por bens roubados ao povo nigeriano Os 308 milhões de dólares vão ser utilizados pela Autoridade Soberana Independente Nigeriana para três projectos de infraestruturas em zonas económicas estratégicas no país

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D epa r ta mento de Estado norteamericano anunciou ontem Terçafeira a assinatura de um acordo entre o Governo dos Estados Unidos, o Bailiado de Jersey e o Governo da Nigéria para a devolução de 308 milhões de dólares ao povo nigeriano, noticia o Observador. Na década de 1990, os bens foram roubados pelo ex-ditador militar Sani Abacha e colocados no exterior. Mais de 20 anos depois, os bens estão a ser devolvidos ao povo nigeriano, refere-se na nota. Os 308 milhões de dólares vão ser utilizados pela Autoridade Soberana Independente Nigeriana para três projectos de infraestruturas em zonas económicas estratégicas no país. Para assegurar que os fundos vão ser utilizados de uma forma responsável e para o bem da nação, o acordo inclui mecanismos de monitorização da implementação dos projectos, bem como

uma supervisão externa. O acordo exige que a Nigéria reembolse quaisquer fundos perdidos como resultado de corrupção ou fraude relacionadas com a conta estabelecida para reter os activos devolvidos. Esta devolução reflete o crescente consenso internacional de que os países devem trabalhar em conjunto para assegurar que os activos roubados sejam devolvidos de uma forma transparente e responsável. Segundo o Departamento de Estado norte-americano, o acordo que foi firmado durante uma cerimónia é um símbolo do peso que o Governo dos Estados Unidos atribui à luta contra a corrupção. “Saudamos o compromisso pessoal do Presidente Buhari com essa luta e continuaremos a apoiar a sociedade civil e outros esforços nigerianos no combate à corrupção em todos os níveis. A luta contra a corrupção é um investimento no futuro da Nigéria”, lê-se no comunicado do departamento.



dESPOrTO

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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

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Angola e Marrocos discutem esta noite passe para a final depois da folga registada ontem, o cinco angolano tenta hoje chegar à final inédita, quando defrontar os marroquinos, em jogo a contar para meias-finais do Campeonato Africano de futebol salão (futsal), às 21:00 DANIEL MIGUEL/ARQUIvO

dolly Menga deixa os tricolores

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jogador Dolly Menga rescindiu amigavelmente o seu contrato de empréstimo com o Petro de Luanda. Segundo o site oficial dos tricolores, o atleta já se encontra no Chipre. A mesma fonte revelou ainda que o jogador desejou sucesso à equipa vice-cam-

peã nacional na Taça de Angola e no Girabola Zap, uma prova que os petrolíferos lutam para resgatar o título perdido há dez anos. Hoje, o Petro de Luanda visita o Sagrada Esperança da Lunda-Norte, em jogo referente aos oitavos-de-final da Taça de Angola.

1º de Agosto prepara dupla jornada

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Atletas angolanos no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva

Mário Silva

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a cidade de Laâyoune, em Marrocos, a Selecção Nacional sénior masculina de futebol salão (fustal) e a sua similar de Marrocos discutem hoje o passe para a final do Africano, às 21:00. A equipa, orientada por Benvindo Inácio, é obrigada a entrar em campo concentrada para surpreender e vencer os anfitriões. A tarefa do combinado nacional não será fácil, porque o adversário tem atletas com enorme qualidade técnica e táctica. Ainda assim, Mano Celé, jogador fundamental na manobra ofensiva e defensiva da Selecção

Nacional, e companheiros terão de defender no sistema 4-0 ou 4-1 para frustrar as investidas dos donos de casa. A jogar em casa, os marroquinos só pensam na vitória para a revalidação do ceptro. Para isso, os campeões continentais terão de puxar dos galões, uma vez

A jogar em casa, os marroquinos só pensam na vitória rumo a revalidação do ceptro

que não se esperam facilidades por parte dos angolanos. O treinador da Seleccão Nacional, Benvindo Inácio, mostrou-se crente na passagem para a final do Africano, mas reconhece o poderio dos anfitriões. Por sua vez, o ala do cinco angolano, Jó, disse que o objectivo do grupo é a vitória. O jogador vais mais longe e assume a intenção de ganhar o Campeonato Africano da modalidade. “Na verdade, podemos levar para Angola o troféu”, revelou. Líbia e Egipto medem forças

A selecção da Líbia e do Egipto também lutam pelo passe para a final, a partir das 16 horas.

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1º de Agosto realiza hoje, às 16.00, uma sessão de treinos, ten-

do em vista a dupla jornada do Nacional sénior masculino de basquetebol, diante do ASA e da Universidade Lusíadas. Amanhã, o grupo orientado por Walter Costa vai defrontar o Atlético Sport

Aviação (ASA), jogo a ter lugar no Pavilhão Dream Space em Viana. No Sábado, os militares recebem os estudantes da Lusíadas, no Pavilhão Vitorino Cunha. Para os dois jogos, a equipa técnica já poderá contar com os préstimos de Emmanuel Quezada.


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O PAÍS Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2020

PEDRO NICODEMOS

Governadora do Bengo, Mara Quiosa, exibe a taça com o vencedor da corrida

Petro de Luanda domina Fuga para a Resistência no Bengo Mário Silva, no Bengo

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Petro de Luanda dominou ontem a meia maratona “Fuga para a Resistência” em atletismo de 21 quilómetros, uma prova que foi disputada na província do Bengo. Bastos Filipe, com o tempo de 1 hora/9 minutos e 48 segundos, e Venâncio Chigombe, com 1h/10 min e 12 segs (ambos da equipa tricolor, terminaram na primeira e segunda posição respectivamente. Os atletas do Petro de Luanda bateram na concorrência o corredor do 1º de Agosto Simão Manuel, que ficou no terceiro lugar com 1h/10min e 58 segs.

“Quero ser um dos melhores jogadores do mundo”

Inter Miami prepara oferta milionária para Modric

O defesa-central Rúben Semedo (Olympiakos) disse que as questões extrafutebol fazem parte do passado, que está a relançar a carreira e que ambiciona ajudar a Seleção Nacional no Europeu. “Estou num bom momento. A justificar aquilo que se dizia acerca de mim no passado. Quero ser um dos melhores e este é o caminho. Passei mais uma página. Conto com o apoio dos meus companheiros e trabalhado para alcançar o objectivo de ser chamado à Seleção Nacional”, afirmou Rúben Semedo, em entrevista à “MARCA”. “Melhor do que falar sobre a minha nova versão, é só ver os meus jogos tanto na Liga como nas competições europeias. Quero estar no Europeu a defender o título de Portugal”.

Ainda que o mercado de transferências de inverno tenha fechado, são muitos os clubes que prosseguem a sua busca por jogadores à altura dos seus requisitos, tal como é o caso do Inter Miami. A quatro semanas de se iniciar nas competições norte americanas, o clube de David Beckham mantém a sua vontade de garantir no seu plantel algumas estrelas do futebol europeu e, neste sentido, segundo avança o espanhol Marca, o emblema americano estará a estudar uma proposta milionária, que implicaria o pagamento do dobro do ordenado ao jogador, a fim de tentar o médio a juntar-se ao clube, em Junho do presente ano, quando termina o contrato do croata. Da parte do jogador, este já declarou, anteriormente, a vontade de permanecer em Madrid, no entanto a ascensão de Fede Valverde dentro do plantel, está, em grande parte, a limitar o espaço de Modric na equipa principal, o que poderá levar o atleta a procurar por mais tempo de jogo.

UCI junta-se ao COI na luta anti’doping’ DR

Em feminino, Adelaide Machado e Emerlina Paulino, ambas do Interclube, foram as mais rápidas, ao passo que Luciana Viembo do 1º de Agosto ocupou o último lugar do pódio. Na prova de três mil quilómetros, reservada para os iniciados, os vencedores receberam como prémio material escolar das mãos da governadora, Mara Quiosa. Na corrida rainha, ou seja, de 21 km, em ambos os sexos, o primeiro classificado foi premiado com 100 mil kwanzas, o segundo 80 e o terceiro com 60. No final do certame, o director da corrida, Augusto Sawaya,

disse a O PAÍS que o balanço é possível, porque a actividade superou as expetactivas da organização. “Tivemos vários postos de abastecimento de água, algo que não tínhamos na edição anterior”, reconheceu. Por outro lado, Augusto Sawaya explicou que houve troca de prémios, mas que tudo ficou resolvido na hora. Já o presidente da Federação Angolana de Atletismo (FAA), Bernardo João, felicitou a organização pelo sucesso da prova. O acto de premiação contou com a presença da governadora do Bengo, Mara Quiosa, e outros membros do governo local.

Coronavírus ameaça GP da China DR

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China não vai ter equipa feminina nos Jogos Olímpicos de Tóquio – 24 de Julho a 9 de Agosto, porque não vai jogar o torneio préolímpico, agendado para março em Budapeste, devido ao coronavírus.

Os responsáveis chineses anunciaram a decisão já aceite pela Federação Internacional de Andebol (IHF) que deverá entregar a vaga ao Cazaquistão. A China tinha como adversários Hungria, Rússia e Sérvia.

dele Alli em dúvida para jogo com Southampton

A Fundação Antidopagem do Ciclismo (CADF), entidade independente sem fins lucrativos, vai ser extinta e substituída por uma nova parceria na luta contra o doping pela International Testing Agency (ITA), anunciou a UCI cuja Comissão Antidopagem é chefiada por Artur Moreira Lopes . A ITA que vai desenvolver um trabalho semelhante ao da CADF, foi criada pelo Comité Olímpico Internacional com o apoio da Agência Mundial Antidopagem (AMA), como uma organização abrangente para controlar todos os desportos, sendo independente de todos os outros órgãos.

Dele Alli abandonou o confronto do passado Domingo, que terminou com uma vitória (20) sobre o Manchester City, com queixas na perna, depois de ter sido alvo de uma imprudente entrada de Raheem Sterling. Ainda que tenha sido capaz de terminar a partida, temeu-se que a lesão, que acabou por se revelar menos grave que aparentava, ditasse a exclusão do médio para a partida de hoje, Quarta-feira, frente ao Southampton, a contar para a taça de Inglaterra. No entanto, em declarações durante a conferência de imprensa desta Terça-feira, o técnico português garantiu ainda haver a hipótese de o internacional inglês ir a jogo. «Não foi assim tão má, portanto ainda há uma hipótese. Há a hipótese de ele ainda jogar amanhã n(hoje), portanto temos que esperar para ver, mas há uma hipótese», afirmou.


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OPINIÃO

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rUI MALAQUIAS

Cenas dos Próximos Episódios

N

ão há dúvidas que estamos a vivenciar os episódios mais marcantes e determinantes da nossa vida económica e social, pois entendemos que dependendo de como decorrer esta temporada da novela em que alguns “notáveis” estão finalmente a acertar as contas com o povo e se estão a por cá para fora todos os esqueletos do armário da gestão da coisa pública nacional, certamente teremos uma Angola diferente, e que seja diferente para melhor e uma Angola para melhor deve uma Angola com oportunidades mais equitativas para todos e não apenas para alguns iluminados. Pelo que temos visto, já não estamos na fase do “fiz ou não fiz” ou do “lesei ou não lesei o Estado” pois já é por demais evidente que Isabel dos Santos , a actriz principal desta temporada, lesou claramente o Estado angolano, fazendo negócios consigo própria criando empresas fantasmas offshore para fazer negócios ruinosos com a Sonangol enquanto foi PCA, utilizou a influência do seu pai, para fazer negócios ruinosos para o Estado, bem como beneficiou-se da posição que ocupava para ganhar concursos públicos, obter empréstimos e entrar no capital social de empresas que foram criadas com dinheiro do Estado. Estamos sim numa fase mais avançada, que entendemos ser a mais importante de todas, a fase de entender como e em quanto o Estado será ressarcido, pois este destapar do tapete que deu origem à correria das baratas debaixo deste tapete, mostrou que para além da actriz principal desta temporada usar dinheiro público para financiar os seus negócios e não ter devolvido ao Estado, e isso é uma face da moeda, ela também usou dinheiro público para seu benefício próprio e fez negócios muito ruinosos para a Sonangol enquanto lá foi PCA. Há vozes que defendem,

que durante a sua gestão na Sonangol foram pagas altíssimas facturas para despesismos estratosféricos seus e de seu marido, o que em si também configura um crime. E como tudo na vida, temos que admitir que Isabel dos Santos, escolheu mal a estratégia e provou ser uma péssima jogadora de xadrez, pois era por demais evidente que esta era uma batalha que jamais ganharia, pelas provas em cima da mesa e pelo movimento mundial à volta deste assunto, foi mal aconselhada, pois o tempo que gastou a refutar nas redes sociais com argumentos falaciosos e até desrespeitosos ao Estado e ao povo angolano, apenas agravaram a sua posição negocial. É visível que está literalmente aflita, ao que se diz, a vender às pressas o património que afinal nunca foi seu, e a tentar transferir dinheiro para a Rússia e outros paraísos fiscais, mostra que o tabuleiro esta cada vez mais inclinado à seu desfavor, fazendo com que não tenha muito para exigir nesta negociação, o que é ótimo para o povo e para justiça angolana, justiça esta que deve ser implacável e ir até as ultimas consequências, porque o povo, a nação angolana e todas as pessoas de bem neste país precisam de triunfar nesta batalha. O que estamos a querer dizer é que o Estado deve exigir a devolução do que lhe é devido e posteriormente deve exigir o cumprimento da lei, ou seja, se a lei é igual para todos e acreditamos que sim, então depois da devolução integral e com juros do erário publico, nada mais natural que a perpetradora seja levada às barras da justiça, para fazer jus aos ditames de um Estado de direito, para moralizar a sociedade e principalmente para mostrar a todos que fizeram o mesmo ou que pretendam fazer, que este é o seu destino. Não devemos permitir-nos exigir menos do que isso à nossa justiça, sob pena de manter a status quo anterior, pois todos aqueles que foram gestores e detractores da coisa pública devem receber

esta mensagem inequívoca. Para além de que entendemos que este processo deva ser levado com a maior transparência possível, porque o povo, o lesado, precisa de saber exatamente em quanto foi prejudicado em quanto e como será ressarcido, bem como pelo facto da força que a sociedade civil está a destinar ao esforço de justiça, merece uma recompensa, o que não será favor algum. Caso haja um processo negocial, se o Estado angolano assim o entender, pois é livre de aceitar ou não, seria de bom tom dar a conhecer ao povo como está a andar este processo. Para aqueles que entendem que não deveria haver negociação alguma enganam-se, pois o dinheiro foi lá para fora de forma legal, quem deveria ter assinado as ordens e os contratos de facto assinou, portanto devem ser estas mesmas pessoas que usaram as leis e o Estado para fazer estes negócios ruinosos a trazer ou devolver ao Estado de forma voluntária, visto que as batalhas judiciais levam tempo e dificilmente dão bons resultados, ficando a última palavra para o país em que o dinheiro está depositado, país este que não está nada interessado em ver de lá sair um tostão sequer. Prova do que estamos a dizer, foi a disponibilidade que mostrou António Costa, Primeiro Ministro de Portugal, quando lhe foi questionado sobre a abertura daquele país em repatriar imediatamente o “dinheiro angolano” aplicado em Portugal. Por outro lado, os nossos juristas devem criar (as minhas desculpas se já existe) a figura de “delação premiada” em que os detractores queixam os outros detractores para obter redução nas penas, ou seja quem fizer queixa o outro cumpre uma pena menor, esta figura é importante porque confere uma espécie de atenuante ao criminoso, também porque incentiva a colaboração com a justiça, bem como torna público os nomes e as falcatruas dos nossos gestores públicos. É nossa percepção que esta

novela está longe de terminar, pois o Luanda Leaks, independentemente de ter tido origem de hacker ou outra fonte qualquer (ao qual o povo angolano muito deve agradecer) não é apenas sobre Isabel dos Santos, é sim sobre vários outros actores da nossa praça e acreditamos que assim que se fechar esta temporada, teremos mais algumas, mas que sejam todas elas públicas e com a maior transparência possível. Quanto à nossa justiça, entendemos que está a ter um teste de choque atendendo que só em 2017 acordou para a vida em termos de crimes económicos de alta estirpe. Está a lidar com jogadores profissionais dos casinos de Los Angeles, deve estar a ser um terramoto, mas esperemos que a colaboração com outros países que já andam nestas lides ajude ao processo. A presente temporada é recheada de contornos internacionais da alta finança criminal (não sei se existe tal figura) e é do mais elaborado que existe, pois os consultores envolvidos são os mesmos dos escândalos financeiros internacionais e os paraísos fiscais usados são os mesmos dos escarcéus da Mossack e Fonseca. A nossa Procuradoria Geral da República merece todo o nosso respeito e principalmente toda a nossa paciência, pelo que dissemos acima e pela coragem quase sem apoio da oposição política e muita boa gente da opinião pública. A PGR está a travar uma batalha dentro das suas possibilidades, uma luta sem quartel contra os detratores da coisa pública, contudo a PGR deverá ter noção de que o modus operandi destas pessoas e empresas é sempre o mesmo, criar empresas em países que não colaboram na prestação de informação financeira, com outros países e instituições internacionais e não colocam entraves a entrada de dinheiro sujo ou menos sujo, bem como não cobram impostos a estes fundos. Assim sendo, as empresas fantasmas são criadas todas nos mesmos locais e quando na sua

identificação for possível ver que não estão sedeadas em países “normais” e nem têm historial no desempenho do serviço que se propõem fazer, deve logo acenderse uma luz de alarme, o mesmo se aplica aos gestores públicos na hora de contratação publica com fornecedores internacionais. Em termos gerais é essencial que tudo corra bem para o povo e para o Estado angolano, nesta temporada “piloto” que está a ser verdadeiramente interessante, pelos actores mediáticos, pelos contornos de malvadez e elaboração criminal envolvidos, até porque como reza a boa tradição noveleira brasileira, em todas as novelas há sempre casamento e funeral, esta temporada tem que haver a devolução do que é do povo e condenações em tribunal. Por outro lado, se o Governo angolano entender negociar, é importante apelar à colaboração célere e aberta de Isabel dos Santos e dos que se seguem, no sentido de o quanto antes devolverem o que subtraíram ao povo, para que o processo não se arraste para as praças internacionais, pois este processo apesar de ser necessário para limpar o nosso nome e restabelecer a confiança no nosso sistema financeiro e na nossa justiça, é sim um processo desgastante, coloca o país em stress continuo. Portanto quanto mais curto o processo for, melhor para Angola e para as pessoas e famílias incluídas, pois querendo ou não afecta a todos, porque em Angola somos sempre uma grande família ou família uns dos outros, ainda que seja por afinidade, o que faz com que de uma forma ou de outra prejudique as nossas relações interpessoais mais próximas. Por fim é importante dizer que o país precisa sim de todos seus filhos e filhas que utilizaram a sua expertise para o mal e que depois de pagarem a sua dívida para com a sociedade e em igualdade de circunstâncias com os demais, usem a mesma expertise para ajudar Angola a crescer e prosperar.


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Xá Muteba com melhores condições para aulas DR

Mais de mil crianças do município de XáMuteba, na província da Lunda Norte, passam a estudar, a partir deste ano lectivo, em melhores condições com a inauguração, ontem Terça-feira, de duas escolas de cinco salas cada, noticia a Angop

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s alunos estudavam em condições precárias em salas feitas com chapas de zinco e em capelas de igrejas nos bairros Cui-ya-Caiombo e Lue. As escolas foram inauguradas pelo administrador local, Agostinnho Paiva, no quadro das comemorações do 4 de Fevereiro, Dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, que hoje se assinala. O Xa-Muteba tem 12 escolas, um total de 131 salas de aulas, para 15 mil e 426 alunos matriculados no presente ano lectivo. Mais escolas na Lunda-Sul, Moxico, Cuanza Sul e Cuanza Norte No quadro da efeméride, foram igualmente inauguradas escolas nas localidades de Ngombe ya Ngombe, no município do Cuimba, província do Zaire, e Mombo Mualilu, município do Dala, na província da Lunda Sul. Inauguradas pelos respectivos

Algunos de Xá Muteba com novas salas de aulas

governadores, ambas as instituições têm quatro salas, devendo servir o primeiro nível, assim como o I ciclo do ensino secundário. Ganharam também uma escola os munícipes de Cassongue, na província do Cuanza Sul. A instituição primária, de seis salas, é destinada a 540 alunos. No município da Cameia, Moxico, lançou-se ontem, Terça - feira, a primeira pedra para construção de três escolas do tipo T7, pelo governador provincial do Moxico, Gonçalves Muandumba, no quadro das comemorações do 59º aniversário do início da Luta Armada em Angola. A serem erguidas em 12 meses, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), as obras das referidas escolas, orçam em 115.102.975 Kwanzas e vão oferecer 63 empregos a jovens locais. No município do Cunhinga, Bié, as obras de construção de uma escola de 12 salas de aulas foram abandonada pelo empreiteiro, há mais de cinco meses, por alegada falta de pagamento, denunciou a administradora local, Carolina Vihemba Isaac, durante o acto político dos 59 anos do início da luta armada. Porém, o governador do Bié, Pereira Alfredo, assegurou que as autoridades locais vão trabalhar, dentro de pouco tempo, para que as obras terminem o mais rápido possível, visando acolher aquelas crianças que estão fora do sistema de ensino. Já em Ndalatando, capital provincial do Cuanza Norte, foram inauguradas três escolas que perfazem 34 salas de aulas, que vão albergar cinco mil 100 estudantes, custando 678 milhões de kwanzas dos Cofres do Estado. Os empreendimentos foram inaugurados pelo governador da província, Adriano Mendes de Carvalho, no quadro dos festejos dos 59 anos do início da luta armada, que hoje se comemora.

Bié poupa mais de AKZ cem milhões com Antigos Combatentes

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Governo do Bié poupa, mensalmente, mais de cem milhões de kwanzas no sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, em função da reestruturação que sofreu desde Outubro último, segundo a Angop. O valor é resultante da eliminação de 154 falsos pensionistas que estavam inseridos nas folhas de salário informou, ontem Terça-feira, no município do Cunhinga, 30 quilómetros a

Norte da cidade do Cuito (Bié), o governador provincial, Pereira Alfredo. Os infractores recebiam ilegalmente pensões no valor a rondar entre os 100 e 300 mil kwanzas por mês. Nessa senda, o Gabinete Provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria do Bié vai realizar, este mês, um outro recadastramento dos pensionistas para se apurar os “verdadeiros” antigos combatentes e vetera-

nos da pátria. Por outro lado, os 412 pensionistas que tinham sido desactivados do sistema ilegalmente na província do Bié, desde o II trimestre de 2019, foram reinseridos nas folhas salariais no dia 15 de Janeiro último. O Gabinete dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria no Bié controla mais de nove mil pensionistas, entre antigos combatentes, órfãos, deficientes físicos e viúvas.

DR

Falsos antigos combatentes recebiam pensões no Bié


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