Mais de 284 mil turistas entre nacionais e estrangeiros visitaram os museus em 2019
CARTAZ: Os museus de Angola receberam 284 mil e 498 visitantes, entre nacionais e estrangeiros, um público composto maioritariamente por jovens em idade escolar. Com a entrada em vigor das taxas de cobranças para ingresso nestas instituições, a museóloga afecta ao Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), Soraia Santos, em entrevista exclusiva a OPAÍS, por ocasião do Dia Internacional dos Museus, que hoje, 18, se assinala, disse que tiveram cuidado em fixar valores simbólicos para acesso aos museus, sendo que duas franjas estarão isentas de pagamento, designadamente os cidadãos com idade até 12 anos e maiores de 60 anos.. P. 14 www.opaís.co.ao e-mail: info@opaís.co.ao @jornalopaís facebook/opaís.angola
Director: José Kaliengue
O diário da Nova Angola
Edição n.º 1841 @jornalopaís Segunda-feira, 18 /05/2020 Preço: 40 Kz
Números da Covid-19 inalterados há 72 horas
Regularidade de vacinação garante estabilidade à saúde infantil no Kicabo l O único centro sanitário da localidade já registou grande afluxo de pacientes com queixas de vária ordem, segundo o seu responsável, Jocelino Fernando, que louva a garantia de reserva de vacinas por parte da repartição municipal da Saúde. P. 10
em foco: Nas últimas 24 horas não foi confirmado caso novo da Covid-19 no país,
mantendo os 48 casos registados, dos quais 21 de transmissão local, dois resultaram em óbitos e 17 recuperados, informou, ontem, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda. P. 2 DR
Preço de materiais de construção de acabamento disparam até 100% l A caixa de mosaicos está a custar quase Kz 10 mil. Um saco de massa de acabamento, para estucar, que anteriormente custava Kz 3 mil, subiu 100%, passando para os Kz 6 mil. P. 24
“chocolate feito com cacau de cabinda está para breve” P. 18
Vice-presidente do Interclube concorda com anulação do Campeonato Nacional de Basquetebol l António Camulogi admite que num
af_bai_nahora_imprensa_276x42,733mm_empresa.pdf
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18/11/19
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momento como este, anular a maior festa da bola ao cesto no país, em nome do bem vida, permitirá aos clubes pensarem melhor o futuro. P. 26
EM FOCO
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O PAÍS Segunda-feira, 18 de Maio, de 2020
dr
Secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda
Covid-19 dá pausa de 72 horas a Angola Nas últimas 24 horas não foi confirmado caso novo da Covid-19 no país, mantendo-se, assim, os 48 casos registados, dos quais 21 de transmissão local, dois resultaram em óbito e 17 foram recuperados, informou, ontem, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda
Maria Teixeira
E
m declarações à imprensa, na habitual conferência de actualização dos dados sobre a pandemia no país, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, em Luanda, ontem, Mufinda esclareceu que o estado clínico dos 29 pacientes é estável. O secretário de Estado para a Saúde pública disse que na actividade laboratorial foram processadas 6.500 amostras, das quais 48
positivas, 5.947 negativas e 505 se encontram em processamento. Por outro lado, explicou que de casos suspeitos há um acumulado de 441 e a quantidade de pessoas sob vigilância directamente seguidas ou de forma ocasional chega a 1.111. Franco Mufinda disse que se encontram em quarentena institucional 790 pessoas. Entretanto, nas últimas 24 horas 18 pessoas receberam alta em todo o país, sendo oito no Uíge, cinco em Cabinda, duas no Bié e Cunene, respectivamente, e uma na LundaSul.
Dos infectados, 21 são casos de transmissão local e os demais importados, envolvendo angolanos e estrangeiros. O Centro Integrado de Segurança Pública registou 70 chamadas, das quais quatro denunciando violação do estado de emergência e 66 foram pedidos de informação sobre a Covid-19. Durante o período em referência, foram realizadas actividades de senilização da população sobre as medidas de prevenção da Covid-19, actualização dos técnicos no capítulo da vigilância epidemiológica e gestação de casos e a desinfecção de locais públicos nas províncias do Bengo, Cuanza-Norte, Cabinda, Huíla, Cunene e Zaire. Mufinda alerta as pessoas de que os hospitais estão abertos e mantêm os serviços essenciais nesta fase em que o mundo se encontra, de prevenção e combate à Covid-19. Segundo o governante, além da Malária pode haver outras doenças que cruzem com a Covid-19, como a Chikungunya e a Dengue. Razão pela qual urge a necessidade de cada cidadão tomar as medidas básicas como sanear o meio, fazer uma boa gestão dos vasos com plantas e tanques de água que acabam por ser o habitat dos mosquitos. Quanto às medidas de protecção, realçou a permanência das pessoas em casa, o uso de máscara em locais indicados, a observância do isolamento social, a lavagem das mãos frequentemente com água e sabão e o cumprimento das medidas relativas ao estado de emergência.
O Centro Integrado de Segurança Pública registou 70 chamadas, das quais quatro denunciando violação do estado de emergência e 66 foram pedidos de informação sobre a Covid-19
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Agressores de chinês causam danos de mais de 70 milhões de kwanzas
Porta-voz do Ministério do Interior, subcomissário Waldemar José
MININT penitencia-se sobre excessos das forças de defesa e segurança
O porta-voz do Ministério do Interior, subcomissário Waldemar José, disse, ontem, em Luanda, lamentar a agressão, com o uso de um cinturão, perpetrada por um efectivo das Forças Armadas contra um cidadão. Apesar de desconhecer as causas de tal acto, o oficial comissário da Polícia Nacional citou a conduta como sendo reprovável e que não representa a tipologia de comportamento e o grau de disciplina empregues pela instituição. “É importante referir que as Forças Armadas são das instituições do país que primam pela salvaguarda de bens jurídicos e essenciais como a disciplina e a hierarquia”, desabafou. Acrescentou de seguida que “é das instituições em que o comportamento do seu efectivo deve ser ao mais alto nível e louvado. Por tratar-se de um acto isolado, estão agora decorrer diligências para a identificação do efectivo e para a sua responsabilização”. O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior declarou, ao apresentar o balanço das forças de defesa e segurança no âmbito da prevenção e combate à Covid-19, que não há nenhuma orientação do mais alto nível, começando pelo Presidente da República, e até ao nível da hierarquia mais baixo, qualquer orientação para o emprego de violência contra cidadãos. Mas Waldemar José lamentou, por outro lado, haver cidadãos que adoptam condutas reprováveis e que motivam, aparamente, o uso da força. Disse que nunca se viveu no país um estado de emergência e este está a ser uma aprendizagem para todos, inclusive para as forças de defesa e segurança. “Cometemos erros sobejamente conhecidos e hoje, até com o advento das redes sociais. O cidadão tem a capacidade de filmar e disponibilizar essas imagens, mas nós, as forças de defesa e segurança, estamos a aprender com os nossos erros” Declarou que “esses erros, que, infelizmente, culminam com a perda da vida de cidadãos, nos comprometemos a superá-los e a corrigir nos nossos procedimentos no futuro”. Apelou também ao compromisso por parte do cidadão no acatamento e obediência às orientações emanadas. Salientando que todos os efectivos que cometem erros serão levados a julgamento.
Waldemar José lamentou também o sucedido no “Condomínio Vereda das Flores”, em Luanda, em que cidadãos violaram a disposições previstas no Decreto Presidencial de medidas de prevenção e contenção da pandemia Covid-19. Há poucos dias correram vídeos nas redes sociais em que se vê um cidadão angolano a partir o carro do seu vizinho de nacionalidade chinesa no Condomínio Veredas das Flores”. Contou Waldemar José que o cidadão chinês sentira-se incomodado com o volume da música, em plena madrugada, e foi simplesmente pedir aos angolanos em convívio que baixassem a música, mas o cidadão chinês foi agredido. E como não lhes bastou, um cidadão angolano saltou o muro da casa do chinês. Segundo o subcomissário, este acto constitui crime de invasão de propriedade. Disse que o invasor tentou agredir o chinês, mas este, por sorte, tinha mais alguns compatriotas em casa e que não permitiram que a agressão continuasse o seu curso. Disse ainda que os angolanos arrombaram a porta da casa do cidadão chinês e depois houve um equilíbrio de forças. “O senhor fez recurso a uma carrinha para embater contra outros carros que são propriedade desse cidadão chinês. É um comportamento reprovável que nos envergonha a todos e não é característico do povo angolano”, realçou. Salientou ainda que “nós compreendemos que estamos confinados há mais de 50 dias e isso está a criar uma pressão, não só ao cidadão comum, como também às forças de defesa e segurança, mas temos de manter a calma, porque se adoptarmos esse tipo de conduta vai ser a lei do mais forte.” Fez saber que por causa dessa conduta, os cidadãos angolanos estão a ser responsabilizados criminalmente, já que causaram danos superiores 70 milhões de kwanzas. Disse que os mesmos terão de reparar os danos porque há um processo-crime que irá até ao tribunal. “Queremos dar garantia a toda comunidade chinesa de que não haverá qualquer acto de revanche, fiquem descansados. E isso serve para toda a comunidade estrangeira”, frisou. Por outro lado, revelou que um cidadão foi apanhado a tentar camuflar alguns reagentes num caminhão contentorizado como se de outra mercadoria se tratasse, com um total de 77 caixas que foram apreendidas, saindo Zaire para Luanda. “Está agora a decorrer uma investigação para determinar como é que esse cidadão conseguiu os tais reagentes e para que efeito os traria cá para Luanda”, disse.
4 destaques política. PÁG. 8 CASA-CE defende reforço do sector privado para mitigação das dificuldades impostas pela Covid-19
SOCIEDADE. PÁG. 10 Regularidade de vacinação garante estabilidade à saúde infantil no Kicabo
o editorial
hoje:
ACTUAL. PÁG. 24 Empresa americana anuncia descoberta de anticorpo que bloqueia completamente o novo Coronavírussimilares
Mundo. PÁG. 22 AEmbaixador da
China em Israel encontrado morto em casa
os números do dia
1
Há que inventar solidariedade
A
pobreza vai aumentando em Angola. Há cada vez mais novos pobres, porque fecham empresas, porque a economia não se consegue livrar da armadilha do petróleo.
cartaz. PÁG. 14 Mais de 284 mil turistas entre nacionais e estrangeiros visitaram os museus em 2019
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Mas há gente resiliente também, que não cruza os braços que não se entrega, sobretudo jovens. No meio de toda a desgraça, eles usam a força da sua idade para manter acesa a luz da esperança. Desdobram-se como podem em acções de solidariedade, distribuindo comida, ensinando crianças e intervindo no ambiente. São poucos, mas fazem uma diferença do tamanho do país. Alguns em grupos organizados, mais numerosos, mas há os que agem quase sozinhos, anónimos, quando podem, que dão tudo nestas vezes em que podem. Agora, nas grandes cidade, sobretudo, a fome saiu à rua, remexe o lixo, é uma parte de Angola na indigência, uma parte de cada angolano. Há que inventar imediatamente solidariedades, há que acabar com a fome.
12
“
Barack Obama Antigo Presidente dos Estados Unidos da América
Médicos cubanos em serviço na Lunda-Norte iniciaram ontem, Domingo, as suas funções nos 10 municípios da província, depois de terem observado mais sete dias de quarentena domiciliar.
200
Quilómetros de estradas secundárias e terciárias serão reabilitadas ainda a partir deste ano, no município do Cuango, Lunda-Norte, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios.
10900
o que foi dito “
Antes de tudo, esta pandemia enterrou em definitivo a ideia de que os nossos responsáveis sabem o que fazem”
Mensagem de felicitações ao ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, pela recente nomeação ao cargo, foi enviada pelo homólogo da Etiópia, Gedu Andargachew, refere a Embaixada de Angola.
Uma doença como esta deixa transparecer as desigualdades subjacentes e o peso histórico que as comunidades negras deste país transportam” Barack Obama Antigo Presidente dos Estados Unidos da América
Famílias vulneráveis da província da Lunda-Sul receberam ontem, Domingo, da Comissão Multissectorial de Resposta à Pandemia da Covid-19 bens alimentares, produtos de higiene e material de biossegurança.
“
Observamos que quando um homem negro faz o seu ‘jogging’, há gente que decide interpelá-lo, interrogá-lo, e abatêlo caso não se submeta às suas perguntas” Barack Obama Antigo Presidente dos Estados Unidos da América
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5 e assim... José Kaliengue Director
Reencontros
Hoje no online de O PAÍS leia a entrevista com realizadora Maria João Ganga e perceba como a pandemia Covid-19 afecta o mundo cultural e artístico angolano.
D
www.opais.co.ao (Covid-19) A Dinamarca faz regressar esta Segunda-feira o ensino básico e secundário depois das lições com os alunos até aos 11 anos. Divisão de turmas e mais aulas no exterior foram algumas das opções tomadas. (DR)
o que vai acontecer Covid-19 O uso do método Genexpert na testagem da covid-19 vai reduzir o tempo de diagnóstico de 72 para 24 horas, considerou, em Luanda, o especialista em bioquímica e biologia molecular Euclides Sacomboio. O RTPCR utilizado nos últimos meses no país leva entre 48 ou 72 para o processamento de uma analise laboratorial. Ao dissertar o tema “Covid-19 e os diagnósticos laboratoriais”, o também docente apontou os dois tipos de testes como os mais fidedignos que existem no mercado, mas a obtenção do resultado do teste RT-PCR pode demorar 2 ou 3 dias, e o genexpert 24 h.
Análises A província da Lunda-Sul espera apenas pelos cartuxos do aparelho de germe-xpert para o início da colecta de amostras dos cidadãos vindos de Portugal no dia 19 de Março. Segundo o coordenador adjunto da comissão provincial de prevenção e combate a pandemia na Lunda-Sul, Viegas de Almeida, que falava numa conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica na região, a província tem 300 zaragatoas disponíveis para o efeito. Actualmente não são recolhidas amostras pelo facto de não existirem condições para o seu envio dos a Luanda.
Aulas A Dinamarca faz regressar esta Segunda-feira o ensino básico e secundário, depois das lições com os alunos até aos 11 anos. Divisão de turmas e mais aulas no exterior foram algumas das opções tomadas.. Parece que foi ontem mas já leva um mês. Áustria e Dinamarca foram os dois primeiros países europeus que, ainda em Abril, perante um cenário interno de pandemia controlada e com o R na casa dos 0.7, começaram a sair daquele estado de paralisação geral em que todos estavam para o desconfinamento.
Pandemia O Ministério da Saú-
de apresenta hoje em conferência de imprensa o estado actual do novo Coronavírus (Covid-19), na sede do CIAM, em Luanda, a partir das 19 horas.
e repente, os relatos diários dos números de mortes na Europa, causadas pela Covid-19 começaram a baixar. Caem quase todos os dias. Pela tendência, no mês de Junho poderão ser já “insignificantes”. Talvez a subida da temperatura, com a chegada da Primavera, esteja a ajudar, já que não se anunciou, até agora, um medicamento específico para tratamento da doença e muito menos uma vacina. Ao contrário, em boa parte de África as temperaturas começam a baixar, mas talvez o vírus tenha perdido a corrida, com as medidas adoptadas no continente. E a alma poderá receber outra vez, de forma controlada, naturalmente, o seu melhor remédio e alimento, em forma de abraço. As pessoas são cada vez mais egoístas, mais desligadas, mas há coisas que não mudam. Duas imagens que vi ao longo destes dias explicam muita coisa. Comovem, são sinais de que o mundo somos mesmo todos nós, de que os sinais dos outros nos podem tocar, mergulhar num mar de dor ou de esperança. Não falemos dos números da dor, das imagens que sangram a alma. Falemos de uma notícia sobre a autorização do abraço. “Crianças autorizadas a abraçar os avôs”. É como dizer que o mundo está salvo, que há futuro, que se quebra o cruel distanciamento. Que a vida volta a fazer sentido para muita gente. Há mais pureza que aquela que envolve o abraço de uma criança ao seu avô? Uma outra imagem que me tocou é de uma casa de idosos beijando-se na rua, em Itália. O maldito vírus não matou o amor. Ele pode marcar de dor os rostos dos homens, pode interromper o abraço, pode até proibir o beijo, mas enquanto persistir a vontade de reencontro, a humanidade vencerá.
E também... Dia Mundial da Vacina Contra a SIDA - 18 de Maio Este dia, também chamado de Dia de Consciência da Vacina doVIH ou de Dia Mundial da Vacina Contra a SIDA, é celebrado anualmente. O seu objectivo é promover a urgência da vacina de prevenção à infeção VIH, que está ainda por ser descoberta e que precisa de investimento em novas tecnologias. Esta data reconhece o trabalho desenvolvido a nível mundial por todos os voluntários, profissionais de saúde e cientistas no âmbito do combate ao VIH. Neste dia sublinha-se o esforço de todos aqueles que trabalham em conjunto para encontrar uma resposta eficaz contra a SIDA/VIH em forma de vacina e realizam-se diversas actividades para sensibilizar a população sobre a importância da vacina.
6 Media Nova, S.A Presidente do Conselho de Administração Filipe Correia de Sá Administradores Executivos Luís Gomes Paulo Kénia Camotim Propriedade : Socijornal Depósito Legal: Nº 244/2008 Contribuinte: 5417015059 Nº registo estatístico: 48058
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no tempo do kaparandanda
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opaís
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Comercial e Marketing: Senda Costa 922682440 email: comercial@medianova.co.ao Tiragem: 15 000 exemplares
1920
18 de Maio de - Nasce, em Wadowice, uma cidade do extremo Sul da Polónia, perto e Cracóvia, Karol Wojyla, mais conhecido por Papa João Paulo II.
1974
18 de Maio de - A Índia tornase na sexta potência nuclear ao levar a cabo, no deserto do Rajasto, a primeira experiência nuclear subterrânea.
18 de Maio de 1990 - Os governos das
repúblicas Federal e a Democrática da Alemanha assinam um tratado de união económica e monetária, o primeiro passo concreto para a unificação dos dois Estados.
carta do leitor
Sempre a ganância Caro director do jornal OPAÍS O estado de emergência, está a ser motivo para muitas candongas. Por exemplo, todas as pessoas devem andar de táxi usando a sua máscara e os táxis devem levar só um terço das pessoas que levavam antes. Estas medidas são boas e toda a gente apoia, porque são para proteger a nossa saúde. Só que que, como o Governo não aumentou o número de autocarros, mas muita gente voltou ao trabalho, incluindo as nossas manas empregadas domésticas, as paragens de táxis ficam muito cheias, há luta para entrar no táxi. Alguns taxistas arriscam mesmo e põem mais pessoas, porque alguns polícias também já viram que podem facturar. O Pente, ou a gasosa, voltou. Eu já vi, num táxi em que estava, o motorista a descer para ir entregar a “carta” de condução no polícia e a apertar a mão. Só que apertar a mão está proibido, não se recomenda, nem mesmo entregar os documentos em mãos. Eu vi isto perto do Talatona, perto das bombas da Sonangol. Assim, este país nunca vai mudar, a ganância estraga tudo. Mas se até lá os de cima também estão a se facturar, vamos fazer mais como então? Castro Lima Luanda Escreva para o Jornal OPAÍS através do e-mail info@opais.co.ao ou ligue para estes contactos Tel: 222 003 268 Fax: 222 007 754
POLÍTICA
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CASA-CE defende reforço do sector privado para mitigação das dificuldades impostas pela Covid-19 Segundo a organização partidária, na voz do seu deputado Manuel Fernandes, no actual contexto de dificuldades economicas, muitas empresas, sobretudo as micro e médias, estão à beira da falência, por verem as suas actividades limitadas e restritas em resultado das medidas “impostas” pela Covid-19, pelo que há toda a necessidade de o Executivo prestar o devido apoio, de forma a evitar a subida da taxa de desemprego Domingos Bento
O
deputado do Grupo Parlamentar da coligação de partidos CASA-CE, Manuel Fernandes, defende o investimento sério e o reforço financeiro do Executivo no sector privado, de forma a mitigar as dificuldades sociais causadas pela Covid-19. Segundo o parlamentar, que falava em recente entrevista ao OPAÍS, no actual contexto de dificulda-
des economicas, muitas empresas, sobretudo as micro e médias, estão à beira da falência, por verem as suas actividades limitadas e restritas em consequência das medidas impostas pela Covid-19. Face ao cenário caótico, o deputado apela para a necessidade de o Executivo prestar o devido apoio, para evitar a subida da taxa de desemprego. Porém, com a situação de insustentabilidade que estão a enfrentar, estas organizações estão a ser obrigadas a fechar as portas, cujas consequência directa será a subida da alta taxa de desemprego e au-
mento das dificuldades sociais das famílias que dependem dos rendimentos gerados por essas empresas. Porém, para evitar a degradação do quadro e o aumento da taxa de desemprego, Manuel Fernandes defende uma atenção especial do Executivo sobre as empresas, mediante um plano sério de apoio financeiro. Tal apoio, frisou, deve ser prestado aos que trabalham e geram empregos e não por conveniência política ou cor partidária, como tem sido prática.
Deputado Manuel Fernandes
“É preciso olhar para quem Trabalha de facto, independentemente da cor partidária. O país está a enfrentar sérias dificuldades devido às medidas impostas pela Covid-19. Para sair disso, precisamos de um sector privado sério e robusto e não de compadrios e passes políticos”, defendeu. Atenção aos mais vulneráveis Por outro lado, Manuel Fernandes deplorou a situação de miséria que muitas famílias vulneráveis estão a viver no actual contexto social e político. Conforme explicou, a Covid-19 veio destapar uma série de dificuldades sociais que há anos vinham sendo denunciadas pela sua organização política. Segundo disse, desde a entrada em cena da Covid-19, muitas famílias, sobretudo as que dependiam da informalidade, perderam a capacidade de prover alimentos, por terem visto a desaparecer as pequenas actividades que desempenhavam, como resultado das medidas de prevenção e combate à Covid-19. Essas famílias, explicou, agora estão a passar por situação de fome e miséria sem o apoio do Estado. As prometidas ajudas do Executivo, frisou, infelizmente, como sempre, não passam de meras propagandas e que no final do dia não saem do papel. E quando são executadas tendem a beneficiar as mesmas pessoas, mediante a opção e selectividade da cor partidária. “É um momento crítico e que precisamos olhar com olhos de ver e com sentido de responsabilidade. Independentemente da cor partidária, trata se de angolanos que merecem ter o mesmo tratamento e respeito no âmbito da defesa e apoio do Estado”, notou. Ainda para este segmento da
população, o deputado defende a adopção de medidas de apoio e protecção social urgentes que possam substituir as fontes de rendimento que perderam por causa da Covid-19. “As restrições impostas actualmente acabaram por fazer com que muitos perdessem as suas fontes de rendimento. É preciso haver uma base de apoio para permitir que essas mesmas famílias continuem a sobreviver neste cenário de crise”, apontou. Covid-19 é um convite compulsivo para a diversificação da economia Por outro lado, Manuel Fernandes disse que, para além das implicações e dificuldades sociais que vêm sendo causadas, a Covid-19 é um convite compulsivo para a tão propalada diversificação da economia. No seu entender, com o mundo todo sob forte ameaça, os países precisam de mostrar a sua capacidade de auto-sustento. E, neste caso, esclareceu, os países como Angola, que não diversificaram as suas fontes de rendimento vão enfrentar dias difíceis. O petróleo, apontou, que é a base de tudo, actualmente encontrase a ser comercializado a um preço bastante reduzido, pelo que não vai poder suportar as despesas e as contas. Porém, apesar das dificuldades, Manuel Fernandes defendeu que este é o momento de o Executivo pôr em prática o processo de diversificação da economia com uma aposta forte ao sector agrícola, que sempre demonstrou ser o principal factor de sustentabilidade de qualquer Estado. Para Manuel Fernandes, é preciso apoiar as pequenas cooperativas agrícolas e acções de agricultura familiar para potencializar as comunidades e criar sustentabilidade ao país. “Temos uma terra fértil e um povo com uma base agrícola muito forte. Só falta, efectivamente, vontade política para que, realmente, possamos a avançar com a tão propalada diversificação das fontes de rendimento”, concluiu.
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JMPLA apela à criatividade em tempo de crise A organização defende que os jovens devem aproveitar as dificuldades económicas impostas pela Covid-19 para desenvolver as suas habilidades, contribuír para o desenvolvimento do país e driblar a situação de crise
O
secretário nacional da JMPLA, Crispiniano dos Santos, apelou, ontem, em Luanda, à criatividade juvenil no actual contexto social do país.
Segundo o político, os jovens devem aproveitar as dificuldades económicas impostas pela Covid-19 para desenvolver as suas habilidades e para contribuír para o desenvolvimento do país
e driblar a situação de crise. O político apelou os jovens a apostarem no empreendedorismo e no uso responsável das redes sociais, de modo a criarem sustentabilidade no âmbito da
Domingos Bento
promoção do auto-emprego. Para Crispiniano dos Santos, para além das políticas públicas em curso no país, visando a criação de empregos e promoção da empregabilidade, é necessário que os jovens tenham livre iniciativa que possa ajudar a criar estabilidade e a independência económica. De acordo com o dirigente político, para além das dificuldades económicas impostas pela Covid-19, é importante que se tire as lições que a pandemia oferece. E, frisou, com criatividades, responsabilidade e sentido de vontade de crescer, os mais criativos poderão tirar grandes lições do actual contexto. Segundo Crispiniano dos Santos, a JMPLA tem vindo a desenvolver uma série de actividades, via redes sociais, para motivar a juventude a ser mais proactiva e para ajudar a desenvolver o país. “O país e o mundo enfrentam dificuldades movidas pela Covid-19. Precisamos é ser criativos para vencermos as dificuldades”, apontou.
UNITA aborda hoje estado social e político do país O Governo Sombra da UNITA realiza hoje, no seu complexo de Viana, em Luanda, uma conferência de im-
prensa para a abordar questões relativas à vida social e política do país Domingos Bento
I
nformações avançadas ao OPAÍS, pelo secretário de Informação da UNITA dão a conhecer que durante o encontro, o governo Sombra da organização vai tratar de assuntos candentes das esferas governativa e social e o seu impacto na vida das populações. As questões, avança, serão abordadas numa perspectiva de discussões e com propostas de soluções que se ajustam ao actual contexto social do país, sobretudo neste período de dificuldades económicas impostas pela Covid-19. Uma das questões que o partido tem vindo a debater nos últimos dias tem sido o programa de transferências financeiras às populações mais vulneráveis. Já o vice-presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Maurílio
Luiele, disse que o seu partido defende a extensão a outras municipalidades do programa do Governo de apoio financeiro às famílias mais vulneráveis. O programa, que tem o financiamento do banco Mundial, deverá ter a sua implementação a partir do final deste mês, com as primeira
transferências de 8.500 kwanzas a famílias mais vulneráveis de cinco municípios do país. Para a UNITA, o actual contexto social que o país enfrenta, forçado pelas medidas de prevenção e combate ao coronavírus, torna necessário que o plano contemple outras municipalidades.
Em recente entrevista ao OPAÍS, o vice-presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Maurílio Luiele, disse que o seu partido defende a extensão às outras municipalidades do programa do Governo de apoio financeiro às famílias mais vulneráveis Neste sentido, Maurílio Luiele
apontou as municipalidades do Leste do país e as zonas afectadas pelo fenómeno da seca como sendo das áreas que deviam fazer parte desta iniciativa. Segundo o parlamentar, as dificuldades impostas pelas medidas de prevenção e combate ao coronavírus podem ser minimizadas com este programa caso haja transparência e sentido de responsabilidade na sua execução. Por outro lado, Maurílio Luiele disse que a iniciativa, para a UNITA, é bem-vinda, a julgar pelo seu objectivo. Mas, frisou, o seu sucesso vai depender do sentido de responsabilidade e o comprometimento das pessoas durante a sua execução. “Mas programas do gênero só têm resultados quando há fiscalização e transparência na sua gestão. É preciso haver responsabilização e responsabilidade das pessoas que o vão executar. Caso contrário, será apenas mais um dos muitos programas já existentes”, frisou.
sociedade
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Regularidade de vacinação garante estabilidade à saúde infantil no Kicabo Em tempos idos, o único centro sanitário da localidade já registou muita enchente de pacientes com queixas de vária ordem, de acordo com o seu responsável, Jocelino Fernando, que louva a garantia do stock de vacinas por parte da sua repartição municipal Alberto Bambia
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administrador do centro de saúde da comuna de Kicabo, município do Dande (Caxito), província do Bengo, Jocelino Fernando, revelou a O PAÍS que as acorrências à sua unidade hospitalar diminuiram consideravelmente, nos últimos dois anos, devido à regularidade da vacinação. Questionado se não são os doentes que deixaram de chegar à unidade hospitalar que dirige por causa da distância e dos custos dos transportes, o responsável disse que o seu estabelecimento tem registadas as famílias da comuna que já marcaram presença no centro e se comunica com as mesmas, sempre que possível, a fim de saber do estado de saúde dos seus membros. Jocelino Fernando, que garantiu terem vacinado mais de 300 crianças em Março último e perto desse número no mês passado, informou, igualmente, que, antes de 2018, o número de crianças doentes que eram levadas ao centro da comuna ultrapassava as 400, já que a referida instituição atende 30 bairros bastante populosos e quase todos com distância de mais de 30 quilómetros da sede comunal. “A nossa unidade sanitária nunca teve ruptura de vacina, porque temos sempre as mais importantes e procuradas pelas mães, na primeira infância dos seus filhos, tal como podemos destacar as de BCG, póliomielite, penta, ro-
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tavírus, hepatite B, rubiola, febre amarela e tétano”, detalhou o enfermeiro. O administrador do estabelecimento de saúde garantiu que, mensalmente, recebem cem ou mais doses de todas as vacinas de que se referiu, a julgar pelas necessidades relatadas. Ele e a sua equipa de trabalho fazem o relatório de uso e necessidades antes do fim de cada mês, de modo que a logística seja reforçada ainda antes de se ver em falta. “Mas, se antes do período desse procedimento houver ruptura de qualquer um desses fármacos, então solicitamos um reforço à Repartição Municipal da Saúde do Dande (Caxito)”, assegurou o dirigente. O último abastecimento aconteceu no dia dois do mês em curso, sendo que, em termos de gastos, a logística já vai quase a meio, uma situação que levou o responsável do centro médico de Kicabo a adiantar que a solicitação do reforço poderá acontecer mais cedo em relação aos periodos anteriores. “Normalmente, o atendimento é célere, porque nunca se passaram dois dias sem os medicamentos chegarem”, gabou-se Jocelino Fernando, para quem a área de vacinação no Kicabo é a que a Administração do Dande presta mais apoio regular, uma prioridade que o próprio atribui ao facto da sua posição geográfica e da especificidade da sua população. Jocelino Fernando, que chegou mesmo a afirmar que os seus superiores hierárquicos não deixam essa área sem vacina, confessou que fica muito preocupado quando
“Mas, se, antes do período desse procedimento, houver ruptura de qualquer um desses fármacos, então solicitamos um reforço à Repartição Municipal da Saúde do Dande(Caxito)”
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ouve colegas de outras paragens, sobretudo de instituições de saúde de Luanda, a reclamarem da falta de medicamentos. Mas esses clamores também exigem dele o aumento da sua responsabilidade de gestão apropriada, de modo a manter a confiança dos superiores, a fim de os motivar a fornecerem-lhes com a mesma regularidade, conforme fez questão de referir o próprio. Esperançoso de que as situações
de carência dos colégas de ofício venha a ser atendida, Jocelino encoraja, igualmente, os administradores de centros médicos a pautarem-se por uma gestão transparente e de prestação de contas, pois não consegue perceber por que razão há fármacos para alguns e para outros não. Recordou que desde finais de 2004 e princípios de 2005, quando tiveram um surto de sarampo, os dirigentes tomaram de aviso e predis-
Malária não pode ser esquecida “Apesar de nesta altura as pessoas estarem mais preocupadas com o novo Coronavírus, nós nunca nos podemos esquecer da malária. Por cá, recebemos anti-palúdicos no princípio do mês, por isso estamos a conseguir dar cobro aos casos de paludismo que aparecem no centro”, garantiu, realçando que têm o Coartem e o Arinate e outros componente da dose para o combate à malária. Falando de números, o director do centro considera ter havido uma diminuição de casos de malária, na comparação com os meses transactos, já que falou em 142 confirmados por testes para Abril, sendo que para este mês contam com 79 casos. “Mas, comparado ao princípio do ano antepassado, esse número não é muito, porque já chegamos a ter mais do que o dobro por mês”, ponderou, adiantando que ele e os seus colegas do centro tudo fazem para se ir contrapondo à doença, que comnsidera já se ter tornado familiar aos angolanos. Outros sintomas, tal como de diarreia, febre tifóide, problemas respiratórios, também encontram solução no centro, porque ainda há fármacos para a cobertura. Aliás, não faltam pessoas do município-sede e das comunas limítrofes do vizinho município de Muaxiluando (Nambwangongo) que preferem recorrer à sua unidade sanitária, por considerarem que encontram aí mais medicamentos.
puseram-se a olhar para a comuna com bastante prioridade no que ao capítulo da saúde diz respeito, até porque, deste jeito, acabaram também por evitar as enchentes. De lá para cá, e fruto de um programa de aconselhamento desenvolvido no centro, a população acorre à unidade sanitária para o cumprimento das doses de vacinação”, informou, realçando que a mobilização que fazem às mulheres concebidas é determinante para que a mensagem chegue às famílias e o acatamento se efective. “Havia tempos que íamos fazer uma semana em alguns bairros, porque havia condições de alojamento, alimentação e transporte, o que actualmente não temos, até porque, em termos de meios, só vejo dois carros de campanha a circular. Tratamento de bebés detalhado O entrevistado de O PAÍS detalhou que a sua equipa vacina a vulgarmente conhecida com a sigla BCG para os recém-nascidos, já que esses infantis têm de fazer a referida dose, a de hepatite B e a zero-12. Para os de dois meses, há que dar as vacinas contra a pólio, o penta 1 e a rotavírus. Já os de quatro meses têm de fazer a segunda dose das primeiras vacinas que ele tomou de início. Aos bebés de seis meses é recomendada a administração de pólio, penta e plumo 13, deixando de fazer o rotavírus, já que, aos nove meses, a criança deve levar a primeira dose de febre-amarela, de rubiola e a vitamina A.
Por ser o mesmo padrão que assegurou seguirem das recomendações das instâncias reitoras da saúde, aos petizes de um ano e três meses, faz-se a última dose de sarampo (rubiola). Relativamnte às grávidas, cumprem a primeira dose contra o tétano quando estiverem com cinco meses de gravidez, sendo que no mês seguinte cumpre-se a segunda dose da vacina em referência. Lembrou, entretanto, que, no primeiro trimestre, tem de tomar já a de fancidar, no caso de não sofrer de paludismo, uma injecção que, a ser favorável ao estado de saúde da grávida, deve cumprir nos cinco meses consecutivos. “Referiu que esse tratamento pode seguir até às vésperas da realização do parto, depois do que as atenções se dirigem para o recém-nascido. Sobre o programa de aconselhamento, Jocelino Fernando confessou que a sua equipa já não vai às comunidades há coisa de meio ano, porque lhe falta meios de transportes com os quais podiam chegar facilmente aos mais de 25 bairros, todos eles distantes entre si e, principalmente, da comunasede. A par disso, informou ainda que o quadro do pessoal do centro médico de Kicabo só há cerca de um ano subiu para 12, com a agravante de metade dos técnicos viver na província de Luanda.
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sociedade
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Associação Jucarente garante “pão à mesa” para duas mil famílias O projecto comunitário “Pão à Mesa” chega aos municípios de Talatona e Belas nesta semana e pretende distribuirkits para o pequeno-almoço (ou mata-bicho) a famílias carenciadas. A meta é atingir mil famílias em cada município, segundo o coordenador-geral da associação Jucarente (responsável pelo projecto), José Gombo Stela Cambamba
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Associação Juvenil de Apoio aos Jovens Comunitários (Jucarente), no âmbito do seu objecto social e juntando-se à luta contra a pobreza e a fome, procedeu ao lançamento do projecto “pão à mesa” que será desenvolvido em seis municípios da capital do país. Até o momento, dois municípios beneficiaram das doações, nomeadamente o de Luanda (Maianga e Cassequel) e o de Cacuaco (bairros do Forno de Cal e dos Pescadores). O coordenador-geral da Juca-
rente, José Gombo, afirmou que o projecto segue para os municípios de Talatona e Belas, onde preveem entregar, a duas mil famílias, cestas para o pequenoalmoço. Uma cesta pode servir para garantir o pequeno-almoço de até sete pessoas, e é composta por pães, café ginga (3 em 1) e uma garrafa de água pura de cinco litros. A iniciativa segue para os municípios do Cazenga e Viana e para o êxito da campanha foram formados 90 voluntários, pelo que cada localidade tem os seus respectivos colaboradores que já identificaram as famílias vulneráveis.
Segundo José Gombo a equipa em serviço está a identificar mais pessoas que vivem em situações de maior vulnerabilidade. “Em Cacuaco, detectamos um idoso que não consegue andar e precisa de assistência. A responsável para área social tomou nota, no sentido de fazer chegar a preocupação às entidades e instituições de direito, para dar o devido tratamento”, exemplificou. A algumas situações pontuais que vão surgindo, a associação consegue dar o devido apoio, com ajuda dos seus parceiros, como a entrega de cadeiras de rodas para alguns jovens que necessitam deste meio para se locomoverem. “Numa primeira fase, almejávamos entregar o pequeno-almoço a 100 famílias vulneráveis, mas no terreno verificamos que a necessidade é maior, pois ao darmos num grupo que consideramos vulnerável, o outro aparecia dizendo que também não tem o que comer. Tivemos que abrir as mãos para estes também”, sublinhou. Em cada município a Jucarente fica uma semana a distribuir o kit, mas há casos que acabam ficando mais tempo, dada a dificuldade por que passa a população e a necessidade desta ajuda. Para além da entrega do kit, o projecto serve também para mobilização e sensibilização das comunidades sobre o combate e prevenção da Covid-19, que é feita com um carro alegórico, bem como a identificação de pessoas com necessidades especiais para posterior ajuda. O projecto conta com o apoio da Refriango, 4JM Luxy, ALCEA, Quinta Alegria, AL & DH, café Ginga, El Shafa e outras instituições. Surge como resposta ao apelo do Estado sobre a solidariedade social nesta fase da Covid-19.
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O QUE É O CORONAVÍRUS E COMO ME POSSO PROTEGER? O novo Coronavírus, intitulado COVID-19, é de uma família de vírus conhecidos por causarem infecção que pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia
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oi identificado pela primeira vez em Janeiro de 2020 na cidade de Wuhan, na China. Este novo agente nunca tinha sido previamente identificado em seres humanos, tendo causado um surto na aludida cidade que se espalhou rapidamente a vários países do mundo. A Organização Mundial da Saúde decretou (OMS) que o mundo está diante de uma pandemia.
COMO ME POSSO PROTEGER?
Tendo sido reportados já 48 casos em Angola, com duas mortes, estão indicadas medidas específicas de protecção, mas há questões práticas que se deve ter em conta para reduzir a exposição e transmissão da doença:
1. Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto directo com pessoas doentes;
2. Evitar contacto desprotegido com animais domésticos ou selvagens; 3. Adoptar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo); 4. Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.
QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS?
As pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infecção respiratória aguda 2.Tosse como: 1. Febre 3. Dificuldade respiratória
Em casos mais graves pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos e eventual morte.
EXISTE TRATAMENTO? Não existe vacina. Sendo um novo vírus, estão em curso as investigações para o seu desenvolvimento. O tratamento para a infecção por este novo Coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas apresentados
cartaz seu suplemento diário de lazer e cultura
Mais de 284 mil turistas entre nacionais e estrangeiros visitaram os museus em 2019 Os museus de Angola receberam 284 mil e 498 visitantes, entre nacionais e estrangeiros, um público composto maioritariamente por jovens em idade escolar. Com a entrada em vigor das taxas de cobranças para ingresso nestas instituições, a museóloga afecta ao Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), Soraia Santos, em entrevista exclusiva a OPAÍS, por ocasião do Dia Internacional dos Museus, que hoje, 18, se assinala, disse que tiveram os cuidados em fixar valores simbólicos para acesso aos museus, sendo que duas franjas estarão isentas de pagamento, designadamente, cidadãos dos 0 aos 12 anos e maiores de 60 anos
Antónia Gonçalo
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Soraia Santos
oraia Santos proferiu que nesta sua nova jornada, entre as várias missões, pretende também, sempre que possível, conseguir apoios para alguns projectos ao nível dos museus. Nesta senda, teve como primeiro resultado, no âmbito das comemorações da efeméride (em que os museus encontram-se encerrados devido ao estado de emergência), o patrocínio de um software de gestão de bibliotecas, para todos os museus de Angola. Em Angola existem cerca de 14 museus entre nacionais, regionais e locais. Qual é o estado actual destas instituições museológicas? Em primeiro lugar é importante dizer que as nossas instituições museológicas são depositárias de
um rico e diverso património histórico e cultural, e que é dever de todos conhecer, preservar, valorizar e divulgá-lo. De uma forma geral, os museus de Angola necessitam de melhorias nas suas infraestruturas, ou, em alguns casos, de novas instalações, desenhadas e pensadas de acordo com as normas específicas para os museus, para que eles possam desempenhar as funções que lhe estão associadas – adquirir, conservar, investigar, comunicar e expor o património material e imaterial que tem sob a sua responsabilidade. Estamos a falar em organismos específicos? Por se tratar de instituições com funções específicas, que implicam a constituição de equipas multidisciplinares, necessitam de quadros com formação especializada como, por exemplo, conservadores restauradores, museógrafos, museólogos, investigadores, isto para falar apenas das áreas directamente ligadas à museologia, mas existem outras dependendo do âmbito do museu, se é um museu de Antro-
pologia vai precisar de antropólogos, de Arqueologia de arqueólogos e historiadores e assim por diante. Em que estado estão os espólios nestes espaços? A conservação dos acervos museológicos é uma preocupação transversal a todos os nossos museus. Precisamos de novas e equipadas reservas técnicas para um melhor acondicionamento e conservação das peças. O processo de conservação tem tido êxitos? Embora seja uma das áreas mais sensíveis nos nossos museus, tem-se feito um esforço muito grande para conservar o melhor possível as nossas colecções e devo agradecer aos directores e funcionários de todos os museus, pelo sentido de responsabilidade com que encaram este assunto. Como funciona o leque de programas e espaços educativos nos museus, com o fim de melhorar e elucidar os visitantes sobre o real valor e importância do seu mosaico sócio-cultural?
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Uma das mais importantes funções dos museus é, sem dúvida, a função educativa. Os projectos educativos de cada museu devem ser pensados e adequados ao seu público-alvo, são eles que permitem uma melhor e maior apreensão da mensagem que se pretende transmitir e, consequentemente, um maior envolvimento do público com os museus. De que maneira é feita a programação destas actividades? De uma forma geral, todos os museus programam as suas próprias actividades educativas. Elas passam, por exemplo, pelas visitas guiadas, pela programação de palestras sobre diversos temas dentro e fora dos museus, pela programação de exposições temporárias e itinerantes, pela criação de espaços que incentivam o gosto pela leitura aos mais novos, ou ainda, pela criação de atelieres que visam colocar o visitante em contacto com modos de “fazer”, considerados tradicionais, como é o caso da olaria ou da cestaria. Estas e outras actividades podem e devem ser pensadas e implementadas nos nossos museus. Em média, com base nos relatórios, quantos visitantes recebem anualmente e quem mais procura pelos museus nacionais? Em 2019, os museus de Angola receberam 266 mil e 399 visitantes nacionais e 18 mil e 099 estrangeiros, perfazendo um total de 284 mil e 498 visitantes. O público é maioritariamente escolar. Com a entrada em vigor das taxas de cobrança para visitas, acredita que aumentará a procura, ou pelo contrário, irá afastar mais os visitantes? Repare, em todo o mundo as entradas nos museus implicam o pagamento de ingressos. No caso de Angola, tivemos o cuidado de encontrar valores que consideramos simbólicos, sendo que há isenção de pagamento para visitantes, isso, dos 0 aos 12 anos e para visitantes com idade superior aos 60. Os visitantes com idades compreendidas entre os 13 aos 18 anos pagarão um valor, mas simbólico. Os primeiros museus, de História Natural e do Dundo, nas províncias de Luanda e da Lunda-Norte, respectivamente, que surgiram antes mesmo da independência do país, foi para resgatar os valores sócio-culturais do país, ignorados pelos colonizadores? Os primeiros museus, criados e
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Uma das mais importantes funções dos museus é, sem dúvida, a função educativa. Os projectos educativos de cada museu devem ser pensados e adequados ao seu público-alvo
orçamento baixo, foi possível fazer pequenas obras no edifício e, com isso, melhorar significativamente as condições de trabalho dos técnicos e, ao mesmo tempo, conferir maior dignidade ao espaço que, consequentemente, permitiu melhorar o nosso serviço ao público. Para os projectos mais ambiciosos tive a sorte de contar com o apoio de instituições como o Banco Económico que desde 2016 patrocinou projectos do museu, chegando também a ajudar, em 2019, com uma viatura para apoio aos projectos de investigação. Outras empresas locais, como a fábrica de água “Preciosa”, a Planasul, a Conser, a Logicpulse Angola, a Intercal e a Top Oferta nos apoiaram em diversos projectos e isso fez toda a diferença. Saio da direcção deste Museu com plena consciência que dei sempre o meu melhor e com espírito de dever cumprido.
fundados na era colonial, surgiram não para resgatar os valores culturais dos povos colonizados, pelo contrário, eles surgem como instituições que permitiam o estudo e um maior conhecimento da cultura local que era mal conhecida pelo colonizador e sempre, numa perspectiva de que se estava diante de uma cultura exótica e inferior à cultura portuguesa ou europeia. E quando ocorre o início do resgate dos valores culturais do país, através destas instituições? A missão de resgate dos valores culturais de Angola através dos museus dá-se após a independência. Actualmente, os nossos museus têm como função a preservação, valorização, o estudo e a divulgação da história e cultura angolana, contribuindo para a afirmação da identidade nacional, expressa na grande diversidade que nos caracteriza. Como estão os museus, no âmbito da cooperação para troca de experiência entre países, de modo a inovar e dinamizar o seu funcionamento? A cooperação internacional tem em vista, especialmente, a investigação científica e a formação de quadros. Esperamos poder contar com esses acordos para melhorar o sector, recorrendo à experiência e know how dos nossos parceiros internacionais. A conservação preventiva é uma acção diária e que, dentro das condições existentes, é da responsabilidade de cada museu. Os artistas plásticos, em várias conversas tidas nas nossas reportagens, sobretudo neste jornal OPAÍS, reclamam a falta de um Museu de Artes, para coleccionar e preservar as suas obras. Essa questão suscita a vossa preocupação?
A criação de museus depende de condições específicas para o efeito, existência infra-estruturas adequadas, colecções e recursos humanos. A sustentabilidade dos projectos também deve ser tida em conta, bem como os benefícios que trará para a comunidade. Mas pensam em criar um Museu de Artes com esta finalidade? Pensar na criação de quaisquer museus implica termos primeiro que reunir todas estas condições. Se seria uma mais valia podermos contar com um Museu de Arte angolana? Sim. Seria. É um projecto no qual se pode pensar. Foi directora do Museu Regional da Huíla no período de 2014 a 2020. Quais foram as dificuldades enfrentadas na altura, que métodos usou para resolvê-los e, igualmente, dar maior dinamismo ao espaço? Fui directora do Museu Regional da Huíla no período de 2014 a 2020, não é possível resumir num parágrafo tudo o que fizemos durante esse período. Foi um grande desafio e uma honra enorme. Quando assumi a direcção daquele museu percebi que o museu tinha pouca expressão na comunidade. Então, resumindo, foi
preciso organizá-lo, do ponto de vista técnico e administrativo, melhorar a sua imagem, conceber projectos educativos e de dinamização cultural, que nos permitissem sair do anonimato. E as dificuldades? Nos seis anos em que estive como directora do museu, a principal dificuldade que encontrei foi gerir a falta de recursos humanos (eramos apenas seis funcionários), mesmo assim, a equipa mostrou-se sempre à altura dos desafios e conseguimos tornar aquele museu numa referência na região. Implementamos imensos projectos educativos virados para a captação do público, bem como estratégias de comunicação externas que divulgaram todas as actividades de relevo que foram sendo realizadas, transformamos o museu num centro vivo de cultura, onde há espaço para as mais diversas manifestações culturais – teatro, poesia, espectáculos de dança, lançamento de obras literárias etc – ou seja, o museu abriu-se à comunidade. E em termos orçamentais, como foi? O orçamento que geria foi também uma das dificuldades encontradas, mas apesar de ser um
Assume novas funções no ministério quais são os planos que têm acção para uma maior desenvoltura dos espaços no país? Os museus de Angola têm, cada um, a sua própria direcção e é essa direcção que concebe os planos de acção para o seu museu ao longo do ano. A minha função junto dos museus é de coordenação e acompanhamento metodológico das acções levadas a cabo por cada museu. O objectivo é trabalharmos no sentido de formarmos uma equipa que partilhe experiências e conhecimentos. Vivendo na era digital e da comunicação, trabalharemos em estratégias de comunicação eficazes, que permitam um maior conhecimento dos museus por parte do público e a desmistificação de ideias que associam os museus a depósitos de velharias, mostrando que através de diversas acções de dinamização cultural podemos conferir aos espaços o dinamismo que a sociedade tanto reclama. Então vai apoiar, efusivamente, os museus? Sim. Vou encarregar-me também de, sempre que possível, conseguir apoios para alguns projectos dos nossos museus. A título de exemplo vamos receber, no âmbito das comemorações do dia internacional dos museus, o patrocínio de um software de gestão de bibliotecas, para todos os museu de Angola. O patrocínio é da empresa Logicpulse Angola que começará por instalar o referido software nos museus de Luanda e, faseadamente, nos restantes museus espalhados pelo país.
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Efeméride
Museus encerrados devido ao Estado de Emergência O mundo assinala esta Segunda-feira, 18, o Dia Internacional dos Museus, que este ano decorre sob o lema “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão”
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m Angola, os museus estão encerrados ao abrigo do número 7 do Artigo 26º do Decreto Presidencial 128/20 de 8 de Maio, que prorroga o estado de emergência em vigor no país de 11 a 25 de Maio do mês em curso”, este preâmbulo pode-se ler no site oficial do Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, também coordenador da Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural.
No mesmo site pode-se ainda ler que há uma atenção do Executivo aos museus e similares expressa logo no discurso de investidura do Presidente da República: “Durante o nosso mandato, propomo-nos realizar uma ampla divulgação dos museus, monumentos e sítios que integram o património histórico, cultural, arquitectónico e natural de Angola, para seu usufruto por parte da popula-
Património
ção e para o fomento do turismo”, disse na altura João Lourenço. Este ano, o Dia Internacional dos Museus é celebrado numa altura em que, pela primeira vez desde a sua instituição, a maior parte dos países do mundo está com os museus encerrados por conta da Covid-19, pandemia que alterou profundamente o nosso “modus vivendi”. Em 2018, o Presidente criou a Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural, coordenada pelo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, e destinada a implementar programas de conservação e à gestão participativa do património cultural nacional, entre os quais os museus. Em Janeiro do ano em curso, João Lourenço visitou o museu do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED)-Huíla, e inteirou-se do herbário da instituição, e do museu de ornitologia e mamologia. Um mês depois, fiscalizou o estado das obras
Recordação
do futuro Museu e Centro de Ciência e Tecnologia de Luanda, e do novo Arquivo Nacional de Angola. Na qualidade de coordenador da Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural, o Vice-Presidente já visitou os Museus de Antropologia, de Histó-
ria Natural e da Escravatura. Bornito de Sousa também visitou o Museu dos Reis do Congo e a antiga Sé Catedral Kulumbimbi (local sagrado e de culto), em Mbanza Kongo, o Túmulo do Soba Wambu Kalunga, na Cáala, Huambo, e a Casa Museu Óscar Ribas, em Luanda.
Luto
Cinema
Instituída em 1977 pelo Conselho Internacional de Museus da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a efeméride visa chamar a atenção para a importância dos museus como meio de intercâmbio cultural e de cooperação entre os povos.
Insólito
Autoridades retomam requalificação do Museu do Huambo
Georgina Rodríguez recorda look de princesa que a fez brilhar em Cannes
Covid-19 faz nova vítima nas artes. Morreu Pilar Pellicer, estrela do cinema de ouro mexicano
Carla Chambel e Welket Bungué juntos em curta-metragem
O primeiro álbum a ficar 950 semanas (mais de 18 anos!) no top americano
As obras de requalificação do Museu Regional do Huambo, que tinham sido paralisadas no quadro do estado de emergência em vigor desde 27 de Março, no âmbito das medidas de prevenção da Covid-19, foram retomadas na última semana e decorrem a bom ritmo. Trata-se da primeira fase da empreitada, orçada em 21 milhões de Kwanzas, consistindo a mesma na melhoria da estrutura arquitectónica do imóvel. A requalificação tem em conta a sua modernização e garantia de condições para o seu pleno funcionamento, enquanto instituição que representa e conserva os valores culturais e sociais da população Ovimbundu.
Numa altura em que estaria a decorrer o Festival de Cinema de Cannes, não fosse o facto de este ter sido adiado devido à pandemia de Covid-19, são muitas as celebridades que recorrem às suas redes sociais para lembrar os momentos felizes que as fizeram brilhar no evento. Georgina Rodríguez foi precisamente uma das personalidades que usou as redes sociais para este Sábado recordar a sua passagem por Cannes. Em 2019, a namorada de Cristiano Ronaldo foi convidada a desfilar pela primeira vez na passadeira vermelha do festival. Para a ocasião, a modelo escolheu um vestido comprido em tons escuros. Uma peça de corte justo, que deixou Georgina a parecer uma verdadeira princesa.
A actriz Pilar Pellicer, que marcou a chamada época de ouro do cinema mexicano, morreu aos 82 anos, por complicações derivadas da Covid-19, anunciaram no último Sábado, 16, as autoridades locais. O falecimento foi confirmado pelo Instituto Nacional de Belas Artes e Literatura (INBAL) do México numa mensagem da rede social Twitter, onde enviou as condolências à família. Pilar Pellicer participou em mais de 40 filmes e peças de teatro, duas dezenas de telenovelas, e foi uma comprometida promotora do programa “Leio, logo existo”.
Carla Chambel e Welket Bungué são os protagonistas da nova curta-metragem: “Porque odeias o teu irmão?” que será lançada na 14ª edição do MOTELX, que a produtora MauMau Mia estreará em Setembro. Realizada por Pedro Martins e Inês Marques, e com direcção de arte de Dárida Rodrigues, esta curta-metragem foca-se na complexa relação entre os irmãos Clara e Víctor, marcada pelo desacordo sobre o rumo a tomar em relação à relíquia da família, e abalada pelo súbito aparecimento de um visitante inesperado chamado Luís.
“Dark Side of the Moon”, álbum dos Pink Floyd, alcançou a semana passada um feito notável: tornou-se no primeiro LP a passar 950 semanas (mais de 18 anos) no top de vendas da Billboard. O disco ocupa agora ao 193º lugar da lista, mas apesar de tão baixa posição garantiu um recorde nunca antes alcançado - nem de perto nem de longe. De acordo com a revista Forbes, apenas “Legend”, de Bob Marley com os Wailers, poderá vir a rivalizar com “Dark Side of the Moon”, tendo permanecido no top 200 durante 625 semanas.
OPINIÃO
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SUELY LMadeira Kâmia S Gamarano
A vida pós-desconfinamento
e se Uma rádio qu o das p mantém no to e tem u audiências e q quatro s emissoras na is a províncias m nda, a populosas (Lu uela g Huambo, Ben e Huíla).
M Luanda 99.1 F FM Benguela 96.3 FM Huambo 89.9 99.3 FM Huíla
T
emos estado todos expectantes, novos focos da pandemia de Covid-19 alastram, o vírus passou agora para os Estados Unidos e o Brasil com números galopantes todos os dias, Bolsonaro já não diz tratar-se de uma “gripezinha” e Trump assegura que antes do fim do ano haverá uma vacina. Nós por cá vemos novos negócios a surgir, a exemplo a venda das máscaras de tecido e a comercialização de álcool gel. As máscaras estão a atrair muitos vendedores pois podem conseguir entre 400 a 8 mil kwanzas por dia comercializando-as entre 100 a 200 kwanzas, os fornecedores são os alfaiates do mercado do Kikolo. A venda de sabão azul e branco também disparou e não há cantina que não tenha o balde adaptado com uma torneira e o sabão para que possamos lavar as mãos. As pessoas vão paulatinamente adaptando-se e tendo consciência de que este será o nosso novo normal. Contudo o que preocupa
muitos de nós é a incerteza do desconfinamento, falta-nos mais uma semana de Estado de Emergência e temos visto um aumento da capacidade dos transportes, o alargamento de funcionamento a outros estabelecimentos que não de alimentos e até o beneplácito de regresso às suas funções das auxiliares do lar, mas e pós Estado de Emergência como será? Tendo presente que os números apresentados ainda não têm o resultado da amostra comunitária, pois como explicou o Sr. Secretario de Estado para a Saúde Pública não se fazem testagens aleatórias mas sim seleccionam-se indivíduos que constituirão a amostra. Iremos adoptar as estratégias dos outros países que tentam regressar à normalidade e deixar que sejam os pais a decidir se as crianças com menos de 6 anos voltam à creche? Direccionar as escolas para que se cumpra um distanciamento de 2 metros entre alunos nas salas de aulas, assim como a proibição de que se cruzem entre corredores? E será que todas as unidades de ensino conseguirão cumprir a directriz? Iremos igualmente proibir eventos musicais com mais de
100 pessoas ou impor distanciamento na restauração optando por privilegiar o consumo em esplanadas? Continuaremos a considerar obrigatório o uso das máscaras e a ida aos cabeleireiros e esteticistas com marcação prévia? E os informais deverão continuar a trabalhar só de terça a sábado com higienização dos mercados? E os “formais” render-seão ao teletrabalho e à rotatividade presencial como forma de garantir uma melhor gestão empresarial? Como será a vida pós desconfinamento, quando a OMS vem dizer que afinal de contas o continente africano poderá não ser tão fustigado como inicialmente previsto e até há casos de países que conseguiram curar os seus pacientes com recurso à medicina natural, mas que não tem o mesmo impacto do que algum laboratório patenteado que faz rios de dinheiro….. Talvez Trump e Bolsonaro devam pedir ajuda ao presidente malgaxe…. Talvez nós devêssemos olhar para as nossas especificidades afinal o pensar é global, mas o agir esse deverá ser local….
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em breve apresentaremos o chocolate feito com cacau de cabinda” Temos défice grande na produção pecuária, principalmente naquilo que é a base alimentar. Não temos a suinicultura, a ciprinicultura, a avicultura a piscicultura e bovinicultura. É nisto que estamos concentrados, promovendo a produção pecuária ao nível da nossa província. Há projectos concretos senhor governador? Temos muitos projectos. O primeiro está a ligar a avicultura familiar assente no apoio a antigos militares no quadro do combate a pobreza. Temos um projecto grande que tem a ver com a cadeia de valor onde para além das culturas alimentares, das fruteiras e culturas comerciais, estamos apostados na componente pecuária, desenvolvendo para além da avinicultura, a suinicultura e a caprinicultura, mas estamos apenas a dar os primeiros passos e devemos ter paciência na busca de resultados.
À frente dos destinos da província mais a Norte do país,
Marcos Nhunga não tem dúvidas de que o potencial de Cabinda é o sector agrícola e promete que o seu governo vai fazer tal vir ao de cima. Apesar de ter encontrado trabalho superior que na pasta anterior, acredita que Cabinda tem tudo para exportar alimentos para os Congos e abastecer o resto do território nacional André Mussamo
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enhor governador Marcos Nhunga parece-me que está muito apostado no sector agrícola na província que governa. Já se pode falar em
auto-suficiência alimentar? É, claramente, nossa intenção. Deixa-me dizer-lhe que Cabinda já é autossuficiente em termos daquilo que é a base alimentar da sua população mormente a banana, a mandioca, amendoim, etc. e etc.. A única coisa em que a província ainda tem défice em termos da base alimentar das suas populações é
o feijão. Infelizmente, na região só se produz uma vez durante a época conhecida como cacimbo. O nosso trabalho vai no sentido de fazermos com que também na época chuvosa, assim como acontece em outras regiões do país, aqui se possa produzir o feijão. Agora o nosso maior défice de facto tem a ver com a proteína animal.
É no âmbito desta grande aposta que a província terá introduzido novidades como a cultura do cacau? Até porque este é um programa que já vimos fazendo de algum tempo a esta parte, era eu ainda ministro da Agricultura. Deverá saber que Cabinda é das poucas, senão a única parcela nacional, que tinha no tempo colonial uma expressão muito grande na produção desta cultura do cacau. Infelizmente, esta cultura no passado era um privilégio mais ou menos exclusivo das fazendas dos latifúndios e não uma cultura disseminada no seio da produção familiar. Portanto, os autóctones não a praticavam. Não podemos perder de vista que cacau é uma cultura de grande abrangência e tem uma palavra a dizer até na obtenção de divisas. Portanto, decidimos apostar nela promovendo o seu ressurgimento e levamos já cerca de dois anos deste projecto e agora iniciamos a colheita dos primeiros resultados… Há ressultados bons? Muito bons! Introduzimos a cul-
tura do cacau ao nível familiar e, neste momento, contamos com pessoas que cultivam 10 a 15 hectares que somados representam uma boa franja. Se conseguirmos fazer com que mais famílias, senão todas, se juntem a este projecto estaremos em breve a ultrapassar os resultados conseguidos no tempo colonial. os resultados podem ser já estimados em toneladas? Não tanto assim (…) Mas temos alguma coisa já colhida e estamos animados. Sendo assim, quem será o cliente? Não divisivo ao nível do mercado nacional algum cliente em concreto. Olha, felizmente para os produtores de Cabinda já tivemos aqui empresários holandeses e, em jeito de amostra, já produziram o primeiro chocolate com o cacau de Angola saído de Cabinda. Anuncio que nos próximos dias teremos o prazer de colocá-lo no mercado nacional. A empresa interessada, tão logo termine o problema que estamos a viver (Covid-19) virá instalar-se em Cabinda e é ela que vai encarregar-se da comercialização, financiamento e assistência técnica na produção do cacau de Cabinda por considerarem o produto de muito boa qualidade. Voltemos à proteína de origem animal que referiu há instantes. E o mar não oferece nada? A província tem uma grande orla maritima… Sim, temos um litoral de mais de 100 quilómetros e com um potencial enorme em termos de pescado e isso é que tem ajudado a equilibrar o défice de proteína de origem animal na dieta alimentar das populações de Cabinda. Devemos reconhecer que, em termos de pescado, não temos muitos problemas. O que queremos neste aspecto concreto é organizar melhor o sistema de conservação e comercialização do produto. As nossas famílias que praticam a pesca têm muitas dificuldades que se consubstanciam em perdas
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enormes, porque chega o pescado e é vendido a preços baixos a parceiros que depois vão revender em condições mais vantajosas. Temos poucas instalações para a conservação e valorização do pescado. O pensamento que temos e existe um projecto concreto inscrito no PIIM e no de “cadeia de valor”. Trata-se da construção de câmaras de conservação do pescado ao nível da zona costeira assim como a estruturação do mercado de peixe com a inserção das nossas comunidades. Mas volta e meia ouvimos falar de conflitos com o sector de produção petrolifera. Senhor governador, os pescadores queixam-se muito, por exemplo, de derrames petrolieros? Também é verdade, mas não consideramos isso um conflito ou contradição. Os dois sectores podem conviver em harmonia. Os derrames interferem muito na actividade pesqueira, essencialmente atingindo os artefactos de pesca que são profundamente afectados pelo crude derramado, provocando prejuízos aos pescadores, mas estamos a trabalhar no sentido de que sempre que este tipo de problema ocorra as comunidades e as empresas petrolíferas cheguem a um entendimento. Uma das coisas que estamos a fazer é dotar os pescadores de unidades motorizadas que possam fazer com que eles pratiquem a sua actividade um pouco mais longe e afastados das sondas, evitando a que exerçam a sua actividade nas proximidades das plataformas petrolíferas que até representam um perigo enorme à integridade física dos pescadores. Também se pode presumir que o peixe destas imediações não deve ser muito saudavel? Não tanto por este motivo. Na verdade, há uma grande concentração de cardumes de peixe em torno das plataformas petrolíferas e isso atrai o pescador. Mas no interesse de uns e de outros temos de encontrar um meio-termo fazendo com que as duas actividades prossigam, porque são fundamentais para a província. Senhor governador falou em auto-suficiência de alguns produtos. Daqui a pouco vai colocar-se a questão do excedente. Vender para o resto do país, particularmente para zonas necessitadas, devia ser o caminho, mas a condição natural de enclave da provincia faz com que seja mais facil vender para os dois Congos. Como é que olha para esta dificuldade?
Sim, disse e bem. O nosso excedente abastece principalmente os dois Congos. Principalmente, em termos de banana e mandioca, particularmente, para as regiões de Ponta Negra e Kuiló. Entretanto, achamos que isso não é um problema para nós, o principal elemento a atacar é a transformação. A industrialização, por si só, faz com que a produção valorize entre 10 e 15%. Não podemos continuar a ver o produtor como o homem que deve subir num camião e deslocar-se a Ponta Negra vender e depois voltar com todos os riscos decorrentes deste processo. Temos de criar uma cadeia onde intervém o produtor, o comprador, o processador e por aí em diante. Temos como opção a entrada do excedente da produção na merenda escolar, evitando desta forma a importação de produtos. Deve saber que a agricultura de Cabinda é muito saudável, porque usa em pequena escala, apenas na horticultura, os pesticidas e adubos. Temos, portanto, um produto quase natural e o grande interesse nele. Mas a industrialização passa por boa infraestrutura onde se inclui a água e a electricidade, para não mencionar estradas. Como andam as coisas? É verdade, energia e água ainda é uma grande dor de cabeça. Estamos a buscar soluções agora com o PIIM principalmente em termos de água. Não podemos continuar a ver as populações dependentes dos rios onde buscam água bruta, principalmente fora das sedes municipais onde o problema está minimizado. Temos estado a olhar para as soluções de furos que abundam na região Sul como uma boa alternativa mas, o nosso problema em Cabinda são os preços praticados. Por exemplo, as poucas empresas que existem no mercado local fazem o furo de água a 27 a 40 milhões de Kwanzas pelo que não há bolso que aguente tais preços. Estamos a apelar a que as empresas do ramo se façam representar em Cabinda para poderem também oferecer preços como os praticados noutras regiões do resto do país, onde o furo custa qualquer coisa como 4 a 5 milhões de Kwanzas. Relativamente à energia, idem. Nas sedes municipais temos o problema mais ou menos resolvido e os nossos problemas começam nas comunas, aldeias e bairros. No quadro do PIIM propusemos alternativas como sistemas solares. Estamos a prever a chegada de kits domésticos com a capacidade de acende 8
de entre horas a dias à espera de uma oportunidade para atracar. No tempo colonial chegamos a ter aqui um porto franco e o pessoal vinha aqui fazer compras. A situação foi invertida devido à bravura do mar. Felizmente, este sistema de “quebra mar” depois de pronto vai permitir atracagem normal dos navios e logo o manuseio da mercadoria, tanto a que chega quanto a que é enviada. Este projecto está a meio (50%) e estamos esperançosos que até ao próximo ano poderemos ter esta solução operacionalizada e ali respiraremos de alívio na ordem dos 50 a 60% das nossas necessidades. Consequentemente, o Governo adquiriu ferry-boats para apoiar a província, fazendo com que ela não fique refém da via aérea, enquanto se espera que se resolva a ponte entre a província do Zaire e a região de Banana passando pelo território da RDC lâmpadas e alguns electrodomésticos que podem ajudar a minimizar o problema. Cabinda, para ter a questão energética resolvida, precisa de cerca de 450 a 500 MW. Neste momento temos ao nível da central do Malembo 150MW com auxílio das turbinas a gaz e a diesel, e alguns grupos térmicos nas sedes municipais e mais 100 MW que nos chegarão de Ponta Negra. Pela via de um financiamento japonês, o MINEA está a providenciar 100MW em sistema solar e mais 180 a 200 MW com turbinas. Se somar há-de ver que só assim vamos mitigar o défice energético da província. Só assim chegaria o boom na produção agricola e a industrialização? Sem dúvida. Com este potencial é possível pensar em pequenas indústria de café e cacau ao nível dos municípios, unidades de processamento e transformação de produtos do campo, como a banana, a transformação da mandioca em fuba e em farinha, etc.. Veja que, apesar da auto-suficiência em termos de mandioca, Cabinda não consome em grande escala a fuba de bombó. Uma vez transformada pode ser exportada para os Congos, com valor agregado e para o resto do país, só para citar este caso. Como chegaria ao resto do país onde há mercado, por exemplo, para a fuba de bombó? Já pensou nisso, atendendo que a ponte aérea não deve ser a melhor solução? Esta em curso um projecto para
resolver o problema do “quebramar” da ponte cais de Cabinda. Não sei se sabe que o problema do mar de Cabinda são as calemas e a situação da descontinuidade do território. Para ter uma ideia, os preços dos produtos da cesta básica custam o triplo do valor praticado no resto do país. Tudo devido à nossa dependência, essencialmente, da via aérea. Não é fácil resolver isso. Graças à vontade do Governo central que concebeu um projecto para minimizar as calemas que, via de regra, obrigam os barcos com produtos a aguardarem ao largo
Finalmente, apesar de a nossa conversa ter tido o acento sobre a economia não posso deixar de lhe fazer esta pergunta. Como se sente e o que diz de comentarios e noticias sobre instabilidade em Cabinda? Vou-lhe fazer uma revelação: em Cabinda o trabalho é maior do que o que tive estando no Governo central. Tive de readaptar-me. Sendo filho da terra e conhecendo bem a realidade de Cabinda, apesar de ter estado fora da província, por muito tempo, sinto que estou a fazer este processo de readaptação muito bem. Há uma sensibilidade no seio das comunidades, e como vim cá para servir este povo que me viu nascer e crescer, estou concentrado a tentar deixar algum trabalho feito, naturalmente com o apoio das estruturas centrais.
No tempo colonial chegamos a ter aqui um porto franco e o pessoal vinha aqui fazer compras. A situação foi invertida devido à bravura do mar
É como dizer: esta animado? Muito animado. Não podemos perder o foco e as redes sociais são um bom elemento para nos desfocarnos na missão. O caminho é para frente, e tudo temos de fazer passo a passo, ou seja, caminhando. Os que pensam o contrário são livres de pensar daquela maneira, porque até estamos em democracia. Para mim, mais do que pensar e criticar, todos devíamos nos pôr a caminhar pelo mesmo trilho e fazer com que a situação da província melhore. Gostaríamos que viesses cá no pós-Covid-19 e constatar o que estamos a fazer com o apoio do Governo central e consequentemente a satisfação muito grande que estamos a ter ao trabalhar em Cabinda. Obrigado.
Mercados
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A Libor USD 6 meses registou uma redução semanal de 1,3 p.b. para 0,675% O aumento da taxa de desemprego nos EUA para 14,7% em Abril, a maior taxa desde o início da série histórica em 1948, poderá ter contribuído para o registo da Libor
M
ercado Accionista A redução da produção i ndu s t r i a l em 1 1,2 5%, no mê s de A br i l, u m a deter ioraç ão d e 6 ,7 p.p., e m c o m p a r aç ã o a o m ê s a nter i or p en al i zou os í nd ices bol si sta s n or te -a m e r i c a n o s . O s í nd i c e s D ow Jon e s e S &P 5 0 0 re g i s t a r a m p erd a s de 2 ,7% e 2 ,8%, a o s it u a rem-s e em
2 3 .678 ,4 6 e 2 . 8 49, 14 p o nto s , em c a d a c a s o. Mercado Cambial A r e d u ç ã o d a t a x a d e i nf l aç ão d a A lem a n h a em 0, 5 p.p., p a r a 0,9% e m A b r i l , c o n t r i b u i u p a r a o r e g i s to da moeda ú n ica eu ropeia q u e du r a nte a s em a n a , de pre c i ou 0,2 2% a o f i x a r-s e em 1,0 8 1 5 U S D p or u n i d ade d a m o e d a .
Mercado de Matérias-primas Os preços do WTI e o Brent aumentaram cerca de 19,4% e 5,4%, respectivamente, para 29,54 USD/barril e 32,65 USD/ barril. A melhoria das expectativas sobre a procura de petróleo divulgada pela Agência Internacional de Energia beneficiou a cotação do crude. Luibor A s ta xa s de ju ro do merca-
A melhoria das expectativas sobre a procura de petróleo divulgada pela Agência Internacional de Energia beneficiou a cotação do crude
do monetá rio i nterba ncá rio seg u i ra m tendência decrescente n a genera l id ade d a s m at u r id ade s, com exc epção pa ra a Lu ibor Overn ight que ma nteve-se em 15,53%. O reg i sto poderá ref lecti r a ex pectat iva de i ncremento da l iqu idez no sector ba ncá rio, em con sequência da s med id a s de m it igação do s i mpactos da C OV I D-19 em cu rso.
OPINIÃO
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Kajim Bangala
* CRISTIANO FRANCISCO
Aí vem coronavírus: use máscara ou morres!
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título deste artigo faz-me lembrar quando Puto, na década dos anos 70, o filme “ Ai vem Django: pagas ou morres”, que muitos da minha geração tiveram o prazer de assistir nas salas dos cinemas da época dentre eles, São Domingo, São Paulo, Kilumba, N’gola, Afica, Restauradores, Miramar, Tivoli, Atlântico. “Ai vem Django: pagas ou morres” é um filme italiano de accão, produzido em 1966 e dirigido por Sérgio Curbucci. São principais personagens Franco Nero - no papel de Django, Loredana Nusciak – na figura de Maria, José Bordalocomo General Hugo Rodriguez, e foi filme de lotação esgotada, ou seja, era muito concorrido para quem quisesse ver. Recordo-me que começa assim: “na fronteira entre México e América, Django arrastando consigo um caixão onde dentro estava escondida uma metralhadora, vê Maria amarrada numa árvore por um bando de mexicanos, liderados pelo General Hugo Rodriguez, que são dispersos pelos disparos de Django e salva Maria” e contínua com outros cenários lutas corpo a corpo entre o ‘artista e bandidos’ – que com entusiasmo os espectadores aplaudiam…... Termina com o casamento entre o ‘artista’-Django com a Maria. Aí que saudades daquele tempo. Relativamente” Ai vem Coronavírus usa máscara ou morres!”, não se trata de filme e muito menos de conflito com uso de armas de fogo entre ‘artista’ e gangues. é um bicho que não salva, mas transmite veneno que pode mata várias Marias. Ao contrário de Django, é invisível, apenas tem um nome horrível chamado CORONAVIRUS, causador da doença COVID – 19. Não têm plateia, o único amigo dele é o DIABO, am-
bos estão a percorrer o mundo inteiro, ou seja, nos cinco continentes que compõem o Planeta Terra. Lutam principalmente com indivíduos que ficam fora de casa, são inimigos de máscaras, álcool em gel, água, sabão e lixívia, razão pela qual devemos usar e utilizar estes instrumentos de combate. O amigo do Diabo surgiu no dia 1 de Dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan. Diz-se que a mãe dele é uma cobra e o pai é o morcego. No dia 31 de Dezembro do mesmo ano, naquela localidade, o Governo chines anunciou a primeira vítima do BICHO MAU. Não satisfeito pela tragédia causada, saiu da Republica Popular da China e começou a andar pelo Mundo. No dia 11 de Março/2020, já tinha circulado em mais de 187 países e infetado 118 mil pessoas, das quais 4.291 perderam a vida. A propagação do amigo do Diabo preocupou a Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo alertado os habitantes do mundo que a doença causada pelo Bicho Mau constitui uma emergência de Saúde Pública de âmbito internacional e deve ser considerada uma pandemia. O Bicho chegou a Angola no dia 21 de Março de 2020, causando-nos tristeza por ter morto dois
O amigo do Diabo surgiu no dia 1 de Dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan. Diz-se que a mãe dele é uma cobra e o pai é o morcego
angolanos que tinham muito para dar ao desenvolvimento deste país (que as suas Almas descansem em Paz). De imediato, o Executivo angolano, na pessoa do titular – Presidente João Gonçalves Lourenço, tomou as devidas precauções (através da promulgação de Decretos), aconselhando a população a ficar em casa, e sermos aliados aos inimigos do Bicho, que são as máscara, álcool em gel, água, sabão, lixívia e lavar as mãos constantemente. Também fomos advertidos de que o desrespeito as normas estabelecidas não só constitui crime de desobediência, mas também coloca em risco a saúde daquele que desobedecer, porquanto a probabilidade de ser apanhado na via pública pelo bicho mau é iminente. E caso escape, de regresso à casa pode vir acompanhado com o mesmo e consequentemente contaminar a família de casa, os vizinhos e pessoas que cruzarem com o infractor pelo caminho. Segundo dados do monitoramento da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos da América, até 15 de Maio de 2020, a pandemia Covid-19 desde que foi detectado na China em Dezembro de 2019, matou 304.619 e infectou 4,5 milhões de pessoas em todo mundo. Angola até os últimos dados da Universidade em alusão tinha registado 48 casos positivos, 29 doentes clinicamente estáveis, 17 curados e infelizmente 2 óbitos. Caro compatriota e pessoas de outras nacionalidades residentes em Angola, os números causados pelo BICHO amigo do DIABO são alarmantes, razão pela qual a nossa sobrevivência e o combate ao Bicho depende apenas de nós. Para tal, devemos ficar em casa. * Sociólogo e professor universitário.
Cabrão do primo Tito
A
s pessoas pensam que estabelecer compromissos sociais é fácil. Não é assim tão linear. Minto: para um alemão ou um suíço, nada daí advém como empecilho. O alemão diz que o encontro é às tantas horas no lugar X para falarmos do negócio tal. E o encontrarás lá, à hora combinada, no lugar indicado. O suíço chegará cinco minutos antes da hora marcada. Os relógios suíços, minto, os donos dos relógios suíços, quando são suíços, ajustam -nos para menos. Um relógio suíço no pulso de um suíço é outra coisa. No pulso de um mwangole, por exemplo, é só mais um enfeite. Um acessório da bangologia. Com o seu relógio suíço, marca um encontro de negócios para as 10:00H, só aparece às 12:30H e com um arsenal de justificativas. Como: - O trânsito, wei, está um inverno !!! -E o teu telemóvel também ficou engarrafado? - Podias ao menos telefonar... - Tens razão, wei, pago o almoço, é a multa. Mano ! Tempo é dinheiro, chegas atrasado, e se calhar também estás atrasado nos assuntos que combinamos tratar. Uma semana depois, descobre -se que naquele dia o sujeito havia dormido num num motel, bem escoltado, obviamente, e aviou -se de enormes quantidades de água vivificante. Ao sair, estava atrasado, não teve tempo de matabichar. Chega ao encontro e no que pensa é no estômago. Está explicado.
Aconteceu -me muito tempo atrás. Marquei com o meu primo: - Mano grande ( referia-se a mim),sabe assuntos -segredo, é melhor não ser em casa do primo, a mãe vai nos colar. -Certo, bem pensado. -Aprendi mano grande, ouvido de mulher fura parede. ( ahahahaha!!! ). Da combina havida ficou agendado que o encontro aconteceria no sábado mais próximo. No sábadocombinado,otelefonedesligado. Depois de horas a tentar sem resultadoligueiparaamulher(dele).Não conseguia disfarçar a minha raiva: - O Tito? -Tito, aqui? Hoje sábado? Não conheces a tua família. São todos homens sem categoria. Aqui emcasajánoshabituamos,almoço, sozinha, com os miúdos e as miúdas. Até posso pôr um homem aqui em casa, o Tito não irá de saber. Bastou o sermão da mulher do Tito. Para perceber que ele, indistintamente, é capaz de bugar a gregos e troianos ao mesmo. Sobretudo aos sábados. Conformado, liguei a televisão, que estava a passar um jogo de grande cartaz do girabola no exacto momento em que uma das equipas acabara de enfiar um golo. (goooooooo, goooooooo, gooooolooo!!! O narrador bastante extasiado). A câmara captava a euforia dos adeptos da equipa que acabara de mar. Foi neste momento que no écran apareceu o cabrão do Tito, em ponto grande, a festejar e com uma moça à tiracolo. Que não era a minha cunhada. Obviamente. Eu acabara de falar com a mulher do Tito.
Mundo
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Embaixador da China em Israel encontrado morto em casa O diplomata Du Wei foi encontrado morto, ontem Domingo, em Herzliya, Tel Aviv. A causa de morte ainda não foi anunciada oficialmente. Estação israelita diz que morreu de causas naturais
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embaixador da China em Israel, Du Wei, foi encontrado, ontem Domingo, “sem sinais vitais” no interior do seu apartamento na cidade de Tel Aviv, Israel, noticiou a estação Israel National News. Tinha 58 anos e antes de exercer o cargo de embaixador da China em Israel tinha sido embaixador do mesmo país na Ucrânia. De acordo com a Israel National News, não se conhecem ainda as causas da morte. Nem o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel nem as autoridades policiais locais avançaram com qualquer informação oficial relativa à causa de morte. “Seguindo o procedimento habitual”, deslocaram-se à casa de Du Wei “unidades policiais”, indicou apenas um porta-voz das autori-
dades locais à agência de notícias Reuters. O jornal local Haaretz refere que embaixadas um pouco por todo o mundo já contactaram o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, pedindo mais detalhes sobre as circunstâncias que provocaram a morte do diploma. Estação pública de Israel diz que morreu de causas naturais A estação pública de informação de Israel — Israeli Public Broadcasting Corporation —, por sua vez, avançou que não foram encontrados sinais de violência no corpo do embaixador e que a avaliação preliminar das equipas no terreno aponta para que Du Wei tenha morrido de causas naturais. Embora também referisse que a causa de morte de Du Wei, que se tornou embaixador em Israel há apenas três meses (em Fevereiro),
não era ainda publicamente conhecida, o diário noticioso israleita Yedioth Ahronoth citava na manhã de ontem “fontes” (não identificadas) que avançavam que o embaixador da China em Israel teria tido uma paragem cardíaca
durante a noite e fora encontrado morto na sua cama. O diário Yedioth Ahronoth, por sua vez, vincou que a notícia da morte foi confirmada pelo adjunto do embaixador da China em Israel, Dai Yuming, num “briefing”
oficial à comunicação social, sem mais explicações oficiais sobre as causas do falecimento súbito. O diplomata chinês era casado e tinha um filho, mas nenhum dos elementos da sua família está actualmente em Israel, segundo o Yedioth Ahnoroth. O Israel National News publicou que Du Wei terá feito uma das suas últimas intervenções públicas ao criticar declarações do secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo, esta semana. Pompeo tinha viajado até Israel, recentemente, para sensibilizar os israelitas a evitar acordos e negócios comerciais com a China. Du Wei ter-se-á mesmo referido a um “vírus político” que, aparentemente, levava os norte-americanos a ver num baixo investimento chinês em Israel um poder crescente do regime de Xi Jinping no país.
Ex-aliada compara Bolsonaro a Estaline e teme prejuízo da “verdadeira direita”
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anaina Paschoal ganhou notoriedade no Brasil, após ter sido umas das autoras do pedido de destituição contra a ex-Presidente Dilma Rousseff. Agora há quem a aponte à presidência em 2022. A deputada do Partido Social Liberal (PSL), Janaina Paschoal, ex-aliada do Presidente brasileiro, comparou Jair Bolsonaro ao ditador soviético Estaline, afirmando que o ‘bolsonarismo’ pode “manchar a honra e a credibilidade da verdadeira direita”. Em entrevista à agência Lusa, a advogada e professora Janaina Paschoal, deputada mais votada na história do país no sufrágio de 2018, elegeu-se pelo PSL, a anterior formação política de Jair Bolsonaro, mas teme que o
fenómeno ‘bolsonarista’ prejudique a direita do país. “Sinto que esse fiasco ‘bolsonarista’ pode manchar a honra e a credibilidade da verdadeira direita. Eles [apoiantes de Bolsonaro] são muito mais parecidos com a esquerda do que com uma verdadeira direita. Bolsonaro lembra-me Estalin. Já na convenção do PSL, eu avisei que ‘bolsonaristas’ poderiam ser ‘petistas’ [do Partido dos Trabalhadores] com sinal trocado”, afirmou a deputada, sem aprofundar as comparações com o ditador soviético. Janaina Paschoal ganhou notoriedade no Brasil após ter sido umas das autoras do pedido de destituição (‘impeachment’) contra a ex-Presidente Dilma Rousseff (PT), afastada do car-
go em 2016, após o congresso ter concluído que cometeu crime de responsabilidade, por alegada falsificação das contas públicas. Actualmente, e após um grande sucesso nas eleições de 2018, o nome da deputada é apontado por outros parlamentares do PSL como a principal aposta para a sucessão de Bolsonaro na corrida presidencial, em 2022. Questionada sobre o que a levou a entrar em ruptura com o actual chefe de Estado, Janaina apontou o momento em que começaram a surgir acusações contra os filhos do Presidente, contrariando tudo aquilo por que sempre lutou. “Um ano antes das eleições, eu jamais me imaginaria a votar em Bolsonaro. Nós, que acompanhamos e denunciamos os graves crimes do PT, ficamos sem alternati-
va. Era necessário apoiar a alternativa à quadrilha conhecida e, com chances reais de vitória, só havia Bolsonaro”, disse a deputada, numa entrevista concedida por ‘e-mail’ à Lusa. “Ademais, deve-se lembrar que, antes da eleição, ninguém sabia das acusações que viriam a pesar sobre o seu filho Flávio Bolsonaro. Então, Bolsonaro era visto como o único capaz de enfrentar um sistema completamente corrompido. Eu já não concordava com o estilo Bolsonaro de ser, mas quando as acusações contra Flávio surgiram, comecei a duvidar da veracidade do que fora anunciado durante a campanha”, justificou. O senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do Presidente, é investigado desde Janeiro do ano passado pela alegada prática de
crimes de peculato e branqueamento de capitais no seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro apura um esquema de “rachadinha” – prática em que funcionários devolvem parte dos seus salários pagos pelo estado a quem os contrata -, quando Flávio Bolsonaro ainda era deputado estadual, com base em relatórios de inteligência financeira. Janaina frisou que apenas votou em Bolsonaro por falta de uma outra opção que considerasse viável para o futuro no país: “Sinto a falta de preparo de Bolsonaro e do grupo que o cerca, mas eu não tinha alternativa, jamais votaria no PT, eles não me enganam. Nada pode ser pior que o PT”.
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Democratas abrem inquérito a afastamento, por Donald Trump, de mais um inspector-geral Os congressistas democratas abriram um inquérito ao despe-
dimento, pelo Presidente Trump, de um inspector do Departamento de Estado, que conduzia uma investigação sobre o chefe da diplomacia dos EUA, segundo a Lusa
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s eleitos democratas no Congresso dos Estados Unidos da América (EUA) iniciaram ontem Domingo um inquérito ao despedimento, pelo Presidente Trump, de um inspector do Departamento de Estado, que conduzia uma investigação interna sobre o chefe da diplomacia, Mike Pompeo. O inquérito parlamentar sobre o afastamento de Steve Linick, inspector-geral do Departamento de Estado, foi anunciado por Eliot Engel, presidente da comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes, e um democrata do Senado, Bob Menendez. “Contestamos firmemente o afastamento de inspectores-gerais por motivos políticos”, declararam Engel e Menendez, num comunicado. Os dois eleitos democratas referiram que Linick investigava queixas sobre um alegado abuso por Pompeo dos serviços de um alto funcionário para garantir favores pessoais para si e para a sua mulher. O chefe da diplomacia norteamericana viaja frequentemente pelo mundo num avião do Governo na companhia da mulher, Susan Pompeo, que não possui qualquer cargo oficial. Em 2019, a CNN fez eco de uma das queixas, onde se referia que a segurança diplomática se responsabilizava por tarefas como ocupar-se do cão da família ou de efectuar compras de alimentos. “O facto de Linick ter sido demitido das suas funções no decurso deste inquérito sugere fortemente tratar-se de um acto ilegal de represálias”, indicou Engel. Os dois eleitos democratas exigem que os altos responsáveis do Governo conservem todos os documentos relacionados com este despedimento e que os transmitam até 22 de Maio às comissões responsáveis pelo inquérito. Segundo a CNN, o próprio Pompeo sugeriu o afastamento de Linick e escolheu pessoalmente o seu
sucessor, Stephen Akard, um antigo colaborador do vice-presidente Mike Pence. De acordo com a lei norte-americana, o executivo deve prevenir o Congresso com 30 dias de antecedência da sua intenção de demitir um inspector-geral, para permitir a contestação da decisão pelos deputados. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, declarou que Linick foi “punido por ter cumprido honradamente o seu dever de protecção da Constituição” e da “segurança nacional”. “O Presidente deve terminar com este hábito de exercer represálias e vingar-se contra funcionários que trabalham ao serviço da segurança dos americanos, em particular nestes tempos de emergência mundial”, acrescentou Pelosi. Desde a sua absolvição no processo de destituição no Congresso em Janeiro, o Presidente dos EUA desafia e critica com frequência o que designa de “Estado profundo”, numa alusão aos funcionários federais que, segundo considera, entravam a sua acção. Donald Trump afastou ou demitiu inspectores-gerais para o Pentágono, os serviços de informações ou o departamento de Saúde, e ainda um alto responsável científico, Rick Bright, que até finais de Abril dirigia uma agência
responsável pelas vacinas (Barda). Bright assegurou ter sido afastado devido à sua oposição a uma ampla utilização de hidroxicloroquina, um medicamento elogiado por Trump, no tratamento do novo coronavírus, mas cuja eficácia não foi rigorosamente comprovada. Os inspectores-gerais têm poderes para promover inquéritos internos em cada ministério. Procurador há longos anos, Linick foi nomeado em 2013 por Barack Obama para supervisionar os 70 mil milhões de dólares gastos pela diplomacia norte-americana. Pompeo, de 56 anos, é um colaborador muito próximo de Donald Trump e um dos raros a conseguir evitar qualquer divergência visível com um Presidente impulsivo e imprevisível. Em funções desde 26 de Abril de 2018 para suceder a Rex Tillerson, que mantinha relações turbulentas com o Presidente, Pompeo impulsionou nos últimos meses uma viragem da diplomacia norte-americana, e contra a opinião de numerosos cientistas promoveu uma teoria pela qual a pandemia de Covid-19 teve origem num laboratório chinês. Em 2019, Linick teve um papel menor no decurso do processo de destituição contra Donald Trump, ao remeter ao Congresso documentos de Rudy Giuliani, o advogado do Presidente.
Covid-19: Desconfinamento na Europa acelera a partir de hoje
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levantar de restrições, impostas pela quase totalidade dos governos para travar a pandemia de Covid-19, prossegue esta Segunda-feira com a reabertura de um sem número de serviços em muitos países europeus, incluindo em Portugal. Grécia, Itália, Dinamarca, Bélgica, Irlanda, Polónia e Macedónia são alguns dos países que ou dão início ou continuam com o desconfinamento, agora com a reabertura de escolas, comércio, restauração, cafés e salões de beleza, entre outros sectores de actividade. República Checa, a 7 de Abril, Áustria, a 14, Dinamarca, a 15, e Noruega, a 20, foram os primeiros na Europa a levantar algumas das limitações impostas para controlar a pandemia de Covid-19, nuns casos reabrindo o pequeno comércio e as creches, noutros voltando a permitir a saída à rua e as deslocações. Esta Segunda-feira, esses e outros sectores de actividade reabrem num conjunto de países europeus. Em Portugal também. O Governo grego prossegue o levantamento das restrições, com a reabertura de escolas secundárias e de locais antigos e históricos, como a Acrópole.
Tal como noutros países, a Grécia impôs, a 23 de Março, um confinamento geral, para travar a pandemia do novo coronavírus, que terminou a 4 de Maio. Menos afectada que grande parte dos países europeus, a Grécia já contabilizou 162 óbitos entre os 2 819 casos de pessoas contaminadas pela Covid-19. As autoridades italianas começam a partir de Segundafeira a reabrir os museus, autorizando também a celebração de missas, desde que seja respeitado o distanciamento social e o uso de máscaras e luvas pelo padre na eucaristia. Também os cabeleireiros e salões de beleza podem reabrir em 18 de Maio. Com as escolas encerradas até Setembro, a Itália iniciou a fase de desconfinamento a 4 deste mês, com a reabertura de algumas actividades, sendo um dos países europeus mais afectado pela pandemia de Covid-19, contando, até Sábado, mais de 224 mil casos de contaminação e 31 763mortes. A Dinamarca prossegue a reabertura gradual dos serviços, autorizando a abrir portas os colégios, restaurantes e locais de culto, bem como as actividades ao ar livre.
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O PAÍS Segunda-feira, 18 de Maio, de 2020
Uma pessoa morre e 2 ficam feridas em tiroteio em Illinois, EUA
P Preço de materiais de construção de acabamento disparam até 100% no mercado Uma caixa de mosaicos, por exemplo, está a custar quase Kz 10 mil. Já um saco de massa de acabamentos, usada para estucar, que anteriormente custava Kz 3 mil, subiu 100 %, passando para Kz 6 mil Alberto Bambia
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s preços de alguns materiais de construção de acabamento registaram uma subida brusca no mercado nacional de até 100 por cento, em alguns casos, no decorrer do estado de emergência, conforme constatou o jornal OPAÍS, durante uma ronda efectuada em algumas artérias da cidade de Luanda. O mosaico, o mais solicitado, que custava, em média, Kz 5 mil, subiu até 100 %, estando agora a custar 10 mil e em outros armazéns Kz 9 mil e 995. O saco de betume da Mopic (marca de referência de materiais de acabamento) também registou uma subida de até 100 %, custando actualmente Kz 2000 o saco. Tal como o mosaico e o betume, a massa de acaba-
mento, usada para estucar, subiu 100 por cento,para Kz 6 mil. Destes materiais, o que sofreu o acréscimo mais reduzido foi o cimento cola, de até 30% , estando agora a 2 mil o saco, que outrora era 1400 kzs. Estes preços foram constatados em armazéns dos bairros Golfe II e Luanda Sul. Preços afugentam clientes Num dos armazéns de Luanda Sul, a dona Delfina Adão, que pretendia concluir a construção da sua residência, viu o seu plano arruinado, uma vez que tinha feito um orçamento e preparou o dinheiro, todavia, foi surpreendida com a actual tabela de preços dos materiais de acabamento. “Não contava com esse preço. Fiz um orçamento com o mestre que podia trabalhar na minha casa. Girei em vários armazéns, mas as coisas agora estão assim caras. Deve ser por causa do novo Coronavírus”, atirou a senhora.
COVID-19 por detrás do aumento Por seu turno, no bairro Calemba II, o cenário é idêntico, apesar de existirem lojas, embora “camufladas”, a comercializar os materiais de acabamento a preços modestos. No estabelecimento do marroquino Mohamed Siri, o mosaico, por exemplo, está ainda a custar 5 mil kzs. “Eu estou a fazer a este preço porque esses materiais não comprei agora. Comprei antes da pandemia. Por isso não posso aumentar. Há pessoas que já estão a aumentar, embora não tenham esgotado o stock antigo”, contou o comerciante. Quanto ao facto de os preços estarem a subir, Mohamed explicou que os materiais estão a vir dos seus países de origem inflacionados. Acrescentando à equação os insumos que o produto acarreta até chegar ao retalhista, bem como o lucro, obtem-se a explicação do aumento exponencial dos materiais em referência.
elo menos uma pessoa morreu e outras duas sofreram ferimentos de bala num tiroteio ocorrido num motel na cidade de Rockford, no Estado americano de Illinois. De acordo com a Polícia de Rockford, o tiroteio havia iniciado por volta da 1h00 local numa das unidades da rede de motéis Super 8. Com a chegada da Polícia, foi constatado que no tiroteio, cuja razão ainda não foi determinada, uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas. Uma equipa da SWAT (força de operações especiais da polícia americana) foi chamada ao local. O motel acabou sendo evacuado, segundo contou o chefe da Polícia de Rockford, Daniel O’Shea, à rede CNN. Ainda de acordo com a autoridade, o
suspeito dos disparos ficou encurralado pelos polícias. Num informe mais recente, a Polícia disse que o confronto acabou com o suspeito sendo encontrado morto. Ao que tudo indica, o mesmo teria cometido suicídio com uma arma de fogo.
China pede que empresas de alimentos elevem stocks, com medo de nova onda Covid-19
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China pediu que empresas de comércio e processadoras de alimentos aumentem os stocks de grãos e oleaginosas diante de uma possível segunda onda do novo Coronavírus e o agravamento das taxas de infecção em outros lugares levantam preocupações sobre as linhas de suprimento globais. Negociadores estatais e privados de grãos, assim como produtores de alimentos, foram orientados a adquirir maiores volumes de soja, óleo de soja e milho durante conversas com o Ministério do Comércio da China nos últimos dias, disseram três fontes comerciais à Reuters. “Existe a possibilidade de um colapso no fornecimento devido às infecções por coronavírus. Por exemplo, um porto de origem ou destino pode fechar”, disse um trader sênior de um dos maiores processadores de alimentos da China, que conversou na semana passada com autoridades para discutir compras. “Eles nos aconselharam a aumentar os stocks, manter os suprimentos mais altos do que normalmente temos. As coisas não parecem bem no Brasil”, acrescentou, referindo-se ao principal fornecedor de soja da China e importante exportador de carne, cujo número de casos da Covid-19 superou os de Espanha e Itália. Uma segunda fonte na China in-
formada por uma pessoa que participou numa das reuniões disse que o Ministério do Comércio da China reuniu-se com algumas estatais na Terçafeira para discutir como garantir suprimentos durante a pandemia. “Uma das principais preocupações é como a epidemia na América do Sul pode impactar o fornecimento (de feijão) para a China”, afirmou a fonte. O Ministério do Comércio da China não respondeu a um pedido de comentário sobre planos para aumentar stocks de alimentos. Os embarques brasileiros de soja foram adiados em Março e Abril devido a uma combinação de fortes chuvas e mão de obra reduzida à medida que entraram em vigor regras de contenção por causa do novo Coronavírus, levando a uma queda nos stocks chineses de soja para baixas records. As chegadas do Brasil desde então se recuperaram, mas autoridades continuam cautelosas com novas interrupções. Nas últimas semanas, o conglomerado agrícola estatal chinês COFCO e o distribuidor de grãos Sinograin aumentaram as compras de soja e milho nos EUA. Pequim também aumentou as suas alocações de cotas de importação para os principais compradores de grãos, abrindo caminho para novas compras em potencial.
O PAÍS Segunda-feira, 18 de Maio, de 2020
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Empresa americana anuncia descoberta de anticorpo que bloqueia completamente o novo Coronavírus
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corpo humano. “Queremos enfatizar que existe uma cura. Existe uma solução que funciona a 100%”, garantiu Henry Ji, fundador e CEO da Sorrento Terapêutica, citado pela Fox. Ele salientou que, nesse caso, não haveria necessidade de distanciamento físico e seria possível viver numa sociedade sem medo. Os cientistas teriam estudado bilhões de anticorpos, dos quais várias centenas foram considerados potencialmente capazes de agir contra o coronavírus e uma dúzia deles podendo mesmo bloquear a capacidade do vírus de se ligar à enzima humana ACE2, que é o receptor que este geralmente usa para se fixar em células humanas.
ma empresa farmacêutica norte-americana assegura ter descoberto um anticorpo eficiente para neutralizar a infecção pelo novo Coronavírus, sem contudo apresentar o estudo. O anticorpo, que teria sido descoberto depois de experimentos realizados em células in vitro, alegadamente impede que o vírus invada a célula e funcionaria perfeitamente, adianta a empresa. Coquetel de anticorpos A notícia foi avançada pela Fox News e refere que pesquisadores da empresa biofarmacêutica Sorrento Therapeutics, sediada na Califórnia, anunciaram ter descoberto, em colaboração com o Mount Sinai Health System em Nova York, um coquetel de três anticorpos capazes de eliminar o novo Coronavírus do
Anticorpo STI-1499 O anticorpo, batizado de STI-1499,
Madagascar regista sua primeira morte oficial no COVID-19
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adagascar registou a sua primeira morte por coronavírus, de um médico de 57 anos que sofria de diabetes e pressão alta, informou a Comissão Nacional Covid-19 no Domingo. A porta-voz da comissão, Han-
ta Danielle Vololontiana, disse num comunicado na televisão que o homem havia morrido na noite de Sábado. “Um homem morreu de Covid-19 em Madagascar (...) ele tem 57 anos e é membro da equipe médica”, disse ela.
Atentado suicida na Somália mata governador e mais três em Puntland
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governador de Mudug, uma região no Estado semi-autónomo de Somália, foi morto com três dos seus guarda-costas num atentado suicida no Domingo, que foi reivindicado pelo grupo islâmico al Shabaab, informou a Polícia. “Um carro bomba suicida atingiu o carro do governador. O governador Ahmed Muse Nur e três dos seus guarda-costas morreram ”, disse à Reuters o capitão da Polícia Mohamed Osman. A Al Shabaab luta há anos para derrubar o Governo central da
Somália, apoiado pelo Ocidente, e frequentemente realiza atentados na Somália e em outros países da região. O grupo quer estabelecer seu próprio governo no país do Corno de África, com base na sua própria interpretação estrita da lei islâmica da sharia. “Estamos por trás da explosão. Foi um carro bomba suicida. Matamos o governador da região de Mudug e seus três guarda-costas”, disse à Reuters o porta-voz das operações militares de Al Shabaab, Abdiasis Abu Musab.
“se envolve em torno do vírus e o expulsa do corpo”, prosseguiu Henry Ji, pois quando o anticorpo impede a penetração numa célula humana, o vírus não consegue sobreviver. “Se não lograr penetrar na célula, ele não consegue replicar-se. Isso significa que, se impedirmos que o vírus invada a célula, ele acaba por desaparecer e o corpo o elimina”, afirmou Ji, uma vez mais citado pela Fox News. Segundo os pesquisadores da empresa, o STI-1499, que deve se tornar o primeiro anticorpo do aludido coquetel, pode fornecer uma inibição total do vírus, devendo o tratamento estar disponível ainda antes do surgimento de uma vacina. Com esta divulgação, as acções da companhia valorizaram 150% no mesmo dia.
Grupo armado mata 20 moradores do Nordeste do Congo
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m grupo armado matou pelo menos 20 civis numa invasão nocturna em uma vila no nordeste da República Democrática do Congo no Domingo, o mais recente incidente de uma onda de violência étnica que forçou 200.000 pessoas a sair de suas casas em dois meses. Os combatentes da milícia da Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (CODECO), composta por combatentes da etnia Lendu, atacaram a vila de Hema, em Ndjala, na província de Ituri, por volta da uma da manhã de Domingo, informaram as autoridades locais e do exército. . “Eles cortaram com facões vários dos meus compatriotas, 20 já morreram e mais de 14 ficaram gravemente feridos”, disse Solo Bukutupa, administrador local. “É insuportável ver as pessoas morrerem assim.” Os atacantes fugiram quando as forças de paz da ONU chegaram à vila e depois atacaram uma base próxima da ONU, disse uma fonte da ONU. A luta de vários grupos armados na região complicou a resposta do Congo à pandemia do novo Coronavírus e a uma epidemia de Ebola que matou mais de 2.200 pessoas desde 2018.
O CODECO se dividiu em várias facções concorrentes depois de o exército congolês ter matado o seu líder Justin Ngudjolo em fins de Março. No início deste mês, Ngabu Ngawi Olivier, que alegou ter assumido a liderança do CODECO, rendeu-se ao exército e pediu que a milícia largasse as suas armas. Outra facção divulgou posteriormente uma declaração denunciando Olivier como impostor. Nenhum combatente seguiu as ordens de Olivier ainda, disse o porta-voz do exército Jules Ngongo. Rica em recursos naturais, incluindo ouro, diamantes e coltan, a província de Ituri foi o local dos piores combates do país entre 1999 e 2007, depois de uma lu-
ta pelo poder entre grupos rebeldes se transformar em violência étnica - grande parte entre Hema e Lendu. Depois de vários anos de relativa calma, os combates voltaram a ocorrer em Dezembro de 2017, revivendo tensões de longa data sobre a terra. Desde então, a agitação evoluiu para ataques mais coordenados da comunidade Lendu contra o exército e a etnia Hema. No final do ano passado, o exército lançou uma operação em larga escala para arrancar uma constelação de milícias que operam no Leste do país, provocando uma reação que viu pelo menos 350 pessoas mortas por grupos armados em Ituri, disse a fonte da ONU.
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O PAÍS Segunda-feira, 18 de Maio, de 2020
Vice-presidente do Interclube concorda com a anulação do Campeonato Nacional de Basquetebol António Camulogi admite que num momento como este, anular a maior festa da bola ao cesto no país, em nome do bem vida, permitirá aos clubes pensarem melhor o futuro
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Sebastião Félix
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vice-presidente para o basquetebol do Interclube, António Camulogi, concorda com a anulação do Campeonato Nacional sénior masculino, uma vez que se atravessa um momento difícil. Por força da Covid-19 e por consenso dos presidentes de clubes, a decisão mereceu atenção de toda a família da bola ao cesto em Angola. As associações provinciais e os dirigentes de clubes sentaram-se à mesma mesa e alinharam-se, porque, está em causa o bem vida. Além da primeira questão, razões de natureza administrativa também mereceram atenção dos subscritores que decidiram anular a prova. António Camulogi fez saber que a decisão vai obrigar os clubes a prever melhor a próxima temporada, uma vez que não há vencedores nem vencidos. O Campeonato Nacional era liderado pelo Petro de Luanda com
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49 pontos, formação que na fase regular bateu os seus adversários sem qualquer problema em campo. A mesma medida estendeu-
se ao Nacional sénior feminino de basquetebol, prova dominada pelo Interclube e o 1 de Agosto. Nas competições africanas,
as duas formações têm registos positivos, aliás não têm tido clientes à altura das competições. António Camulogi
1º de Maio avança com providência cautelar contra FAF
A
formação do 1º de Maio de Benguela vai avançar, hoje, com a solicitação de uma providência cautelar junto do Tribunal Provincial De Luanda, em resposta à decisão da Federação Angolana de Futebol (FAF) em confirmar a sua descida de divisão, anunciou nesta Sexta-feira, o presidente de direcção, António Moisés. Segundo um comunicado da FAF, tornado público nesta Quinta-feira, é declarada a interrupção definitiva do Campeonato Nacional da 1ª divisão e a prova de apuramento a esta competição. Consequentemente, da época desportiva na modalidade de futebol de 2019/20 em ge-
ral, sem atribuição do título de campeão e sem descida de divisão de qualquer clube. Porém, enfatiza a nota, excepção aplica-se ao clube 1º de Maio de Benguela por razões disciplinares, em defesa da verdade desportiva, mantendo-se válidos, todos os actos administrativos e sancionatórios praticados ao longo da época desportiva em referência. Entretanto, em declarações à Angop, António Moisés afirma que a FAF está a agir de má-fé e garante que o clube já preparou todo o expediente necessário que seguiu ainda na Sexta-feira para Luanda, a fim de dar entrada nesta segunda-feira na sala do cível do Tribunal Provincial local. “Nós não teremos um outro caminho que não o tribunal. Já temos
todas as peças montadas e, na Segunda-feira, vamos dar entrada a um processo de providência cautelar”, reforçou. Com este comunicado, disse, a FAF apenas confirmou estar a agir de má-fé, pois, o campeonato é de 16 equipas e desde a altura em que essa instituição recebeu a notificação do Tribunal Supremo para uma providência cautelar por nós solicitada, sem a responder, não temos dúvidas. O presidente de direcção disse que o 1º de Maio não aceita o averbamento da segunda falta de comparência e, por isso, a providência cautelar pode ser clarificada diante do tribunal e aí eles (FAF) deviam ter cuidado em agir contra o clube. Reafirmou que a FAF agiu de máfé e o que o 1º de Maio de Benguela
não vai baixar a guarda enquanto não se repuser a legalidade no futebol. “Vamos até onde for possível, mas não vamos deixar que nos empurre. Vamos procurar agir dentro da lei e da razão. Apenas o tribunal é legítimo para decidir”, referiu. Caso o tribunal delibere a favor do 1º de Maio, referiu que o clube tem condições administrativas, técnicas e financeiras para continuar no Girabola. Entretanto, apelou aos membros da FAF a respeitarem a história, uma vez que o 1º de Maio é um “património nacional que já leva 40 anos de existência”. Tranquilizou os adeptos, amigos e simpatizantes do clube, de que tem confiança que o primeiro de Maio de Benguela vai continuar
no Campeonato Nacional de Futebol da primeira divisão na época 2020/21. Na sua óptica, uma nova providência cautelar vai condicionar o arranque da próxima edição do Girabola, daí ter solicitado ponderação à FAF. “Com esse comunicado, a federação só produziu mais uma prova da sua injustiça contra o 1º de Maio. Se terminou o campeonato, se não existiu ou foi interrompido, porque razão devemos pagar e a quem uma multa de três milhões de Kwanzas se não houve campeonato? Quantas equipas não conseguiram ir a Cabinda e não escreveram, sem sofrerem consequências?”, questionou o dirigente desportivo.
O PAÍS Segunda-feira, 18 de Maio, de 2020
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Juventus oferece dois jogadores 25 milhões de euros por Nélson Semedo
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Atletas do Paulo Kaká FC numa sessão de treinos
Associados da APF do Zaire reclamam ausência do presidente O dirigente desportivo, Paulo Kaká, revelou que a Associação Provincial de Futebol (APF ) do Zaire não realiza o Campeonato Provincial há mais de 10 anos e que o presidente da associação vive fora da província. O responsável da APF, José Paulo, disse que está em Luanda por motivo de saúde Mário Silva
O
empresário Paulo Kaká, presidente da equipa de futebol com o seu nome, disse, ontem, a O PAÍS, que o presidente da Associação Provincial de Futebol do Zaire, José Paulo vive em Luanda, o que tem travado o desenvolvimento da modalidade na província. Paulo Kaká mostrou-se triste pela situação, pois não entende como o mesmo presidente reúne com os membros de direcção para traçar políticas para tirar o futebol do ‘marasmo’ em que se encontra. “Muitos aqui na província não o conhecem. Acredito que ele não sabem quantos clubes estão inscritos”, lamentou. O mentor da equipa Paulo Kaká FC revelou que está no Zaire, concretamente no Soyo, há mais de uma década e nunca viu a APF realizar Campeonato Provincial, prova que apura o representante da província para a Segundona, Nacional da segunda divisão de acesso ao Girabola. “Na verdade, temos campeonatos municipais que decorrem com alguma frequência em Mbanza Congo, Nzeto e no Soyo, este último município tem mais equi-
pas comparado com os demais”, assegurou. Questionado como foi possível o São Salvador representar a província na Segundona, o empresário disse que o São Salvador jogou no papel, porque não sei qual foi a equipa que defrontou no provincial. “A direcção da equipa em questão mostrou vontade e interesse em disputar o provincial. Portanto, fez os seus corredores e conseguiu representar a província no Campeonato Nacional da segunda divisão, onde o clube do Zaire liderava a série A”, acrescentou. Ainda assim, Paulo Kaká espera que o São Salvador seja a equipa escolhida pela Federação Angolana de Futebol (FAF) para ocupar a vaga do 1º de Maio de Benguela, despromovido de forma administrativa. Caso se concretize esta pretensão, o dirigente desportivo acredita que será um bom teste para ver se o Zaire tem mesmo empresário, porque a equipa não é só de uma pessoa mas de todos. O dirigente desportivo, Paulo Kaká, explicou que desistiu de concorrer à presidência da Associação Provincial de Futebol (APF) do Zaire, porque algumas pessoas não querem ver o desporto-rei a desenvolver numa outra dinâmica.
Dirigente desportivo, Paulo Kaká, lamenta o estado actual do futebol na província do Zaire
Por este motivo, o nosso entrevistado assegurou que é muito jovem, pois procurar cuidar mais do seu clube que tem participado com frequência no campeonato municipal, onde gasta anualmente aproximadamente 7 milhões de Kwanzas. “Estou em Luanda por motivo de saúde” Reagindo às declarações de Paulo Kaká, o presidente da Associação Provincial de Futebol (APF) do Zaire, José Paulo, confirmou que está fora da província por motivo de saúde, “(...) tão logo esteja recuperado vou regressar à província”. “Onde é que ele confirma que a associação não realiza campeonato provincial, há mais de uma década? Ele vive na cidade do Soyo e está desinformado”, esclareceu. José Paulo, responsável pelo futebol naquela província, assegurou que vai concorrer para mais um mandato à presidência da associação.
arece consumada a saída de Nélson Semedo do Barcelona. De acordo com o Sport, o emblema espanhol chegou a acordo com a Juventus para a contratação do internacional português. Assim, o Barcelona irá receber os direitos desportivos de Miralem Pjanic, Mattias Di Sciglio e uma verba a rondar os
€25 milhões. A mesma fonte avança que resta acertar o acordo entre o lateral-direito de 26 anos e a Juventus para que o negócio seja oficializado. Com formação dividida entre Sintrense e Benfica, Nélson Semedo chegou ao Barcelona em 2017. Pelo emblema catalão somou 111 partidas e conquistou dois campeonatos, uma Taça do Rei e uma Supertaça.
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O PAÍS
Segunda-feira, 18 de Maio, de 2020
PREVISÃO DO TEMPO *** 3 DIAS *** PARA AS PRINCIPAIS CIDADES VÁLIDA DE 18 A 20 DE MAIO DE 2020
Fonte: INAMET
INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGOA E GEOFÍSICA - CENTRO NACIONAL DE PREVISÃO DE TEMPO (CNPT) PREVISÃO DO TEMPO *** 3 DIAS *** PARA AS PRINCIPAIS CIDADES, válida de 18 á 20 Maio de 2020 Data 18/05/2020
CIDADE
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Data 19/05/2020
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Data 20/05/2020
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SUMBE
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MALANJE
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DUNDO
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SAURIMO
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HUAMBO
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CUITO
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Céu pouco nublado ou limpo.
LUENA
06
29
Céu parcialmente nublado.
06
29
Céu parcialmente nublado.
06
29
Céu parcialmente nublado, neblina.
LUBANGO
15
25
Céu parcialmente nublado por vezes limpo.
12
25
Céu pouco nublado, neblina.
16
27
Céu pouco nublado, neblina.
MENONGUE
08
27
Céu parcialmente nublado.
08
27
Céu parcialmente nublado.
08
26
Céu parcialmente nublado.
MOÇÂMEDES
12
29
Céu pouco nublado ou limpo.
24
29
Céu pouco nublado ou limpo.
24
29
Céu pouco nublado ou limpo, neblina.
ONDJIVA
17
33
Céu pouco nublado ou limpo.
16
34
Céu pouco nublado ou limpo.
16
30
Céu pouco nublado ou limpo.
Das 18 horas do dia 17 às 18 horas do dia 18 de Maio de 2020. REGIÃO NORTE: Províncias de Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Uíge, Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, LundaNorte, Lunda-Sul: Céu geralmente limpo, por vezes pouco nublado. apresentando-se parcialmente nublado durante a madrugada e pela manhã em quase toda a região REGIÃO CENTRO: Províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico Céu geralmente limpo, por vezes pouco nublado. Apresentando-se parcialmente nublado na província do Moxico. REGIÃO SUL: Províncias do Namibe, Huíla, Cunene e Cuando Cubango: Céu geralmente limpo, por vezes pouco nublado na província do Namibe e Cuando Cubango.
Meteorologistas: Tucaiana Lauriano e Lúcia Yola C. Fernando Luanda, 17 de Maio de 2020 Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, Rua 21 de Janeiro – Tel.: 949320641 – Luanda. Site: http://www.inamet.gov.ao; emails: geral@inamet.gov.ao / geral.inamet@angola-portal.ao
TEMPO no mar
Fonte: INAMET
BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA
3. DESCRIÇÃO SINÓPTICA DAS 18:00 UTC DO DIA 17/05/2020 ÀS 18:00 UTC DO DIA 18/05/2020.
Circulação do vento moderado de Sul a Sudeste entre osEparalelos 4°S e 18°S(Cabinda a Namibe). INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA GEOFÍSICA – INAMET
O antí-ciclone de Santa Helena irá manter-se estacionário nas proximas 24horas com pressão central de 1020hPa, influenciando assim no padrão e intensidade do vento. Assim, prevê-se estado do mar pouco agitado, com altura da onda até 1.4 metros, na região marítima de Cabinda, sendo agitado com a altura das ondas de 1.7 a 2.0 metros nas regiões marítimas de Benguela e Namibe.
2. PREVISÃO VÁLIDA ATÉ BOLETIM AS 18:00 UTC DO DIAPARA 18 DE MAIO DEMARÍTIMA 2020: METEOROLÓGICO A NAVEGAÇÃO
CARTA DO VENTO MÁXIMO E DA ALTURA DA ONDA MÁXIMA PREVISTA
1. SITUAÇÃO GERAL ÀS 18:00 UTC DO DIA 17 DE MAIO DE 2020: Centro Nacional de Previsão do Tempo
Os contornos a cores indicam a altura máxima da ondulação e os contornos em tom cinza indicam os possíveis incrementos das vagas devido à influência do vento local.
SEM AVISO. 1. SITUAÇÃO GERAL ÀS 18:00 UTC DO DIA 17 DE MAIO DE 2020:
Circulação do vento moderado de Sul a Sudeste entre os paralelos 4°S e 18°S(Cabinda a Namibe).
2. PREVISÃO VÁLIDA ATÉ AS 18:00 UTC DO DIA 18 DE MAIO DE 2020: AVISO : SEM AVISO.
REGIÃO
ESTADO DO TEMPO
VENTO
(ATÉ 200 MILHAS DA COSTA)
ALTURA DA ONDA (METROS)
ESTADO DO MAR
VISIBILIDADE HORIZONTAL (KM)
DIRECÇÃO FORÇA (KT)
Cabinda (4°S – 6°S)
Parcial Nublado
Zaire, Bengo, Luanda e Cuanza-Sul (6°S – 12°S) Benguela (12°S – 14°S)
Geralmente Limpo Geralmente Limpo
Namibe (14°S – 18°S)
Geralmente Limpo
SulSudoeste
Até 12
Até 1.4
Pouco agitado
Moderada Boa (Superior a 8)
Sul Sudoeste
Até 12
Até 1.5
Pouco agitado
Boa (Superior a 10)
SulSudoeste
Até 15
Até 1.7
Agitado
Boa (Superior a 10)
SulSudoeste
Até 20
Até 2.0
Agitado
Boa (Superior a 10)
OPINIÃO
O PAÍS Segunda-feira, 18 de Maio de 2020
31
Dani Costa
Cruz pesada
H
á dias deparei-me com uma daquelas reportagens que faziam eco na época do conflito armado: Angola, um dos países mais ricos do mundo, mas cuja população não beneficia das suas riquezas’. Durante mais de uma década, era assim que os meios de comunicação social no chamado Ocidente, com as televisões e jornais em destaque, narravam a miséria que se vivia no país. Eram tempos em que o ribombar dos canhões eclodiam em todos os cantos. E o esforço de guerra exigia de quem governava um maior investimento para que se atingisse a paz, roubando do Orçamento Geral de Estado uma fatia maior do que o devido, para a Defesa e Segurança, atirando para lugares sequentes sectores como a Saúde e a Educação. Maio de 2020. Dezoito anos depois do fim do conflito armado, já
não são as cadeias internacionais – apesar de continuarem em prontidão combativa- a narrarem aquilo que configura uma das maiores humilhações a que são submetidos os seres humanos: Dezenas de crianças e jovens, em Luanda, nas principais centralidades, procuram alimentos em contentores de lixo e disputam os restos até com animais. Se, anteriormente, eram os dementes que disputavam os sobejos, o exército hoje daqueles que procuram alimentos e outros bens nos contentores é composto por pessoas supostamente sãs, mas que não têm outra alternativa por falta de meios para matar a fome dos seus filhos e familiares directos. São imagens chocantes. E continuam a fazer furor na mente de muitos angolanos, que já não escondem o desânimo em relação ao rumo que se vai seguindo, com algumas situações acirradas pelo de-
semprego que continua a aumentar e as feridas descobertas pela pandemia que vai assolando o mundo. O país que chegou a crescer a dois dígitos, com margens de progressão que atraia uma considerável nata de expatriados, parece estar de rastos. Se não está, muito dis-
Em alguns países, sobretudo nesta época da COVID 19, a Cruz Vermelha apareceu na linha da frente, procurando minimizar os efeitos da pandemia e ajudar os mais carenciados
tante não estará. Se o dinheiro vai e vem, como nos habituamos com os sobe e desce do preço do petróleo, que nos tornou dependentes e distante da bendita diversificação da economia, os valores é que parecem estar a regredir muito mais, embora determinados sectores da sociedade continuam com o pouco que têm a tentar salvar os que podem. Diariamente, através das habituais lives do confinamento, artistas de vários sectores tentam atenuar o sofrimento de muitos. Foi assim como Matias Damásio, Yola Semedo, Edmazia e Puto Português, outras instituições religiosas e até pessoas anónimas vão fazendo a sua parte. Mas, da associação que tem como missão auxiliar os poderes públicos com fins assistenciais e de utilidade pública, a Cruz Vermelha de Angola (CVA), os desígnios continuam a ser outros. Está longe dos princípios elementares que norteiam a sua actuação, como a humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, carácter voluntário, unidade e universalidade. A cruz que se carrega na CVA
continua pesada. Tão pesada que há mais de uma década, mesmo beneficiando de apoios do Estado e de outros organismos, a instituição não decola. São poucas as acções desenvolvidas, nem mesmo até no momento em que mais se esperava dela. A escolha das direcções e os interesses subterrâneos lá instalados acabam por minar todo o espírito de solidariedade e os princípios nobres que uma organização do género deveria ter. Em alguns países, sobretudo nesta época da COVID 19, a Cruz Vermelha apareceu na linha da frente, procurando minimizar os efeitos da pandemia e ajudar os mais carenciados. Para não destoar, tal como no passado, a nossa Cruz Vermelha volta a ser notícia por causa de gestão danosa e visitas constantes da Inspecção Geral do Estado. Ainda não dá para acreditar que, num tempo como o que vivemos, houvesse quem se quisesse apropriar até de doações para pessoas esfomeadas. Enquanto uns buscam o que comer no lixo, aqueles que têm somente a missão de as distribuir são acusados de furtar bens que poderiam ajudar a atenuar o sofrimento de dezenas, centenas ou senão mesmo milhares. E a acusação não vem de uma pessoa qualquer, mas sim de Bibiana de Almeida. Num país normal, como escreveu há dias um jornalista no facebook, esta mulher, que tem dedicado os anos de sua vida a salvar a vida dos mais pobres, numa seria relegada para um segundo plano perante um gestor que poucos dias depois de assumir o posto já é acusado de desviar cestas básicas. A ser provado, quem assim procede, deveria ser severamente punido, assim como os que no Kuanza-Sul, nos últimos dias, têm sido notícia por causas várias, incluindo até por suposto malbaratamento das verbas para o combate à COVID 19. A forma como se elegem determinados dirigentes, alguns dos quais com reconhecidos laivos de política e favores, acabam sempre por tornar o nosso fardo mais pesado.
Última
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O PAÍS Segunda-feira, 18 de Maio, de 2020
Fundo de Solidariedade apoia luta contra a praga de gafanhotos A presidente do Fundo de Solidariedade Africana (ASTF, na sigla inglesa), Fátima Jardim, assinou ontem, em Roma, o documento que formaliza o apoio de emergência no valor de um milhão de dólares para reforçar a capacidade de resposta dos países da África Oriental afectados pela praga de gafanhotos do deserto
E
ste documento foi objecto de análise e aprovação, em Fevereiro último, pela 23ª reunião do Comité Director do Fundo, presidido por Angola, na sequência do apelo da FAO ante esta praga, que afecta a segurança alimentar e nutricional dos países do “Corno de África”, segundo a Angop. De acordo com a FAO, a actual praga dos gafanhotos do deserto é uma ameaça sem precedentes à segurança alimentar e meios de subsistência, sobretudo na Etiópia, no Quénia e na Somália. É considerada a praga migratória mais perigosa do mundo e para controlar o seu alastramento, a FAO necessita de cerca de 76 milhões de dólares. O Fundo de Solidariedade Africana, criado em 2012 pela Conferência da FAO para África realizada em Brazzaville, visa apoiar a agricultura e a segurança alimentar, com recursos próprios do continente e de outros parceiros, aumentar a resiliência das popula-
ções rurais às alterações climáticas e criar oportunidades de emprego, em especial para os jovens. Segundo Fátima Jardim, o Governo angolano, com o empenho pessoal do Presidente João Lourenço, tem prestado particular atenção à recapitalização do Fundo. A diplomata, também representante nas agências da ONU sediadas em Roma( FAO, FIDA e PAM), convidou parceiros de outros continentes a participarem no esforço
de recapitalização, como aconteceu recentemente com a França e a China. Cerca de 41 países já beneficiaram da ajuda do Fundo, que arrancou com um montante global de 40 milhões de dólares, resultantes das contribuições de vários países africanos. Pela FAO assinou o documento, a directora-geral adjunta para o clima e recursos naturais, Maria Helena Semedo. DR
D
O que saber sobre o Coronavírus…
“O
álcool ou qualquer mistura com álcool a mais de 65% dissolve qualquer gordura, sobretudo a camada lipídica externa que protege o vírus”. “Qualquer mistura com uma parte de cloro e cinco partes de água dissolve directamente a proteína, desintegrando o vírus”.
Fátima Jardim, presidente do Fundo de Solidariedade Africana
Mais de 10 mil famílias vulneráveis apoiadas na Lunda-Sul ez mil e 900 famílias vulneráveis da província da Lunda Sul receberam ontem, Domingo, da Comissão Multissectorial de Resposta à Pandemia da Covid-19 bens alimentares, produtos de higiene e material de biossegurança, no âmbito das medidas de prevenção e contenção da propagação do coronavírus, segundo a Angop. A doação enquadra-se no plano de contingência de apoio às famílias vulneráveis, com vista a evitar que esta franja circule pelas cidades em busca de alimentos, submetendo-se ao risco de infecção com a covid-19.
dr
As referidas famílias são dos quatro municípios da província, nomeadamente Cacolo, Dala, Muconda e Saurimo. De acordo com a coordenadora adjunta da comissão multissectorial de resposta à Covid-19, Maria Luísa Martins, prevê -se assis-
A doação enquadra-se no plano de contingência de apoio às famílias vulneráveis, com vista a evitar que esta franja circule pelas cidades em busca de alimentos, submetendo-se ao risco de infecção com a Covid-19
tir mais de 15 mil famílias vulneráveis, enquanto vigorar o Estado de Emergência para evitar que se desloquem para as sedes municipais em busca de alimentos e outros meios. Disse tratar-se de um processo contínuo, tendo apelado aos parceiros sociais, com realce para os empresários, no sentido continuarem a doar bens alimentares para que o apoio a esta franja seja regular neste período. Apelou aos munícipes a cumprirem as medidas de prevenção, no âmbito do Estado de Emergência, como lavar as mãos com água e sabão frequentemente, evitar beijos, abraços e ficar em casa.
“O vírus não é um organismo vivo, mas sim uma molécula de proteína (ARN) coberta por uma camada protectora de lípido (gordura), que ao ser absorvida pelas células das mucosas ocular, nasal ou bucal, alteram o código genético delas (mudam) e as convertem em células agressoras multiplicadoras”. “O vírus conserva-se muito estável em ambientes frios, húmidos e escuros”. “Nenhum bactericida serve! O vírus não é um organismo vivo como a bactéria, e se não está vivo não se pode matar com antibióticos, os vírus são desintegrados. Daí que a solução está em romper a sua cadeia de propagação e mutação”. “O vírus não atravessa a pele sã”. “O calor muda o estado da matéria da gordura da camada protectora do vírus, por isso é bom usar água a mais de 25 graus centígrados para lavar as mãos, a roupa e locais em que nos encontremos”.
“Não sacudam! Esfreguem as superfícies com álcool, cloro (lixívia), água oxigenada ou detergente! O vírus agarrado a uma superfície se desintegra algum tempo segundo a matéria de que é feita esta superfície. 3 horas (tela porosa), 4 horas (cobre e madeira), 24 horas (cartão), 42 horas (metal) e 72 horas (plástico). Se se sacudir o vírus volta a flutuar no ar e pode alojar-se no nariz”. “Como o vírus não é um ser vivo senão uma molécula de proteína, não se mata, mas se desintegra. O tempo de desintegração depende da temperatura, humidade e tipo de material onde repousa”. “A água oxigenada dissolve a proteína do vírus, isto ajuda muito depois do uso de sabão, álcool ou cloro para atacar o vírus, mas há que usá-la pura e se se usar na pele a pode ferir”. “O vírus é muito frágil, o único que o protege é uma camada externa muito fina de gordura, por isso é que qualquer tipo de sabão é o melhor remédio, porque a espuma corta a gordura (há que esfregar-se por 20 segundos no máximo e fazer muita espuma. Ao dissolver a camada de gordura se dispersa e desintegra por si”. UMA RECOMENDAÇÃO VALIOSA Use a mão não dominante para abrir as portas em casa, escritório, transporte, banhos, etc., já que é muito difícil que venha a tocar o rosto com essa mão. Na Coreia do Sul foi muito difundida esta iniciativa.