Jornal OPaís edição 1881 de 27/06/2020

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Um ano de PIIM em avaliação no Lubango política: A Comissão Interministerial para a Implementação do

Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) balanceia hoje, na cidade do Lubango, o grau de execução do referido programa em todo o país. P.9 www.opaís.co.ao e-mail: info@opaís.co.ao @jornalopaís facebook/opaís.angola @jornalopais

Director: José Kaliengue

O diário da Nova Angola Edição n.º 1881 Sábado, 27/06/2020 Preço: 40 Kz

Administradora de Benguela processada por demolições

Ensino Superior vai despedir trabalhadores se as aulas não reiniciarem a 13 de Julho

l O advogado dos desalojados não acredita que Adelta tenha agido de motu proprio, pelo que antevê intentar processos também contra o governador provincial, Rui Falcão, o seu vice, Leopoldo Muhongo e contra o comandante provincial da Polícia, Aristófanes dos Santos. P. 8

sociedade: Num comunicado de imprensa a que OPAÍS teve acesso, a AIESPA diz que, como já informaram ao Executivo, se não retornarem às aulas, as instituições privadas e público-privadas de Ensino Superior correm o risco de decretar falência, com todas as implicações económicas e sociais que poderão advir deste processo. P. 11 DR

Mais de 100 toxicodependentes seguem a vida após passarem pelo centro de tratamento do Bengo l O centro de tratamento, reabilitação e

reinserção do Bengo, afecto ao Instituto Nacional de Luta contra as Drogas, que existe há 18 meses, registou a passagem de cerca de 200 pessoas, dos 10 aos 65 anos. 131 delas seguem a vida normal, enquanto outros tiveram recaídas e regressaram àquela unidade sanitária para dar sequência ao tratamento. P. 10

Casos sem vínculo epidemiológico somam 26

Covid-19 estabelece record de 32 casos

P. 2

Petro de Luanda pode renovar com o treinador camaronês l A direcção do Petro de Luanda pode, nos próximos dias, renovar o vínculo contratual com o treinador camaronês Lazare Adigono, tendo em vista a temporada basquetebolística 2020/2021. P. 27

e ainda no cartaz:

Adiamento

da retoma dos cultos em Luanda atrapalha projecto cultural rentável da Associação de Músicos Cristãos

Executivo angolano

Ajusta processo de candidatura do Cuito Cuanavale a Património Mundial da Humanidade

Em Cabul

As raparigas do skate não choram


EM FOCO

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O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

ACTUALIZAÇÃO COVID-19 Diária sobre o Coronavírus A partir do Centro de Imprensa Aníbal de Melo

Angola regista 32 casos positivos num só dia As autoridades sanitárias detectaram 32 novos casos de Covid-19 ontem, sendo 28 em Luanda e quatro na província do Cuanza-Norte, dos quais, seis 6 casos com vínculo epidemiológico em estudo, revelou o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda Maria Teixeira

O

país atingiu novo record ao detectar o maior número de infectados no só dia, desde que se registou os primeiros casos. Os 32 casos positivos, registados nas últimas 24 horas, perfazendo um total 244 casos confirmados, dos quais 10 resultaram em óbito, 153 estão activos e há 81 recuperados. A transmissão local passa a contar com 183 casos. Em relação aos pacientes detectados ontem, explicou que se trata de 28 cidadãos da província de Luanda e quatro do Cuanza-Norte, com idades compreendidas entre os três e 82 anos, sendo 26 do sexo feminino e seis do sexo masculino. Franco Mufinda, que falava na habitual actualização diária do balanço sobre o ponto de situação epidemiológica no país, esclareceu que 26 casos são contactos directos de cidadãos positivos diagnosticados, designadamente, os apelidados de casos números 133, 146 e 217. Dentre os três, no historial do caso 133 fica registado o contágio do vírus a 12 pessoas, o caso 146 a seis pessoas e o 217 a oito pessoas. Segundo Franco Mufinda, os mesmos foram diagnosticados na última semana e, por esta altura, se encontram em quarentema institucional.

Esclareceu que seis casos por enquanto não têm vínculo epidemiológico encontrado, tendo detectados nos centros sentinela que estão a fazer rastreios aos doentes que procuram os serviços em primeira instância por doenças respiratórias agudas e também amostras aleatórias. Sobre as suas localidades, explicou que a mais afectada é Luanda, desde o início da pandemia,

quer com os casos importados, quer com os de transmissão local, sendo que os casos sem vínculo epidemiológico são do Cazenga, Talatona, Maianga, Belas e Ingombota. Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, continuam a trabalhar com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus critérios de saúde pública na definição dos cenários epidemiológicos existentes.

Fez saber que se tem de facto conglomerados em que o número de casos é mais elevado que outros, como fez referência aos cinco municípios apontados. “Reafirmamos que, por enquanto, os conglomerados não preenchem os critérios de transmissão comunitária com sustentadas de casos. Só podiam ser se na verdade a gente tivesse grandes surtos, ou seja, número elevado de casos con-

firmados em que não se consegue encontrar as cadeias de transmissão ou, pelo menos, olhando o número de testes positivos realizados e encontrado nos centros das sentinelas”, garantiu. À procura da fonte dos 26 casos com vínculo epidemiológico desconhecido O governante explicou que em Angola, em particular Luanda, que


O PAÍS

Sábado, 27 de Junho de 2020

é o epicentro da Covid-19 no país, por enquanto, os centros sentinela são todos os estabelecimentos de nível terciários com bancos de urgências, as grandes clínicas privadas e o Hospital Militar. “Informamos que temos, nas últimas semanas, um acumulado de 26 casos sem vínculos epidemiológico, todavia, o Ministério da Saúde continua a investigar e a trabalhar nesses conglomerados e nas áreas circunvizinhas, reforçando as medidas de saúde pública e fazendo a testagem aleatória”, afirmou. Por outro lado, Franco Mufinda contou que pelo menos 10 doentes dos centros sentinela tinham manifestações clínicas respiratórias de ligeiras a graves e um caso com manifestação neurológica. Face a isso, reiterou que a situação inspira cuidados redobrados de todos, a título individual e colectivo, e que as pessoas não devem, de forma alguma, prescindir das medidas de bio-segurança. “Devemos aceitar que a doença existe, que ela é de fácil transmissão e mata. Continuamos a apelar ao acatamento das medidas que são cumprimento obrigatório”, apelou. O secretário de Estado para a Saúde Pública, explicou que o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) registou algumas chamadas.

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Laboratórios com média de 400 amostras/dia Sobre a capacidade de processamento do laboratório, salientou que a média de análises está à volta das 400 amostras processadas diariamente. No que tange as medidas de prevenção, esclareceu que foram realizadas actividades inerentes a palestras de sensibilização nas províncias do Zaire, Bengo, Huíla, Cabinda, Moxico, Lunda-Sul e Benguela. Fez saber, por outro lado, que continuam as formações e a cerca sanitária de Luanda mantém-se. Franco Mufinda disse ainda que no dia 25 deste mês chegaram ao país 50 compatriotas provenientes da Turquia, num voo humanitário organizado pela Comissão Intersectorial. “Tivemos algumas altas e temos pouco menos de 900 pessoas a observarem a quarentena institucional e sob investigação temos pouco menos de 1200 pessoas, sendo que o número de casos suspeitos está acima de 500 pessoas”, frisou.

Jornalistas destacados na cobertura da Covid-19 testam negativo pela segunda vez Os testes realizados a mais de 100 profissionais, entre os quais jornalistas, funcionários do Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM) e efectivos da Polícia Nacional, que estão destacados na cobertura diária sobre a evolução da pandemia da Covid-19 no país, tiveram resultados negativos, anunciou, ontem, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda. De salientar que os resultados anunciados, no auditório Edições de Novembro, em Luanda, surgem na sequência de um dos efectivos da Polícia Nacional destacados no CIAM ter testado positivo da Covid-19. Por essa razão, os profissionais da comunicação social foram submetidos a um novo teste, de reconfirmação, cujas amostras foram recolhidas no Hospital Américo Boavida. Entretanto, o caso do efectivo da Polícia infectado ainda faz parte do grupo dos 26 casos cujo vínculo epidemiológico se encontra em estudo.

Invitation to Tender The Benguela Current Convention (BCC) is a multi-sectoral Inter-Governmental Organisation by Angola, Namibia and South Africa (Parties) to spearhead regional collaboration for integrated management, sustainable development and protection of the environment using an ecosystem approach to ocean

governance in the Benguela Current Large Marine Ecosystem (BCLME). The BCC Secretariat hereby invites proposals from competent company/consultancy firm/ consortium/individual to: 1. undertake a Regional Oil Spill Risk Assessment for the Benguela Current Convention;

2.develop a Resource Mobilization Strategy and Implementation Plan for the Benguela Current Convention. Detailed Terms of Reference are available at: www.benguelacc. org or from Mr. Jackson Kaoti, (jackson@benguelacc.org, Tel: + 264 64 406 901). Closing Date: 22 July 2020


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hoje:

destaques política. PÁG. 8 Administradora de Benguela processada por demolições

SOCIEDADE. PÁG. 10 Mais de 100 ex-toxicodependentes seguem a vida após passarem pelo centro de tratamento do Bengo

O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

o editorial

os números do dia

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Como uma armadilha

O

Estado angolano está agora entre a necessidade de tomar medidas para proteger a vida dos cidadãos e uma montanha de problemas sociais a que se vem somando um punhado de interesses também.

cartaz. PÁG. 14 Adiamento da retoma dos cultos em Luanda atrapalha projecto cultural rentável da Associação de Músicos Cristãos

Economia. PÁG. 18 Cabinda quer deixar de abastecer-se de frango desde os Congos e Luanda

O Governo, e mais ainda em vésperas de eleições, enfrenta desafios enormes, sobretudo nas áreas da Saúde e da Educação, aquelas em que o Estado, apesar de ser sua obrigação constitucional confortar todos os cidadão, tem uma capacidade de resposta muito pequena. E (por que não dizê-lo?), está a jeito de sofrer pressão que pode mesmo chegar a algum tipo de chantagem. Os sinais estão aí. Não que entidades privadas sejam criminosamente chantagistas, a situação em que o Estado se colocou é por si só um elemento de chantagem para que tenha de ceder, ou arriscar medidas cujo desfecho é absolutamente incerto, tal como é ainda incerto o que pode acontecer se reabrir as aulas.

3o 382

Embarcação o de fabrico artesanal que transportava dois mil e 425 litros de combustível para a República Democrática do Congo foi apreendida na madrugada de Quinta-feira no município do Soyo Anos é o tempo que o Liverpool levou para reconquistar a Premier League, nesta época 2019/20, beneficiando da vitória do Chelsea sobre o Manchester City, por 2-1, na Quinta-feira. Quilogramas de estupefaciente (liamba), além de mil e 857 plantas deste mesmo produto, e 17 pedras de cack ou libanga, apreendidos entre 27 de Junho de 2019 e a presente data, fora, destruido ontem pelas autoridades do Huambo

1800

Toneladas de café mabuba serão colhidas na presente campanha, na província do Cuanza-Norte, mais 100 em relação à colheita anterior

o que foi dito Mundo. PÁG. 22 Seis feridos após “incidente grave” em Glasgow. Suspeito abatido

Claro que pode haver uma segunda vaga severa, se aprendemos alguma coisa com a gripe espanhola” Christine Lagarde Presidente do Banco Central Europeu

Recordo que, como todos sabemos, que a Covid-19 só desaparecerá das nossas vidas quando surgir uma vacina ou tratamento eficaz” Marta Temido Ministra da Saúde de Portugal

Se não recebermos fundos urgentes, as crianças serão empurradas para a fome e muitas morrerão” Sara Beysolow Nyanti Representante da UNICEF no Iémen


O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

5 e assim... José Kaliengue Director

Hoje no online de O PAÍS leia a entrevista com o cientista político Sérgio Dundão e compreenda mais sobre os principais problemas políticos que afligem o país

É mesmo o que queremos?

E

www.opais.co.ao Lima (Peru):Catedral da capital Lima preenchida com fotografias de vítimas fatais do novo Coronavírus. (DR)

o que vai acontecer Política As autoridades inauguram hoje, na Huíla, os primeiros equipamentos sociais construídos no âmbito do PIIM, no municípios do Lubango, Caluquembe e Humpata. De acordo a um programa chegado a nossa redação, entres os equipamentos a serem inaugurados constam o novo edifício da Administração Municipal de Caluquembe, uma escola com 12 salas de aulas no bairro Sofrio, arredores da cidade do Lubango. No programa, do Governo da Huíla, consta igualmente a inauguração de uma unidade sanitária no Município da Humpata, cujas obras iniciaram em 2012.

Sociedade Prossegue a formação de quatrocentos e sessenta e nove novos professores do ensino primário e secundário, admitidos no concurso público de 2019 na província do Cuando Cubango, sobre as medidas de prevenção da Covid 19. De acordo com uma nota informativa do Gabinete Provincial da Educação, a que a ANGOP teve acesso, a actividade, que decorre desde Segunda-feira última, tem o término previsto para o dia três de Julho do corrente ano e enquadra-se nas políticas de preparação do reinício do ano lectivo, previsto para o próximo mês.

Economia Quarenta toneladas de banana e 20 de mamão começam, a partir do segundo semestre deste ano, a ser exportadas para Portugal, pela fazenda Girassol, situada na localidade do Loge Grande, município do Nzeto, província do Zaire. O anúncio foi feito nesta Quinta-feira pelo engenheiro agrónomo e sócio-gerente João Amaral, durante uma visita ao projecto pelo novo administrador municipal do Nzeto, Augusto Tiago. A fazenda conta com uma área cultivada de 200 hectares de produtos diversos, dos quais 50 hectares de banana e 20 de mamão

Pandemia O Ministério da Saúde apresenta hoje em conferência de imprensa o estado actual do novo Coronavírus (Covid-19), na sede do CIAM, em Luanda, a partir das 19 horas.

ntão, liguei a uma amiga que trabalha na área da saúde para confirmar um dado que me tinha chegado. É importante perguntar sempre, verificar, embora normalmente em Angola os detentores de informação não gostem de responder. Pois, liguei, há muito tempo que não falávamos. E antes que eu avançasse com as dúvidas que me tinham causado os dados novos, ela, que tem este direito vindo da amizade de dezenas de anos, bem, ela ficou só já amiga mesmo e começou a disparar: O que queres que façam as autoridades mais do que aquilo que têm feito, com um povo que julga estar blindado? As pessoas até arranjam diversão, lutas, se necessário, para chamar a atenção da Polícia e no outro lado uns furam as cercas. No início, queriam doentes, diziam que o Governo estava a esconder, agora dizem que há mais do que os números anunciados, que o Governo está a esconder, mas ainda assim o comportamento das pessoas é o que vemos, querem o quê? E continuou... Vocês, jornalistas, já mediram o esforço que é feito pelos profissionais da saúde pública? Desafio-te a envergar por meia hora aqueles fatos. Durante o estado de emergência, tive gente a andar quilómetros a pé para vir ao hospital trabalhar, não havia táxis. E acrescentou: Se não fosse a capacidade de reacção rápida e de confinamento dos contactos, aí sim, talvez tivéssemos mais casos do que os actuais. Mas é isso o que queremos? Engoli em seco, mas desconfio que ela tenha engolido também quando lhe perguntei se sabia quantos pedidos nossos para reportar o trabalho dos técnicos estão sem resposta.

E também... Próximo Dia dos Trabalhadores Industriais Mundiais - 27 de Junho A data chama a atenção para os trabalhadores industriais do mundo, homenageando todo o contributo prestado à população, pelos bens que estes trabalhadores produzem e em que a sociedade se sustenta. Com a modernização da indústria, os processos industriais mudam constantemente, ofuscando por vezes a importância de uma indústria e o papel dos trabalhadores industriais. Este dia celebra-se a 27 de Junho por ser a data de fundação da Industrial Workers of the World, uma união de trabalho internacional fundada em 1905. Com sede em Chicago, esta união sindical conta com membros em todos os continentes. Os seus membros são chamados “Wobblies” e entre os seus membros famosos encontramse Noam Chomsky, Helen Keller e Tom Morello.


6 Media Nova, S.A Presidente do Conselho de Administração Filipe Correia de Sá Administradores Executivos Luís Gomes Paulo Kénia Camotim Propriedade : Socijornal Depósito Legal: Nº 244/2008 Contribuinte: 5417015059 Nº registo estatístico: 48058

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no tempo do kaparandanda

Director Geral de Publicações: José Kaliengue jose.kaliengue@opais.co.ao

opaís

Director: José Kaliengue Sub-Director: Daniel Costa, daniel.costa@opais.co.ao Chefe de Redacção: Eugénio Mateus, eugenio.mateus@opais.co.ao Editorias : Política: Ireneu Mujoco ireneu.mujoco@opais.co.ao (Editor) Sociedade: Paulo Sérgio paulo.sergio@opais.co.ao (Editor) Romão Brandão romao.brandao@opais.co.ao (Sub-editor) Economia André Mussamo andre.mussamo@opais.co.ao (Editor) Desporto: Sebastião Félix sebastiao.felix@opais.co.ao (Editor) Mário Silva mario.silva@opais.co.ao (Sub-editor) Cartaz: Jorge Fernandes jorge.silva@medianova.co.ao (Sub-editor) Redacção: Alberto Bambi, Augusto Nunes, Miguel Kitari, Domingos Bento, Neusa Filipe, Milton Manaça, Antónia Gonçalo, Maria Teixeira, Patrícia Oliveira, Stela Cambamba, Zuleide de Carvalho (Benguela), Brenda Sambo, Maria Custódia e Adjelson Coimbra. Arte: Ladislau Bernardo (Coordenador) Valério Vunda (Coordenador adjunto), Annette Fernandes, Nelson da Silva e Francisco da Silva. Fotografia: Carlos Moco (Editor), Daniel Miguel (Sub-editor), Pedro Nicodemos, Jacinto Figueiredo, Carlos Augusto, Virgílio Pinto, Lito Cahongolo (repórteres fotográficos), Rosa Gaspar e Yuri dos Santos (Assistentes de Departamento) Agências: Angop, AFP, Reuters, Getty Images

Assistentes de Redacção: Antónia Correia, Rosa Gaspar, Sílvia Henriques Impressão e acabamento: DAMER, S. A. Luanda Sul, Edifício Damer Distribuição: Media Nova Distribuição Tel: +244 943028039 Distribuidora@medianova.co.ao pontodevenda@medianova.co.ao Assinaturas: Bruno Pedro Tel: +244 945 501 040 Bruno.Pedro@medianova.co.ao Online: Venâncio Rodrigues (Editor) Isabel Dalla e Ana Gomes Sítio Online: www.opais.co.ao Contactos: info@opais.co.ao Tel: 914 718 634 -222 003 268 Fax: 222 007 754 Sede: Condomínio ALPHA, TalatonaLuanda. Tel: 222 009 444 República de Angola

Comercial e Marketing: Senda Costa 922682440 email: comercial@medianova.co.ao Tiragem: 15 000 exemplares

1893

27 de Junho de - Primeiro “crash” da Bolsa de Nova Iorque, depois da crise de 05 de maio, culmina recessão da economia norte-americana nos últimos quatro anos.

1953

27 de Junho de - É promulgada a Lei Orgânica do Ultramar Português, que elimina a denominação de Império Colonial. Os territórios passam a Províncias Ultramarinas.

27 de Junho de

1969

- Aumenta a contestação à guerra do Vietname, nos EUA, com a primeira publicação, na revista Life, de fotografias de soldados norte-americanos mortos, os 243 militares que tinham perecido na semana anterior.

carta do leitor

A luz está bem

Parece que as alterações nas empresas e institutos públicos podem dar bons frutos. Um exemplo é na energia eléctrica. Apesar de tudo, melhorou muito. Os cortes diminuíram e no meu bairro, por exemplo, ouvir um gerador a fazer barulho é cada vez mais raro. É verdade que a barragem de Laúca está a dar um grande jeito, mas também é verdade que a distribuição melhorou muito. E com as ligações e contadores prépagos parece que até as puxadas estão a diminuir. Só espero que a EPAL consiga também acabar com os garimpos de água. Porque em algumas zonas é demais. A Polícia tem de agir mesmo, e prender. As multas devem ser grandes. A forma como rebentam com as condutas é mesmo crime grande para o Estado que gasta muito dinheiro. Seria bom receber água em casa, potável e sem cor-

DR

tes. Acho que é possível, como a luz, que já estamos a esquecer os geradores. Os vendedores de geradores agora negocio só mesmo nos municípios e aldeias.

Mas acho que o Governo também deve levar luz aos municípios. Vamos ver se continuamos assim, porque com a Covid-19 tem mesmo de haver luz em

casa, para pelo menos vermos mais televisão.

Escreva para o Jornal OPAÍS através do e-mail info@opais.co.ao ou ligue para estes contactos Tel: 222 003 268 Fax: 222 007 754

Carlos Augusto Luanda



POLÍTICA

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O PAÍS

Administradora de Benguela processada por demolições O advogado dos desalojados não acredita que Adelta tenha agido de motu proprio, pelo que antevê intentar processos também contra o governador provincial, Rui Falcão, o seu vice, Leopoldo Muhongo e contra o comandante provincial da Polícia, Aristófanes dos Santos Constantino Eduardo, em Benguela

O

advogado de defesa dos moradores do bairro das Salinas, José Faria, deu entrada, na manhã de Sexta-feira, 26, no Serviço de Investigação Criminal de Benguela, de um processo-crime contra a administradora municipal de Benguela, Adelta Matias, e o seu vice para área técnica e infra-estruturas, Lara Ndakayassunga, por suspeita dos crimes de abuso de autoridade e danos materiais A OPAÍS, o causídico sustenta que em causa está o facto de a Administração Municipal de Ben-

guela, por via da sua titular, Adelta Matias, ter usurpado poderes do tribunal de Benguela, que desaconselhava a administração do município sede da província de Benguela de avançar com demolições naquele espaço. De acordo com José Faria, apesar de a lei impor cumprimento obrigatório das decisões judiciais, a titular e o seu vice terão ignorado o tribunal e, agindo a seu belprazer, decidiram, com suporte da Polícia Nacional, demolir as casas. Não gozando de foro especial, disse a OPAÍS, o processo movido contra os dirigentes deu entrada no SIC de Benguela. José Faria acredita que Adelta não terá agi-

do de forma isolada, até porque ela jamais teria tanta capacidade para movimentar aquele aparato policial. Esperançado de que em sede de interrogatório no Ministério Público a governante vá alegar que terá cumprido ordem dimanada superiormente, o advogado não

Administradora municipal de Benguela, Adelta Matias

descarta, por isso, a possibilidade de intentar uma acção junto do DNIAP (Direcção Nacional de Acção Penal) contra os superiores de Adelta, entre os quais o governador provincial, Rui Falcão, e seu vice para área técnica e infra-estrutura, Leopoldo Muhongo. Quem também, segundo o causídico, verá pesar sobre si um processo-crime é o Delegado Provincial do Ministério do Interior e Comandante Provincial da Polícia Nacional, por ter afirmado, em entrevista à Rádio Ecclésia, que a polícia em Benguela só se envolveria em acções de demolições caso houvesse mandado judicial. Igreja católica condena demolições O presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz da Diocese de Benguela, Paulino Koteca, condenou veementemente a atitude da Administração Municipal de Benguela, por ter deixado várias pessoas ao relento, entre as quais crianças. O sacerdote esclarece que a Igreja Católica não compactua

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com actos que ponham em causa a justiça social e lembra, porém, que o Estado não está acima do homem, estando este em primeiro lugar. “Seja respeitado na sua dignidade, importância e nos seus valores mais intrínsecos. É um acto que nós condenamos”, disse. O padre católico, que visitou as famílias desalojadas por força do martelo demolidor, questiona onde é que andou a Administração do Estado quando as pessoas investiram os parcos recursos na construção de suas residências e acusa a Administração de Benguela de ter assistido impávida e serena a tudo o que aconteceu. “Se era preciso impedi-los devia ser no início (…) como padre, sinto-me indignado com uma situação dessa natureza”, refere, avisando que não se deve governar apenas para satisfazer interesses de uma elite. O presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz da Diocese de Benguela assegura que a Igreja Católica, por via da área de que é responsável, deverá enviar uma nota de repúdio ao governador provincial de Benguela. O PAÍS soube de fontes palacianas que o governador de Benguela deslocou-se, na manhã de Sexta-feira, ao local das demolições, distante dos holofotes da imprensa.

Governo mantém suspensos voos comerciais Os voos internacionais de cariz comercial regular, de e para Angola, continuarão suspensos por tempo indeterminado, anunciou, esta sexta-feira, o Ministério dos Transportes, citado pela Angop

A

decisão enquadra-se no âmbito das medidas de combate e prevenção da Covid-19, conforme uma nota deste Departamento Ministerial. O ministério reitera que a abertura de voos comerciais de e para território nacional está a depender da evolução epidemiológica nacional, devendo, para o efeito, merecer a aprovação da Autoridade Sanitária Nacional. Sublinha que estará também a depender de regras especificas a serem definidas pela Autoridade Nacional da Aviação Civil, no âmbito dos acordos aéreos estabelecidos. Segundo a nota, serão permitidos, nesta face de Situação de Calamidade Pública, apenas voos humanitários e especiais, no âmbito de

ajuda humanitária e outras razões atendíveis. Explica que estarão autorizados voos humanitários e especiais organizados por um determinado Estado ou Organização Internacional Humanitária, validados pelas entidades competentes, que se destinem ao regresso de cidadãos nacionais e estrangeiros residentes em Angola, repatriamento de estrangeiros e não residentes para os respectivos países e ajuda humanitária. De igual modo, estarão permitidas viagens oficiais, entrada e saída de carga, mercadoria e encomendas postais, emergências médicas, escalas técnicas, entrada e saída de pessoal diplomático e consular, transladação de cadáveres (admitidos até dois acompanhantes), além de entra-

das para cumprimento de tarefas específicas por especialistas estrangeiros. Para tal, adverte o ministério, todos os passageiros que viajarem para Angola deverão realizar um teste de base molecular RT-PCR SARS-cov-2, até 8 dias antes da data da viagem. Já os passageiros que viajarem de Angola para o exterior, ao abrigo dos voos autorizados definidos anteriormente, só devem fazer teste se exigido no país de destino. Quanto à quarentena, o documento faz referência que, enquanto vigorar a Situação de Calamidade Pública, Cerca Sanitária Nacional e da cidade de Luanda, os passageiros vindos do exterior estão sujeitos a quarentena institucional obrigatória, por um período de 14 dias.

A quarentena institucional é realizada num centro de quarenta público definido pela Autoridade Sanitária Nacional, podendo os passageiros, sob suas expensas, optar por ficar acomodados em hotéis previamente aprovados pela Autoridade Sanitária Nacional. O período de quarentena pode ser reduzido para sete dias, se o passageiro realizar um teste de base molecular RT-PCR SARS-CoV-2, num serviço privado certificado pelo Ministério da Saúde. Quanto às excepções, a nota pública refere que a entrada e saída de pessoal diplomático e consular é regulada pela Convenção de Viena (sobre relações diplomáticas), devendo realizar-se, nesse caso, a quarentena domiciliar. Já as viagens de passageiros afectos ao sector dos petróleos e sec-

tor mineiro continuam a reger-se por regime especial, mantendo-se a antecedência mínima de comunicação de 72h, com as autoridades competentes. O ministério avança que continua a acompanhar a situação em articulação com os diferentes departamentos ministeriais, em particular a autoridade sanitária nacional, procurando manter informados todos os intervenientes e interessados, em particular do sector aeronáutico, sobre os futuros desenvolvimentos. “As medidas de mobilidade possíveis de implementar no contexto actual poderão ser ajustadas em função da evolução epidemiológica nacional, das necessidades de defesa e controlo sanitário das fronteiras nacionais”, lê-se na nota enviada à ANGOP.


O PAÍS

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Proposta do OGE Revisto segue para o Parlamento A proposta de Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) Revisto para o exercício económico de 2020 segue para a Assembleia Nacional, após ter sido apreciada, nesta Sexta-feira, pelo Conselho de Ministros, diz a Angop

O

documento prevê receitas estimadas em 13. 588. 678. 595. 437,61 kwanzas (treze biliões, quinhentos e oitenta e oito mil milhões, seiscentos e setenta e oito milhões, quinhentos e noventa e cinco mil, quatrocentos e trinta e sete kwanzas e sessenta e um cêntimos) e despesas de igual montante para o mesmo período. A proposta de Lei que aprova o OGE Revisto teve em conta o preço de referência de 33 dólares americanos por barril de petróleo, verificando-se uma redução de cerca de 14,9 por cento relativamente ao OGE/2020, inicialmente proposto, refere o comunicado da sessão, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço. Em declarações à imprensa, no final da reunião, a ministra das Finanças, Vera Daves, disse que a proposta visa ajustar as decisões

de despesa e projecções da receita às condicionantes impostas pelo actual contexto econórnico mundial e nacional, caracterizado pelo forte impacto negativo da pandemia da Covid-19. Aprovado pelo Parlamento em Dezembro transacto, o OGE/2020

previa despesas e receitas no valor de 15.875.610.485.070,00 kwanzas (quinze biliões, oitocentos e setenta e cinco mil milhões e seiscentos e dez milhões, quatrocentos e oitenta e cinco mil e setenta kwanzas). Na sessão, o Conselho de Ministros também apreciou a Lei da Sus-

tentabilidade das Finanças Públicas, instrumento jurídico que promove a disciplina fiscal de maneira confiável, previsível e transparente, e estabelece as regras e processos que regem a implementação da Política Fiscal do Estado. Trata-se de regras que têm em vista os princípios da estabilidade e sustentabilidade orçamental e financeira, com foco no crescimento económico inclusivo e sustentável e na criação de emprego. Foi igualmente aprovado o Regime Jurídico da Autofacturação, diploma aplicável às entidades com residência fiscal em Angola, que possuam contabilidade e que no exercício das suas actividades económicas adquiram, no território nacional, produtos dos sectores da agricultura, silvicultura, aquicultura, apicultura, avicultura, pescas e pecuária. Nos termos deste diploma, está incluido a aquisição de qualquer

Um ano de PIIM em avaliação no Lubango A Comissão Interministerial para a Implementação do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) balanceia hoje, na cidade do Lubango, o grau de execução do referido programa em todo o país João Katombela, na Huíla

P

ara proceder ao balanço do primeiro ano de implementação do Programa de Intervenção nos Municípios (PIIM), lançado a 27 de Junho do ano passado pelo Presidente da República, João Lourenço, estão hoje no Lubango o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, coordenador da Comissão Interministerial, e os ministros da Administração do Território (MAT), Finanças, Educação, Saúde e o das Obras Públicos e Ordenamento do Território. De acordo a uma nota de impren-

sa distribuída aos órgãos de comunicação social, Manuel Nunes Júnior vai proceder à apresentação do percurso do PIIM, com realce para o grau de execução das acções em curso nas 18 províncias. Financiado com recursos que estão a ser gradualmente desmobilizados do Fundo Soberano de Angola (FSA), o Programa Integrado de Intervenção nos Municípios, tem um orçamento global de USD 2 mil milhões. Segundo a nota de imprensa da Comissão Interministerial, até ao dia 20 de Junho do ano em curso, já foram executados em todo o país cerca de 667 projectos, de um total

de 1.647 inscritos no PIIM. Dos 1.647 projectos inscritos no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios, 68 por cento são de iniciativa local e 32 por cento de iniciativa central,

entre os quais constam: estradas, pontes, escolas, hospitais, centros médicos e outros equipamentos. A par da província da Huíla, já estão a ser inauguradas as primeiras obras executadas no âmbito

serviço, nos casos em que a transmissão seja efectuada por pessoas singulares sem capacidade para emitir facturas ou documentos equivalentes. O Executivo angolano pretende, com este instrumento, reduzir os níveis e segmentos de informalidade, integrando no segmento formal da economia sectores económicos e sociais cruciais, bem como facilitar a comprovação dos custos que os operadores económicos suportam nas transações comerciais dos respectivos bens e serviços. Uma das ideias do Regime Jurídico da Autofacturação é assegurar a inclusão de novos contribuintes no sistema tributário. Na reunião, o Conselho de Ministros procedeu a uma avaliação intercalar do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022 e aprovou o Plano de Acção referente ao Período 2020-2022, refere o comunicado saído da sessão.

do PIIM também nas províncias de Luandae da Lunda-Sul. Durante a sua estadia na província da Huíla, Manuel Nunes Júnior procede, nas primeiras horas desta manhã, à inauguração do novo edifício da Administração de Caluquembe. O Ministro de Estado para a Coordenação Económica vai ainda inaugurar, nos municípios do Lubango e Humpata, uma escola de 12 salas de aula, no bairro Sofrio, um Centro Médico no bairro da Mapunda, arredores da cidade do Lubango e um Hospital na sede municipal da Humpata. Segundo uma fonte deste jornal junto do Governo Provincial da Huíla, o Ministro de Estado para a Coordenação Económica vai, na tarde de hoje, reunir-se com a classe empresarial para auscultar as suas necessidades. O PIIM para a Província da Huíla tem um orçamento de 41 mil milhões de Kwanzas para a execução de 179 projectos nos domínios da Saúde, Educação, Energia e Águas, Infra-estruturas Rodoviárias, entre outros. Entre os projectos em curso, em todos os municípios da província, 144 são novos, estando 10 paralisados e 25 já estão em curso.


sociedade

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O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

JACINTO FIGUEIREDO

Mais de 100 ex-toxicodependentes seguem a vida após passarem pelo centro de tratamento do Bengo O centro de tratamento, reabilitação e reinserção do Bengo, afecto ao Instituto Nacional de Luta contra as Drogas (INALUD), que existe há 18 meses, registou a passagem de cerca de 200 pessoas, dos 10 aos 65 anos. Desta cifra, 131 cidadãos seguem a vida normal, enquanto outros tiveram recaídas e regressaram àquela unidade sanitária para dar sequência ao tratamento Stela Cambamba

A

directora-geral do Instituto Nacional de Luta contra as Drogas (INALUD), Ana Graça, que conversou com o OPAÍS em alusão ao Dia Mundial Contra o Abuso e Tráfico de Drogas, explicou que entre os vários

tipos de drogas, as mais consumidas são o álcool, a liamba e a cocaína, sobretudo pela camada jovem. O centro de tratamento, reabilitação e reinserção do Bengo, inaugurado em Janeiro do ano passado, registou o atendimento de 200 doentes, dos 10 aos 65 ou mais anos, e deste número 131 cidadãos levam a vida normal, sendo que o restante teve que voltar para continuar o tratamento, após recaídas.

O INALUD realizou a triagem de 108 utentes, que corresponde a um trimestre, que procuram os seus serviços na província de Luanda. Segundo Ana Graça, os utentes, enquanto aguardam por uma vaga, depois da triagem, são encaminhados para as unidades sanitárias próximas da sua zona de residência, onde recebem acompanhamento psicossocial para toxicodependente. A família é in-

Depois de Luanda, seguemse as províncias da Huíla e Benguela com maiores números de tóxicodependentes

cluída no acompanhamento. O centro do Bengo tem a capacidade de até 60 utentes. Considerando que cada utente usa a cama hospitalar durante um ano, há necessidade de se construir outros equipamentos sociais para atender as necessidades. Ainda assim, a instituição tem trabalhado com outros centros privados “porque temos consciência de que o tratamento é a melhor forma de melhorar a condição de vida destes indivíduos”, defende. Pelo facto, reafirma a coordenação e controlo das drogas lícitas e ilícitas, a toxicodependência, sua recuperação e reinserção como uma tarefa que deve ser de âmbito na-


O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

cional, sendo que todas as actividades realizadas abrangem as 18 províncias do país, contribuindo para a criação de valores e mudanças de comportamento. De acordo com a dirigente da instituição, o INALUD tem como actividade principal a prevenção e, para o efeito, tem trabalhado em colaboração com outros organismos estatais, como os ministérios da Justiça, Acção Social e Família, Agricultura, Relações Exteriores, Interior (SIC), Finanças - AGT, Juventude e Desportos, e a Direcção Nacional de Medicamentos e

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Equipamentos. “Apesar destas cooperações, todas as forças vivas, associações e outros parceiros são sempre bemvindos, pois constituem sempre uma mais-valia”, sublinhou, Ana Graça. Actualmente, o INALUD e seus parceiros estão a trabalhar nas medidas de prevenção para a consciencialização dos indivíduos e suas famílias, para prevenir o uso excessivo de substâncias lícitas (bebida alcoólica e tabaco) e outro tipo de substâncias proibidas. JACINTO FIGUEIREDO

dr

Aproveitar a Covid-19 para não consumir drogas Ana Graça alerta as famílias, sobretudo neste período da pandemia da Covid-19, em que se aconselha o distanciamento social, que mantenham o mesmo distanciamento das substâncias psicotrópicas e de todos os tipos de estupefacientes, também para o bem da saúde das comunida-

Instituições de Ensino Superior ameaçam despedir trabalhadores se as aulas não reiniciarem a 13 de Julho

A

Luanda continua a liderar números da toxidependência

A

na Graça afirmou que a província com maior concentração de consumidores de drogas é Luanda, pelo número de população jovem que nela vive e pela falta de condições sociais que a província tem, tais como a instabilidade familiar, desorganização no lar, violência doméstica provocada por embriaguês, ciúmes, ausências de adultos, falta de emprego, entre outros. Depois de Luanda, seguem-se as províncias da Huíla e Benguela. Nestas localidades foram instaladas Unidades de Intervenção Local (UIL), que trabalham com os programas de prevenção junto das comunidades. Os técnicos auxiliam na elaboração de políticas públicas e advocacia pa-

ra melhorar as condições dos cidadãos. Pelo facto, a prevenção continua a ser a aposta do instituto, com a oportunidade de contacto directo com as comunidades e aprendizado sobre o modo como cada um vive. Quanto aos constragimentos registados no INALUD, a dirigente sublinhou que faltam meios de transporte, sobretudo nas províncias, para além de se reforçar os recursos humanos a nível das localidades, bem como equipar as unidades de intervenção local. Por agora, gostariam de ver ultrapassada a preocupação de construir mais instalações sociais, assim como registar mais famílias coesas, homogéneas e a formação de mais professores.

des.

Ana“Distancia-te, Graça, INALUD é o conse-

lho escolhido, tendo em conta o contexto, uma vez que existe ai um denominador comum. Distanciamento social é uma das medidas necessárias para inibir ou evitar a propagação das doenças e proporcionar algum conforto aos cidadãos”, explica. Quanto aos desafios do instituto para um futuro próximo, a dirigente almeja proporcionar melhores condições de trabalho a sua equipa para o atendimento melhor ao público-alvo.

Associação das Instituições de Ensino Superior Privado de Angola (AIESPA) anunciou, ontem, em Luanda, que os seus filiados vão despedir os trabalhadores docentes e não docentes se o Executivo suspender o reinício do ano lectivo, previsto para o dia 13 de Julho. Em comunicado de imprensa a que OPAÍS teve acesso, a AIESPA diz que, como já informaram ao Executivo, se não retornarem às aulas, as instituições privadas e público-privadas de Ensino Superior correm o risco de decretar falência, com todas as implicações económicas e sociais que poderão advir deste processo. “Pela impossibilidade de suportar a pesada estrutura de custos, em particular as despesas com os trabalhadores docentes e não docentes”. Esclarece ainda que a decisão saiu na última reunião da Assembleia Geral dessa organização, realizada na Quarta-feira, 24, que serviu para analisar as consequências económica e sociais da pandemia da Covid-19. A Associação diz reconhecer que a vida terá de continuar, fundamentando que até a data presente e a nível no planeta a pandemia está longe de ter fim à vista. Garantem que, contudo, foram adoptadas as atitudes pró-activas por toda a comunidade académica, associadas às medidas individuais e institucionais de segurança. “Cons-

tituíram um esforço acrescido por parte das Instituições Privadas e Públicos-Privadas de Ensino Superior, contribuirão, em nosso entender, para viabilizar o funcionamento de aulas, salvar o ano académico e evitar despedimentos em massa de trabalhadores docentes e não docentes”, diz o documento. A AIESPA, em representação dos seus associados, diz reconhecer o aumento de casos de Covid-19 no país, particularmente na província de Luanda, e aceita, com seriedade e sentido de responsabilidade, a implementação das medidas de bio-segurança e de distanciamento social nas instituições. Por outro lado, disse que a ausência de definição de uma política de comparticipação no financiamento as instituições privadas e público-privadas que actuam neste segmento por parte do Executivo, contrariamente ao legalmente estabelecido, concorre para que as fracções mensais em propinas aos estudantes seja a única fonte regular do seu respectivo financiamento. “A aprovação das Normas Gerais Reguladoras do Subsistema de Ensino Superior, expressas no Decreto 90/09, tem como propósito o adequado funcionamento das Instituições Privadas e Públicos-Privadas do Ensino Superior, reconhecidas como parceiras do Estado no processo de Desenvolvimento económico e social do nosso país”.


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sociedade

O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

ONU-SIDA quer questões relacionadas com o VIH-SIDA nos manuais angolanos O representante da ONU-SIDA em Angola, Michel Konakou, disse, ontem, que esta organização está a estudar a possibilidade de colocar questões relacionadas com o VIH-SIDA nos manuais escolares, de forma a incutir, desde tenra idade, às crianças, este tipo de assunto e contribuir para a redução de novas infecções Romão Brandão

A

s novas infecções anuais constituem motivo de preocupação para a ONU-SIDA, sendo que o último estudo aprovado dá conta, no nosso país, de pelo menos 21 mil novas infecções. São números de 2018, numa projecção baseada no Inquérito Múltiplo de Indicadores da Saúde, sendo que os dados actualizados aguardam por validação, mas, ainda assim, é um número elevado. Temos de fazer muito mais, segundo Michel Konakou, representante da ONU-SIDA em Angola, se quisermos atingir o compromisso de 2030, do fim da SIDA como problema de saúde pública. Deve ser feita uma avaliação de dez anos antes, pois já devíamos estar por volta de 5 mil novas infecções, o que não acontece. “Quando se fala de novas infecções, fala-se em crianças, bebés, e devemos parabenizar a Primeira-Dama da República pela iniciativa do projecto Nascer Livre para Brilhar, já que consegue-se reduzir de maneira significativa o nível de infecção. Mas, além disso, temos que ver ao nível das escolas a introdução de questões relacionadas com o VIH-SIDA aos manuais escolares”, defende, Michel Konakou. Neste processo de inclusão de matérias sobre VIH-SIDA nos manuais escolares, devem ser formados os professores sobre este assunto, devem ser criados gabi-

netes psicopedagógicos para que seja dada continuidade. “É necessário fazer-se o apelo às famílias, para quando o professor estiver a falar sobre sexualidade com os alunos não pensarem coisas erradas. A sexualidade é muito mais ampla do que isso. A criança informada tem muito mais capacidade de se prevenir. Quantos pais falam sobre sexualidade com os filhos? Se começarmos a falar na escola, vamos evitar muitas coisas”, defende. Segundo o entrevistado, está-se a prever um encontro com a nova ministra da Educação, com o objectivo de mostrar esta pretensão, sendo que a situação de Covid-19 adiou a execução. É importante esta inclusão nos manu-

ais, pois levará a que se reduzam outras questões, como estigma ou descriminação, entre outros. Por outro lado, disse ser necessário também que se envolva o sector privado neste combate, pois, por exemplo, não é concebível que ainda se vá a um hotel e não haja, neste local, distribuição de preservativos. Deve existir este tipo de distribuição por fazer parte dos métodos de prevenção. Deve haver ainda, segundo Michel, ao nível dos ministérios, uma equipa de trabalho que trate de questões relacionadas com o VIH-SIDA no contacto com as comunidades por meio da sensibilização. Estas e outras acções ajudariam bastante para que tenhamos níveis baixos de novas infecções.

na Zona Verde do Benfica, em Luanda. A Associação Amigos da VIHDA é uma organização que cuida de crianças infectadas e afectadas com o VIH-SIDA, órfãos e socialmente vulneráveis, daí que procuraram, com o simpósio, fazer um entrosamento sobre todos os aspectos que envolvem a criança. Participaram na actividade o INAC, o Ministério do Interior e o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, para além da ANASO.

1º Simpósio sobre vulnerabilidade das crianças Michel Konakou falou para o jornal OPAÍS ontem, aquando do 1º Simpósio sobre vulnerabilidade das crianças angolanas em tempo de Covid-19, organizado pela Associação Amigos da VIHDA (AAVIHDA), na Mediateca de Luanda. O presidente da AAVIHDA, Noé Mateus, lamentou o facto de haver uma tendência de aumento de casos de violência doméstica e de abuso contra menores nesta fase, pelo que defende que tal simpósio poderá ajudar na criação de uma rede de contactos, troca de informações e ajudas para as nossas crianças. O simpósio esteve mais voltado na reflexão sobre os direitos da criança, o modo como se trata as questões relacionadas a ela, num dia em que se assinalou o Dia Mundial contra a Tortura. Sobre este assunto, no mesmo simpósio foi contada a história da menina Abigail, de 4 anos, que foi violada e morta pelo agressor, em 2018,

Temos que ver ao nível das escolas a introdução de questões relacionadas com o VIH-SIDA nos manuais escolares Michel Konakou, ONU-SIDA Angola

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Lamentamos o facto de haver uma tendência de aumento de casos de violência doméstica e de abuso contra menores, nesta fase de Covid-19. Noé Mateus, AAVIHDA


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O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

O QUE É O CORONAVÍRUS E COMO ME POSSO PROTEGER? O novo Coronavírus, intitulado COVID-19, é de uma família de vírus conhecidos por causarem infecção que pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia

F

oi identificado pela primeira vez em Janeiro de 2020 na cidade de Wuhan, na China. Este novo agente nunca tinha sido previamente identificado em seres humanos, tendo causado um surto na aludida cidade que se espalhou rapidamente a vários países do mundo. A Organização Mundial da Saúde decretou (OMS) que o mundo está diante de uma pandemia.

COMO ME POSSO PROTEGER?

Tendo sido reportados já 244 casos em Angola, com 10 mortes, estão indicadas medidas específicas de protecção, mas há questões práticas que se deve ter em conta para reduzir a exposição e transmissão da doença:

1. Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto directo com pessoas doentes;

2. Evitar contacto desprotegido com animais domésticos ou selvagens; 3. Adoptar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo); 4. Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.

QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS?

As pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infecção respiratória aguda 2.Tosse como: 1. Febre 3. Dificuldade respiratória

Em casos mais graves pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos e eventual morte.

EXISTE TRATAMENTO? Não existe vacina. Sendo um novo vírus, estão em curso as investigações para o seu desenvolvimento. O tratamento para a infecção por este novo Coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas apresentados


cartaz seu suplemento diário de lazer e cultura

Adiamento da retoma dos cultos em Luanda atrapalha projecto cultural rentável da Associação de Músicos Cristãos As actividades de carácter mensal visam acudir os músicos gospel, que desde Março estão se sem rentabilizar, por falta de actividades. A associação, que funciona há 20 anos, tem como objectivo proteger os membros e também desenvolver a arte cultural no seio da população cristã Antónia Gonçalo

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ssociação de Músicos Cristãos de Angola (Asso-música) viu o seu projecto de cariz cultural “Ministério de louvor e adoração” adiado devido à prorrogação da proibição de cultos em Luanda e no Cuanza-Norte, anunciada dois dias antes da sua provável retoma (24), pela ministra da Saúde e porta-voz da Comissão Interministerial, Sílvia Lutukuta, por estas províncias registarem casos crescentes da doença no novo Coronavírus. Com as actividades projectadas, entre concertos e palestras, em função do Decreto Presidencial sobre a situação de calamidade pública, que orientava a retoma de realização de cultos em todo o país a partir daquela data, para além de contribuir para o crescimento profissional dos membros (com relação a técnicas artísticas) e ampliação espiritual, visavam angariar fundos para apoiar no sustento dos músicos gospel.

O presidente da associação, Paulo Paz, disse que o projecto, de cariz nacional, estava previsto a começar nos vários bairros da cidade capital, como no Distrito Urbano do Sambinzanga e no distrito do Rangel, onde pretendiam acolher mais de 50 fiéis, com base nas medidas preventivas contra da doença. Mas o arranque do mesmo foi adiado, por ser também de cariz religioso.

Pretendem com este esboço criar espaços para instruir e formar os membros no que tange ao crescimento espiritual, aperfeiçoamento dos talentos gospel, formação técnica de vocalização e instrumentalização, exibição de concertos, apoio a novos valores, por forma a criar um espaço para o fomento profissional. “Vamos seguir as orientações

das autoridades competentes sobre as instruções para a realização de acções do género, porque também estamos preocupados com o bemestar dos cidadãos. Pretendíamos realizar várias actividades, para além dos cultos, que dariam alguma rentabilidade para o sustento dos próprios artistas”, esclareceu a OPAÍS. Paulo Paz lembrou que, desde

Março, os talentosos estão sem rentabilizar, por falta de actividades, motivo pela qual pretendiam desenvolver o projecto. Avançou que a associação funciona há cerca de 20 anos e, para além de proteger os mais de 3 mil artistas juridicamente e os seus direitos e autores, tem o pendor de desenvolver a própria arte cultural cristã no seio da população cristã.


O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

“A nossa missão é de desenvolver a arte gospel no país. Nesta altura, a Asso-música está preocupada com o rendimento dos artistas. Eles, praticamente, não estão a trabalhar. São agentes publicadores, evangelistas através da música. A própria música também é um grande veículo de comunicação. Por isso, estamos preocupados e pretendemos fazer isso em todos os bairros e também nas províncias”, augurou. Divulgação das medidas preventivas A Asso-música, que regula a música gospel no país, nesta altura em que se vive a pandemia, têm trabalho na mobilização dos membros, para conterem a transmissão da doença, bem como motivá-los a trabalharem em casa, para maior evangelização e difusão da vida espiritual. Neste capítulo foi ainda gravado

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em Março o tema musical “Fica em casa”, com um elenco de aproximadamente 30 artistas, uma composição de Gonçalves Diogo, instrumentalizada por Joel Cassoma, com direcção artística de Paulo Paz. A música tem o intento de apelar a população angolana a manter-se em casa, cumprir as orientações do Executivo, e, ao mesmo tempo, a obedecer às leis de Deus. “São novos talentos gospel, com um potencial de grandes-vozes. A participação dos mesmos foi também para incentivá-los a trabalhar com propriedade e promovê-los, uma vez que é assistida e ouvida em várias estações televisivas e rádios. Muito deles não têm a oportunidade de aparecer no mercado, nem lhes são estendidas as mãos e não há apoios nenhuns, uma situação que nos preocupa “, lamentou. Caça a novos talentos O programa da Asso-música realizado aos Domingos na Rádio Escola, no período da manhã, das 7 horas às 9, onde é efectivado o debate em torno de vários temas, com diferentes convidados, e tem ainda auxiliado na captação de novos talentos da música sacra no país, uma rubrica que permitiu a aparição de mais de 1000. O desígnio, cujas gravações eram realizadas através das redes sociais (Whatsapp) em consequência do confinamento social, passou desde o Domingo passado a ser de modo presencial, em directo, com a presença de convidados. Neste Domingo, 28, prossegue com o habitual debate, que será dominado por dois pastores que vão abordar sobre a reabertura das igrejas e a implementação das medidas preventivas contra a doença. O conteúdo tem sido ainda um veículo para apelar a população ao cumprimento das medidas preventivas e, assim, evitar a propagação da doença. “Estamos a alertar para estarem atentos com esta doença, a seguirem as medidas preventivas, como o distanciamento de dois metros e lavar frequentemente as mãos com água e sabão, porque nem todos têm condições de adquirir álcool-gel”, aconselhou. Lembrou ainda que, desde Março, devido a algumas limitações, estão sem fazer as actividades humanitárias, trabalhos que outrora faziam, como doação de sangue, doações de bens a pessoas desfavorecidas, campanha de prevenção rodoviária, concertos, feiras, galas e outros eventos. Apesar do facto, tiveram o privilégio de visitar vários estúdios gospel em Luanda, para constatar a sua funcionalidade.

Executivo angolano ajusta processo de candidatura do Cuito Cuanavale a Património Mundial da Humanidade Além do processo de candidatura do Cuito Cuanavale a Património Mundial, a comissão também apreciou as recomendações da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), sobre Mbanza Kongo, tendo em conta a data limite, 1 de Dezembro de 2020, para a entrega do Relatório ao Centro do Património daquele órgão

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Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural Mundial recomendou, Quinta-feira, em Luanda, ajustes ao programa de candidatura do Cuito Cuanavale a Património Mundial da Humanidade. A sessão orientada pelo vicepresidente da República, Bornito de Sousa, defendeu maior racionalização dos recursos, sem perder o foco nos objectivos institucionais do Estado em relação ao reconhecimento do sítio onde ocorreu a maior batalha da história da guerra pós-independência de Angola, de que resultou o fim do apartheid e a libertação de Nelson Mandela, na África do Sul, bem como a Independência da Namíbia. Além do processo de candidatura do Cuito Cuanavale a Património Mundial, a comissão apreciou as recomendações da UNESCO sobre Mbanza Kongo, tendo em conta a data limite, 1 de Dezembro de 2020, para a entrega do Relatório ao Centro do Património Mundial da UNESCO. A esse propósito, a Comissão recomendou uma maior celeridade na realização das accções no quadro dos compromissos assumidos por Angola, como Estado parte, aquando da inscrição de Mbanza Kongo na Lista do Património

Mundial da UNESCO. A Comissão foi informada sobre os progressos no processo de remoção das antenas das empresas de telecomunicações e comunicação social e sobre as derradeiras etapas do concurso público para construção do novo aeroporto de Mbanza Kongo. Durante a sessão, foi apresentado um relatório sobre o plano de acção do recém-criado Comité de Gestão Participativo, coordenado pelo Governador da Província do Zaire, que, entre outras acções, procedeu ao apetrechamento da Biblioteca Municipal Kimpa Vita e a obras de melhoria na Exposição do Museu dos Reis do Kongo. A Comissão foi ainda informada sobre o processo de elaboração, em fase de conclusão, do Plano

Urbanístico e Regulamento Urbano do Centro Histórico de Mbanza Kongo. Sobre o Festival Internacional da Cultura Kongo “FESTIKONGO”, a Comissão orientou que a 2ª edição, prevista inicialmente para Setembro, no âmbito do Festival Nacional da Cultura (FENACULT), seja ajustada, tendo em conta a situação de pandemia da Covid-19. A Comissão saudou os munícipes e autoridades de Mbanza Kongo pelo 8 de Julho, dia das Festas da Cidade de Mbanza Kongo, e recomendou o cumprimento das orientações das autoridades sanitárias para prevenção da Covid-19, salvaguardando a história e o valor simbólico da efeméride, mantendo, todavia, a segurança e a saúde das famílias.

Cantora Anitta sofre trombose na perna e é internada

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cantora brasileira Anitta informou esta Quintafeira, via Instagram, que está internada no hospital Vila Nova Star, Estado de São Paulo, devido a uma trombose na perna. Anitta tranquilizou os fãs afirmando que a doença foi detectada atempadamente e já está a ser tratada. Não há qualquer indicação para a origem da trombose, mas ainda

assim, a cantora esclarece: “Não fumo nem tomo anti-concepcional, não sabemos de onde apareceu [a trombose]”. O internamento hospitalar de Anitta coincide com o dia em que a cantora brasileira de 27 anos lançou uma nova música, “Desce pro play (PA PA PA)”, música com colaborações do rapper norteamericano Tyga e do músico brasileiro MC Zaac. A nova música

tem sido alvo de inúmeras partilhas pelas diferentes plataformas sociais e, ainda que esteja no hospital, a cantora brasileira garante que está pronta para divulgar o respetivo vídeo-clip. Segundo as stories de Anitta no Instagram, a performer brasileira irá ter alta ainda no dia de hoje, sendo que a dança da sua nova música ficará também disponível em breve.


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cartaz

O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

Documentários

Em Cabul as raparigas do skate não choram

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stamos muito longe de Los Angeles ou Nova Iorque, cidades que respiram o skate. É numa paisagem improvável, Cabul, que um grupo de meninas aprende a colocar-se em cima da prancha de rodas e a sentir algo parecido com o sabor da liberdade, mesmo que confinadas ao ambiente fechado de um pavilhão. Não o podem fazer na rua, debaixo do sol, como aconteceria em qualquer lugar do mundo, porque têm de se manter longe das vistas. Mas essa limitação dos preceitos culturais pouco ou nada altera o espírito das aprendizes. “Não quero crescer, para poder andar de skate para sempre”, diz uma delas. E é possível ler a felicidade nos seus rostos, apesar do dia-a-dia tomado pelo medo das explosões numa zona de conflito. Learning To Skateboard In a Warzone (If You”re a Girl) - em tradução literal, Aprender a Andar de Skate numa Zona de Guerra (Se és uma Rapariga) - vai ao Afeganistão recolher um retrato inesperado. Este documentário de 40 minutos (TVCine Edition, 22.00) é a

LIVROS

janela aberta para uma realidade que traz um brilho de esperança ao cenário devastado de um país onde a maioria das mulheres não aprende a ler e são muitas vezes forçadas a casar prematuramente. A lente da realizadora Carol Dysinger começa por percorrer algumas ruas, captando os olhares masculinos que parecem desconfiar dessa presença “estranha”, de uma mulher atrás da câmara, mas o que lhe interessa aqui filmar é a dinâmica da turma de raparigas

MODA

que, para além do skate, estão a aprender a ler e a escrever. Tratase de mostrar a acção de uma organização internacional de ensino sem fins lucrativos - o Skateistan -, espécie de segredo bem guardado algures em Cabul, que visa ajudar crianças pobres a aceder ao sistema da escola pública. Entre a vivência na sala de aula e pequenas entrevistas, de professoras e alunas que levantam o véu sobre contextos domésticos e familiares conservadores, o filme

segue os gestos da aprendizagem como uma forma de resistência no feminino. Não por acaso, numa das aulas explora-se o significado da palavra “coragem”, e esta surge sempre ligada à própria experiência que aquelas meninas estão a partilhar. Elas são corajosas porque estudam e estudar dá-lhes ferramentas para lutar pelos seus direitos. Uma coisa leva à outra. Já as aulas de skate, cujo progresso vai marcando os capítulos, são um verdadeiro treino para a vida - e as quedas também contam. Lição a lição, o desporto que assenta no desafio pessoal torna mais fortes cada uma destas jovens de palmo e meio. Por isso, quando uma delas cai e se põe em jeito de pranto, a professora insiste naquela expressão geralmente aplicada aos rapazes: “não chores”. As raparigas do Skateistan não choram. A liberdade pode vir aos trambolhões, mas vem. E para ter coragem é preciso ganhar calo. É particularmente bonito testemunhar a leveza que é possível trazer aos semblantes de quem atravessa o quotidiano com o perigo à espreita. A alegria modesta

das crianças, a sua atitude espevitada, ao mesmo tempo, consciente de uma condição feminina e confiante no futuro, nasce de uma visão realista que deixa entrar qualquer coisa da matéria dos sonhos cor-de-rosa. Ou talvez seja mesmo um optimismo corajoso; acima de tudo, necessário. Carol Dysinger mantém-se ao nível dessa visão, com um orgulho feminista a passar nas entrelinhas. No discurso de aceitação do Oscar de melhor documentário de curta-metragem por este Learning To Skateboard In a Warzone (If You´re a Girl), a realizadora, que trabalha no Afeganistão desde 2005, sublinhou a ideia de uma “carta de amor” que quis dedicar às raparigas desse país. E de facto será este o melhor termo para explicar a afeição que se sente num filme capaz de extrair um retrato auspicioso do seio de uma sociedade marcada pela guerra, quando parece quase impossível encontrar pérolas entre as ruínas da própria mentalidade dominante. Um skate não é apenas um skate.

COMEMORAÇÃO

HUMOR

MÚSICA

Diário de Notícias

Segundo volume da nova trilogia de Philip Pullman sai em Julho

#VogueChallenge desafia criadores e pede mais diversidade na indústria da moda

Bandé-Gamboa celebra ideal de Amílcar Cabral com música

Humorista Bruno Nogueira faz edição especial este Domingo

“SYSTEM” o novo álbum de ProfJam já está disponível nas plataformas digitais

Dois anos depois de ter sido publicado em inglês, o Segundo Volume da nova trilogia de Philip Pullman, O Livro do Pó,chegafinalmenteaPortugal.Como títuloAAliançaSecreta,ahistóriapassa-se20anosapósofinaldolivroanterior,LaBelleSauvage,eseteapósaconclusãodeOTelescópiodeÂmbar,volumequeencerrouatrilogiadosMundos Paralelos (His Dark Materials em inglês), recentemente adaptada à televisão pela HBO. A Aliança Secreta segue mais uma vez ahistóriadaheroínadosMundosParalelos, Lyra, agora uma estudante de 20 anosno(fictício)StSophia’sCollegeem Oxford, universidade que é também frequentada por Malcolm,”outrora, um rapaz num barco com a missão de salvar uma bebé do dilúvio”.

No desafio viral, pessoas anónimas protagonizam a sua própria capa da Vogue. O objectivo é dar um empurrão à diversidade na moda. A Vogue já tinha 80 anos quando a primeira mulher negra fez capa. Basta procurar pela hashtag #VogueChallenge no Instagram que em menos de nada surgem mais de 150 mil publicações. Por todo o mundo pessoas estão a recriar capas da Vogue com um objectivo claro: promover a diversidade na indústria da moda. O desafio foi originalmente criado no início de Junho por uma estudante em Oslo, quando Salma Moor publicou nas redes sociais uma capa daquela que é considerada a bíblia da moda feita com uma fotografia sua.

Bandé-Gamboa é o projecto que junta duas bandas intergeracionais de Cabo Verde e Guiné Bissau e dá corpo ao ideal de Amílcar Cabral através do disco Horizonte, avança a RFI. A fonte, realça que num espírito de All-Star band, músicos de excepção reinterpretarão temas raros ou inéditos do Funaná, de Cabo Verde, e do Gumbé, da Guiné-Bissau. O projecto foi criado pelo produtor executivo Francisco “Fininho” Sousa, enquanto a direcção musical da banda da Guiné Bissau foi assumida por Juvenal Cabral, e a de Cabo Verde por Lúcio Vieira. A banda da Guiné-Bissau é constituída por Juvenal Cabral , Calú Ferreira, Eliseu Imbana e Sidia Baio, Elmano Coelho (saxofone), Toni Bat (bateria), e ntre outros.

O humorista Bruno Nogueira anunciou que vai retomar o projecto “Como é que o bicho mexe?”, no Instagram, numa edição especial, às 23 horas de Domingo. O anúncio, também feito na rede social, foi partilhado por vários dos participantes em momentos anteriores do projecto, como o actor Nuno Lopes, o músico Filipe Melo ou o argumentista João Quadros. O último directo de Bruno Nogueira no Instagram, em meados de Maio, atingiu cerca de 175 mil visualizações em tempo real, um recorde nas redes sociais portuguesas. Em meados de Março, o que começouporserumdesabafosobreapandemia da Covid-19 e o confinamento, acabou por se tornar um projecto e um fenómeno cultural que culminou numa ‘arruada’ por Lisboa.

O rapper português ProfJam disponibilizou esta Sexta-feira, em online, “SYSTEM”, um novo álbum criado em parceria com benji price, anunciou a editora discográfica Sony Music. Trata-se do primeiro álbum deste músico, após o ataque de psicose que sofreu em Outubro de 2019, relacionado com consumo excessivo de drogas. Em Junho de 2019, ProfJam e benji price tinham revelado o tema “Bad man thing”. Um ano depois chega “SYSTEM”, o álbum que, segundo a editora, num comunicado hoje divulgado, “é uma prova de fé: no poder da escrita, na capacidade de encaixe, na força de uma visão”.



Economia

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Cabinda quer deixar de abastecer-se de frango desde os Congos e Luanda O Governo local está a distribuir pintos de galinhas rústicas e a incentivar a população a massificar a criação de galinhas construindo capoeiras com matéria-prima local André Mussamo

U

m total de 1000 e cinquenta pintos começaram a ser distribuídos às populações dos municípios de Cabinda num programa do Governo da Província que visa o fomento e massificação da criação de galinhas para o auto-sustento das famílias. O programa, que arrancou esta semana no município do Buco Zau, tem o apoio institucional do Ministério da Agricultura e Pescas e contempla ex-militares e famílias que recebem um lote de quarenta pintos que devem criar sem necessidade de grandes investimentos em infra-estruturas de acolhimento e ração. Segundo o chefe de Departa-

mento dos Serviços de Veterinária, Luís Casimiro, que coordena o programa, os criadores locais estão a ser “instruídos a construir capoeiras com recurso ao bambu, assim como serão formados a alimentar os galináceos com a sua própria produção agrícola e restos de comida doméstica”. Os contemplados terão de reembolsar o programa com o fornecimento de quarenta ovos que deverão ser levados às incubadoras adquiridas pelo Governo para garantir a continuidade do projecto de multiplicação da espécie. O responsável assegurou que as galinhas são de “fácil adaptação por serem rústicas” e pouco exigentes em termos de cuidados com alimentação e outros tratamentos e poderão servir para a produção de carne e ovos.

Nesta altura, mais de dois mil pintos estão a chegar a Cabinda, enquanto da produção das incubadoras espera-se outras tantas centenas nos próximos tempos. O próprio programa desenvolveu um conceito de construção

Os contemplados terão de reembolsar o programa com o fornecimento de quarenta ovos que deverão ser levados às incubadoras

de capoeiras com recurso a material 100 por cento local, que são bambus e capim, o que vai minimizar os custos. Para incentivar o projecto, o Governo de Cabinda promete fornecer electricidade e água as aldeias que alcançarem o número mínimo de construção de capoeiras, o que o tornou “mais atrativo e uma competição entre as comunidades rurais”. Numa primeira fase, cada família contemplada recebeu apoio em ração, mas o responsável do programa garante que a alimentação por ração é apenas para “a fase de adaptação, porque a posterior elas (as galinhas) alimentar-se-ão com restos de comida das famílias, excedente da produção agrícola e de tudo aquilo que a própria natureza oferece”.

Apesar dos constrangimentos decorrentes da pandemia da Covid-19, o programa está a ser apoiado pelas Forças Armadas Angolanas que, através de meios aéreos, esta a ajudar a levar as aves a província. O programa vai distribuir num futuro breve suínos e caprinos como forma de “combate a pobreza” e melhoria da dieta alimentar das famílias, assim como “poupança de divisas que eram empregadas na compra deste tipo de alimentos nos Congos”. O projecto contempla ainda o conceito de “empreendedorismo” porque em caso de sucesso pode rapidamente substituir o processo de procura da proteína animal para alimentação fora do enclave como é prática até ao momento.


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Produtores prevêem colher 1800 toneladas de café no Cuanza-Norte Mil e 800 toneladas de café mabuba serão colhidas na presente campanha, na província do Cuanza-Norte, mais 100 em relação à colheita anterior, reportou a Angop

O

facto foi anunciado à imprensa nesta Quinta-feira, em Samba Cajú, pelo responsável do departamento provincial do Instituto Nacional do Café (INCA), Costa Neto, no acto de aberta da campanha de colheita do bago vermelho. Costa Neto apontou a regularidade das chuvas na presente época agrícola como factor que influenciou para o aumento dos níveis de produção, que contou com o engajamento de 700 produtores. Sengundo a Angop, a província conta com mil e 500 cafeicultores, dos quais 700 exercem efectivamente esta actividade produtiva. Numa mensagem lida na ocasião, os produtores apontaram a insuficiência de meios de produção como catanas, limas, podadeiras, botas de borracha e a degradação das vias de acesso como factores que dificultam o aumen-

to da produção do bago vermelho na província. Acrescentam ainda o baixo preço do quilo de café, comercializa-

do entre 160 e 200 kwanzas, e as dificuldades de acesso ao crédito bancário como outros constrangimentos.

Por seu turno, o governador do Cuanza-Norte, Adriano Mendes de Carvalho, que procedeu à abertura da colheita, afirmou que

o Executivo local está a adoptar medidas de fomento da produção através da criação de cadeias produtivas, de transporte e comercialização. A reabilitação de estradas secundárias e terciárias, distribuição de mudas de plantas melhoradas aos cafeicultores, assim como fazer advocacia junto de credores para financiar a actividade são outras das acções implementadas pelo Governo, no âmbito do fomento da cafeicultura. Já o presidente da confederação dos empresários de Angola, Francisco Viana, manifestou o apoio aos produtores de café na província, através da distribuição de meios de produção, comercialização da produção local, incentivos financeiros, entre outros. A Fazenda Filipe, no município de Samba Cajú, acolheu o acto de abertura da campanha de colheita do café na província.

Projecto de empreendedorismo da Angonabeiro cria mais de 100 postos de trabalho

Fazenda Girassol vai exportar banana e mamão para Portugal

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Q

inga Desperta é o novo programa de empreendedorismo social da Angonabeiro que criou mais de 100 postos de trabalho directos desde Janeiro do ano em curso. O Programa Ginga Desperta tem um modelo de negócio que assenta numa relação entre a Angonabeiro e uma rede de operadores e vendedores de rua que criam o seu próprio emprego e que, por 200 kwanzas, servem uma bebida 3 em 1, prontas a beber, que junta o café de Angola, leite e açúcar. O director-geral da Angonabeiro, José Carlos Beato referiu que “esta bebida oferece uma alternativa especialmente nu-

tritiva para o pequeno almoço, a preço competitivo e para quem precisa da energia natural e do toque aveludado que Ginga 3 em 1 oferece”. Neste modelo de negócio, os operadores Ginga Desperta são responsáveis pelos locais de armazenamento e preparação dos materiais, sob os mais rigorosos padrões de qualidade e segurança alimentar, e cabelhes ainda o recrutamento dos vendedores e a gestão da operação GINGA Desperta que leva Ginga 3 em 1 às ruas por onde passam os amantes de café. Após um processo de selecção as equipas Ginga Desperta são enquadradas num rigoroso plano de formação de acor-

do com um modelo que integra regras de higiene e segurança, qualidade, comportamento e etiqueta, valorização pessoal, e a forma perfeita de servir café. “A agonabeiro reforça a sua aposta no canal de vendas directas, desta vez, com uma estratégia que estimula o empreendedorismo social, através da criação imediata de postos de trabalho próprios, proporcionando a entrada de novos empreendedores para a economia formal, e que, com este projecto”, sublinhou. O projecto está localizado em cinco municípios nomeadamente, Ca zenga, K i la mba Kiaxi e Cacuaco.

uarenta toneladas de banana e 20 de mamão começam, a partir do segundo semestre deste ano, a ser exportadas para Portugal pela fazenda Girassol, situada na localidade do Loge Grande, município do Nzeto, província do Zaire. O anúncio foi feito na Quinta-feira, à imprensa, pelo engenheiro agrónomo e sócio-gerente desta unidade de produção agrícola, João Amaral, durante uma visita ao projecto pelo novo administrador municipal do Nzeto, Augusto Tiago. De acordo com a fon-

te, presentemente, a fazenda conta com uma área cultivada de 200 hectares de produtos diversos, dos quais 50 hectares de banana e 20 de mamão. “Brevemente iremos chegar aos 120 hectares de banana e 50 de mamão. Pretendemos, a partir de Agosto deste ano, iniciar com a primeira exportação de 40 toneladas de banana e 20 de mamão, por semana”, explicou. Informou, por outro lado, que uma fábrica de processamento e empacotamento de produtos do campo está em montagem naquela fazenda agrícola


Mercados

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ANÁLISE DIÁRIA /26 DE JUNHO DE 2020

A Base monetária em moeda nacional fixou-se em 1.579,20 mil milhões Kz em Maio O desempenhoreflecte um incremento homólogo de 19,1%, influenciado pelo aumento dos depósitos excedentários em moeda nacional em 28,3% para 252.916 milhões Kz, com ossíveis efeitos sobre a condução da política monetária ESPAÇO ANGOLA

O

total do passivo do sistema bancário fixou-se em 20.092,12 mil milhões Kz em Maio de 2020. O montante reflete um incremento mensal de 1,31%, com os depósitos a corresponderem cerca de 66% do passivo, com impactos sobre a liquidez do mercado.

ESPAÇO INTERNACIONAL Mundo O PIB trimestral registou contracção de 5,0%, no Iº trimestre de 2020. O desempenho da economia representa uma deterioração de 7,1 p.p. em comparação ao último trimestre de 2019 e de 8,1 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2019. A deterioração do consumo privado em 4,7% e do investimento privado em 1,77%, foram os factores que mais pressionaram o registo do PIB.

MERCADOS Petrolífero Brent: +1,84% (41,05 USD/barril). Os ajustamentos nas expectativas dos investidores beneficiou a cotação da commodity

Cambial EUR: -0,29% ( 1,1218 USD). O pessimismo em relação ao controlo da COVID-19, associado às expectativas de contracção económica têm pressionado o euro.


OPINIÃO

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Alberto Kizua

Harford Mackinder

H

arford Mackinder teve o seu contributo significativo junto dos centros ac adém ic o s, associado à história da educação e concepções geográficas. A sua principal premissa ficou conhecida pela forma como os acontecimentos físicos, históricos e políticos se processavam no mundo. Assim, cada acontecimento quer fosse negativo ou positivo, poderia repercutir-se em regiões geográficas diametralmente opostas. Mackinder é um dos clássicos da Geografia Política e da Geopolítica. Alguns estudiosos salientaram a relação estreita existente entre a geografia e a história. As suas premissas foram seguidas por vários historiadores e, por decisores políticos. As relações internacionais no final do século XX, ainda são compreendidas a partir de parâmetros por ele estabelecidos. O autor, que viveu em plena “Era dos Impérios” interessou-se pelo estudo do desenvolvimento de tais impérios ao longo da história, e relacionouo com as manifestações espaciais do poder. Procurou perceber o fundamento geográfico para o conflito entre os homens e o ambiente físico, condenando em simultâneo os geógrafos que pretendiam uma “neutralidade política” e defendeu, tal como Ratzel, Kjellen e Haushofer, uma geografia alistada e fornecedora de elementos empíricos para a análise política do equilíbrio de poder mundial. Assim, a geopolítica surge dessa associação e, entende-se que Mackinder também era partidário do Realismo Político no campo das Relações In-

ternacionais. O mundo do século XX, para Mackinder consistiu num sistema fechado, pois não existia mais terras a serem descobertas, como nos séculos anteriores, deste modo, os acontecimentos locais não limitam a sua influência às regiões próximas, mas propagam-se pelo sistema mundial como um todo. Mackinder salienta que ao longo da história universal, conjuntos de forças de características opostas vêm continuamente a confrontar-se sobre os poderes terrestres e marítimos. Os poderes terrestres, distantes do oceano, dotados de grandes extensões contínuas de terra e de vasto volume de recursos, criam poderosos exercícios, e os poderes marítimos surgidos nas ilhas ou regiões costeiras, defensores de pontos estratégicos como estreitos e passagens, criam poderosas marinhas de guerra. As lutas entre Roma e Cartago, Atenas e Esparta, confirmam os factos. Para Mackinder é mais provável que um poder terrestre, dotado de maior volume de recursos, possa conquistar terras litorâneas e construir uma marinha de guerra poderosa. O geografo inglês, seguindo critérios históricos, fixou a sua atenção no conjunto de terras da Eurásia. Para ele, a história da Europa foi forjada como resultado de seguidas invasões e possui características muito peculiares, limitadas ao norte pelo gelo ártico, a sul e a leste pelo deserto. A esse conjunto de terras que vai da Sibéria aos Urais, que Mackinder denominou de “Heartland” ou pivô geográfico, através do qual se relacionam os grandes poderes terrestres da história.

As invasões originárias de Heartland, foram dominantes até à idade Média e cessaram durante a Era Moderna, quando o desenvolvimento da navegação permitiu a emergência dos maiores poderes marítimos jamais vistos desde os vikings. Culminando com os ingleses. Durante 400 anos o predomínio coube aos poderes marítimos, a lenta criação do Imperio Russo, a partir do século XV e a unificação da Alemanha no século XIX, tendo como objectivo a conquista do Leste Europeu, criaram uma ameaça iminente. Somente o Hartland de Mackinder teria a capacidade de gerar uma potência terrestre com poderes equivalentes aos do antigo império britânico Uma aliança entre União Soviética e Alemanha, criada na “Heartland” o chamado “império do mundo”, deve ser evitada a todo o custo, recomendava, pois permitiria o acesso dos soviéticos aos “mares quentes”, bem como permitiria a conquista da maior parte da Europa pelos alemães. Todas essas ideias foram utilizadas por Haushofer, porém com o intuito de criar exactamente o que MacKinder mais temia – um imenso poder continental, fruto da aliança russo-germânica, capaz de demolir a hegemonia marítima britânica e conquistar o mundo (ou grande parte dele), segundo Gilbert, Edmund. Foi a partir do conceito de Heartland, que Mackinder criou outros dois conceitos, o primeiro é o “inner Crescent”, conjunto de terras próximas à Heartland que a circundam. Estas terras, como espaço natural de expansão de um poder terrestre fundado na Heartland

Mackinder salienta que ao longo da história universal, conjuntos de forças de características opostas vêm continuamente a confrontar-se sobre os poderes terrestres e marítimos

são importantes para o equilíbrio do poder internacional, isto porque, uma vez que são conquistadas por um poder terrestre, possibilitam o isolamento de outros poderes marítimos existentes. Desta forma, Mackinder devem estar sob o controlo dos poderes marítimos, e por outro lado o insular Crescente corresponde aos próprios poderes marítimos (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão, França), além de seus domínios “coloniais” de então (Sul da África, Américas Central e do Sul, Canadá, Oceânia). Afim de evitar o surgimento do “império do mundo”, MacKinder havia proposto a criação de um “rumo de ferro eslavo” entre Alemanha e União Soviética, bem como a adopção de uma estratégia de contenção da União Soviética no Extremo Oriente (através

do Japão, potência marítima como a Inglaterra, e da China) e no Subcontinente indiano, através da criação de “países-tampão”, impedindo a esta poderosa nação o tão almejado acesso aos “mares quentes”. Estas estratégias, traçadas durante as negociações dos tratados “de paz” após a Primeira Guerra Mundial, criaram raízes, e se tornaram também pedras angulares da configuração do mundo durante a Guerra Fria. E hoje, numa conjuntura e realidades diferentes, o sistema internacional vive, efectivamente a mesma realidade sem a URSS, a julgar pelas palavras de Daniel Grós, diretor do Centro de Estudos de Política Europa que, dános uma visão pragmática sobre o desequilíbrio de forças, considerando “que não há grande coisa a fazer. A China tornou-se demasiado grande, cresce de dia para dia. Já não é possível tentar mudar o seu comportamento. Pode dizer-se que as violações dos direitos humanos acarretam menos abertura europeia em termos comerciais e em relação ao investimento chinês. E a Europa pode manifestar o seu descontentamento, mas não mudar o rumo das coisas.” MacKinder, assim, pode sem sombra de dúvida ser considerado o geógrafo mais influente nas relações internacionais do século XX. Isso se comprova facilmente quando percebemos que suas palavras serviram a propósitos tão diversos quanto os dos geopolíticos norte-americanos, arquitectos da Guerra Fria, empenhados na contenção da União Soviética, e os de Karl Haushofer, expoente da Geopolitik alemã, engajado na construção de um mundo onde a Alemanha fosse hegemónica.


Mundo

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Seis feridos após “incidente grave” em Glasgow. Suspeito abatido A Polícia destacou um forte dispositivo de segurança para o local. Líder do Governo escocês pediu de imediato que não se partilhassem informações não confirmadas DR

S

eis pessoas, entre elas um polícia, ficaram feridas nesta Sexta-feira após um esfaqueamento junto a um hotel no centro da cidade de Glasgow, confirmou a Polícia escocesa, citada pelo The Guardian. O suspeito da autoria do ataque foi abatido. A Polícia escocesa alertou de imediato que estava a lidar com um “sério incidente” no centro de Glasgow e pediu à população para evitar a área. “O indivíduo atingido a tiro pela Polícia morreu. Seis outras pessoas estão no hospital para receber tratamento, incluindo um polícia que está em estado crítico mas estável”, lê-se num comunicado. Segundo reporta a agência noticiosa Associated Press (AP) a partir de Londres, a zona, nomeadamente na West George Stre-

et, recebeu um forte contingente policial, e mais de uma dezena de veículos das forças de segurança. Num boletim sobre o tráfego divulgado ontem, o Conselho Municipal de Glasgow indicou que, devido a um “acidente policial sério”, várias ruas foram encerradas. O primeiro-ministro britânico Boris Johson já lamentou o “terrível incidente” e agradeceu a intervenção dos “corajosos serviços de emergência”. Nicola Sturgeon, líder do governo escocês, lamentou o sucedido e, no Twitter, deixou um pedido especial: “Não partilhem informações que não foram confirmadas.” A líder do Conselho da Cidade de Glasgow, Susan Aitken, pediu no Twitter que se ninguém se aproximasse da zona do incidente.

Um dos líderes da oposição na Venezuela foi o responsável por tentativa de invasão do país com mercenários, diz jornal

L

eopoldo López, aliado de Juan Guaidó, esteve por trás de uma invasão ao litoral da Venezuela que acabou com 8 mortos e 50 detidos. Leopoldo López, o fundador do partido de Juan Guaidó, esteve por trás de uma tentativa fracassada de derrubar o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, com mercenários, em Maio deste ano, de acordo com uma reportagem publicada pelo “Wall Street Journal” nesta Sexta-feira (26). O que se sabe sobre a ‘invasão frustrada’ que terminou com a prisão de dois americanos na Venezuela Foram consideradas ao menos seis propostas de grupos privados para uma operação militar que tinha como propósito disparar uma rebelião na Venezuela, de acordo com a reportagem. No fim, um grupo tentou invadir o litoral da Venezuela e foi detido logo depois. Oito mercenários

morreram e 50 foram presos - dois deles são ex-soldados dos Estados Unidos, que ainda estão detidos em Caracas. Guaidó e outros aliados de López afirmaram que não estavam mais em contato com os mercenários e que foi o próprio Maduro que havia encenado uma tentativa de golpe. Líder vive em asilo político na embaixada da Espanha López, de 49 anos, estudou em Harvard, tem defendido acção direta para tirar Maduro do poder. Em 2014 houve uma série de protestos que acabaram por tornar-se violentos, até uma tentativa, em 2019, de um levantamento entre os militares. Em 2018, Maduro foi reeleito em uma disputa polémica. López então começou a dizer que as negociações ou eleições iriam levar muito tempo, de acordo com uma fonte ouvida pelo “Wall Street Journal”.

O político vive asilado na embaixada da Espanha em Caracas, e, pelo seu acordo com o Governo espanhol, ele não dá entrevistas. O partido Vontade Popular, fundado por López, perdeu membros importantes drante este ano. Guaidó reconheceu que alguns de

seus assessores se encontraram com os responsáveis pela invasão frustrada, mas que eles cortaram relações cerca de seis meses antes da tentativa de golpe. Líderes da Oposição venezuelana afirmaram que em Outubro de 2019 o grupo que planeava a in-

vasão já tinha sido infiltrado por agentes do regime chavista. Detalhes da operação foram relatados a oficiais dos EUA e da Colômbia. “Não foi só infiltrada, foi uma operação financiada pela ditadura. O único que se beneficiou daquela operação foi o regime de Maduro”, disse Guaidó numa videoconferência. Enquanto isso, em Washington Nos EUA, o ex-conselheiro de segurança John Bolton publicou um livro em que descreve o seu período na Casa Branca. Uma das revelações é que os americanos tinham dúvidas se Guaidó teria força suficiente para ser um líder. Trump, segundo Bolton, pensava que invadir a Venezuela poderia ser “cool” (descolado, legal). Ele foi convencido a não fazer isso, descreve o ex-conselheiro.


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Assessor médico da Casa Branca admite que ‘algo não funciona bem’ no combate ao Coronavírus

O Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana

Igreja da Inglaterra precisa rever estátuas relacionadas à escravidão, diz arcebispo Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, afirmou que as

imagens precisam de ser explicadas no seu contexto ou retiradas. Ele defendeu a representação de Jesus como europeu argumentando que todas as culturas reproduzem a imagem com traços semelhantes aos das suas próprias características

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Igreja da Inglaterra deve rever estátuas e monumentos nos seus locais de adoração para garantir que qualquer pessoa ligada à escravidão seja removida ou receba o contexto apropriado, disse nesta Sextafeira (26) o seu líder espiritual, Arcebispo da Cantuária Justin Welby. A Igreja Anglicana, parte central da vida pública e da governança inglesa há séculos, é a mais recente instituição a refletir sobre seu papel após protestos mundiais desencadeados pela morte de George Floyd sob custódia policial nos Estados Unidos. Welby, o clérigo mais graduado da comunidade anglicana em todo o mundo, afirmou que o perdão por questões raciais é necessário, mas que só pode ocorrer depois de medidas apropriadas serem tomadas.

“Se você der uma volta na Catedral da Cantuária, existem monumentos por toda a parte, ou na Abadia de Westminster. Estamos a ver tudo isso. Alguns terão que ser deslocados”, disse Welby em entrevista à BBC. Solicitado a esclarecer se as estátuas precisavam de ser removidas da Catedral da Cantuária, Welby alegou que essa decisão não era sua. “Vamos pensar com muito cuidado, colocá-las em contexto e ver se todas devem estar lá”, afirmou. “A questão surge, é claro que sim.” Manifestantes em Bristol, Oeste da Inglaterra, derrubaram neste mês uma estátua em homenagem a Edward Colston, comerciante de escravos do século 17 que usou seus lucros como doação para escolas e instituições de caridade na cidade que continuam levando seu nome. Autoridades locais na Inglaterra

e no País de Gales, lideradas pelo opositor Partido Trabalhista, disseram que vão rever estátuas e monumentos públicos. O Banco da Inglaterra também informou que irá verificar se ainda há fotos em exibição de ex-governadores que tinham ligações com o tráfico de escravos. Welby defendeu imagens de Jesus como europeu - o que alguns activistas dizem que reforçam ideias de superioridade racial branca -, mas afirmou que agora é comum nas igrejas anglicanas, que tem cerca de 85 milhões de seguidores em 165 países, retratá-lo como compartilhando a etnia dos fiéis. “Você entra nas igrejas deles e não vê um Jesus branco. Você vê um Jesus negro, ou um Jesus chinês, ou um Jesus do Oriente Médio - que obviamente é o mais preciso - ou um Jesus de Fiji.”

assessor médico da Casa Branca, o doutor Anthony Fauci, admitiu numa entrevista divulgada nesta Sexta-feira (26) pelo jornal The Washington Post que os Estados Unidos deveriam mudar a sua estratégia de combate à pandemia de novo Coronavírus, após um aumento dos casos no Sul e no Oeste do país. “Algo não está a funcionar ”, disse Fauci, principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, referindo-se à estratégia actual. “Podemos fazer todos os esquemas que quisermos, mas há algo que não está a funcionar”, acrescentou. A América – país com mais casos fatais de Coronavírus com cerca de 122.238 mortes – faz cada vez mais testes e, na Quinta-feira, completou cerca de 640.000 diagnósticos num um dia. No entanto, a quantidade de casos confirmados aumenta há algumas semanas na Califórnia, Arizona, Texas e Flórida. Nos últimos sete dias, foram registados mais de 216.000 ca-

sos em todo o país, o maior recorde semanal desde o início da crise. “Temos que descobrir onde está a penetração das infecções na nossa sociedade”, afirmou o médico. Uma ideia levantada pelo infectologista é realizar testes em grupo para economizar recursos para os grupos em que não forem encontrados casos positivos. Na Quinta-feira, o director do Centro de Prevenção e Combate a doenças (CDC), Robert Redfield, afirmou que entre 5% e 8% da população dos Estados Unidos foi infectada pelo novo Coronavírus, segundo estimativas com base em testes serológicos. Isso equivale a mais de 20 milhões de pessoas e é dez vezes maior do que estima o saldo oficial. Nesta Sexta-feira, a célula de crise da Casa Branca para administrar a pandemia convocou uma colectiva de imprensa às 16H30 GMT, na primeira aparição dessa estrutura desde Abril.

Assessor médico da Casa Branca, o doutor Anthony Fauci


actual

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O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

ERCA demarca-se da publicação do Folha 8

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Entidade reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) emitiu ontem um comunicado demarcando-se das práticas editoriais do jornal Folha 8 que, segundo a entidade, atentam contra a honra e dignidade dos obreiros da Independência Nacional, nomeadamente António Agostinho Neto. O comunicado da ERCA surge após reunião em sessão plenária extraordinária, no dia 26 de Junho, na sequência da análise geral do estado da comunicação so-

cial, tendo em conta a ocorrência de alguns factos susceptíveis de esclarecimento. Falou-se também da queixa/denúncia apresentada pelo Governo do Kwanza Sul contra a emissora católica local (Ecclésia), pelo que a ERCA apela aos profissionais que moderam os debates com a participação em directo dos ouvintes e telespectadores e assumirem de forma mais efectiva o seu papel de intermediação, de modo a evitar-se que os excessos de linguagem dos participantes resultem em ofensas e acusações

gratuitas e atentem ao bom nome, à reputação e honra de terceiros, especialmente quando ausentes. A ERCA apela ao respeito das normas de ética e deontologia profissionais no exercício da actividade jornalística, mostrando-se disponível para, junto das autoridades competentes, avaliar a pertinência do licenciamento das publicações que violam sistematicamente os princípios, valores e normas da Constituição e da lei. Reafirma que “o profissional da comunicação social não deve instigar o ódio, o tribalismo, o re-

Terrorismo e extremismo ameaçam SADC

S

obre Moçambique, país afectado por ataques terroristas, , Téte António, ministro angolano das relações Exteriores, disse que que a região espera por uma informação daquele país sobre o tipo de ajuda que necessita. O ministro das Relações Exteriores, Téte António, disse, ontem, segundo a Angop, que o terrorismo e o extremismo constituem as principais ameaças da região Austral do continente africano. Além do terrorismo e extremismo, a região enfrenta também a ameaça das mudanças climáticas, da consolidação da democracia, da migração e de calamidades. Em declarações à imprensa, no final da reunião do Comité Ministerial do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, realizada em vídeo conferência, o ministro dis-

se que Moçambique é o país que mais preocupa com a questão do terrorismo. Quanto ao apoio a Moçambique

para fazer face ao terrorismo, Téte António salientou que a região espera por uma informação daquele país sobre o tipo de ajuda

gionalismo e o racismo, devendo basear-se no respeito da dignidade da pessoa humana e na vontade do povo angolano, que

tem como objectivo fundamental a construção de uma sociedade livre, justa, democrática, solidária”, lê-se, no documento.

que necessita. Em relação à paz e segurança na região, disse o responsável, o comité analisou a situação da RDC, isto é, ameaças de grupos rebeldes no Leste, e o diferendo fronteiriço deste país com a República da Zâmbia. A respeito do assunto, o comité decidiu criar um grupo que vai ajudar a ultrapassar o diferendo

entre os dois países irmãos. No plano democrático, o Comité Ministerial do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral analisou os cenários a adaptar para observar as eleições em países como a Tanzânia, nessa fase da pandemia da Covid-19. dr

Téte António, ministro angolano das relações Exteriores


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Concursos Públicos em novos moldes

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s concursos públicos para admissão de funcionários para a Administração Pública passarão a ser organizados, futuramente, por uma única entidade, no caso, a Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas, ENAPP. O dispositivo legal que estabelece o novo paradigma foi ontem apreciado em sessão do Conselho de Ministros realizada no Palácio Presidencial e orientada pelo Titular do Poder Executivo, João Lourenço. A alteração leva em consideração um problema existente na nossa sociedade que tem a ver com as frequentes alegações de falta de credibilidade nos processos de ingresso de quadros na Administração Pública. Existe a percepção social, mais ou menos generalizada, de que os referidos concursos de ingresso estão associados a práticas de falta de transparência, corrupção e nepotismo. O novo procedimento eliminará, assim, o modelo actual em que o organismo de destino dos quadros a recrutar é o mesmo que organiza o concurso. Nos concursos públicos de ingresso o júri será constituído a

partir de uma bolsa de peritos, composta por funcionários da entidade recrutadora única (a ENA-

PP, no caso), integrando um representante do organismo de destino do pessoal a recrutar e, eventual-

mente também, membros das ordens profissionais e indivíduos da sociedade civil com reconhecido

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mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal, esclarece uma nota enviada aO PAÍS.

Departamento de Estado dos EUA melhora posição de Angola no ranking sobre Tráfico de Seres Humanos

A

República de Angola constata notáveis avanços no combate ao Tráfico de Seres Humanos, segundo o Relatório do Departamento de Estado Americano. A República de Angola constata notáveis avanços no combate ao Tráfico de Seres Humanos, segundo o Relatório do Departamento de Estado Americano. O Relatório é elaborado anualmente e segundo uma nota de imprensa do Ministério angolano da Justiça e dos Direitos Humanos, o deste ano destaca acções como a elaboração e aprovação do Plano de Acção Nacional de Combate ao

Tráfico de Seres Humanos (Decreto Presidencial nº 31/20 de 14 de Agosto) e a Estratégia Nacional de Direitos Humanos, melhorias no seguimento dos casos e na assistência as vítimas e realização acções de sensibilização e formação. Angola passou do Nível 2W de observação para o Nível 2. A avaliação tem quatro níveis, sendo: Nível 1, pleno; Nível 2, países que cumprem parcialmente os padrões; Nível 2W países em observação; e Nível 3, países que não cumprem integralmente os padrões mínimos e não estão a envidar esforços significativos. “Angola volta ao Nível 2, posição

onde já esteve em 2015-2017” regozija-se o Governo. Angola, além da aprovação do Plano de Acção Nacional, diz a mesma nota, também aprovou diversos diplomas legais para investigação e prossecução dos autores, protecção das vítimas e testemunhas. A Comissão Interministerial de Combate ao Tráfico de Seres Humanos conta com uma base de dados com 100 casos (2015-2020), aderiu a base de dados da SADC e a campanha internacional do Coração Azul. Em matéria de prevenção, em 2019 realizou acções que abrangeram mais de mil participantes de várias províncias.

daniel miguel


desporto

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O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

Federação de Andebol tem “dois presidentes!” daniel miguel

Várias vozes nos corredores da Federação Angolana de Andebol (FAAND) estão descontentes com algumas decisões administrativas que têm sido tomadas nos últimos meses

Presidente da FAAND, Pedro Godinho

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á sensivelmente quatro meses – ainda antes do Decreto do Estado de Emergência em Março passado –, vários documentos que engajam a direcção da Federação Angolana de Andebol (FAAND) têm surgido a público com a assinatura do “vice” José Venâncio, na qualidade de presidente interino, conforme constatou este jornal ao longo desse período. Administrativamente, a figura do “presidente (ou outro cargo) em exercício” entra em cena quando o titular de um determinado cargo está impedido seja por morte, prisão ou razões de saúde, entre outras. Ou seja, quando há vacatura do posto cuja provisão depende do respaldo de um acto definitivo posterior. Este não parece, porém, ser o caso na FAAND, uma vez que oficialmente Pedro Godinho não

apresenta, aparentemente qualquer problema que o afaste de vez do cargo que ocupa há já 12 anos. Nessas circunstâncias, a outra figura administrativa é a de “presidente (ou outro cargo) interino”, accionada quando a vacatura é transitória, tratando-se da substituição temporária de alguém ausente. Afinal, interino significa provisório, não efectivo. Mas não se sabe se este é efctivamente o caso, visto que o nosso jornal não tem conhecimento de qualquer documento oficial que indique a “promoção” de José Venâncio. É que, dada a seriedade da questão, qualquer medida nesse sen-

tido deveria merecer também o conhecimento do grande público por via da comunicação social e não apenas do Ministério da Juventude e Desportos ou da Direcção da FAAN, se é que essas entidades foram efetivamente notificadas sobre o afastamento de Pedro Godinho e a ascensão de um dos seus “vices”. Se a FAAND divulgasse regularmente as suas actividades em comunicados oficiais, como fazem o futebol e o basquetebol, a esta hora seguramente saber-se-ia qual na verdade o estatuto de José Venâncio. Paralelamente às assinaturas do “presidente em exercício”, o ver-

APBL realiza Assembleia-geral

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Associação Provincial de Basquetebol de Luanda (APBL) realiza hoje àaAssembleia-geral referente ao ciclo olímpico 2016/2020, às 9:00. Numa das salas da Federação Angolana de Basquetebol, na Cidadela Desportiva, os filiados vão analisar vários assuntos sobre a mo-

dalidade. A aprovação do relatório e contas, bem como a marcação da data das eleições para o quadriénio 2020/2024 também serão discutidas. A comissão eleitoral, órgão que irá fiscalizar e organizar o acto, vai ser conhecida assim que terminar o encontro da família da bola ao cesto de Luanda.

Por ser a província com mais clubes, as eleições serão renhidas, segundo uma fonte ligada ao processo na Associação Provincial. Vários candidatos estão prontos a avançar na corrida ao cadeirão máximo da APBL, mas os nomes ainda estão no “segredo dos deuses”.

dadeiro “número 1” tem feito vários pronunciamentos públicos e tem agido na qualidade de presidente da Federação Angolana de Andebol (FAAN). Foi assim no dia da modalidade, celebrado a 20 de Maio passado, foi assim quando falou da programação das provas nacionais há sensivelmente um mês na Rádio 5 e foi assim também quando no penúltimo dia do mês passado dirigiu uma reunião de Direcção na sede da entidade que superintende o andebol em todo o país. Foi igualmente na condição de líder federativo que participou na reunião do passado dia 4 do corrente mês, no Ministério da Juventude e Desportos (MJD), para acertar as novas datas do calendário eleitoral nacional. O cenário não deixa de ser estranho, visto configurar uma situação clara de “bicefalia”. Para alguns actos (menos relevantes) vale a assinatura de José Venâncio e para outros (mais relevantes) vale a presença de Pedro Godinho. Uma fonte da FAAND contactada pelo nosso jornal a propósito do assunto dá conta que o presidente Pedro Godinho e seus pares de Direcção podem estar a esconder uma qualquer coisa ou, o que é mais provável, pode tratarse de uma manobra visando fins eleitorais. De resto, a renovação de mandatos nas federações nacionais está agendada para Setembro próximo, inclusive nas federações integrantes do programa olímpico.

Não menos estranho nesse processo é o facto de a “promoção” de José Venâncio ter sido uma decisão unilateral do presidente, sem, entretanto, causar um debate entre os seus pares de Direcção ou pelo menos consultá-los, a fim de chegarem a consenso relativamente ao seu “substituto”. Segundo a nossa fonte, para proceder dessa forma, Pedro Godinho terá argumentado junto dos seus colegas de Direcção que nesses casos o presidente tem poder discricionário, embora nada disso conste nos Estatutos da Federação. Embora pouca gente, mesmo do andebol, o saiba, a verdade é que a federação da modalidade tem na prática dois presidentes, algo que a maioria dos membros da Direcção não entende. “O que está a acontecer é absolutamente surreal. Como é que alguém se auto-suspende por livre e espontânea vontade, sem ninguém o forçar a isso, e continua a mandar como se nada tivesse acontecido. Isso cheira à esturro”, disse ao nosso jornal um membro da Mesa da AssembleiaGeral que preferiu não ser identificado. Pedro Godinho leva 20 anos na Direcção da FAAND, sendo 12 como presidente e os restantes como vice-presidente de Archer Mangueira. Antes disso, já havia integrado uma comissão de gestão que sucedeu ao presidente Hilário Sousa, afastado pela direção do Ministério da Juventude e Desportos, num processo rocambolesco e bastante opaco.

daniel miguel


O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

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Mourad Boudjellal quer comprar Marselha

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Treinador camaronês Lazare Adigono

Petro de Luanda pode renovar com o treinador camaronês Mário Silva

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direcção do Petro de Luanda pode, nos próximos dias, renovar o vínculo contratual com o treinador camaronês Lazare Adigono, tendo em vista a temporada basquetebolística 2020/2021. Caso as partes cheguem a acordo, o técnico terá que preparar a turma do Eixo-Viário para a revalidação do Campeonato Nacional sénior masculino da bola ao cesto, a conquista da Ta-

ça de Angola e para a campanha na Ball League, Africanos de clubes. No recém-anulado Nacional da modalidade, prova mais importante do calendário da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), devido à propagação do Coronavírus (Covid-19), doença que está a assolar o mundo a nível social, económico e financeiro, os tricolores lideravam, ao passo que o seu arquirival 1º de Agosto era o segundo classificado. Por sua vez, a direcção da comissão de gestão do órgão reitor da modalidade, encabeça-

dapor Gustavo da Conceição, está a trabalhar ao pormenor para que o Petro de Luanda faça uma boa campanha na primeira edição da Ball League, prova que poderá retomar em Setembro ou Outubro. Segundo fonte federativa, a comissão de gestão quer que o seu associado vá para a prova com todas as condições para disputar a vitória, porque o país tem história em África. Por este motivo, a FAB pensa em realizar um torneio nacional de modo a que os tricolores possam partir para a competição com ritmo competitivo.

NBA confirma 16 jogadores infectados com COVID-19

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om o regresso da competição apontado para Julho, a NBA testou 302 atletas das 22 equipas que vão disputar o final da temporada, em Orlando. Ontem, ficou confirmado que 16 jogadores contraíram a infecção por COVID-19. Através de um comunicado, a NBA explicou que todos os que testaram positivo vão ficar em isolamento, até que recebam alta médica. Recorde-se que Nikola Jokic (Denver Nuggets), Malcom Brogdon (Indiana Pacers), Jones Jr. (Miami Heat), Jabari Parker (Sacramento Kings) e Alexis Len (Sacramento Kings) já confirmaram que contraíram o novo Coronavírus.

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e acordo com a RMC, Mourad Boudjellal está interessado em comprar o Marselha. O empresário francês vai ser a cara de um consórcio do Médio Oriente que pretende adquirir o emblema orientado por André Villas Boas. A mesma fonte avança que

Boudjellal já terá entrado em contacto com o Frank McCourt, actual proprietário dos marselheses, de forma a aferir as exigências para a venda do clube. Recorde-se que Boudjellal nos últimos anos tentou investir no Sporting Toulou e Athlético Marselha, mas os negócios acabaram por não se concretizar.

UEFA de olhos postos em Lisboa: “para já, não plano B”

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UEFA está atenta à evolução da pandemia de Covid-19 em Lisboa, a cidade escolhida para receber a final 8 da Liga dos Campeões, em Agosto. Fonte do organismo, citada pela edição online do diário espanhol Marca, dá conta de contactos permanentes com as entidades portuguesas, sublinhando que, neste momento, não está em equação qual-

quer plano alternativo. “A UEFA está em contacto permanente com a Federação Portuguesa de Futebol e com as autoridades portuguesas. Esperamos que tudo corra bem e que seja possível organizar a final 8 em Portugal. Neste momento, não há razão para ter um plano B, mas estamos a estudar a situação dia a dia e adaptar-nos-emos se for necessário”, referiu. DR


OPINIÃO

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Rosalon Pedro*

COVID-19: UM PARADOXO DOS SÚBDITOS EM ANGOLA?

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COV I D-19 foi notificada pela primeira vez em Angola no dia 21 de m a rço de 2020, altura em que foi anunciada a ocorrência dos dois primeiros casos, por sinal, importados de Portugal e cujos cidadãos em causa regressavam para o país num momento em que já se havia fechado as fronteiras aéreas e terrestres, pelo que, se tornou um assunto bastante polémico e discutido pela sociedade. Nesta altura o mundo já se encontrava ao rubro por conta do elevado número de mortes que assolavam países como a Itália, Espanha, Inglaterra e também subia exponencialmente nas terras do “Tio Sam”. Este facto gerou uma grande onda de pânico para todo mundo, obrigando a Organização Mundial da Saúde – OMS, sob o comando do Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, estabelecer uma série de medidas para garantir o bloqueio da cadeia de transmissão do novo coronavírus, dentre as que mais se destacaram, o encerramento das fronteiras, o confinamento geral das populações, o distanciamento físico, a promoção da higienização das mãos e o uso da máscara facial. A mensagem de acatamento destas medidas foi reiteradas vezes direccionada particularmente para os Estados africanos, onde os graves problemas de ordem socioeconómica são tão prevalentes, prevendo-se uma catástrofe caso a COVID-19 se disseminasse na mesma escala que nos países acima citados. Deste modo, boa parte dos Estados africanos mobilizaram-se para o cumprimento cabal das orientações dimanadas pela OMS. Neste contexto, Angola mostrou-se capaz de mobilizar grande parte dos seus recursos mate-

riais, financeiros e humanos, e até a sociedade em geral foi mobilizada para todos juntos entrarem na luta contra a COVID-19. O governo de Angola foi capaz de em curto espaço de tempo importar mais de 240 médicos cubanos, conseguiu trazer semanalmente para o país toneladas e toneladas de insumos medicamentosos e material de biossegurança, dinamizou a distribuição de água para as populações mais carentes e paradoxalmente o partido que suporta o governo ficou na linha da frente das campanhas de distribuição de bens alimentares a nível das comunidades vulneráveis. Conseguiu em tão pouco tempo hospitais de campanha, equipados com materiais e instrumentos de última geração. Apesar de os dados epidemiológicos de Angola mostrarem que até o momento o número de casos e de óbitos por COVID-19 ainda ser reduzido comparando com outros países africanos (menos de 200 casos e menos de 15 óbitos), o investimento já feito pelo governo angolano direccionado para essa pandemia está elevadíssimo. O problema não está na virtude deste grande investimento face ao bloqueio de uma possível propagação do coronavírus a nível das comunidades (porque até os atuais dados epidemiológicos publicados já vislumbrarem existência de circulação comunitária do vírus), mas inequivocamente, na forma como as nossas lideranças encaram os problemas de saúde e como estabelecem as prioridades, usando o erário público maioritariamente para resolver problemas que não acometem se quer 1% da população. Comparando o impacto da COVID-19 com outros problemas de saúde em Angola tais como a malária, malnutrição grave, tuberculose, VIH/SIDA e outras doenças infecciosas de transmissão

fecal-oral, com grande destaque para febre tifoide, veremos que houve uma atenção bastante desproporcional. Esta atenção desproporcional não teve em conta os dados do próprio MINSA que revelam que só no ano de 2019 tivemos mais de 2 milhões de casos de malária notificados e destes ocorreram mais de 2 mil óbitos e apenas no primeiro trimestre de 2020 já se registaram cerca de 650 mil casos e 780 óbitos, sendo a maior incidência em crianças com menos de 5 anos de idade. Grande parte destas crianças com o diagnóstico de malária, têm como principal morbilidade a anemia severa, hipoglicemia, convulsões e alteração da consciência, que por incapacidade dessas unidades sanitárias em darem resposta célere, um bom número de petizes termina em óbito ou muitos são transferidos para outras unidades de referência já em estado bastante grave, acabando por falecer em menos de 48 horas. A atenção desproporcional é tanta que nos esquecemos dos dados do UNICEF de 2018, que apontam que em Angola cerca de 40% das crianças com menos de 5 anos de idade sofrem de malnutrição crónica e 29% está afectada com a malnutrição aguda moderada e grave, crianças estas que a partida já têm um futuro comprometido dada as sequelas cognitivas esperadas neste tipo de distúrbios. Estas crianças só chegam a este ponto, porque depois dos 6 meses de idade, que é período de aleitamento materno exclusivo, elas necessitam maioritariamente de alimentação suplementar e diversificada como fontes de proteínas, carboidratos, gorduras e vitaminas, mas boa parte das famílias angolanas, por limitação de recursos, não consegue cumprir cabalmente com essas necessidades calóricas dos seus filhos.

Estes exemplos são apenas para não mencionar o estado actual deficiente da luta contra o VIH/ SIDA e do controlo da tuberculose. Diante dos exemplos acima descritos, podemos perceber o quão desestruturadas estão as nossas políticas de saúde pública e em que medida as nossas lideranças políticas conduzem os processos de implementação. Tal facto tem sido o maior motivador para cada vez mais nos atrasarmos em alcançar as metas dos compromissos globais dos quais somos subscritores. Em 2015, Angola ratificou junto da ONU a implementação dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) durante 15 anos (até 2030), dentre os quais, o 2º objectivo diz “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável” e o 3º objectivo “Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”. Numa das metas do 3º objectivo, os países comprometem-se que até 2030, devem acabar com as epidemias de VIH/SIDA, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água e outras doenças transmissíveis. Já passam 5 anos desde a ratificação desses compromissos globais e pelo andar da carruagem, Angola tem poucas hipóteses de cumprir com estes dois grandes objectivos até 2030, não por falta de potencial humano e nem de recursos materiais e financeiros, mas pela incapacidade de estruturação e implementação das políticas até ao último reduto que são as comunidades. O aparecimento da COVID-19 permitiunos perceber o nível de incúria que caracteriza as nossas lideranças políticas, dificultandolhes resolver os problemas de

saúde e sociais endêmicos desde há mais de quatro décadas, mas quando convém, conseguese mobilizar todas forças vivas e recursos disponíveis, de modos a branquear toda uma série de fragilidades que fazem moda no nosso quotidiano. O que nos pareceu é que convinha resolver o mais rápido possível este assunto da COVID-19, pois pelo que é visível, não está a escolher classes sociais, é um tsunami que varre tudo e todos. Portanto, a COVID-19 é um paradoxo dos súbditos em Angola, contudo, ainda vamos a tempo de virarmos a página para uma nova etapa em que o poder político perceba e sinta o real sofrimento do povo, permitindo-lhe com isto desenvolver políticas mais assertivas com base em prioridades objectivas e resolver de facto os problemas das populações. Esperamos que no pós-covid as elites políticas percebam definitivamente a importância de ter no país um sistema que responda de facto as demandas sanitárias do país, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida.

*Licenciado em medicina pela Universidade Agostinho Neto em 2009; Investigador Junior em Epidemiologia Clínica pelo “Kenya Medical Research Institute – KMERI”; Especialista em Pediatria formado pelo “Hospital Pediátrico David Bernardino”, 2010-2014; Ponto focal nacional da OMS para o projecto “Melhoria da qualidade dos cuidados pediátricos”, 2014-2015; Actualmente responsável pelo serviço de urgência de pediatria da Clínica Sagrada Esperança, em Luanda.


classificados emprego

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imobiliário

O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

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TEMPO

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O PAÍS

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PREVISÃO DO TEMPO *** 3 DIAS *** PARA AS PRINCIPAIS CIDADES VÁLIDA DE 27 A 29 DE JUNHO DE 2020

Fonte: INAMET

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGOA E GEOFÍSICA - CENTRO NACIONAL DE PREVISÃO DE TEMPO (CNPT)

Das 18 horas do dia 26 às 18 horas do dia 27 de Junho de 2020 REGIÃO NORTE: Províncias de Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Uíge, Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Lunda-Norte, Lunda-Sul:

PREVISÃO DO TEMPO *** 3 DIAS *** PARA AS PRINCIPAIS CIDADES, válida de 27 á 29 Junho de 2020 Data 27/06/2020

CIDADE

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Céu parcialmente nublado, alternando com períodos de céu nublado pela manhã em quase toda a região. Possibilidade de ocorrência de neblina matinal em alguns municípios das províncias de Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Uíge, Malanje, Cuanza-Norte e Cuanza-Sul.

Céu parcialmente, neblina matinal.

REGIÃO CENTRO: Províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico Céu pouco nublado, alternando com períodos de céu limpo em toda região. Possibilidade de ocorrência de neblina matinal em alguns municípios das províncias de Benguela e Huambo. REGIÃO SUL: Províncias do Namibe, Huíla, Cunene e Cuando Cubango: Céu pouco nublado, alternando com períodos de céu limpo em toda região. Possibilidade de ocorrência de neblina matinal em alguns municípios das províncias do Namibe e Cuando Cubango.

Meteorologistas: Tucaiana Lauriano e Lúcia Yola C. Fernando Luanda, 26 de Junho de 2020 Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, Rua 21 de Janeiro – Tel.: 949320641 – Luanda. Site: http://www.inamet.gov.ao; emails: geral@inamet.gov.ao / geral.inamet@angola-portal.ao

TEMPO no mar

Fonte: INAMET

BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA

3. DESCRIÇÃO SINÓPTICA DAS 18:00 TU DO DIA 26/06/2020 ÀS 18:00 TU DO DIA 27/06/2020.

INSTITUTO METEOROLOGIA E GEOFÍSICA 1. SITUAÇÃO GERAL ÀS 18:00 TU DONACIONAL DIA 26DEDE JUNHO DE 2020:– INAMET Centro Nacional de Previsão do Tempo

Circulação do vento fraco a fresco, de Sul-Sudoeste entre os paralelos 4°S e 14°S, forte de Sul abaixo BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA do paralelo 14°S.

2. VÁLIDA ATÉ ÀS TU DO DIA 27 DE JUNHO DE 2020: 1. PREVISÃO SITUAÇÃO GERAL ÀS 18:00 TU DO DIA 26 DE 18:00 JUNHO DE 2020:

Circulação do vento fraco a fresco, de sul-sudoeste entre os paralelos (4°S – 14°S), forte de sul abaixo do paralelo 14°S. AVISO DE VENTO FORTE ATÉ 57.4 Km/h (31 NÓS) E ONDAS ATÉ 3.6 METROS DE ALTURA NA REGIÃO MARITÍMA DE18:00 NAMIBE 2. PREVISÃO VÁLIDA ATÉ AS TU DO DIA 27 DE JUNHO DE 2020:

AVISO DE VENTO FORTE ATÉ 57.4 Km/h (31 NÓS) E ONDAS ATÉ 3.6 METROS DE ALTURA NA REGIÃO MARITÍMA DE NAMIBE

REGIÃO

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ESTADO DO TEMPO

(ATÉ 200 MILHAS DA COSTA)

ALTURA DA ONDA (METROS)

ESTADO DO MAR

VISIBILIDADE HORIZONTAL (KM)

DIRECÇÃO FORÇA (KT)

Cabinda (4°S – 6°S)

Parcialmente Nublado

Zaire, Bengo, Luanda e Cuanza-Sul (6°S – 12°S) Benguela (12°S – 14°S)

Parcialmente Nublado

Namibe (14°S – 18°S)

SulSudoeste

Até 10

Até 1.8

Agitado

Moderada (Superior a 5)

SulSudoeste

Até 10

Até 2.1

Agitado

Moderada a Boa (Superior a 08

Geralmente limpo

Sul

Até 19

Até 2.4

Agitado

Boa (Superior a 10)

Geralmente limpo

Sul

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2.4 até 3.6

Agitado a Muito agitado

Boa (Superior a 10)

O anticiclone de Santa Helena irá manter-se estacionário, com a pressão central de 1025 hPa decrescendo para 1020hPa. Assim, prevê-se mar agitado, com ondas de 1.8 a 2.4 metros de altura, da região marítima de Cabinda a Benguela e agitado a muito agitado com ondas de 2.4 a 3.6 metros de altura e ventos até 31 nós (57.4 Km/h), na regiõe marítima do Namibe.

4. CARTA DO VENTO MÁXIMO E DA ALTURA DA ONDA MÁXIMA PREVISTA

Os contornos a cores indicam a altura máxima da ondulação e os contornos em tom cinza indicam os possíveis incrementos das vagas devido à influência do vento local.


OPINIÃO

O PAÍS Sábado, 27 de Junho de 2020

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Euclides Mixinge

A implementação do Conceito de Gestão Coordenada de Fronteiras em Angola (1)

N

o dia 22 de Agosto de 2011 foi publicado o Decreto Executivo Conjunto n.º 125/11 que estabelece a cooperação institucional entre os órgãos incumbidos das missões policiais, migratórias e aduaneiras destacados nos diferentes perímetros fronteiriços do País. O diploma constitui o primeiro marco para introdução do conceito de Gestão Coordenada de Fronteiras ao nível da administração tributária no seu escopo de serviços aduaneiros, facto que tem vindo a consumarse com a constituição do Grupo de Trabalho Multisectorial criado objectivamente para elaborar um projecto de diploma para implementação da Gestão Coordenada de Fronteiras a nível do ordenamento jurídico-tributário/ aduaneiro angolano. O conceito de gestão coordenada de fronteiras nasce do pressuposto de que a eficiência e eficácia dos Serviços Aduaneiros da actualidade somente pode ser alcançada desde que as diversas entidades que exercem o controlo da fronteira executem as suas actividades de forma coordenada, face ao aumento do fluxo de transações comerciais cada vez mais crescente, aliado ao aumento do comércio ilícito e ao crime transnacional. A Gestão Coordenada de Fronteiras, enquadra-se num conjunto de medidas de facilitação do comércio que visam permitir maior organização, celeridade e desburocratização nas trocas comerciais com os Estados vizinhos e constitui igualmente um mecanismo ou ferramenta essencial para a integração re-

gional e continental particularmente a adesão de Angola à Zona de Comércio Livre da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), cujo processo se encontra em curso; Por outras palavras, propõe-se uma actuação coordenada entre os Serviços Aduaneiros da AGT, SME, Polícia Fiscal e de GuardaFronteira, Saúde, Veterinária, Agricultura, entre outros. Vale aqui ressaltar que o conceito de gestão coordenada de fronteiras tem duas perspectivas, a perspectiva horizontal, que significa partilha da informação e procedimentos em todas as instituições que exercem o controlo da conformidade procedimental nas fronteiras, e a perspectiva vertical, que se traduz em que todos os funcionários das instituições do Governo que actuam na fronteira do topo a base partilhem os mesmos procedimentos e políticas. Este mesmo conceito tem uma dimensão nacional e uma dimensão internacional. A dimensão nacional decorre da necessidade de uma actuação coordenada entre as instituições nacionais supracitadas. Já a dimensão internacional exige a cooperação entre as autoridades fronteiriças de diferentes países. A titulo de exemplo, ao nível da SADC a gestão coordenada das fronteiras tem mostrado ser uma experiência de relevo, sendo de destacar a coordenação a nível da SARPCCO (Organização Regional de Cooperação dos Chefes de Polícia da África Austral), a criação do Posto Fronteiriço de Paragem Única, que funcionou durante a realização do mundial da África do Sul, em 2010, em todos postos de fronteira, median-

te acordo com os países vizinhos, nomeadamente Botswana, Lesotho, Moçambique, Namíbia, Suazilândia e Zimbabwe, que consistia no funcionamento da miniatura de posto de paragem única para o mundial, através do qual os vistos de entrada dos turistas estrangeiros eram processados em cada fronteira de entrada por equipas conjuntas cuja aprovação final era dada do lado da fronteira na África do Sul, o que permitiu tramitar os vistos de cerca de 309.554 visitantes estrangeiros que entraram na África do Sul para assistir ao campeonato do mundo de futebol de 2010. A gestão coordenada de fronteira vem introduzir uma forma inovadora de administração que rompe com o modelo tradicional de administração de fronteiras para uma visão moderna que

Em Angola, conforme já nos referimos, o processo de feitura da legislação de apoio à implementação já teve o seu inicio e conta com a participação de todos os departamentos ministeriais com proficiência nas questões fronteiriças

deve ser sempre suportada pelas tecnologias de informação e comunicação para toda tramitação fronteiriça. A outra componente relevante para a gestão coordenada de fronteiras requer entre as instituições governamentais quer na relação entre as alfândegas de diferentes países, é o uso da gestão do risco que permite selecionar as importações e exportações suspeita de conter mercadoria com indício de fraude para a inspecção não intrusiva e desta para inspecção física quando aplicável. Para uma implementação assertiva, o Executivo deverá determinar as questões chaves sobre a liderança da gestão coordenada das fronteiras entre as instituições nacionais, que mostra ser um elemento fundamental para disciplinar e orientar as acções a nível local. Alocar recursos humanos e financeiros necessários para a sua operacionalização mediante a construção de infraestruturas adequadas ou melhoramento das actuais e recursos humanos qualificados e devidamente treinados. Em Angola, conforme já nos referimos, o processo de feitura da legislação de apoio à implementação já teve o seu inicio e conta com a participação de todos os departamentos ministeriais com proficiência nas questões fronteiriças. Na elaboração do projecto, levou-se em consideração as atribuições e responsabilidades de cada órgão membro, pois como sabemos, cada órgão dispõe de políticas e estratégias de gestão fronteiriça própria e ocupase dos seus processos conforme atribuições estatutariamente

estabelecidas. Contudo, é inevitável e indispensável uma estreita cooperação entre as diferentes instituições que actuam nas fronteiras e os Estados vizinhos, com vista a tornar o sistema de gestão fronteiriça eficiente e eficaz a nível local, nacional, regional e internacional, bem como garantir a facilitação do comércio lícito, abordar a criminalidade transfronteiriça e ou a migração irregular; O projecto de diploma, prevê, dentre outros aspectos, a existência de uma Unidade de Coordenação Central da GCF que terá entre as suas atribuições, a responsabilidade de coordenar acções conjuntas terrestres, marítimas, aéreas, fluviais e lacustre para prevenir e reprimir qualquer tipo de criminalidade fronteiriça ou transfronteiriça; •Partilhar previamente os planos de alerta e de contingência para uma actuação célere e coordenada entre as respectivas unidades operacionais; Promover a cooperação contínua entre os órgãos de fronteira; Promover as relações bilaterais com os Estados vizinhos; Apresentar propostas de acções que visam a melhoria da cooperação e coordenação entre as autoridades competentes; Coordenar as medidas e programas de facilitação do comércio transfronteiriço e regional; Realizar acções conjuntas de fiscalização para garantir o cumprimento da legislação aplicável ao controlo fronteiriço; Coordenar o controlo do movimento de veículos automóveis e de pessoas ao longo das fronteiras; Técnico Tributário


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O PAÍS

Sábado, 27 de Junho de 2020

Taxas de Câmbio dos Bancos Comerciais

Sábado a Segunda-Feira, 27 a 29 de Junho de 2020 Taxa de Câmbio Actual Compra

Venda

BANCOS COMERCIAIS

USD/KZ

EUR/KZ

USD/KZ

EUR/KZ

Finibanco Angola - (FNB)

568,443

637,935

629,348

706,285

Banco Valor - (BVB)

576,237

645,861

620,517

695,491

Banco de Negócios Internacional - (BNI)

568,443

637,935

611,946

690,011

Banco de Crédito do Sul - (BCS)

573,733

643,757

609,815

684,243

Standard Bank Angola - (SBA)

580,044

650,954

609,046

683,502

VTB África - (VTB)

574,244

644,444

607,840

682,148

Banco de Poupança e Crédito - (BPC)

568,829

642,891

604,816

682,907

ĂŶĐŽ WƌĞƐơŐŝŽ Ͳ ; W'Ϳ

556,842

624,916

603,246

676,992

Banco Sol - (BSOL)

574,244

644,444

603,246

676,992

ĂŶĐŽ ĂŝdžĂ ŶŐŽůĂ Ͳ ; ' Ϳ

579,470

650,195

602,764

676,331

Banco Comércio e Indústria - (BCI)

567,789

637,088

602,626

676,177

Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA)

577,542

654,706

600,144

689,855

Banco Económico - (BE)

579,356

650,066

599,752

672,951

Banco Comercial do Huambo - (BCH)

576,734

651,825

599,688

677,768

Banco de Fomento Angola - (BFA)

573,733

643,757

599,551

672,726

Banco Keve - (BKEVE)

562,258

630,882

597,830

670,795

ĂŶĐŽ / DŝĐƌŽĮŶĂŶĕĂƐ Ͳ ; D&Ϳ

578,079

648,517

596,914

669,646

Standard Chartered Bank Angola - (SCBA)

550,956

618,200

596,854

665,574

Banco BIC - (BIC)

569,430

638,929

596,682

669,507

ĂŶĐŽ ŶŐŽůĂŶŽ ĚĞ /ŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽƐ Ͳ ; /Ϳ

583,257

658,439

595,160

671,876

ĂŶĐŽ ĚĞ /ŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽ ZƵƌĂů Ͳ ; /ZͿ

573,733

643,757

595,125

667,760

Banco Comercial Angolano - (BCA)

570,864

642,222

593,814

668,040

Banco da China Limitada - Sucursal - (BOCLB)

557,750

624,444

592,250

663,070

Banco Kwanza Invest - (BKI)

566,993

636,308

591,645

663,973

“Nenhum bactericida serve! O vírus não é um organismo vivo como a bactéria, e se não está vivo não se pode matar com antibióticos, os vírus são desintegrados. Daí que a solução está em romper a sua cadeia de propagação e mutação”.

ĂŶĐŽ DŝůůĞŶŝƵŵ ƚůąŶƟĐŽ Ͳ ; d>Ϳ

570,864

640,538

590,945

663,070

“O vírus não atravessa a pele sã”.

Banco Yetu - (YETU)

573,733

643,757

590,945

665,001

Taxa Média dos Bancos Comerciais

571,292

641,799

601,635

676,257

“O calor muda o estado da matéria da gordura da camada protectora do vírus, por isso é bom usar água a mais de 25 graus centígrados para lavar as mãos, a roupa e locais em que nos encontre-

Caso necessite de moeda estrangeira, dirija-se sempre aos bancos comerciais ou às casas de câmbio autorizadas. Não realize operações de compra ou venda de moeda estrangeira na rua/mercado informal, pois tal acarreta muitos riscos e é ilegal.

Fonte: FONTE: BNABNA

O que saber sobre o Coronavírus…

“O

álcool ou qualquer mistura com álcool a mais de 65% dissolve qualquer gordura, sobretudo a camada lipídica externa que protege o vírus”. “Qualquer mistura com uma parte de cloro e cinco partes de água dissolve directamente a proteína, desintegrando o vírus”. “O vírus não é um organismo vivo, mas sim uma molécula de proteína (ARN) coberta por uma camada protectora de lípido (gordura), que ao ser absorvida pelas células das mucosas ocular, nasal ou bucal, alteram o código genético delas (mudam) e as convertem em células agressoras multiplicadoras”. “O vírus conserva-se muito estável em ambientes frios, húmidos e escuros”.

mos”. “Não sacudam! Esfreguem as superfícies com álcool, cloro (lixívia), água oxigenada ou detergente! O vírus agarrado a uma superfície se desintegra algum tempo segundo a matéria de que é feita esta superfície. 3 horas (tela porosa), 4 horas (cobre e madeira), 24 horas (cartão), 42 horas (metal) e 72 horas (plástico). Se se sacudir o vírus volta a flutuar no ar e pode alojar-se no nariz”. “Como o vírus não é um ser vivo senão uma molécula de proteína, não se mata, mas se desintegra. O tempo de desintegração depende da temperatura, humidade e tipo de material onde repousa”. “A água oxigenada dissolve a proteína do vírus, isto ajuda muito depois do uso de sabão, álcool ou cloro para atacar o vírus, mas há que usá-la pura e se se usar na pele a pode ferir”. “O vírus é muito frágil, o único que o protege é uma camada externa muito fina de gordura, por isso é que qualquer tipo de sabão é o melhor remédio, porque a espuma corta a gordura (há que esfregar-se por 20 segundos no máximo e fazer muita espuma. Ao dissolver a camada de gordura se dispersa e desintegra por si”. UMA RECOMENDAÇÃO VALIOSA Use a mão não dominante para abrir as portas em casa, escritório, transporte, banhos, etc., já que é muito difícil que venha a tocar o rosto com essa mão. Na Coreia do Sul foi muito difundida esta iniciativa.


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