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AGÊNCIAS E OPERADORAS

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EMPRESAS ESTIMAM ALTA NA DEMANDA E PROJEÇÃO BILIONÁRIA PARA O 2º SEMESTRE

Braztoa, Abav e Abracorp identificam aumento no faturamento dos associados no primeiro semestre de 2022

Saindo do processo de recuperação, aos poucos, o turismo dá sinais de crescimento e já projeta índices ambiciosos em volume de movimentação para o segundo semestre. A Pesquisa de Sondagem Empresarial com Agências e Operadores de Turismo no Brasil, realizada pelo Ministério do Turismo, constatou que 71,5% dos entrevistados acreditam que irão aumentar suas vendas e 67,7% preveem a ampliação do faturamento na segunda metade de 2022.

Responsável pela comercialização de 90% de todos os pacotes turísticos de lazer do Brasil, as agências de viagens têm sentido uma movimentação positiva no volume de comercialização de pacotes. De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), a perspectiva de faturamento do setor, levando em conta as empresas associadas, é de se aproximar ou ultrapassar os R$ 33,9 bilhões vendidos em 2019, um ano antes da pandemia de Covid-19. “Estamos num caminho muito satisfatório, de recuperação absoluta do turismo. É claro que em 2021, quando faturamos R$ 19 bilhões, ficamos ainda longe dos números pré-pandemia, mas na época o turismo internacional estava muito fechado”, frisa Magda Nassar, presidente da Abav Nacional.

Em volume de vendas, Sol & Praia (56,3%); Cruzeiros (49,3%); Viagens Culturais (45,1%); Lua de Mel (36,2%); Luxo (36,2%); Corporativo (36,2%); e Congressos e Eventos (31,0%) compõem o ranking de vendas.

A dirigente ressalta que, embora otimista a previsão, há entraves no setor que podem complicar o alcance da estimativa. “Estamos trabalhando muito e lidando com um ambiente de negócios ainda complicado, já que há atrasos em emissões de visto - como no caso dos EUA -, novas imposições - falando do México -, uma carga tributária alta e um remanescente de remarcações que temos que atender sem ganhar nada”, explica.

Durante o segundo trimestre, 52,1% dos associados Abav que participaram da pesquisa da organização, revelaram que o faturamento superou o mesmo período de 2021, em 50% ou mais. “O primeiro semestre foi extremamente positivo em termos de faturamento e muito complicado em termos de reestruturação de pessoal para os níveis pré pandemia. Acredito que o segundo semestre siga numa crescente de faturamento, apesar das eleições que impactam o cenário econômico, e que há uma tendência de estabilização no movimento de reestruturação de equipes e serviços”, diz.

Foto: Rawpixel, Freepik

CRESCIMENTO EM ASCENSÃO

Recentemente divulgado, o balanço da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) apontou R$ 987,69 milhões de faturamento para o mês de julho, superando os níveis pré-pandemia em 1,86%, no comparativo com o mesmo mês de 2019. O destaque do período foi o segmento aéreo, que faturou R$ 644 milhões, 65% do total da receita do setor, e 2,82% acima de julho de 2019. No acumulado do ano, o saldo foi de R$ 5,78 bilhões, ainda 11% abaixo do período referência, com R$ 6,53 bilhões, mas 226% acima do valor obtido em 2021 (R$ 1,77 bilhão). Os resultados do mês confirmam a previsão da Abracorp de fechar o ano com faturamento 20% acima de 2019.

“Uma das formas de analisar esses dados é considerar que o perfil do viajante doméstico mudou um pouco. Embora a demanda esteja crescente, o viajante corporativo ainda não retomou o fluxo das viagens internacionais registradas em 2019, parte em função da alta do dólar”, avalia Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp. Embora o setor aéreo tenha se destacado no volume de faturamento, houve alta no valor dos bilhetes, de 27%, justificando a alta. Foi constatado ainda, a redução média geral em bilhetes emitidos, de 15%.

OPERADORES DE BILHÕES

A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) fechou o primeiro trimestre de 2022 com 66,6% das operadoras faturando mais que no mesmo período de 2021 e 18,5% alcançando a margem de 76% a 100% do ano passado. “Quando levamos esse comparativo a 2019, período pré-pandemia que traz uma média histórica mais realista, o número de operadoras que ultrapassou 100% do faturamento cai para 14,81%, enquanto 37% faturaram entre 50% e 100%, e 48,1% ainda trabalham para alcançar 50% do que venderam em 2019”, afirma Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa. A estimativa é fechar 2022 com crescimento de 60% no faturamento em relação a 2021, que resultará no empate com 2019, chegando a R$ 15,1 bilhões.

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