Tfg centro de convivência para idosos

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CE NT RO DE CON V I V Ê N CIA PA R A I DO SO S SUZANO_SP

Universidade Braz Cubas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU UBC Trabalho final de graduação – TFG

Márcia Megumi Imai Nishimori | RGM 256988

Orientadores: Prof.Celso Ledo Martins Profª. Fátima Aparecida Martins

Mogi da Cruzes | Maio 2015



AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por sua graça, o qual permitiu que tudo isso pudesse acontecer, não somente ao longo dos estudos, mas em todos os momentos prazerosos da minha vida, onde me amparou e abençoou incondicionalmente. Ao meu avô Youtsuo Imai (in memorian), pela inspiração para deste tema. A minha família e Kiyoshi pelo apoio, amor, carinho e paciência durante as horas difíceis de estudos. Pelos amigos, em especial à Ana Lígia e Beatriz, pelos professores orientadores que me incentivaram nesta pesquisa, e todos aqueles que colaboraram direta ou indiretamente para a realização desta jornada - TFG.


RESUMO Este trabalho final de graduação apresenta estudos sobre o crescimento da população idosa, espaços voltados para os idosos, e a cidade de Suzano. Estes estudos permitem a análise e a constatação da importância do conhecimento os direitos da pessoa idosa, da sua reinserção a sociedade e consequentemente, de espaços destinados ao lazer e a convivência de idosos. Com isso propõe-se um novo Centro de Convivência para Idosos na área central da cidade de Suzano, a fim de promover um envelhecimento mais saudável, com qualidade e bem estar, servindo também como modelo a ser adotado por outras cidades.


ABSTRACT This Final Graduation Project presents studies on the growing elderly population, spaces for the elderly, and the Suzano city. These studies allow the analysis and the realization about the importance of knowledge of the elderly rights, the reintegration to society and consequently spaces intended for the leisure and the coexistence of elderly. Thus we propose a new Community Center for the Elderly in the central area of Suzano city, promoting a healthier aging, quality and wellness, also serving as a model to be adopted by other cities.


SUMÁRIO INTRODUÇÃO

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1. IDOSO E ENVELHECIMENTO 1.1 ESTATISTICAS 1.2 POPULAÇÃO IDOSA E LEGISLAÇÕES NO BRASIL 1.3 IDOSO, UM ATOR SOCIAL 1.4 TIPOS DE IDOSOS

13 16 17 18 19

2. TIPOS DE EQUIPAMENTOS 2.1 REPÚBLICA 2.2 CENTRO DE CONVIVÊNCIA 2.3 CENTRO DIA 2.4 CASA LAR 2.5 SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

23 25 26 27 28 29

3. ESTUDOS DE CASO 3.1 CENTRO GERIÁTRICO SANTA RITA EM CIUTADELLA, MINORCA - ESPANHA 3.2 CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO CRI NORTE - SANTANA, SÃO PAULO 3.3 PRÓ HIPER - MOGI DAS CRUZES, SÃO PAULO 3.4 CENTRO DE CONVIVÊNCIA FLORECER - SUZANO, SÃO PAULO 3.5 UNIÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DE SUZANO - SUZANO, SÃO PAULO

31 32 35 38 39 43

4. DO OBJETO 4.1 DA CIDADE DE SUZANO 4.2 DA ESCOLHA DO OBJETO 4.3 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS 4.4 EQUIPAMENTOS PARA IDOSOS EXISTENTES

47 48 50 53 54


5. DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 5.1 DO TERRENO 5.2 ANÁLISES DO ENTORNO 5.2.1 CHEIOS E VAZIOS 5.2.2 USO E OCUPAÇÃO 5.2.3 GABARITO DE ALTURA 5.2.4 SISTEMA VIÁRIO 5.2.5 ANÁLISE MACRO AMBIENTAL 5.2.6 ANÁLISE MICRO AMBIENTAL 5.3 ÍNDICES URBANÍSTICOS 5.3.1 CALCULO DOS ÍNDICES URBANÍTICOS

55 56 59

6. DO PROJETO 6.1 CONCEITO 6.2 PARTIDO 6.3 ORGANOGRAMA 6.4 FLUXOGRAMA 6.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES 6.6 PROCESSO CRIATIVO 6.6.1 PROPOSTA 01 6.6.2 PROPOSTA 02 6.6.3 PROPOSTA 03 6.6.4 PROPOSTA 04 - FINAL 6.7 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO 6.8 SETORIZAÇÃO 6.8.1 PLANTA DE SETORIZAÇÃO - PAVIMENTO TÉRREO 6.8.2 PLANTA DE SETORIZAÇÃO - PAVIMENTO SUPERIOR

69 70 71 72 73 74 77

65

80 82


7. DESENHOS TÉCNICOS 7.1 IMPLANTAÇÃO 7.2 PAVIMENTO SUBSOLO 7.2.1 MODULAÇÃO ESTRUTURAL 7.2.2 PLANTA PAVIMENTO SUBSOLO 7.2.3 LAYOUT PAVIMENTO SUBSOLO 7.3 PAVIMENTO TÉRREO 7.3.1 MODULAÇÃO ESTRUTURAL 7.3.2 PLANTA PAVIMENTO TÉRREO 7.3.3 LAYOUT PAVIMENTO TÉRREO 7.4 PAVIMENTO SUPERIOR 7.4.1 MODULAÇÃO ESTRUTURAL 7.4.2 PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR 7.4.3 LAYOUT PAVIMENTO SUPERIOR 7.5 COBERTURA 7.5.1 PLANTA COBERTURA 7.5.2 LAYOUT COBERTURA 7.6 CORTES 7.6.1 CORTE AA 7.6.2 CORTE BB 7.6.3 CORTE CC 7.7 ELEVAÇÕES 7.7.1 ELEVAÇÃO FRONTAL 7.7.2 ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA 7.7.3 ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA 7.7.4 ELEVAÇÃO POSTERIOR 7.8 PERSPECTIVAS

85 86 87

90

93

96

98

102

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Introdução



O aumento da população idosa é uma realidade mundial que cada vez mais, vem fazendo parte do cotidiano de todas as sociedades. Com isso, equipamentos que envolvam os idosos e seus direitos sociais tem se revelado ainda mais necessário. Porém espaços destinados à convivência e ao lazer dos mesmos ainda são escassos dentro das cidades, onde os existentes não possuem tanta preocupação em relação à segurança, acessibilidade e as necessidades de cada entidade, sendo muitas vezes galpões ou residências que são adaptados para as atividades exercidas. No município de Suzano, os principais locais de convivência para idosos são distantes da centralidade, dificultando a sua utilização por parte de muitos moradores, sendo ainda que alguns são abertos somente em dias específicos da semana. O projeto do Centro de Convivência para Idosos - CCI na cidade de Suzano surge com a necessidade de um espaço específico para o lazer, convivência e reinserção social do idoso, dando a figura da terceira idade como um ator importante para as comunidades. Além disso, o CCI também se origina sobre uma área de um antigo galpão industrial, que deixa seu espaço de galpão para abrigar uma praça aberta e permeável para a transição de pessoas, revitalizando também seu entorno o qual hoje é evitado pelos pedestres. Como Centro de Convivência, seu objetivo primário é oferecer aos usuários, espaços de descanso como condições iniciais para o desenvolvimento social, crescimento pessoal e até mesmo profissional. A reinserção social do idoso, que também é parte importante do projeto, propõe uma quadra livre para passagem de pedestres e uma variedade de espaços e condições de permanência para aqueles que ali transitarem. Além disso, sua arquitetura, a qual possui uma identidade própria e que se destaca das edificações vizinhas, tende a valorizar a setorização dos espaços internos, trabalha com as sensações e preza pela relação do interno com o externo, trazendo sempre espaços mais verdes para o interior da edificação.

11 | INTRODUÇÃO



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Idoso e envelhecimento


Para a Lei 8.842 de 04 de Janeiro de 1994, a qual dispõe sobre a Política Nacional do Idoso e a Lei 10.741 de 01 de outubro de 2003, o qual dispõe sobre o Estatuto do Idoso, considera e assegura os direitos sociais do idoso, aplicando tais, a pessoa maior de sessenta anos de idade. Já a Organização Mundial da Saúde - OMS - define o idoso conforme seu nível socioeconômico onde é considerado em países em desenvolvimento, aquele que possui sessenta anos ou mais e em países já desenvolvidos, essa idade passa para os sessenta e cinco anos. Porém para Fontaine (apud Cancela, 2007) o envelhecimento não pode ser datado, pois trata-se de um processo de degradação que deve ser levado em consideração as condições biológicas, psicológicas e sociais, o qual varia de indivíduo para indivíduo.

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Há estudos que declaram que existem estágios de idade. De acordo com estes estudos o ápice da vitalidade é atingido por volta dos 25 e 30 anos. Entre os 25 anos aos 40 anos, o indivíduo pode ser considerado como “adulto inicial”, até os 65 anos como adulto médio ou meia idade. Já aos 65 e 75, considera-se como adulto tardio ou velhice precoce, e acima desta idade, considera-se a velhice tardia (Santos et al, 2009 apud Palácios, 2004). Além disso, a OMS também subdivide alguns estágios da idade onde: dos 45 aos 59 anos, o indivíduo é considerado como meia idade, dos 60 aos 74, como idoso, dos 75 aos 90, como ancião e acima dos 90 anos, como velhice extrema (WEINECK, 1991 apud MANTOVANI, s.d.). Porém ainda existe mais uma classificação proposta por Spirduso (1995), onde o adulto da meia idade seria o indivíduo entre os 45 e 64 anos, o idoso jovem entre 65 e 74, o idoso entre 75 e 85, o idoso-idoso de 85 a 99, e os indivíduos acima de 100 anos, seria o idoso velho (SPIRDUSO, 1995 apud MANTOVANI, s.d.). Pode-se notar então que o envelhecimento na realidade não pode ser definido em idades exatas, principalmente pelo falo de cada indivíduo possuir um tempo próprio de envelhecimento pelas questões citadas por Fontaine (2000). Entretanto é necessário determina-las para o auxilio de pesquisas e estudos, de modo que haja mais compreensão neste processo o qual ocorre com todos os seres.

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1.1 ESTATÍSTICAS O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial que hoje ocorre com muito mais frequência. Isso se deve pela diminuição da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida. De acordo com IBGE (2002), em 1950 existia cerca de 204 milhões de idosos no mundo, e quase cinco décadas depois, este numero passou a se tornar 579 milhões de pessoas idosas, o que se dá em média, oito milhões de idosos por ano. Ainda de acordo com o IBGE (2002), o crescimento da população idosa é mais evidenciado em países ainda em desenvolvimento, apesar do número ainda ser bem inferior ao que se é encontrado nos países já desenvolvidos. As populações europeias apresentam proporções mais elevadas, representando aproximadamente 1/5 da população total. Além disso, de acordo com a OMS (2005), em 2025 existirá aproximadamente um total de 1,2 bilhões de pessoas acima de 60 anos, e em 2050, aproximará de dois bilhões, sendo que 80% deste número se encontrará nos países ainda em desenvolvimento. A OMS relata que em torno de 70% das pessoas idosas vivem em países em desenvolvimento e estes números só tender a aumentar em um ritmo acelerado. (OMS, 2005. 8-10 p.)

Tabela 1 - População, total e de 60 anos ou mais de idade e proporção de idosos, segundo continente e países - 1990/1999. Fonte: IBGE, Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil 2000, 2002.

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1.2 POPULAÇÃO IDOSA E LEGISLAÇÕES NO BRASIL 1980 POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS - 7.178.904 PESSOAS / 6,07% (fonte: proj. população do Brasil, 2008) 1991 POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS - 10.722.705 PESSOAS / 7,3% (fonte: censo demográfico, 1991) 1994 CRIAÇÃO DA POLITICA NACIONAL DO IDOSO (fonte: lei 8.842/1994) 2000 CRIAÇÃO DE NORMAS E CRITÉRIOS PARA A PROMOÇÃO DE ACESSIBILIDADE A PORTADORES DE DEFICIENCIA E MOBILIDADE REDUZIDA (fonte: lei 10.098/2000) POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS - 14.536.029 PESSOAS / 8,6% (fonte: censo demográfico, 2000) 2002 CRIAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DOS IDOSOS (fonte: Decreto 4.227/2002) 2003 CRIAÇÃO DO ESTATUTO DO IDOSO (fonte: Lei 10.741/2003) 2006 CRIAÇÃO DO DIA NACIONAL DO IDOSO (fonte: lei 11.433/2006) 2007 CRIAÇÃO DO PROGRAMA DISQUE IDOSO PARA DENUNCIA CONTRA VIOLENCIA E MAUS TRATOS CONTRA A PESSOA IDOSA (fonte: lei 11.551/2007) 2010 POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS - 20.590.599 PESSOAS / 10,8% (fonte: censo demográfico, 2011) 2020 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS - 28.321.799 PESSOAS / 13,6% (fonte: projeção população do Brasil, 2008)

2030 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS - 40.472.804 PESSOAS / 18,7% (fonte: projeção população do Brasil, 2008)

2050 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS - 64.050.980 PESSOAS / 29,7% (fonte: projeção população do Brasil, 2008)

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1.3 IDOSO, UM ATOR SOCIAL Mesmo após a criação do Estatuto do Idoso, Josepha Brito e Carolina Rabelo (2012), representantes da Confederação Brasileira de Aposentados Pensionistas e Idosos relatam que a maioria dos princípios e direitos dos idosos não são aplicados, onde ainda sofrem com preconceito, isolamento e falta de cuidados, muitas vezes pela própria família. A sociedade brasileira ainda não conseguiu modificar totalmente a situação de abandono do idoso, porém essa realidade vem se modificando aos poucos. No entanto ainda é insatisfatório e precário as condições que alguns idosos vivem. Scortegagna e Oliveira (2012), nos mostra que há uma maior valorização relacionada ao jovem, onde para o idoso, “apesar de toda experiência acumulada e das contribuições feitas para a constituição da sociedade atual, não passa muitas vezes de um problema a ser solucionado”. Para completar, o sujeito que vivenciou sua representatividade no mercado de trabalho e como chefe de família, ao passar dos anos, estes papeis são apagados e desconsiderados. De acordo com Beaunoir:

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[...] a maior parte das sociedades não deixa os velhos morrerem como bichos. Sua morte é cercada de um cerimonial para o qual se reivindica, ou finge se reivindicar, seu “consentimento”. Por outro angulo, muitas pessoas respeitam as pessoas idosas enquanto estão lúcidas e robustas, mas livram-se delas quando se tornam decrépitas e senis. (BEAUNOIR, 1990, 66 p.)

A sociedade ao pensar no idoso, logo o relaciona a características como doenças, invalidez e falta de capacidades cognitivas. Os idosos podem sim apresentar algumas limitações por questões biológicas, mas não significa que o mesmo seja incapaz de executar tarefas. A confirmação disso pode ser vista da seguinte forma: de acordo com o Estatuto do Idoso, no Capítulo VI, Artigo 26 diz “O idoso tem direito do exercício de atividade profissionais respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.” A OMS (2002, 10 p.) relata que a grande maioria das pessoas acima de 60 anos em todos os países,


ainda continuam a trabalhar, formalmente ou informalmente, representando um recurso fundamental para suas famílias e comunidade. O aumento da população idosa e a redução da taxa de fecundidade (IBGE 2008) são fatos que reduzem o número de jovens no mercado de trabalho e consequentemente a mão de obra qualificada e o amplo conhecimento técnico. Por este motivo, o número de idosos ativos no mercado vem aumentando consideravelmente. Em uma pesquisa do IBGE (2007), relata

que 30,9% dos idosos já aposentados, ainda permanecem economicamente ativos, sendo que os principais motivos são: necessidade de uma renda extra e vontade de permanecer ativo. É fundamental que os cidadãos e governos passem a dar mais valor e a criar incentivos e oportunidades para a efetividade dos direitos dos idosos, em busca do bem-estar não somente de um indivíduo único, e sim de uma sociedade que passará pelo mesmo processo.

1.4 TIPOS DE IDOSOS Tipos de idosos quanto ao temperamento Eufóricos ou ativos: Segundo Grinberg (1999, 50 p.), os idosos eufóricos ou ativos, possuem sempre boa autoestima e são muito otimistas procurando sempre se permanecer em atividades. Pelo fato de serem ativos, não conseguem se permanecer parados, sendo muito sociáveis, criativos e trabalhadores. Neste caso, apesar de alguns poderem possuir algum tipo de distúrbio ou algum problema físico, isso não se torna um obstáculo e não os impede de viverem suas vidas.

Indiferentes: Este grupo não se queixa de problemas da vida e aparentam ser desinteressados em diversos assuntos. Neste caso, os idosos indiferentes, vivem suas vidas mas são desapegados a ela, não se importam se possuem ou não amigos, não se aborrecem mas não gostam de serem incomodados (Grinberg, 1999, 50 p.).

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Deprimidos: Os idosos deprimidos, segundo Grinberg (1999, 50 p.), são “angustiados, atormentados, desanimados, pessimistas. Esperando sempre o pior”. Eles sempre se encontram com problemas, seja físico ou psicológico, tornando-os mais abalados e modificando sua autoestima, podendo se sentir desprezados e humilhados com facilidade.

Assustados: Os idosos assustados são os que mais necessitam de ajuda e apoio. Eles possuem uma preocupação excessiva, são pessimistas e muitas vezes hipocondríacos. Possuem sempre uma tristeza profunda e vivem suas vidas sempre com receios e medos. (Grinberg, 1999, 50 p.)

Tipos de idosos quanto à capacidade física Atletas: Os idosos atletas possuem um físico bem preparado e realizam muitas atividades físicas. Segundo a Folha de São Paulo Especial (2009), chega a participar de campeonatos, até mesmo internacionais. Para isso, é necessário um treinamento especifico que trabalha as aptidões físicas do idoso, a fim de manter e melhorar o desempenho competitivo e recreativo. Fisicamente ativo: Os idosos fisicamente ativos são capazes de realizar atividades físicas moderadas como esportes de resistência e alguns jogos. Para isso o idoso deve se manter

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em boas condições de “força e resistência musculares, flexibilidade, capacidade cardiovascular, equilíbrio, tempo de reação e movimento, agilidade e coordenação”. (Folha de São Paulo Especial, 2009)

Fisicamente independente: Este grupo é capaz de realizar atividades domésticas e praticar atividades que gastam pouca energia, como caminhar, dançar e dirigir, porém como seu físico não é trabalhado regularmente, o indivíduo não possui grandes energias para a realização de atividades mais pesadas. (Folha de São Paulo Especial, 2009)


Fisicamente frágil: Os idosos fisicamente frágeis devem realizar algumas atividades com cautela, desempenhando atividades leves como fazer compras e preparar refeições, e consegue realizar todas as Atividades da Vida diária -AVD- e algumas atividades intermediárias. É necessário realizar atividades que possa trabalhar na força muscular e na postura, que influenciam no equilíbrio e na locomoção. (Folha de São Paulo Especial, 2009)

Fisicamente dependente: Os idosos que são fisicamente dependentes, segundo a Folha de São Paulo Especial (2009), conseguem realizar as AVD como tomar banho, se vestir e se alimentar, porém se faz necessária a ajuda de um terceiro indivíduo. Para que não haja a alteração física com mais rapidez, é necessário trabalhar as partes do corpo que são utilizadas nas AVD’s, como os músculos dos braços, pernas, mãos e dedos e a flexibilidades dos ombros, joelhos e tornozelos. Fisicamente incapaz: Neste grupo, os idosos são totalmente dependentes de terceiros por não conseguir realizar nenhuma AVD, neste caso, é necessário trabalhar a força muscular dos troncos, braços, pernas, quadris e mãos a partir de fisioterapias (Folha de São Paulo, 2009). 21 | IDOSO E ENVELHECIMENTO



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Tipos de equipamentos


As tipologias de equipamentos de serviços ao idoso variam de acordo com os tipos de idosos e as necessidades de cada indivíduo, como por exemplo: os idosos que não possuem condições de desenvolver atividades da vida diária não são indicados a utilizarem de equipamentos que não possuem uma assistência específica de recursos humanos, como enfermeiras e cuidadores. Fazendo uma breve análise, podemos diferenciar as tipologias de cada equipamento e para que indivíduo é voltado, além de onde preferencialmente devem ser implantados estes serviços, conforme segue:

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2.1 República Para o Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS - (2001), as repúblicas são alternativas de residência. Este serviço tem como objetivo proporcionar a integração e a participação social do idoso na comunidade. O público para este sistema são idosos que tenham a capacidade de domiciliar de forma coletiva, com condições de desenvolver as AVD’s de forma independente, mesmo havendo a necessidade de uso de equipamentos de autoajuda. De acordo com Siqueira (1996), a Prefeitura de Santos em parceria com a Companhia de Habitação da Baixada Santista criou a primeira república de idosos, o qual previa a reforma de imóveis deteriorados, onde os proprietários concordavam em cedêlos para locação social. A primeira casa a ser entregue possui sete dormitórios, sendo duas pessoas por quarto. Além disso, possui ainda: duas cozinhas, uma área de serviço, duas salas de convivência e três banheiros. A república é organizada entre os moradores elegendo um síndico e todos dividem as despesas de energia

elétrica, água, limpeza e cada um prepara sua refeição e paga o valor simbólico de um aluguel. Outro aspecto importante segundo Fortes (2010), o lazer é feito pelo próprio indivíduo devido sua autonomia e quando necessário, a assistência social dá o suporte ao idoso quando em relação a questões de saúde.

Figura 1 - Repúblicas Renascer e Vitória que funcionam no mesmo Casarão em Santos/SP Fonte: g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/11/em-santosidosos-aliviam-solidao-e-mantem-vida-ativa-em-republicas.html

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2.2 Centro de Convivência O Centro de Convivência é um espaço destinado aos idosos e seus familiares, com o objetivo de desenvolver atividades específicas para promover o envelhecimento ativo para o aumento da qualidade de vida, convivência social e integração intergeracional, além de oferecer atividades que possam gerar o aumento da renda própria. Este equipamento pode ser implantado em edificações novas ou adaptado, com tanto que atenda as Normas de Acessibilidade. O fato serem implantadas dentro da malha urbana aumenta mais a possibilidade da integração intergeracional, pois não se trata de uma Instituição fechada para idosos. Elas podem ser mantidas por Organizações Governamentais - OG’s - ou Organizações não Governamentais - ONG’s-, mas devem ser estipulados projetos de autossustentação. Centro dispõe de inúmeras atividades diversas que podem agradar estilos diferentes de idosos. São executadas atividades artísticas, culturais, esportivas, educativas que tem o intuito de inserir o idoso socialmente, além de conceder novas experiências e até explorar novas aptidões (MPAS, 2001) Podemos

26 | TIPOS DE EQUIPAMENTOS

observar que o Centro de Convivência possui um programa completo para o incentivo de um envelhecimento ativo e que de melhores condições de vida no dia-a-dia do idoso. Além disso, favorece muito na questão da socialização do idoso, que estará não somente em meio a outros idosos, mas em meio a uma comunidade inteira que pode conhecer as atividades ministradas, além das apresentações e exposições de itens que são passíveis de ser executadas. Isso é um estímulo para o envolvimento das comunidades de modo a destacar a presença do idoso como parte da sociedade.

Figura 2 e 3 - Centro de convivência CRI Norte – Santana Fonte: CRI Norte, 2014.


2.3 Centro Dia O Centro Dia é um programa destinado a idosos dependentes ou semidependentes que possuem limitações nas realizações das AVD e que convivem com seus familiares, mas que não dispõe de tempo integral para atender as necessidades e cuidados especiais que necessitam. Este espaço vem como uma opção para o atendimento desses idosos nas necessidades básicas, de modo a incentivar a socialização do idoso, a prática de atividades terapêuticas e socioculturais, melhorando o bem-estar e a qualidade de vida. Além do atendimento com o próprio idoso, este sistema oferece atendimento ao cuidador que também necessita de atenção. Estes Centros podem funcionar em locais adaptados, em novas construções ou então fazer parte do programa de um Centro de Convivência. Deve ser localizado na malha urbana, sem isola-lo, de forma a favorecer a integração do idoso a comunidade do entorno, lembrando sempre da necessidade de áreas verdes para atividades ao

ar livre, sendo preferencialmente edificações térreas de modo a facilitar a mobilidade do indivíduo. Além disso, por trabalhar com idosos dependentes e semi-independentes, ele conta com a necessidade de um grupo específico de profissionais, seja eles Terapeutas, Psicólogos, Assistentes Sociais, Enfermeiras, Cuidadores, Nutricionistas entre outros (MPAS, 2001).

Figura 4 - Centro Dia do Idoso “Tuffy José” da Cidade de Poá Fonte: www.banduforrueiro.com/2014/03/centro-dia-do-idoso-ja-realiza.html

27 | TIPOS DE EQUIPAMENTOS


2.4 Casa Lar O MPAS (2001) define a Casa lar como uma residência participativa para idosos independentes ou semi-independentes que não possuem mais vínculos familiares e não possuem condições financeiras para arcar com os custos integrais para sua sobrevivência. Por este motivo, um dos principais objetivos da Casa Lar é aumentar as economias do idoso por mais tempo possível, não sendo necessário que o idoso pague por alguém ou despesas. A Casa Lar é uma instituição de atendimento que pode ser implantado tanto em novas construções quanto em edificações já existentes, porém os espaços devem estimular as aptidões e as capacidades dos idosos, devendo atender as necessidades fisico-espaciais mínimas e estar de acordo com as normas de acessibilidade da NBR9050. Deve ser localizadas dentro da malha urbana com facilidade aos equipamentos de transporte e equipamentos de serviços, de forma a favorecer a integração do idoso e não sendo pensadas como locais isolados, sem o contato com a vida urbana. Deve-se prever áreas verdes para a realização de atividades ao ar livre, jardinagem e solarium, considerando

28 | TIPOS DE EQUIPAMENTOS

um mínimo de 1,00m² por usuário. De acordo com a ANVISA, as Casas Lares são mantidas por OG’s e ONG’s, com o objetivo de promover o bem-estar e a autonomia do idoso. Por ser um sistema participativo, ele conta com a colaboração financeira, material, laboral entre outras para o conjunto de atividades executadas pelos os usuários. É importante ressaltar que os idosos em Casas Lares, são acompanhados diariamente por Cuidadores, Assistentes Sociais, Síndico e Cozinheiras.

Figura 5 - Recanto dos idosos – Luz divina / Suzano Fonte: www.recanto-dosidosos.blogspot.com.br


2.5 Serviço de Acolhimento Institucional Esse atendimento é aquele prestado em instituições asilares, a qual é um sistema com características domiciliares, destinada prioritariamente a idosos, dependentes e independentes, que possuem ou não família, mas que se encontra em situações de vulnerabilidade, não podendo permanecer em sua família ou em seu domicílio. A Instituição Asilar é uma Instituição de Longa Permanência para Idosos -ILPI-, que em regime integral, deve oferecer apoios na área social, psicológica e médica, com serviços de fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia, enfermagem e outras atividades específicas e disponha de recursos humanos de assistência, saúde, alimentação, higiene, repouso e lazer dos usuários. Essas instituições possuem várias denominações como: abrigo, asilo, lar, casa de repouso, clínica geriátrica e ancianato. Mediante o pagamento ou não, todas elas são equipadas para atender pessoas com 60 anos ou mais, durante um tempo indeterminado. Existem três tipos diferentes de modalidades de instituições asilares. A primeira se destina a idosos independentes para os afazeres das Atividades

da Vida Diária - AVD, mesmo que haja a necessidade do uso de equipamentos de autoajuda. A segunda modalidade é destinada a idosos dependentes e independentes, mas que precisam de auxilio e de cuidados especializados e acompanhamento adequado de profissionais da saúde. Nessa modalidade não são aceitos idosos portadores de dependência física acentuada e de doença mental incapacitante. Por fim, a terceira modalidade é destinada a idosos dependentes, que necessitam de assistência total em alguma AVD, sendo necessária uma equipe interdisciplinar de saúde.

Figura 6 - Casa de Repouso Ipelândia Home - Suzano/SP Fonte: www.enkyo.org.br/rep_suzano.htm

29 | TIPOS DE EQUIPAMENTOS



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Estudos de caso


3.1 Centro Geriátrico Santa Rita em Ciutadella, Minorca - Espanha O Centro de Geriatria, projeto do escritório de arquitetura Manuel Ocaña em Minorca, uma ilha na Espanha, foi um projeto aprovado em agosto de 2003, tendo o início das obras em março de 2004 e finalizado em dezembro de 2007, foi fruto de um concurso em 2002.

Figura 7 - Imagem Aérea - Centro Geriátrico Santa Rita Fonte: manuelocana.com, 2014.

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Segundo o escritório, centros de geriatrias, devem ser lugares atraentes para se viver, dando ênfase a um espaço onde os residentes viverão seus últimos anos, porém sem o aspecto de um hospital com corredores e barreiras arquitetônicas. O objetivo principal, foi assegurar a autonomia dos idosos e a acessibilidade, além de garantir a segurança e o respeito a privacidade individual. Todos os dormitórios possuem um acesso direto a um jardim que atua como uma espécie de lobby, além do acesso direto a partir espaços coletivos. O edifício residencial possui uma forma que gera movimento, que junto aos outros anexos, cria diferentes percursos entre as composições, saindo de uma rotina comum com trajetos pré-determinados. Além disso, as circulações formam espaços que promovem a fenômenos que estimulam os sentidos dos idosos.


Figura 8 e 9 - Imagem Aérea - Centro Geriátrico Santa Rita – Fonte: manuelocana.com, 2014.

As fachadas em cores específicas e o teto que exibe linhas que projetam o levantamento topográfico onde foi implantado permite o usuário a decidir “qual caminho seguir” e “onde ficar”. Além disso, o edifício possui uma fachada de forma geométrica regular seguindo a forma do loteamento, utilizando muito vidro, porém ao observar seu interior, é projetado com todo um traçado orgânico. O Centro Geriátrico conta com 68 unidades de dormitórios com banhos acessíveis, que são disponibilizados de forma orgânica ao longo da construção, onde são complementadas com espaços denominadas “amebas”. Estas amebas são nada mais que aberturas nas lajes criando aberturas externas para iluminação, que abrangem áreas como: espaços socioculturais, sala de descanso, terapia ocupacional, fisioterapia, reabilitação e piscina, área assistencial e cozinha. Além disso, ao longo do prédio, há pequenos sanitários acessíveis, unidades de controle de enfermagem próximas às amebas, além da comedoria próxima a cozinha e mais áreas de descanso.

Figura 10 - Zona laranja e azul e detalhe de laje com linhas do levantamento topográfico - Fonte: manuelocana.com, 2014.

33 | ESTUDOS DE CASO


Os jardins internos dão todo uma interação entre os idosos e a natureza necessários para o bem estar, onde podem descansar e ainda realizar atividades de reabilitação. Os jardins também são diferenciados entre si, ao criar temáticas amarelas, brancas e azuis, que também influenciam no estado pessoal dos indivíduos. Os jardins externos também possuem uma temática colorida nas diversas áreas que existem que junto ao fechamento da construção influenciam nas cores internas.

Figura 11 - Jardim externo com bougainvillea glabra conhecida como Primavera - Fonte: manuelocana.com, 2014.

Figura 12 - Efeito interno do jardim externo Fonte: manuelocana.com, 2014.

Aspectos positivos

Aspectos negativos

- Preocupação da arquitetura sobre a pessoa idosa; - Arquitetura que traz diferentes sentidos, emoções e comportamentos; - Grande quantidade de áreas verdes de passeio e descanso; Instalações que diferem de hospitais com corredores e sem vida; - Espaço amplo para diversos ambientes;

- Prevalência de tons acinzentados devido ao concreto aparente;

Ameaças

Oportunidade

- Tons acinzentados em grande quantidade podem gerar sentimentos negativos aos idosos;

- Grande quantidade de paisagismo propõe interação entre os idosos e a natureza

34 | ESTUDOS DE CASO

Elaboração: do Autor (2014)

Análise SWOT – Estudo de Caso 01 Centro Geriátrico Santa Rita em Ciutadella, Minorca - Espanha


3.2 CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO CRI NORTE - SANTANA, SÃO PAULO O Centro de Referencia ao Idoso -CRI- na Zona Norte é um ambulatório de especialidades médicas voltadas ao idoso, com serviços de diagnóstico e tratamento, com equipes médicas multidisciplinares. Localizado dentro do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, em Santana, zona norte de São Paulo, o CRI possui vários setores, sendo um deles, o Centro de Convivência, o qual é o foco de nosso estudo de caso. O Centro de Convivência do CRI Norte, possui uma programação diversificada de modo a criar bons hábitos e preservar a saúde física e mental, além de favorecer a reinserção social e resgatar a autoestima de idosos que passam por dificuldades da vida. O Centro de Convivência conta com seis classificações de atividades. Sendo elas atividades físicas, educativas, culturais, manuais e de geração de renda, temáticas e complementares. Além disso, cada atividade possui dias da semana e horários já determinados. Segue abaixo a relação das atividades executadas no Centro de Convivência:

Atividades Físicas: Ginástica, abdominal, vôlei e basquete (esporte com regras adaptadas ao publico idoso), atletismo, dança sênior, lian gong, yoga, relaxamento, bocha e caminhada temática (caminhadas nos entornos do CRI Norte na prevenção de doenças cardiovasculares e a contextualização.

Figura 13 - Lian Gong CRI Norte Fonte: CRI Norte, 2014.

35 | ESTUDOS DE CASO


Atividades educativas: Mente Aberta (discussão sobre envelhecimento, autoconhecimento e prática do pensamento promissor), Alfabetização, Inglês, Jogos de Mesa (atividades que estimulam o raciocínio, memória e capacidade de solucionar problemas, tais como dominó, xadrez, dama e baralho). Figura 14 - Alfabetização CRI Norte - Fonte: CRI Norte, 2014.

Atividades culturais: Dança de Salão (preservação de culturas populares através da dança e interpretação), coreografia (grupo de dança coreografada com musicas populares e folclóricas), dança circular (valorização da cultura popular e folclórica através da dança de roda), coral, violão, flauta, teatro, contação de histórias, origami. Figura 15 - Dança de Salão CRI Nort - Fonte: CRI Norte, 2014.

Atividades manuais e de geração de renda: Tricô e crochê, macramê, artesanato masculino, amarradinho, corte e costura, técnicas artesanais, meia de seda, pintura em tecido, bordado em pedraria, biscuit, bijuteria, tapeçaria, técnicas de bordados, pintura em tela, fuxico, artesanato em areia, bonecas, arte em jornal, tear e patchwork. Figura 16 - Pintura em tela CRI Norte - Fonte: CRI Norte, 2014.

36 | ESTUDOS DE CASO


Atividades temáticas: CineCRI (exibição de diferentes temáticas e reflexão com junto a especialistas), sarau literário (apresentação de poesias, músicas, leituras e reflexões), bailes temáticos.

Figura 17 - CineCRI CRI Norte - Fonte: CRI Norte, 2014.

Atividades Complementares: Informática, biblioteca e salão de beleza.

Figura 18 - Informática CRI Norte - Fonte: CRI Norte, 2014.

Aspectos positivos

Aspectos negativos

- Grande variedade de atividades para idosos - Estrutura comporta diversos ambientes para realização de atividades; - Suporte para recebimento de grande quantidade de pessoas; - Realização de atividades todos os dias da semana; - Comunicação direta e facilitada com o equipamento de saúde;

- Dificuldade de agendamento de visitas técnicas;

Ameaças

Oportunidade

- A desistência de estudantes em conhecer as atividades destinadas aos idosos e a estrutura do local;

- Espaços para a criação de programas de conscientização dos direitos dos idosos junto aos jovens - Interação entre jovens e idosos;

Elaboração: do Autor (2014)

Análise SWOT – Estudo de Caso 02 Centro de Convivência do CRI Norte - São Paulo

37 | ESTUDOS DE CASO


3.3 PRÓ-HIPER - MOGI DAS CRUZES, SÃO PAULO Segundo a Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes (s.d.), o Pró-Hiper é um espaço exclusivo para os idosos acima de 60 anos, para a prática de exercícios físicos supervisionados, a qual é fruto de um parceria da Smel com a Secretaria Municipal de Saúde. O Pró-Hiper, localizado no Centro Municipal Integrado Deputado Auricio Nagib Najar, oferece diversas atividades como hidroginástica, musculação e vôlei adaptado. Além disso, ocorrem palestras de orientação sobre qualidade de vida e oferecem avaliações médicas e fisioterápicas, a fim de promover saúde, bem estar e qualidade de vida à terceira idade. Segundo a reportagem da Diário TV 1º edição (2013), existe aproximadamente 1700 idosos cadastrados no programa. De acordo com a Enplan Construtora (s.d.), o projeto é do ano de 2009, sendo que possui 768,76 metros quadrados de área construída.

Figura 19 - Piscina Pró-Hiper - Fonte: Thamirys Marques <emsumajor. wordpress.com/about/pro-%E2%80%93-hiper-de-mogi-ampliacapacidade-de-atendimento-paraidosos/>

Figura 20 - Academia Pró Hiper Fonte: Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes.

38 | ESTUDOS DE CASO


Aspectos positivos

Aspectos negativos

- Estrutura para a prática de atividades físicas para idosos; - Realização de atividades todos os dias da semana.

- Acesso restrito as instalações somente por indivíduos acima de 60 anos; - Dificuldade da abertura de vagas para iniciar as atividades;

Ameaças

Oportunidade

- A desistência de estudantes e jovens em conhecer as atividades destinadas aos idosos e a estrutura do local; - Desistência de idosos que fizeram as inscrições mas que aguardam a abertura de novas vagas.

- Espaço amplo, possível de criar outras atividades físicas aos idosos

Elaboração: do Autor (2014)

Análise SWOT – Estudo de Caso 03 Pró-Hiper Mogi das Cruzes

3.4 CENTRO DE CONVIVÊNCIA FLORESCER - SUZANO, SÃO PAULO O Centro de Convivência da Terceira Idade Florescer de Suzano foi fundado no ano de 1990, e atualmente ocupa um espaço próximo aos bombeiros da cidade de Suzano desde 1999.

Figura 21 e 22 - Fachada e placa Centro de Convivencia Florescer Fonte: do Autor, 2014.

39 | ESTUDOS DE CASO


O terreno foi cedido pela prefeitura por um período de trinta anos, onde inicialmente foi demarcado uma área maior da quadra, incluindo o terreno onde se encontra o ambulatório de especialidades, porém foi reduzido a área que hoje ele possui. O Centro de convivência foi levantado com o propósito de abrigar a sede do clube, composto por um terreno amplo que possui um grande salão, com dois sanitários feminino e masculino, além de uma cozinha e um escritório. Aos fundos há uma quadra descoberta, uma quadra de bocha, um deposito, dois sanitários feminino e masculino, uma área de churrasqueira e mais um salão. Não há locais restritos a pessoas a não ser o escritório, porém os fundos se encontram trancados por não serem muito utilizados.

Figura 23 e 24 - Quadra bocha e vôlei Fonte: do Autor, 2014.

Apesar do amplo espaço com condições de uso, atualmente o centro funciona apenas uma vez por semana, quando é realizado o encontro dos idosos para o bingo e uma vez ao mês, é realizado um jantar especial aos aniversariantes e um baile em comemoração.

40 | ESTUDOS DE CASO


Figura 25 e 26 - Salão Centro de Convivência Florescer Fonte: do Autor, 2014.

A falta de atividades realizadas no centro se dá pela falta de professores voluntários. Atividades como vôlei e bocha e artesanatos como bordado, pintura e colagens eram realizados do centro. Apesar disso há outras atividades que são realizadas pelo clube, como comemorações especiais e viagens uma vez ao ano além do coral realizado juntamente com outros idosos de outras entidades, se reunindo no SASP o qual oferece tal programação. A construção também não possui acessibilidade em diversos pontos, principalmente ao tratamos da entrada principal do salão onde existe um degrau considerável. Apesar disso, o acesso do salão aos fundos, é provido de rampa, mas já que os fundos é pouco utilizado, o acesso é fechado. Já os sanitários, apenas um deles é provido de barras de apoio.

41 | ESTUDOS DE CASO


Figura 27 e 28 - Acesso Salão e Fundos Convivência Florescer Fonte: do Autor, 2014.

De modo geral, apesar do Centro possuir boas estruturas, o fato do mesmo não ter voluntários e funcionar apenas uma vez por semana, deixa de apoiar e promover atividades benéficas a diversos idosos da região.

Aspectos positivos

Aspectos negativos

- Quadras para a realização de esporte; - Salão amplo para a realização de atividades diversas;

- Abertura somente em uma vez por semana; - Falta de professores voluntários; - Equipamento carece de acessibilidade; - Arquitetura comum;

Ameaças

Oportunidade

- Propenso a quedas; - Falta de atividades durante a semana;

-Criação de atividades físicas em áreas externas e internas para os idosos; - Interação entre jovens e idosos;

42 | ESTUDOS DE CASO

Elaboração: do Autor (2014)

Análise SWOT – Estudo de Caso 04 Centro de Convivência Florescer de Suzano


3.5 UNIÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DE SUZANO - SUZANO, SÃO PAULO

Figura 29 - Fachada UAPES Fonte: do Autor, 2014.

A União dos Aposentados e Pensionistas de Suzano é uma organização não governamental a qual foi fundada em 1989. De acordo com a Lei complementar nº 127 de 13 de Junho de 2003 (Fonte: Câmara Municipal de Suzano), a Prefeitura Municipal de Suzano concedeu a UAPES, o direito de uso de um imóvel, que hoje atua como sede, localizado na Rua Dr. Campos Salles, com 275,00 metros quadrados, com validade de 20 anos, mas que foi possível realizar a sua renovação. A partir da entrevista feita com uma das responsáveis pelo local, foi possível obter algumas informações sobre a entidade e suas atividades. De acordo com a entrevista, existem cerca de 115 idosos associados a entidade. A edificação foi levantada com o intuito de abrigar a sede e inicialmente era composta de uma edícula. Porém, mais a frente, foi necessária a construção de um salão para a realização de alguns eventos. Hoje, a sede completa possui uma edícula com cozinha, sanitário, despensa e escritório e um amplo salão com a capacidade máxima de 80 pessoas, o qual ainda possui um sanitário feminino e masculino. O local também é equipado com churrasqueira, pias e tanques na área externa.

Figura 30 e 31 - Corredor entre edícula e salão UAPES Fonte: do Autor, 2014.

43 | ESTUDOS DE CASO


Não existe uma variedade de atividades que ocorrem no clube. Atualmente existe em todos os dias da semana, grupos dominó e artesanatos, tais como pintura e biscuit. Uma vez por semana realiza-se o bingo entre idosos, uma vez ao mês há um evento especial aos aniversariantes do mês, e a comemoração de datas especiais.

Figura 32 e 33 - Salão UAPES - Fonte: do Autor, 2014.

Figura 34 e 35 - Cozinha da edícula UAPES - Fonte: do Autor, 2014.

44 | ESTUDOS DE CASO


Foi observado no local, que não há acessibilidade em todos os lugares. Apesar de não existir a participação de cadeirantes, existem idosos que possuem a necessidade do uso de instrumentos de apoio como bengala. Deste modo, é necessária uma atenção especial a pequenos degrau. Outra situação que podemos destacar é a ausência de barras de apoio nos sanitários.

Figura 36 e 37 - Salão UAPES - Fonte: do Autor, 2014.

Por se tratar de um espaço pequeno, também não é a possível a criação de vários espaços diferentes, sendo que as atividades de dominó e artesanato são realizados apenas na cozinha da edícula. Deixando então o salão para eventos maiores e para alugueis. O local apesar de pequeno e simples, ainda pôde proporcionar todos os dias da semana, atividades aos idosos a fim de manterem-se ocupados. Porém as instalações carecem de cuidados quanto à acessibilidade e de elementos arquitetônicos que possam dar mais valor ao equipamento tão importante aos idosos.

Aspectos positivos

Aspectos negativos

- Realização de atividades todos os dias da semana; - Aluguel de salão para outras atividades.

- Falta de professores voluntários; - Equipamento carece de acessibilidade; - Arquitetura comum;

Ameaças

Oportunidade

- Suscetível a roubos - Propenso a queda

- Criação de atividades físicas em áreas internas para os idosos - Interação entre jovens e idosos;

Elaboração: do Autor (2014)

Análise SWOT – Estudo de Caso 05 União dos Aposentados e Pensionistas de Suzano

45 | ESTUDOS DE CASO



4

Do objeto


4.1 DA CIDADE DE SUZANO Suzano possui uma área de 206.201 quilômetros quadrados e uma densidade de 1.272,93 habitantes por quilometro quadrado. A cidade faz parte da região leste metropolitana de São Paulo e está situada a 45 quilômetros da Capital. Ela se integra na Região Metropolitana Leste juntamente com as cidades de Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá e Salesópolis. Conforme a Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006 - 2016 (2007), a Suzano possui 73% de Área de Proteção aos Mananciais e 7% de Área de Proteção Ambiental que é referente a Várzea do Rio Tietê conforme Lei Estadual nº 5598/87, regulamentada pelo Decreto Estadual nº 42.837/98.

48 | DO OBJETO

Fonte: Pesquisa origem e Destino: Região Metropolitana de São Paulo, 2008.

Figura 38 - Região Metropolitana de São Paulo


Ainda de acordo com a Revisão do Plano Diretor, a cidade é dividida pelo IBGE em três distritos: Centro, Boa Vista e Palmeiras. Na região central, onde o assentamento é mais antigo, a concentração de crianças é menor e a proporção de adultos e idosos é maior. Figura 39 - Divisão de Distritos segundo Censo 2000

Fonte: IBGE, 2000.

49 | DO OBJETO


4.2 DA ESCOLHA DO OBJETO Para escolha da localização, foi feito um levantamento de informações das cidades que compõe a região do Alto Tietê: Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Suzano e ainda as cidades Arujá e Santa Isabel que fazem divisa com Mogi das Cruzes. Na tabela abaixo, segue a listagem dos dados das cidades citadas referentes a população de homens e mulheres acima de 60 anos e sua porcentagem relacionada a população total.

Tabela 2 - Levantamento de dados Censo 2010 Homens acima de 60 anos

Mulheres acima de 60 anos

População acima de 60 anos

População total

Porcentagem de Idosos

Arujá

2.837

3.367

6.204

74.905

8,28%

Biritiba-Mirim

1.675

1.603

3.278

28.575

11,47%

Ferraz de Vasconcelos

5.115

6.669

11.784

168.306

7%

Guararema

1.451

1.542

2.993

25.844

11,58%

Itaquaquecetuba

8.903

10.901

19.804

321.770

6,15%

Mogi das Cruzes

17.495

22.321

39.816

387.779

10%

Poá

3.953

5.290

9.243

106.013

8,97%

Salesópolis

973

980

1.953

15.635

12,49%

Santa Isabel

2.605

2.853

5.458

50.453

10,81%

Suzano

10.337

12.512

22.849

262.480

8,70%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010./ Elaboração: do Autor (2014)

O Censo Demográfico de 2010 aponta que entre as cidades com maiores porcentagens de idosos de acordo com o numero total da população estão: Biritiba-Mirim, Guararema, Salesópolis e Santa Isabel. Segundo Camargo (2009), isso se deve pela saída de jovens de cidades pequenas ou

50 | DO OBJETO


interioranas, que em busca de melhores oportunidades de estudos, mercado de trabalho e condições de vida, migram para cidades maiores. Podemos concluir que resta a população mais idosa e conservadora, as quais preferem se manter em suas cidades que a tempos já residem. Já as cidades mais populosas e que apresentam um número maior de homens e mulheres acima de 60 anos de idade no Alto Tietê são: Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba Gráfico 1 - População de idosos em relação a população total 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010./ Elaboração: do Autor (2014)

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Gráfico 2 - Número de idosos por cidade 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010./ Elaboração: do Autor (2014)

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0

51 | DO OBJETO


Ao observarmos esses três Municípios em suas localizações geográficas, concluímos que Mogi das Cruzes e Suzano estão mais centralizadas na região. Dessa forma, podemos dividi-las em dois grandes centros os quais as cidades de Santa Isabel, Arujá, Guararema, Biritiba-Mirim e Salesópolis, podem haver o apoio da cidade de Mogi das Cruzes por ser de mais fácil aceso, e Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos Poá, apoiadas por Suzano pelo mesmo motivo. Em Mogi das Cruzes, existe uma série de equipamentos destinados aos idosos, como por exemplo, o Centro de Convivência do Idoso - CECIM, o qual é subsidiado pelo município e o Programa Municipal Pró-Hiper que oferece várias atividades supervisionadas para idosos. Estes são serviços os quais foram ainda mais desenvolvidos após a implantação da Coordenadoria Municipal do Idoso (PMMC, 2014). Existe também, a Universidade da Terceira Idade - UNAI com parceria entre a Universidade Braz Cubas e a Fundação Pró+Vida “São Sebastião”, sendo um grande equipamento o qual promove a integração e a qualidade de vida de pessoas acima de 45 anos a fim de obter um envelhecimento ativo e saudável (UNAI 2010). Com estas informações, podemos notar que o crescimento de grandes equipamentos destinados a Melhor Idade em Mogi das Cruzes vem aumentando consideravelmente, fazendo com que possamos focar na cidade de Suzano que ainda está se desenvolvendo neste assunto. O projeto tem como intuito favorecer a convivência com atividades voltadas para a saúde, lazer e bem estar do idoso, propiciando uma melhora na qualidade de vida e no processo de envelhecimento, trabalhando na questão do idoso em meio a sociedade, ressaltando a sua importância e desmistificando alguns conceitos já pré-estabelecidos referentes à pessoa idosa, alem de apresentar e garantir que os direitos dos idosos sejam cumpridos e que isso passe a ser um incentivo para a criação de políticas públicas que atendam a população idosa.

52 | DO OBJETO


4.3 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

Segue principais equipamentos de saĂşde, esporte e cultura dentro da cidade de Suzano.

53 | DO OBJETO


4.4 EQUIPAMENTOS DESTINADOS A IDOSOS EXISTENTES Suzano vem ampliando os equipamentos destinados aos idosos, dando mais importância e garantindo, porém aos poucos, os direitos para a população idosa partir do incentivo a criação de associações, de atividades específicas e parcerias com ONG’s. Segue alguns equipamentos e atividades existentes no município de Suzano e suas localizações dentro da cidade.

54 | DO OBJETO


5

Da área de intervenção


5.1. DO TERRENO

1

2

5 3

7

4

9

6

8

Figura 40 - Imagem de Satélite - Fonte: Google Mapas, 2014. Elaboração: do Autor, 2014

1- Estação Ferroviária Suzano 2- Terminal Rodoviário Municipal 3- Terminal de Vans 4- Terminal de Ônibus Pássaro Marrom 5- Hospital Santa Casa

56 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO

6- Ginásio de Esportes Paulo Portela 7- Praça João Pessoa / Igreja Matriz 8- Restaurante Popular 9- Associação Cultural Suzanense


O terreno escolhido está localizado no centro da cidade e possui acessos pelas ruas: Felício de Camargo, Barão de Jaceguai e Marechal Deodoro, onde funcionava a antiga fábrica Peles Polo Norte Ltda. A escolha do terreno se deu pelo fato de se localizar dentro da malha urbana, mais precisamente ao centro da cidade, tornando mais fácil a inserção do idoso na sociedade além da utilização dos equipamentos de transporte. O terreno se encontra próximo também a rede de saúde, mais precisamente do Hospital Santa Casa, o qual servirá de apoio ao CCI, juntamente com o Ginásio de Esportes Paulo Portela. Nas figuras que seguem, podemos observar melhor o que ocorre com o terreno que hoje abriga o galpão o qual se encontra abandonado. Seu estado, acaba por trazer insegurança e riscos aos pedestres que ali circulam, optando por atravessar a via e fazer seu percurso do lado oposto do passeio. Um galpão que apresenta tais condições, provoca a desvalorização de seu entorno, prejudicando os edifícios vizinhos em diversos fatores, pois não possui funcionalidade e qualidades estética que valorize a cidade, principalmente em meio ao centro, além da falta de segurança que é gerada como consequência de seu estado.

Figura 41 - Vista da Rua Felício de Camargo - Fonte: do Autor, 2014

57 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


Figura 42 - Vista da Rua Barão de Jaceguai - Fonte: do Autor, 2014

Figura 43 - Vista da rua Marechal Deodoro - Fonte: do Autor, 2014

Por esta razão, o Centro de Convivência para Idoso, teria como um dos papéis principais revitalizar a área que hoje se encontra degradada, de forma a dar mais liberdade aos passeios com um equipamento de uso diário e áreas permeáveis, trazendo um impacto positivo no entorno. O terreno por ter acesso em três ruas diferentes, possui um formato em “T”, aumentando mais as chances de tornar a quadra aberta com espaços livres públicos e com a possibilidade de passagem interna de pedestres.

58 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


5.2. ANÁLISES DO ENTORNO

5.2.1. CHEIOS E VAZIOS

Dentro de um raio de 500 metros a partir do da área de intervenção, existem uma variedade de espaços vazios que em sua maioria são ocupados por estacionamentos. Há também outras áreas vazias como a Praça João Pessoa, com áreas de passagem e permanência de pedestres, criando um respiro para cidade. Existe também uma faixa não edificável na extensão das torres de transmissão de energia elétrica. Por fim, como área vazia considerável, há o pátio da Associação Cultural Suzanense onde se realiza uma serie eventos anuais. 59 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


5.2.2. USO E OCUPAÇÃO

Analisando o uso e ocupação da área, podemos observar várias áreas de uso residencial, serviço e comerciais na área próxima ao local de intervenção, tais como o eixo comercial, na rua general Francisco Glicério, e os loteamentos residenciais próximos que farão uso do equipamento proposto. Além disso, a área é bem servida de equipamentos institucionais, dentre eles escolas, igrejas, esporte e cultura.

60 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


5.2.3. GABARITO DE ALTURA

O gabarito predominantemente baixo, possui alguns edifícios acima de 10 andares que se destacam visualmente, fato que vem ocorrendo com mais frequência em alguns bairros residenciais próximos, modificando a paisagem visual do pedestre observador, em algumas situações, até de forma negativa.

61 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


5.2.4. SISTEMA VIÁRIO

O terreno é próximo a importantes vias coletoras e arteriais da cidade, sendo assim, bem servida de transporte público e de fácil acesso. Apesar disso, a quantidade de automóveis que circulam pela área também é grande, principalmente se tratando de horários específicos, situação que pode afetar o projeto com relação à geração de ruídos.

62 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


5.2.5. ANÁLISE MACRO AMBIENTAL

Terminal municipal de vans Áreas residenciais que usufruirão do equipamnto proposto Hoapital Santa Casa Unidade II Ginásio de esportes Paulo Portela Áreas residenciais que usufruirão do equipamnto proposto Fonte geradora de ruídos

Estação de trem Suzano Terminal rodoviário municipal Massa arbórea Respiro da cidade Terminal Pássaro Marrom Área não edificável Torre de transmissão Massa arbórea Respiro da cidade Áreas residenciais que usufruirão do equipamnto proposto

63 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


5.2.6. ANÁLISE MICRO AMBIENTAL Área com pouco fluxo de pedestres, poucos equipamentos que contribuem para passagem e permanência dos pedestres e a existência de galpões e grandes extensões de muros, criando a sensação de insegurança Arborização considerável nas quadras, porém não há cuidados com as calçadas que são levantadas pelas raízes, além da ausência de guias rebaixadas Sentidos das vias Área onde se inicia o maior fluxo de pedestres por conta da variedade de equipamentos existentes e pelo terminal de vans. Fluxo maior sentido centro Rotação do Sol Área de maior fluxo de pedestres e automóveis

Ventos dominantes: noroeste

64 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


5.3 ÍNDICES URBANÍSTICOS DO USO DO SOLO O terreno está localizado no zoneamento Z-1, Zona Central de Alta Densidade. Para a construção de edifícios nessas zonas, deve-se obedecer alguns itens que podemos observar na tabela a seguir, a qual nos indicam os usos permitidos, e aponta os dimensionamentos, recuos e aproveitamento máximos do lote que devem ser respeitados.

Tabela 3 - Usos permitidos nas zonas- Fonte: Lei Complementar nº 28, de 28 de Abril de 1997: Tabela “A” - Parte

65 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


O CCI se encaixa na categoria “E”, no que se refere aos estabelecimentos institucionais, tais como educação, saúde, lazer, cultura, assistencial social entre outros. Porém, além de obedecer aos usos permitidos nas zonas da tabela acima, deve-se também levar em consideração a Lei Complementar nº 25 de 1º de Março de 1996, onde ele descreve no artigo 47, sobre o uso e ocupação do solo da categoria “E: SEÇÃO IV - Do Uso Institucional Art. 47. Para fins de Uso e Ocupação do Solo, os estabelecimentos institucionais (“E”) classificam-se como espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas à educação, saúde, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou Administração Pública, que tenham espaço direto, funcional ou espacial, com o Uso Residencial. § 1º Enquadram-se, ainda, nos Usos “E” os espaços, estabelecimentos, ou instalações sujeitos à preservação ou a controle específico, tais como monumentos históricos, mananciais hídricos, áreas de valor estratégico, áreas de valor paisagístico e área de preservação permanente. § 2º As atividades enquadradas no “caput” deste artigo, além das normas estabelecidas nesta Lei, deverão obedecer: a) TAXA DE OCUPAÇÃO: nunca superior a 50% (cinquenta por cento) da área do imóvel; b) RECUOS MÍNIMOS: 1. - DE FRENTE: 5,00m (cinco metros); 2. - LATERAIS, DE AMBOS OS LADOS: 3,00m (três metros); 3. - FUNDOS: 3,00m (três metros).

66 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO


5.3.1. CÁLCULO DOS ÍNDICES

Metragens quadradas do projeto Área do terreno

5.775,62m²

Área construída

3.629,02m²

Área ocupada

1.597,27m²

Área permeável

1.039,12m²

Tabela 4 - Cálculo dos índices - Metragens quadradas do projeto

Cálculo de índices urbanísticos

Permitido

Existente

Taxa de ocupação

50%

27,6%

Taxa de aproveitametos

4,0

0,62

Índice de elevação

17

2,27

Taxa de impermeabilidade

90%

82%

Tabela 5 - Cálculo dos índices - Cálculo de índices urbanísticos

67 | DA ÁREA DE INTERVEÇÃO



6

Do projeto


6.1. CONCEITO A convivência social é algo que todo ser humano necessita em sua vida, independente de sua idade, é um direito de todos. Para os idosos não é diferente, com grandes experiências e histórias, é necessário que haja a inserção e a relação intergeracional. Para isso, é necessário o acolhimento daqueles que não possuem este tipo de contato em seu cotidiano a fim de oferecer condições que colaborem com este feito, tanto para o bem estar dos idosos, quanto pra sociedade que pode aprender com aqueles que já viveram suas juventudes. Outro ponto está na interação do homem com um meio mais verde que também propicia bem estar e saúde. Estes são alguns aspectos fundamentais pra se obter um envelhecimento saudável, já que vivemos em áreas totalmente consolidadas de prédios e edifícios. Para isso, é necessário que haja de alguma forma, uma aproximação entre o homem e a natureza, o qual deu as origens do ser humano.

70 | DO PROJETO


6.2. PARTIDO Foi adotado como partido sua própria localização, de forma a facilitar a inserção e o convívio do idoso na sociedade. Com uma quadra livre, cria-se a possibilidade de passagem de pedestres que transitam por aqueles passeios, e consequentemente mostra-se cada vez mais a figura do idoso, como um personagem que pode contribuir de diversas formas na comunidade em que esta inserida. Além disso, com uma quadra livre, há a possibilidade da criação de espaços mais verdes e as diversas formas que atraiam os pedestres a permanecerem em um espaço atrativo e agradável. Empregando também, soluções e materiais sustentáveis a fim de aproximar a relação da necessidade do cuidado com o mundo em que se vive. Já para os usuários do Centro de Convivência, cria-se certa elevação do prédio para que a visão interna para externa, seja das copas das árvores e não de suas bases, criando a sensação mais próxima de uma área entre a natureza. E por fim a utilização de cores e materiais que trabalhem com os sentidos, como a criatividade e o conforto, em áreas de atividades internas e convivência

71 | DO PROJETO


6.3. ORGANOGRAMA

ÁREA EXTERNA

SALÃO PRINCIPAL

SALÃO SECUNDÁRIO

AUDITÓRIO

SALA DE ATIVIDADES E CONVIVÊNCIA

DIREÇÃO/ADM

ATENDIMENTO INDIVIDUAL

COZINHA

APOIO TÉCNICO

APOIO COZINHA

SANITÁRIO

ÁREA DE SERVIÇO

72 | DO PROJETO

DEPÓSITOS


6.4. FLUXOGRAMA

ÁREA EXTERNA ACESSO AO CCI

AUTITÓRIO

SANITÁRIO PÚBLICO

APOIO TÉCNICO

LANCHONETE

SALÃO PRINCIPAL

CIRCULAÇÃO

SALÃO SECUNDÁRIO

APOIO TÉCNICO

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO SERVIÇO

SALA GERONTO GERIATRIA

SANITÁRIO PÚBLICO

ARTESANATO

SALA ASSIST. SOCIAL

SALÃO DE BELEZA

ADMINISTRAÇÃO

SALA EDUCAÇÃO ATUALIZAÇÃO

SALA DE TERAPIA

ARQUIVO

COPA

ÁREA EXTERNA BOCHA

SANITÁRIO FUNCIONÁRIO

ENFERMARIA

ALMOXARIFADO

SALA NUTRICIONISTA

RECEPÇÃO COZINHA

DEPÓSITO MATERIAL DE LIMP.

ÁREA DE SERVIÇO

COZINHA

DESPENSA FRIOS

DESPENSA SECOS

SALA DE LEITURA

SANITÁRIO FUNCIONÁRIO

COZINHA WORKSHOP

73 | DO PROJETO


6.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES

QTDE.

SALÃO PRINCIPAL

1

SALÃO SECUNDÁRIO

1

PÁTIO COBERTO

1

AUDITÓRIO

1

SALA ARTESANATO

1

SALA EDUCAÇÃO E ATUAL.

1

COZINHA WORKSHOP

1

HORTA

1

SALÃO DE BELEZA

1

SALÃO DE LEITURA

1

ÁREAS DE CONVIVÊNCIA

3

155,75m² 182,04m² 225,00m² 60,76m² 47,04m² 59,04m² 47,04m² 110,70m² 23,04m² 70,75m² 232,59m² 289,50m² 278,08m² 89,54m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

ÁREA COBERTA BOCHA

1

SOLARIUM

2 3

TERRAÇO JARDIM Tabela 6 - Programa de necessidades - Área de convivência

74 | DO PROJETO


QTDE.

SALA ENFERMARIA

1

SALA NUTRICIONISTA

1

SALA TERAPIA

1

SALA ASSISTÊNCIA SOCIAL

1

SALA GERONTOGERIATRIA

1

14,88m² 14,88m² 22,08m² 18,96m² 25,68m²

ADMINISTRAÇÃO

1

89,06m²

ATENDIMENTO INDIVIDUAL

Tabela 7 - Programa de necessidades - Atendimento indivicual e administração

75 | DO PROJETO


ÁREAS SERVIÇO APOIO TÉCNICO

QTDE.

2

18,86m² 10,08m² 79,92m² 31,55m² 31,20m² 14,95m² 22,63m² 3,45m² 4,20m² 2,70m² 12,50m² 7,20m² 5,29m² 42,06m² 920,84m²

APOIO AUDITÓRIO

1

SANITÁRIO PÚBLICO

4 2

SANITÁRIO FUNCIONÁRIO COPA

1

COZINHA

1

RECEPÇÃO COZINHA

1

DESPENSA FRIOS

1

DESPENSA SECOS

1

DML

1

ÁREA DE SERVIÇO ALMOXARIFADO

1 1

ARQUIVO ADM

1

DEPÓSITO GERAL

1

ESTACIONAMENTO

1

Tabela 8 - Programa de necessidades - Área serviço

76 | DO PROJETO


6.6 PROCESSO CRIATIVO PROPOSTA 01: Parte da edificação é elevada a 1,50m criando privacidade aos usuários, porém o restante se mantém no nível do solo. Há uma permeabilidade considerável, possibilitando a passagem dos pedestres, porém o lado direito se encontra mais estreito e longo. Os ventos dominantes se dão a noroeste, sendo possível criar ventilações cruzadas, porém a insolação é limitada no período da tarde para o bloco.

PROPOSTA 02: O prédio se encontra em sua maioria a 1,50m. a permeabilidade dos pedestres é melhorada a partir do momento que elevamos parte da edificação sobre pilotis, servindo também como área coberta para múltiplas atividades aos idosos. Neste caso, optou-se por um único bloco, subtraindo a área coberta. Porém percebe-se que a área dos fundos não recebe boa insolação para a quadra de bocha

77 | DO PROJETO


PROPOSTA 03: Neste estudo, mantém a elevação sobre pilotis, porém com a forma do primeiro estudo, modificando também a localização da área da quadra de bocha. Além disso, por conta de seu formato, o prédio é mais beneficiado pela ventilação cruzada, vinda da área de bocha, além de ser proposta uma laje jardim com intuito de trazer conforto termoacústico e visual acima do bloco direito do acesso principal.

PROPOSTA 04 – FINAL: Este estudo é uma alteração do estudo três, modificando a área sobre pilotis, aproveitando melhor a permeabilidade dos pedestres considerando o fluxo dos pedestres. É afastado também o bloco acima dos pilotis, dando espaço a uma laje jardim, dando mais leveza ao edifício e a estrutura além de aproveitar melhor a ventilação cruzada, deslocando por todo o interior até a entrada principal.

78 | DO PROJETO


PROPOSTA PRAÇA 01: Como estudo da praça, propôs-se a implantação das árvores em eixos que dessem a visão a partir de determinados ambientes no interior do edifício. Além disso, as áreas jardinadas teriam formas orgânicas a fim de evitar a monotonia. Pequenas linhas jardinadas são projetadas a fim de criar possibilidades diferentes de passagens dos pedestres e a própria passagem pelo interior do pátio coberto. Neste estudo, visa-se uma massa arbórea de frente ao pátio coberto criando uma nova visão para aquele que estiver no interior do edifício. PROPOSTA PRAÇA 02 - FINAL: Para este estudo, mantém a localização das árvores, porém trabalha-se mais com as formas orgânicas dos jardins, a fim de torna-los mais naturais a vista dos pedestres. É projetada ainda, a locação de assentos junto ao prédio nos recuos da base, criando novas formas de apropriação do espaço. Além disso, propõe também a criação de um espelho d’água no lugar da massa arbórea da proposta 01, que além de trabalhar um olhar diferenciado, cria novas sensações com as fontes d’água e a possibilidade de sua utilização para atividades terapêuticas junto aos idosos.

79 | DO PROJETO


6.7 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO A Implantação do equipamento possui grande importância ao projeto na questão da reinserção do idoso na comunidade, a começar pela escolha do terreno, o qual está inserido na área central da cidade, próximo a importantes meios de transporte e de equipamentos que servirão de apoio ao CCI. O edificio é implantado de forma mais centralizada dentro do lote, a fim de abrir a quadra e criar uma grande praça livre, que tem como papel principal a criação de espaços mais verdes e a passagem e permanência de pedestres nestes espaços. Para isso, são propostos cursos pelo interior do lote, onde ao longo dos passeios são locados assentos que são trabalhados e relacionados juntamente com as arborizações, criando espaços agradáveis com jogos de sombra e luz, incentivando a permanência nesses locais. Além disso, trabalha-se também com os sentidos e com o bem estar dos indivíduos, onde os caminhos são projetados de forma orgânica, evitando o padrão de jardins retos. Dessa forma, cria-se uma movimentação natural à medida que o pedestre caminha, prevenindo assim a monotonia dos passeios.

80 | DO PROJETO

A orientação solar, os sentidos dos ventos e os fluxos de pedestres conduziram a forma do projeto e a localização de cada ambiente, de forma a favorecer a insolação, a propensão de ventilação natural e a projeção dos passeios internos do lote. Deste modo, sua arquitetura se deu como um único bloco de concreto com a utilização de formas aditivas e subtrativas, dando movimentação e leveza à edificação e a possibilidade da criação de novas aberturas para insolação. O prédio que foi elevado a 1,50m do nível do solo, mantém certa privacidade e segurança. Porém, espera-se a integração do externo com o interno a partir das aberturas do salão principal para o pátio coberto no nível do solo, o qual servirá tanto como passagem de pedestres, quanto para a realização de atividades aos idosos. Além disso, as escadarias servirão também como assentos para a observação das atividades, descanso e convivência. Tendo a aproximação da natureza como um dos conceitos principais, utiliza-se em grande quantidade fechamentos translúcidos,


a fim de criar diferentes sensações do interno para o externo, como a visão das copas das árvores que são projetadas de tal forma que juntamente com as aberturas, se transformam em grandes quadros vivos, aproximando assim a relação do idoso com um meio mais verde. Porém, como controle de insolação, utilizamse placas de aço corten perfuradas que formam imagens de folhas de árvores, que juntamente com luz externa, formam sombras dos desenhos em seu espaço interno, remetendo de uma nova forma, a natureza dentro do edifício. Além disso, as fachadas com jardins verticais, trabalha de forma estética para o conceito e contribui para o conforto térmico e acústico.

como a administração e salas de atendimento, leitura e convivência se darão no pavimento superior, como forma de controle e como áreas mais tranquilas e aconchegantes aos idosos com vistas para terraços jardins e solarium. A fim de privilegiar a entrada principal da Rua Felício de Camargo, o acesso ao estacionamento subterrâneo, se dará pela Rua Barão de Jaceguai, porém ainda haverá um estacionamento com vagas PMR no térreo com acesso a Rua Marechal Deodoro.

Para a setorização, propõe a localização de espaços semipúblicos como, sanitários, auditório e lanchonete juntamente com o salão principal, seguindo de um desnível de +0,30m, abre- se para um novo hall mais privado, que dará para os espaços destinados às atividades de convivência, sendo eles, a sala de artesanato, educação e atualização, bocha e cozinha workshop. Além disso, áreas mais restritas

81 | DO PROJETO


6.8 SETORIZAÇÃO 6.8.1 PLANTA DE SETORIZAÇÃO – PAVIMENTO TÉRREO

OFICINAS, EXPOSIÇÕES E CONCIVÊNCIA - AMBIENTE PRIVADO CONVIVÊNCIA E EXPOSIÇÃO - AMBIENTE SEMIPÚBLICO ATIVIADES FÍSICAS E CONVIVÊNCIA

SERVIÇO

CIRCULAÇÃO VERTICAL

82 | DO PROJETO


6.8.2 PLANTA DE SETORIZAÇÃO – PAVIMENTO SUPERIOR

OFICINAS, EXPOSIÇÕES E CONCIVÊNCIA - AMBIENTE PRIVADO CONVIVÊNCIA E EXPOSIÇÃO - AMBIENTE SEMIPÚBLICO ATIVIADES INDIVIDUAIS

ADMINISTRAÇÃO

SERVIÇO

CIRCULAÇÃO VERTICAL

83 | DO PROJETO



7

Desenhos tĂŠcnicos


7.1 IMPLANTAÇÃO

86 | DESENHOS TÉCNICOS


7.2 PAVIMENTO SUBSOLO

7.2.1 MODULAÇÃO ESTRUTURAL

87 | DESENHOS TÉCNICOS


7.2.2 PLANTA PAVIMENTO SUBSOLO

88 | DESENHOS TÉCNICOS


7.2.3 LAYOUT PAVIMENTO SUBSOLO

1- ESTACIONAMENTO 2- HALL CIRCULAÇÃO VERTICAL 3- DEPÓSITO GERAL

89 | DESENHOS TÉCNICOS


7.3 PAVIMENTO TÉRREO

7.3.1 MODULAÇÃO ESTRUTURAL

90 | DESENHOS TÉCNICOS


7.3.2 PLANTA PAVIMENTO TÉRREO

91 | DESENHOS TÉCNICOS


7.3.3 LAYOUT PAVIMENTO TÉRREO

1- PÁTIO COBERTO 2- SALÃO PRINCIPAL 3- APOIO TÉCNICO 4- SANITÁRIO PÚBLICO 5- APOIO AUDITÓRIO 6- AUDITÓRIO 7- LACHONETE 8- SALA EDUCAÇÃO E ATUALIZAÇÃO 9- SALA ARTESANATO 10- ÁREA DE CONVIVÊNCIA 11- ÁREA DE CONVIVÊNCIA EXTERNA 12- QUADRA DE BOCHA 13- SALÃO DE BELEZA 14- COZINHA WORKSHOP 15- COZINHA 16- SALA NUTRICIONISTA 17- RECEPÇÃO COZINHA 18- DISPENSA SECOS 19- DISPENSA FRIOS 20- DEPÓSITO DE MATERIAL DE LIMPEZA 21- ÁREA DE SERVIÇO 22- ENFERMARIA 23- ALMOXARIFADO 24- SANITÁRIO FUNCIONÁRIO

92 | DESENHOS TÉCNICOS


7.4 PAVIMENTO SUPERIOR

7.4.1 MODULAÇÃO ESTRUTURAL

93 | DESENHOS TÉCNICOS


7.4.2 PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR

94 | DESENHOS TÉCNICOS


7.4.3 LAYOUT PAVIMENTO SUPERIOR

1- SALA DE LEITURA 2- SALA DE TERAPIA 3- ÁREA DE CONVIVÊNCIA 4- SALA ASSISTÊNCIA SOCIAL 5- SALA GERONTOGERIATRIA 6- COPA 7- ADMINISTRAÇÃO 8- ARQUIVO 9- APOIO TÉCNICO 10- SANITÁRIO FUNCIONÁRIO 11- ÁREA CONVIVÊNCIA/ ESPERA 12- SALÃO SECUNDÁRIO 13- SANITÁRIO PMR 14- SANITÁRIO PÚBLICO 15- SOLARIUM

95 | DESENHOS TÉCNICOS


7.5 COBERTURA

7.5.1 PLANTA COBERTURA

96 | DESENHOS TÉCNICOS


7.5.2 - LAYOUT COBERTURA

97 | DESENHOS TÉCNICOS


7.6. CORTES

7.6.1 CORTE AA

98 | DESENHOS TÉCNICOS


1. ESTACIONAMENTO 2. QUADRA BOCHA 3. ENFERMARIA 4. CIRCULAÇÃO SERVIÇO 5. SALA NUTRICIONISTA 6. COZINHA 7. SOLARIUM 8. SALÃO SECUNDÁRIO 9. SANITÁRIO PMR 10. ARQUIVO 11. ADMINISTRAÇÃO 12. CAIXA D’ÁGUA

99 | DESENHOS TÉCNICOS


7.6.3 - CORTE CC 1. ESTACIONAMENTO 2. PÁTIO COBERTO 3. SALA DE EDUCAÇÃO E ATUALIZAÇÃO 4. ÁREA DE CONVIVÊNCIA 5. QUADRA BOCHA 6. SALÃO SECUNDÁRIO 7. SALA TERAPIA 8. SOLARIUM

100 | DESENHOS TÉCNICOS


7.6.2 - CORTE BB 1. ESTACIONAMENTO 2. HALL CIRCULAÇÃO VERTICAL 3. DEPÓSITO GERAL 4. ÁREA DE SERVIÇO 5. COZINHA 6. ÁREA DE CONVIVÊNCIA 7. AUDITÓRIO 8. APOIO AUDITORIO 9. SANITÁRIO PÚBLICO 10. APOIO TÉCNICO 11. HALL ENTRADA 12. ADMINISTRAÇÃO 13. COPA 14. SALA GERONTOGERIATRIA 15. SALA ASSISTENCIA SOCIAL 16. CIRCULAÇÃO 17. SALA DE LEITURA 18. TERRAÇO JARDIM

101 | DESENHOS TÉCNICOS


7.7 ELEVAÇÕES 7.7.1 ELEVAÇÃO FRONTAL

7.7.2 ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA

102 | DESENHOS TÉCNICOS


Detalhe de fechamento em aรงo corten perfurado

103 | DESENHOS Tร CNICOS


7.7.3 ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA

7.7.4 ELEVAÇÃO POSTERIOR

104 | DESENHOS TÉCNICOS


Detalhe de fechamento em aรงo corten perfurado

105 | DESENHOS Tร CNICOS


7.8 PERSPECTIVAS

106 | DESENHOS TÉCNICOS


VISÃO SERIAL DA RUA FELÍCIO DE CAMARGO

107 | DESENHOS TÉCNICOS


106 | DESENHOS TÉCNICOS 108


VISÃO SERIAL DA RUA MARECHAL DEODORO

107 | DESENHOS TÉCNICOS 109


108 | DESENHOS TÉCNICOS 110


VISÃO SERIAL DA RUA BARÃO DE JACEGUAI

109 | DESENHOS TÉCNICOS 111


110 | DESENHOS TÉCNICOS 112


VISÃO SERIAL DA ENTRADA PRINCIPAL

111 | DESENHOS TÉCNICOS 113


104 | DESENHOS TÉCNICOS 110 114


VISÃO SERIAL DE CORREDOR JARDINADO

105 | DESENHOS TÉCNICOS 115


VISÃO SERIAL DO PÁTIO COBERTO

116 | DESENHOS TÉCNICOS


117 | DESENHOS TÉCNICOS


VISÃO SERIAL DO ESPELHO D’ÁGUA

118 | DESENHOS TÉCNICOS


119 | DESENHOS TÉCNICOS


VISTA AÉREA DA RUA FELÍCIO DE CAMARGO

120 | DESENHOS TÉCNICOS


121 | DESENHOS TÉCNICOS


VISTA AÉREA DA RUA BARÃO DE JACEGUAI

122 | DESENHOS TÉCNICOS


123 | DESENHOS TÉCNICOS


124 | DESENHOS TÉCNICOS


VISTA AÉREA DA RUA MARECHAL DEODORO

111 | DESENHOS TÉCNICOS 125



Consideraçþes finais



Concluo este trabalho com a satisfação de projetar um edifício como forma de oferecer atividades e espaços de convivência para aqueles que colaboraram tanto durante suas vidas e que levam consigo grandes histórias e experiências. Além de compreender da relevância destes equipamentos como forma de um envelhecimento saudável e de qualidade, o qual faz partes dos direitos da pessoa idosa, percebe-se a importância que se deve dar a serviços voltados aos idosos, em meio ao aumento desta população que cada vez mais vem fazendo parte de nosso cotidiano. Com o poder de reintegra-los a sociedade, é dever nosso prezar pela qualidade de vida daqueles que um dia também foram jovens e que talvez não tenham aproveitado suas vidas da forma que gostariam, dando assim nesta nova etapa da vida, a oportunidade de viverem como desejam. Por isso, é outra função do Centro de Convivência, a inclusão do idoso socialmente e a relação intergeracional que indicará a importância dos cuidados com os idosos, pois o envelhecimento sempre será o curso natural o qual todos os seres caminham.

129 | CONSIDERAÇÕES FINAIS



Referências bibliográficas


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132 | REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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133 | REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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134 | REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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