[Teatro Carlos Gomes] Informativo - Maio

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Informativo

ano 13

MAI

2013

Teatro Carlos Gomes - Blumenau w w w. t e a t ro c a r l o s g o m e s . c o m . b r

Teatro Carlos Gomes lança projeto de bolsas de estudo fotos Sabrina Marthendal

Ricardo Stodieck, presidente do TCG

O Teatro Carlos Gomes lançou no dia 17 de abril o Projeto Cultura Para Todos (Pronac 12.6336), aprovado pela Lei Rouanet, do Ministério da Cultura do Governo Federal. Através do projeto aprovado, bolsas de estudos nas Escolas de Música, Dança e Teatro estarão disponíveis para beneficiários escolhidos pelas empresas e alunos selecionados pela comissão técnica da instituição. Foram captados através das empresas Altenburg, CartonDruck, Cia. Hering, DW Material Elétrico Industrial, Gráfica 43 e T-Systems o total de R$ 200 mil. Com o montante, 128 bolsas foram abertas. Destas, 64 foram disponibilizadas para as empresas. As outras 64 estão divididas entre a demanda interna das escolas e abertas à comunidade. Sendo que 32 delas já foram preenchidas e

Hercílio Baugartem, representante dos apoiadores do projeto

outras 32 estiveram com inscrições abertas nesta nova fase (tanto para alunos quanto para a sociedade). Para Ricardo Stodieck, presidente do Teatro Carlos Gomes, é fundamental poder contar com o apoio de empresas que compreendem a importância da arte na formação do ser humano e do Ministério da Cultura, através das leis de renúncia fiscal. Ao todo, o projeto prevê 276 bolsas de estudo através de uma captação de R$ 388 mil. Os alunos retiraram fichas de inscrição no Teatro e passam por uma triagem realizada por uma comissão técnica.. Como funciona o projeto O Projeto Cultura Para Todos foi uma iniciativa do Teatro Carlos Gomes, que entendeu que

Herberton Reitz, aluno beneficiado

havia necessidade de manutenção das bolsas de estudo e, mais, da ampliação do leque de oportunidades do ensino de música, dança e teatro. Apesar de diversas iniciativas internas das instituições com descontos e bolsas parciais, a procura ia além da oferta. O projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura do Governo Federal através da Lei Rouanet, que deduz a totalidade do valor investido do Imposto de Renda para empresas que trabalham com Lucro Real. O programa tem várias cotas, que possibilitam a participação de empresas de diversos portes. Segue aberta a captação para o valor restante para disponibilização de mais bolsas de estudos. Empresas interessadas podem entrar em contato com a diretoria do Teatro Carlos Gomes, pelo (47) 3144-7166.


Institucional

Família Theiss: três gerações ligadas ao Teatro Carlos Gomes O Teatro Carlos Gomes é uma sociedade de mais de 150 anos. É natural que diversas gerações de famílias tenham vivido histórias nos seus salões e auditórios. Nesta edição, conversamos com Félix Theiss, Félix Theiss Jr. e Bruno Theiss. Avô, filho e neto contam um pouco do seu relacionamento com a entidade. Félix Theiss Prefeito de Blumenau na década de 1970, Félix Theiss já muito antes disso frequentava os salões do Teatro Carlos Gomes. Os primeiros compromissos não eram de cunho político, mas social. “Diferente de muitas pessoas, minha entrada no Teatro não foi pelas escolas. Mas pelos bailes primorosos que eram organizados lá. Sinto falta da intensidade deles nos dias atuais. Eu e minha mulher gostamos muito da terapia na dança de salão ”. Ele conta que os pais sempre foram muito ligados aos Clubes de Caça e Tiro, que também organizavam as suas festas. Mas que o clima dos encontros sociais vividos no Teatro Carlos Gomes era diferente. “Nem um era melhor que o outro. No entanto, havia um glamour e uma outra sensação quando sabíamos que frequentaríamos o Teatro”, comenta. Outra lembrança constante para Theiss é das grandes orquestras internacionais que se apresentavam na casa. Quando prefeito, começou a acompanhar mais de perto as questões administrativas do Teatro Carlos Gomes. Surgiu logo depois dessa época o convite para fazer parte da diretoria e do conselho deliberativo que hoje é presidido por ele. Felix destaca o trabalho de toda diretoria liderada pelo Ricardo Stodieck, da diretora administrativa do Teatro Carlos Gomes, Elisete Beck, e de toda equipe de colaboradores. “Sempre houve um primor muito grande para que a entidade fosse correta e cumprisse o seu grande papel nas três escolas: de música, dança e teatro. Não há como não reconhecer o trabalho dos diretores Noemi Kellermann, Beatriz Niemeyer e Pepe Sedrez.” O principal desafio da entidade, para ele, é fazer com que as escolas e as apresentações sejam mais movimentadas. “É um sonho antigo que o Teatro Carlos Gomes não seja uma entidade elitizada, mas um espaço popularizado. Porque a cultura e a arte realmente precisam estar mais acessíveis”, diz. Ele diz que isso já mudou e que acredita que mudará mais ainda. “Aos 75 anos, estou convencido de que o homem precisa cultivar a espiritualidade, a cultura e o respeito às pessoas. O Teatro Carlos Gomes preenche, na minha vida, a necessidade da cultura” Félix Theiss Júnior Quando tinha cerca de 15 anos, em paralelo às atividades estudantis, houve um estímulo para que Félix Theiss Júnior realizasse outras duas atividades: esportiva e cultural. A esportiva ficou com o Bela Vista Country Club. A cultural, com a Escola de Música do Teatro Carlos Gomes. “Comecei com a professora Noemi Kellermann. Tenho um orgulho muito grande vê-la ainda atuando”, comenta. Depois de cerca de um ano de musicalização, optou pela flauta doce.

Algum tempo depois, participou de duas montagens do grupo de teatro de Carlos Jardim. “Uma delas foi o espetáculo A Bruxinha que era Boa, que foi muito marcante pra mim”, comenta. “O Teatro Carlos Gomes tinha uma aura diferente. Lembro de entrar e ter a sensação de estar entrando num castelo. Um ar de imponência que dava muito prazer”. Sempre muito dedicado à escola, Félix Júnior dizia que aproveitava dois locais para ler e estudar nos intervalos: o Teatro Carlos Gomes e a Igreja Matriz. Sócio do Teatro, Félix Theiss Júnior diz que até 2012 frequentava o Teatro Carlos Gomes especialmente para acompanhar os estudos do filho no piano. “Hoje frequento basicamente a programação cultural, que é bastante rica e tem se mostrado muito variada”, complementa. Ele destaca também os eventos sociais do clube, como as formaturas. “O Teatro Carlos Gomes representa uma parte muito especial da vida das pessoas e isso é muito bonito”, finaliza. “Venho de uma família de músicos. E o Teatro Carlos Gomes foi onde o meu filho impulsionou sua carreira musical. A gente se realiza com a realização dos filhos, então me sinto muito feliz com o que aconteceu com ele lá” Bruno Theiss

O primeiro instrumento que Bruno Theiss praticou foi o teclado. Depois passou para o violão e para a guitarra. O estilo musical preferido era o rock. Mas nunca negou que o piano exercia sobre ele um grande fascínio. O avô, Félix Theiss, incentivou a escolha do instrumento. Os três foram conhecer a estrutura da Escola de Música do Teatro Carlos Gomes. Na conversa com a diretora artístico pedagógica da instituição, Noemi Kellermann, conversaram com o professor Paulino Junckes, que indicou para que ele fizesse aulas com Reginaldo Nascimento. No mesmo momento, houve uma desistência de uma aluna e vagou o único horário disponível para as aulas. Já na semana seguinte iniciou. Bruno destaca o Clube do Piano como grande aprendizado do Teatro Carlos Gomes. “Poder discutir, tocar e conversar sobre a interpretação com pessoas que eu admiro foi sensacional”, afirma. O Clube do Piano era composto ainda por Thiago Romano, Paulino Junkes Junior e Vitor Zendron da Cunha. Pouco mais de dois anos depois das aulas no Teatro Carlos Gomes, Bruno decidiu levar profissionalmente a vida de pianista. Está estudando na Superior em Instrumento na Escola de Música e Belas Artes, em Curitiba (PR). “A Escola de Música do Teatro Carlos Gomes e, especialmente, o Clube do Piano, estarão sempre na minha memória como o início de uma trajetória que eu espero que dure a vida toda”


ESCOLA DE TEATRO

Lucian Januário

Nova Coordenação Pedagógica na Carona Escola de Teatro Sabrina Marthendal

Integrante da Cia Carona em sessão do Grupo Fãs de Teatro

James Beck

A partir de maio de 2013 a Carona Escola de Teatro conta com um novo coordenador pedagógico: o professor e ator James Beck. O papel do coordenador pedagógico dentro do ambiente escolar vai muito além das quatro paredes da sala de aula: além de resolver problemas de caráter emergencial e zelar pela evolução dos alunos durante o ano letivo, o coordenador pedagógico tem como função privar pela formação constante dos professores. James Beck topou o desafio para 2013.

Cada vez mais, as parcerias entre os grupos de teatro da cidade começam a se tornar uma prática concreta e constante. Apenas para exemplificar, em 2004 alguns grupos da cidade decidiram se unir para realizar a Temporada Blumenauense de Teatro (TBT), onde um grupo por mês seria responsável por apresentar um espetáculo do seu repertório, durante cinco dias, na Fundação Cultural de Blumenau. Esta parceria foi tão certeira, que agora, em 2013 completará nove anos. A iniciativa só obteve êxito, graças também ao público, que acreditou no projeto e que prestigia os espetáculos produzidos pelos grupos locais até hoje. Já em 2006, a Cia Carona estabelece outra parceria com os grupos locais, quando resolve criar um “grupo de pesquisa cênica” em sua sede, dentro das instalações do Teatro Carlos Gomes. Este grupo de pesquisa, coordenado pelos integrantes da Cia Carona, visava explorar práticas artísticas e aprimorar o treinamento cotidiano, com o foco sobre o ofício do ator. Este trabalho seguiu até maio de 2008 e que culminou na apresenta-

Pépe Sedrez integra curadoria do 26ºFITUB De 6 a 10 de maio o diretor artístico da Cia Carona de Teatro, Pépe Sedrez, participará da comissão responsável pela curadoria dos espetáculos do 26º Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (Fitub) juntamente com Eduardo Montagnari (SP), Fernando Villar (DF), Hebe Alves (BA) e Pita Belli (SC). O Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau é um dos mais importantes eventos de ensino, pesquisa e extensão da região.

Segundo Pépe Sedrez, o trabalho dos curadores do festival é árduo. No ano passado, por exemplo, cerca de 120 espetáculos se inscreveram para as mostras Universitária e Hibero-Americana. O trabalho da comissão é assistir às filmagens dos espetáculos e analisar o material impresso recebido contendo currículo dos grupos, proposta de encenação e fotos, entre outros. A partir deste material selecionam os participantes do festival.

ção da experimentação artístico-estética Ensaio Macbeth, dentro da programação da TBT. E agora em 2013, aconteceu mais uma parceria entre Cia Carona e o Grupo Fãs de Teatro, onde o ator e professor da Cia Carona, James Beck, além de participar da oficina A Dramaturgia da Impro ministrada pelo colombiano Gustavo Miranda, foi convidado a participar da próxima sessão do espetáculo Fãs de Improvisação, no dia 14 de abril. As parcerias entre grupos de teatro são de extrema importância para o desenvolvimento artístico, criativo e conceitual dos grupos. A Cia Carona acredita nisso e já obteve inúmeras provas dos benefícios decorrentes destas ações. Os últimos dois resultados podem ser vistos nos espetáculos Passarópolis (2009), onde foi realizado um intercâmbio com os grupos LUME/Campinas e PERIPLO/Argentina, e em Das Águas (2012) onde tivemos a colaboração dos músicos Mareike Valentim e Júnior Marques (Trilha Sonora) e os artistas visuais Aline Assumpção e Charles Steuck (Concepção Visual).

Leo Kufner


Escola de Música

Pró-Dança

Sai do Casulo acontece de 27 a 29 de maio Rodrigo Dal Molin

“A música é uma linguagem universal” Acervo pessoal

Por Rodrigo Dal Molin (Coordenador Cultural do Teatro Carlos Gomes) As tradicionais aulas coletivas e apresentações internas da Escola de Música do Teatro Carlos Gomes ganharam uma nova roupagem: é o Sai do Casulo. Uma proposta de integração entre alunos e professores dos diversos departamentos da entidade que, entre os dias 27 e 29 de maio, estarão ecoando musica por várias dependências do Teatro Carlos Gomes. A ideia principal partiu de uma demanda dos professores: ter mais espaço para apresentar a produção dos alunos. Então surge Sai do Casulo, que reedita um evento promovido nesta escola na década de 80. Contamos ainda com a característica de o Teatro Carlos Gomes promover atividades culturais e sociais. Através do Sai do Casulo, os alunos, professores e familiares poderão conhecer um pouco mais da escola de Música do Teatro e socializarem-se através da música. Como forma de organização, montamos um esqueleto de programação, onde os departamentos estão estruturando suas agendas. A base da programação, concebida a muitas mãos pelos coordenadores de departamento é proposta para se repetir nos três dias. Sendo a seguinte: 14h - Salas temáticas Os departamentos estarão com salas de aulas abertas ao público, para apresentar os professores, as peculiaridades dos instrumentos e os métodos de ensino. Essa ação ocorrerá simultaneamente nas várias salas de aula, num modelo similar as feiras de ciências, onde os alunos e familiares poderão desbravar a escola, e conhecer mais sobre a prática de ensino musical. 15h - Aulas coletivas Cada departamento terá este momento para desenvolver aulas coletivas, onde um ou mais professores farão atividades com os alunos já matriculados em seus instrumentos. Essa atividade requer inscrição prévia, para que possamos programar as salas, adequadas ao numero de

alunos e a infraestrutura solicitada pelos professores. 16h30min - Audições internas São as apresentações em sala de aula, que são abertas aos amigos e familiares. Esta atividade é resultado do processo desenvolvido nas aulas coletivas, ou no período de aulas frequentadas anteriormente. Vale destacar, que estas apresentações são resultado do processo ensino-aprendizagem e que não requerem a formalidade dos concertos, e podem ser utilizadas como experimentação para repertório ou prática de conjunto. 18h – Musicalização Neste momento nossos pequenos grandes talentos terão tempo para seu encontro. Será um intervalo entre as atividades, onde os pequenos farão atividade, cineminha e um circuito para desbravar o teatro. 18h30min - Pratica de conjunto ou aula coletiva Esse é o segundo momento pra aula coletiva, caminhando para a prática de conjunto, formação de duos, trios, quartetos, bandas e conjuntos integrando instrumentos. Essa iniciativa objetiva a integração, sob um mesmo repertório, vivenciar o desafio de tocar em conjunto. Esse momento requer inscrição. 20h – Live Session Aqui o palco do grande auditório será a arena dos nossos talentos. Neste momento, alunos e professores podem propor musicas que queiram tocar. Haverá um painel na recepção da escola, onde os interessados em tocar poderão descrever sua musica de interesse e outros alunos podem aderir. Esta é uma estratégia espontânea e livre, onde os alunos e professores podem querer fazer parte. Esta ação terá inscrição até o dia 17 de maio. O Live Session será o momento de convergência geral, de apresentações, performances, apreciação, tudo num clima informal onde estaremos todos (músicos e plateia) no palco do Grande auditório em arena, num grande encontro, conectados através da música e suas múltiplas expressões.

Na metade da década de 70, Rubens Marschalek, entrava no Teatro Carlos Gomes para estudar no mesmo lugar onde os tios se tornaram violinistas. Depois da iniciação musical, passou a estudar flauta transversal, instrumento que o bisavô paterno dominava. São muitos os motivos pelos quais a Escola de Música do Teatro Carlos Gomes e o instrumento se firmaram inconscientemente na mente do jovem. “A música sempre esteve presente na minha casa. Mesmo sem o conhecimento técnico de algum instrumento, sempre fomos muito ligados à vida religiosa e, na igreja, as canções e hinos fazem parte da rotina”, afirma. O pai e a mãe de Rubens também participavam ativamente do coral da igreja. A vontade de estudar flauta transversal só foi possível graças a uma bolsa de estudos, que o aluno recebeu durante os seis anos em que esteve na Escola de Música. Entre as lembranças mais carinhosas que Rubens guarda da época estão as aulas da professora Noemi Kellermann, hoje diretora artístico-pedagógica da entidade. “Ela transmitia o conhecimento de música de maneira muito prazerosa. Conseguia, através do seu carisma, ganhar a atenção dos alunos, mesmo que numa fase agitada como a infância”, comenta. “Também foram importantíssimas as aulas de teoria musical do professor Frank Graf, bem como os preciosos ensinamentos do professor Luiz Pedro Krul, ao qual devem meus conhecimentos de flauta transversal”. O pesquisador diz que, mesmo que a música nunca tenha se tornado uma profissão, sempre teve laços muito estreitos com ela. “Na igreja, sempre fui flautista ou membro do coral. Em casa, também sempre pratiquei duetos com as minhas irmãs, pois ambas são pianistas. O repertório variava do clássico/erudito a canções e obras diversas, como as de Elton John, entre outros. Mesmo depois das aulas, a música é uma paixão muito forte que mantenho até hoje”, afirma. Rubens trabalha com melhoramento genético vegetal na Epagri (Estação Experimental de Itajaí), e é professor na Engenharia Florestal da Furb e no mestrado. Ele indica o estudo de música para qualquer pessoa, de qualquer profissão. “A música é uma linguagem universal. Abre portas, é importante para o desenvolvimento intelectual, psicológico e a aquisição de habilidades na coordenação motora. Usa também matemática, e exige muita disciplina. Sem contar que estimula o trabalho coletivo e social, já que, numa orquestra ou coral, cada um desempenha harmoniosamente o seu papel”, finaliza.


Escola de Dança

Ballet clássico adulto: Nunca é tarde para ir atrás de seu sonho

Acervo/Pró-Dança

Pró-Dança é serve de campo para pesquisa acadêmica Acervo pessoal

Por Beatriz Niemeyer (Diretora do Pró-Dança) Foi-se o tempo em que um sonho não realizado na infância, como o de dançar Ballet, por exemplo, ficava engavetado. Hoje os adultos vêm ao Teatro determinados a superar obstáculos e descobrem que conseguem se realizar dançando. Para muitos, a dança é bem mais agradável que frequentar uma academia. O componente artístico do Ballet, associado aos exercícios físicos, dá conta de trazer satisfação aos adultos que por alguma razão não iniciaram seus estudos de dança quando ainda crianças. Não ser mais um adolescente e não almejar mais seguir uma carreira artística, não tira de ninguém o direito de se expressar e ser feliz através da Dança. O Ballet Clássico traz vários benefícios físicos, além do sentimento de realização. O aluno descobre como controlar seus músculos, desenvolve melhor tônus muscular, corrige sua postura, respira mais profundamente e pratica alongamento. É comum ouvir das alunas mais maduras que hoje se sentem melhor, tem mais resistência e não sentem mais algumas dores que tinham antes de começar

a dançar. Mas, possivelmente a gratificação psíquica é a mais valorizada. A descoberta de poder expressar-se fisicamente dentro da música e ir conquistando o desenvolvimento da técnica do ballet contribui fortemente para a autoestima e a sensação de prazer. O Pró-Dança não estabelece limites de idade para os adultos. Cada um conhece a sua paixão, sua determinação e suas próprias condições físicas. Um dos grandes bailarinos brasileiros na década de 90, Paulo Rodrigues, iniciou no ballet aos 19 anos – idade que para muitos é considerada tardia para uma carreira bem sucedida. Na Europa e nos Estados Unidos já é comum encontrarmos pessoas acima de 60 anos nas salas de aula, praticando ballet clássico, dança contemporânea, sapateado, jazz. Essa prática felizmente chega ao Brasil também e os resultados são surpreendentes. Há muitos adultos no Pró-Dança, praticando jazz, dança contemporânea e sapateado. E no ballet clássico, geralmente considerado pelos alunos maduros como um desafio ainda maior, há três turmas com bailarinos altamente motivados.

TAP Feijoada acontece no dia 25 de maio

Pró-Dança no Festival da Dança de Timbó

Acervo/Pro-Dança

O Dia Internacional do Sapateado será comemorado em grande estilo. No dia 25 de maio acontece a TAP Feijoada. O objetivo da ação deste ano é arrecadar o montante necessário para trazer a Blumenau a professora Barbara Duffy, de Nova Iorque. A organização da TAP feijoada está sob os cuidados dos sapateadores da Cia. De Dança Teatro Carlos Gomes tem sido um grande sucesso nos últimos anos.

No dia 3 de maio, duas coreografias que fizeram parte do Lago dos Cisnes, no último mês de dezembro, serão apresentadas no Festival da Dança de Timbó. Vinte e quatro bailarinas estarão competindo com a coreografia 4º Ato e 10 bailarinas apresentam Pequenos Cisnes. A participação em festivais sempre é muito emocionante, motiva os bailarinos e oferece uma boa oportunidade de troca de experiências e aprendizagem.

No mês de março o Pró–Dança participou de uma pesquisa realizada por Taciana Gesser, também acadêmica do curso de Educação Física da Furb, para defesa do seu Trabalho de Conclusão de Curso. Desta vez o estudo teve como objetivo investigar as lesões em bailarinas clássicas, usuárias de sapatilha de ponta. Vinte e seis bailarinas foram entrevistadas. O ballet clássico muitas vezes é visto como uma atividade que não utiliza esforço físico. Essa imagem é criada pela leveza e graciosidade características da dança clássica, mas é desmistificada quando se invade uma escola de ballet a fim de conhecer o treinamento. Apesar de ser considerado arte em virtude de sua intenção e qualidade artística, o ballet clássico pode ser comparado a um esporte no que se refere ao esforço físico e técnico. Em uma aula de ballet são executados exercícios anaeróbicos, de força muscular e de flexibilidade que exigem árduo trabalho dos ossos, articulações, músculos e tendões. O questionário respondido pelas bailarinas do Pró-Dança pretende coletar o maior número de informações possíveis sobre esse universo da dor e da arte, a fim de fornecer resultados que sirvam de apoio para a prática desse gênero de dança. Em anos anteriores a Escola de Ballet do Teatro Carlos Gomes também já foi campo de pesquisa. As alunas Cristiana Roth de Morais e Amábile Fischer pesquisaram sobre lesões nos pés e nos joelhos dos bailarinos. Karin Hellen Froehlich realizou seu TCC na área de Marketing, observando como a Dança é usada na publicidade. A própria diretora da escola, Beatriz Niemeyer, que, além de sua habilitação em Letras e Ballet Clássico também é advogada, em uma de suas Especializações em Direito escreveu sua Monografia sobre Direito Autoral, discorrendo sobre os direitos do artista criador e intérprete. A professora Ivana Deeke Fuhrman, em sua Dissertação de Mestrado, investigou as razões que levam as pessoas de diversos grupos a dançar. Outras duas pesquisas para conclusão no curso superior de Moda foram realizadas por Valéria Faria dos Santos e Juliana Pavão Siluk, que inclusive realizaram no Pro-Dança seu estágio e puderam assim contribuir em nosso departamento de Figurinos.


Agenda

Aniversários Desejamos felicidades aos aniversariantes do mêses de maio e junho de 2013: MAIO 01. Hamilton Rosendo Fogaça 03. Angela Ideker 05. Ademilson Erci Borges Angelito Jose Barbieri Carlos Braga Mueller 06. Fabio Machado Fernando Fonseca Botelho Hiltrudes de Campos 07. Odete Maria Poffo Campestrini Álvaro C de Oliveira Selma Curtz 09. Maurici Nascimento 11. Oscar Leitão Filho 13. Paulo Gilberto Gouvêa da Costa 14. Afonso Luiz Schreiber Genésio Deschamps 16. Hanna Hirt Duebbers João Maria Mosimann 18. Edith Herta Buhr Gerd Kurt Baumgarten 20. Tereza Palmas Ribeiro 22. Helma Treis 24. Sérgio Hammes Euclides Maçaneiro 27. Armin Henrique Luef Lauro Cordeiro 31. Adolfo Luiz Altenburg

Apoio Cultural

Expediente

JUNHO 01. Hamilton Rosendo Fogaça 03. Angela Ideker 05. Ademilson Erci Borges Angelito Jose Barbieri Carlos Braga Mueller 06. Fabio Machado Fernando Fonseca Botelho Hiltrudes de Campos 07. Odete Maria Poffo Campestrini Álvaro C de Oliveira Selma Curtz 09. Maurici Nascimento 11. Oscar Leitão Filho 13. Paulo Gilberto Gouvêa da Costa 14. Afonso Luiz Schreiber Genésio Deschamps 16. Hanna Hirt Duebbers João Maria Mosimann 18. Edith Herta Buhr Gerd Kurt Baumgarten 20. Tereza Palmas Ribeiro 22. Helma Treis 24. Sérgio Hammes Euclides Maçaneiro 27. Armin Henrique Luef Lauro Cordeiro 31. Adolfo Luiz Altenburg

UMA NOITE PORTUGUESA COM CERTEZA, COM MÁRIO MOITA 5 de maio, domingo, 20h, Local: Auditório Heinz Geyer Indicação: 10 anos Ingressos, pontos de venda: Bilheteria TCG e site da BlueTicket, R$ 50,00 inteira, R$ 25,00 meia e sócios TCG. Contato: www.meneghimpromocoes.com.br Produção: Meneghim Promoções Artísticas

FAVELA, COM THALITA CARAUTA

COMÉDIA EM PRETO & BRANCO, COM MARCELO MARROM E RODRIGO CAPELA 24 de maio, sexta-feira, 20h30, Local: Auditório Heinz Geyer Indicação: 14 anos Ingressos: Na bilheteria do TCG e no site da BlueTicket. R$ 50,00 inteira. R$ 25,00 meia, sócios do TCG e Clube do Assinante Contato: www.c5producoes.com. Produção: C5 Produções

OS SMURFS

11 de maio, domingo, 20h. Local: Auditório Heinz Geyer Indicação: 16 anos Ingressos: R$ 60,00 inteira. R$ 40,00 sócios TCG, Clube do Assinante e sócios do Clube Atlético Metropolitano. R$ 30,00 meia. Contato: (47)9699-3915. Produção: Tom Natural Produções Artísticas

9 de junho, domingo, 18h. Local: Auditório Heinz Geyer Indicação: Livre Ingressos: R$ 60,00 inteira. R$ 48,00 sócios TCG. R$ 30,00 meia. Contato: www.atuarproducoes.com.br Produção: Atuar Produções

REFLEXÕES DE UM PALHAÇO 16 de maio, quinta-feira, 20h. Local: Auditório Willy Sievert Indicação: 14 anos Ingressos: Entrada franca Retirada de ingressos: na Bilheteria do TCG ou no SESC-Blumenau (Centro). Contato: (47)3322-526. Produção: SESC-Blumenau

Memória viva

Maestro Geyer

No ano de 1936, acontecia nos dias 30 e 31 de maio, nos palcos da Sociedade Teatral Frohsinn (berço do TCG), a primeira apresentação da Ópera “Preciosa”, de Carl Maria Von Weber. Foi grande a repercussão nos meios artísticos e sociais do Vale do Itajaí e também do Estado, principalmente por ter sido encenado por amadores.

Este informativo é uma publicação da Sociedade Dramático-Musical Carlos Gomes. Coordenação: Elisete Beck - Jornalista responsável: Marina Melz (SC 04191-JP) - Projeto gráfico e editoração: Brava Propaganda Impressão: Nova Letra Gráfica e Editora - Periodicidade: mensal - Correspondência: Rua XV de Novembro, 1181 - 89010-003 - Fone: (47) 3144-7166 - teatro@teatrocarlosgomes.com.br - www. teatrocarlosgomes.com.br

3325.5789 - www.novaletra.com.br

3041.2155 - www.bravapropaganda.com.br

3321.1300 - www.benner.com.br

Heinz Geyer, incansável, foi o maior responsável pelo sucesso do espetáculo, com sua batuta, regeu solistas e coral com as mais belas canções ciganas. Houve várias apresentações, incluindo um convite da capital, que aconteceu nos palcos do Teatro Álvaro de Carvalho em Florianópolis no mesmo ano. Fonte: Centro de Memória do Teatro Carlos Gomes


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