Memórias do Meu Nordeste Culinária Culinária Afetiva Afetiva da da Imigração Imigração
Kaique Moreira dos Santos
Memórias do Meu Nordeste
Culinária Afetiva da Imigração
Este livro surgiu para o fechamento do curso técnico em Processos Fotográficos, da ETEC de Artes (São Paulo). Meu principal objetivo foi relatar a imigração nordestina em São Paulo pela memória afetiva, por meio das comidas típicas. O projeto Memórias do Meu Nordeste surgiu com a experiência em umas das disciplinas do curso. Ao realizar fotografia de alimentos durante o curso, notei o potencial narrativo que a gastronomia pode trazer em nossa trajetória. Afinal, quem não lembra daquele doce da vovó que só ela sabia fazer, ou até mesmo do bolo que sua mãe preparava no café da tarde? E aquele tempero diferenciado da tia ao preparar uma ceia? Enfim, a comida traz memórias afetivas, lembranças, ainda mais depois de sair de sua terra natal. Como filho de dois baianos, em Memórias do Meu Nordeste, quis demonstrar um pouco das comidas típicas da região de onde meus pais vieram e apresentar de alguma forma a cultura dos nordestinos que habitam em São Paulo. Para a produção deste livro, escolhi cinco histórias para serem contadas, desde o processo de criação dos alimentos, um ensaio de cada prato típico e o direcionamento para um minidocumentário. Sendo assim, as comidas que contarão as memórias afetivas são: Feijão de Corda, Maria Isabel, Dobradinha, Canjica (Mungunzá) e Doce de Calda (Ambrosia).
Em primeiro momento, agradeço a Deus que me proporcionou esta oportunidade de desenvolvimento. Em especial, sou grato a minha esposa, Maria Eduarda, que me auxiliou na pro-
Agradecimentos
dução das imagens e alimentou a ideia no processo de criação. Posteriormente, agradeço a todas as pessoas que contaram suas histórias: Dejanira, Maria Elisete, Edinete, Jucileide e Iraneide. Por fim, saúdo também a todos os professores que de alguma forma me auxiliaram no desenvolvimento e construção desse fotolivro.
Produção das fotos Kaique Moreira dos Santos
Expediente
Modelos Dejanira Francelino de Farias Edinete Maria Conceição Amorim Iraneide dos Santos Jucileide dos Santos Maria Elisete Ribeiro Rodrigues Edição e Diagramação Kaique Moreira dos Santos
Colaboração Elaine Galdino Elielton Ribeiro Jesualdo da Nóbrega S. Filho Marcel Copola Maria Eduarda C. de A. Moreira Foto (sobre o autor) Yasmim Mostafe - @yasmimmostafe Contatos kaiquekms@hotmail.com @kaique.kms
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Canjica da Jucileide
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Dobradinha da Edinete
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Maria Isabel da Maria Elisete
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Doce de Calda da Iraneide
Feijão de Corda da Dejanira
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Canjica da Jucileide
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Jucileide dos Santos tem 47 anos, natural da Bahia, mora em São Paulo há 31 anos. Gosta de cozinhar todo tipo de comida nordestina. Para ela, cozinhar traz boas recordações com os pais e irmãos. Segundo Jucileide, sempre terá saudade da Bahia, e quando pode vai visitar sua terra natal para relembrar os costumes. Confira a Canjica da Jucileide.
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“... Quando era festa de São João, minha mãe sempre fazia...”
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“Minha mãe que me ensinou a fazer a canjica. Quando ela fazia era motivo de alegria...”
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Dobradinha da Edinete
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Edinete Maria da Conceição Amorim, pernambucana de 66 anos, chegou em São Paulo em 1972. Para ela, as principais diferenças entre sua terra e São Paulo são as festas juninas e o sabor das comidas. Edinete gosta de cozinhar desde criança, e fazer comidas típicas do Pernambuco traz boas lembranças da infância. Confira a Dobradinha da Edinete.
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“...Cozinhar traz muitas lembranças boas da minha mãe...”
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“As festas juninas de lá é diferente daqui. A turma comia dobradinha, pamonha, milho cozido, batata doce, um monte de coisa...”
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Maria Isabel da Maria Elisete
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Maria Elisete Ribeiro Rodrigues, piauiense, chegou em São Paulo no ano de 2009. Natural de São João do Piauí, tem 50 anos, tem dois filhos e adora cozinhar comida típica do seu estado. Para ela, poder proporcionar oportunidade de estudo para seus filhos foi suas maiores realizações em São Paulo. Confira a Maria Isabel da Maria Elisete.
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“... Eu gosto de fazer comida nordestina, me faz relembrar de onde eu morava...” 27
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Doce de Calda da da Iraneide Iraneide
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Iraneide dos Santos, baiana de 40 anos, chegou em São Paulo em 1995. Ela tem saudades dos costumes e festas da sua terra natal. Para ela, o sabor das comidas é muito diferente da Bahia. Na capital paulista conseguiu proporcionar uma vida melhor para seus filhos. “Coma com os olhos” o Doce de Calda da Iraneide.
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“... Fico feliz, porque aprendi com minha mãe a fazer vários pratos típicos da Bahia...” 35
“Quando minha mãe fazia aquele tipo de comida que a gente gostava, era muito satisfatório...”
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Feijão de Corda da da Dejanira Dejanira
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Dejanira Francelino de Farias, tem 63 anos, natural de Remanso (BA), chegou em São Paulo em 1974. Aos poucos conquistou sua casa e seu próprio negócio. Mãe de três filhos, para Dejanira, cozinhar o Feijão de Corda é uma forma de relembrar suas origens. Veja a famosa receita do Feijão da Dejanira.
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“... Minha mãe que me ensinou a cozinhar...”
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“... Toda vez que eu faço o Feijão de corda, eu relembro de lá da Bahia...”
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Sobre o autor Kaique Moreira dos Santos nasceu em 1995 em Guarulhos, São Paulo. Filhos de baianos (mãe nascida em Caém e o pai natural de Xique-Xique) admira a cultura brasileira, em especial a nordestina. Bacharel em Jornalismo pelo Centro Universitário Anhanguera de São Paulo, e Pós-graduado em Comunicação e Marketing pela Universidade Cruzeiro do Sul. Kaique produz fotografias de alimentos, paisagens e retratos. Para ele, uma boa foto deve transparecer o verdadeiro sentimento do objeto fotografado.