Oliveira Razão e Sensibilidade

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OLIVEIRA

F o r ta l e z a , M a r ç o d e 2 0 1 0

Razão e Sensibilidade



xistem pessoas que nos fazem chorar de felicidade, de alegria, de paixão. E Fazem-nos sorrir para afastar a dor! Afastam a dor! Encantam...

Colorem o nosso mundo... Fazem do hoje o ontem sem fim porque eternizam os sonhos e poetizam a vida. Você é assim pra mim: o ontem sempre hoje. Que seja ontem em nossa vida... Para sempre. É de direito querer o querer... Querer a paixão... Dos corações que o destino quis se encontrassem. Um para se dar o outro para se apossar. Não mais sem dono... O coração sem dono se deu ao amado que de tanto amor se deixou possuir... Felizes corações que se amam! Sábios corações que se doam! O ontem que gerou tanta emoção não morrerá jamais. Viveremos com o mesmo amor (de ontem) que cuida do essencial, está longe da perfeição, mas está dentro de nós... Do meu, do seu, dos nossos corações... Onde deve ficar! E ainda assim o passado não se repete só se faz melhor porque a vida não é estanque e você é a minha vida! Ser feliz é um privilégio ou uma questão de escolha? Escolhas e desafios fazem parte. Acreditar no poder e na força do otimismo e não apenas fingir que acredita é o preço justo que se paga para abraçar a vida com alegria. E você, meu amor, é aquele que faz acontecer. Sem máscara, sem fantasia, sem estrela, sem palco. Arriscando, superando limites e escolhendo sempre - acertando ou errando. Sem desperdício de vida! A noite é sempre dia pra você... De muitas alegrias e grandes emoções! Você vê com o coração e o “olhar” do coração é a razão do encanto! Pode haver desprendimento maior do que não se importar com as imperfeições do outro? Somos humanos e inacabados. Todos. O ser humano, imperfeito, exige do outro o que nem ele pode ser ou dar, muitas vezes, mas você - parafraseando o personagem de um filme romântico que diz saber que a esposa o ama porque ela conhece todos os seus defeitos e não se importa - conhece os meus piores defeitos e parece não se importar. É assim que eu sei que você me ama! Ah... meu amor! O que faltava em mim para o meu pleno viver Era a parte de ti que não te fazia inteiro! Um pedaço de mim que era a minha incompletude Doei a ti para te fazer absoluto! Eu amo você! Está escrito nas estrelas... Se não, deveria!

Editoral

Carta ao meu amor,


As origens

Oliveira, Oliveirinha, Zé de Oliveira, José, Zé, Baiano, José de Oliveira Nascimento, chegou ao nosso mundo no dia 03 de março de 1950, às margens mágicas do Rio São Francisco. Lirismo, coragem e generosidade marcaram sua chegada, emanadas do Rio. O modo como cresceu, viveu e foi amado, aprimoraram essa natureza abençoada. A Fazenda Maria Preta, do avô João Oliveira, era o lugar, no povoado de Icozeira, município de Curaça, na Bahia, 80 Km ao sul de Juazeiro. Anos depois, o ainda pequenino Oliveira, tomou o rumo de Itiruçu, uma cidade baiana onde, curiosamente, a temperatura varia de 13 a 20 graus. Até hoje o afeto por essa paragem é imenso, mas a família

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abalou de mudança, novamente. Foi então que surgiu Bom Jesus da Lapa. Terra de fé, nascida sob a proteção da gruta, que Francisco Mendonça Mar, mestre pintor português, descobriu no século XVII. Foi lá que a família de Oliveira construiu seu futuro e onde permanece até hoje. Os pais e alguns dos irmãos e sobrinhos escolheram a cidade para viver e crescer. É onde nasceu e mora Zeca Bahia, amigo da família, autor de Porto Solidão, canção eternizada na voz de Jessé. Bom Jesus recebe anualmente a segunda maior romaria do Brasil, depois de Aparecida. O Santuário, instalado na gruta, abriga a Imagem do Senhor Bom Jesus e a cidade acolhe romeiros de todos os cantos, em busca de consolo, milagres ou simplesmente por alegre devoção. Oliveira faz sua romaria de saudade e dedicada atenção à família de 3 em 3 meses, sempre acompanhado de sua inseparável Mércia. Em 1967 Oliveira foi para Salvador estudar para ser doutor, economista. Casou com Vera e ganhou um presente de Deus- a filha Aline. Além disso ficou cada vez mais doutor em amizade, determinação, vida verdadeira. Do primeiro emprego, no Bamerindus, à atração por Brasília, que o levou


Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por tê-lo como irmão. Dedicado e carinhoso com todos da família, é admirável o seu comprometimento pela manutenção dos nossos laços afetivos não perdendo de vista o exemplo de vida dos nossos pais que sempre foi o de união e respeito familiar. O mais importante: meu espelho! Bom filho, seu sentimento de amor pelos nossos pais é um grande exemplo de dedicação a ser seguido por todos nós. Sempre presente em todos os momentos ele é profundamente devotado aos seus amores. Sou um deles, graças a Deus! Nós te amamos! // Teca (irmã) É muito difícil de comentar algo do Zé Oliveira, pois não tenho como mensurar a grandeza do seu coração e sua bondade. Tenho muito orgulho de ser seu irmão, pois exemplos de como perdoar e amar é o seu grande trunfo. Agradeço a Deus a dádiva de conviver com você Zé e peço a ele que ilumine os seus pensamentos e sua alegria e que voem para alcançar e contagiar todos que convivem contigo. Te amo, beijos. // Antônio (irmão) Zé é um irmão maravilhoso e um ser humano único. Ele foi responsável por uma parcela importante de contribuição para a realização dos meus sonhos. Sempre preocupado com tudo e com todos se fez presente no momento que precisei e me estendeu a mão me proporcionando oportunidades que ajudaram a transformar a minha vida! Eu só tenho que agradecer e dizer o quanto você é importante na minha realidade. Amo muito você! // Sua irmã Rita

para o Planalto Central em 1985, Oliveira foi alicerçando o encontro com a realização profissional consolidada na capital federal. E foi também na eclética, moderna e fascinante Brasília que encontrou seu grande amor. Só que essa história é para as próximas páginas... José, meu filho! Vários acontecimentos importantes marcaram a sua infância, meu filho, mas um deles eu nunca esqueci porque você sumiu e foi grande a preocupação. Sem nos avisar você acompanhou as ovelhas até o pasto e só depois de muito tempo é que fomos encontrá-lo já bem distante de casa. Hoje não tenho essa preocupação porque você é um filho presente, dedicado, generoso, compreensivo e tolerante. É você, hoje, que se desdobra para nos agradar e eu, na minha simplicidade, quero dizer com palavras ditadas pelo meu coração, que você é um filho maravilhoso e eu não trocaria a minha vida de mãe do meu filho José, por toda a sofisticação deste mundo.Que Deus continue lhe abençoando.// Beijos de sua mãe que muito lhe ama. José é um filho que me faz sentir orgulho de ser pai. É amável, humilde, respeita e trata a todos com muito carinho e atenção. Desde criança sua atitude é a de um filho zeloso e preocupado com o nosso bem estar. Lembro-me que no período das férias escolares ia para a roça e me ajudava a plantar e colher sem reclamar em “atrasar” o seu lazer. Você, José, é muito importante na minha vida. Amo você! // Seu Pai

Zé é um irmão amigo, carinhoso e solidário. Mais velho dos irmãos se vê como um exemplo a ser seguido, por isso não esquece jamais de mostrar o valor que é a responsabilidade familiar. Carinhoso com os pais telefona-lhes constantemente, sem falhas aos finais de semana, inclusive, porque essa é uma das atitudes que fazem parte do que considera zelar pela qualidade de vida deles. Uma de suas prioridades é proporcionar alegria e bem estar aos pais, o que tem feito com dedicação e amor, porque é imensamente grato a ambos pelo muito que eles fizeram para educar os filhos, apesar das dificuldades.É um ser humano por quem tenho muito respeito! E um irmão por quem tenho muito amor! Um fato da nossa meninice eu não podia deixar de recordar aqui: as nossas peripécias na roça do vizinho pra “roubar” amendoim... Aliados a dois de nossos primos nos divertíamos comendo amendoim cujos pés nós arrancávamos para colher as sementes e, pra que ninguém descobrisse, plantávamos tudo novamente. O vizinho nunca descobriu os responsáveis pela “depredação”! Bons tempos aqueles (risos). Que Deus lhe proteja e abençoe hoje e sempre, Zé! //Sua irmã Maria Ele é, sem sobra de dúvida, um ser humano maravilhoso! Posso afirmar que é um anjo na vida de todos nós... Todos temos algo que remete a ele. Conselheiro e apaziguador em situações importantes da nossa vida e sempre presente com seu jeito positivo nos faz refletir antes de tomarmos uma decisão! O abraço dele é como se nos colocasse no colo... Considero-o um cunhado/irmão muito querido! Tudo que eu falar de bom sobre ele ainda é pouco pelo muito que representa para todos nós! Ah, não posso deixar de dizer que ele é muuuito cheiroooso (risos). // Ana Laura (cunhada)

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HISTÓRIAS ESPECIAIS DO irmão ZENÓBIO (Nobinho)

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ois bem, falar, escrever algo sobre o mano Véi não é fácil, pois receio que muitas páginas seriam necessárias para tal fim. Mas vamos por partes. Lembro-me bem de Zé, ainda em Itiruçú (BA), quando levantávamos bem cedo para irmos ao sítio do Sr. Conrrado tirar leite. Madrugadas frias, mas divertidas, pois com seis anos de idade acaba sendo tudo muito alegre. Proporcionou-me uma grande aventura quando, na garupa de uma bicicleta, deu uma volta completa pelo jardim da praça que ficava bem próxima de casa. Zé enchia nossas tardes de alegria quando abria o “Grêmio” e nos embalava com a música “Os Milionários”. Mas Zé, como todo adolescente da época, precisava ir para um centro onde pudesse estudar mais e trabalhar. E lá se foi Zé para Salvador em busca dos seus sonhos. Suas visitas nos finais de anos eram esperadas com ansiedade, pois sempre trazia novidades: Minha primeira bola, amigos que o acompanhavam e que Mãe fazia questão de recebe-los com deliciosa galinha caipira, mas um feito dele marcou a cidade e minha pequena cabecinha de forma indelével. Foi a visita da Banda da Marinha que se deslocou de Salvador até aquela pequena cidade agrícola no sul da Bahia. A banda se apresentou em uma praça onde ficava a Igreja. Em frente desta havia uma espécie de altar e eu lá de cima, vendo a coreografia, todo orgulhoso, comentava com meus amigos: “quem trouxe a banda foi meu irmão Zé”. O tempo passou e de forma involuntária, diante de afazeres profissionais, família, Oliveira se afastou um pouco de nós. Mas parece que foi de uma

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forma tão rápida que de repente estava entre nós, um irmão mais maduro, caridoso, extremamente preocupado com todos (até demais), extrovertido, brincalhão e juntamente com Mércia, visitante de cadeira cativa do nosso São João em Petrolina. Assíduo em Bom Jesus da Lapa onde propicia aos nossos Velhos o prazer e desprendimento que lhe é peculiar. Nos mostrou também um Pai presente, atuante, conselheiro, tolerante e amigo. Mas Oliveira trouxe ainda uma pessoa que nos enche de prazer por estar em nosso meio que é a Mércia, e seria redundância repetir tudo que foi dito acima quando se trata desta amiga maravilhosa que tenho certeza ajudou muito na longa jornada até então enfrentada por Oliveira. Bem, temos hoje quem eu chamo carinhosamente de Mano Véi. Sessenta anos é uma data marcante na vida de qualquer pessoa, mas, para nós é uma data extremamente importante, pois este Mano véi ajuda a mantermo-nos unidos, esperançosos, despertando em nós um conceito que, diante de tantas atribulações, acaba ficando meio esquecido que é a Família. Mano véi, obrigado por tudo que nos tem proporcionado, mas lamento te dizer, que um dia você me enganou. Tudo bem, tanto tempo se passou e já está perdoado, mas não poderia deixar de registrar aqui. Em 1969, quando Leonor nasceu, era manhã chuvosa e ouvi seu primeiro choro. Levantei-me assustado encontrei você à porta do quarto de Mãe. Perguntei o que estava acontecendo e você falou-me que a Cegonha havia trazido nossa irmã e que ainda chegou a vê-la saindo pela porta da frente. Francamente Mano Véi......


EntrEVista

Por tUtY

Brasília a capital da esperança

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idéia da revista do aniversário foi da Reca, sempre antenada para criações incríveis e disposta a mobilizar tudo e todos para dar certo. Sugeriu à Mércia que eu organizasse o material e escrevesse algumas coisas, já que essa é minha profissão e minha paixão. Quando a Mércia me convidou aceitei emocionada e posso confessar que curti demais a empreitada. Tudo seria surpresa para o aniversariante. O desafio maior foi conseguir entrevistar o Oliveira sem ele desconfiar de nada. Fiquei aguardando uma viagem de trabalho a Brasília, para criar uma situação propícia. Porém, as viagens que apareceram não proporcionaram a oportunidade e o tempo foi passando. Então resolvi inventar uma pesquisa sobre Brasília, selecioná-lo como um dos participantes e fazer por telefone. Mas eu e a Mércia ficamos sentindo falta da fluidez de uma conversa pessoal. Foi quando ela decidiu enviar-me a passagem pelas milhas do cartão e inventamos que eu ia fazer uma pesquisa, sobre Brasília e que

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gostaria de entrevistá-lo. Ele topou e passamos o final de semana mentindo que a pesquisa existia mesmo. Fingi que ia entrevistar outras pessoas, enfim, uma “presepada”, com certeza perdoada por Deus e pelo Oliveirinha! Eu e Mércia riamos de nós mesmas, duas coroas parecendo crianças, brincando de esconder! Foi muito engraçado e delicioso! Marcamos a entrevista para o almoço de sábado e o Oliveira escolheu o Piantela, um dos lugares prediletos dele em Brasília e falamos horas, com complemento à noite, degustando um vinho português maravilhoso no apartamento deles. Aqui vão os principais trechos em que Oliveira fala da vida, de Brasília, do seu encontro maravilhoso com a companheira Mércia e da sua aposta positiva e entusiasmada na juventude que conduzirá destinos. O resultado é tão bonito que tanto por Deus, quanto por ele, sinto que estou perdoada!

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O que trouxe você a Brasília? Foi em 1985, um convite de trabalho. Cheguei no dia 5 de agosto, numa segunda-feira. A umidade do ar estava entre 15% e 18 % , seco muito seco... Fiquei no Hotel das Nações, uma semana, e a primeira impressão não foi muito boa. Você sabe que o mês de agosto aqui é terrível! Saí para trabalhar e encontrei um Setor de Indústrias que na época era abandonado... Aí aconteceu uma coisa incrível! Depois de uma semana vivendo aqui vi o quanto Salvador era suja, que o asfalto não prestava, essas coisas que a gente percebe quando compara Brasília a outras cidades, por mais que a gente adore essas cidades, mas é diferente... Aqui parecia a roça, por causa do verde e da terra vermelha, e ao mesmo tempo era tudo muito organizado. Quintafeira era um deserto, o aeroporto lotado de gente indo embora. De 1985 a 1988 eu morei aqui indo e voltando. As famílias não se adaptavam, quem vinha para cá não tinha intenção de ficar. Vinha para passar uma temporada. A única pessoa que não falava mal era eu. O único baiano que ficou fui eu. Pesava para eles o fato de ter sido criado na beira da praia, aqui só havia a piscina de ondas que estava na onda, as ruas sem nomes... As pessoas ficavam presas às referências...

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Como era a cidade? A temperatura não era tão elevada durante o dia e à noite era muito agradável. Era um lugar meio deserto, perto do SIA, onde eu trabalhava, não tinha um restaurante, tinha o Chamas, a Pampa do Carrefour, mas o SIA era o pulmão financeiro, sempre foi e sempre será. Tinha restaurantes como o Florentino e o Florentino Grill, o Piano Bar do Piantela que era muito freqüentado... E a adaptação, como foi, esse gostar da cidade começou quando e como? Fui gostando pelo comparativo. Salvador atravessava uma péssima administração na época. Aqui era uma limpeza, tudo organizado. O que mais me chamou a atenção foi em setembro, chegaram os Ipês, fiquei fascinado ! Como podia numa seca desgraçada dessa surgirem aquelas flores tão maravilhosas! Fui trabalhar no 7 de setembro e de repente estou vendo o barulho- o vigia falou que era uma chuva de granito!( risos) Era o granizo caindo do céu, logo depois do agosto de céu azul e nenhuma umidade. No outro dia de manhã- meu trajeto era passando pelo Buriti( o palácio sede do governo do DF), entrava ali como se fosse para a Rodoferroviária, não tinha a urbanização onde é hoje o


“O único baiano que ficou fui eu. Pesava para eles o fato de ter sido criado na beira da praia, aqui só havia a piscina de ondas que estava na onda, as ruas sem nomes... As pessoas ficavam presas às referências...” setor militar, era descampado e de repente estava tudo verde com a chuva! Eu conhecia a grama preta queimada pelo sol de agosto e deparei com aquilo! Um mês depois eu já tinha vontade de morar aqui...Fui criando paradigmas...Começava pelo restaurante, durante a semana o Florentino era um inferno de gente, o Piantela não tinha o glamour que tem hoje, que ganhou com a Constituinte, com o Dr.Ulisses. Até a forma de ser recebido no restaurante, sabe? Isso fez com que eu começasse a me interessar. Aqui deve ser bom para morar, eu pensava.Você sentava e tinha uma pessoa imediatamente para te atender. Então começou a esse caso de amor com Brasília... Vi que era possível conciliar a tradição com a ju-

ventude da cidade, que era uma menina de 25 anos. A pergunta mais frequente era quando você vai a Salvador? As pessoas contavam os dias, de todos os níveis. Eu chamava isso de doença! Que mal essa ciadde tinha feito a eles? Sentiam falta de esquina, de praça, de praia, tudo sentiam falta. O Conjunto Nacional(primeiro shopping de Brasília) era o referencial. O Garvey( hotel onde Mércia e Oliveira moram) tinha 2 anos de existência. Estou lá desde o dia 13 de agosto, e fui para o apartamento 813! Mas os colegas também foram enxergando a cidade. A cada ida ao Nordeste voltavam mais decepcionados. Naquela época o Hospital de Base e o Hran funcionavam, a escola pública era de primeiro mundo, tinha um policiamento ostensivo que passava sensação de segurança e não tinha nada a ver com a ditadura, nem era mais ditadura. Como você vê Brasília hoje? Uma cidade moderna, uma qualidade de vida das melhores, independente da política, uma juventude com uma condição de conhecimento extraordinária, oportunidade de emprego enorme, pessoas criadas vivendo em comunidades familiares, agora é que tem primo de verdade, com laços de sangue, antes os primos eram os filhos dos amigos,

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os tios eram os amigos dos pais. O que eu adoro aqui são os contrastes, a diversidade, a maneira surpreendente como muda o clima, a convivência com gente de todos os lugares do Brasil, mas com uma forma de estar que é de Brasília. E o Futuro de Brasília, como será? Quem vai dominar é quem está hoje com 20 anos, os negativistas já foram embora, teve gente que saiu e voltou, porque não aguentou ficar longe. Quem não gosto não ficou. Sou altamente realizado aqui, sinto falta de algumas coisas, não tenho irmão e filho perto, mas temos compensações enormes. É difícil ter o que tenho, chegar a um ponto da vida e construir amizades com gente mais nova e gente mais velha do que a gente, a interlocução que há aqui, você sentar e conversar. Aqui fazemos mesas grandes com várias interpretações, as pessoas se desvinculam da paixão, não se sentem obrigadas a defender. Brasília, ou você ama ou você não ama. Não há dinheiro que me tire daqui!

Sim. Brasília me deu o grande amor da minha vida que é Mércia. Uma das coisas que me ajudou muito foi o encontro com ela. Ela veio com a mãe, a mãe foi, ela ficou, a escolha dela foi ficar aqui. E que mensagem você envia a esses jovens nos quais acredita tanto? Quando você nasce no interior, como eu nasci, repare, meus pais investiram tudo o que podiam na educação dos filhos. Me considerei o máximo quando fui fazer faculdade em Salvador, isso foi possível pelo sacrifício deles. Aqui vi todo mundo tendo a oportunidade que eu tive de estudar, aqui só não estuda quem não quer e a verdade maior é que ninguém muda uma nação sem a educação. Só que tem um grave problema para os jovens é manter essa qualidade de vida de primeiro mundo. Quem veio para cá e ficou não foi a elite, foi através do sofrimento que essas pessoas passaram que tudo foi construído e hoje eles proporcionam aos filhos uma facilidade enorme, a juventude que acha que pode tudo. Então há um desafio para os jovens.A prosperidade não nos pode fazer esquecer dos limites, da ética, dos valores. E a sua filha, Aline? Você não pensa em morar em Salvador, ou em atraí-la para cá? Minha filha está se formando em direito e o objetivo é ser juíza do trabalho. Já é a segunda formatura, a primeira foi em turismo, mas ela decidiu dar essa virada e eu apoiei demais! Ela e o marido estão consolidados em Salvador, mas podem decidir vir para cá, claro, se for melhor para eles, ficarei feliz. Aline faz um trabalho social importante no estágio, atende pessoas carentes e tem se sentido gratificada com isso. Eu sinto orgulho das conquistas dela. Ela é independente mas temos uma relação muito próxima, de muita compreensão, amizade, de muito amor. Então, o seu futuro é com certeza Brasília? Sim. Brasília me deu o grande amor da minha vida que é Mércia. Uma das coisas que me ajudou muito foi o encontro com ela. Ela veio com a mãe, a

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mãe foi, ela ficou, a escolha dela foi ficar aqui. No momento mais difícil da minha vida ela abdicou daqui e foi para o interior comigo. Tenho vontade de permanecer aqui por ela, também. Vou parar de trabalhar um dia, o dono da empresa diz que não me dispensa nunca, que desce o escritório para eu não ter que subir a escada! (risos) Mas não vou parar amanhã, ainda tenho muito tempo, o mercado vive um outro momento em que a experiência tem valor. Qual a importância de Brasília hoje, assumiu seu papel de capital? Ela hoje é fundamental para o Brasil e regionalmente para o desenvolvimento do Centro Oeste. Brasília vai chegar a um ponto em que alguém dessa geração, nascida aqui, venha a ser um re-

presentante político. Gente de Taguatinga, da Ceilândia, da Asa Norte e isso será a mudança, enquanto for essa coisa de pessoas que chegaram aqui e se deram bem na cidade não vai funcionar, tem que ser uma pessoa comprometida com a realidade nossa. Eu e Mércia adoramos esta cidade e a expectativa é que o mau estar presente passe o mais rápido possível e que Brasília retome a sua condição de cidade mais moderna do país, com toda a sua diversidade. É muito bom viver aqui! E tenho boas expectativas com relação ao futuro. A África esquecida está sendo olhada novamente, novas relações internacionais são pautadas para melhorar a vida das pessoas. Veja o exemplo da África do Sul. Após tantos traumas, tantos erros, retoma o seu crescimento social de uma forma muito mais verdadeira.

Vou parar de trabalhar um dia, o dono da empresa diz que não me dispensa nunca, que desce o escritório para eu não ter que subir a escada! (risos) Mas não vou parar amanhã, ainda tenho muito tempo, o mercado vive um outro momento em que a experiência tem valor.

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DEPOIMENTOS

O QUE VALE A AMIZADE

“A primeira vez que vi o tio Oliveira foi amor à primeira vista!rss Adotei imediatamente como meu tio,mesmo sem os laços de sangue!! Não só pela sua candura, pelo seu sorriso contagiado de alegria ao me receber mas também pelo seu senso de humor e sua preocupação com todos aqueles que o rodeiam. Precisou, o tio está sempre ali, pronto para dar aquele abraço apertado transbordando de ternura. Por isso, neste dia tão especial, tudo o que tenho a dizer é que a vida te trate bem e te mantenha junto a nós por muitas e muitas décadas! Tio Oliveira, eu amo você” // Larissa, amiga desde bebê...

Oliveira, você para mim é um patrão 1000. Nesses 10 anos aprendi muitas coisas com você. Não tenho um patrão, mas um grande amigo! // Eliane (trabalha como faxineira no apartamento)

Caro amigo Oliveira No dia do seu aniversário não poderíamos deixar de expressar o nosso sentimento, e com muita alegria, por estarmos juntos comemorando os seus 60 (sessenta) anos em Fortaleza, nossa terra natal. Desde que nos conhecemos, há aproximadamente uns 10 anos, no apartamento da nossa amiga comum Tuty, exatamente em uma comemoração de aniversário, do seu irmão, que esta amizade se formou e cada dia aumenta em conseqüência da nossa grande admiração pelo seu caráter, lealdade e grande sinceridade em tudo que diz e ou faz, juntamente com a nossa muito estimada Mércia Lustosa, merecedora das mesmas referências, sua companheira de quase 20 anos, filha de ilustre família do nosso querido Ceará. Você, Oliveira, filho de fazendeiro do interior da Bahia, formou-se em economia, trabalhou na capital baiana e depois na capital de Brasília, tornou-se por mérito próprio um alto executivo, freqüentando os gabinetes da mais alta esfera administrativa do País e nem por isso alterou a sua personalidade, simplicidade e a atenção que dispensa, sempre, aos seus amigos. Por essas extraordinárias qualidades temos orgulho de sermos seus amigos, de você e da Mércia, desejando nesta oportunidade, muitas felicidades e muita saúde para que possamos, por muitos anos, usufruir desta amizade. Um grande abraço dos amigos // Odoneles e Eduardo Nogueira

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60 Anos, 21.900 dias, 525.600 horas, 31.536.000 minutos Experiência... Vida... Sabedoria.... Essas qualidades só aparecem em pessoas que vivem, aprendem e retiram da vida toda a riqueza de experiências que ela proporciona. Você é uma dessas pessoas raras, querido amigo Oliveira. Deus, no seu infinito amor, nos presenteou quando colocou em nosso caminho alguém especial como você. Uma alma extraordinária que nos marca de maneira surpreendente. Alguém que compartilha experiência, ajuda com preciosos conselhos e que é um amigo de todas as horas. Amigos estão presentes nos melhores momentos e naqueles nem tão bons. Amigos orientam, indicam direções, explicam razões, emprestam o ombro, choram pelos mesmos motivos e riem das mesmas maluquices porque “amigo é pra essas coisas”, e, como diz a canção, pra se guardar do lado esquerdo do peito, debaixo de sete chaves. Amigo, não esqueça que, mesmo em dias de pesadas nuvens, você tem a nossa amizade e que o nosso desejo é que você seja abençoado com muita saúde, paz, amor, sucesso e prosperidade. Deus ilumine o seu caminho... Você merece! // Márcia e família ( irmã da Mércia) Como falar do Sr. Oliveira, uma pessoa tão especial, sem evidenciar suas tão marcantes qualidades, um homem doador, doador de tempo, sabedoria, amizade, amor pela vida, amor pelas pessoas, compaixão etc. Nunca esqueço de suas preciosas histórias que me ensinaram tanto no decorrer dos anos e do maior conselho que pude receber quando passei no concurso: “ minha filha, cavalo selado só passa por nós uma vez, você tem que estar pronta para subir e correr com ele”. Eu agradeço muito a Deus por ter conhecido e convivido com o Sr. Oliveira, que para mim considero como meu segundo pai, pois marcou minha vida, minha história de uma forma inesquecível! Até mesmo o Wesley que só passou uma tarde conversando com ele, saiu de sua presença maravilhado dizendo que precisava estar perto de alguém assim, imagine eu que passei cinco anos... Muito do que sou hoje devo à sua confiança e perseverança em acreditar em mim como pessoa e profissional, realmente o Sr. Oliveira foi um grande instrumento de benção na minha vida designado por Deus para o meu crescimento e vitórias. O meu maior desejo é que o Senhor conserve sua vida com muita saúde, paz, sabedoria e conquistas por muitos anos para que o seu exemplo de vida seja atingido por mais e mais pessoas!!! Com toda admiração e amor de segunda filha, // Carla e Wesley


Assim como começo uma prece – agradecendo - inicio essa homenagem agradecendo ao excelente profissional, meu chefe há cinco anos e por quem tenho a maior admiração, a oportunidade de aprendizado que é a nossa convivência diária. Muito obrigada ainda é pouco e sempre será diante de tanto amor, dedicação, força, coragem, fé, confiança, persistência e garra que eu vi nele desde o meu primeiro dia de trabalho. Dito isso, sinto-me à vontade para listar elogios ao melhor chefe do mundo. O MEU. Ele é excelente em tudo. Um ser humano maravilhoso, inteligente, culto, engraçado, bem humorado, educado, desafiador e transparente. Super pai de uma linda moça e um ótimo marido, cuida da família com especial atenção; coloca as pessoas em primeiro lugar o que o torna simplesmente o máximo. É difícil alguém passar por nossa vida e não deixar algo. Uma pessoa como o Sr. Oliveira sempre estará presente na mente e no coração daqueles que o conhecem porque é um homem que encerra em si a essência divina. Ele, de forma particular, transmite esperança aos que lhe cercam. Por isso as suas ações lhe tornam imortal. Por isso a sua vida é um exemplo para todos nós! Obrigada pela sua presença em minha vida! // Janaína ( secretária na empresa)

Percebe-se com facilidade a sensibilidade de seus corações, a devoção que eles têm pelo que há de mais belo:

José Oliveira do Nascimento, para alguns, mais íntimos, José, para outros, amigos, Oliveira. Nascimento, não conheço ninguém que chame, em função da coincidência de sobrenome de um colega de trabalho, nos primórdios de sua carreira como bancário. Como Baiano, só ouvi de sua companheira Mércia. Nestes poucos anos que nos conhecemos, Oliveira, nossos encontros têm sido sempre regados com azeite extra-virgem da melhor qualidade provenientes de azeitonas de oliveiras da melhor estirpe, e pratos ótimos de serem degustados em restaurantes onde você sempre é uma pessoa muito especial pela forma como trata aqueles que estão nos servindo. A vida tem sido muito generosa conosco pela amizade que temos e que me deixa muito feliz, principalmente agora compartilhando a alegria destes seus 60 anos com este seleto grupo. Lembro da emoção com que fomos tomados no Reveillon de 2007/2008 no deck superior do Grand Mistral, na Baía de Guanabara, quando você me disse que entre as coisas boas que aconteceram no ano que estava findando, foi a de nos tornarmos amigos, e de estarmos vivendo algo desejado e inusitado que era uma viagem de navio. E maravilhados ficamos mais de 20 minutos admirando a queima de fogos em Copacabana e outros locais do Rio de Janeiro acompanhados das nossas companheiras. Você demonstra ser aquele companheiro para sua companheira, aquele filho para seus pais, aquele pai para sua filha, aquele irmão para seus irmãos e também aquele amigão para os seus amigos. Tudo isto Oliveira, José ou Baiano faz de você uma pessoa especial e para quem desejamos uma vida longa cheia de verdadeiros encontros onde a alegria, a harmonia, a generosidade, a sinceridade, a compaixão estejam sempre presentes. // Seu amigo, Thales

Os anos 60/70, considerados “os anos dourados” , quando o romantismo foi vivido e cantado em verso e prosa. Uma época com tantos acontecimentos importantes que hoje permanecem na memória e que mudaram a vida de muitos. Uma época em que o melhor da festa era dançar agarradinho e namorar ao ritmo suave das badaladas românticas.

Se me dessem todas as páginas da revista para falar sobre você seriam poucas. Mas li certa vez um texto da Zélia Gatai que me lembrou muito você, pois parecia que ela tinha escrito para você, era mais ou menos assim: HOMENS MADUROS Há uma indisfarçável e sedutora beleza na personalidade de muitos homens que hoje estão na idade madura. Destacarei uma classe de Homens que são companhias agradabilíssimas: Os que hoje são os sessentões, (olha você aí Oliveira)

O SENTIMENTO. Eles são mais inteligentes, vividos, charmosos, eloqüentes. Sabem o que falam e sabem falar na hora certa. São cativantes, sabem fazerem-se presentes, sem incomodar. Em termos de relacionamentos trocam quantidade por qualidade e assim conquistam uma boa amizade. (Oi eu aí) Sabem tratar uma mulher com respeito e carinho. São Homens especiais, românticos, interessantes e atraentes pela sua forma de ser, de pensar e de viver. São mais poéticos, mais emocionantes, mais espirituosos, discretos, compreensivos e mais educados. A razão de Homens maduros possuírem estas qualidades deve a vários fatores: A opção de viver de cada um, suas personalidades, formação familiar, suas raízes, sabedoria, etc. Mas creio que em parte, uma boa parcela de influência decorre de uma época, onde os filmes e músicas ouvidas e curtidas deixaram boas recordações da sua juventude. Um tempo não tão remoto, mas que não volta mais. Viveram sua mocidade (época que marca a vida de todos nós) em um dos melhores períodos:

O luar era inspirador, os domingos de sol eram só alegrias. Ouviam Beatles, Johnny Mathis, Roberto Carlos, Antônio Marcos, The Fevers, Golden Boys, Bossa Nova, Morris Albert, Jovem Guarda e muitos outros que embalaram suas “Jovens tardes de domingo, quantas alegrias! Velhos tempos, belos dias” Ainda são os Homens que mais souberam namorar: Namoro no portão, aperto de mão, abraços apertadinhos, com respeito e com carinho. Época em que olhos nos olhos tinham mais valor... A moda era amar ou sofrer de amor. Estes Homens maduros de hoje, nunca foram Homens de “ ficar”. Se eles “ficassem”, ficariam para sempre... Junto com Benito de Paula, eles cantavam: “Mulher brasileira, em primeiro lugar!” A paixão pelo nosso país, era evidente quando cantava: “As praias do Brasil ensolaradas, no céu do meu Brasil mais esplendor... A mão de Deus abençoou, Mulher que nasce aqui tem muito mais amor.... Eu te amo, meu Brasil, eu te amo... Ninguém segura a juventude do Brasil...” A juventude passou, mas deixou gravado neles , a forma mais sublime e romântica de viver. O tempo se encarregou de distingui-los dos demais: Deixando os seus cabelos cor-de-prata, os movimentos mais suaves, a voz pausada, porém mais sonora. Muitos deles hoje dominam com habilidade e destreza máquinas virtuais, comprovando que nem o avanço da tecnologia lhes esfriou os sentimentos, pois ainda se encantam com versos, rimas, músicas e palavras de amor. Nem lhes diminui a capacidade de amar, sentir e expressar seus sentimentos. Muitos tornaram-se poetas, outros amam poesias. Porque o importante não é a idade denunciada nos detalhes de suas fisionomias, mas sim os vários valores de suas personalidades. O importante é perceber que seus corações permanecem jovens... São Homens maduros, e que nós mulheres de hoje, temos o privilégio de poder admirá-los! São homens que marcaram uma época e eu tenho a felicidade de conviver com um deles que é Oliveira // Sua amiga, Nadja

E d i ç ã o

e s p e c i a l

G r a n d e

Pe s s o a

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Música e Gulodices

Os Hits do Som e do Sabor

T

odos nós sabemos que o Oliveira adora música.Quantos de nós já ganhamos CDs gravados por ele desde os primórdios da reprodução pelo computador. Seleções exclusivas, escolhidas com carinho, muitas vezes direcionadas ao gosto e à personalidade de cada um. E uma dedicatória na capa, marca registrada, “espero que goste”. Sim, Oliveira, gostamos muito das suas indicações e por isso fomos investigar o que você anda ouvindo ultimamente para divulgarmos as dicas:”Um Barzinho, um violão” - Ao Vivo no Morro da Urca.”Vanessa da Mata” - Multishow ao vivo-”Leila Pinheiro ao Vivo” - Nos Horizontes do Mundo-”Maria Betânia ao Vivo” - As Canções que Você fez pra Mim-”Matogrossdo e Mahias ao Vivo Convida”-”Renato Teixeira” - No Auditório Ibirapuera-”Fafá de Belém ao Vivo”-”Raimundo Fagner e Zeca Baleiro” - O Show-”Danilo Caymmi e Amigos” -”Emílio Santiago” - De um Jeito Diferente-”Mercedes Sosa” - Acústico na Suiça-”Rod Stewart “ It Had to be You-”Andrea Bocelli” - Vivere Live in Tuscany-”Paul Anka” - Rock Swings. Os músicos preferidos são muitos. Nossa pesquisa identificou apenas alguns, dentro do universo imenso de predileção do nosso amigo.Bete Carvalho, Chico Buarque, Nana Caymmi, Maciel Melo, Willie Nelson, Reginaldo Rossi, Tereza Cristina, Martinho da Vila, Paulo Gabiru, Simone, Pavarotti...Afe! E muita gente mais! No universo da gulodice Oliveira também tem seus eleitos e suas dicas imperdíveis.Podemos seguir o conselho dele porque bom gosto não lhe falta e há que mergulhar nesse roteiro especialís-

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O l i v e i r a !

simo, sem medo de ser feliz! Dentre os restaurantes de Brasília que são a cara dele encontramos o Piantella, Dom Francisco, Unanimitá (Cantina Italiana), Werner - Filés e Vinhos, Zahle (Restaurante & Empório), Laske’s, Trattoria Da Rosário, Villa Borghese, Dudu Camargo, Galeteria Beira Lago, Original Shundi (Japonês), Fogo de Chão (Churrascaria), Porcão (Churrascaria). Em São Paulo, depois de assistir a um musical, opereta ou peça de teatro da maior qualidade, conduzidos por um taxista baiano que sempre os atende por lá, Oliveira e Mércia finalizam a noite saboreando delícias no Fasano, A Figueira Rubaiyat , Gero Caffe, Cantina do Piero, Cantina Montechiaro. Na cidade maravilhosa o circuito “Oliveiriano” passa pelo Olimpo Restaurante, Ráscal, e pelos românticos barzinhos em Copacabana. Do Rio para a capital da Bahia, onde vai para curtir a filhota e o genro, as gulodices passeiam pelo Amado, Iemanjá, e Ferrero Café. E em Fortaleza, outro destino freqüente, mais uma vez o Ferrero Café, a Vignoli, o Faustino e o Le Dinner. Em restaurantes, bares, na própria casa ou visitando os amigos, Oliveira adora degustar um bom vinho tinto. Todos os bons da uva Carmenére e mais... Entre portugueses, espanhóis e italianos, destacamos Quinta da Bacalhôa, Riscal, Serras de Azeitão, Meia Pipa, Serros da Mina. O argentino Santa Júlia, da uva malbec freqüenta a sua mesa e uma especialidade - Nótios Peloponnisos Regional Wine, da Grécia, berço milenar do néctar dos deuses.


dEPoiMEntos

alinE & lU

Quando Mércia me pediu para escrever sobre meu pai, entrei em pânico... Pensei, com certeza serei clichê... (risos). Porque, gente, não dá para não ser óbvia. Então me desculpem, serei a rainha do óbvio nessa declaração (risos) Eu o amo simplesmente por tudo que ele é na sua essência. Primeiro, ele é um pai incrível! Amigo, amoroso, sincero e SUPER PRESENTE!! Em todos os momentos da minha vida, mesmo de “longe”, sempre esteve comigo, me dando todo apoio. Segundo, a gente tem que concordar que ele é uma pessoa admirável!! Fala a verdade, gente, não é por que é meu pai não (risos), mas ele é forte, batalhador, honesto e generoso. Enfim, minha referencia, meu orgulho... O meu farol. Pai, beijos da filha clichê que te ama muito! // Aline

Zé, acredito que muitos gostariam de ter um sogro como você... Amigo, atencioso e conselheiro. Graças a Deus que este presente veio pra mim, pois além de ter casado com a minha cara metade, tenho hoje como a minha, esta família maravilhosa que você tem e é muito bom fazer parte disso tudo. Você é mais que um sogro para mim, é um grande amigo e um pai. Admiro você e lhe tenho muito respeito pela sua história de vida e a forma como você a conduz. Um Feliz aniversário... Muita saúde! Um grande beijo no coração! // Do seu genro Lu.

E d i ç ã o

E s p E c i a l

G r a n d E

p E s s o a

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AGRADECIMENTO

Aos meus

amigos // OLIVEIRA | 06 de março de 2010

Estou comovido com tantas expressões de carinho! Palavras jamais serão suficientes para agradecer a minha família e aos amigos este momento de grande emoção! Mas as palavras ditadas pelo meu coração, certamente, desafiarão essa sentença. Deixarei que seja ele a juntar frases de agradecimentos pela linda festa que reuniu pessoas tão queridas. A vida é uma aventura que embala os sonhos privilegiando parceiros... Eu sou um apaixonado por ela, embora tenha levado alguns puxões de orelha dela, mas quem não levou? Durante esses 60 anos bem vividos, algumas “brincadeiras” para lembrar que não se deve perder a esperança fazem parte dessa cumplicidade que é viver! Eu brindo a vida que me deu presentes inestimáveis... Deu-me pais maravilhosos cujo segredo do bem viver foi o de fortalecer os corações dos filhos preparandoos para a importância da vida; deu-me irmãos que me contagiaram com a energia do amor e da amizade; deu-me uma filha que é a minha alegria e a minha razão... Algumas vezes conselheira, outras, minha aconselhada em uma reciprocidade de amor e carinho que se estende ao seu companheiro sonho do meu coração de pai.

Deu-me a mulher que reescreveu a minha história com momentos mágicos e um amor de tirar o fôlego no simples toque de mão... Que acredita, como poetou Drummond, no “encantamento de quem em pensamento sente o cheiro do outro como se ele estivesse ali do lado”. Agradeço a Deus pela minha família. Obrigado por fazerem parte da minha vida... Obrigada por fazerem parte dessa festa perfeita! Há quem diga, brincando, lógico, que eu queria ser cearense, mas sou baiano de corpo e alma... Com um pé no Ceará! Fui recebido de braços abertos pela “família cearense” e isso não tem preço. Por isso, me orgulho de fazer parte dessa terra maravilhosa porque as raízes da família da minha mulher estão aqui, embora ela tenha um pé na Bahia (risos). Obrigado aos cearenses pela acolhida carinhosa! Ao longo da vida a gente perde um grande bem, no outro encontra alguém... Perdi pessoas queridas e encontrei pessoas especiais que se tornaram importantes para mim porque fizeram a minha vida mais luminosa. A elas dedico a minha amizade e respeito. Obrigado, amigos, pela presença de vocês... Tem um grande significado para mim.


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