La Culture - Jornal

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la culture.

Segunda - Feira, 3 de novembro de 2020 Ano 1 Edição n. 01

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unindo culturas e informações

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MÚSICA

La La Land: Um filme para aqueles que sonham.

Dorothea Lange e a miséria após a Grande Depressão Lange disse “Toda fotografias – não só aquelas que chamamos de ‘documentais’ – podem ser fortalecidas pelas palavras”.

“Ninguém mais gostava de musicais, não faria sentido gastar tanto dinheiro com um filme que tem grandes chances de fracassar,”

O filme carrega na ficha técnica a expectativa de mostrar para o público um musical, mas entrega muito mais do que isso. Tudo isso por conta de seu diretor, Damien Chazelle, que transborda sua paixão pelo cinema em cada cena de seus filmes. Fonte: Manual do Homem Moderno

CINEMA

Parasita

“O cheiro dos pobres” Ao falar de Parasita a crítica mencione não apenas a enorme desigualdade social e a divisão de classes, mas essa expressão quase proscrita: “luta de classes”. E, no entanto, Parasita pouco tem a ver com a reivindicação coletiva de um mundo diferente, e tem muito a ver, por outro lado, com outra venerável tradição social,

O

fotolivro de 1939, “An American Exodus”, ajudou a pavimentar o caminho da fotografia documental e social nos Estados Unidos e no mundo. A força do trabalho de Lange mostrava como a fotografia poderia jogar luz em temas urgentes. O livro trazia o relato ocular do que ficou conhecido como “Dust Bowl Imigration”: o êxodo em massa, após a Grande Depressão, da população do Meio-Oeste e de estados como Oklahoma e Arkansas para a Califórnia.

Fonte: Exame Abril/ Estilo de Vida

Incêndio atinge sítio arqueológico com pinturas rupestres no Pará

Fonte: El País/ Cultura

LIVROS

Little Women

“ W

ere constantly saying, ‘If only we had this,’ or ‘If we could only do that’, quite forgetting how much they already had, and how many things they actually could do. “

Além das imagens poderosas, o livro mostrou o papel poderoso da palavra. Concebido por Lange em parceria com seu marido, o economista especializado em agricultura Paul Taylor, “An American Exodus” trazia notas de campo, letras de canções populares colhidas na viagem, pedaços de notícias de jornal e notas de sociólogos. Além disso, havia o relato dos próprios fotografados. A exibição do MoMA, organizada por Sarah Meister, essa combinação. Pág 2

O fogo começou no sábado e destrói parte da área conhecida como Serra da Lua, no Parque Estadual Monte Alegre. Fonte: Veja Abril / Brasil

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ogo começou no sábado e destrói parte da área conhecida como Serra da Lua, um dos sítios arqueológicos do parque estadual. As equipes no local estão fazendo um levantamento para saber a dimensão da área atingida e ter uma noção do alcance do fogo.


la culture, fotografia.

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1936

Dorothea Lange e a miséria após a Grande Depressão Fotojornalista marcou história da fotografia com série feita com o governo americano que registrou a miséria após a Grande Depressão.

O fotolivro de 1939, “An

American Exodus”, ajudou a pavimentar o caminho da fotografia documental e social nos Estados Unidos e no mundo. A força do trabalho de Lange mostrava como a fotografia poderia jogar luz em temas urgentes. O livro trazia o relato ocular do que ficou conhecido como “Dust Bowl Imigration”: o êxodo em massa, após a Grande Depressão, da população do Meio-Oeste e de estados como Oklahoma e Arkansas para a Califórnia.

Além

das imagens poderosas, o livro mostrou o papel poderoso da palavra. Concebido por Lange em parceria com seu marido, o economista especializado em agricultura Paul Taylor

“An American Exodus” trazia notas de campo, letras de canções populares colhidas na viagem, pedaços de notícias de jornal e notas de sociólogos.

Arte figurativa mais antiga do mundo é descoberta na Indonésia

“Encontrada no final de 2017, nas paredes de uma caverna em Leang Bulu Sipong”

A composição, de 4,5 metros de largura, mostra uma cena com oito figuras humanas armadas com lanças e cordas, caçando seis mamíferos. Fonte: Exame Abril / Estilo de Vida

A saga dos “Bastardos Inglórios” da vida real Novo livro narra a história dos Ritchie Boys, judeus alemães que fugiram do nazismo e se juntaram ao Exército americano para enfrentar a Alemanha nazista

A exibição do MoMA, or-

ganizada por Sarah Meister, faz jus a essa combinação, dando contexto ao trabalho de Lange com fotolivros, reportagens da época da Grande Depressão

“No livro, seguimos a história de seis deles, mas havia jovens de outros países – o segundo maior grupo era da Áustria, com cerca de 500. Além do conhecimento da língua, todos conheciam a geografia, a história, cultura e aspectos psicológicos do inimigo melhor do que qualquer um. E

isso foi imensamente importante nos interrogatórios dos prisioneiros alemães e na tradução dos documentos.” Bruce Henderson - Autor do livro

Fonte: Exame Abril/ Estilo de Vida Fonte:

Exame Abril / Mundo


la culture, audiovisual.

LUZ, CAMÊRA, MULHER

4 Livro conta a história de mulheres pioneiras na indústria audiovisual, como a artista Cleo de Verberena; Foto por Boston Public Library

Em 1930, a paulista Cleo de Verberena Ainda hoje, elas são minoria na indústria. vendeu joias e propriedades para realizar o sonho de fazer seu primeiro filme, O mistério do dominó preto, que ela mesma escreveu, produziu, dirigiu e estrelou. Mas o primeiro longa-metragem realizado por uma mulher no Brasil não existe para que a geração atual possa ver. A obra se perdeu no tempo. Os poucos registros sobre ela são recortes de matérias nos jornais da época. “Essa falta de preservação e de visibilidade do cinema nacional feito por mulheres foi o que me chamou a atenção. Considero o livro um ponto de partida para que outras publicações possam surgir”, diz Camila Vieira da Silva, curadora e crítica de cinema.

De acordo com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), mais de 70% da produção audiovisual brasileira em 2018 foi dirigida por homens. E isso apesar do fato de que as mulheres foram as principais impulsoras da indústria cinematográfica em sua gênese. “Logo que a cinematografia surgiu, as pessoas achavam que aquilo não teria valor de mercado, então as mulheres assumiram as produções nesse início. Havia muitas roteiristas, diretoras, montadoras, o cinema era predominantemente feito por mulheres nos anos 1910 e 1920, inclusive na gênese de Hollywood”, conta Camila. Nomes como o da estadounidenLois Weber e da francesa Alice GuyOrganizado como um “pequeno dicioná- se -Blaché são exemplos desse pioneirismo. rio das cineastas brasileiras”, o livro contempla aproximadamente 250 diretoras Até 1925, metade dos filmes produzique realizaram pelo menos um longa-me- dos em Hollywood era dirigido por mutragem de circulação nos cinemas e con- lheres, como mostra o documentário. ta com 27 ensaios assinados por mulheres “Muitas eram secretárias dos estúdios e, que pensam cinema no Brasil. “Não que- nas folgas, aproveitavam para usar aqueria dar visibilidade apenas às diretoras, les meios de produção e fazer seus filmes. Fonte: El País/ Cultura mas também às críticas e pesquisadoras.”


la culture.

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unindo culturas e informações

Quando o oceano lhe der plástico, faça arte. Artistas tiram plástico dos oceanos e transformam lixo em projetos artísticos

Angela

Haseltine Pozzi está ao lado de Cosmo, um papagaio-do-mar de 1,8 metro de altura, em um penhasco com vista para a costa turbulenta do Oregon. Estamos em janeiro e as marés violentas chegaram a Coquille Point, fazendo com que a costa se parecesse com um liquidificador cheio de espuma.

Cosmo

suporta muito bem o clima, pois é feito de plástico, trazido à terra pelo mar — chinelos, tampas de garrafa, rodas de brinquedo, isqueiros —, tudo montado em uma estrutura de aço inoxidável e parafusado ao concreto. O papagaio-do-mar é uma escultura da organização sem fins lucrativos de arte e educação de Haseltine Pozzi, a Washed Ashore, cujo slogan é “Arte para Salvar o Mar”.

“Retiramos 26 toneladas das

praias”, ou 23,5 toneladas métricas, declarou Haseltine Pozzi, “o que é um grão na areia da poluição real, mas estamos fazendo algo ao conscientizar as pessoas. Ela afirmou que as esculturas não eram “arte comunitária”, mas uma comunidade criando belas obras.” Fonte: Exame Abril / Estilo de Vida

Incêndio atinge sítio arqueológico com pinturas rupestres no Pará O fogo começou no sábado e destrói parte da área conhecida como Serra da Lua, no Parque Estadual Monte Alegre.

Uma

equipe de militares do Corpo de Bombeiros Militar de Santarém, na região oeste do Pará, foi deslocada para o município de Monte Alegre neste domingo 6, para ajudar no combate ao incêndio que atinge o Parque Estadual de Monte Alegre.

O fogo começou no sábado e Município destrói a área conhecida como Serra da Lua, um dos sítios arqueológicos do parque estadual. As equipes no local estão fazendo um levantamento para saber a dimensão da área atingida e ter noção do alcance do fogo.

de Monte Alegre, é conhecido pelo seu potencial arqueológico. pertence à Área de Proteção Ambiental Paytuna, e está sob a gestão do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará. Fonte: Veja Abril / Brasil


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