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DEZEMBRO DE 2014
EDIÇÃO EXTRA
Campanha Salarial
ASSINADO ACORDO COM O
GRUPO 10 Garantido reajuste e aumento real para trabalhadores das empresas do setor
A
mobilização dos trabalhadores nas fábricas e a pressão sobre as empresas dos patrões que vão pra mesa de negociação surtiu efeito. Sete sindicatos patronais do Grupo 10, coordenado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), assinaram o acordo salarial garantindo reajuste salarial de até 8% mais 19% de abono para os trabalhadores. O percentual corresponde à reposição integral da inflação dos últimos 12 meses, medida pelo INPC - de 6,34% - mais aumento real e será pago em duas parcelas (veja no quadro abaixo). O presidente do Sindicato, Miguel Tor-
res, reforçou que a vitória nesta luta é fruto da mobilização. “Vencemos a crise e a resistência dos patrões. Na reta final fizemos assembleias mais longas nas fábricas dos patrões que representam as empresas na mesa de negociação e a estratégia deu resultado”, disse. Miguel Torres chegou a gravar um vídeo, que
está no site do sindicato (www.metalurgicos. org.br), convocando a categoria a se manter mobilizada a fim de garantir o aumento salarial aos trabalhadores do Grupo 10. O deputado federal Paulinho da Força parabenizou os trabalhadores e o comando de negociação pela força e persistência.
Para o secretário-geral do Sindicato, Arakém, os trabalhadores foram solidários na luta porque sabem que não dá pra sustentar a família sem aumento de salário. A diretora financeira, Elza Costa, disse que os trabalhadores foram conscientes e manifestaram sua disposição de luta.
ACORDO COM OS SINDICATOS PATRONAIS DO GRUPO 10 • Sindisuper (tratamento de superfícies) • Simbe (material bélico) • Simbapem (balanças) • Indústria de Mecânica • Sinarme (rolhas metálicas) • Sindilux (equipamentos de iluminação) • Sifumesp (funilaria de móveis de metal) REAJUSTE A PARTIR DE JANEIRO/2015
TETO DE APLICAÇÃO DO REAJUSTE SALARIAL
ABONO
PISOS A PARTIR DE 1º JANEIRO/2015
Para empresas até 15 trabs.:
7,5% sendo: 6,34% em Jan/15
R$ 6.741,00
19% em duas parcelas:
Empresas até 100 trabs.:
sobre o salário de Jan/15
9% em 5/12/14 ou até a data limite de 19/12/14
de 101 até 350 trabs.:
Para empresas com + de 15 trabs.:
10% até 6/03/15
sobre o salário de 31/10/14 e
1,09% em Março/15
8% sendo:
6,34% em Jan/15 sobre o salário de 31/10/14 e 1,56% em Março/15 sobre o salário de Jan/15
P/ salários acima desse valor somar R$ 427,38 em Jan/2015 e R$ 78,20 em Março/15
R$ 6.930,00
P/ salários acima desse valor somar R$ 439,36 em Janeiro/15 e R$ 115,04 em Março/15
P/ salários acima do teto: R$ 623,70 em Dez/14 e R$ 693,00 em Março/15
R$ 1.091,00 R$ 1.209,00 + de 350 trabs.:
R$ 1.387,00
* O Sinaemo (material médico e odontológico), Sindirepa (oficinas mecânicas) e o Sindmotor (retífica de motores) ainda não assinaram acordo. * Os trabalhadores que não receberem o reajuste salarial e o abono nas respectivas datas devem procurar o diretor ou assessor do Sindicato e denunciar para que o Sindicato possa tomar as providências necessárias. * As empresas que concederem o reajuste salarial a partir de 01/11/2014 ficam desobrigadas de pagar o abono.
AMEAÇA AOS DIREITOS
Justiça diminui prazo pra recuperar FGTS não depositado O Supremo Tribunal Federal decidiu que o trabalhador não poderá mais reclamar na Justiça os valores do FGTS não depositados pela empresa há mais de cinco anos. A lei do Fundo, de 1990, garantia ao trabalhador cobrar e recuperar depósitos não efetuados nos últimos 30 anos. O Supremo considerou a lei inconstitucional e reduziu esse prazo para cinco anos. Já o prazo para o trabalhador reclamar seus direitos na Justiça não mudou. Fica mantida a regra que determi-
na que, a partir da demissão, o trabalhador tem até dois anos para ingressar com a ação na Justiça e reclamar direitos dos últimos cinco anos. Os ministros do Supremo entenderam que o prazo para o trabalhador cobrar direitos trabalhistas deve ser o mesmo para todos os casos, inclusive o FGTS. A decisão foi dada no dia 13 de novembro. A nova regra vale para ações referentes aos depósitos efetuados a partir de 13 de novembro em contas do FGTS. Para ações que já estão em andamento
Centrais Sindicais protestam contra juros altos
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iretores e assessores do Sindicato participaram, no dia 2 de dezembro, de mais um protesto convocado pela Força Sindical e demais centrais contra o aumento da taxa de juros (Selic), em frente à sede do Banco Central, em São Paulo, na Avenida Paulista. No dia seguinte, o Copom (Comitê de Política Monetária) subiu a taxa de 11,25% para 11,75% ao ano. O Brasil é o campeão mundial de juros reais (acima da inflação) e uma nova alta prejudica ainda mais o quadro econômico, causando a paralisia da produção e na geração de empregos. “Ao elevar os juros, o governo dá um presentão de Natal aos especuladores.
QUEREMOS NOSSOS
DIREITOS permanece o prazo de 30 anos. “É uma decisão prejudicial ao trabalhador. Muitas empresas poderão deixar de depositar o fundo porque sabem que depois de cinco anos não poderão ser cobradas pelo trabalhador”, afirma o presidente Miguel Torres.
Ato celebra Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
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O governo insiste em editar medidas de aperto monetário num País que está com a atividade econômica paralisada e com uma indústria que vem acumulando resultados negativos mês após mês e cortando postos de trabalho. Estas políticas inflacionárias mal orientadas deprimem ainda mais a economia, em vez de fazê-la crescer”, disse o presidente Miguel Torres.
dia 3 de dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, foi lembrado pelo movimento sindical com um ato de protesto em frente ao Teatro Municipal de São Paulo. O local foi escolhido por causa da demissão de 16 músicos da orquestra do teatro, incluindo uma cantora com deficiência física. O protesto contou com a participação do superintendente Regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio de Medeiros, e deixou claro que não é possível admitir o uso do dinheiro público para prejudicar e praticar a exclusão de pessoas. A manifestação também teve como
objetivo conscientizar a sociedade sobre os desafios e anseios da pessoa com deficiência, defender o direito ao trabalho dessas pessoas, apoiar o cumprimento da lei de cotas e o fim da discriminação no trabalho em relação às pessoas com deficiência. A luta pela inclusão não tem restrições”, afirma o presidente Miguel Torres.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Inscrições abertas na Escola do Sindicato O
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rofissional do Sindicato d cação P e Edu ulo e Mogi das Cruz os es tro d icos de São Pa n e C rg ú l a t Me
O Centro de educação Profissional do Sindicato está com inscrições abertas para cursos técnicos e de formação inicial. Confira:
om Cursos técnicos c s: duração de 24 ml ese ria • Automação Indust nica • Técnico em Eletrô ica • Técnico em Logíst istração • Técnico em Admin
Para conhece r os cursos de formação inicial, que tê m duração de 40 horas ou 60 horas, visite o site http://esc olatecnica. metalurgicos.or g.br ou vá até a escola, na Rua Galvão Bue no, 738, Liberd ad e (próximo ao metrô São Jo aquim).
Mais informações pelo telefone
3207-3550
Vitória da mobilização! “A Campanha Salarial mereceu destaque no conjunto das lutas do Sindicato neste ano. A unidade e a organização foram fundamentais para enfrentarmos vários desafios, superarmos dificuldades econômicas e fecharmos um dos melhores acordos salariais dos últimos anos, garantindo a reposição integral da inflação e aumento real pelo 11º ano consecutivo. Vamos continuar unidos porque em 2015 teremos muitas outras batalhas a enfrentar, sobretudo na defesa dos direitos trabalhistas, com o novo Congresso Nacional, e do emprego. Esperamos que haja o diálogo prometido pela presidente Dilma. Vamos manter a mobilização para ampliar as conquistas e lutar pelo Brasil que queremos, com mais igualdade e justiça social. Parabéns, trabalhadores(as) metalúrgicos(as)!”
Boas Festas e um Ano Novo de muitas realizações!
Miguel Torres Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
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