O metal 623

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ACESSE E CURTA

/MiguelTorresFS

Março, Abril, Maio, Junho de 2017 - Ano 73 - Nº 623

FOTOGRAFIA DESTA EDIÇÃO: Jaélcio Santana, Iugo Koyama, Paulo Segura, Iza Guedes, Anderson Prado, Amanda Flor, Tiago Santana, Warley Assis Leite

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MARCHAM EM BRASÍLIA PELOS DIREITOS

Foto Paulo Segura

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s metalúrgicos participaram da Marcha em Brasília pelos direitos trabalhistas e contra as reformas do governo, realizada no dia 24 de Maio. Juntos com a Força Sindical e demais centrais, mais de 150 mil trabalhadores e sindicalistas de todo o País marcharam

contra as propostas, injustas e impopulares, do governo e seus aliados no Congresso Nacional. De forma pacífica e organizada, a Marcha seguiu pelo Eixo Monumental até o Congresso exigindo a retirada dos projetos no legislativo e eleições diretas, diante das denúncias envol-

vendo o presidente Temer. “Os trabalhadores mostraram a sua força e vamos convocar outras ações, ainda mais fortes, em defesa dos direitos sociais, previdenciários, sindicais e trabalhistas”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical.


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MARÇ0/ABRIL/MAIO/JUNHO 2017

REFORMA TRABALHISTA

EDITORIAL

MAIS PRESSÃO CONTRA AS REFORMAS

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resistência contra as reformas Trabalhista e da Previdência e o grito pela legitimidade das Diretas, Já! continuam firmes no movimento sindical. No ritmo das vitoriosas Marcha em Brasília (24 de Maio), greve geral (28 de Abril) e do Dia Nacional de Lutas (15 de Março), faremos ações mais fortes em defesa da democracia, da soberania nacional e das conquistas da classe trabalhadora. Artistas têm feito shows pelas Diretas, Já! e as pesquisas têm mostrado que a opinião pública não aceita as “reformas” em tramitação no Congresso. Precisamos agora incorporar efetivamente as camadas populares às nossas causas. Com ou sem Temer na Presidência, o mercado financeiro e seus aliados na mí-

O METALÚRGICO - 3

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SAÚDE

SINDICATO INAUGURA CENTRO DE REFERÊNCIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA METALÚRGICA

dia e no Congresso Nacional insistem na aprovação rápida das propostas que acabam com as aposentadorias e os demais direitos dos trabalhadores. A crise não pode ser jogada nas costas do povo brasileiro. A retomada do desenvolvimento que almejamos, com pleno emprego, trabalho decente e qualidade de vida, tem que beneficiar a sociedade como um todo, com respeito às aposentadorias, aos direitos, à soberania nacional e à democracia! Nós, dirigentes e trabalhadores metalúrgicos, continuaremos na luta! MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato, da CNTM e vice-presidente da Força Sindical

ARTIGO

LUTA CONTRA A RETIRADA DE DIREITOS!

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crise econômica, política e institucional instaurada no País, que tem levado o povo brasileiro a um estágio de total incerteza quanto ao futuro, somada às ameaças de retirada de direitos dos trabalhadores, levou a Força Sindical e as demais centrais, em unidade de ação, a realizarem, no dia 24 de maio passado, uma Marcha em Brasília, com manifestações em frente ao Congresso Nacional, paralisações e greves que pararam milhões de trabalhadores, de várias categorias, por todo o País. Com a persistência do governo em nos empurrar “goela abaixo” as propostas das reformas trabalhista e da Previdência, que vão punir cruelmente quem trabalha formalmente, as centrais sindicais decidiram, em reunião no dia 5 de junho, em

o metalúrgico MARÇ0/ABRIL/MAIO/2017 Ano 73 – Nº 623 Órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes SEDE SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 SUBSEDE MOGI - Rua Afonso Pena, 137, V. Tietê Fones: (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702 www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br

/MiguelTorresFS

São Paulo, definir o dia 30 de junho como data indicativa para a realização de novas manifestações, paralisações e greves em nível nacional. A data escolhida é indicativa, pois as entidades sindicais filiadas às centrais (sindicatos, federações e confederações) irão realizar assembleias em suas bases para referendar ou indicar uma nova data para os atos. Nossa luta não pode parar! Os direitos dos trabalhadores têm de ser respeitados. Participe você também desta luta, pois ela é de todos os brasileiros! PAULINHO DA FORÇA Presidente da Força Sindical e deputado federal

REFORMA DA PREVIDÊNCIA • Mantém o salário mínimo como piso dos benefícios • Será preciso contribuir por 40 anos para ter beneprevidenciários e assistenciais fício integral. Quem tiver 65 anos (H) ou 63 anos (M) • Trabalhadores em áreas insalubres terão que e 25 anos de contribuição receberá 70% da média trabalhar mais tempo pra ter a aposentadoria especial APOSENTADORIA RURAL IDADE PRA APOSENTADORIA • Será de um salário mínimo e idade mínima de 60 • impõe 62 anos (mulher) e 65 anos (homem) anos (H) e 57 anos (M) no sistema de contribuição • A idade mínima por tempo de contribuição vai individual. Assalariados rurais ficam na regra geral começar em 53 anos (mulher) e 55 anos (homem) e aumentar a cada dois anos a partir de 2020 PENSÃO • Valor mínimo será de 1 salário mínimo, mas para TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO quem tiver direito a um valor superior, a cota será de • Sobe de 15 anos para 25 anos, com uma regra pro- 50%, acrescida de 10% por dependente gressiva começando com 15 anos (180 contribuições) • Permite acumular pensão com aposentadoria, até chegar a 25 anos (300 contribuições) mas com valor máximo de dois2 salários mínimos. Hoje, não existe teto TRANSIÇÃO (PEDÁGIO) • Trabalhador terá que contribuir mais 30% do tempo BENEFÍCIO ASSISTENCIAL que falta para aposentar - O BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência e renda familiar CÁLCULO DA APOSENTADORIA per capita de até 25% do salário mínimo, continuará • Rebaixa valores dos benefícios, pois utilizará a vinculado do mínimo. média de TODAS as contribuições feitas a partir de - Idade mínima pra ter direito será de 65 anos e julho de 1994. Hoje, a média é de 80% das maiores subirá um ano a cada dois anos a partir de 2020. Para contribuições pessoas com deficiência não há um limite de idade

DIRETORES (SEDE SÃO PAULO) Admilton Mariano da Silva (Curió), Adnaldo Ferreira de Oliveira, Adriano de Assis Lateri, Alsira Maria da Silva Lima, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Antonio Uélio Luis Moreira, Carlos Andreu Ortiz, Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Celso de Araújo Carneiro (Bombeirinho), Cícero Santos Mendonça, (in memorian) Cláudio do Prado Nogueira, Cristina Maria dos Santos Silva, David Martins de Carvalho (licenciado), Donizeti Aparecido de Assis, Edenilson Rossato (Alemão), Elza de Fátima Costa Pereira (Diretora Financeira), Emerson Andrade Passos, Eraldo de Alcântara (Maloca), Erlon Souza Lorentz, Eufrozino Pereira da Silva (licenciado), Francisco de Assis do Nascimento (Chico Pança), Francisco Roberto da Silva (Sargento), Geraldino dos Santos Silva, Germano Alves Pereira, Jefferson Coriteac (licenciado), João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de

João da Silva (Mixirica), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), José Mauricio Mesquita Forte, José Porfírio da Silva, José Silva dos Santos, José Valdinei Dantas de Souza (Jamanta), Josias Alves da Silva, Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Antonio de Medeiros Neto (licenciado), Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres (Presidente), Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Nelson Marques da Silva, Nivaldo Crispim Patrício (Bugalu), Paulo Pereira da Silva (licenciado), Pedro Nepomuceno de Sousa Filho (licenciado), Ricardo Rodrigues (Teco), Roberto Soares Dias (Ninja), Rodrigo Carlos de Morais, Rubens Pereira, Sales José da Silva, Tadeu Morais de Sousa, Tito de Oliveira, Valdir Pereira da Silva (licenciado), Yara Pereira da Silva SEDE MOGI DAS CRUZES Ester Regina Borges, Paulo Fernandes de Souza (Paulão),

Morais (Arakém - Secr.-Geral), José Francisco Campos, José

Sílvio Bernardo

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DIRETOR RESPONSÁVEL Miguel Eduardo Torres EDIÇÃO E REDAÇÃO Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 FOTOGRAFIA Jaélcio Santana DIAGRAMAÇÃO Rodney Simões Vanderlei Tavares IMPRESSÃO BANGRAF TIRAGEM 180 mil exemplares

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o dia 20 de abril, a Rua do Carmo, palco de assembleias e lutas memoráveis dos metalúrgicos de São Paulo, foi tomada por trabalhadores, cipeiros, empresários, dirigentes metalúrgicos e de outras categorias para a inauguração do Centro de Referência e Atenção à Saúde da Família Metalúrgica, do Sindicato. Depois de 18 meses de obras, este complexo médico/odontológico foi entregue aos associados e seus dependentes. A inauguração contou com as presenças do vice-prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do Secretário Municipal de Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel, e do Secretário do governo municipal, Júlio Meneghini, que foram recebidos pela diretoria, assessoria e funcionários do Sindicato. “Entregamos a melhoria na assistência à saúde. Trabalhamos para atacar as causas do adoecimento e este Centro vai ser referência para o Brasil”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato.

Para o secretário-geral Arakém, a inauguração “é um passo importante para a vida do trabalhador, dos funcionários, da diretoria e assessoria”. Para Elza Costa, diretora de finanças, o Centro de Saúde é digno da família metalúrgica. “Não medimos esforços para direcionar recursos para o bem-estar da família metalúrgica. A saúde é o mais importante”. Paulinho da Força parabenizou Miguel Torres e a diretoria pela coragem de inaugurar o Centro de Saúde num momento em que querem acabar com os direitos trabalhistas e os recursos dos sindicatos. Após o ato, os dirigentes descerraram a placa de reinauguração e os participantes entraram para conhecer as novas dependências do Centro de Saúde da Família Metalúrgica. Médicos, dentistas, funcionários e técnicos receberam os visitantes.


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ENTREVISTA

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ASSEMBLEIA

“Devemos valorizar a greve de 28 de Abril, a Marcha e investir em sindicalização”, diz João Guilherme

METALÚRGICOS APROVAM

MAIS PRESSÃO CONTRA AS REFORMAS E NOVOS PROTESTOS EM BRASÍLIA

Com atuação no movimento sindical deste 1980, o consultor João Guilherme Vargas Netto defende a relevância dos sindicatos no Brasil, reafirmada com o sucesso da greve geral e da Marcha em Brasília, e diz que é importante os trabalhadores ficarem sócios do Sindicato para se sentirem mais fortes, como membros de uma categoria organizada e na defesa de seus direitos e conquistas. o metalúrgico – O movimento sindical demonstrou na greve geral e na Marcha em Brasília que continua sendo um importante instrumento de luta para os trabalhadores? João Guilherme – Sem dúvida. As ações foram vitoriosas graças à unidade na ação sindical, e, sem desmerecer as negociações no Congresso Nacional, ampliaram o sentido da luta de pressão e de resistência contra as “deformas” que tiram direitos sociais, sindicais, previdenciários e trabalhistas.

patrões, emprego, melhorias nos locais do Trabalho (OIT), os trabalhadores sinde trabalho, PLR, aumentos de salário e dicalizados resistem melhor às crises. ampliação das conquistas. É preciso dialogar com o trabalhador e dizer: Sindicalize-se, faz bem pra você o metalúrgico – Ser sindicalizado e dá força à sua categoria. é importante? João Guilherme – Após o sucesso o metalúrgico – No contexto da luta da greve e da Marcha, que destacaram de pressão e resistência às “defora relevância do movimento sindical mas”, o que precisa ser melhorado no País, é fundamental os sindicatos na comunicação com a sociedade? investirem na sindicalização e na ressin- João Guilherme – As centrais sindidicalização de trabalhadores. Segundo cais devem e têm condições de coorestudo da Organização Internacional denar, de forma unitária e democrática,

o metalúrgico – Por que tratar as reformas em andamento como “deformas”? João Guilherme – Porque a palavra reforma sugere melhorias. Não é isto o que o governo e seus aliados no Congresso Nacional querem. o metalúrgico – O que o trabalhador espera do movimento sindical? João Guilherme – Espera que os sindicatos continuem lutando contra os ataques aos direitos da classe trabalhadora e, de forma permanente, mantenham-se fortes para garantir-lhes, na luta diária e nas negociações com os

uma ação maior da comunicação sindical. Não só no momento das ações, mas de forma permanente, por meio das publicações tradicionais (impressos, boletins, jornais, adesivos, cartazes) e dos meios eletrônicos (Internet e redes sociais). Poderíamos, por exemplo, perguntar para o trabalhador qual foi a ação dele na greve de 28 de abril (ficou em casa, foi pra porta da fábrica protestar, participou de alguma manifestação) e o que ele achou da Marcha em Brasília. o metalúrgico – Com a liderança de Miguel Torres e outros expressivos dirigentes, cerca de 800 mil metalúrgicos em todo o País participaram da greve de 28 de Abril e foram fundamentais para o sucesso da Marcha. João Guilherme – Os dirigentes e os trabalhadores do setor de transporte merecem ser parabenizados, pois foram cruciais para as paralisações nacionais. Mas os metalúrgicos também foram fundamentais na preparação e divulgação da greve, e depois da Marcha em Brasília, confirmando o dogma de estarem sempre na vanguarda das ações sindicais, na construção da história de um Brasil melhor.

SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO PAULO E MOGI DAS CRUZES VENHA PARA O SINDICATO! Fortaleça a luta pelos direitos e aproveite todos os benefícios! SEDE: PALÁCIO DO TRABALHADOR Rua Galvão Bueno 782, Liberdade Tel.: (11) 3388-1000

www.metalurgicos.org.br

SINDICALIZE-SE!

SUBSEDE EM MOGI Rua Afonso Pena, 137 Tel.: (11) 4469-8700

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erca de mil metalúrgicos, sócios ativistas e delegados sindicais, participaram de assembleia no Sindicato, no dia 2 de junho, e aprovaram a proposta de realizar nova greve geral ou outra Marcha em Brasília contra as reformas do governo em andamento no Congresso Nacional. A assembleia reuniu metalúrgicos que participaram da Marcha no dia 24 de maio, avaliou que a manifestação foi positiva e serviu para manter acesa a chama da mobilização em defesa dos direitos da classe trabalhadora. “As propostas do governo são um

atraso, por isto temos que estar em vigília constante. A Marcha em Brasília foi uma experiência de resistência, para garantir o futuro dos nossos filhos e das novas gerações, como fizeram há cem anos os companheiros da greve geral de 1917, contra a exploração e por melhores condições de trabalho”, afirmou Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTm e vice-presidente da Força Sindical. Para fortalecer a mobilização e ampliar o intercâmbio de informações com a categoria, o Sindicato fará assembleias mensais.

SINDICALIZAÇÃO Os trabalhadores também assumiram o compromisso de ajudar a aumentar o número de sindicalizados. “Isto faz o Sindicato ser respeitado e mais forte nas lutas”, disse Miguel Torres. O deputado federal Paulinho da Força, presidente da Força Sindical, disse que nunca viu uma armação tão grande da elite brasileira contra os trabalhadores. “Querem tirar o País da crise fazendo com que apenas os trabalhadores paguem a conta”, disse Paulinho, que defendeu nova paralisação geral ou nova ocupação de Brasília.

Além do secretário-geral Arakém, da diretora financeira Elza Costa, da diretoria e assessoria do Sindicato, a assembleia contou com as presenças de Juruna, secretário-geral da Força Sindical; de Narciso Fernandes Soares, diretor do Sindicato dos Metroviários/SP; e Carlos Lacerda, secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho. Seis trabalhadores falaram na tribuna, defenderam a continuidade da luta e da mobilização em defesa dos direitos e parabenizaram a liderança do presidente Miguel Torres e o incansável trabalho da diretoria e assessoria do Sindicato.

NENHUM DIREITO A MENOS!


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MARCHA EM BRASÍLIA

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MARCHA EM BRASÍLIA

MAIS DE 150 MIL PARTICIPAM DA

MARCHA EM BRASÍLIA

! S O N E M A O T I E NENHUM DIR

CONTRA AS REFORMAS

Sindicato cancelou acampamento para garantir a segurança dos trabalhadores FOTOS BOX MIDIA

Secretário-geral Arakém

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violência e a covardia não impediram o movimento sindical de celebrar o dia 24 de Maio de 2017 como um dos mais importantes do País, dando sequência à jornada vitoriosa de ações unificadas realizadas em 15 de Março e na greve geral de 28 de Abril. A Marcha em Brasília, no dia 24, reuniu delegações de todo o País, das mais variadas categorias representadas pelas centrais sindicais, somando mais de 150 mil manifestantes que exigiram o fim da tramitação das reformas da Previdência e trabalhista e a anulação da terceirização aprovada na Câmara e sancionada pelo Temer. Com as recentes denúncias de corrupção atingindo em cheio o governo foi forte o foco também no Fora Temer e Diretas, Já! MIGUEL TORRES, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, da CNTM e vice-presidente da Força Sindical, criticou a violência e a falta de preparo da polícia e reafirmou que

ATENÇÃO!

Paulinho da Força, deputado federal

a Marcha foi pacífica, organizada e um marco na luta contra as reformas e contra os que desviam dinheiro público, através da corrupção, para fins pessoais. “Para o Brasil sair da crise, ao contrário do que tentam passar para a sociedade brasileira, não há necessidade de prejudicar as aposentadorias, de precarizar as relações de trabalho nem de reprimir as manifestações. Precisamos de medidas de valorização do mundo do trabalho e da indústria nacional, com geração de emprego, garantia dos direitos e justiça social”, disse Miguel Torres. PAULINHO DA FORÇA, presidente da Central e deputado federal, disse que o governo montou um esquema para excluir os trabalhadores das negociações das reformas, “que acabam com os direitos e destroem a organização sindical. A reforma trabalhista traz desorganização e terceiriza todo mundo. Junto com isso tem a crise de corrupção generaliada”, afirmou.

Presidente Miguel Torres defendeu ‘ nenhum direito a menos’

A LUTA CONTINUA - Continuaremos pressionando os parlamentares para tentar convencê-los de que a retomada do desenvolvimento econômico do País não se dará com a destruição das aposentadorias e das conquistas históricas da classe trabalhadora.

“Precisamos marcar uma nova greve geral e fomentar uma participação cada vez maior da sociedade nas lutas dos trabalhadores. É o futuro do País que está em situação de risco social, de estagnação produtiva e de retrocesso político. A luta não pode parar”, afirmou Miguel Torres.

O presidente Miguel Torres divulgou nota avisando que o Acampamento Metalúrgico da Resistência, que seria montado após a Marcha em Brasília em frente ao Congresso Nacional, foi cancelado em razão dos acontecimentos violentos ocorridos. Para preservar a integridade dos manifestantes (dirigentes e trabalhadores), a orientação foi para que todas as delegações sindicais retornassem para suas cidades.

REPRESSÃO


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Marcha em Brasília s

Presidente Miguel Torre

S O T I E R I D S O PEL E S A T S I H L A B TRA S A M R O F E R S A A R T N O C ! O N R E V O G DO


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LUTA PELOS DIREITOS

GREVE 28 DE ABRIL

METALÚRGICOS PARTICIPAM DA GREVE GERAL CONTRA AS REFORMAS C

erca de 90% da nossa categoria não trabalharam no dia 28 de abril, dia da greve geral pelos direitos. O Sindicato havia orientado os trabalhadores para ficarem em casa ou irem pra rua participar das manifestações. Muitos se juntaram aos protestos em todas as regiões da capital, em Mogi das Cruzes e Poá. Centenas de fábricas ficaram fechadas. A diretoria e a assessoria do Sindicato foram para as ruas de madrugada e fizeram protestos em portas de fábricas, ruas, avenidas e rodovias contra as reformas trabalhista e previdenciária e a terceirização sem limites. “Os metalúrgicos pararam. Foi um dia histórico, um dia em que a unidade dos trabalhadores fez a diferença. Todas as categorias pararam em todos os Estados contra as medidas injustas que o governo quer impor à sociedade. Agora a batalha é em Brasília, com pressão e unidade dos trabalhadores”. A afirmação foi feita pelo presidente do Sindicato, Miguel Torres, que às 2h30 da manhã do dia 28 estava em frente à garagem de ônibus Águia de Haia, na zona leste, junto com Paulinho da Força, presidente da Central e deputado federal; Elza Costa, diretora financeira do Sindicato, e outros dirigentes do Sindicato e de outras categorias.

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1 E T S E L A ZON (Av. Pres. Wilson e Av. do Estado) Greve comandada pelos diretores Adriano Lateri, Bombeirinho, Maurício Forte, Mixirica, Nelson, Ninja, Rubens, Zé Luiz, coordenador Noel e respectivas equipes

ZONA LESTE 2

(Av. Jacu Pêssego) Greve comandada pelos diretores Donizeti, Emerson, Josias, Rodrigo, Uélio, Yara e respectivas equipes MIGUEL TORRES Presidente participou de protestos nas zonas leste e sul

Dirigentes metalúrgicos e da Força Sindical na garagem de ônibus Águia de Haia, zona leste da capital

PROTESTO NO INSS CONTRA A “DEFORMA” DA PREVIDÊNCIA pós os protestos realizados pela manhã, as Centrais Sindicais fizeram, à tarde, um protesto em frente à Superintendência do INSS, no Viaduto Santa Ifigênia, contra a reforma da Previdência e em defesa das aposentadoria. O ato reuniu dirigentes da Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CSB, Conlutas, CTB, CGTB e sindicatos, com o presidente Miguel Torres, diretores e assessores engrossando a manifestação. Para o movimento sindical, a greve foi vitoriosa, com participação estimada em 40 milhões de trabalhadores em todo o País (800 mil da base metalúrgica da CNTM). “O movimento sindical mostrou a sua relevância para toda a sociedade, que tem cada vez mais, a partir do dia 28 de Abril, se mostrado contrária às propostas do governo e seus aliados”, afirmou Miguel Torres.

s a m r o f e r s a a r t con

ZONA SUL Greve comandada pelos diretores Carlão, Cristina, Jamanta, José Silva, Lourival, Mala, Nivaldo, Teco, Tito, coordenador Mazuti e respectivas equipes


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LUTA PELOS DIREITOS

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15 DE MARÇO

GREVE GERAL s a m r o f e r s a a r t n co 28 DE ABRIL E T R O N A N O Z

Dia Nacional de Luta contra as Reformas M

ilhares de trabalhadores, de várias categorias ligadas à Força Sindical e outras Centrais, foram às ruas em todo o Brasil no dia 15 de Março, Dia Nacional de Luta e Mobilizações pelos Direitos, contra a terceirização e as “reformas” da Previdência e trabalhista. Os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes comandaram protestos nas ruas e em portas de fábrica em todas as regiões da capital e em Mogi das Cruzes e região. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, que nesta data estava no Congresso da Força Sindical Ceará, participou dos protestos em Fortaleza e disse que “a mobilização nacional foi grande e um excelente aquecimento para a greve geral do dia 28 de Abril, porque os trabalhadores estão entendendo como as reformas são prejudiciais”.

Greve comandada pelos diretores Adnaldo, Alsira, Curió, Maloca e respectivas equipes

Passeata na Zona Sul

Maurício Forte na Miguel Torres e diretor eza manifestação em Fortal

Mobilização na Zona No

Ato na Zona Oeste

ZONA OESTE

Xepa, Paulinho da Força,

Greve comandada pelos diretores Alemão, Arakém (secretário-geral), Ceará, Chico Pança, Erlon, Germano, Porfírio, Sales e respectivas equipes

Arakém e Tadeu Morai

rte

s na Zona Oeste Mobilização na Zona Les

te

Ato na região de Mogi

das Cruzes

31 DE MARÇO

METALÚRGICOS EM ASSEMBLEIA APROVARAM GREVE GERAL C MOGI DAS OA I P S E Z U R C

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Greve comandada pelos diretores Sílvio, Paulão, diretora Ester e respectivas equipes

erca de sete mil trabalhadores metalúrgicos participaram da assembleia geral na sexta-feira, 31 de março, na rua Galvão Bueno, em frente à sede do Sindicato, aprovando a participação da

categoria na greve geral de 28 de abril contra as reformas. Depois os trabalhadores, diretores e assessores do Sindicato saíram em passeata até a Praça João Mendes (centro).


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700 MIL PESSOAS

DIA DO TRABALHADOR

participam e aprovam novas ações contra as “reformas”

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DEPARTAMENTOS MULHER

Encontro Março Mulher repudia injustiças, violência e reformas

Diretora Leninha

O Presidente Miguel Torres criticou o governo e as reformas

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Dia do Trabalhador deste ano foi marcado em todo o Brasil por protestos contra a terceirização sem limites e as “reformas” trabalhista e da Previdência. Em São Paulo, na Praça Campo de Bagatelle, o 1º de Maio da Força Sindical reuniu em torno de 700 mil pessoas numa confraternização popular, com shows, sorteios de prêmios e ato político com mensagens de luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora que estão sob a ameaça das propostas injustas do governo e seus aliados no Congresso Nacional. “Os diretores e assessores do Sindicato participaram intensamente da organização do 1º de Maio que, assim como a greve de 28 de abril, foi um sucesso e reafirmou a disposição da Força, seus filiados e dos trabalhadores de continuarem unidos na resistência contra as reformas”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical. No sorteio dos 19 carros HB20 zero km da Hyundai, três trabalhadores da categoria ganharam os carros, um da Metalúrgica Antônio Afonso e os demais da Samot e da Maurízio.

Paulinho da Força Sindical propôs nova greve pelos direitos Elza Costa, diretora financeira do Sindicato

Juruna, secretáriogeral da Força Sindical

Departamento da Mulher realizou, no dia 11 de março, no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, na Praia Grande, um evento comemorativo ao Dia Internacional da Mulher (8 de Março). Com participação de 200 trabalhadoras e suas famílias, o Encontro da Mulher Metalúrgica destacou a luta das mulheres por igualdade de oportunidades e renda, e contra todos os tipos de violência e repudiou as reformas do governo que tiram direitos e as garantias dos trabalhadores. “Estão querendo cortar nossas pernas e, portanto, temos de lutar muito e mostrar à sociedade que há saídas para evitar que a Previdência Pública acabe”, disse a diretora Leninha, coordenadora do Departamento. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, a diretora financeira Elza Costa e o secretário-geral Arakém defenderam a união entre homens e mulheres nas lutas contra as “reformas” e as agres-

sões cotidianas às mulheres em todos os setores da sociedade. Palestra - A advogada Tônia Galleti, do Sindicato Nacional dos Aposentados, explicou como a reforma da Previdência vai prejudicar as mulheres, colaborando para reflexão e futuras ações em defesa dos direitos previdenciários, e o grupo As Trapeiras fez uma performance teatral crítica à violência contra as mulheres. As diretoras Yara, Alsira, Cristina, Ester e Sonete, assessoras, diretores e assessores ajudaram na organização do encontro, que contou com a participação de Maria Auxiliadora, secretária da mulher da Força Sindical, e Serginho, presidente da Federação dos Químicos.

Força Sindical fez, no dia 26 de maio, a entrega simbólica dos 19 carros HB20 zero Km da Hyundai sorteados na festa do 1º de Maio da Força Sindical. Entre os ganhadores estão três metalúrgicos de emrpesas da base do Sindicato - Samot, Maurízio e Antonio Afonso - e uma trabalhadora

Grupo teatral As Trapeiras

Aposentados participam de encontro no Sindicato

Arakém, secretário-geral

Metalúrgicos premiados A

Plenário reuniu mulheres e suas famílias

casada com um trabalhador da Sercon, de Mogi das Cruzes. O presidente do Sindicato e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, foi um dos coordenadores da entrega das chaves dos carros aos ganhadores. O secretário-geral Arakém e diretores e assessores do Sindicato prestigiaram o evento. pos

Diretor José Francisco Cam

C Com os ganhadores- Diretores Medeiros, Arakém e Miguel Torres, Admilton (da Maurízio), diretor Adnaldo, Josemar (da Antonio Afonso), diretor Mala e Agnaldo (da Samot)

Ganhadora Tatiane, casada com o metalúrgico Rodolfo, da Sercon, de Mogi – setor do diretor Paulão

Miguel Torres parabeniza todos os trabalhadores premiados e ressalta a importância do 1º de Maio da Força Sindical no contexto atual de lutas

oordenado pelo diretor Campos, o Encontro do Departamento de Memória Sindical realizado dia 6 de abril, no Sindicato, destacou a luta do movimento sindical contra a terceirização e as reformas trabalhista e da Previdência. Roberto Anacleto, do Dieese, explicou que a Previdência não é deficitária, como tem sido divulgado, e que a “reforma” defendida pelo governo é injusta, pois, se for aprovada, trará vulnerabilidade e risco social aos trabalhadores. O presidente Miguel Torres, em atividade sindical

na região Norte, enviou uma saudação os participantes: “Os companheiros com longa experiência de lutas são exemplos para as atuais e futuras lideranças e demonstram incrível disposição para debater e participar das

ações sindicais”. O evento foi encerrado com palestra do advogado Rodrigo Santos Cruz, especialista em questões previdenciárias.


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SAÚDE DO TRABALHADOR

Seminário em Memória das Vítimas de Acidentes defende prevenção O

Sindicato sediou um Seminário Nacional alusivo ao 28 de Abril - Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, organizado pela Força Sindical e entidades filiadas. O evento defendeu a prevenção e a segurança nos locais de trabalho como ação primordial para que os trabalhadores possam produzir as riquezas do País sem perder a vida, sem se mutilar ou adoecer. A diretora financeira do Sindicato, Elza Costa, representou o presidente Miguel Torres no evento, falou da importância da data e criticou o descaso dos

patrões com a integridade dos trabalhadores. “Imagina como será daqui pra frente com esta reforma trabalhista aprovada na Câmara dos Deputados. Precisamos lutar mais a cada dia, estarmos unidos e defendermos uns aos outros”, afirmou Elza. O evento reuniu representantes da Fundacentro, o diretor Luisinho (coordenador do Departamento de Saúde do Trabalhador do Sindicato), João Scabolli (Federação dos Químicos), sindicalistas das áreas da saúde, alimentação e técnicos em segurança do trabalho.

Ato no auditório do Sindicato. Diretor Luisinho (acima) defendeu a NR 12 e a unidade pela saúde

ESPORTE

9ª Copa de Futebol reúne 31 times C omeçou no dia 13 de maio, no Estádio do Juventus, Mooca, a 9ª Copa de Futebol de Campo dos Metalúrgicos, com três partidas oficiais: Salutem 1 X 0 Faiveley, Aratell 2 X 1 Contuflex, Valeo 3 X 0 Prada, e dois amistosos: Paulinho da Força 3 X O Driveway e Metalúrgicas do Sindicato 1 x 3 Blue Fox de São Caetano do Sul. Miguel Torres, presidente do Sindicato, estava ausente porque estava em Porto Alegre participando do 8º Congresso Estadual da Força Sindical-RS, mas mandou uma mensagem aos jogadores e participantes: “Este será, com certeza, mais um grande campeonato, com jogos disputados em clima de amizade e união. Estamos promovendo a prática esportiva, a saúde da família metalúrgica e o fortalecimento das lutas cotidianas em defesa da categoria”. O diretor Valdir Pereira, coordenador do Departamento de Esportes, o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho, e a diretora financeira Elza Costa deram as

Diretor Valdir Pereira

Lance do jogo Salutem X Faiveley

boas-vindas e desejaram um bom campeonato aos 31 times participantes. A Copa prossegue com jogos aos sábados em campos nas regiões Norte/Oeste, Sul e Leste. Prestigie! da

Lance do jogo Valeo X Pra

Lance do jogo Aratell X

COPA

Contuflex

2017

SÃO PAULO E MOGI DAS CRUZES

Metalúrgicos e familiares prestigiaram os jogos de abertura da 9ª Copa

CONFIRA A TABELA DA PRIMEIRA FASE NO SITE WWW.METALURGICOS.ORG.BR

lino

Lance do amistoso mascu

o

Lance do amistoso feminin


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