O metal 507

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ANO 61 – JUNHO DE 2004 – Nº 507

SENADO APROVA SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 275 E DERROTA GOVERNO SERGIO LIMA/FOLHA IMAGEM

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s senadores fizeram justiça aos aposentados e pensionistas e a milhões de trabalhadores que vivem com um salário mínimo, e aprovaram na sexta-feira, dia 18/6, o salário mínimo de R$ 275. Foi uma derrota para o governo e para o presidente Lula, que haviam fixado o mínimo em R$ 260. De nada adiantou o governo prometer liberar verba para as emendas dos parlamentares. Foram 44 votos a favor e 31 contra. Três senadores do PT e cinco do PMDB, maior partido aliado, foram contra o governo. Os trabalhadores comemoram, pois também tiveram participação ativa nessa luta. Junto com o Sindicato, eles se mobilizaram, fizeram manifestações, protestos, assembléias nas fábricas para discutir a questão e criticar a postura do governo de limitar o valor do mínimo e deixar de cumprir a promessa de dobrar o salário em quatro anos. O projeto do mínimo volta agora para nova votação na Câmara dos Deputados, depois segue para a sanção (assinatura) do presidente Lula. O Sindicato e a Força Sindical vão fazer ofensiva junto ao Congresso para que os deputados mantenham o mínimo de R$ 275, e divulgar os nomes dos parlamentares que votarem a favor do governo e contra os trabalhadores. Leia mais na Pág. 3

Senadores da oposição comemoram a aprovação do mínimo de R$ 275,00

CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO

Fique sócio do Sindicato e garanta seus direitos As reformas Sindical e Trabalhista vêm aí, mas estamos preparados para elas. Queremos sindicatos mais fortes, com trabalhadores mobilizados e delegado sindical com estabilidade no emprego. A reforma sindical que queremos tem que ser assim. E qual é a reforma Trabalhista que queremos? É a que garante a manutenção dos direitos dos trabalhadores, como férias mais um terço, 13º salário, 40% da multa do FGTS, entre outros. Como garantir isto? Fortalecendo o Sindicato, sindicalizando-se, porque o desejo de uma parte dos empresários e do governo é mexer nos nossos direitos. Precisamos estar preparados, mobilizados e conscientes para derrotarmos esses adversários. Por isto, sindicalize-se! Participe da vida sindical! O Sindicato vai premiar os companheiros que trabalharem na Campanha de Sindicalização e os trabalhadores que se juntarem à família metalúrgica. Veja ao lado como será feita a premiação.

DELEGADOS SINDICAIS E ATIVISTAS: • A cada 10 sócios que o delegado ou ativista fizer, ele ganhará um liquidificador ou prêmio equivalente, mais um cupom para concorrer ao sorteio de um carro zero • A cada 50 sócios que o delegado ou ativista fizer, ele ganhará um DVD, e cinco cupons. • A cada 5 mil novos sócios conquistados haverá o sorteio de dois carros: um para os que ajudaram a aumentar o números de associados, e outro para todos os sócios, novos e antigos

Trabalhadores vão pagar menos Imposto de Renda

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ressionado pelos trabalhadores, que fizeram protestos, carreatas, ações judiciais, o governo recuou e fechou acordo com as centrais sindicais para reduzir o desconto do Imposto de Renda dos trabalhadores. Paulinho da Força negociou a questão com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, antes de se licenciar da presdidência da Força Sindical. A medida que reduz o imposto cria um abono de R$ 100 que será adicionado à base de cálculo da tabela do Leão. O abono vai vigorar de agosto a dezembro, inclusive para o 13º. O governo diz que vai perder R$ 500 milhões com o desconto, mas ele esconde que a Receita Federal vem batendo recordes de arrecadação a cada mês. Só entre março e abril deste ano, a Receita faturou R$ 1,25 bilhão em impostos, inclusive com a falta de correção da tabela. Leia mais na Pág. 3


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JUNHO DE 2004

EDITORIAL

DOMANDO O LEÃO

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epois de muita pressão, o governo recuou e decidiu aliviar a mordida do Imposto de Renda, reduzindo em R$ 100 a base de cálculo do IR. Esse valor de R$ 100, chamado de redutor ou abono, será acrescido aos salários antes do desconto do Leão. A medida adotada para reduzir o imposto cobrado dos trabalhadores não é o que pretendíamos, mas é conseqüência das várias manifestações e ações dos metalúrgicos, junto com a Federação dos Metalúrgicos do Estado, ligada à Força Sindical. Neste sentido, a medida representa um avanço. O governo não corrigiu a tabela em 55%, como deveria. Mas assumiu o compromisso de apresentar uma nova tabela do Leão para 2005, com redução da alíquota de 15% para a primeira faixa de descontos. Defendemos que essa alíquota caia para algo em torno de 7%. Não concordamos com a criação de novas alíquotas, como quer o governo. Temos

que reduzir a carga tributária para viabilizar os investimentos e a geração de empregos, e não aumentá-la. Mas se o projeto do governo criar uma nova alíquota de contribuição, que seja para taxar as grandes fortunas, como por exemplo a dos banqueiros, que estão cada vez mais ricos e não dão emprego. Ao contrário, os bancos investem em tecnologia, criam taxas para cada serviço, cobram juros extorsivos, cortam mão-de-obra e pagam salários baixíssimos. É a lei do mais forte esmagando os mais fracos. Mas vamos continuar pressionando para mudar este quadro, e para que cada vez mais pessoas tenham acesso a uma fatia do bolo da distribuição de renda.

Eleno José Bezerra PRESIDENTE DO SINDICATO

A Diretoria nas Fábricas Neste espaço você tem parte do dia-a-dia dos nossos diretores, pode acompanhar o que está acontecendo nas fábricas e ficar melhor informado sobre a atuação do Sindicato na busca de melhorias no ambiente de trabalho e outros direitos FANAUPE PAGA INDENIZAÇÃO A empresa fechou em setembro de 2003 sem pagar os direitos trabalhistas. O Sindicato entrou com ação na Justiça em nome de 72 trabalhadores e garantiu que determinados bens da empresa fossem vendidos para pagamento de parte da indenização do pessoal. Segundo o DIRETOR VALDIR, o processo não está concluído porque a Justiça ainda vai decidir sobre a venda de outros bens da Fanaupe para quitação do restante das dívidas trabalhistas.

ACERTO NA ELGIN ARTIGO

LICENÇA AOS TRABALHADORES

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stou me licenciando da presidência da Força Sindical para concorrer à Prefeitura de São Paulo nestas eleições. Sou presidente estadual do PDT, e é por este Partido que vou concorrer à Prefeitura. Por lei, não posso ser candidato e presidente da Central ao mesmo tempo. Mas a Força estará em boas mãos: João Carlos Gonçalves, o Juruna, assumiu a presidência e vai comandar a Central com a mesma competência com que sempre liderou tantas lutas que fizeram da Força Sindical a maior Central do País. No dia 27 de junho será realizada, no Palácio do Trabalhador, a Convenção do PDT, que vai oficializar meu nome e o dos companheiros que serão candidatos a vereador, entre eles o de Cláudio Prado, diretor licenciado do Sindicato. Cláudio Prado e eu temos propostas concretas para São Paulo, que priorizam

o emprego e a qualidade de vida da população: implantar 12 projetos de emprego, com inclusão social, através da criação de 31 Centros de Emprego e Solidariedade ao Trabalhador em todas as regiões da cidade. Vamos levar a experiência do Centro de Solidariedade para mais perto do trabalhador. Vamos, entre outros serviços, atender o cidadão onde ele mora, oferecer cursos de qualificação profissional e encaminhálo para um emprego. Conto com vocês em mais esta jornada rumo à vitória e às mudanças que pretendemos.

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Diretores (Sede SP): Antonio Raimundo P. de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Eleno José Bezerra, Elza de Fátima Costa Pereira, Francisco Carlos Tonon (Tarugo), Geraldino dos Santos Silva, Jefferson Coriteac, João Carlos Gonçalves (Juruna), José Eduardo Freitas de Almeida, José Lúcio Alves (Mineiro), José Francisco Campos, Luiz Antônio de Medeiros (Medeiros), Luiz Carlos de Oliveira, Maurício Teixeira de Souza, Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Ramiro de Jesus Pinto, Sales José da Silva, Silvio Bernardo, Valdir Pereira da Silva.

JUNHO DE 2004 Ano 61 – Edição nº 507 o metalúrgico é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região. Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo - SP Fone (011) 3388-1000 - Telex 1127130 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP Home Page: www.sindmetsp.org.br E-mail: info@sindmetsp.org.br

Paulo Pereira da Silva, Paulinho PRESIDENTE LICENCIADO DA FORÇA SINDICAL

Subsede Itaquera: João Aparecido Dias (João DD), Cícero Santos Mendonça. Fones (11) 6524-5937/6524-7761.

Não adiantou polícia na porta. A ação firme do Sindicato e dos trabalhadores da Elgin, em Mogi, levou a empresa a negociar uma pauta de reivindicações que incluía convênio médico gratuito – hoje os trabalhadores pagam 5% –, mudança no refeitório, classificação em carteira com a respectiva equiparação salarial – quando for o caso –, fornecimento de IPI para todos. A negociação, segundo o DIRETOR ARAKÉM, resultou no atendimento das reivindicações. O convênio gratuito valerá a partir de setembro.

CIPEIRO SAI COM TUDO A ação do Sindicato impediu que o companheiro Amadeu Fernandes Pereira fosse demitido da Voith Siemens sem receber a indenização devida. Amadeu gozava de estabilidade por ter sido cipeiro, mas foi demitido. O Sindicato reagiu. Com o empenho do PRESIDENTE ELENO e do DIRETOR TECO, conseguiu a abertura de negociação com a empresa, sob pena de os trabalhadores entrarem em greve caso não houvesse acordo. Resultado: Amadeu saiu da empresa, mas vai receber todos os direitos trabalhistas, além de uma indenização equivalente a 24 salários nominais e seis meses de convênio médico. Prevaleceu a vontade do trabalhador. Subsede Lapa: Eufrozino Pereira da Silva, José Maurício da Silva (Ceará), Ricardo Rodrigues (Teco), Tadeu Moraes de Sousa. Fones (11) 3862-2426/3872-6318. Subsede Santo Amaro: Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cláudio do Prado Nogueira, Francisco Roberto da Silva (Sargento), Ivando Alves Cordeiro (Geléia), Juarez Martelozo Ramos, Sebastião Garcia Ferreira (Garcia). Fones (11) 5641-9931/5641-7498/5642-1356.

Diretor Responsável Eleno José Bezerra Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Edson Baptista - MTb 17.898 Fotografia Jaélcio Santana, Werther Santana, Yugo Koyama Diagramação e Arte Rodney Simões Vanderlei Tavares

Subsede Tucuruvi: Adnaldo Ferreira de Oliveira, Eraldo Alcântara (Maloca). Fones (11) 201-8476/201-3272.

Impressão Gráfica e Editora Ponto a Ponto

Sede de Mogi das Cruzes: Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza.

Tiragem 300 mil exemplares


o metalúrgico - 3

JUNHO DE 2004

CPI DA PIRATARIA CORAGEM DE NÃO SE CORROMPER NUNCA

Deputado Federal Luiz Antonio de Medeiros

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categoria metalúrgica se orgulha de ter um representante na Câmara dos Deputados que honra o voto que recebeu dos trabalhadores: o deputado federal Luiz Antonio de Medeiros. Ele presidiu a CPI da Pirataria, investigou e denunciou a ação de muita gente poderosa que vive de explorar os mais fracos e corromper pessoas para manter negócios sujos. Medeiros teve a coragem de não se corromper e colocar atrás das grades gente como Law Kin Chong, contrabandista que corrompia policiais, procuradores, juízes, agentes da Receita Federal, órgãos municipais, estaduais e federais. Ele, inclusive, financiava campanhas eleitorais. Era uma forma de lavar dinheiro e aumentar a sua proteção. “O passaporte dele era comprar as pessoas”, afirma Medeiros. Chong é acusado de importação fraudulenta de mercadorias, pirataria, corrupção ativa. Ele está acostumado a corromper e topou com uma pessoa que preferiu manter seu nome limpo, honrar os votos dos trabalhadores, e que não tem o dinheiro como um dos seus valores morais. “Chong fabrica produtos piratas na China, destrói indústrias, empregos, sonega impostos, FGTS, INSS”, diz Medeiros. Para Medeiros, a conclusão do relatório da CPI foi um marco nacional, pois prendeu um bandido que ninguém prendia, além de outros que se julgavam imunes. “A CPI não acabou em pizza. Indiciou mais de 100 pessoas, entre policiais, contrabandistas, juízes, falsificadores de remédios, de autopeças. Não pegamos peixinhos, pegamos tubarões, gente do colarinho branco, poderosa”, diz Medeiros. Cabe agora ao Ministério Público e à Polícia Federal dar continuidade às investigações da CPI. E à Justiça punir os culpados.

SALÁRIO MÍNIMO

Saúde e Segurança

VITÓRIA DOS TRABALHADORES governo sofreu uma derrota estrondosa na votação do salário mínimo no Senado. Por 41 votos a favor, e 31 contra, os senadores aprovaram o aumento do salário mínimo para R$ 275, derrubando os R$ 260 do governo. O governo tentou de todas as formas garantir o mínimo de R$ 260, prometendo liberar verbas do orçamento para as emendas dos parlamentares. Os comandantes do partido correram de um lado para outro para tentar reunir os votos suficientes para aprovar o mínimo. Mas não conseguiram. Até mesmo senadores do próprio PT votaram contra o mínimo da vergonha. Na verdade, isto já era esperado. Se desde o início do mandato o governo tivesse sido coerente com suas idéias, não estaria sofrendo tantas derrotas. Uma das promessas que Lula não deve cumprir é a de dobrar o mínimo até o final do seu mandato. Em 1999, na oposição, o então deputado Antonio Palocci tentou subir a rampa do Planalto levando dois carrinhos de supermercado com produtos com-

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prados com o mínimo real e o ideal, um bem mais cheio do que o outro; hoje o ministro defende o mínimo de R$ 260. Mas vamos continuar mobilizados, pois a luta ainda não acabou. O projeto vai voltar para a Câmara dos Deputados, que vai decidir pelo mínimo de R$ 260 ou R$ 275. Depois, o projeto vai para a sanção do presidente Lula. “Se prevalecer o mínimo maior, esperamos que o presidente tenha o bom senso de aprová-lo e fazer justiça social”, afirma Eleno Bezerra, presidente do Sindicato. Os petistas Aloísio Mercadante, Antonio Palocci, José Dirceu e Ricardo Berzoini, deputados da oposição em 2000, ironizam o aumento de R$ 15 dado por FHC naquele ano

Elza Costa Pereira Vice-presidente do Sindicato e Diretora do DSST

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IMPOSTO DE RENDA

Trabalhadores vão pagar menos para o Leão

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epois de muita pressão dos trabalhadores, o governo cedeu e fechou acordo com as centrais sindicais sobre a tabela do Leão, que está congelada desde 1997. O acordo prevê a criação de um redutor – ou abono – de R$ 100, que incidirá sobre a base de cálculo do IR. Com isso, a faixa salarial isenta de imposto, que é de até R$ 1.058, subirá para R$ 1.158. Quem ganha acima disto também será beneficiado. O ganho com a mudança será de até R$ 27,50, dependendo da renda líquida

a ser tributada. Os trabalhadores que ganham salário mais próximo da faixa de isenção serão os mais beneficiados (veja abaixo como a medida vai funcionar). A tabela está defasada em 55%. O governo vai enviar ao Congresso um projeto de lei propondo mudanças no IR para 2005. O governo quer criar uma alíquota de descontos menor que a atual, de 15%, mas quer também criar outras. Somos contra a criação de novas alíquotas, e vamos continuar pressionando para diminuir a carga tributária sobre os salários.

O QUE MUDA NO IMPOSTO

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Primeiro a empresa vai descontar a contribuição previdenciária do salário do trabalhador. Sobre o saldo, vai aplicar o redutor de R$ 100

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Quem ganha R$ 1.500, hoje, mesmo com o desconto da contribuição e a dedução por dependentes, paga R$ 9,75 para o Leão. Com o abono, o salário cairá para a faixa de isenção e não pagará imposto

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Quem ganha R$ 2.000 líquidos por mês (já descontados o INSS e a dedução por dependente) contribui hoje com 15%. Ou seja, paga R$ 141,30 para o Leão. Com o redutor, o imposto passará a incidir sobre R$ 1.900 e o recolhimento mensal será de R$ 126,30. Ou seja, R$ 15 menos que o anterior

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SINDICATO OFERECE SERVIÇOS E CURSOS

O redutor de R$ 100 será o mesmo para todos os contribuintes, não importando que alíquota de imposto eles pagam hoje (15% ou 27,5%) O redutor será aplicado sobre os salários de agosto a dezembro de 2004, inclusive sobre o 13º salário

m breve, o Sindicato, por meio do Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador (DSST), estará oferecendo às empresas metalúrgicas serviços para prevenção de acidentes e doenças profissionais. O objetivo é dar apoio profissional para ações de segurança e saúde do trabalhador, sobretudo às pequenas e médias empresas, que na maioria das vezes não têm a estrutura necessária para a adequação de certas máquinas ou do próprio ambiente de trabalho. Ou, ainda, do cumprimento de programas preventivos. Entre os serviços oferecidos estão os Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA; de Riscos em Prensas e Similares – PPRPS (implantação e acompanhamento); de Riscos Ambientais em Galvânicas – PPRAG; laudos técnicos diversos; Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e implantação de Cipa, entre vários outros. Paralelamente, o DSST vai oferecer cursos voltados para trabalhadores em processos de estamparias e galvânicas, além de treinamento para cipeiros. Os cursos serão ministrados na sede central, na rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, nas subsedes de Itaquera, Mogi, Lapa, Santo Amaro e Tucuruvi, além de nas empresas. “O Sindicato também poderá desenvolver cursos fechados nas empresas e formar turmas especiais com a fusão de duas ou mais empresas, visando redução de custos”, esclarece Elza Costa Pereira, diretora responsável pelo DSST e vicepresidente do Sindicato. Os interessados podem acessar nosso site, dsst@metalurgicos.org.br, e entrar em contato pelo telefone 3388-1085/1098.


4 - o metalúrgico

JUNHO DE 2004

AÇÃO DA DIRETORIA

CONQUISTA NAS FÁBRICAS Desde o início do ano, o Sindicato vem intensificando a campanha pela PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), como forma de melhorar a renda dos trabalhadores, que vem perdendo poder de compra com a mordida do Imposto de Renda, o aumento das tarifas públicas e dos preços. O objetivo é fazer com que as empresas que não pagam o benefício passem a pagar, e, nas que já pagam, que o valor seja melhorado. O valor do benefício varia conforme o porte da empresa, a capacidade de produção e o atingimento de metas traçadas. Confira abaixo alguns exemplos de acordos que a diretoria e assessoria vêm realizando nas fábricas, juntamente com os trabalhadores. De janeiro a maio deste ano o Sindicato fechou mais de 380 acordos de PLR, que beneficiam mais de 34.600 trabalhadores da base. MAHLE METAL LEVE - Diretor Geléia, com o presidente Eleno e Cláudio Prado BENEFÍCIO DE R$ 1.700 A negociação com a fábrica resultou em um acordo de PLR que garante R$ 1.700 aos trabalhadores da Metal Leve, que fica na Zona Sul. A primeira parcela do benefício, de R$ 1.100, será paga no dia 5 de julho deste ano, e o restante em 3 de janeiro/05.

MULTEK BRASIL - Diretor Garcia ASSEMBLÉIA APROVA VALOR O valor da PLR, negociado e aprovado em assembléia, corresponde a uma folha e meia de pagamento, dividida em parcelas iguais entre os 430 funcionários da empresa, conforme o cumprimento das metas estabelecidas. O benefício será pago em parcela única até 2 de maio de 2005.

PRISMA LTDA- Diretor Jefferson SALÁRIO A MAIS Os cerca de 80 trabalhadores da fábrica de máquinas de moer papel, na zona sul, têm garantidos R$ 480 de PLR referentes ao primeiro semestre de 2004. A primeira parcela será paga no dia 9 de julho/04, e a segunda em janeiro/05. O valor referente ao segundo semestre deste ano será definido em nova negociação.

MEVI ENGRENAGENS Diretor Mineiro AUMENTO NA RENDA Os cerca de 60 funcionários da fábrica, localizada na Zona Leste, vão receber uma PLR maior este ano, no valor de R$ 300. O benefício será pago em duas parcelas, nos meses de julho e dezembro deste ano. Em 2003, o valor da PLR foi de R$ 250.

LOPSA IND. DE TORNEADOS Diretor Luizinho R$ 600 DE BENEFÍCIO Na fábrica de peças de motos, na Zona Leste, os 300 trabalhadores beneficiados aprovaram o pagamento de R$ 600 da PLR, em duas vezes. A primeira parcela do benefício foi paga em maio, a segunda será paga em fevereiro/05.

CLÁUDIO PRADO SE LICENCIA DO CARGO DE DIRETOR

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láudio Prado licenciou-se do cargo de diretor do Sindicato para concorrera uma vaga de vereador pelo PDT nas próximas eleições municipais. A Convenção do Partido, que vai oficializar os nomes dos Cláudio Prado, candidatos às eleições em outubro, será Coordenador dos Núcleos Sindicais no dia 27 deste mês. “Convido todos os delegados filiados ao Partido para partici- de novas e efetivas políticas públicas, o parem da Convenção”, afirma Cláudio. apoio aos candidatos que defendem os interesses dos metalúrgicos e o fortaleciNÚCLEOS SINDICAIS mento do PDT nas empresas por meio de Será realizado no dia 30 de junho, no novas filiações. “A importância desse seauditório do Palácio do Trabalhador, rua minário está em fazermos com que todos Galvão Bueno, 782, Liberdade, o I Semi- os Núcleos estejam homogêneos e afinanário dos Núcleos Sindicais do PDT. O dos no sentido de um fortalecimento das encontro vai reunir cerca de 500 traba- candidaturas dos nossos candidatos a velhadores membros dos Núcleos, coorde- reador e a prefeito”, afirma Cláudio. O senados por Cláudio Prado. minário é importante para o processo de O evento vai discutir sobre a criação organização política dos trabalhadores.

THYSSENKRUPP - Diretor Mala VALOR PODE SER MAIOR Se atingirem 100% das metas estabelecidas, os 280 trabalhadores da fábrica de molas na Vila Liviero vão receber R$ 1.250 de PLR. Se ultrapassarem as metas em 20%, o valor subirá para R$ 1.500. O pagamento será efetuado em duas parcelas, sendo 50% em 30 de julho/04 e o restante em 31 de janeiro/ 01.␣ Em 2003, a PLR foi de R$ 1.100.

CURSO DE DELEGADOS SINDICAIS

INTERESSE E PARTICIPAÇÃO

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ealizamos, no final Os cursos de nível 1 disde semana passado, cutem sobre sociedade no Clube de Campo em e trabalho, a importânMogi, mais um Curso de cia da organização nas Formação de Delegados fábricas e problemas Sindicais, nível 2, com a nacionais como desemparticipação de 50 trabaprego e pobreza. lhadores e trabalhadoras “Buscamos dar base da categoria. O próximo para os trabalhadores será em julho, para deleconhecerem melhor os gados que irão fazer o problemas do País, que curso pela primeira vez. são muitos. Dessa forOs cursos contam a ma, eles podem analisar Miguel Eduardo Torres história do movimento por conta própria a situSecretário-geral do Sindicato sindical. No de nível 2, ação do País, da cidade, e Coordenador dos Cursos os trabalhadores tamdos bairros, entender bém discutem sobre PLR, estrutura sin- melhor porque os problemas são de difídical, redução da jornada de trabalho, e cil solução e se mobilizar para buscar alrecebem informações sobre os proble- ternativas conjuntas”, afirma Miguel mas da cidade de São Paulo, que envol- Torres, secretário-geral do Sindical e covem questões sociais, de urbanismo etc. ordenador dos cursos.


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