ANO 62 – SETEMBRO DE 2005 – Nº 521
Campanha Salarial
Leão garfa férias Trabalhadores que tiram 10 dias das férias em dinheiro estão sendo “garfados” pelo Imposto de Renda. A Justiça já definiu que o desconto é indevido. Diante disto, nosso Sindicato e a Federação dos Metalúrgicos entraram com uma Ação Civil Pública na Justiça Federal pedindo o fim do desconto para todos os trabalhadores metalúrgicos da Força Sindical no Estado. PÁG. 4
MENSALÃO, NÃO. AUMENTO SALARIAL, QUEREMOS 14% DE AUMENTO
SIM!
Trabalho nos presídios Cresce o número de empresas que instalam linhas de produção dentro dos presídios, explorando a mão-de-obra barata dos presos e demitindo os funcionários efetivos. O Sindicato e outras entidades denunciaram esta situação à Delegacia Regional do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho. As entidades querem a regularização dessa prática e incluíram a reivindicação na pauta da Campanha Salarial. PÁG. 4
Convênios para a educação O Sindicato firmou novos convênios com faculdades para garantir o acesso dos trabalhadores da categoria ao ensino superior. Ao mesmo tempo, fez parceria com uma empresa que está ministrando cursos profissionalizantes para os trabalhadores e seus dependentes. PÁG. 8
DISQUESINDICATO Um canal aberto contra o trabalho terceirizado e temporário ilegais
Entrega da pauta da Campanha Salarial: sindicalistas Célio (de blusão azul), Danilo (da Força estadual), Eleno (São Paulo), Chiquinho (da Federação), Jorginho (de Osasco), Natanael (de Jundiaí) entregaram o documento aos patrões do Ciesp
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mar de lama que inundou a vida política nacional ameaça prejudicar as negociações da Campanha Salarial, que envolve os 51 sindicatos metalúrgicos da Força Sindical no Estado. Entregamos a pauta de reivindicações no dia 27 de setembro aos grupos patronais, e demos prazo até 25 de outubro para o fechamento dos acordos. Temos de estar preparados para a resistência dos patrões ao nosso pedido de 14% de reajuste sala-
rial, com aumento real, e demais reivindicações sociais. As denúncias de corrupção estão impedindo os investimentos, o Congresso está parado há quatro meses, os juros continuam altos, e tudo leva a crer que a crise política ainda vai se arrastar por muito tempo. Não vamos permitir que os patrões usem estes argumentos para negar o nosso aumento. Defendemos o fim da corrupção, a
punição dos culpados pelos desvios do dinheiro público, a estabilidade da economia. Por isto, não vamos amolecer na Campanha Salarial. A recomposição dos salários é importante para a valorização dos trabalhadores, para a melhoria da economia, da produção, das vendas e para a geração de empregos. A unidade na luta é fundamental para o sucesso da nossa Campanha. Participe! Leia na PÁG. 3 POLÍTICA
Dois já foram! E o resto? A CPI do Mensalão já levou à cassação do mandato do deputado Roberto Jefferson e à renúncia de Severino Cavalcanti à presidência da Câmara e ao seu mandato como deputado federal. Ele renunciou para não perder seus direitos políticos e poder concorrer nas próximas eleições. Ainda tem muita cabeça para rolar. A Força Sindical continua vigilante e promete ir novamente para as ruas para pressionar pelo fim da corrupção e pela punição dos corruptos. Leia na PÁG. 6
2 - o metalúrgico
SETEMBRO DE 2005
EDITORIAL
SALÁRIO TAMBÉM TEM QUE CRESCER
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s indicadores econômicos estão apontando que a economia está indo muito bem, apesar da crise política. Se é assim, ou seja, se as pesquisas, tanto do governo quanto do setor industrial, indicam que há crescimento econômico, isto só reforça nosso objetivo de buscar a nossa fatia do bolo. Queremos um reajuste salarial de acordo com o crescimento da indústria. Nosso pedido de 14% de aumento está coerente com esse crescimento. Só para se ter uma idéia, a produção industrial cresceu 16% de abril a junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo os indicadores do IBGE. Os dados falam por si, mas só isto não nos garante reajuste algum. Para conquistar reposição salarial e aumento real
é preciso muita mobilização. É preciso que os trabalhadores se conscientizem da importância da Campanha Salarial e se unam em defesa das suas reivindicações. Priorizamos a negociação, e não a greve, mas temos que estar preparados para parar, se for preciso, caso as negociações emperrem. Estaremos diariamente nas portas das fábricas conversando com os trabalhadores e informando sobre as negociações para que todos acompanhem o que está acontecendo. Só assim, juntos, vamos conquistar o que queremos.
Eleno Bezerra PRESIDENTE DO SINDICATO
ARTIGO
CRESCIMENTO INSUSTENTÁVEL
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Brasil é bicampeão! Campeão de impostos – temos a maior carga tributária do mundo – e campeão dos juros altos – nossos juros reais também estão em primeiro lugar. O brasileiro trabalha de janeiro a maio só para pagar impostos. Para se abrir uma empresa, tome imposto e burocracia. Não é por acaso que a maioria das pequenas empresas está na informalidade. E são as pequenas que dão mais emprego. Ou seja, estamos condenando o trabalhador à informalidade. Na outra ponta, produzir é um ato de heroísmo, porque para conseguir crédito é preciso enfrentar juros exorbitantes. Agiota maior do que o governo não existe. E mesmo que o empresário consiga produzir, tem outro problema: quem vai comprar, se para abrir um crediário os mesmos juros agridem o bolso do cidadão? Por essas e outras é que a economia
do Brasil está enroscada. A política econômica se baseia no tripé “impostos demais, juros altos, burocracia em excesso”. E ainda falam em crescimento sustentado. Que crescimento se sustenta com uma pressão dessas? Juntando a crise política e a corrupção, a situação fica ainda pior. O fato é que o País está andando porque o mundo está numa fase de crescimento. O governo quer nos convencer que estrangular a economia é um bom remédio. Isto é falso. O País cresce – a taxas medíocres –, mas não por causa do governo. Cresce com desemprego e desesperança.
o metalúrgico
Diretores (Sede de São Paulo) Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Eleno José Bezerra, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco Carlos Tonon (Tarugo), Francisco Roberto Sargento da Silva, Geraldino dos Santos Silva, Ivando Alves Cordeiro (Geléia), Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), José Francisco Campos, José
SETEMBRO DE 2005 Ano 62 – Edição nº 521 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região. Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo - SP - Fone (011) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP Home Page: www.metalurgicos.org.br E-mail: info@metalurgicos.org.br
Paulo Pereira da Silva, Paulinho PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL
A Diretoria nas Fábricas Neste espaço os trabalhadores têm parte do dia-a-dia dos nossos diretores, podem acompanhar o que acontece nas fábricas e ficar melhor informados sobre a atuação do Sindicato na busca de melhorias no ambiente de trabalho e outros direitos. REINTEGRAÇÃO NA TEXTRON A mobilização dos companheiros da Textron, na Zona Oeste, e da comissão de funcionários garantiu a reintegração ao trabalho de um companheiro que havia sido demitido pela empresa em agosto. O trabalhador tem tendinite, doença ocupacional adquirida no exercício da função, e não poderia ser dispensado. O Sindicato tentou negociar, a empresa não aceitou. “Só restou a alternativa de parar a fábrica. Aí, a empresa voltou atrás e readmitiu o trabalhador”, disse o DIRETOR TECO, que comandou o movimento, com o apoio do Diretor David.
TARIFA ZERO NA PIRATININGA Os cerca de 400 companheiros da Máquinas Piratininga estão livres do pagamento das tarifas bancárias. Desde o dia 15 de agosto passado, eles não pagam mais taxa de manutenção da conta corrente, do cartão, de saques no Banco 24 Horas, extratos e outros serviços bancários. Os trabalhadores só vão pagar a tarifa do talão de cheque, de R$ 10 por mês, caso solicitem o talão, segundo o DIRETOR MALA.
DEFESA DE DIREITOS NA FILIZOLA A atuação do Sindicato evitou que os cerca de 270 trabalhadores da fábrica de balanças Filizola, no Pari, levasse um grande calote da empresa. A fábrica decidiu se mudar para o Mato Grosso e não ia pagar os direitos trabalhistas. O DIRETOR ZÉ LUIZ foi pra cima, mobilizou os trabalhadores, fez várias reuniões com o pessoal, na fábrica e no Sindicato (foto) e, diante da posição negativa da empresa, levou o caso para o Tribunal Regional do Trabalho, que garantiu o pagamento das verbas rescisórias e a liberação do FGTS dos trabalhadores. Não fosse a mobilização, os trabalhadores jamais receberiam os seus direitos.
Lúcio Alves (Mineiro), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), Juarez Martelozo Ramos, Luiz Antonio de Medeiros, Luiz Carlos de Oliveira (Luizinho), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Sales José da Silva, Sebastião Garcia Ferreira, Sílvio Bernardo, Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva Diretores (Sede de Mogi das Cruzes) Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza (Paulão)
Diretor Responsável Eleno José Bezerra Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Edson Baptista - MTb 17.898 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana, Werther Santana, Iugo Koyama Diagramação Rodney Simões, Vanderlei Tavares Impressão Gráfica Art Printer Tiragem: 300 mil exemplares
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CAMPANHA SALARIAL
PAUTA ÚNICA É ENTREGUE COM CARREATA NO CIESP J
á entregamos a nossa pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2005 aos patrões, e demos prazo até 25 de outubro para a definição do acordo salarial. Se os patrões embaçarem, vamos começar a parar as empresas. A pauta foi entregue no dia 27 passado ao Ciesp (Centro das Indústrias), aos grupos 3 (autopeças), 9 (máquinas e eletroeletrônicos) e 10 (Fiesp), na avenida Paulista. O documento foi entregue por dirigentes dos 51 sindicatos metalúrgicos filiados à Força Sindical no Estado, que representam 700 mil trabalhadores com data-base em 1º de novembro. A entrega foi precedida de uma carreata. Os dirigentes se concentraram na Federação dos Metalúrgicos do Estado, em Higienópolis, onde aprovaram o calendário de mobilização da campanha por cidade, depois seguiram para o Ciesp. CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO O calendário prevê a realização, em outubro, de assembléias de mobilização nas fábricas com paralisações de advertência de uma a duas horas, para pressionar pelo aumento salarial. Em São Paulo, as assembléias serão realizadas nos dias 4 e 20 de outubro. “Com a mobilização e a união dos 51 sindicatos filiados, temos mais poder de negociação e força para enfrentar a resistência dos empresários”, afirma Eleno, presidente do Sindicato. CLÁUSULA NOVA Uma novidade da pauta de reivindicações deste ano é a cláusula que trata da regularização do trabalho de presidiários pelas empresas. No Interior, muitas empresas substituíram trabalhadores efetivos por presidiários, e estão produzindo dentro de presídios. A medida precariza as condições de trabalho, desemprega e gera economia para as empresas, que pagam menos aos presos, que não têm registro em carteira nem direito a qualquer benefício trabalhista, previdenciário (leia mais na página 4).
Eleno e sindicalistas metalúrgicos da Força Sindical entregam a pauta ao presidente do Ciesp, Cláudio Vaz; ao coordenador do Grupo 3, Dráusio Rangel, e a Nildo Masini, do Grupo 9
Dirigentes dos Sindicatos Metalúrgicos da Capital e do Interior fizeram carreata até a sede do Ciesp, na avenida Paulista A pauta foi aprovada pela plenária realizada no dia 24 de agosto com a participação de delegados sindicais metalúrgicos de todo o Estado
BANDEIRAS DE LUTA 1 – REAJUSTE SALARIAL DE 14% 2 – AUMENTO REAL DE SALÁRIO 3 – PISO SALARIAL ÚNICO DE R$ 800 4 – ISENÇÃO DE TARIFAS BANCÁRIAS 5 – REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO SEM REDUÇÃO SALARIAL 6 – PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS 7 – CESTA BÁSICA OU VALE-COMPRA 8 – FIM DA TERCEIRIZAÇÃO 9 – ESCOLAS PROFISSIONALIZANTES 10 – DELEGADO SINDICAL
Eleno vai presidir Confederação dos METALÚRGICOS MÁRIO B. SILVA
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Eleno (sentado, ao centro), junto com os demais companheiros da Chapa 1, Ampliando Conquistas, que vai concorrer às eleições da confederação
leno Bezerra, presidente do Sindicato, encabeça a chapa única que vai concorrer às eleições para a nova diretoria da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), filiada à Força Sindical. A Chapa, denominada “Ampliando Conquistas”, foi lançada no dia 31 de agosto, em Brasília. A eleição será realizada no dia 27 de outubro, em São Paulo. A CNTM reúne 150 entidades sindi-
cais no País. Juntas, elas representam 1,2 milhão de trabalhadores. Uma das principais propostas de Eleno é unificar os metalúrgicos da Força em âmbito nacional, por meio do Contrato Coletivo de Trabalho, para garantir que os trabalhadores metalúrgicos representados pela Confederação tenham as mesmas garantias e direitos no que diz respeito às questões salariais, sociais e nas condições de trabalho.
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DIREITOS
Nesta seção, “o metalúrgico” traz entrevistas feitas com trabalhadores da base. Neste espaço, o pessoal fala o que pensa do Sindicato, sua atuação e envolvimento nas questões políticas, reformas, enfim, sobre assuntos de interesse dos trabalhadores.
MARLENE FRANCISCA DOS SANTOS Técnica de produção da Brasilata
o metalúrgico - Estamos em Campanha Salarial. O que fazer para a Campanha dar certo? Marlene - Todo mundo tem que participar, se unir e pressionar, junto com o Sindicato, para conquistar o aumento que a gente quer.
EMPRESAS ESCRAVIZAM DETENTOS NOS PRESÍDIOS D
irigentes dos sindicatos de metalúrgicos, químicos, vestuário e brinquedos, filiados à Força Sindical e a outras centrais, denunciaram ao Ministério Público do Trabalho, à Delegacia Regional do Trabalho e à Advocacia Geral da União a forma indiscriminada como muitas empresas vêm utilizando a mão-deobra de presos para sua produção e demitindo trabalhadores. Muitas levaram máquinas para dentro dos presídios, e têm presos trabalhando em suas dependências ganhando 75% do salário mínimo. A DRT e o Ministério Público vão apurar as denúncias e chamar a Funap (Fundação de Amparo ao Preso), que é vinculada ao Sistema de Administração Penitenciária, para discutir a situação. Os sindicatos querem saber como são feitos os contratos com as empresas para que elas possam entrar nos presídios. Segundo os sindicatos, há empresas que não têm mais funcionários. Os encarre-
o metalúrgico - O que mais você entendeu da palestra? Marlene - Entendi que tem tantas pessoas sem trabalho, tanta gente passando fome, ganhando salário mínimo, e os políticos desviando dinheiro desse jeito. Isto tem que parar. A gente tem que prestar atenção no que acontece para poder fazer alguma coisa. o metalúrgico - Você está desanimada com a situação? Marlene - A gente fica desanimada com tanta coisa ruim acontecendo, mas acredito que ainda tem jeito de mudar o Brasil. Ainda podemos mudar a história do nosso País!
gados das fábricas é que vão aos presídios supervisionar a produção. Ou seja, eles viraram chefe de presos. SÓ ABUSO As empresas classificam a prática como ação social, mas na verdade tratase de exploração de mão-de-obra barata. “Não somos contra os presos trabalharem, mas contra o sistema de escravidão. Os presos não são registrados, não têm direitos trabalhistas, previdenciários nem condições de segurança. Só as empresas ganham com isso”, afirma Eleno, presidente do Sindicato.
DIREITOS JUSTOS Os sindicatos querem a manutenção dos empregos e que as empresas apliquem a Convenção Coletiva de Trabalho aos presos. “Queremos que o preso ganhe o piso da categoria, tenha direito ao pagamento de férias, a 13º salário, cesta básica, convênio médico. O preso pode não usufruir diretamente desses benefícios, mas a sua família pode. Isto sim é ação social”, diz Eleno. Os sindicatos já incluíram essa reivindicação na pauta da Campanha Salarial que foi entregue aos sindicatos patronais.
IMPOSTO DE RENDA
Sindicato pede o fim do IR sobre o abono de férias
o metalúrgico - Você sempre participa das ações do Sindicato? Marlene - Antes eu não participava. Agora estou achando legal porque tenho aprendido bastante coisa. Sou, inclusive, delegada sindical. o metalúrgico - De que ações você já participou? Marlene - De curso de delegado; assisti à palestra do Mangabeira Unger (filósofo) no Sindicato e achei ótima. Ele passou informações muito boas sobre o que está acontecendo na política do Brasil e o que pode ser feito para mudar o que está errado. Mais trabalhadores poderiam ter participado para ouvir o que ele disse.
Eleno (acima) apresenta a denúncia ao delegado do Trabalho e procuradores do Ministério Publico. Ao lado, sindicalistas contam os casos
Eleno, Miguel, Renato (advogado do SIndicato) foram à Justiça Federal protocolar a ação civil pública
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osso Sindicato e a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo entraram, no dia 19 passado, na Justiça Federal, com uma Ação Civil Pública contra a União pedindo o fim do desconto do Imposto de Renda sobre o abono de férias, correspondente aos 10 dias que o trabalhador tira em dinheiro. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já vem dando ganho de causa a traba-
lhadores que entaram na Justiça contra o desconto. A ação vale para os cerca de 700 mil trabalhadores metalúrgicos no Estado de São Paulo ligados à Força Sindical. “Queremos o fim do desconto. Depois, vamos pedir a devolução do que foi descontado indevidamente dos trabalhadores que tiraram parte das férias em dinheiro”, disse Eleno, presidente do Sindicato.
Para o STJ, “o pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não constitui renda porque é pagamento como compensação pelo não-lazer”.
CORREÇÃO DA TABELA Nosso Sindicato e a Força Sindical estão retomando a luta pela correção da tabela do Imposto de Renda. Sem a correção, os reajustes salariais obtidos pelos trabalhadores são garfados pelo Leão. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, garantiu que o governo vai corrigir a tabela, e disse que o mínimo será de 7% para 2006 e 2007, mais o INPC. Não dá para confiar e é pouco. Há pouco tempo, o governo desistiu de reduzir a alíquota máxima de 27,5% para 25%, cobrado de salários mais altos.
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LUTA PERMANENTE
MAIS ACORDOS DE PLR As negociações permanentes com as empresas vêm garantindo o pagamento da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) a milhares de trabalhadores da categoria a cada ano. A meta é garantir que todos recebam o benefício. De janeiro a junho deste ano, foram fechados 587 acordos, que beneficiam cerca de 48 mil trabalhadores. O montante a ser distribuído é de R$ 38.793.977. O valor médio do benefício foi de R$ 809. Isso é 23,29% superior ao valor médio alcançado no mesmo período do ano passado. Veja abaixo alguns exemplos de conquista da PLR:
ATLAS SCHINDLER Os cerca de 1.500 trabalhadores da fábrica e do setor de manutenção de elevadores da empresa vão receber uma PLR que varia de 80% do salário a 1,2 salário, conforme o cumprimento das metas estabelecidas. O benefício será pago em parcela única no dia 28 de fevereiro de 2006, segundo o DIRETOR VALDIR PEREIRA.
RAYTON INDUSTRIAL Os 500 companheiros da fábrica de autopeças, na Lapa, conquistaram uma PLR de R$ 800 e já receberam a primeira parcela, de R$ 400, no dia 15 de agosto passado, sem exigência de metas, segundo o DIRETOR DAVID. A segunda parcela, com exigência de metas de absenteísmo (faltas), será paga em 15/03/06.
CALOI MARCOS ALVES
LORENZETTI A empresa de chuveiros, na zona leste, vai pagar de uma só vez, no final de janeiro de 2006, uma PLR de R$ 750 aos seus cerca de 1.500 funcionários. O acordo foi negociado pelo DIRETOR JOÃO DD e aprovado em assembléia realizada na fábrica, com o apoio do DIRETOR CAMPOS (camisa vermelha) e do vereador CLÁUDIO PRADO.
Os 500 trabalhadores da fábrica de bicicletas instalada na zona sul aprovaram o acordo de PLR negociado pelo DIRETOR GARCIA com a empresa, no valor de R$ 880. O valor está condicionado ao cumprimento das metas estabelecidas. O pessoal já embolsou uma parcela de R$ 440, no dia 1º de setembro, e vai receber a segunda em 20/01/06.
ARNO
KNORR BRENSE Os cerca de 600 trabalhadores da fabricante de freios para caminhões e trens da zona sul aprovaram o valor de R$ 900 da PLR negociada pelo DIRETOR MARTELOZO com a empresa. O pagamento será em duas parcelas. A primeira, de R$ 450, foi paga no dia 31 de agosto. O restante, condicionado às metas, será pago em 28/02/06.
Os cerca de 1.800 trabalhadores das duas unidades da empresa, na Mooca, zona leste, e na Vila Firmiano Pinto, zona sul, aprovaram a proposta de PLR no valor de R$ 660, e conquistaram, também, um reajuste no valor do tíquete-cesta, que passou de R$ 70 para R$ 80. Os trabalhadores já receberam a primeira parcela da PLR, de R$ 380, no dia 9 passado, e vão receber o restante em 21/03/06, conforme o cumprimento das metas. Os acordos que garantem os benefícios foram negociados pelos diretores MILTON BRUM (na foto acima), responsável pela unidade da Arno da Vergueiro, com apoio do diretor Carlão, e JEFFERSON (ao lado), responsável pela unidade Mooca da empresa.
CURSO DE DELEGADOS SINDICAIS
COMPROMISSO COM AS MUDANÇAS N
ossos trabalhadores e dirigentes sindicais têm um papel fundamental na luta por avanços que garantam ao nosso País um grau mais elevado de desenvolvimento político, social e econômico. E, diante da atual crise política e dos graves problemas que assolam a Nação (desemprego, violência, injustiça social etc), o Sindicato não pode deixar de organizar debates para discutir saídas para estas questões. Com o objetivo de contribuir para que
os trabalhadores se conscientizem e se organizem para enfrentar estes desafios, o Sindicato vem realizando Cursos de Formação de Delegados Sindicais. Por intermédio deles, nossos delegados têm a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, sua atuação política. Os cursos são divididos em três níveis e realizados no Clube de Campo, em Mogi das Cruzes. “Em cada curso debatemos as atuais tendências econômicas, a situação polí-
tica, as questões sociais e as perspectivas para os trabalhadores, construindo novas ações sindicais para ampliar conquistas e fortalecer cada vez mais nossa categoria. Esta é, sem dúvida, uma força política muito importante no contexto social”, afirma Miguel Torres, secretário-geral do Sindicato e coordenador dos cursos.
Miguel fala aos delegados sobre a importância do envolvimento dos trabalhadores no processo político e econômico do País
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POLÍTICA
DOIS JÁ FORAM, FALTA O RESTO! S
TO!
Vai Jefferson, pra nunca mais!
REFERENDO SOBRE ARMAS No dia 23 de outubro, o povo brasileiro participará de um referendo para decidir se o comércio de armas de fogo e munição deve ou não ser proibido no Brasil. A votação será feita em urnas eletrônicas e o voto é obrigatório. Os eleitores responderão SIM ou NÃO à seguinte pergunta: “O comércio de armas de fogo e munição dever ser proibido no Brasil?” Quem apóia a proibição deve escolher a opção “SIM”, de nº 2 na urna eletrônica. Quem é contra deve votar NÃO, de nº 1.
REFERENDO 2 Este será o primeiro referendo da história do País, e também o primeiro no mundo sobre o tema. O referendo é uma consulta popular e está previsto na nova lei de controle de armas do Brasil, o Estatuto do Desarmamento, aprovado em dezembro de 2003. Como a questão é polêmica, os deputados resolveram deixar a população decidir sobre este ponto, usando esta ferramenta das democracias mais avançadas, o referendo popular. Acompanhe os debates e exerça o seu direito democrático de votar!
FORÇA DEBATE O DESARMAMENTO A Força Sindical vai realizar um debate sobre o desarmamento no dia 7 de outubro, às 10h, no Palácio do Trabalhador, na rua Galvão Bueno, 782, Liberdade. O evento contará com a presença de sindicalistas, parlamentares, OAB e outras entidades civis.
IMPOSTO RECORDE A Receita Federal bateu novo recorde de arrecadação em agosto: R$ 38,671 bilhões, um crescimento real de 9,08% em relação a agosto de 2004. De janeiro a agosto deste ano, o Leão arrecadou R$ 307,762 bilhões.
DEBANDADA DO PT Com a saída de vários parlamentares, o PT deixou de ter a maior bancada na Câmara. Isto, sem contar a desfiliação de militantes históricos. Triste fim de um partido que prometeu ao povo brasileiro grandes mudanças mas, no poder, repete velhas e condenáveis práticas políticas.
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ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi cassado pelo Congresso, e Severino Cavalcanti renunciou ao cargo de presidente da Câmara e ao seu mandato para fugir da cassação. É a primeira vez que um presidente da Câmara dos Deputados renuncia sob suspeita de corrupção. A apuração das denúncias de corrupção no governo já resultou na queda dos ministros José Dirceu (Casa Civil) e Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação); na renúncia dos ex-deputados Valdemar Costa Neto (PL) e bispo Rodrigues. Mas isso
ainda é pouco. Muita cabeça ainda tem que rolar. As CPIs do Mensalão (compra de votos), Correios, Bingos (lavagem de dinheiro) têm que ir fundo nas apurações para que todos os envolvidos no esquema de caixa 2 sejam punidos, até com cadeia, e o dinheiro desviado seja devolvido. AJUDAZINHA O problema é que isso pode não acontecer tão rapidamente. O Supremo Tribunal Federal deu uma ajuda a seis deputados acusados de falta de decoro parlamentar, entre eles Zé Dirceu, e concedeu uma liminar impedindo temporariamente a abertura de processo contra eles no Conselho de Ética da Câmara. “Não podemos permitir que os envolvidos na corrupção utilizem a renúncia para escapar de punições e voltar a se candidatar nas próximas eleições. Severino disse que vai voltar. A sociedade precisa pressionar para evitar que isto aconte-
Vai embora, Severino!
ça e banir de vez a corrupção no País”, diz Paulinho, presidente da Força Sindical. Novo presidente - O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é o novo presidente da Câmara, eleito com 258 votos, numa disputa apertada com o deputado Thomás Nonô, que obteve 243 votos.
“Chega de Corrupção! Vamos limpar o BRASIL!” Cerca de 10 mil pessoas participaram no dia 6 de setembro do ato “Corrupção Zero. Eu quero a verdade”, organizado por 40 entidades representativas da sociedade civil, entre elas a Força Sindical, OAB/SP, Associação Comercial, CGT, SDS, Fiesp e Ciesp. Os manifestantes saíram em passeata da Praça da Sé até a praça Ramos (centro), onde foi realizado o ato público que exigiu, também, mudanças na política econômica e o compromisso do governo com a retomada de um projeto de desenvolvimento para a Nação. Foi um protesto diferente. Em lugar de palavras de ordem, os manifestantes ouviram o Hino da Independência, como for-
Paulinho à frente da manifestanção que reuniu cerca de 10 mil manifestantes no ato contra tanta corrupção
ma de repúdio a tanta corrupção, e a leitura de um manifesto denominado “O grito do silêncio: queremos a verdade!”, assinado pelas entidades. O documento fala da paralisia do Congresso diante da corrupção, da interrupção de benefícios dos programas sociais, da necessidade de um projeto de Nação
e não de aparelhamento do poder. Ressalta que “a Nação exige transparência e ética na política... desenvolvimento, emprego, justiça social”. O documento foi entregue às lideranças dos partidos no Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça.
AÇÃO DO VEREADOR CLÁUDIO PRADO Divulgação
Projeto para crianças especiais
A
integração de crianças portadoras de necessidades especiais à sociedade e ao convívio com outras crianças é o objetivo do vereador Cláudio Prado, ao propor um projeto de lei que prevê a instalação de equipamentos de lazer, como balanços e carrossel desenvolvidos para crianças que usam cadeira de rodas, Balanço frontal: em praças e parques públicos. O projeto, um dos apresentado em julho, já passou por duas equipamentos comissões públicas, pela aprovação em que serão primeira votação na Câmara Municipal e instalados, vai para a segunda votação. conforme projeto do Segundo o vereador, as crianças com vereador necessidades especiais, principalmente Cláudio Prado as que moram na periferia, não têm opor-
tunidade de aproveitar sua infância em função da falta de equipamentos desenvolvidos para ela. “Uma criança especial, além de suas próprias dificuldades físicas, enfrenta um obstáculo ainda maior, a dificuldade para se integrar à sociedade, principalmente com crianças de sua idade e sem nenhum problema de saúde. Além disso, os investimentos em equipamentos para facilitar a vida dessas pessoas sempre ficam em segundo plano”, afirma o vereador. Assim que for aprovado e sancionado pelo prefeito, o projeto deve beneficiar mais de 250 mil crianças com deficiência física e motora na cidade de São Paulo.
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HIDROPONIA NO MEU GURI
Nossa primeira colheita O Meu Guri começou, na semana passada, a primeira colheita de hortaliças hidropônicas, cultivadas (na água), sem agrotóxicos, em estufas montadas na entidade, na Serra da Cantareira. Foram colhidos 3.500 pés de alface, sendo que quase tudo está vendido. Por este processo de hidroponia estão sendo cultivados também tomate, agrião e pepino. A renda obtida com a venda dos alimentos será revertida para o Meu Guri, que hoje abriga 44 crianças e adolescentes em
situação de risco social, além de trabalhar com as famílias dos menores, visando a sua reestruturação e a reintegração da criança ao convívio familiar. “Esse trabalho é uma extensão do cuidado que temos com as crianças. Dá trabalho montar as estufas, cultivar, mas o resultado é muito gratificante, pois tudo está sendo feito com muita dedicação, traz alimento para as crianças e mais recursos para o Meu Guri”, afirma Elza Costa Pereira, presidente da entidade.
Elza na estufa de hidroponia que implantou no Meu Guri
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
AÇÕES SOCIAIS
Meu Guri tem bazar beneficente
A
partir do mês de setembro, o Centro de Atendimento Biopsicossocial Meu Guri conta com bazar beneficente fixo de brinquedos, móveis, acessórios, eletrodomésticos, calçados, roupas, novos e usados, a preços bem acessíveis. O dinheiro arrecadado é revertido para o Núcleo de Atendimento Comunitário, criado recentemente pelo Centro Meu Guri para atender famílias da co-
munidade com problemas de violência doméstica. As famílias são encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude de Santana e Conselhos Tutelares do Tucuruvi e do Jaçanã. O bazar funciona de 2ª a 6ª feira, das 9h às 12h e das 13h às 17h, e aos sábados das 8h até o meio-dia.
ENDEREÇO: Avenida Guapira, 920 – Tucuruvi (a 10 minutos do metrô Tucuruvi) E-MAIL: meuguricomunitario@bol.com.br
PAULINHO É REELEITO PRESIDENTE
Núcleo de Atendimento Comunitário
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stá funcionando desde julho passado, no bairro do Tucuruvi, o Núcleo de Atendimento Comunitário do Meu Guri. O objetivo é dar atendimento e orientação às famílias da comunidade e adolescentes, gratuitamente, com profissionais na área de serviço social, psicologia, arte-educação e terapia familiar. Com mais este trabalho, o Meu Guri amplia suas ações sociais voltadas para Sede do Núcleo Comunitário: Av. Guapira, 920, Tucuruvi comunidades carentes. A entidade também está oferecendo cursos de qualificação profissional, com comunidade local. Essas ações se estenênfase em informática, em parceria com dem à comunidade através da ampliação a empresa Data Brasil, privilegiando a e melhoria na qualidade das políticas pú-
blicas, por meio de uma ação articulada no âmbito do terceiro setor. “O Meu Guri foi criado em agosto de 1997, pela diretoria do Sindicato e da Força Sindical, com a finalidade de concretizar o compromisso com os princípios, crenças e valores do sindicalismo cidadão. Suas ações estão voltadas para o atendimento de crianças e adolescentes em regime de abrigo, e suas famílias, oferecendo condições que lhes permitam superar suas dificuldades e desenvolver o seu potencial” afirma Elza Costa Pereira, presidente do Meu Guri e tesoureira do Sindicato.
Centro de Solidariedade reabre falta de repasse de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) ao Centro de Solidariedade ao Trabalhador (CST) e demais centrais sindicais que atendem os trabalhadores desempregados levou a Força Sindical a suspender o atendimento nas sete unidades do CST. Com o apoio do Diretor Carlão, os funcionários do Centro fizeram passeata, seguida de protesto em frente à Delegacia Regional do Trabalho, para cobrar a liberação das verbas. Paulinho, presidente da Força, e representantes de outras centrais foram a Brasília conversar com os ministros do Supremo Tribunal Federal, e mostrar como os recursos estão sendo devidamente aplicados.
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Diretor Carlão à frente da passeata dos funcionários do Centro de Solidariedade: defesa dos empregos e dos desempregados
A situação foi resolvida e o Tribunal de Contas da União decidiu, por unanimidade, autorizar o repasse das verbas. O Centro havia fechado as portas no dia 13 de setembro e reabriu no dia 16. A entidade funciona com uma parceria entre Força Sindical e governo
federal, possui sete unidades, a maior, no bairro da Liberdade. O Centro atende sete mil pessoas diariamente, e somente neste ano já empregou 24.024 pessoas. “O bom senso prevaleceu e os trabalhadores não vão mais ficar desamparados”, disse Paulinho.
Paulinho comemora depois de receber votos de 1.500 delegados
Paulinho foi reeleito presidente da Força Sindical para o seu terceiro mandato. Ele recebeu o voto de 1.500 delegados de Sindicatos e Federações de trabalhadores de todo o País, durante o V Congresso Nacional da Força Sindical, nos dias 2, 3 e 4 de agosto de 2005, no Centro de Exposições de Praia Grande/SP. O Congresso também ampliou de 190 para 248 o número de membros da diretoria, diante do crescimento da Central. O número de filiados passou de 1.541 em julho de 2001, para 1.800 neste ano e a representação subiu de 12 milhões para 16 milhões de trabalhadores. Dos eleitos, oito são do nosso Sindicato. O Congresso teve como lema “Distribuir Renda é Fortalecer o Brasil”, e definiu como bandeiras de luta ações contra a corrupção, a retomada da reforma sindical, os contratos coletivos nacionais, a reforma política, as mudanças na política econômica, a queda dos juros, a geração de empregos e os investimentos em qualificação profissional.
8 - o metalúrgico
SETEMBRO DE 2005
EDUCAÇÃO
SÓCIOS TÊM DESCONTO NAS FACULDADES duação. Os diretores do Sindicato Tadeu Morais de Souza, vice-presidente, e Eufrozino Pereira, 3º vice-presidente, são os responsáveis por esse trabalho de contatar as escolas e fazer os convênios. O objetivo é oferecer condições para que os trabalhadores possam crescer profissionalmente e buscar uma posição melhor no mercado de trabalho. Confira ao lado uma nova relação de escolas conveniadas. Tadeu Morais de Souza, Vice-presidente
• IPEP – Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa (011) 3293-3558 - www.ipep.edu.br
• FESPSP – Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (011) 3872-4057 - www.fespsp.org.br
• Organização Educacional Morumbi Sul (011) 5818-0600 www.morumbisul.com.br
• Fundação Cásper Líbero (011) 3170-5875 - www.fcl.com.br • FEBASP – Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (011) 5576-7300 - www.belasartes.br
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ornar o ensino superior acessível a toda a população é um grande desafio, principalmente em razão da grande desigualdade social em que vivemos. Por isto, o Sindicato continua firmando convênios com diversas faculdades e universidades para facilitar o acesso e a permanência dos sócios e seus dependentes ao ensino superior, por intermédio de descontos nos valores dos cursos de graduação e pós-gra-
• FIZO – Faculdade Integração Zona Oeste (011) 3681-8000 - www.fizo.edu.br
• Unicapital – Centro Universitário Capital (011) 6165-1000 www.unicapital.edu.br
Eufrozino Pereira, 3º Vice-presidente
MAIORES INFORMAÇÕES: 3388-1000 (ramal 211) e 3388-1112 (para obtenção da carta de apresentação)
• IESA – Organização Santo Andreense de Educação e Cultura (011) 4438-9277 - www.iesa.edu.br
• UNIA – Centro Universitário de Santo André (011) 4438-0851 - www.unia.br
• UNISA – Universidade Sto. Amaro (011) 0800-171796 - www.unisa.br
• UNINOVE – Associação Educacional Nove de Julho (011) 6633-9192 - www.uninove.br
• UNASP – Centro Universitário Adventista de São Paulo (011) 5822-8000 - www.unasp.br
• FAESP – Faculdade de Tecnologia A. Einstein (011) 5668-1521 - www.faesp.com.br
• UNIB – Universidade Ibirapuera (011) 5096-2642 - www.ibirapuera.br • Radial Faculdades e Centro de Educação Tecnológica (011) 5541-5564 - www.radial.br
• Faculdade do Clube Náutico (011) 4791-1266 - www.nautico.edu.br
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Sindicato inaugura ótica
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uscando oferecer sempre o melhor à categoria metalúrgica, o Sindicato fez um convênio com a ótica El Shaddai e inaugurou uma loja no andar térreo do Ambulatório Médico para atendimento aos associados e seus familiares. E já existe até uma promoção, por período limitado: quem comparecer à loja para fazer óculos ou lentes portando esta matéria do jornal terá um desconto de 10% sobre o orçamento. O Ambulatório fica na rua do Carmo, 180, centro.
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DIEESE COMEMORA 50 ANOS
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Loja de óculos e lentes aberta no Ambulatório Médico facilita a vida dos associados
m 22 de dezembro, o DIEESE, importante órgão de pesquisas econômicas e sociais dos sindicatos, completará 50 anos, contando, em seu calendário de eventos, com vários seminários regionais sobre distribuição de renda, tema central das pesquisas dos próximos anos. Em março de 2006, finalizando as comemorações, será realizado o Seminário Internacional Desenvolvimento com Distribuição de Renda. O diretor Carlos Andreu Ortiz (foto), 1º secretário do Sindicato e presidente do DIEESE até dezembro de 2006, salienta a importância histórica
do departamento. “Os metalúrgicos de São Paulo foram um dos fundadores do DIEESE, uma entidade reconhecida mundialmente por aglutinar todas as correntes do movimento sindical e ter capacitado importantes sindicalistas brasileiros.”