O metal 538 by METALÚRGICOS DE SÃO PAULO

ANO 64 – JULHO DE 2007 – Nº 538

Delegados metalúrgicos tomam o Congresso Nacional Presidente da Câmara fez palestra para os trabalhadores e parabe nizou Sindicato

o Curso de 80 companheiros fizeram Brasília Formação de Delegados em

DANIEL CARDOSO

Delegados na rampa do Congresso Nacional com nossos dirigentes, Eleno (presidente), Miguel (secretário-geral), Elza (tesoureira), Maloca e Teco (diretores) e assessores

osso Sindicato realizou nos dias 15 e 16 de junho, o Curso de Formação de Delegados Sindicais - Nível IV, e levou 80 delegados sindicais de 52 empresas metalúrgicas a Brasília, para conhecer o Congresso Nacional. Nossos companheiros foram ver de perto como funciona a Casa que aprova as leis que mexem com a vida de todos os brasileiros. Acompanhados do deputado Paulinho, presidente da Força Sindical, do presidente do Sindicato, Eleno Bezerra, do secretário-geral, Miguel Torres, da tesoureira do Sindicato, Elza Costa Pereira, dos diretores Maloca e Teco,

e assessores, os trabalhadores percorreram todo o Congresso. Foram ao plenário, onde são votados os projetos e aprovadas as leis, às comissões, cruzaram com dezenas de parlamentares, assistiram a uma palestra no Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), órgão que avalia a atuação dos parlamentares. Antonio Augusto de Queiroz, diretor de documentação do Diap, explicou como são feitos os projetos, sua tramitação pelas comissões até a chegada ao plenário para a votação. Eles também se reuniram com o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, que fez uma

PELO BRASIL, EM BUSCA DA UNIDADE DOS METALÚRGICOS Eleno Bezerra, presidente do nosso Sindicato e da CNTM, está realizando encontros e seminários por todo o País, cumprindo com os compromissos assumidos com os trabalhadores: promover a unidade da categoria, cuidar da formação dos dirigentes sindicais e conquistar o contrato coletivo nacional.

PÁG. 3

palestra aos trabalhadores sobre a questão partidária, e propôs a formação de um grupo de trabalho para debater as reformas Sindical e Trabalhista. “Queremos fazer uma pauta para o trabalhador. Queremos modernizar a relação entre capital e trabalho, sabendo que o capital tem infinitamente mais poder que o trabalho”, disse Chinaglia. O presidente da Câmara parabenizou o nosso Sindicato pela iniciativa de levar os trabalhadores ao Congresso e disse que todos os sindicatos deveriam seguir o exemplo. Para o nosso presidente, Eleno Bezerra, os cursos têm por objetivo mostrar aos

trabalhadores como a política influência a vida de todas as pessoas e como é importante participar da vida política para poder decidir sobre o que interessa aos trabalhadores e à sociedade. “Estes delegados já fizeram os cursos de níveis I, II e III. São cursos de politização, que falam de sindicalismo, economia, desigualdades. Nosso objetivo, além da formação, é contribuir para que os trabalhadores entendam que não podem ficar à margem da política, que têm que fazer parte deles para poderem interferir no processo político”, afirma Miguel Torres, coordenador dos cursos. LEIA MAIS NAS PÁGs. 4 e 5

LEGALIZAÇÃO DAS CENTRAIS

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O Seminário Nacional da Força Sindical decidiu intensificar a pressão para que o governo encaminhe logo para o Congresso Nacional a medida provisória ue trata do reconhecimento das centrais sindicais. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já garantiu que a medida está pronta.

O Fórum Nacional da Previdência Social começará em agosto a discutir as propostas de mudança na aposentadoria. Para reduzir as despesas da Previdência, o governo quer tirar direitos. Os trabalhadores precisam estar mobilizados para impedir mais esta injustiça.

PÁG. 3

PÁG. 8

2 - o metalúrgico

JULHO DE 2007

DICA MEIO AMBIENTE

EDITORIAL

O DIREITO DE VOTAR LIVREMENTE

reforma política pretendida pelo Congresso Nacional tira do eleitor o direito de escolher os seus candidatos a deputado, senador, vereador. Pela proposta, que criaria a chamada “lista fechada”, que determina os nomes dos candidatos que os eleitores devem votar, a escolha dos eleitos passa a ser prerrogativa dos presidentes dos partidos. O PDT, na figura do deputado federal Paulinho, presidente da Força Sindical, encabeçou a campanha contra a lista fechada. A liberdade de escolha é um direito do eleitor, do cidadão, do trabalhador, da mulher, e é do nosso interesse que haja renovação no Congresso Nacional. Se a lista fechada tivesse sido aprova-

da, nunca mais teríamos renovação no Congresso. Defendemos a reforma política, a fidelidade partidária, o financiamento público de campanha, mas com critérios honestos e transparentes. A reforma é necessária, mas não para piorar o que já está aí, esse sistema que permite a corrupção e a impunidade. Por isso, temos que estar atentos e conscientes, politicamente, para podermos participar do processo político do País, interferir nas questões que vão contra os interesses dos trabalhadores e determinar como as coisas têm que ser.

Eleno Bezerra PRESIDENTE DO SINDICATO E DA CNTM

A ordem é reciclar Não dê mais trabalho para a natureza. Recicle o seu lixo. Leve metal, vidro, plástico e papel a um local de coleta seletiva. Muitos postos do Corpo de Bombeiros têm essa coleta.

A natureza leva: de 200 a 500 anos para decompor metais (latinhas, por exemplo); 1 milhão de anos para desintegrar vidro; 500 anos para absorver materiais plásticos; de 3 a 6 meses para transformar papel; 1 litro de óleo de cozinha polui 1 milhão de litros de água

Vamos reciclar enquanto é tempo!

Diretor do Sindicato preside Comitê Mundial da Juventude

ARTIGO

Jefferson (de blusão preto e laranja) com delegados de outros países latinoamericanos, no encontro, na Alemanha, em que foi eleito presidente do Comitê Mundial da Juventude

A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

stamos presenciando há tempos um inusitado fenômeno no mercado de trabalho. De um lado, vemos intermináveis filas de desempregados em busca de uma colocação no mercado de trabalho. De outro, empresas de setores dinâmicos da economia que não conseguem trabalhadores qualificados para seus quadros de funcionários. A chave para resolver tal problema é a qualificação profissional. Recentemente, o Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) propôs ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a aplicação de 900 milhões de reais num programa de qualificação para 2008. A intenção é aplicar na formação de trabalhadores de setores de produção que encontram dificuldades em preencher mãode-obra qualificada. A formação de especialistas terá uma grande valia justamente agora que começa a deslanchar o PAC (Programa de Ace-

leração do Crescimento). Com os investimentos, setores de infra-estrutura vão sofrer com a carência de trabalhadores especializados. Exemplo: no Estado de São Paulo está em planejamento a instalação de 90 novas usinas até 2013. A preparação de trabalhadores especializados demanda tempo, por isso, há necessidade de urgência na formação de profissionais. Um amplo programa de qualificação profissional, com o foco na formação de trabalhadores mais competitivos e empregáveis, só trará benefícios para o País. Trabalhador qualificado é sinal de mais renda e melhoria da competitividade das empresas, principalmente as que exportam.

o metalúrgico

Diretores (Sede de São Paulo) Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Eleno José Bezerra, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco Roberto Sargento da Silva, Geraldino dos Santos Silva, Ivando Alves Cordeiro (Geléia), Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), José Francisco Campos, José Lú-

JULHO DE 2007 Ano 64 – Edição nº 538 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região. Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo - SP - Fone (011) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP

www.metalurgicos.org.br info@metalurgicos.org.br

Paulo Pereira da Silva, Paulinho PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL E DEPUTADO FEDERAL PELO PDT

O diretor do Sindicato Jefferson Coriteac, secretário nacional da Juventude da Força Sindical, foi eleito em junho – para um mandato de um ano – presidente do Comitê Mundial da Juventude da Central Sindical Internacional. Um dos principais objetivos da entidade é lutar pelo “Trabalho Decente” no mundo, ou seja, contra o trabalho infantil, contra o trabalho escravo, por ambientes de trabalho saudáveis e seguros e salários justos. Aliás, o Comitê encaminhou ao G8 (reunião dos países mais ricos do mundo), que se reuniu em junho, na Alemanha, um documento com estas reivindicações. Segundo Jefferson, o Comitê também é responsável pela campanha “Jogo Lim-

po”, que visa alertar a FIFA (Federação Internacional de Futebol) , a organização das Olimpíadas, outros órgãos esportivos e empresas como a Nike, para o problema do trabalho infantil, sobretudo na China. Encontro da Juventude Focado nos jovens, nosso Sindicato realizou no dia 11 de julho, no Palácio do Trabalhador, o 1º Encontro da Juventude Metalúrgica. O objetivo é organizar os trabalhadores mais jovens da categoria, conscientizá-los da importância de participarem da luta sindical. Afinal, eles são o futuro do Sindicato e serão os representantes da categoria amanhã. A iniciativa integra a política de ações da entidade, aprovada no Encontro de Delegados no início deste ano.

Novo telefone do Ambulatório Médico Trabalhador(a)! Anote o novo número do telefone do nosso Ambulatório: 3292-3115. Ao ligar, você ouvirá uma gravação. Ouça com atenção. Nosso objetivo é melhorar a qualidade do atendimento. cio Alves (Mineiro), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), Juarez Martelozo Ramos, Luiz Antonio de Medeiros, Luiz Carlos de Oliveira (Luizinho), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Sebastião Garcia Ferreira, Sílvio Bernardo, Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva

Diretores (Sede de Mogi das Cruzes) Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza (Paulão) e Sales José da Silva

Diretor Responsável Eleno José Bezerra Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem: 300 mil exemplares

o metalúrgico - 3

JULHO DE 2007

TM N C

ELENO À FRENTE DA LUTA DOS METALÚRGICOS PELO BRASIL

CUMPRINDO OS COMPROMISSOS COM OS TRABALHADORES nosso Sindicato vai completar em dezembro deste ano 75 anos de luta, ocupando, como sempre, lugar de destaque como a maior entidade de trabalhadores do Brasil, por sua capacidade de mobilização e por ser o carro-chefe das demais categorias em diversas ações sindicais e políticas em defesa dos direitos trabalhistas e da cidadania. Neste sentido, merece destaque a atuação de Eleno Bezerra que, desde 2003, ao assumir a presidência do Sindicato, tem liderado inúmeras lutas pela distribuição de renda e justiça social, pela PLR, geração de empregos, desenvolvi-

mento econômico, qualificação profissional, negociações e campanhas salariais que continuam garantindo aumentos reais de salário (mesmo em tempos de inflação baixa) e, principalmente, pela união e solidariedade das entidades sindicais que se preocupam em lutar coletivamente por um País melhor. Em sua gestão, Eleno iniciou os ciclos de debates voltados aos trabalhadores metalúrgicos, os Cursos de Formação de Delegados Sindicais, realizou o 10º Congresso dos Metalúrgicos, entre outras ações, visando uma maior unidade da categoria e o fortalecimento do Sindicato.

10º Congresso dos Metalúrgicos: a primeira iniciativa de Eleno para ampliar a unidade e a mobilização da categoria

Por sua militância e ações políticas, em 27 de outubro de 2005, Eleno foi eleito presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), da Força Sindical, que reúne 150 sindicatos e federações de metalúrgicos e 1,2 milhão de trabalhadores no País. À

frente da entidade, Eleno vem levando a luta dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi para todo o País, promovendo seminários, encontros e cursos de formação de dirigentes e de trabalhadores visando a unificação dos metalúrgicos em âmbito nacional e o fortalecimento das entidades.

SEMINÁRIOS E FORMAÇÃO DE DIRIGENTES ARQUIVO FORÇA SINDICAL

No Congresso da Federação dos Metalúrgicos Eleno fala da importância de unificar as datas-bases nos Estados e promover a formação de dirigentes

DISCUSSÃO ENVOLVE EMPRESÁRIOS

omo presidente da CNTM, Eleno está colocando em prática o que foi aprovado no congresso da confederação em 2006, e realizando seminários regionais pelo País, com apoio dos filiados. Tivemos nos dias 21 e 22 de junho, o seminário da Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais e, nos dias 28 e 29 de junho, o Congresso da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo. Nestes eventos, discutiu-se a unificação das campanhas salariais nos Estados e as reivindicações das próximas campanhas, rumo ao Contrato Coletivo Nacional de Trabalho. Em todos os eventos, Eleno falou da importância de cada entidade investir na formação de dirigentes sindicais, para prepará-los para negociar e debater so-

Geraldino (ao microfone), secretário de relações sindicais da CNTM, representou Eleno no congresso que elegeu a nova diretoria da Força Sindical estadual do Pará

ANTONIO ASSIS

Seminário da CNTM em Minas Gerais

bre economia e outras questões nacionais de interesse dos trabalhadores, e também na formação dos trabalhadores. “Discutimos a política sindical que o País precisa. Hoje, ganha quem tem mais informação e é competente. Os cursos nos preparam politicamente para avançarmos nas nossas conquistas”, afirma Eleno.

O mesmo ocorre nos Seminários Nacionais da CNTM, que tem como objetivo preparar todo o complexo metalúrgico do País para o Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, em conjunto com setores empresariais. O primeiro seminário, realizado em Manaus, nos dias 26 e 27 de junho, debateu sobre o setor eletroeletrônico. Em Ouro Branco/MG, nos dias 26 e 27 de julho, o seminário discutirá o setor siderúrgico. O setor automotivo será tratado no seminário de Curitiba/PR, em 2 e 3 de agosto. E, fechando a série, o seminário de São Paulo debaterá o setor de autopeças, máquinas e equipamentos. “A discussão de uma estratégia conjunta — capital e trabalho — do setor

Eleno no seminário da CNTM em Manaus, que discutiu os problemas do setor eletroeletrônico

metalúrgico é importante para toda a indústria e, particularmente, para os trabalhadores, pois abre a possibilidade de maior geração de emprego, maiores salários, melhores condições de vida e de trabalho”, afirma Eleno Bezerra.

SEMINÁRIO NACIONAL DA FORÇA SINDICAL

Entidades querem o reconhecimento das centrais já!

movimento sindical está a um passo de conquistar o reconhecimento das centrais sindicais. As regras que determinam como as entidades devem se estruturar já foram definidas, e a Medida Provisória está pronta para ser enviada ao Congresso Nacional. “Vamos fazer justiça a todas as centrais”, disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, durante o Seminário Nacional da Força Sindical, realizado nos dias 21 e 22 de junho, na Praia Grande, com cerca de 500 delegados de todo o País.

A organização dos sindicatos e federações nos Estados também foi tema do seminário. Os delegados decidiram intensificar a mobilização para pressionar o Congresso a aprovar a MP e fazer caravanas a Brasília para visitar os parlamentares. “O reconhecimento fortalece as entidades e a democracia, pois as centrais já são reconhecidas como interlocutoras dos trabalhadores nas negociações com os governos e os empresários”, disse Paulinho, presidente da Força e deputado federal.

EMBAIXADA DOS TRABALHADORES Lembrando que a função das centrais é cuidar dos trabalhadores, Paulinho propôs que as centrais tornem-se internacionais para também cuidarem dos trabalhadores brasileiros que estão fora do País. “Será uma embaixada dos trabalhadores, para que eles tenham quem os defenda em qualquer parte do mundo”, disse Paulinho.

Paulinho no Seminário Nacional da Força: luta pela legalização das centrais

4 - o metalúrgico

JULHO DE 2007

o metalúrgico - 5

JULHO DE 2007

CURSO DE DELEGADOS SINDICAIS - NÍVEL IV, EM BRASÍLIA

METALÚRGICOS DÃO EXEMPLO DE CIDADANIA NO CONGRESSO NACIONAL FOTOS DANIEL CARDOSO

visita dos nossos Delegados Sindicais ao Congresso Nacional foi um exemplo de liberdade democrática. O Congresso é do povo. Enquanto os parlamentares discutem a reforma política pensando em impor uma ´lista fechada´ com os nomes dos candidatos pré-definidos para os eleitores, os trabalhadores metalúrgicos, de maneira ordeira, foram ao Congresso, como que representando todos os trabalhadores brasileiros, para aprender um pouco sobre o nosso sistema político. Mas deram uma lição de cidadania e deixaram claro aos parlamentares que sem liberdade de expressão, de livre escolha não há democracia, não há justiça social, não há dignidade. Nossos delegados chamaram a atenção de parlamentes e funcionários do Congresso Nacional. Uniformizados, eles eram alvo de comentários por onde passavam. O próprio presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, ficou surpreso com a visita dos trabalhadores. “Nenhum sindicato de trabalhadores até hoje organizou um evento como este. Nenhuma entidade consegue facilmente desligar trabalhadores das fábricas para que eles participem de cursos de formação e viajem a Brasília para conhecer o Congresso Nacional. Os metalúrgicos conquistaram esse espaço por sua capacidade de luta e organização”, afirmou Miguel Eduardo Torres, secretário-geral do Sindicato e coordenador dos cursos. “O nível IV aprofunda os conhecimentos que esses trabalhadores vêm adquirindo a cada curso. É uma forma de ajudá-los a entender um pouco mais sobre política e ver que, independentemente de a gente gostar ou não de política, é importante participarmos da vida política para podermos interferir nela”, afirma Eleno Bezerra.

A VOZ DO LÍDERO deputado federal Paulinho, também presidente da Força Sindical, recepcionou e conduziu os trabalhadores e nossos dirigentes, Eleno, Miguel, Elza, Teco e Maloca pelo Congresso Nacional

A FORÇA DOS METALÚRGICOS: “Somos a primeira categoria profissional a fazer um curso de formação de delegados sindicais no Congresso Nacional”, disse Eleno, durante palestra aos trabalhadores no Diap CONQUISTA- Nossos líderes e delegados sindicais com o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia

“Foi uma experiência muito proveitosa. Agora tenho uma visão de como se faz um projeto de lei, como ele passa pelas sessões, se não passar não vai para o plenário, e a dificuldade que é aprovar uma medida provisória. Foi importante ir lá porque somos trabalhadores de chão de fábrica. Foi importante a iniciativa do Eleno, do Miguel e do Paulinho de levar a gente lá, de podermos fazer um trabalho na fábrica, e em casa, para defender o que é nosso. Se a gente não estiver preparado para eleger nossos representantes vamos perder sempre.” Amaro Bartolomeu, operador de produção, Metalúrgica Prada

PALESTRA COM ARLINDO CHINAGLIANossos delegados foram recebidos por Arlindo Chinaglia, que fez palestra sobre o sistema político brasileiro, sob os ouvidos atentos de Elza, Paulinho, Eleno e Miguel

DESCIDA DA RAMPASempre acompanhados de Eleno e Miguel, os trabalhadores deixam a Câmara dos Deputados com a certeza de que este é um espaço político de toda a sociedade

“Esta oportunidade que nos deram, o encontro com o presidente da Câmara abriram a visão da gente politicamente. Tem coisas que não imaginávamos, como a importância de elegermos o Paulinho para ajudar os trabalhadores. Sem ele no Congresso seria impossível barrar a Emenda 3. Esse conhecimento vou passar para o pessoal na fábrica. Conhecer trabalhadores de outras fábricas também é uma forma de promover a unidade da categoria. Foram sérias as palavras do presidente da Câmara, de que a nossa ida lá foi importante porque, pela primeira vez, os trabalhadores entram no Congresso para realizar um curso. Isto é sinal de democracia e coincide com o mandato do Paulinho. Este Sindicato é bom e representa uma força para os trabalhadores.” Eva de Oliveira Costa, inspetora de qualidade, Brasilata

Trabalhadores na comissão

PALESTRA NO DIAPAntonio de Queiroz, coordenador do departamento, explica aos trabalhadores sobre o funcionamento do Congresso e como os parlamentares são avaliados

“Foi muito importante para nós, como delegados, fazermos esta viagem. A gente trabalha no chão de fábrica e, de repente, estávamos ali, conversando com os deputados, para depois conversar com o pessoal na fábrica, porque nem sempre o Sindicato pode estar lá falando com os trabalhadores, dizendo, é por aqui o caminho. O Sindicato está conosco. Os patrões terem liberado a gente também foi importante. Elegemos o Paulinho e podemos eleger outros representantes. Nós, na fábrica, apoiando o partido temos mais chance de eleger outros representantes. Com o Paulinho lá é mais fácil o trabalhador chegar lá, e também podemos colocar mais gente nossa lá.” Antonio Carlos Ferreira, mecânico de manutenção, Metalúrgica Jalwa

O DIREITO DE ESTAR LÁNossos delegados ocupam uma das comissões da Casa para ouvir nossos dirigentes e o presidente da Câmara dos Deputados

Depoimentos FOTOS JAÉLCIO SANTANA

“Conhecer Brasília foi um sonho! Mas, o mais importante é a experiência coletiva entre todos os delegados que participaram de mais esta etapa proporcionada pelo Sindicato. Como cidadãos, temos o direito de criticar, mas é importante conhecer e acompanhar mais a atuação dos parlamentares e participar dos movimentos sindicais e políticos no País. Me chamou a atenção o respeito que o Paulinho tem no Congresso, tanto como líder sindical quanto como deputado representante dos trabalhadores e defensor dos direitos trabalhistas.” José Carlos da Silva – polidor – Alumínio Brilhante “Agradeço o Sindicato por esta iniciativa. Foi incrível conhecer a arquitetura local, os Ministérios, o Congresso e, principalmente, o trabalho político do deputado Paulinho. A gente foi representando a empresa e os demais trabalhadores, vendo de perto a realidade política brasileira e, agora, passando aos colegas esta experiência. Acho que a presença das delegadas merece destaque. Politicamente, percebi que Brasília é um lugar importante para o País. Na realidade é um local aberto para todos os brasileiros, não só para nós que fomos participar dos cursos!” Mary Elizabeth Magoga – analista química – Caribé da Rocha “Os cursos são interessantes porque, neles, falamos de política, economia, e isto nos faz entender sobre assuntos que não conhecemos muito bem. Quando falam em sindicato, a gente pensa em luta, greve. Agora, a gente começa a ter outra visão da luta sindical. Já fiz cursos profissionalizantes no Sindicato e cheguei a inspetor de qualidade. A ida a Brasília cria expectativa de saber como as coisas acontecem lá. O Sindicato deve se envolver na política e devemos participar também para defender melhor nossos direitos. Muitas vezes vemos política só na hora de votar. A gente não acompanha o dia-a-dia, e quando estamos envolvidos vemos como é importante.” Rodrigo Messias, inspetor de qualidade, Kato “Gostei dessa viagem porque aprendi muita coisa sobre política. Abri a visão sobre o que eles (parlamentares) fazem lá dentro (no Congresso). Aprendi também que a gente tem que apoiar o Paulinho na sua luta, senão a gente dança.” Valdir Carlos de Souza, líder de setor, Samot

“Esses cursos abrem a mente da gente. O Paulinho, a Elza, o Eleno, Miguel, sempre juntos com a gente. A atuação do Paulinho está sendo muito boa e ele tem muito a crescer ali dentro. Mas só o Paulinho não basta. Precisamos de vários como ele, com força para lutar e apoiar nossos projetos. Hoje, sem política não se faz nada. Mesmo que a gente não goste tem que participar, porque participando a gente vê como as coisas são realmente.” Maria Oneide, auxiliar de limpeza, Triarco Estruturas Metálicas

6 - o metalúrgico

VALE SABER

JULHO DE 2007

POLÍTICA

Reforma política X Corrupção

ANTI-SINDICAL A Sadia foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais por danos morais coletivos por conduta antisindical. Ela demitiu e coagiu os funcionários a aceitar acordo coletivo rejeitado pelo Sindicato. O reajuste pedido era de 5%, mas foi concedido 3,5%; o piso de R$ 441 ficou em R$ 402, e, em vez de 12 cestas básicas de R$ 50 cada prevaleceram seis cestas de R$ 35.

TERCEIRIZAÇÃO VENCIDA Após quatro anos de luta, o Sindicato dos Eletricitários de Minas venceu na Justiça uma batalha contra a terceirização na Cemig (Companhia Energética de MG). A Justiça condenou a empresa a acabar, em nove meses, com o uso de funcionários terceirizados em atividades essenciais. A questão da segurança pesou na decisão. Segundo o sindicato, entre 1999 e 2007 a Cemig registrou 68 acidentes fatais. Desses, 48 ocorreu com terceirizados.

CPMF SUADA O brasileiro trabalha, em média, 7 dias por ano só para pagar CPMF (imposto do cheque), segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). A contribuição que incide sobre qualquer movimentação financeira seria extinta em dezembro, mas o governo quer prorrogá-la por mais quatro anos. Considerando os impostos federais, estaduais e municipais, a classe média é a mais onerada pela carga tributária brasileira, tendo que trabalhar 156 dias por ano só para pagar os tributos. Na média, a população trabalha 146 dias pra pagar impostos.

s recentes casos de corrupção, um se sobrepondo o outro, envolvendo “notórios” políticos brasileiros, têm atrapalhado uma discussão mais ampla sobre a reforma política que há anos está tramitando no Congresso Nacional. Com tantas denúncias, a reforma que o Brasil precisa vai ficando pra depois. O Congresso tentou aprovar uma proposta que, na prática, acabava com a liberdade de voto dos cidadãos: a chamada lista fechada. A lista traria os nomes dos candidatos que a população deveria votar. Os nomes seriam escolhidos pelos caciques dos partidos e o eleitor não poderia mais votar nos seus próprios candidatos. “Com isso, nunca mais teríamos renovação no DEFESA NA CÂMARA

Isenção para aposentados

posentados que moram em São Paulo e pagam aluguel terão isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) na hora de acertar as contas com o proprietário. È o que pretende o Vereador Cláudio Prado (PDT), ao apresentar o Projeto de Lei 411/2006, que foi aprovado pelas comissões legislativas da Câmara Municipal e vai à votação neste mês de julho.

ACESSE O site do Sindicato está de cara nova. Acesse www.metalurgicos.org.br e navegue para se familiarizar com este canal eletrônico de comunicação e informação do Sindicato e também conhecer a história da nossa entidade. Acesse também o site da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e veja o que o nosso presidente, Eleno Bezerra, e os companheiros metalúrgicos de outras regiões do País estão fazendo: www.cntm.org.br

Segundo o vereador, cerca de 200 mil aposentados serão beneficiados com a lei. “Já existe isenção de IPTU para os aposentados proprietários de imóvel, então porque não estender para os que pagam aluguel? Esses aposentados já gastam muito com remédios, planos de saúde e alimentação. Quero amenizar esses gastos isentando a taxa do IPTU deles”, concluiu Cláudio Prado.

Vereador Cláudio Prado

AUXÍLIO-DOENÇA

Senado aprova mudança no cálculo do benefício

Nº 1 EM BUROCRACIA O Brasil é o País onde as empresas mais reclamam do excesso de burocracia, segundo relatório da consultoria Grant Thornton International. A pesquisa mostra que 60% das empresas brasileiras entrevistadas citaram o peso da burocracia como um entrave para o seu crescimento, deixando o País em primeiro lugar no ranking. O segundo maior obstáculo ao desenvolvimento foi a falta de mão-deobra qualificada.

Congresso Nacional”, afirma Eleno Bezerra, presidente do Sindicato. O nosso Sindicato defende as operações contra todos os casos de corrupção e a punição exemplar de todos os que realmente estiverem envolvidos. Defendemos também a retomada da reforma política, não da forma que tentaram nos impor. O povo

brasileiro quer continuar votando nos seus candidatos e formas mais participativas para acompanhar o mandato de todos os eleitos. Se o modelo atual de escolha dos candidatos não é ideal, pois dá margem à corrupção, devemos ampliar o debate para toda a sociedade e não deixar apenas nos redutos partidários. Queremos participar das decisões! Defendemos a fidelidade partidária e o financiamento público das campanhas, mas com transparência. Um mínimo de compromisso partidário é fundamental e o sistema eleitoral que praticamos contribui muito para o descompromisso dos eleitos com a sua própria legenda. Precisamos vencer esse ciclo vicioso.

Senado aprovou no dia 5 de junho, o projeto de lei que muda as regras de cálculo auxílio-doença. O projeto ainda será votado na Câmara, o que pode acontecer ainda nesta ou na próxima semana. Pelo projeto, o valor do auxílio passará a ser calculado de duas manei-

ras, cabendo ao trabalhador optar pela que julgar melhor, ou seja, a de maior valor: pela média salarial dos últimos 24 meses de contribuição ou com base no último salário recebido. Pela regra atual, o cálculo é feito com base nas contribuições previdenciárias feitas pelo trabalhador desde ju-

lho de 1994. A princípio, o governo queria que o cálculo do auxílio fosse com base apenas nas 12 últimas contribuições, para que o valor do benefício não ficasse acima do último salário da ativa do trabalhador. O movimento sindical foi contra, pressionou e o governo cedeu.

o metalúrgico - 7

JULHO DE 2007

EMENDA 3

LUTA PERMANENTE

Vitória dos trabalhadores seja, trabalhador de uma empresa só, e o que pode ser fiscalizado pelos fiscais da Receita e da Previdência Social nas fábricas. A proposta está sendo negociada e as centrais sindicais e os sindicatos estão atentos para garantir que os trabalhadores brasileiros não sejam prejudicados. Segundo o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, a luta contra a Emenda 3 resgatou um pouco do sindicalisEleno comandou as mobilizações nas portas de fábrica contra a mo no Brasil. emenda que tira direitos dos trabalhadores “A emenda foi um golpe tenor um acordo das lideranças dos partidos, tado contra os trabalhadores no Congresso Nao Congresso Nacional desistiu de colocar cional. Ela foi enfiada num projeto com mais em votação o veto do presidente Lula à Emen- de mil artigos, mas descobrimos o golpe a temda 3, que tira direitos dos trabalhadores. O go- po e evitamos que virasse lei. Ganhamos pela verno decidiu encaminhar uma nova proposta pressão e mobilização, mas a questão não está à emenda. Esta nova proposta vai definir quem encerrada. Vamos manter a vigilância até o pode e quem não pode ser pessoa jurídica, ou fim”, afirma Paulinho.

EDUCAÇÃO - CONVÊNIOS

Sócios têm descontos na FAESP

nosso Sindicato, por intermédio da ação sindical dos diretores Tadeu Morais (vice-presidente) e Eufrozino Pereira (3º vice-presidente), fechou um convênio com a Faculdade Campos Elíseos (FAESP) garantindo descontos nas mensalidades aos estudantes sócios do Sindicato. Para mais informações ou obtenção de outros benefícios como, por exemplo, bolsas de estudo, procure a FAESP (www.faesp.br). Informações sobre outros convênios do Sindicato, ligue para 3388-1011, com Roberta.

Pereira e Tadeu no “Debate Aberto”, da TV São Marcos, falaram sobre os convênios e traçaram um perfil do metalúrgico hoje, cada vez mais preparado para enfrentar os desafios da globalização. Na foto, junto aos diretores, o apresentador Wilson Nascimento e o diretor de Comunicação Institucional da Universidade São Marcos, Julio Moreno.

DIRETORIA NAS FÁBRICAS A mobilização nas fábricas continua garantindo a conquista da PLR e outros direitos, por meio de negociações ou greves. Veja exemplos de algumas ações nas fábricas. ORIENTE PAROU 22 DIAS Os 200 companheiros da Metalúrgica Oriente, fabricante de metais sanitários na zona leste, encerraram no dia 20 de junho uma greve de 22 dias por falta de pagamento de salário e outros direitos. Na assembléia de retorno ao trabalho, comandada pelo DIRETOR MENDONÇA, com apoio de toda a diretoria do Sindicato, foi aprovada a criação de uma comissão de trabalhadores que, juntamente com o Sindicato e a assessoria econômica do Tribunal Regional do Trabalho, fará um monitoramento da empresa para resolver os problemas pendentes. Ficou acordado também o pagamento dos dias parados e que parte da venda dos produtos da empresa irá para os trabalhadores, e outra parte para a fabricação de novos produtos.

GRANA EXTRA NA SABÓ Os cerca de 3.000 trabalhadores da autopeças Sabó, na zona oeste, fecharam o acordo da PLR de 2007 no valor de R$ 1.400. Segundo o DIRETOR CEARÁ, o benefício será pago em duas parcelas, sendo R$ 600 em 30 de junho e o restante no dia 31 de janeiro/08. O pagamento integral depende do cumprimento das metas definidas no acordo, lembra o diretor.

PLR DE 2007 E 2008

SOCIEDADES COOPERATIVAS “Os estudos sobre o trabalho e economia em todo o mundo, corroborados pela Organização Internacional do Trabalho por seu programa de trabalho decente, afirmam que não basta a criação de qualquer posto de trabalho para o avanço da sociedade, mas que seja um posto de trabalho digno. As relações de trabalho disfarçadas retiram a dignidade do trabalhador, que é tratado como uma mercadoria, e nada contribuem para o progresso do país. As formas precárias de trabalho não criam novos postos de trabalho: elas, em verdade, retiram empregos, transformandoos em postos de trabalho baratos. As formas atuais mais utilizadas para a lesão dos trabalhadores são: a utilização de cooperativas para o fornecimento de mão-de-obra subordinada a uma empre-

sa; a criação de pessoas jurídicas para a prestação de serviços subordinados e a utilização de estágio para a realização de atividades normais da empresa, sem vinculação com a complementação de ensino. Se o trabalhador realiza suas funções como um empregado normal, mas foi contratado como “cooperado”, “pessoa jurídica” ou “estagiário”, pode procurar a Delegacia Regional do Trabalho mais próxima, ou o Ministério Público do Trabalho, na Procuradoria Regional do Trabalho, ou fazer sua denúncia pela Internet, tudo com garantia de sigilo. Procure nos sites: www.mte.gov.br ou www.pgt.gov.br (Publicação decorrente do acordo judicial travado nos autos do processo nº 02696-2005-020-02-00-5)”.

Numa mesma negociação, os 98 trabalhadores da Inncase Ind. Mecânica, na zona leste, conseguiram fechar os acordos de PLR de 2007 e 2008. O valor do benefício deste ano ficou em R$ 1.500, com pagamento único a ser feito em julho próximo. O de 2008 foi acordado em R$ 1.850, e também será pago em parcela única em 15/7/08. A bolada totaliza R$ 3.350, segundo o DIRETOR GELÉIA, que negociou o acordo.

ACORDO COM GREVE NA METALFRIO Depois de um dia de greve, os 600 trabalhadores da Metalfrio, na zona sul, conseguiram fechar o acordo da PLR de 2007, no valor de R$ 1.500. Segundo o DIRETOR MALA, que comandou o movimento, a primeira parcela do benefício, de R$ 750, será paga em 30 de junho e, a segunda, condicionada ao alcance das metas, em janeiro/08.

8 - o metalúrgico

JULHO DE 2007

REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

LUTA PERMANENTE

Aposentadoria em risco

Fórum da Previdência Social, integrado por trabalhadores, empresários e governo, vai começar a definir em agosto as propostas da reforma da Previdência Social. O fórum começou em fevereiro, mas é agora que a discussão vai pegar fogo. Se os trabalhadores não estiverem mobilizados, o governo e as seguradoras privadas vão jogar pesado contra os trabalhadores. O governo quer: 1) mexer nas pensões -reduzir o valor e impedir que a(o) pensionista(o) tenha mais de uma pensão, o que é um direito conquistado; 2) fixar tempo de contribuição para aposentadoria em 35 anos para homens e mulheres; 3)

Juruna é secretário-geral da Força

impor uma idade mínima para aposentadoria - 67 anos (homem) e 65 anos (mulher), além de outros direitos. “Os ministérios da Fazenda e do Planejamento querem radicalizar e tirar direitos, como forma de baixar as despesas da Previdência”, denuncia João

Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical. “Vamos discutir a Previdência que queremos e incluir os que estão fora do sistema nos direitos sociais. Queremos uma Previdência transparente, com cobertura social, benefícios com poder de compra. Para isso, defendemos mercado de trabalho desenvolvido, valorização de renda, gestão da seguridade social com poder de decisão. Esse desenvolvimento vai aumentar a arrecadação da Previdência e permitir que ela cumpra com os seus compromissos”, afirma Juruna, secretário-geral da Força Sindical.

ARRAIÁ DO MEU GURI

FOI SÓ ALEGRIA E DIVERSÃO A FESTA DAS NOSSAS CRIANÇAS

legria e muita confraternização reinaram na festa julina do Centro de Atendimento Biopsicossocial Meu Guri, realizada no dia 7 deste mês, na sede da entidade, na Serra da Cantareira. A festa foi aberta à comunidade e contou com as presenças dos diretores e assessores do Sindicato e muitos amigos das nossas crianças. Foi um dia de muita diversão, com brincadeiras -cadeia, correio elegante-, gincanas, quadrilha, eleição da miss caipirinha, comidas típicas e um show com a dupla Nilton e Nelton. “Atividades como esta ajudam a promover uma integração maior entre a comunidade, as crianças e adolescentes abrigados. É também uma oportunidade para muitos de conhecer a nossa casa e se envolver com este trabalho social que ampara e devolve cidadania a muitas crianças e adolescentes”, afirma Elza Costa Pereira, presidente do Meu Guri.

DIRETORIA NAS FÁBRICAS CIPEIRO É REINTEGRADO NA TRIFEL WERTHER SANTANA

Uma greve de três horas fez a Trifel (esquadrias metálicas), em Poá, readmitir um cipeiro que havia levado justa causa. A empresa alegou que ele havia desacatado um chefe, e que não estava produzindo a contento. Mas, segundo o DIRETOR SALES, os trabalhadores testemunharam que ele não desacatou ninguém, e que estava sobrecarregado de trabalho e impossibilitado de finalizar a montagem dos produtos por falta de peças. Na verdade, foi retaliação, porque ele foi escolhido para integrar uma comissão para negociar outros problemas na fábrica. Po fim, a Trifel aceitou não descontar as horas paradas, cancelar a CIPA atual e convocar novas eleições.

PLR APROVADA NA YKK IUGO KOYAMA

Os 130 funcionários do escritório da YKK (fábrica de zíper), no zona sul, conquistaram uma PLR de R$ 1.400. A primeira parcela, de R$ 550, foi paga em 29 de junho. A segunda será paga após o cumprimento de metas. O acordo foi aprovado em assembléia comandada pelo DIRETOR MINEIRO e é extensivo à unidade de Sorocaba.

CESTA BÁSICA NA PLANATC IUGO KOYAMA

Os 100 trabalhadores da Planatc (componentes eletrônicos), no Tatuapé, conquistaram a cesta básica, de cerca de R$ 50 (22 kg), a PLR deste ano, de R$ 350, em duas parcelas (junho/dezembro), e o início das negociações para o convênio com a Metalcred (Cooperativa de Crédito dos Metalúrgicos) na empresa (www.metalcred.com.br). As negociações foram feitas pelo DIRETOR ZÉ LUIZ. Teve quadrilha na quadra e no pátio de entrada. Elza (à esq.) entrou na dança que misturou crianças e adultos

Eleição da miss capirinha e das princesas

PLR E REESTRUTURAÇÃO DE CARGOS Os 530 companheiros da Dormer Tools, na zona leste, conquistaram a PLR de 2007 no valor de R$ 1.350, depois de uma paralisação de três horas, no dia 4 passado. O valor é 12,5% superior ao da PLR de 2006, segundo o DIRETOR EDSON. A primeira parcela, de R$ 700, será paga no dia 13 deste mês e, a segunda, no dia 15/01/08. Segundo Edson, a empresa também vai negociar uma nova estruturação de cargos e salários.

ACIDENTE FATAL NA ARMCO ACORDO NA MONTEPINO O Sindicato realizou um protesto na Armco do Brasil, na zona leste, contra acidente de trabalho fatal que vitimou o José Leonardo Lopes, 46 anos. José era terceirizado (da ISS Servsystem) e caiu do telhado durante trabalho de reparo. Por pouco ele não caiu em cima de um colega que trabalhava no chão, fato ocorrido devido à inobservância de alguns procedimentos, como o isolamento da área fabril sob o ponto de manutenção do telhado. A Armco informou que o telhado possui os devidos pontos de ancoramento e o cabo guia. Para o DIRETOR VALDIR PEREIRA, em trabalhos de alto risco como este, é essencial o acompanhamento direto dos supervisores operacionais, pois todos os equipamentos de segurança utilizados na atividade dependem da interação dos trabalhadores, e qualquer erro ou quebra de procedimento pode causar acidente grave.

Os 420 trabalhadores da laminadora de aço Montepino, na zona leste, aprovaram o acordo da PLR de 2007, que garante um benefício de R$ 1.250, a ser pago em duas parcelas. A primeira, correspondente a 60% do valor, sairá até 30 de agosto/07 e, a segunda, até 28/ 02/08, segundo o DIRETOR JOÃO DD, que negociou o acordo.