O metal 547

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SETEMBRO DE 2008

ANO 65 – Nº 547

CAMPANHA SALARIAL 2008 DELEGADOS SINDICAIS APROVAM PAUTA COM AUMENTO SALARIAL DE

20%

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Atendendo a um recurso dos patrões, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a mudança no cálculo do adicional de insalubridade que beneficiava os trabalhadores. A questão, porém, não está encerrada. A CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) já entrou com recurso para derrubar a liminar e garantir que os trabalhadores tenham o adicional calculado sobre o salário base e não sobre o salário mínimo. Leia na página 2

CENTRAIS SINDICAIS OFICIAIS A Força Sindical é uma das seis centrais que cumpriram os critérios exigidos pela lei 11.648 para serem reconhecidas e legalizadas. Agora, as centrais terão mais força para organizar nacionalmente as entidades sindicais que ainda não têm condições de lutar por suas categorias. Página 5

OBRAS NO CLUBE DE CAMPO

As obras no Clube de Campo do Sindicato, em Mogi das Cruzes, estão adiantadas e, até dezembro, os associados e suas famílias vão voltar a desfrutar do merecido lazer em um clube totalmente novo, com mais conforto e comodidade, nos chalés, piscinas, churrasqueiras. Acompanhe o andamento desta grande reforma na Página 8.

Plenária dos delegados aprova mobilização para a luta pelo aumento salarial compatível com o crescimento econômico

Campanha Salarial já começou, e com uma forte determinação: Lutar com garra e mobilização pelo aumento salarial de 20%, pela valorização do piso salarial, jornada de 40h semanais, ratificação da Convenção 158 da OIT (contra a demissão imotivada), e pelo fim da terceirização. Estas reivindicações foram discutidas e aprovadas na Plenária dos Delegados Sindicais, realizada no dia 29 de agosto, no Palácio do Trabalhador, com a participação de delegados sindicais e ativistas . Durante a plenária que aprovou a pauta de reivindicações, o nosso presidente, Eleno Bezerra, fez uma avaliação do crescimento da economia e do aumento da produção e da produtividade das indústrias. Reforçou que não iremos abri-

A

mos mão de parte desse crescimento nem A pauta de reivindicações foi entreda divisão dos lucros que as empresas gue no dia 4 de setembro à Fiesp (Fedeestão alcançando, mas deixou claro que ração das Indústrias) e demais grupos “a conquista destas reivindicações de- patronais, com uma grande concentração pende do nosso empenho e compromis- e uma grande passeata até a Fiesp, na so com a luta”. av. Paulista, 1.313. Mesmo com inflação e juros em alta, É hora de defender nosso aumento a economia está crescendo, as indústri- salarial com unidade, organização e moas estão produzindo a todo vapor, a pro- bilização. dutividade do trabalho aumentou. Os números são oficiais. O setor metalúrgico cresceu, em média, 11,35% nos últimos doze meses encerrados em julho. Isto está sendo sentido nas fábricas, com o aumento da produção e das novas contratações. Portanto, o momento econômico é favorável à nossa luta. Conforme declarou o presidente Lula: “é hora de Dirigentes de 54 sindicatos reunidos na reivindicar aumentos salariais”. federação: unidade na campanha pelo aumento

EDUARDO METROVICHE

DANIEL CARDOSO

Leia mais nas págs. 4 e 5

Presidente Lula comemora os 20 anos da CNTM

Eleno, Medeiros, Grana (CUT), ministro Lupi (Trabalho), presidente Lula, Neto (CGTB) e Paulinho

A CNTM – Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, da Força Sindical, – comemorou os 20 anos da entidade com uma cerimônia que contou com a presença do presidente Lula e dirigentes sindicais de todo o País. Em seu discurso, Lula parabenizou o presidente Eleno pela organização da confederação e disse que “a hora de brigar pelo salário é esta”, porque a economia e as empresas estão crescendo”. Pág. 3


2 - o metalúrgico

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EDITORIAL

CAMPANHA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS DARIO DE FREITAS

A

s nossas reivindicações econômicas, que incluem os 20% de aumento salarial que estamos reivindicando nesta campanha salarial têm como base números bastante reais, do setor empresarial e do governo, que apontam que a economia vai muito bem. Mesmo com a alta da inflação e dos juros, a indústria nunca vendeu tanto, a ponto de precisar ampliar a sua capacidade instalada e contratar trabalhadores para atender a demanda. No primeiro semestre deste ano, o crescimento médio da indústria metalúrgica foi de 11,35%, um dos melhores dos últimos anos. Ou seja, estamos vivendo um momen-

to econômico muito favorável à nossa luta pelo aumento salarial, melhoria do piso, redução da jornada de trabalho para 40h, e outras reivindicações importantes dos trabalhadores. Se a economia está indo bem e as indústrias estão faturando, os trabalhadores contribuíram para isso e é justo que, agora, recebam uma parcela deste lucro. Então, esta é a hora de buscarmos a recomposição dos salários, com unidade, organização e mobilização. Todos na luta para alcançarmos o resultado que desejamos!

Informação sobre o adicional de insalubridade O direito ao adicional de insalubridade calculado sobre o salário base recebido pelos trabalhadores foi “temporariamente” suspenso por medida liminar (decisão provisória) concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, aos patrões da Confederação Nacional da Indústria. Nosso Sindicato já entrou com pedido de impugnação naquela Corte e apresentou recurso em defesa dos trabalhadores, e contra a decisão do ministro Gilmar Mendes, que suspendeu a aplicação da Súmula 228, do Tribunal Superior do Trabalho. A súmula determina que o cálculo do adicional tenha como base o salário do trabalhador e não o salário mínimo.

Eleno Bezerra PRESIDENTE DO SINDICATO E DA CNTM

Licença-maternidade aumenta para seis meses

ARTIGO

TRABALHADOR EXIGE PARTE DOS GANHOS DE PRODUTIVIDADE

S

ugerimos aos trabalhadores que estão em campanha salarial, não abrir mão do reajuste salarial que leve em conta a reposição da inflação mais aumento real. Mas temos de negociar com os patrões um ganho real que atenda às expectativas dos trabalhadores. Isto significa exigir um reajuste substancial, tomando como base o aumento da produtividade das empresas. E, claro, temos de negociar incansavelmente a redução da jornada de trabalho sem corte nos salários. Ao reivindicar tal índice mostramos que estamos indo ao encontro das idéias do presidente Lula, que sugeriu que agora é hora de se buscar um excelente acordo porque os patrões estão ganhando muito dinheiro. E o presidente está com a razão, pelo menos é o que mostra pesquisa do IBGE: a produtividade do trabalho na indústria aumentou 4,11% no acumulado de 12 meses até junho. Ainda de acordo com o IBGE, o ganho é decorrente do incremento de 6,71% na produção e de 2,5% no total de horas tra-

o metalúrgico

balhadas. Até representantes patronais afirmaram que o aumento da produtividade é suficiente para incorporar ajustes de salário que devem ocorrer no segundo semestre. Na verdade, desde 2004 as indústrias vêm obtendo ganho médio de produtividade acima de 3% ao ano, o que contribuiu para o crescimento sustentável do setor no longo prazo. Por isso, companheiros, estão colocadas todas as condições para fazermos a melhor campanha salarial da história recente do País. As empresas cresceram, os patrões ganharam muito dinheiro e nós, trabalhadores, queremos a nossa parte deste bolo. Mas, para isso, temos de mobilizar as categorias para que os patrões se sintam pressionados. E, se for necessário, temos de estar preparados para radicalizar a luta se os empresários se negarem a atender as nossas reivindicações.

Paulo Pereira da Silva, Paulinho PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL

Diretores (Sede de São Paulo) Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio RaiSETEMBRO DE 2008 mundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos SanAno 65 – Edição nº 547 tos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláu“o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos dio do Prado Nogueira, David Martins CarTrabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas valho, Edson Barbosa Passos, Eleno José e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes. Bezerra, Elza Costa Pereira, Eraldo de Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade Alcântara, Eufrozino Pereira da Silva, FranCEP 01506-000 - São Paulo - SP - Fone (011) 3388-1000 cisco Carlos Tonon (Tarugo - In Memorian), Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê Francisco Roberto Sargento da Silva, GeralCEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP dino dos Santos Silva, Ivando Alves Cordeiwww.metalurgicos.org.br ro (Geléia), Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves contato@metalurgicos.org.br

A diretoria do Sindicato acredita que o Supremo, no julgamento do mérito da questão, vai desfazer esta confusão jurídica e manter o direito dos trabalhadores ao adicional calculado sobre o salário base. O TST também está justificando sua decisão junto ao STF. Mantenha-se atento! Assim que o resultado do recurso do Sindicato sair, vamos informar a categoria e cobrar das empresas o cumprimento deste direito dos trabalhadores. Para o Sindicato e as confederações, a mudança no cálculo é uma forma de fazer com que as empresas invistam mais em saúde e segurança e evitem pagar mais caro por negligências em relação à saúde do trabalhador.

A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 13 de agosto, o projeto-de-lei que amplia a licença-maternidade de 120 para 180 dias. A concessão do benefício não é obrigatória, e as empresas que concederem mais dois meses de licença à funcionária poderão descontar no Imposto de Renda o valor integral dos salários que a mãe receberá nos 60 dias de prorrogação da licença. A proposta está para ser assinada pelo presidente Lula. O movimento sindical comemora a garantia de mais este direito às trabalhadoras brasileiras, e o presidente Lula disse que vai sancionar a lei. “Eu penso que a gente vai investir para cuidar das mulheres pós-parto, vai ficar mais barato do que a quantidade de crianças que, por falta da mãe não poder cuidar, ficam doentes e vão para o hospital”, disse Lula. Para o presidente, a extensão do prazo da licença“não vai afetar a economia”. A ampliação da licença-maternidade para 180 dias também está garantida para fins de adoção. CORREÇÃO

PLR NA FAG PLR de 2008 conquistada pelos companheiros da Schaeffler Group (FAG), na zona sul, é de R$ 3.000,00 e não de R$ 900,00 conforme foi divulgado na edição anterior de “o metalúrgico”. Segundo o diretor Martelozzo, a primeira parcela da PLR, paga no dia 4 de julho, foi de R$ 1.650. O Diretor MARTELOZO negociou o acordo junto com a restante será pago em janeiro/09. comissão de trabalhadores

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LOCALIZAÇÃO - A empresa Brasimet, do setor do diretor Edson, fica na zona sul, e não na zona leste, conforme divulgado na edição anterior de “o metalúrgico”. Já as empresas Beghin, do setor do diretor José Luiz, Contuflex e Cotermang, do setor do diretor Garcia, ficam na zona leste, e não na zona sul. (Juruna), José Francisco Campos, José Lúcio Alves (Mineiro), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), Juarez Martelozo Ramos, Luiz Antonio de Medeiros, Luiz Carlos de Oliveira (Luizinho), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva, Ricardo Rodrigues (Teco), Sebastião Garcia Ferreira, Sílvio Bernardo, Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva Diretores (Sede de Mogi das Cruzes) Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza (Paulão) e Sales José da Silva

Diretor Responsável Eleno José Bezerra Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem: 300 mil exemplares


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CONFEDERAÇÃO

CNTM COMEMORA 20 ANOS DE LUTA FOTOS: DANIEL CARDOSO

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CNTM completou, no dia 5 de agosto, 20 anos de lutas e conquistas para os metalúrgicos brasileiros. Para celebrar este momento histórico, que coincide com uma época especial de união do movimento sindical em defesa dos interesses da classe trabalhadora e da ampliação dos direitos trabalhistas, a Confederação, sob a presidência de Eleno Bezerra, promoveu uma solenidade no dia 21 de agosto, em Brasília, que contou com a presença do presidente Lula que, no seu discurso, disse que ‘esta é a hora dos trabalhadores brigarem pelo aumento salarial’. Paulo Pereira da Silva, deputado federal e presidente da Força Sindical; Luiz Antonio de Medeiros, fundador da CNTM; Carlos Alberto Grana, presidente da CNM-CUT, representantes sindicais de todas as regiões do Brasil, diretores do nosso Sindicato, lideranças da CNTM e da Força Sindical e autoridades políticas, também prestigiaram o evento. Eleno abriu a cerimônia falando do seu orgulho em presidir uma entidade representante de “uma das maiores categorias do País”, e de receber o presidente Lula, “um presidente metalúrgico, que deu outro rumo ao País”, na comemoração dos 20 anos da CNTM. Paulinho disse que aquele era um dia de agradecimento, pelos 20 anos da CNTM, pela unidade das lideranças das centrais sindicais e pela atuação do governo Lula, que tem sido favorável aos trabalhadores. “Uma coisa importante que foi feita no seu governo, presidente,

foi a legalização das centrais sindicais. Depois de uma luta de cem anos, recebemos o nosso diploma”, afirmou. Paulinho também pediu a Lula que se empenhe na redução da jornada de trabalho para 40h. FALA LULA Lula manifestou sua “alegria por poder falar a vocês como presidente da República”. Contou histórias de sua época como sindicalista, disse que “estamos num processo de construção do País, que estamos tendo avanços, mas precisamos avançar para conseguir que as pessoas sejam respeitadas na sua integridade”. Sobre a unidade das centrais, Lula disse aos sindicalistas: “vocês aprenderam que, juntos, seremos infinitamente mais fortes. Divididos, somos fragilizados”. O presidente falou das adversidades, e defendeu o deputado federal Paulinho, dizendo que “o que aconteceu com Paulinho já aconteceu com outros e não se pode jogar a dignidade pela janela. Nessas horas, é momento de andar de cabeça erguida”. POSIÇÃO DE DESTAQUE A CNTM ocupa posição de destaque como instituição dos trabalhadores no Brasil e consolidou-se como uma entidade forte e representativa para a população brasileira. “A CNTM coloca em suas lutas uma atenção aos debates políticos, econômicos e sociais, que refletem os interesses dos trabalhadores e inspiram nossos anseios por desenvolvimento econômico,

Eleno presenteia Lula com um quadro artesanal, de madeira, do artista Afonso Lacerda Paulinho falou da importância da unidade das centrais na luta pelos trabalhadores e recebeu o apoio do presidente Lula

A platéia de dirigentes sindicais e autoridades

distribuição de renda e justiça social. Estamos cuidando da qualificação de nossos dirigentes, promovendo debates e ações que garantam mais saúde e segurança nos locais de trabalho, encon-

tros de nossos departamentos jurídicos e de comunicação social e colaborando para ampliar as possibilidades de expansão do setor metalúrgico e de emprego no mercado de trabalho”, afirmou Eleno.

2º ENCONTRO NACIONAL DE ADVOGADOS DA CNTM FOTOS: DANIEL CARDOSO

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CNTM, em seu projeto de organização da categoria metalúrgica, promoveu o 2º Encontro Nacional de Advogados, com a participação de 128 profissionais das assessorias jurídicas dos sindicatos e federações filiados em todo o País. O evento foi realizado nos dias 20 e 21 de agosto, em Brasília/DF. Participaram como palestrantes os ministros Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF); Vantuil Abdala, do Tribunal Superior do Trabalho (TST); José Luciano Castilho Pereira, do TST, o Procurador-geral da Justiça do Trabalho Otávio Brito Lopes, entre outras personalidades do judiciário brasileiro. O coordenador jurídico da CNTM, Antonio Rosella, foi o mediador dos debates. Os temas discutidos foram: Direito do Trabalho no Brasil, Convenções da OIT Convenção 158 (dispensa imotivada), Ações Coletivas e Ações Civis Públicas, Limites das Negociações Coletivas, Súmula Vinculante do STF e a posição do TST com relação à mudança no cálculo do adicional de insalubridade, Substituição Processual (o sindicato move ação em nome do trabalhador), Ações de Responsabilidade Civil e Doença Profissional.

Marco Aurélio de Mello, do STF, cumprimenta Eleno Bezerra

Otávio Brito Lopes, Procurador-geral da Justiça do Trabalho

José Luciano Castilho Pereira, ministro aposentado do TST

Ministro Vantuil Abdala, do TST


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CAMPANHA SALARIAL

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CAMPANHA SALARIAL

METALÚRGICOS REIVINDICAM 20% DE REAJUSTE SALARIAL A economia cresceu. É hora dos patrões dividirem o lucro!

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Sindicato realizou no dia 29 de agosto, uma plenária da Campanha Salarial com a participação de delegados e ativistas sindicais da categoria, que discutiu a mobilização e a organização da campanha e aprovou a pauta de reivindicações que será encaminhada aos patrões, com destaque para o pedido de 20% de aumento salarial e valorização do piso, entre outros (veja no quadro ao lado). A plenária foi realizada no auditório do Sindicato, sob o comando do presidente Eleno Bezerra. Os trabalhadores foram divididos em quatro grupos de discussão - um deles formado só por mulheres delegadas-, que apontaram outros pontos relevantes que devem constar da pauta de reivindicações, como a estabilidade do delegado sindical, a equiparação salarial e maior participação das mulheres nas ações sindicais e políticas.

ELENO, presidente do Sindicato e da CNTM- “Essa campanha não é só dos metalúrgicos de São Paulo, mas dos 700 mil metalúrgicos do Estado e todas as outras categorias estão de olho em nós. Por isso, nossa mobilização é fundamental para a nossa vitória.”

DADOS DO CRESCIMENTO

OS QUEREM larial • 20% de aumento sa redução salarial m se s ai an m se h 0 4 • Jornada de salarial • Valorização do piso (contra a demissão IT O da 8 5 1 ão nç ve • Con imotivada) abalho precário tr do e o çã za ri ei rc te • Fim da

FATURAMENTO DA INDÚSTRIA de Janeiro a junho/08 nas receitas: 8,40% na produção: 5,90%* GANHOS DE PRODUTIVIDADE (faturamento/nº trabalhadores) Autopeças: 15,48% Eletroeletrônico: 9,79% Bens de capital: 7,78% CRESCIMENTO INDUSTRIAL – julho/07 a junho/08 METALURGIA BÁSICA: 6,48% PRODUTOS DE METAL: 7,68% MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: 13,51% MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAL ELÉTRICO: 12,23% MAT. ELETRÔNICO, AP. DE COMUNICAÇÃO: 7,04% VEÍCULOS AUTOMOTORES: 19,71% EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE: 24,48%** Uso da capacidade industrial instalada: recorde de 83,30% Crescimento médio dos Setores Metalúrgicos: Crescimento da Indústria em geral: Inflação de nov/07 a julho/08: Estimativa de inflação até outubro:

11,35% 6,71% 6,34%** 7,63%***

Fonte: * CNI (Confederação Nacional da Indústria); ** INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE; *** Banco Central

o met. 547 montado

4-5

JUSTIFICATIVA O pedido de 20% de aumento salarial tem como base a estimativa de 7,63% de inflação até novembro, nossa data-base, e os números do crescimento da economia e da produtividade nas fábricas. Mesmo com inflação e juros em alta, o setor industrial teve um faturamento recorde de 8,4% no primeiro semestre do ano, o melhor resultado desde 2003 (veja os números ao lado). Isso significa que a alta dos juros não prejudicou a produção nemos investimentos na economia. Ou seja, o País vai bem, e, oomo disse o presidente Lula, “este é o momento de se reivindicar salários, aumento de conquistas e mais direitos trabalhistas”. Os trabalhadores têm espaço para buscar um aumento salarial que reponha a inflação e garanta a divisão dos lucros das empresas. “Estamos vivendo um momento econômico muito favorável à nossa luta, mas precisamos fazer a nossa parte, lutar com firmeza para termos o aumento que precisamos, e nos mobilizar nas fábricas”, disse Eleno Bezerra. Nosso secretário-geral, licenciado do cargo, Miguel Torres, lembrou que os delegados presentes na plenária representam cerca de 80% da categoria. “Isso mostra o tamanho da nossa responsabilidade para com os companheiros de fábrica nesta luta pelo aumento salarial”, disse. EQUIPARAÇÃO E DELEGADO Duas reivindicações importantes: a questão da equiparação salarial e a estabilidade dos delegados sindicais serão tratadas em uma campanha específica, a partir de janeiro de 2009. “Vamos fazer uma luta organizada, começar com a mobilização e negociação fábrica por fábrica, discussão nos cursos de delegados e, depois, colocar na convenção coletiva”, disse Eleno. ENTREGA DA PAUTA Ao final da plenária, os delegados aprovaram a data de entrega da pauta aos grupos patronais: dia 4 de setembro, com manifestação e passeata até a Fiesp, na av. Paulista.

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APROVAÇÃO - Delegados, diretoria e assessoria do Sindicato aprovam a luta pelos 20% de aumento e força na mobilização para a vitória na Campanha Salarial

PAULINHO, presidente da Força Sindical e deputado federal: “Temos que ser ousados e pedir 20% de aumento, porque a indústria e a economia cresceram muito.”

ELZA, tesoureira-geral: “Nós, mulheres, precisamos dividir as tarefas com nossos companheiros e ter consciência de que somos capazes de realizar o que queremos.”

MIGUEL, secretário-geral (licenciado): “Não adianta só reivindicar, é preciso assumir o compromisso de ir à luta, participar e se mobilizar nas fábricas.”

CENTRAIS SINDICAIS ESTÃO OFICIALMENTE LEGALIZADAS

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ministro do Trabalho, Carlos Lupi anunciou, no dia 5 de agosto, durante reunião com lideranças das centrais sindicais, a lista das entidades que cumpriram os critérios exigidos pela Lei 11.648, sancionada pelo presidente Lula, que regulamentou o funcionamento das centrais. Seis centrais enviaram documentação ao Ministério do Trabalho e obtiveram a legalização, entre elas, a Força Sindical. Para obterem o certificado de legalização, as centrais cumpriram os seguintes cri-

03/09/2008, 15:42

térios: filiação de, no mínimo, cem sindicatos distribuídos nas cinco regiões do Brasil; filiação de sindicatos em, no mínimo, cinco setores de atividade, e filiação de, no mínimo, 5% dos sindicalizados em âmbito nacional no primeiro ano, e 7% em dois anos. Agora, as centrais terão mais força para organizar nacionalmente as entidades sindicais que não têm condições de lutar por suas categorias e, desta maneira, estabelecer um necessário equilíbrio entre capital e trabalho e ampliar a democracia participativa com

a manifestação dos trabalhadores nas grandes questões nacionais. CONTRA ALTA DOS JUROS Um exemplo de luta unificada das centrais sindicais foi a manifestação promovida no dia 23 de julho, em fren- Miguel (licenciado), Juruna, secretário-geral da Força Sindical, e Geraldino, sec. relações te à sede do Banco Central, na avenisindicais da Força, à frente do protesto da Paulista, em São Paulo, contra o aumento dos juros, que freia a economia, a pro- tos e à inflação e gritaram sim ao desendução e o consumo. Os trabalhadores e o mo- volvimento, ao emprego e ao aumento salavimento sindical disseram não aos juros al- rial, que contribuem para distribuir renda.


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SEGURANÇA E SAÚDE

MAIS AÇÕES DE SEGURANÇA Este ano de 2008 tem sido fundamental para o fortalecimento do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador do nosso Sindicato. Sob a coordenação do diretor Luisinho, muitos eventos realizados reafirmam a importância desta área para o Sindicato e a categoria. Produzir com qualidade é importante para o desenvolvimento econômico, mas a saúde e a segurança dos trabalhadores têm que ser prioridade. Confira algumas iniciativas recentes: IUGO KOYAMA

CONVENÇÃO DE PRENSAS

Diretor Luisinho com representantes patronais e do Ministério do Trabalho

Nosso Sindicato assinou no dia 21 de agosto, com os sindicatos patronais metalúrgicos do Estado de São Paulo e a Superintendência Regional do Trabalho, a 4ª edi-

ção da Convenção de Melhoria das Condições de Trabalho em Prensas e Equipamentos Similares, Injetoras de Plástico e tratamento Galvânico de Superfície nas Indústrias Metalúrgicas de São Paulo. A renovação é uma iniciativa do Departamento de Saúde e Segurança do nosso Sindicato, e a Convenção é um importante instrumento de combate aos acidentes e doenças no trabalho em atividades de riscos nas fábricas. METALVIDA NAS FÁBRICAS O MetalVida continua nas portas de fábricas, ou em pontos previamente anuncia-

MEU GURI

dos, à disposição dos trabalhadores metalúrgicos para consultas médicas com o médico do Trabalho, dr. Francisco Lacerda, e testes de audição com a fonoaudióloga Flaisa Hardt (foto). Recentemente, os trabalhadores da região da Avenida Henry Ford, na Mooca, foram atendidos pela unidade em frente à BSH Continental. Além dos exames para detectar problemas de saúde - surdez, LER etc.-, o objetivo deste serviço é levar informações sobre saúde e segurança do trabalhador, como riscos nos ambientes de trabalho, acidentes e doenças, CIPA (Comissão Interna de Prevenção de

IUGO KOYAMA

Acidentes), entre outras. O MetalVida também foi apresentado na FISP (Feira Internacional de Segurança e Proteção), realizada de 27 a 29 de agosto, no Centro de Convenções Imigrantes, na zona sul.

JUVENTUDE

TRILHA ECOLÓGICA JÁ ESTÁ ABERTA

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primeira trilha ecológica do Programa Meu Guri foi “inaugurada” no dia 5 de julho, com uma caminhada, que teve como guia um monitor mirim do Meu Guri, e foi integrada pelas crianças, adolescentes, funcionários da entidade, pela presidente da instituição, Elza Costa Pereira, pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, e amigos das crianças (foto). A trilha começa na sede do Meu Guri, na Serra da Cantareira, tem 405 metros de extensão e está localizada em uma das áreas de mata que pertence ao Programa Social Meu Guri. Nela é possível apreciar a natureza e aprender sobre plantas e animais. A trilha foi criada dentro do Projeto Trilhas e Educação Ambiental, desenvolvido pela Casa da Floresta Assessoria Ambiental, e patrocinado pela Suzano Papel e Celulose. Seu planejamento e implantação ocorreram durante o Curso de Formação de Monitores Ambientais Mirins do Meu Guri, de fevereiro a junho de 2008. ”Este projeto tem por objetivo buscar o envolvimento e a participação de crianças, adolescentes e funcionários na questão do meio ambiente, desde o planejamento da trilha até a instalação de placas de interpreta-

SEMINÁRIO DE JOVENS DA FORÇA SINDICAL

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ção. Com atividades de arte-educação trabalhamos temas relacionados à necessidade de se conhecer e interagir de forma mais harmônica com o ambiente ao nosso redor, seja ele composto por matas ou pelo ambiente da nossa cidade, do nosso trabalho ou da nossa própria casa”, afirma Elza. Venha conhecer a nossa trilha!

erca de 80 jovens sindicalistas da Força Sindical reuniram-se em um Seminário Nacional no dia 12 de agosto (Dia Mundial da Juventude), na Colônia de Férias da Federação dos Comerciários, em Praia Grande/SP. O objetivo do encontro foi debater e definir novas ações políticas, culturais e sociais para a juventude brasileira e Diretores Jefferson e Juruna comemoram o sucesso do intensificar na agenda do mo- encontro ao lado dos jovens da Força Sindical vimento sindical temas cruciais para os jovens: emprego, educação for- uma cota de 10% para o preenchimento dos mal e profissional, saúde, esporte, moradia, cargos das direções da central, dos sindicatos, das federações e confederações. arte e cultura. “Esperamos que até junho de 2009 seTRABALHO DECENTE jam realizados os encontros estaduais, preNo seminário foi definida a participação paratórios para uma marcante e fecunda participação dos jovens no próximo Congresso da juventude na Jornada Mundial pelo TraNacional da Força Sindical”, adianta Jeffer- balho Decente, que será realizada mundialson Coriteac, secretário da Juventude da mente no dia 7 de outubro deste ano. “Precisamos desenvolver e implementar central, diretor do nosso Sindicato e presidente do Comitê Mundial da Juventude da estratégias que dêem aos jovens em todo o CSI-Confederação Sindical Internacional, mundo uma oportunidade real de encontrar sediada em Bruxelas/Bélgica. trabalho decente e produtivo”, finaliza o diOs jovens querem o estabelecimento de retor Jefferson.

ENTREVISTA

Valorização dos trabalhadores da construção civil o metalúrgico - Qual o cenário atual do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo? Ramalho - Estamos paulatinamente resgatando a dignidade de uma categoria que conta, na nossa base, com 250 mil trabalhadores. Conseguimos aumento real de salário nos últimos quatro anos, sendo que, na Convenção Coletiva assinada em maio passado, o índice chegou, em média, a 3%. Estabelece-

mos piso mínimo para o ajudante, de R$ 712, 80, e para o oficial, de R$ 851,40. Parcela significativa de pedreiros, carpinteiros, armadores, pintores e outros agentes da construção chegaram a elevar seus salários em até R$ 3.500. Avançamos, também, no que considero cláusulas sociais, com cesta básica de 30 quilos, tíquete-refeição de R$ 10,50 e café da manhã com dois pães, queijo, fruta da época e pingado. Outros 36 itens impor-

tantes podem ser vistos pelo nosso site: www.sintraconsp.org.br

o metalúrgico - A que se deve tamanho crescimento? Ramalho - Deve-se à força de mobilização da categoria e à adoção de um comportamento mais político. Estamos alinhados à Força Sindical, o que nos dá voz e vez nas diversas instâncias dos poderes públicos. Quando fazemos uma gre-

ARQ. CONSTRUÇÃO CIVIL

Esta edição de “o metalúrgico” traz como entrevistado Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo e vice-presidente da Executiva Nacional da Força Sindical.

ve, nunca estamos sozinhos. Sempre contamos com a ajuda dos sindicatos ligados à Central, especialmente o dos Metalúrgicos de São Paulo que, nesse momento de campanha salarial, pode contar com a gente para o que der e vier.


o metalúrgico - 7

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LUTA NAS FÁBRICAS

MOBILIZAÇÕES VITORIOSAS SIDINEI LOPES

Mudança no plano de cargos e salários na Alstom epois de dois períodos de greve – 8 e 10/7 e 6, 7, 8, 11, 12/8-, os 1.200 companheiros da Alstom Transportes, na zona oeste, conquistaram melhoria no Plano de Cargos e Salários da empresa. A negociação foi difícil e só foi resolvida no Tribunal Regional do Trabalho, com a interferência do presidente Eleno e uma proposta do TRT, aprovada pelos trabalhadores, em assembléia comandada pelo diretor David. A proposta aprovada acaba com o sistema de avaliação para os ajudantes poderem ser promovidos; amplia a quantidade de va-

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gas em cada nível/cargo do PCS, de modo a permitir que mais trabalhadores possam passar de um nível para outro, garante estabilidade de 90 dias para os trabalhadores. A Alstom vai pagar os dias parados e os trabalhadores vão compensar 24 horas trabalhando três sábados, um em agosto, um em setembro e um em outubro. O plano é válido por um ano, a contar de 1º de agosto/08, e será revisto em seis meses. “Os trabalhadores estão apostando na melhoria das relações de trabalho da empresa, que não queria alterar a sua política

de cargos e salários, que dificultava a promoção dos trabalhadores”, afirma David. Por ocasião dos dois primeiros dias da greve, a Alstom concordou em criar um sistema de atendimento odontológico, não efetuar nenhum tipo de desconto a título de alimenDavid e Eleno: apoio aos companheiros da Alstom tação, cumprir todas as promoções que já estavam sendo acertadas (cer- diretores do Sindicato Pereira, Teco, Edca de 90) em junho. son, Ceará, Garcia, Mineiro, Arakém e asApoio- A paralisação teve o apoio dos sessores da diretoria.

PLR garantida na TS Shara

Equiparação na Prada IUGO KOYAMA

As demais reivindicações, negociadas pelo presidente Eleno e o diretor Carlão com a empresa, garantem a implantação, a partir de janeiro/09, de estudo de Plano de Cargos e Salários para corrigir as distorções salariais; eleição da comissão de fábrica em janeiro, com acompanhamento do sindicato e dos trabalhadores, não desconto dos dois dias parados, estabilidade de 45 dias pra todos os funcionários. Demais reivindicações pendentes - retorno de quatro produtos tirados da cesta básica, melhoria da alimentação, aceitação dos atestados médicos e pagamento dos dias que os trabalhadores passarem por consultas nas clínicas conveniadas - serão negociados entre o sindicato e a empresa. “Os trabalhadores estão de parabéns pela mobilização e firmeza em relação às suas reivindicações”, afirma Carlão. Apoio: O movimento contou com o apoio dos diretores Tadeu, Mendonça, Edson, Miguel, David, Pereira e assessores.

Carlão, Miguel (secretário licenciado), diretores Tadeu e Mendonça na assembléia final de greve

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epois de dois dias de greve – dias 11 e 12/8-, os 1.300 trabalhadores da Prada, fabricante de embalagens metálicas, na zona sul, conquistaram PLR, mudança no Plano de Cargos e Salários, e outras reivindicações, numa negociação no TRT. A PLR foi garantida pelo Tribunal do Trabalho, que fixou o valor da primeira parcela em R$ 1.350, para pagamento em 15 de setembro, devendo o restante (segunda parcela) ser acertado entre sindicato e empresa.

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PLR na TS Shara Tecnologia de Sistemas, na zona leste, foi conquistada com uma greve de três dias – 7, 8 e 10/7 –, e uma negociação difícil, concluída no Tribunal Regional do Trabalho. O TRT garantiu aos 180 trabalhadores uma PLR de R$ 650, com pagamento em setembro/08 e fevereiro/09, dispensou os trabalhadores do cumprimenDiretor Arakém comandou a mobilização na fábrica to de metas do benefício e concedeu 90 dias de estabilidade. A empresa assumiu um dia de greve e os tra- rios, que promoveu todos os auxiliares de monbalhadores vão compensar os outros dois tagem a montador, com aumento de salário. dias. Para o diretor Arakém, este resulta- Aqueles com mais de um ano e menos de dois do é uma vitória dos trabalhadores, que fo- anos de casa receberam 3%. Quem tinha mais ram firmes na defesa dos seus direitos. de dois anos de casa pegou 6%, e todo ano, a PCS - Depois dessa ação, os trabalhado- partir de 1º de agosto, quem continuar na emres conquistaram o Plano de Cargos e Salá- presa terá mais 2% de aumento salarial.

Aumento da PLR na Yadoia IUGO KOYAMA

Antecipação salarial na Savage om uma paralisação de cinco horas, em julho, os 22 trabalhadores da GR Savage, na zona leste, conquistaram um aumento na PLR, para R$ 450, com pagamento em parcela única, embolsado no dia 31 de julho passado.

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Durante as negociações do benefício, feitas pelo diretor João DD, foi garantida, ainda, aos trabalhadores uma antecipação salarial de 5%, a partir de 1º de agosto. É um reforço no salário até novembro, data-base da categoria.

Diretor Maloca encaminhou as negociações do acordo e a mobilização garantiu o benefício

Luta difícil pela equiparação na Inal s companheiros da Inal Indústria de Aço Laminado, em Mogi das Cruzes, fizeram greve durante oito dias – de 17 a 24 de julho- pela equiparação salarial e aumento do vale-cesta, e foram bastante reprimidos pela empresa, que tratou este movimento legítimo como caso de polícia e usou o seu poderio econômico para intimidar os trabalhadores. A Inal pertence ao grupo CSN. Além de não apresentar proposta, e desrespeitar a lei, a Inal levou a greve para o TRT e, mesmo lá, manteve-se irredutível.

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A empresa paga salários diferentes para funções iguais de operadores de máquina, auxiliares de produção, entre outros. “As diferenças no salário chegam a R$ 900”, afirma o diretor Paulão, do Sindicato. O valecompra, de R$ 65, não é reajustado há 5 anos. Durante a greve, a Inal enviou carta aos funcionários chamando-os para trabalhar, e entrou com ação judicial contra o Sindicato, alegando que a entidade impedia a entrada dos trabalhadores. O diretor Paulão nega. “O pessoal ficou do lado de fora porque enten-

s 50 trabalhadores da Yadoia Furadeira, na zona norte da capital, cruzaram os braços nos dias 21, 22 e 23 de julho pela melhoria da PLR, e foram vitoriosos na luta. Segundo o diretor Eraldo Alcântara, o Maloca, os trabalhadores haviam rejeitado a oferta de R$ 260 da empresa. A greve foi levada para o Tribunal Regional do Trabalho, que garantiu um aumento no benefício. Valeu a mobilização!

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LOPES JR.

deu que esta situação irregular não pode continuar”, afirma. A greve aconteceu depois de várias tentativas frustradas de negociação. Por determinação do tribunal, os trabalhadores voltaram ao trabalho e o processo de dissídio de greve ainda vai ser julgado. Mas, mesmo sem um des- Diretor Paulão: Trabalhadores enfrentaram o patronato fecho da luta, esses companheiros mostraram que são lutadores e merecem Apoio: A greve teve o apoio dos diretoconsideração e apoio de toda a categoria. res Carlão, Garcia, Arakém e assessores.


8 - o metalúrgico

SETEMBRO DE 2008

PATRIMÔNIO DA CATEGORIA

NOSSO CLUBE DE CAMPO: CADA VEZ MELHOR! A DIRETORIA DO NOSSO SINDICATO VALORIZA O LAZER DA FAMÍLIA METALÚRGICA, OFERECENDO EXCELENTES MELHORIAS NO CLUBE DE CAMPO EM MOGI DAS CRUZES. ara quem gosta de ter um contato maior com a natureza, uma excelente opção de lazer é o nosso Clube de Campo, em Mogi das Cruzes. Localizado numa região privilegiada, próximo à Serra do Mar, é uma ótima alternativa para a família metalúrgica. Totalmente estruturada para o lazer, a área possui vista para a represa Taiaçupeba. “Como prova de dedicação espe-

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NOVIDADES NO CLUBE: ● Lanchonete na cobertura dos novos vestiários, com vista para as piscinas e campo de futebol ● Sala de atendimento médico ● Restaurante no pesqueiro ● Churrasqueiras cobertas nos chalés, com pisos, pias individuais e armário ● Quadras externas de vôlei e basquete ● Canchas cobertas de malha e bocha ● Depósito de lixo (próprio para reciclagem) ● Modernização do sistema de iluminação ● Guarda-volumes para os visitantes diaristas ● 4 churrasqueiras próximas ao campo de futebol ● Acesso fácil para deficientes em todo o Clube ● Reformas nos banheiros próximos às churrasqueiras antigas ● Construção de um 2º poço artesiano para garantir abastecimento o ano todo ● Construção de 20 novos chalés e reformas nos antigos ● Manutenção nas churrasqueiras antigas ● Reformas dos telhados ● Reforma do asfalto e construção de novas vias para os novos chalés ● Reformas das piscinas, com colocação de novos azulejos, instalação elétrica, ducha e lavapés ● Informatização ● Sistema de interfones nos chalés

cial à família metalúrgica, estamos colocando em prática uma série de novas construções e reformas no Clube de Campo, para garantir muito mais alegria, tranqüilidade, conforto, descanso e confraternização. É um compromisso assumido pela atual diretoria do Sindicato com a categoria e que está sendo concretizado”, afirma Elza Costa Pereira, tesoureira-geral do Sindicato.

Eleno (presidente do Sindicato), Paulinho (presidente da Força), Miguel (secretário-geral licenciado), Elza (tesoureira) e técnicos em vistoria às obras

AS OBRAS COMEÇARAM EM JUNHO, COM PREVISÃO DE TÉRMINO PARA O FINAL DE NOVEMBRO Elza ressalta que as melhorias no Clube de Campo só estão sendo possíveis graças a uma eficiente e transparente administração dos recursos do Sindicato. “São recursos essenciais para a manutenção do Sindicato, o desenvolvimento de

nossas lutas sindicais em defesa dos direitos dos trabalhadores, as campanhas salariais, enfim, para a valorização da família metalúrgica, pois todas as nossas ações são sempre pautadas nos interesses dos trabalhadores metalúrgicos”, afirma.

Mais novidade - Além das mudanças no Clube, o Sindicato pretende, ainda neste ano, instalar uma lan-house na sede da entidade - rua Galvão Bueno, 782, Liberdade-, como forma de inclusão digital de nossa categoria. Em breve, novas informações!

VEJA COMO ANDA A REFORMA FOTOS: ARQUIVO SINDICATO

Elza, tesoureirageral, inicia mais uma vistoria das obras dos novos chalés Novos chalés e novas vias asfaltadas fazem parte da grande reforma no Clube de Campo Os chalés contarão com pisos e churrasqueiras individuais cobertas para mais conforto e comodidade Canchas de bocha e malha estão sendo construídas para a prática destes esportes populares Todas as churrasqueiras individuais estão ganhando cobertura

Vista para as piscinas da lanchonete que está sendo construída na cobertura dos vestiários Elza acompanha o andamento das obras, a qualidade do trabalho e materiais empregados Novos telhados nas churrasqueiras coletivas que têm vista para o campo de futebol


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