O metal 549

Page 1

o metalúrgico - 5

OUTUBRO DE 2008

WWW.METALURGICOS.ORG.BR

OUTUBRO DE 2008

ANO 65 – Nº 549 IUGO KOYAMA

Miguel Torres, presidente: trabalho de mobilização nas fábricas, com a diretoria SIDINEI LOPES

A L S T O N

CAMPANHA SALARIAL 2008

MIGUEL TORRES COMANDA GREVES E NEGOCIAÇÕES COM PATRÕES

FOTOS: JAÉLCIO SANTANA

P R A D A

F A M E

I N V E N S Y S

L O P S A

C P F

F A G

P A S S E A T A

MOBILIZAÇÃO NA FERROLENE: Presidente Miguel Torres informa os trabalhadores sobre a campanha salarial e conclama todos a se manterem mobilizados

stamos num momento importante da Campanha Salarial. O grupo patronal 2, que representa as empresas de máquinas e de eletroeletrônicos, pediu prazo até esta semana para dar uma resposta às reivindicações da categoria. Aceitamos o prazo, mas se não tivermos uma resposta satisfatória, vamos intensificar as greves por e pressionar as empresas para que elas façam acordo direto com o Sindicato, garantindo a reposição da inflação, aumento real (acima da inflação), piso salarial maior, estabilidade para os companheiros acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais, e outras reivindicações. O presidente do nosso Sindicato, Miguel Torres, que comanda as negociações e a mobilização nas fábricas para garantir que a nova Convenção Coletiva saia o mais rápido possível, faz um alerta fundamental: “Cada trabalhador precisa se mobilizar e participar da campanha, pois só com muita unidade e pressão vamos conquistar o que queremos”, afirma.

E

NEGOCIAÇÕES ACORDOS DIRETOS Os grupos patronais dos setores de fundição, Sindisider (siderurgia) Grupo 3 (auDo dia 8 de outubro, início das topeças), Grupo 19-3 (Sicetel) e Sindifupi paralisações e mobilização nas estão negociando e acenando com a posfábricas de máquinas e sibilidade de acordo. Mas vamos ficar ateneletroeletrônicos, até o dia 13, tos e mobilizados, caso esses grupos não fechamos 76 acordos garantindo atendam às nossas reivindicações. aumento real de salário para mais O Grupo 2, formado pelo Sindimaq e de oito mil trabalhadores. Sinaees, está com a nossa pauta desde o dia 4 de setembro, mas ainda não apresentou suas propostas. Os representantes deste grupo foram para a mesa de negociação querendo adiar as conversações. Este grupo é resultado da divisão do grupo 19-3. É o primeiro ano que eles negociam em separado e estão dificultando o entendimento com os trabalhadores. Não aceitamos isso, e conclamamos todos os companheiros a fortalecerem PAULINHO COM MIGUEL: a mobilização! UNIDADE NA LUTA PELOS TRABALHADORES Leia mais na Pág. 3

ELEIÇÕES 2008

CLÁUDIO PRADO É REELEITO VEREADOR Cláudio Prado, diretor do Sindicato, foi reeleito vereador na Câmara Municipal de São Paulo, com 31.014 votos. Foi o mais votado do PDT, é o vereador que desenvolve projetos em favor dos trabalhadores e das comunidades carentes, e atribuiu esta vitória ao apoio da categoria. Leia na Pág. 4

COM GREVES

IUGO KOYAMA


OUTUBRO

WWW.METALURGICOS.ORG.BR

INFORMATIVO CAMPANHA SALARIAL 2008

METALÚRGICOS VÃO À e conquistam aumento real

GREVE JAÉLCIO SANTANA

esde o dia 8 deste mês, estamos fazendo paralisações nas empresas de máquinas e de eletroeletrônicos, porque os sindicatos patronais – Sindimaq e Sinaees – não apresentaram nenhuma proposta na única reunião que marcaram com a nossa comissão de negociação, e ainda querem tirar direitos. “Não vamos admitir que os trabalhadores sejam humilhados por estes patrões. Estamos lutando pelo nosso aumento salarial e cláusulas sociais da nossa convenção coletiva, e fechando acordos direto com as empresas”, afirma Miguel Torres, nosso presidente. Em três dias de paralisações - 4ª, 5ª e 6ª feira passadas - fechamos 45 acordos com aumento real de salário (acima da inflação), de mais de 3%, e reposição da inflação para mais de 7 mil companheiros, e estabilidade para os acidentados e portadores de doenças profissionais. JOGO SUJO O Sindimaq e o Sinaees estão jogando sujo contra as empresas e também contra os trabalhadores, tentando enfraquecer o nosso movimento. Eles soltaram uma carta afirmando que os nossos negociadores disseram que eles “estariam se recusando a negociar e que as conversações teriam se encerrado”. ISTO NAO E VERDADE. VEJA POR QUE: O Sindimaq e o Sinaees receberam a nossa pauta no dia 4 de setembro. Contrataram um escritório para negociar por eles, coisa que nunca aconteceu antes, sempre negociamos direto com os empresários de todos os grupos patronais. No dia 2/10, parte dos negociadores

D

Miguel, presidente, e o diretor Mala na assembléia na Metalfrio, que ficou parada um dia e fez acordo com o Sindicato

do grupo 2 se reuniu com a comissão de negociação dos sindicatos e não apresentou nenhuma contraproposta. Eles disseram que iam fazer a assembléia patronal para avaliar as nossas reivindicações depois do dia 10, e que não concordavam com algumas reivindicações. Não aceitamos e demos prazo até o dia 8/10 para uma nova negociação, caso contrário, íamos começar a parar as empresas. Não tivemos resposta, e iniciamos as paralisações em todo o Estado. Nossa Campanha Salarial é unificada com outros 53 sindicatos metalúrgi-

cos do Estado filiados à Força Sindical e à nossa Federação. “Nossa data-base é 1º de novembro, mas não vamos esperar até lá pra fazer o acordo e garantir o aumento salarial dos trabalhadores. A crise internacional das bolsas de valores e dos bancos pode atrapalhar a nossa campanha, e não podemos vacilar. Além disso, as empresas faturaram alto o ano inteiro. Chegou a hora delas dividirem o lucro com os trabalhadores”, afirma Miguel. As negociações com os demais grupos patronais estão caminhando bem e

podemos fechar acordo com eles ainda esta semana. UNIDADE E MOBILIZAÇÃO Vamos manter a luta para fechar a Convenção Coletiva. Se não pressionarmos, os patrões vão empurrar com a barriga e usar a crise para não dar o nosso aumento. Por isso, vamos seguir juntos nesta luta, com mobilização. Ligue para o Sindicato para se informar - 3388-1000. Procure os diretores e o presidente para tirar suas dúvidas. Mobilize-se para garantir seus direitos.

Diretores e assessores presos SIDINEI LOPES

A

pressão dos patrões é tão grande, que no dia 8, os diretores do Sindicato David e Pereira, e os assessores Rodoni, Isac e Erlom, foram detidos pela polícia quando faziam assembléia na MTU do Brasil, na zona oeste. A força policial foi pedida pela empresa, que não quer negociar, e achou que a assembléia estava demorando.

Acima, assembléia aprova greve na MTU. Ao lado, os diretores David e Pereira, e os assessores Isac e Erlom na porta da delegacia

Os policiais exigiram que nossos diretores tirassem o carro de som na porta da empresa. Quem é que ia parar a assembléia pra tirar o carro de som? Nossos diretores continuaram falando com os trabalhadores e receberam voz de prisão por desobediência. Eles foram levados para o 46º Distrito Policial, em Perus, e liberados só depois das 14h.

Contra a intransigência, só a persistência. Vamos manter a mobilização até a vitória!


2 - o metalúrgico

OUTUBRO DE 2008

Nossa convenção amplia

EDITORIAL

UNIDADE E LUTA, SEMPRE! DARIO DE FREITAS

N

este primeiro editorial (opinião) que escrevo aos metalúrgicos, como presidente do Sindicato, reafirmo o meu compromisso com a defesa dos interesses dos trabalhadores e, sobretudo neste momento, com a nossa campanha e o aumento salarial da categoria. Reconheço o desafio que assumo a partir deste momento, por força das circunstâncias, mas estou confiante na organização e na unidade da categoria metalúrgica, pioneira em tantas lutas; na responsabilidade que todos nós, dirigentes e trabalhadores, temos com a sociedade, porque somos o carro-chefe das lutas sindicais e sociais. Confio na minha diretoria e assessoria, na categoria, e conclamo a todos para seguirmos juntos, mobilizados, até a conquista do nosso aumento salarial, lembrando que, se preciso for, intensificaremos as greves por este direito legítimo dos trabalhadores.

O diálogo é sempre o melhor caminho para o entendimento. Mas não me falta coragem para decidir pela greve, caso seja necessário. Estou na militância sindical desde 1979, sou diretor do Sindicato desde 1994, sempre estive à frente das lutas da categoria junto com outros grandes companheiros, como Paulinho e Eleno. Já coordenei inúmeras greves, negociações, movimentos reivindicatórios, portanto, não me falta experiência e visão para conduzir esta Campanha até a vitória. Junto com a diretoria e assessoria , formada por pessoas batalhadoras e determinadas, e a categoria organizada chegaremos ao resultado que todos esperam.

MIGUEL EDUARDO TORRES Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes

ARTIGO

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA JÁ!

E

stamos num momento muito importante da campanha salarial deste ano. Esta campanha exige do movimento sindical e dos trabalhadores esforço redobrado para manter o clima de mobilização, organização e de luta. Queremos reajuste salarial, com a reposição da inflação, aumento real, abono, melhorias no piso e manutenção das cláusulas sociais. A redução da jornada de trabalho também está na pauta de negociação. As empresas não têm do que reclamar. Elas estão tendo recordes de competitividade e lucratividade. E este é o momento de distribuir a renda com os trabalhadores. Portanto, vamos intensificar a mobilização e unir nossas forças com o companheiro Miguel Torres, que está à frente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi. Conheço o Miguel desde 1978 e acompanho a sua luta pelos trabalhadores. Como

o metalúrgico

secretário-geral, era um dos coordenadores das negociações coletivas. É uma pessoa que conhece bem os problemas da categoria e tem experiência para comandar as suas lutas, negociar, dar o rumo certo para os problemas na relação capital e trabalho. Vamos todos juntos nesta luta, pois a participação de todos é fundamental para garantirmos estas conquistas. Gostaria de ressaltar aqui a reeleição a vereador do companheiro metalúrgico Cláudio Prado, que vai continuar a desenvolver na Câmara Municipal de São Paulo um trabalho voltado para os trabalhadores e a população de São Paulo. Mobilize-se! Participe sempre das lutas do seu Sindicato!

PAULO PEREIRA DA SILVA, PAULINHO Presidente da Força Sindical e deputado federal (PDT-SP)

Diretores (Sede de São Paulo) Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio RaiOUTUBRO DE 2008 mundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos SanAno 65 – Edição nº 549 tos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláu“o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos dio do Prado Nogueira, David Martins CarTrabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas valho, Edson Barbosa Passos, Eleno José e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes. Bezerra (In Memorian), Elza Costa Pereira, Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade Eraldo de Alcântara, Eufrozino Pereira da SilCEP 01506-000 - São Paulo - SP - Fone (011) 3388-1000 va, Francisco Carlos Tonon (Tarugo - In Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê Memorian), Francisco Roberto Sargento da CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP Silva, Geraldino dos Santos Silva, Ivando www.metalurgicos.org.br Alves Cordeiro (Geléia), Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos contato@metalurgicos.org.br

DIREITOS TRABALHISTAS A Convenção Coletiva de Trabalho é um contrato que trata dos direitos e deveres dos trabalhadores e patrões. É um documento construído pelos trabalhadores, em conjunto com o Sindicato, onde estão previstas regras para reajuste salarial, piso, saúde e segurança e todos os benefícios sociais e econômicos. Esses pontos são definidos em assembléias dos trabalhadores e negociações com os sindicatos patronais. A convenção é assinada entre sindicato de empregados e sindicato patronal de

uma categoria. Assim, todas as empresas da região abrangidas pelo sindicato devem adotar as normas da convenção. Atenção: Sem a participação dos trabalhadores no processo de elaboração da Convenção Coletiva de Trabalho, o documento não contempla as necessidades e os direitos da categoria. Estamos em campanha salarial. Participe! Procure o diretor do Sindicato responsável pela sua empresa e se informe.

MOBILIZAÇÃO MUNDIAL

Passeata pelo trabalho decente O nosso Sindicato participou com a Força Sindical e demais centrais sindicais da passeata em defesa do Trabalho Decente, no dia 10 de outubro, da Praça Ramos até a DRT-Delegacia Regional do Trabalho, no centro de São Paulo. O ato faz parte das atividades da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente promovida pela Confederação Sindical Internacional (CSI), que representa 168 milhões de traPasseata das centrais sindicais reúne balhadores de 155 países. sindicalistas e trabalhadores de várias categorias Centenas de trabalhadores e sindicalistas levaram às ruas bandeiras como a redução da jornada de trabalho, carteira assinada, respeito à organização sindical, igualdade de direitos para as mulheres, não discriminação, luta contra o trabalho infantil e escravo e mobilização por uma globalização justa. Na DRT-SP, as centrais entregaram um documento com as reiPaulinho da Força e Juruna, (secretário-geral vindicações ao secretário de Relada central) à frente da passeata ções do Trabalho do Ministério do Trabalho, Luiz Antônio de Medeiros, e ao des rurais e encontrou 30.036 trabalhadosuperintendente em exercício da DRT, res em regime análogo ao de escravos. Só Makoto Sato. no primeiro semestre de 2008, foram liber“Vale lembrar que nesta Campanha Sa- tados 2.269 trabalhadores submetidos a larial 2008, nosso Sindicato reivindica vá- condições degradantes. Em 2007, foram resrios itens que buscam exatamente isto: o gatados 5.999 trabalhadores. trabalho decente em todos os locais de traAlém do trabalho imposto por dívidas balho”, afirma Jefferson Coriteac, diretor manipuladas, os trabalhadores eram cercedo nosso Sindicato. ados no direito de ir e vir, submetidos a jorDesde 95, o governo realizou 680 ope- nadas exaustivas e a condições de trabalho rações de fiscalização em 1.979 proprieda- degradantes. Gonçalves (Juruna), José Francisco Campos, José Lúcio Alves (Mineiro), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), Juarez Martelozo Ramos, Luiz Antonio de Medeiros, Luiz Carlos de Oliveira (Luizinho), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva, Ricardo Rodrigues (Teco), Sebastião Garcia Ferreira, Sílvio Bernardo, Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva Diretores (Sede de Mogi das Cruzes) Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza (Paulão) e Sales José da Silva

Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão NEOGRAF Tiragem: 300 mil exemplares


o metalúrgico - 2

OUTUBRO DE 2008

INFORMATIVO CAMPANHA SALARIAL 2008

JAÉLCIO SANTANA

PARALISAÇÃO NAS FÁBRICAS TODOS OS DIAS

Dia 10/10- Presidente Miguel Torres na mobilização dos trabalhadores da Fame LOPES JR

Em apenas três dias, o Sindicato fez assembléias com paralisações em 59 empresas, envolvendo 21 mil trabalhadores, e fechou 45 acordos garantindo o aumento salarial. A mobilização vai continuar! LOPES JR

SIDINEI LOPES

Dia 08/10 - A tesoureira Elza e o diretor Luisinho com os trabalhadores da Schioppa LOPES JR

Dia 08/10- Elza, tesoureira, explica a importância da greve para os trabalhadores da Etelbras JAÉLCIO SANTANA

Dia 09/10- Acordo fechado na Metalúrgica Atlas com o diretor Teco IUGO KOYAMA

Dia 09/10 - Diretor Garcia na mobilização dos trabalhadores da Ciwal LOPES JR

Dia 09/10- Trabalhadores da Moltec atentos às informações da campanha do diretor Milton Brum AS / ARQ. SINDICATO

Dia 08/10- Toda força na mobilização na Beghim com os diretores Zé Luiz, Juruna e Paulão IUGO KOYAMA

Dia 08/10- Elza e Luisinho comandam assembléia de mobilização pelo acordo salarial na Vlados LOPES JR

Dia 08/10- Diretor Valdir na mobilização da Pasini, que fez acordo com o Sindicato

Dia 09/10 - Na Supergauss, diretor Mendonça propõe estado de greve e trabalhadores aprovam

JAÉLCIO SANTANA

Negociação com Grupo 2 A única reunião com o Grupo 2 Sindimaq e Sinaees- aconteceu no dia 2 de outubro, e terminou sem entendimento, porque os patrões não apresentaram nada e ainda falaram em tirar direitos. Foi aí que entregamos o aviso de greve. Com os demais grupos patronais, as negociações caminham para um acordo, que pode ser fechado ainda esta semana. A próxima reunião será nesta segunda-feira, dia 13.

Dia 10/10- Greve na Kato, com diretores Jefferson e Sargento, até o acordo sair

a r e t n a m s o Vam , s o d a z i l i b o m , luta ! a i r ó t i v a é t a


o metalúrgico - 3

OUTUBRO DE 2008

CAMPANHA SALARIAL

DUREZA DAS NEGOCIAÇÕES NÃO NOS INTIMIDA, DIZ MIGUEL TORRES ORGANIZAÇÃO É A ARMA PARA A CONQUISTA

MOBILIZAÇÃO NA LORENZETTI: Miguel Torres comanda a mobilização na fábrica de chuveiros, na zona leste, com apoio da tesoureira Elza, do vereador eleito Cláudio Prado, dos diretores João DD e Campos

A

mobilização pelo aumento salarial já está dando resultado. Desde o dia 8 de outubro, o Sindicato vem realizando paralisações e assembléias de mobilização nas fábricas de máquinas e de eletroeletrônicos, do Grupo 2, e fechando acordo direto com as empresas, garantindo aumento real de salário, estabilidade para os acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais, e outros benefícios. Se o Grupo 2 - Sindimaq e Sinaees -

não garantir a reposição da inflação, o aumento real e as reivindicações sociais vamos ampliar as greves e o número de acordos por empresa, enfatiza Miguel Torres, presidente do Sindicato. Miguel Torres lembra o resultado da vitoriosa campanha salarial dos metalúrgicos de Curitiba e do Interior, ligados à Força Sindical, que conquistaram reajuste salarial com base na inflação integral e aumento real. “O acordo é resultado da gre-

ve, da persistência e da mobilização dos trabalhadores”, afirma Miguel Torres. Nossa luta também é pra valer. Não vamos aceitar desculpas sobre a crise nem jogar nossa negociação pra frente. “O momento de lutar e definir o acordo salarial é agora”, enfatiza Miguel Torres. Não abrimos mão de um aumento salarial proporcional ao crescimento da produção e da produtividade das empresas. Nosso comando de negociação espera che-

gar a um acordo até o próximo dia 25. Para isso, vamos manter a mobilização! A Campanha Salarial reúne 54 sindicatos de metalúrgicos do Estado, filiados à Força Sindical, e 750 mil trabalhadores. Este ano, estamos negociando basicamente as cláusulas econômicas, pois as cláusulas sociais negociadas no ano passado têm validade até 2009, com exceção da estabilidade dos acidentados e portadores de doenças profissionais.

NEGOCIAÇÕES EM ANDAMENTO O comando de negociações, integrado por Miguel Torres, presidente do nosso Sindicato, Magrão (presidente da federação), entre outros dirigentes metalúrgicos, está negociando com os sindicatos patronais de fundição, siderurgia, Grupo 19-3 (Sicetel), Sindifupi (funilaria), Sindipeças, e tem expectativa de fechar logo o acordo salarial. O Grupo 2 (eletroeletrônicos e máquinas), que se separou do grupo 19-3, está em ritmo lento, prometendo contraproposta, mas até agora não ofereceu nada. Mantenham-se mobilizados para intensificar as greves, se não recebermos uma proposta satisfatória.

Miguel Torres com o nosso comando de negociação na reunião com representantes do Grupo 2

Miguel Torres na mesa de negociação com os patrões do setor de fundição

Miguel Torres com representantes do Grupo 19-3 (Sicetel): cordialidade e busca de entendimento

Miguel Torres e comando de negociação cobram proposta do Grupo 3 (autopeças)

Miguel Torres na mesa de negociação com o Grupo 10, na sede da Fiesp

Miguel Torres e o nosso comando de negociação com o Sindisider


4 - o metalúrgico

OUTUBRO DE 2008

RETRATO DO BRASIL

ELEIÇÕES 2008

VOTOS DA CATEGORIA AJUDAM A REELEGER VEREADOR CLÁUDIO PRADO ARQUIVO SINDICATO

EXPRESSIVA VOTAÇÃO REELEGEU O VEREADOR CLÁUDIO PRADO (PDT), DIRETOR DO NOSSO SINDICATO, PARA A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. CLÁUDIO OBTEVE 31.014 VOTOS, CONSOLIDANDO-SE COMO O CANDIDATO MAIS VOTADO DO PARTIDO. CONFIRA A MENSAGEM DO VEREADOR! “Venho até vocês, companheiros(as) metalúrgicas(as) para agradecer a todos pelo apoio, pelo trabalho e confiança em mim depositada, demonstrada pela expressiva votação que obtive nas urnas, que acabaram me reelegendo vereador por São Paulo. Ninguém faz nada sozinho. E é por isto que todo o meu mandato na Câmara Municipal continuará sendo pautado na defesa dos interesses dos trabalhadores, e no trabalho conjunto que continuarei rea-

lizando com vocês”. Para Cláudio Prado, a sua vitória nas urnas é mais uma vitória da categoria metalúrgica. “A todos vocês o meu muito obrigado, e a certeza de que haverá muito trabalho e muitas conquistas pela frente, por intermédio de uma atuação responsável, transparente e objetiva em defesa dos trabalhadores, dos metalúrgicos e das comunidades neste meu segundo mandato”. O diretor do Sindicato Adnaldo Ferrei-

ra, que também concorreu a uma vaga na Câmara Municipal, não foi eleito, embora tenham alcançado expressiva votação, mas agradece, da mesma forma, o apoio e os votos obtidos dos trabalhadores. “Avaliamos que estamos desenvolvendo um projeto político e crescendo nesta direção, com a categoria participando e entendendo a importância da política na vida e no bem-estar da população”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato.

FORÇA POLÍTICA

PAULINHO É ELEITO, PELA 2ª VEZ, UM DOS CABEÇAS DO CONGRESSO DANIEL CARDOSO

O

deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, foi eleito, pela segunda vez, um dos “cabeças” do Congresso Nacional, de acordo com a pesquisa do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). A pesquisa de 2007 já o incluía entre os 100 parlamentares mais influentes da Casa. Esta é a 15ª edição da série “Cabeças” do Congresso Nacional. A pesquisa do DIAP identifica, desde a eleição, quem são os parlamentares eleitos e mapeia os mais influentes no processo de decisões no Po-

habilidades para elaborar, interpretar, debater ou dominar regras e normas do processo decisório, bem como para manipular recursos de poder, de tal modo que suas preferências ou do grupo que lideram prevaleçam no conflito político. O objetivo da publicação é fornecer ao movimento social organizado uma radiografia dos principais interlocutores da sociePaulinho em discurso na Câmara dade no Congresso Nacional, publicando der Legislativo. um rápido perfil, com resumo das habilidaCom essa finalidade, o DIAP desenvol- des dos parlamentares que realmente exerveu uma metodologia para identificar, anu- cem influência no processo decisório do almente, os 100 parlamentares com mais Poder Legislativo.

Com base em informações sobre habitação, rendimento, trabalho, população e educação, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2007, divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou vários indicadores da situação dos brasileiros e suas condições de vida. Confira: FOTOS: JAÉLCIO SANTANA

ANALFABETISMO O Brasil tinha 4,8 milhões de crianças trabalhando e 14,1 milhões de analfabetos em 2007 está em 15º lugar em proporção de alfabetizados na América Latina e no Caribe. EMPREGO CRESCE O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 6,1% em 2007, atingindo 32 milhões de pessoas. Isso corresponde a 35,7% no total de ocupados. É o maior nível da série histórica da pesquisa, iniciada em 1992. Apesar dos avanços, 8,1 milhões de pessoas ainda estavam desempregadas no País. RENDA NÃO RECUPERA PERDAS Os aumentos no rendimento médio real dos trabalhadores nos últimos quatro anos não foram suficientes para anular as perdas ocorridas entre 1996 e 2003. Em 2007, a renda dos ocupados chegou a R$ 960, o maior patamar dos últimos oito anos, mas ainda 6% inferior à de 1996 (R$ 1.023). BENS DE CONSUMO Em 2007, os brasileiros, especialmente os de renda mais baixa, compraram mais bens de consumo duráveis. No ano passado, 20,4% dos domicílios do País, ou 11,4 milhões, tinham acesso à internet - crescimento de 23% em relação ao ano de 2006. REDE DE ESGOTO Em 2007, pela primeira vez, a proporção de domicílios brasileiros ligados à rede de esgoto passou de 48,5% para 51,3% de domicílios. A distribuição do benefício, contudo, é muito desigual: no Sudeste era 79,4%; no Norte, 9,8%. MENORES TRABALHANDO Apesar do trabalho ser proibido para menores de 14 anos, 1,2 milhão de brasileiros nessa faixa etária trabalhavam em 2007. A maioria (60%) não recebia remuneração e 17,3% eram empregados domésticos. Do total, 157 mil tinham de 5 a 9 anos, e 1,1 milhão, de 10 a 13 anos. FOTOS: ARQUIVO SINDICATO

PATRIMÔNIO DA CATEGORIA

NOSSO CLUBE DE CAMPO: CADA VEZ MELHOR!

O

Clube de Campo do Sindicato será reaberto em novembro, com melhorias e muitas novidades para os associados e suas famílias. As obras estão na fase final. Os 20 novos chalés projetados já estão prontos, elevando para 42 o total de chalés. Os antigos foram todos reformados, estão com nova mobília, churrasqueiras individuais e têm vista para a represa. O clube tem, agora, 10 churrasqueiras coletivas, para excursões; os 50 quiosques individuais, com churrasqueiras, foram reformados, bem como as piscinas que, agora, contam com vestiários e sala de exame médico. O guarda-volumes e as quadras de bocha e malha também estão prontos. A lanchonete sobre o vestiário já está em construção, bem como o restaurante próximo ao pesqueiro. O antigo galpão, logo na entrada, foi

transformado em salão de jogos para crianças e adultos, e o asfalto interno está sendo concluído. O acesso ao clube será pelo portão 1, com sistema informatizado. Antes da reforma, o clube de campo já era um espaço bastante agradável. Agora, os trabalhadores vão se sentir como se estivessem num hotel fazenda. “Tudo foi pensado de forma a proporcionar mais

qualidade e conforto no lazer dos associados e suas famílias. Fizemos, inclusive, adaptações para facilitar o acesso e a locomoção de portadores de deficiência física”, afirma Elza Costa Pereira, tesoureira do Sindicato. A próxima etapa, segundo Miguel Torres, presidente do Sindicato, será investir na colônia de férias, em Praia Grande.

Miguel Torres brinca na quadra de bocha e malha, já concluída

O vestiário, embaixo, e a lanchonete, na parte de cima, tem vista para as piscinas

Miguel em vistoria aos novos chalés, que têm churrasqueiras individuais

Elza e Paulinho acompanham as obras com os técnicos e o administrador do clube


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.