O metal 557

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AGOSTO DE 2009

ANO 66 – Nº 557

Campanha Salarial 2009

ASSEMBLEIA APROVA LUTA PELO

AUMENTO SALARIAL E 40 HORAS Miguel Torres é eleito vice-presidente da Força Sindical

O presidente do nosso Sindicato, Miguel Torres, foi eleito vice-presidente da Força Sindical, no 6º Congresso Nacional da central, realizado nos dias 29, 30 e 31 de julho, na Praia Grande. Paulinho foi reeleito presidente. O evento reuniu cerca de 4.000 delegados de todos os Estados e deliberou fortalecer a organização dos trabalhadores pelos seus direitos e intensificar a luta pela aprovação do projeto que reduz a jornada de trabalho para 40h semanais em todo o País. Em prol da jornada menor, nossa diretoria, junto com sindicalistas de todo o País, está visitando os deputados no Congresso Nacional e pressionando para que eles votem a favor da redução. “Vamos denunciar para a sociedade os deputados que votarem contra os trabalhadores, para que eles não sejam reeleitos em 2010”, disse Paulinho. PÁGS. 4 e 5

Jornada pelas 40 HORAS, JÁ!

A jornada nacional de luta pelas 40 horas semanais está nas ruas. No dia 14 deste mês, o movimento unificado da Força Sindical e demais centrais sindicais realizou um Dia de Luta pelas 40h em todo o País. Em São Paulo, a manifestação levou para a Avenida Paulista cerca de 15 mil dirigentes sindicais e trabalhadores de todas as categorias profissionais do Estado, movimentos sociais e políticos de vários partidos. Os manifestantes saíram da praça Osvaldo Cruz e seguiram em passeata até o Masp (Museu de Arte de São Paulo), onde aconteceu um grande ato público. PÁG. 3

Assembleia com cerca de mil delegados, diretores e assessores aprova a pauta com mais de 140 reivindicações econômicas e sociais

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pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2009 foi aprovada no dia 15, por cerca de mil delegados e delegadas sindicais, numa grande assembleia no Clube de Campo do Sindicato, em Mogi das Cruzes. As prioridades nas reivindicações são a reposição das perdas salariais, aumento real, estabilidade para os delegados sindicais, bem como para os acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais e piso salarial único, entre outros. A assembleia avaliou que para conquistar o que queremos só mesmo a mobilização. Todos precisam se envolver na campanha, mobilizarse nas fábricas, participar das assembleias, porque não vamos ter uma campanha fácil. “A crise ficou para trás, mas os patrões vão arrumar todas as justificativas para não dar o aumento real nem renovar as cláusulas sociais da nossa Convenção Coletiva. Temos muitos direitos a

defender. Por isso, estamos começando nossa campanha mais cedo, para nos organizarmos e fazermos uma campanha forte”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato. A pauta será entregue no dia 27 de agosto à Fiesp e demais grupos patronais, às 10h30, com carreata e uma grande manifestação. A campanha é unificada com outros 52 sindicatos metalúrgicos do estado, filiados à nossa Federação e à Força Sindical. Leia nas págs. 6 e 7


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EDITORIAL

CAMPANHA FORTE PARA CONQUISTAR!

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omeçamos bem a Campanha Salarial 2009, com a participação maciça de cerca de mil delegados e delegadas sindicais na assembleia de aprovação da pauta de reivindicações, no dia 15, no Clube de Campo. Esses companheiros demonstraram disposição de lutar pelo aumento salarial e os direitos da Convenção Coletiva. Até novembro, nossa data-base, a mobilização e a pressão têm de ser crescentes. Nossas conquistas nunca foram alcançadas com facilidade, mas este ano temos a questão da crise financeira, que ficou para trás, mas que certamente será utilizada pelos patrões na hora da negociação. Além disso, este ano vamos negociar a renovação de todas as cláusulas da Convenção Coletiva e algumas são bas-

tante polêmicas, como a garantia de emprego para quem está em vias de se aposentar e a estabilidade dos acidentados. Por estes motivos, estamos começando a campanha salarial bem mais cedo. Nossa categoria sofreu com os efeitos da crise, mas os indicadores econômicos começam a melhorar. Temos condições de avançar em nossos direitos e conquistar o aumento salarial, mas precisamos nos mobilizar e fortalecer a nossa organização. Nossa pauta de reivindicações tem mais de 140 cláusulas e vamos lutar pela garantia de todas elas. Miguel Torres PRESIDENTE DO SINDICATO E VICEPRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL

DIREITOS TRABALHISTAS Nesta edição, “o metalúrgico” informa sobre direitos importantes conquistados pelos metalúrgicos com muita luta e persistência, e que protegem os trabalhadores da categoria em situações difíceis. Estes direitos estão na Convenção Coletiva de Trabalho do Sindicato e vão ser negociados na Campanha Salarial deste ano. Vamos defendê-los com mobilização, mais uma vez.

ESTABILIDADE AOS ACIDENTADOS NO TRABALHO E PORTADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS

A lei 8.213/91 garante ao empregado acidentado no trabalho ou portador de doença profissional estabilidade no emprego até 12 meses após o retorno ao trabalho. A Convenção Coletiva de Trabalho do Sindicato amplia este benefício. Ela garante estabilidade até a aposentadoria, se o trabalhador ficar com sequelas do acidente ou da doença adquirida no trabalho, tendo redução da capacidade laborativa. Vamos defender este direito!

TRABALHADOR EM VIAS DE SE APOSENTAR

Não há lei que garanta o emprego dos trabalhadores que estão próximos da aposentadoria. Mas a Convenção Coletiva do Sindicato assegura este direito. O empregado que estiver a 12 meses de se aposentar e tenha, no mínimo, cinco anos trabalhados na mesma empresa tem assegurado emprego ou salário durante o período que faltar para aposentar-se. Já se o trabalhador estiver a 18 meses da aposentadoria e tiver mais de dez anos de casa terá assegurado emprego ou salário durante o período que faltar para aposentar-se. Vamos defender este direito!

ARTIGO

REDUZIR JORNADA É GERAR EMPREGO

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redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, é uma bandeira antiga defendida pela Força Sindical e seus sindicatos filiados. Com a jornada reduzida, cerca de 2 milhões de empregos serão criados, gerando renda e aquecendo o consumo. E os trabalhadores poderão utilizar esse tempo livre investindo em sua formação ou qualificação profissional, passando mais tempo com a família ou para o lazer. A Força Sindical, em conjunto com as demais Centrais Sindicais, está promovendo atos e manifestações por todo o Brasil para sensibilizar a sociedade e parlamentares sobre esta medida, que trará benefícios importantes para milhões de brasileiros. Vale lembrar que a Constituição Federal de 1988 reduziu a jornada de trabalho, que se mantinha em 48 horas desde 1934, para 44 horas semanais, e de lá para cá nenhuma

o metalúrgico AGOSTO DE 2009 Ano 66 – Edição nº 557 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo - SP - Fone (011) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP

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outra redução de jornada aconteceu em nosso País, a não ser em algumas empresas ou setores, graças à pressão do movimento sindical ou negociações coletivas. Este é o momento certo para intensificarmos nossa luta pela redução da jornada, pois 2010 é ano de eleições para deputados, senadores, governadores e presidente da República. É um momento para verificarmos quem são os homens públicos que estão de acordo com as propostas que trazem melhorias para os trabalhadores. A luta é de todos. Participe! Cobre o seu deputado, mande e-mail, converse e mostre que a redução da jornada só trará benefícios para o País. Paulo Pereira da Silva, Paulinho PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL E DEPUTADO FEDERAL – PDT/SP Diretores (Sede SP): Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara (Maloca), Eufrozino Pereira, Francisco Roberto Sargento, Geraldino dos Santos Silva, Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Cea-

HOMENAGEM

Adeus, Dorandi! DARIO DE FREITAS

O associado metalúrgico mais antigo da categoria, Dorandi Ferrari, 90 anos, faleceu no domingo, dia 16 de agosto. Ele estava internado e teve um infarto fulminante. O companheiro foi homenageado no 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, realizado em junho passado, por sua hisDorandi foi homenageado no 11º Congresso tória de luta como pessoa dos Metalúrgicos em junho e trabalhador metalúrgico. Dorandi era o associado número 9. Sin- na Praia Grande, na década de 1950; conhedicalizado desde 1936, sempre trabalhou ceu todos os locais que abrigaram as sedes em empresas metalúrgicas, foi demitido do Sindicato, lembrava da inauguração da de três delas por ser militante sindical, sede da rua do Carmo, na década de 50, das mas nunca se arrependeu. “Orgulho-me grandes greves de 1949 e 1950. “Quando de ter sido sempre metalúrgico”, afirmou fazíamos greve éramos pioneiros, todos os às vésperas do Congresso. sindicatos acompanhavam a gente. Eram Dorandi conheceu quase todos os pre- greves memoráveis”, contou ele. sidentes do Sindicato: Delelis, Joaquinzão, Dorandi aposentou-se em 1973, mas Medeiros, Paulinho, Eleno e Miguel Torres. nunca deixou de ser metalúrgico. Participou do lançamento da pedra fundaA este companheiro o nosso Muito mental da Colônia de Férias do Sindicato, Obrigado e que descanse em paz! rá), José Silva Santos (Zé Silva), Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luiz Antonio de Medeiros, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Pedro Nepomuceno de S. Filho (Pedrinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva Sede de Mogi das Cruzes: Paulo Fernandes de Souza (Paulão), Sales José da Silva e Sílvio Bernardo

Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem: 300 mil exemplares


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CAMPANHA NACIONAL

JORNADA PELAS 40 HORAS REÚNE MAIS DE 15 MIL NA AV. PAULISTA A

campanha pela redução da jornada de trabalho para 40h semanais está nas ruas, nas fábricas e no Congresso Nacional. No dia 14 passado, as manifestações da Jornada Nacional Unificada de Lutas promovidas pela Força Sindical e demais centrais – CUT, UGT, CGTB, Nova Central, CTB –, aconteceram em todo o País. Em São Paulo, a jornada reuniu mais de 15 mil sindicalistas, trabalhadores, integrantes de movimentos sociais numa passeata na Avenida Paulista, da praça Osvaldo Cruz até o Masp (Museu de Arte de São Paulo), onde aconteceu um ato público. O movimento é em defesa da jornada de 40h semanais, sem redução de salário, do emprego, salário, direitos do trabalhador, pela soberania do petróleo brasileiro. “A luta é em favor dos trabalhadores e da população e por investimentos em políticas sociais”, disse Paulinho, presidente da Força Sindical. Para Miguel Torres, presidente do nosso Sindicato, a unidade entre as centrais sindicais e os movimentos sociais em defesa dessas reivindicações representa inclusão social. “Por isso, vamos continuar mobilizados e pressionando os parlamentares a aprovarem medidas em favor das classes menos favorecidas do País”, disse Miguel.

Paulinho, Miguel, Elza à frente da grande passeata das centrais sindicais que reuniu sindicalistas, trabalhadores, movimentos sociais e estudantes

6º CONGRESSO A Jornada de Lutas pelas 40h e pelos direitos sociais foi aprovada no 6º Congresso Nacional da Força Sindical, realizado no final de julho, na Praia Grande, com a participação de cerca de 4.000 delegados de centenas de entidades sindicais do País, filiadas à central sindical.

HISTÓRIA

PRESSÃO NO CONGRESSO PELAS 40H DANIEL CARDOSO

Paulinho, nossos diretores Luisinho (a dir.), Pedrinho (à esq.) ganham o apoio do presidente do Senado, José Sarney, ao projeto das 40h

Nosso presidente Miguel Torres (à esq.), Paulinho e Leninha (à dir.) com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer DANIEL CARDOSO

Diretores Paulão, Paulinho, Valdir, Lourival, José Silva e Eraldo (Maloca) ganham o apoio de mais deputados na Câmara

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6º Congresso da Força Sindical definiu que é prioritária a luta organizada pela nova direção da Força e demais centrais pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial. É exatamente isto que está sendo feito: Uma vigília permanente no Congresso Nacional, de dirigentes pedindo o voto dos deputados e senadores a favor da semana de trabalho menor. A pressão vai se intensificar caso os parlamentares não queiram atender a reivindicação. "Se isto ocorrer, vamos denunciar os políticos para que eles nunca mais se reelejam", afirmou Paulinho, presidente da Força Sindical. Durante duas semanas, diretores do nosso Sindicato, liderados por Paulinho, percorreram dezenas de gabinetes de parlamentares no Congresso Nacional e colaram cartazes em defesa da jornada de 40 horas semanais nas portas dos gabinetes. Este ato significa apoio de deputados à PEC (proposta de emenda constitucional) 231/95, que prevê a redução para 40 horas, e que deve ser votada no plenário da Câmara em setembro. A Campanha Nacional pela Redução da Jornada continua. No dia 25 de agosto, a proposta das 40h, aprovada na Comissão Especial de Trabalho, será debatida na Comissão Geral pelos representantes das centrais sindicais, entidades patronais e organizações civis.

A jornada de trabalho no Brasil começou a ser regulamentada em 1930, por meio de decretos, e foi fixada em 48h semanais, a princípio, para categorias específicas. A Constituição de 1934 instituiu a jornada diária de 8h e 48h semanais para todos os trabalhadores. Entretanto, a legislação que regulamentou o direito constitucional criou uma forma de estender a jornada através das horas extras, beneficiando os patrões. Em 1943, foi criada a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que limitou as horas extras ao máximo de duas horas diárias. Em 1988, por pressão do movimento sindical, a Constituição reduziu a jornada para 44h semanais. Antes dessa mudança, porém, em 1985, os metalúrgicos de São Paulo já haviam, com sua luta, conquistado esta jornada em várias empresas. Na época da Constituição, o empresariado dizia que o desemprego ia aumentar, que as empresas não iriam suportar este ônus. A realidade foi bem diferente e, passados 21 anos, o discurso dos patrões não mudou. Hoje, o movimento sindical intensifica a luta pela jornada de 40h semanais, sem redução de salário, e eles repetem a mesma ladainha. Usam os mesmos argumentos para poder continuar pagando mal e não oferecer melhores condições de trabalho. “Avançamos na história e seguiremos em frente com toda mobilização, pressionando o Congresso, negociando nas fábricas até conquistarmos as 40h para todos os trabalhadores”, afirma Miguel Torres, presidente do nosso Sindicato.


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Paulinho é carregado ao final do Congresso

O projeto será votado neste segundo semestre no plenário da Câmara dos Deputados e os grupos empresariais estão se organizando para dificultar a votação e impedir a aprovação dessa bandeira histórica. Vamos todos para Brasília apoiar o deputado Paulinho nesta luta e convencer os deputados da importância de aprovarem as 40h semanais”, ressaltou Miguel.

Miguel Torres fala em defesa das 40h semanais e da necessidade de se intensificar a pressão sobre o Congresso Nacional FABIO NUNES

deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, foi reeleito presidente da Força Sindical para um mandato de mais quatro anos, no 6º Congresso Nacional da central, realizado nos dias 29, 30 e 31 de julho, na Praia Grande. A nova direção nacional foi eleita por cerca de 4.000 delegados e delegadas, de centenas de sindicatos e federações de todos os ramos profissionais, filiados à Força Sindical. Na composição da direção, o nosso Sindicato está bem representado. O presidente, Miguel Torres, foi eleito Vice-presidente da Força Sindical; Juruna foi reeleito Secretário-geral, e Geraldino, secretário de Relações Sindicais. Outros eleitos foram Jefferson (Conselheiro), Valdir Pereira (secretário de Cultura, Esporte e Lazer), Elza Pereira, Luisinho, Leninha, Medeiros e Tadeu, todos na direção nacional. Miguel Torres disse que o nosso Sindicato já fazia parte da direção nacional da central e vai dar continuidade ao trabalho, somando com os outros sindicatos e categorias, e reforçar a direção da Força Sindical na busca de avanços para a classe trabalhadora. “A jornada de 40h é um desses avanços.

Juruna, diretor do nosso Sindicato, foi reeleito secretário-geral da Força Sindical e comemorou com Paulinho

Congresso defende TRABALHO DECENTE O 6º Congresso Nacional da Força Sindical teve como tema “Toda Força pelo Trabalho Decente”. Entre as resoluções aprovadas, a palavra de ordem do congresso foi “40 horas, já!”, indicando que a principal tarefa definida pelos delegados é pressionar o Congresso Nacional para que a emenda constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44h para 40 horas semanais, sem redução de salário, seja aprovada. Foi um dos maiores congressos já realizados por uma entidade sindical e demonstrou a força e o crescimento da central, que cada dia mais conquista novos filiados de todas as categorias profissionais. No plano de lutas debatido, votado e apro-

vado no último dia de Congresso, três bandeiras ganharam relevância: jornada de 40 horas semanais, ratificação das Convenções 158 da OIT (que proíbe a demissão imotivada) e 151, que garante a negociação dos servidores, e fim do fator previdenciário, que reduz o valor das aposentadorias. “São os novos desafios da Força Sindical e de todo o movimento sindical brasileiro. A crise financeira foi superada graças ao trabalho das centrais sindicais e dos trabalhadores. Se dependesse dos empresários, a crise seria superada com retirada de direitos, redução de salários. Pelo desenvolvimento do País, precisamos conquistar as importantes reivindicações aqui aprovadas”, disse Paulinho.

FÁBIO NUNES

Por sua atuação, Elza foi eleita para a direção nacional da Força

REPRESENTATIVIDADE FOTOS: FÁBIO NUNES

Ministro Luiz Dulci, da Secretaria-geral da Presidência da República

Ministro Carlos Lupi, do Trabalho

IUGO KOYAMA

Ministro José Pimentel, da Previdência Social

Victor Baez (ao microfone), representante da CSI (Confederação Sindical Internacional), com sede em Bruxelas (Bélgica)

O 6º Congresso Nacional da Força Sindical reuniu cerca de 3.500 delegados de centenas de entidades sindicais do País, de várias categorias profissionais, e contou com as presenças de ministros de Estado, parlamentares e 70 representantes de 38 sindicatos de 24 países.

FABIO NUNES

PAULINHO É REELEITO PRESIDENTE E MIGUEL TORRES É VICE


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FOTOS: IUGO KOYAMA

MONUMENTO AO TRABALHADOR Os trabalhadores vão ganhar um monumento em sua homenagem na Praia Grande. A pedra fundamental do portal foi lançada no dia 30 de julho, durante o Congresso da Força Sindical, pelos presidentes da Central, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, e do nosso Sindicato, Miguel Torres, e pelo prefeito de

Praia Grande, Roberto Francisco dos Santos. O portal, de 4 metros de altura por 5,60 metros de largura, será construído na rotatória do cruzamento da Avenida Presidente Kennedy com a Avenida dos Sindicatos, na Vila Mirim, via que abriga várias colônias de férias de sindicatos e federações de

trabalhadores. “O prefeito tem nos dados todo apoio para realizarmos este congresso e também para recepcionar os trabalhadores, que passam suas férias aqui nas colônias”, disse Paulinho.

Prefeito Santos e Paulinho cimentam caixa com documento que ficará sob o portal

GRUPOS DE TRABALHO Os diretores do Sindicato participaram dos debates dos temas do 6º Congresso da Força Sindical nos grupos de trabalho, contribuindo para a aprovação das resoluções. Confira!

Carlão, no grupo Verde, defende fim do fator previdenciário

Mala participou do grupo Vermelho

Vice-presidente Pereira, secretário do grupo Laranja

Sales e David nas votações do grupo Laranja

Sargento defende jornada menor no grupo Preto

João DD se posiciona no grupo Laranja

Campos e Ortiz participaram do grupo Azul

Teco acompanhou as discussões do grupo Verde

Sílvio foi o relator do grupo Cinza

Pedrinho foi o relator do grupo Marron

Lourival, Luiz Valentim, Ceará e assessores acompanharam os trabalhos do grupo Marrom

Vice-presidente Tadeu coordenou o grupo Vermelho e foi eleito diretor da Força

Jefferson, na tribuna do grupo Vermelho, foi eleito Conselheiro da Força Sindical

Medeiros, fundador da Força Sindical e diretor da central, no grupo Vermelho IUGO KOYAMA

Valdir nas discussões no grupo Azul, foi eleito secretário de Cultura e Esporte da Força

Leninha integrou o grupo Azul e está na direção nacional da Força

Luisinho participou do griupo laranja também está na direção nacional da Força

Geraldino foi reeleito secretário de Relações Sindicais da central FÁBIO NUNES

Ginásio onde aconteceu o Congresso da Força Sindical estava lotado


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CAMPANHA SALARIAL

É HORA DE BUSCAR AUMENTO SALARIAL E GARANTIR TODOS OS DIREITOS OPINIÃO WERTHER SANTANA

WERTHER SANTANA

Paulinho, presidente da Força Sindical, falou da luta da central pelo Brasil, da sua atuação como parlamentar na Câmara dos Deputados, da importância da unidade das centrais em defesa dos direitos dos trabalhadores e da responsabilidade dos metalúrgicos de conquistar o melhor acordo salarial, porque somos referência para outras categorias

“É importante o nosso Sindicato mobilizar a categoria metalúrgica para sairmos vitoriosos nesta Campanha Salarial 2009.” Orlando Vital de Freitas (metalúrgica Selovac)

WERTHER SANTANA

”As propostas aprovadas nesta primeira assembleia, conduzida pelo presidente Miguel Torres, são muito boas e com certeza beneficiarão a categoria metalúrgica.” Neusa Bueno (metalúrgica Xilotécnica)

Arakém, secretáriogeral, falou da importância da mobilização nas fábricas para a conquista de algo a mais para os trabalhadores e suas famílias

“Nossas reivindicações são justas, com destaque para o aumento real e para as 40 horas semanais. O Sindicato está atuando muito bem em defesa dos trabalhadores.” Zilda Cândido do Nascimento (metalúrgica NV Tecnologia)

WERTHER SANTANA

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palavra de ordem é “todos mobilizados na Campanha Salarial 2009 pela conquista do aumento real de salário, redução da jornada de trabalho e renovação de todas as cláusulas sociais e econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho”. A pauta de reivindicações da campanha foi aprovada no dia 15 passado, numa grande assembleia no Clube de Campo, que reuniu cerca de mil delegados e delegadas sindicais metalúrgicos. Esses companheiros se comprometeram a levar as discussões para as fábricas e ajudar a mobilizar os trabalhadores. A assembleia não aprovou um percentual de aumento salarial a ser reivindicado, porque este índice será definido durante as negociações, quando a nossa comissão técnica tiver dados mais concretos sobre a retomada da indústria e os níveis de inflação até novembro, mês da nossa data-base. Estamos começando a campanha bem cedo este ano para fortalecer e ampliar a mobilização. “Estamos prevendo que as negociações serão muito difíceis. Por causa da crise financeira, os patrões vão jogar pesado para não dar o nosso aumento salarial e ainda tirar cláusulas sociais importantes da nossa Convenção Coletiva, mas vamos combater. Soubemos enfrentar os efeitos da crise, com muita luta, e vamos fazer uma

Elza, diretora financeira, parabenizou as mulheres delegadas presentes na assembleia e valorizou a participação de todos nesta luta que visa melhorar as condições de vida das famílias dos nossos trabalhadores

campanha forte e garantir novas conquistas”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato. MELHOR ACORDO Para Paulinho, presidente da Força Sindical, os metalúrgicos têm a obrigação de fazer o melhor acordo salarial. “Não podemos fechar uma campanha sem aumento real de salário. O que conquistarmos vai ajudar outras categorias”, afirmou. PARTICIPAÇÃO Para a diretora financeira do Sindicato, Elza Costa Pereira, os delegados entenderam a importância de participar ativamente da campanha salarial. “Nossa reivindicação não é só dos metalúrgicos, mas de toda a sociedade. Com aumento salarial e jornada menor, o trabalhador tem mais disposição para o trabalho, produz mais, e isso é bom para o País”, afirmou. LUTA CONSTANTE O secretário-geral do Sindicato, Arakém, lembrou que a luta dos trabalhadores é uma constante. “Os trabalhadores sempre lutaram para ter uma vida melhor, para serem tratados com dignidade. Quem quer ter uma vida melhor tem que continuar lutando. A crise veio, enfrentamos, mas precisamos nos

Presidente Miguel Torres comandou a assembleia

mobilizar nas fábricas para garantir algo a mais para os trabalhadores”, afirmou. SUPERAÇÃO Tadeu Moraes, vice-presidente, valorizou a luta dos metalúrgicos. “Nossas dificuldades sempre foram superadas com luta, porque os metalúrgicos são organizados. E vamos superar os problemas mais uma vez este ano, com aumento salarial e muitas conquistas”, disse. Para o vereador Cláudio Prado, os delegados sindicais estão dispostos a lutar pela melhoria das condições de vida de sua família e de seus companheiros de fábrica, e o que for defendido pelos metalúrgicos vai ter reflexos no Brasil inteiro.

Vice-presidente Tadeu Moraes disse que as dificuldades da campanha salarial serão superadas porque os metalúrgicos são organizados

NEGOCIAÇÃO DE TODAS AS CLÁUSULAS Este ano, além das cláusulas econômicas, vamos negociar todas as cláusulas sociais da Convenção Coletiva. São mais de 140 cláusulas, entre elas, a aplicação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para os delegados sindicais, estabilidade para os acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais, redução da jornada de trabalho, piso salarial único. A Campanha Salarial tem como lema “É Hora de Conquistar” e reúne 53 sindicatos de metalúrgicos do Estado, mais a nossa Federação, filiados à Força Sindical.

”É um grande desafio conquistar as 40 horas semanais, sem redução dos salários, mas tudo é possível com integração e mobilização e a liderança do presidente Miguel Torres.” Rozenilda Morais de Oliveira (metalúrgica Policon)

“Além do reajuste salarial, destaco a luta pelas 40 horas, medida que trará mais segurança ao trabalhador e mais tempo para o lazer e convívio familiar.” Carlito Lopes da Silva (metalúrgica Tokura)

Vereador Cláudio Prado falou da importância dos trabalhadores acompanharem as discussões do Plano Diretor da cidade, na Câmara Municipal, para defender a permanência das empresas em São Paulo e os empregos

”Gostei dos novos itens da pauta e acredito que os reajustes salariais são importantes para o crescimento econômico, aumento do consumo e geração de emprego.” Isaías de Sousa Silva (metalúrgica Metalzul)


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Campanha Salarial

Pauta de Reivindicações Aqui estão, de maneira resumida, todas as cláusulas que os metalúrgicos da Força Sindical estão reivindicando. Cláusulas Novas • Garantia de emprego a todos os diretores e conselheiros do Sindicato • Licença-maternidade • Fim do interdito proibitório - proibição de realizar assembleia na porta da fábrica Cláusulas Modificadas • Convênios médicos/odontológicos • PLR • Delegados sindicais representantes dos empregados Cláusulas Inalteradas • Marcação do cartão de ponto nos horários de refeição • Horários de transporte • Revista • Diárias • Promoções • Teste admissional • Preenchimento de vagas • Diversidade nas contratações • Garantia ao empregado em idade de prestação de serviço militar e tiro de guerra • Garantia ao empregado estudante • Abono de falta • Horário de trabalho • Estágio • Licença para casamento • Licença paternidade • Ausência justificada • Complementação do 13º salário • Necessidades higiênicas • Auxílio funeral • Indenização por morte ou invalidez • Carta de referência

• Carta aviso de dispensa • Plantão ambulatorial • Preenchimento de formulário para Previdência Social • Quadros de avisos • Mensalidades do sindicato • Vigilância interna • Negociação complementar • Relação de empresas • Enquadramento • Revisão pelo tribunal • Redução da jornada de trabalho • Horas extraordinárias • Fornecimento de uniformes, roupas de trabalho e EPIs • Compensação de horas / jornada de trabalho • Mão de obra temporária • Fornecimento de ferramentas e instrumentos de precisão • Interrupções do trabalho • Adicional noturno • Atualizações na CTPS • Reajuste salarial • Aumento real de salários • Avaliação conjuntural • Salário normativo • Supressão de requisito para equiparação salarial • Salários - do pagamento - pagamento mensal - pagamento de salários (bancos) - adiantamento (vale) - recebimentos que compõem a remuneração - comprovante de pagamento - autorização para desconto em folha de pagamento • Isenção de tarifas bancárias • Atraso de pagamento • Cargos e salários - nomenclatura - estrutura de cargos - piso profissional - polivalência • Admissões após a data-base • Desconto do DSR • Contrato de experiência • Salário admissão • Nível de emprego • Férias

• Garantia de emprego ao acidentado • Aassédio e/ou constrangimento moral • Garantias à empregada em situação de violência doméstica e familiar • Garantia ao empregado em vias de aposentadoria • Garantia ao empregado no período de concessão da aposentadoria • Garantia aos aprendizes – Senai • Garantia ao empregado afastado do serviço por doença • Cumprimento da convenção 158 da OIT • Licença para empregada adotante • Garantia à empregada que sofrer aborto • Licença em caso de aborto • Amamentação • Substituição de cargo ou função • Obtenção de documentos • Extrato do FGTS • Multa de 40% do FGTS ao aposentado • PIS • Habeas data • Proporcionalidade etária/escolaridade • Readmissão de empregados • Trabalhadores portadores de HIV • Cesta básica ou vale–compra • Auxílio creche • Atestados médicos e odontológicos • Atendimento médico de convênio • Atendimento odontológico • Extensão dos benefícios • Transporte e alimentação • Subsídio educacional • Parceria para realização de cursos de requalificação e custeio e manutenção das escolas Profissionalizantes mantidas pelos sindicatos profissionais • Implantação de um programa de educação profissional • Complementação do auxílio previdenciário • Auxílio previdenciário • Atestados e salários • Fundo de Assistência ao Trabalhador • Assistência social familiar • Programa complementar de medicamentos • Contratação de empregado portador de deficiência ou perda auditiva • Acessibilidade de pessoas com deficiência • Plano social de amparo imediato do trabalhador • Aviso prévio

• Abono por aposentadoria • Garantias salariais na rescisão contratual • Férias proporcionais • Homologações das rescisões de contrato de trabalho • Fornecimento de relação de salário de contribuição • DSS 8030 e perfil profissiográfico previdenciário • Processos de inovações tecnológicas e organizacionais • Contribuição confederativa • Atraso no recolhimento de contribuições • Participação em cursos profissionalizantes e/ou cursos ou encontros sindicais • Sindicalização • Quadro demonstrativo de funções e salários • RAIS (relação anual de informações sociais) • Pesquisa de emprego e desemprego • Fornecimento de cópia da gfip • Terceirização • Precarização do trabalho • Mão de obra do presidiário • Negociação direta – segurança e saúde do trabalhador -Comissão técnica de estudos para prevenção de acidentes e doenças profissionais -CIPA -Programa de prevenção de riscos ambientais -Prevenção de acidentes com máquinas e equipamentos -Medidas de proteção -Risco grave iminente -Comunicação de acidente do trabalho -Remédios -Profissionais de segurança e medicina do trabalho -Programa de controle médico e saúde ocupacional -Prevenção à lesão de esforços repetitivos -Prevenção do câncer • Água potável • Adicionais de risco–atividade do trabalhador • Insalubridade • Periculosidade • Forma de solução de conflitos • Interação capital/trabalho • Multas pelo descumprimento de cláusulas • Ação de cumprimento • Garantias gerais • Normas constitucionais • Cumprimento • Contrato coletivo de trabalho • Aplicabilidade do contrato coletivo de trabalho

LUTA nas fábricas não para

Acordos de PLR A crise não impediu a categoria de conquistar aumento salarial e real na Campanha Salarial de 2008, nem de garantir o emprego de milhares de companheiros, com os acordos de redução de jornada de trabalho e de salário. O Sindicato também não deixou de buscar benefícios para a categoria ou negociar acordos de PLR, garantindo remuneração extra aos trabalhadores. “Com ou sem crise, continuamos nossa luta por benefícios e direitos, levando em conta que o ganho financeiro contribuiu para a superação deste momento de dificuldades da economia”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato. Confira a seguir alguns dos acordos conquistados: Scopus – zona oeste A proposta aprovada na empresa estabelece que quem ganha até R$ 1.500 de salário receberá PLR de valor igual; quem ganha entre R$ 1.501 e R$ 1.729 receberá um salário nominal; quem ganha acima dessa faixa receberá PLR de R$ 1.729. A primeira parcela, de 50% do valor, será paga no dia 30 de agosto; a segunda, em fevereiro/10. O acordo foi negociado pelo diretor David, com apoio do vice-presidente Pereira.

Texima Máquinas – zona leste A PLR de R$ 1.880 foi aprovada em assembleia e será paga aos 230 funcionários em duas parcelas. A primeira saiu em julho; a próxima sairá em setembro, conforme negociação feita pelo diretor Silvio.

débora flor

ALIANÇA – zona norte A PLR aprovada pelos 800 companheiros da fábrica é de R$ 1.250, com o cumprimento das metas, segundo o diretor Adnaldo. A primeira parcela, de R$ 536, foi paga em 31/07; a segunda será paga em fevereiro/10. A assembleia que aprovou o benefício contou com o apoio do secretário-geral, Arakém.

Anobril – zona leste A PLR conquistada pelos 80 trabalhadores é de R$ 700, com pagamento em duas parcelas: em 30/09/09 de março/10. Na Galth, a PLR para os 32 trabalhadores é de R$ 550. A primeira parcela foi paga em julho e a segunda sairá em janeiro/10. Na Jangada e Heidorn, a PLR aprovada pelos 150 trabalhadores é de R$ 725, em duas parcelas: em 20/08/09 e 20/02/10, com metas. Os acordos foram fechados pelo diretor Luisinho.


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LUTA nas fábricas não para

Acordos de PLR Sidinei Lopes

Sabó – zona oeste Os 2.500 trabalhadores da autopeças receberão uma PLR de R$ 1.570, em duas vezes, em 20 de agosto e 29/01/10. O diretor Ceará foi o responsável pela negociação e mobilização dos trabalhadores. CPL – zona sul Os 80 trabalhadores da fabricante de produtos hospitalares conquistaram benefício de R$ 624,22, a ser pago em duas parcelas, em 5 de setembro/09 e 30/01/10, segundo o vice-presidente Pereira e assessores.

Mecânica São Carlos – zona sul PLR de R$ 2.100 para os 150 trabalhadores da autopeças. O pagamento será em duas parcelas, sendo R$ 1.000 em agosto, e o restante em fevereiro de 2010, segundo o diretor Mala.

Dormer Tools – zona sul A PLR dos 400 trabalhadores da fabricante de ferramentas é de R$ 1.800. A primeira parcela foi paga no dia 14 de julho; o restante virá em janeiro/10, conforme o cumprimento das metas. Segundo o diretor José Silva, os trabalhadores haviam rejeitado uma proposta anterior e ameaçavam parar, caso a empresa não melhorasse o valor da PLR.

Metalúrgica Incase – zona leste A PLR conquistada pelos 110 trabalhadores foi de R$ 2.000, sem metas, com pagamento em duas parcelas: 30 de julho/09 e 30/01/2010. A negociação foi feita pelo diretor Pedrinho.

MWM – zona sul O valor da PLR dos 2.100 trabalhadores será com base numa pontuação de produção. Conforme o acordo aprovado pelos trabalhadores, 80 pontos equivalem a 90% do salário. Cada ponto a mais atingido vale R$ 35. O pagamento do benefício será feito em parcela única, em 31 de janeiro/10. O acordo foi negociado pelo diretor Edson.

Bastien – zona sul A PLR aprovada pelos 450 trabalhadores da empresa de autopeças foi de R$ 1.330. O valor será pago em duas parcelas, sendo R$ 450 no dia 18 de setembro, e R$ 880 em 28/10, segundo o diretor Lourival, que negociou o benefício junto com uma comissão de trabalhadores.

Murata – zona sul Os 14 funcionários do escritório da fabricante de componentes eletrônicos (foto) vão receber uma PLR correspondente a um salário nominal. Na YKK, o acordo negociado pela diretora Leninha, e aprovado pelos 130 trabalhadores, garante uma PLR de R$ 2.000, a ser paga em duas parcelas, a primeira saiu em 30 de julho passado. A segunda será paga em janeiro de 2010.

Armco – zona leste A PLR negociada para os 650 funcionários pode chegar a R$ 2.150, de acordo com o cumprimento das metas. A primeira parcela, de R$ 1.000, foi paga em 5 de agosto. O restante virá em janeiro/10, segundo o diretor Valdir, que negociou o benefício, com apoio do Tadeu (vicepresidente) e Arakém (secretário-geral).

VALEO – zona sul O acordo de PLR dos 850 trabalhadores da fábrica de autopeças estabelece: quem ganha até R$ 3.000 terá um salário nominal de PLR. Quem ganha acima dessa faixa terá PLR de 80% do salário. Os valores estão condicionados ao cumprimento de metas. A primeira parcela saiu este mês; o restante será efetuado em fevereiro/10, segundo o diretor Carlão, que negociou o benefício.

NAKAHARA – zona oeste – Os cerca de 300 trabalhadores da Nakahara, Plastinaka, Cromação Nito, Ind. Metalúrgica São João, Jobi Eletrodeposição de Metais e Niquelação Rodrigues garantiram a PLR de 2009 no valor de R$ 500. A primeira parcela saiu dia 20 de agosto; a segunda sairá em fevereiro/10. O acordo foi negociado pelo diretor Teco.

ARNO – zona leste A PLR conquistada pelos 1.800 trabalhadores da empresa foi de R$ 950, com metas, com pagamento da primeira parcela em setembro e, o restante, em março/10. Segundo o diretor Jefferson, apesar de todas as dificuldades enfrentadas com a crise, o benefício negociado é superior ao valor recebido no ano passado.

PEXTRON – zona sul Os 90 companheiros da fabricante de eletroeletrônicos vão receber uma PLR de R$ 750, mais um prêmio no valor do salário nominal, caso atinjam as metas do acordo negociado pelo diretor Mendonça e aprovado em assembleia. O pagamento será em parcela única, no dia 15/12/09.

CARIBÉ DA ROCHA – Poá A PLR de 2009 dos 50 companheiros da empresa foi fixada em R$ 500, com pagamentos em 30/08/09 e janeiro/10. O acordo foi negociado pelo diretor Sales e aprovado em assembleia.

KAPLAN – Mogi Na fabricante de filtros de óleo para caminhão, a PLR conquistada pelos 120 funcionários é de R$ 620, com pagamento em dezembro/09 e março/10. O benefício foi negociado pelo diretor Paulão.

Campanha Salarial 2009 - Entrega da Pauta Carreata dia 27 de agosto, às 10h. Saída da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo (rua Pará, 66), até a Fiesp, na Avenida Paulista


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Salário Mínimo

Valor para 2010 deve ser de R$ 507 E

m 2010, o salário mínimo deverá chegar a R$ 507,00. Um aumento que levará em conta a inflação acumulada nos 12 meses anteriores ao início do aumento, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o crescimento do PIB (soma das riquezas do País) de 2008. O valor oficial, porém, só será conhecido no final deste mês. A forma de definição do reajuste do mínimo é fruto da intensa luta do movimento sindical por uma política permanente de valorização do salário mínimo e do acordo feito entre as centrais sindicais, as entidades de aposentados e o governo, que estabelece que os reajustes do mínimo também devem levar em conta o crescimento do PIB.

“O aumento traz benefícios à população e melhora a condição econômica do País”, afirma Miguel Torres, presidente do nosso Sindicato e vice-presidente da Força Sindical. Vale lembrar que o crescimento do poder aquisitivo dos brasileiros tem colaborado com a recuperação da economia brasileira frente à crise econômica mundial. “Acreditamos, contudo, que o valor do novo mínimo ainda está longe do ideal”, salienta Miguel Torres. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), para atender às necessidades básicas das famílias brasileiras, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.046,99.

Aumento dos aposentados Segundo projeções, os cerca de 18,3 milhões de aposentados que recebem o piso do INSS, de R$ 465,00 em janeiro de 2010 também passarão a receber R$ 507 de benefício, a partir de fevereiro. Com a mudança, todas as contribuições à Previdência, como a das domésticas, e benefícios como o seguro desemprego, que são feitos com base no mínimo, também

serão reajustados. Já para os cerca de 8 milhões de aposentados que ganham acima do salário mínimo, as centrais e as lideranças dos aposentados continuam negociando com o governo um aumento real digno, assim como uma política permanente de reajuste para os companheiros deste segmento. As negociações continuam.

Aposentadoria

Centrais sindicais negociam para acabar com fator previdenciário O

projeto 3299/88, que acaba com o fator previdenciário, usado no cálculo das aposentadorias, está sendo discutido na Câmara dos Deputados. O projeto já foi aprovado no Senado, e o governo estuda outra alternativa para substituir o fator. A Força Sindical e demais centrais participam das discussões. Um estudo feito pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) mostra que o valor das aposentadorias cai até 40%, com a aplicação do fator.

Criado há dez anos no governo FHC, o fator previdenciário é uma fórmula aplicada no cálculo da aposentadoria, que leva em conta o tempo de contribuição – 80% das melhores contribuições-, a idade e a expectativa de vida do trabalhador quando se aposenta. E é justamente a expectativa de vida que joga o valor do benefício pra baixo. Ao pedir a aposentadoria, um trabalhador com 50 anos de idade terá o benefício reduzido, porque o fator considera que ele irá viver mais 22,6

anos recebendo aposentadoria. Para ter uma aposentadoria maior é preciso trabalhar por mais tempo. O governo não quer acabar com o fator sem ter uma alternativa para a Previdência Social, e está discutindo uma proposta, a chamada Fórmula 95/85. Essa fórmula estabelece que quando a soma do tempo de contribuição e da idade der 95 (para o homem) e 85 (para a mulher), o trabalhador poderá se aposentar por tempo integral.

As centrais e o Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical defendem a fórmula 80/90 e a aplicação de 60% das melhores contribuições no cálculo da aposentadoria. O tempo de contribuição não muda, permanece em 35 anos para o homem e 30 anos para a mulher. Para Paulinho, presidente da Força Sindical e deputado federal, “os aposentados perderam muito nos últimos anos e o fator tem que acabar”.

Entrevista: Presidente do Sindicato dos engenheiros, Murilo Celso de Campos Pinheiro Robson Regato

Parceria sindical pelo desenvolvimento A entrevista desta edição é com Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo. Engenheiro eletricista, iniciou sua vida profissional na Cesp há mais de 20 anos e hoje trabalha na Companhia Paulista de Transmissão de Energia de São Paulo. Murilo destaca a importância da união das categorias na luta pelo desenvolvimento econômico e social do País e por mais segurança e saúde nos ambientes de trabalho. Confira: o metalúrgico- Qual a importância da proximidade do Sindicato dos Engenheiros no Estado com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo? Murilo- Para o SEESP, trata-se de uma aliança estratégica entre os engenheiros, que representam parcela significativa das camadas médias, e os metalúrgicos, uma categoria extremamente organizada, que tem uma tradição de luta importantíssima. Essa proximidade é fundamental para fortalecer não só a organização sindical dos trabalhadores no setor industrial, mas também para outras batalhas de alcance mais amplo. o metalúrgico- Além das reivindicações trabalhistas, que lutas em conjunto podem ser realizadas pelas duas entidades para

a sociedade de um modo geral? Murilo- Sem dúvida, a luta pelo desenvolvimento nacional que traga melhores condições de vida a toda a população brasileira. Os engenheiros vêm debatendo desde 2006 o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que propõe a retomada do crescimento econômico de forma sustentável e com inclusão social. Para nós, contar com o Sindicato dos Metalúrgicos nessa empreitada é essencial pela importância da entidade e da categoria que representa. o metalúrgico- O Sindicato dos Engenheiros tem uma grande atuação na questão da segurança e saúde do trabalhador. O que esta experiência pode servir para a categoria metalúrgica?

Murilo- O SEESP, que inclusive conta com vários engenheiros de segurança do trabalho na sua diretoria, tem militado fortemente pelo avanço nesse setor, tanto em termos de conscientização por parte das empresas para esta questão, quanto pela fiscalização. Essa experiência poderia contribuir para a luta pela melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho por parte dos metalúrgicos. E, obviamente, estamos à disposição para colaborar. o metalúrgico- O Brasil vive um momento de superação da crise econômica. Que ações o Sindicato dos Engenheiros considera cruciais para o movimento sindical daqui pra frente? Murilo- O movimento sindical vem

cumprindo bem o seu papel, tanto de defender os trabalhadores nas lutas específicas, quanto de reivindicar mudanças que venham a beneficiá-los. Fundamental nesse processo tem sido a mobilização unitária, como se observa, por exemplo, na luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Assim, as entidades devem manter-se organizadas e continuar a trabalhar por uma agenda positiva que vise o avanço socioeconômico no Brasil, sobretudo nesse momento de enfrentamento da crise. Devemos manter a pressão pela queda dos juros, pelos investimentos produtivos e especialmente pela defesa do emprego, que não só atende ao interesse imediato do trabalhador, mas preserva nosso mercado interno e a atividade econômica.


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JUSTIÇA

INDENIZAÇÃO É PAGA APÓS 16 ANOS O

companheiro Jair Bertolo, 57 anos, conseguiu receber, após 16 anos de espera, a indenização a que tinha direito por ter sido demitido indevidamente depois de ter contraído uma doença na empresa Villares, onde trabalhava. A ação foi ganha pelo Sindicato e o cheque foi entregue pela diretora de finanças, Elza Costa Pereira. O mecânico foi demitido em 1993, com asma, doença adquirida em função da atividade insalubre, que o obrigava a mexer com produtos químicos, principalmente verniz, utilizado na lavagem de peças. Ele tem a doença até hoje. Jair entrou com o processo no mesmo ano em que foi demitido, ganhou em todas

as instâncias e foi reintegrado ao trabalho em 1999, mas não recebeu o que tinha direito na época. Somente agora o valor da indenização foi concluído. O dinheiro é mais do que merecido. Antes de ser reintegrado, Jair precisou fazer bico para ganhar algum dinheiro, por culpa também do INSS, que negou o benefício a ele na época. “Entrei com processo contra o INSS também em 93 e só em 1997 comecei a receber o auxílio com os atrasados”, conta Jair. O dinheiro vai ajudar no tratamento de saúde de Jair e trazer um pouco mais de tranquilidade. Ele continua trabalhando, mas pensa em comprar uma casinha para ter mais uma renda no futuro.

Jair recebeu o cheque da indenização da diretora financeira Elza

ESPORTE

Força Esporte Clube no Campeonato Paulista Sub 20 O Força Esporte Clube Caieiras participa atualmente do Campeonato Paulista Sub 20 - 1ª Divisão de Futebol de Campo. Para Valdir Pereira, diretor do nosso Sindicato e presidente do time, “além de tentar uma boa colocação, de preferência como campeões, o importante neste torneio é preparar os jovens jogadores de 16 a 20 anos para o nosso time profisssional e revelar talentos para outras equipes profissionais". Pelos sites www.futebolpaulista.com.br e www.metalurgicos.org.br é possível conferir a tabela de jogos, os resultados e a classificação do campeonato. Acesse!

HOMENAGEM

No dia 27 de julho, Valdir Pereira foi homenageado pela Federação Paulista de Futebol com a Ordem Nacional do Mérito Futebolístico, recebendo medalha e certificado das mãos do presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, por sua dedicação ao esporte com ênfase na inclusão social. O Força prepara jovens e adolescentes de famílias de baixa renda e incentiva ao estudo.

Vem aí a 2ª Copa de Futebol de Campo dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

EM BREVE, NOVAS INFORMAÇÕES! SAÚDE E SEGURANÇA

Palestra sobre Patologias da Coluna Vertebral

C

om objetivo de trazer mais conhecimento sobre saúde e segurança no trabalho, o Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador do Sindicato realizou na última sexta-feira, 21 de agosto, uma palestra sobre patologias da coluna vertebral. A palestra foi ministrada pela dra. Cláudia Santiago Lopes, fisioterapeuta especialista no tratamento das disfunções músculo esqueléticas e em acupuntura, ligada ao Departamento. Participaram dessa atividade diretores, assessores e sócios metalúrgicos. Segundo Cláudia Santiago, o objetivo foi mostrar a anatomia e fisiologia da coluna vertebral, esclarecer como ocorrem as dores e as patologias mais comuns (hérnia de disco, bico-depapagaio, artrose e lombalgia, entre outras), por intermédio de imagens comparativas, e oferecer dicas de prevenção.

Plateia atenta às explicações de Cláudia Santiago sobre os problemas da coluna vertebral

Mais informações: 3388-1193

Fisioterapia para metalúrgicos com distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Palácio do Trabalhador, rua Galvão Bueno, 782, 2º andar, sala 218).


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ATIVIDADE CULTURAL

TEATRO NO SINDICATO O

Sindicato fechou uma parceria com a Trupe Ortaética de Teatro Performático, que vai dar curso de teatro, gratuitamente, para trabalhadores e demais pessoas interessadas em aprender a arte de representar. Os cursos serão ministrados no Palácio do Trabalhador, rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, próximo ao metrô São Joaquim. As inscrições podem ser feitas até o dia 9 de setembro, na sala teatral, nº 1.209, no 2º andar do Sindicato, e o início do curso será dia 10 de setembro. Há turmas às terças, quintas-feiras e aos sábados. “A cultura tem o poder de transApresentação dos atores da trupe ortaética formar as pessoas, ajudá-las a entender a realidade em que vivem, desenvolver o senso crítico”, O projeto da Trupe começou em janeiro de 2008, no afirma Elza Pereira, diretora de finanças do Sindicato. Núcleo de Atendimento Comunitário Meu Guri, e atendeu “Por isso, além das questões do dia a dia das fábricas, o mais de 350 famílias e alunos de diversas regiões da Sindicato firmou esta parceria voltada aos trabalhadores e cidade. “Agora, o projeto transformou-ser num Programa à sociedade”, completa o presidente Miguel Torres. Cultural, que está firmando novas parcerias, como esta com A Trute Ortaética é uma organização que realiza o Sindicato dos Metalúrgicos, e contemplará espectadores oficinas teatrais com abordagem social, embasadas em e alunos da região central de São Paulo e trabalhadores”, metodologias de arte/educação comunitária, que utiliza afirma Tiago Ortaet, coordenador da Trupe. Outras informaperformances de rua e intervenções urbanas. ções podem ser obtidas pelo telefone 3388-1168.

CONVÊNIO COM FACULDADES O Sindicato possui diversos departamentos para atender os trabalhadores associados da categoria. Entre eles está o departamento de cuida dos convênios do Sindicato com instituições de ensino superior, com objetivo de possibilitar ao trabalhador e seus dependentes fazer ou concluir uma faculdade. O dependente, no caso, deve ter até 24 anos de idade e não trabalhar. O departamento é coordenado pelo vice-presidente Pereira. “Nós buscamos garantir desconto nas mensalidades para que os trabalhadores tenham condições de pagar seus estudos”, afirma. Para usufruir deste benefício, o associado deve se dirigir à Secretaria de Expediente do Sindicato, no 12º andar – rua Galvão Bueno, 782, Liberdade-, e pegar uma carta que confirma que ele é sindicalizado ou dependente do associado. O site do Sindicato traz a relação das faculdades e universidades conveniadas (47) e os percentuais de desconto nas mensalidades. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3388-1011, com Veronica.

ACESSE: WWW.METALURGICOS.ORG.BR

MEU GURI

ALUNOS DE TEATRO CONCLUEM CURSO COM APRESENTAÇÃO O

Núcleo de Atendimento Comunitário Meu Guri realizou no dia 4 de julho, as apresentações do curso de teatro social da Trupe Ortaética, concluído por dezenas de alunos de todas as idades. O evento, realizado no auditório do Palácio do Trabalhador, na Liberdade, expressou sentimento, arte, poesia e protesto e foi prestigiado por cerca de mil espectadores, entre eles, Elza Costa Pereira, presidente do Meu Guri; Paulinho, presidente da Força Sindical, diretores e funcionários do Sindicato e suas famílias. “As apresentações falaram da situação das famílias em situação de risco, do abandono, da violência, da falta de diálogo. O teatro é um meio muito rico para mostrar a nossa realidade, informar e educar”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato. Durante o evento, foram apresentados dados estatísticos e relatórios de órgãos oficiais (ONU, UNICEF, IBGE) sobre maus tratos a crianças e adolescentes, violência doméstica, o Estatuto da Criança e do Ado-

lescente (ECA), além de vídeos dos alunos em performances de rua, que refletiram sobre o ECA, ensaios teatrais, exercícios, toda vivência cultural do projeto. “Todas as apresentações evidenciaram a importância da arte na sociedade e o poder de transformação que ela proporciona”, disse Tiago Ortaet, coordenador do curso. Para Paulinho, a apresentação demonstrou que o teatro contribui para mudar a realidade e promover a inclusão social.

Apresentação das crianças, jovens e adultos que participaram dos cursos de teatro do Núcleo Meu Guri Elza e Paulinho com o professor Tiago no palco do auditório do Sindicato

REFORMA

AUDITÓRIO VAI FICAR BEM DIFERENTE

O auditório está sendo totalmente reformado para oferecer mais conforto e visualização em todos os eventos

O auditório do Sindicato está em reforma. O espaço, com capacidade para mil pessoas, terá som e iluminação de melhor qualidade, palco em altura mais baixa, nível do piso da platéia diferenciado para permitir melhor visualização do palco. A reforma faz parte de uma proposta de melhorias da diretoria do Sindicato. “Começamos com o Clube de Campo, que foi totalmente reformado, com objetivo de proporcionar lazer com mais conforto e qualidade aos associados e suas famílias. Depois, reformamos a estrutura metálica, fizemos a manutenção da fachada

do prédio do Sindicato. Agora é a vez do auditório, espaço onde realizamos assembleias, encontros, apresentações teatrais, seleção profissional, palestras etc. Depois, será a colônia de férias, na Praia Grande”, afirma Elza Pereira, diretora financeira do Sindicato. Para o nosso presidente, Miguel Torres, as reformas visam melhorar o atendimento ao trabalhador, valorizar a sua participação no Sindicato e preservar o seu patrimônio. “Estamos cuidando da manutenção e melhorando a casa do trabalhador”, afirma.


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