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OUTUBRO DE 2011
ANO 68 – Nº 578
Metalúrgicos aprovam
EStado dE grEvE Atos de mobilização nas regiões Sul e Leste reúnem mais de 15 mil trabalhadores
Ato na Zona Sul
D
ois grandes atos de mobilização da Campanha Salarial realizados pelo Sindicato nas zonas Sul (foto) e Leste da capital reuniram trabalhadores de várias fábricas de todas as regiões da cidade, que aprovaram proposta de paralisar as atividades na primeira semana de novembro, se até o próximo dia 30 os patrões não apre-
sentarem uma contraproposta de aumento salarial satisfatória para a categoria. O presidente Miguel Torres, que comandou a assembleia ao lado de toda a diretoria do Sindicato, deixou claro que o comando de negociação não vai aceitar que os patrões coloquem a crise mundial na mesa de negociação para não darem
aumento real de salário, e que a categoria vai responder à altura qualquer proposta que não valorize os salários e a produção dos trabalhadores. A ordem, portanto, é intensificar a mobilização e fortalecer a unidade na luta. “Quando a gente se organiza, a gente conquista”, enfatizou o presidente.
11º EnCIMEsP
PAuLO SEGuRA
avISo PrÉvIo SErÁ dE atÉ 90 dIaS
A
Câmara dos Deputados aprovou o projeto que garante aviso prévio de até 90 dias, proporcional ao tempo de trabalho. Ou seja, além dos 30 dias de aviso já garantidos hoje serão computados três dias a mais para cada ano trabalhado na mesma empresa. Para o trabalhador que tiver até um ano de trabalho na mesma empresa, o aviso prévio será de 30 dias. A este período serão acrescentados três dias para cada ano de
serviço, limitados a 60 (equivalente a 20 anos de trabalho). Com isto, a soma destes períodos totaliza 90 dias de aviso. O deputado federal Paulinho da Força, que negociou com o presidente da Câmara para que o projeto fosse colocado em votação, informa que a medida só precisa ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff para entrar em vigor, e que vai lutar para garantir o direito aos trabalhadores já demitidos. PÁGInA 3
O 11º Encontro de Cipeiros Metalúrgicos será nos dias 20 e 21 de outubro. Participe! Página 4
FuTEBOL DE CAMPO Quatro times classificam-se para as semifinais. Página 8
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editorial
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Com mobilização a gente conquista
E
ntregue a pauta de reivindicações, chegou a hora de intensificarmos a mobilização da categoria nas fábricas para fortalecer o Sindicato nas negociações com os patrões e conquistar o aumento real e demais reivindicações sociais. Realizamos grandes atos com os trabalhadores e trabalhadoras de todas as regiões de São Paulo (o próximo será em Mogi das Cruzes), com a certeza de que a expressiva participação da categoria demonstra força, união e disposição para a luta. Não tem argumento que fará diminuir o valor e o peso das nossas reivindicações. Os níveis de produção estão em alta, a categoria metalúrgica esforçou-se diariamente para este crescimento econômico e merece ter um salário maior, novos benefícios sociais e melhores condições de vida e trabalho. Vamos derrubar o discurso patronal de que reajuste salarial causa inflação e que uma
PAuLO SEGuRA
crise global se aproxima. Como diz o tema de nossa campanha (Brasil Maior, Só Com Salário Melhor), a economia brasileira crescerá com a classe trabalhadora com mais dinheiro no bolso e poder de compra para consumir e fortalecer o mercado interno. É fundamental continuarmos mobilizados nas fábrica, nas assembleias organizadas pelos diretores, coordenadores e assessores, por intermédio da leitura atenta de nossos informativos e das matérias divulgadas no site do Sindicato, e, principalmente, com consciência de classe e solidariedade na hora de intensificar as lutas, inclusive com greve, se for preciso para conquistar as reivindicações da nossa pauta. MIGuEL TORREs Presidente do Sindicato e vice-presidente da Força Sindical
artigo
Manifestações abrem caminho para as conquistas
A
Força Sindical, demais centrais e movimentos sociais realizaram grandes manifestações em todo o País para divulgar as reivindicações contidas na Agenda unitária da Classe Trabalhadora. Foram atos representativos, com a participação de milhares de trabalhadores, que estimulam a sociedade a aderir a esta luta. Temos propostas para mudar a economia. Queremos desenvolvimento, corte dos juros, fortalecimento do mercado interno, valorização do trabalho e distribuição de renda e riqueza. Mudar a política econômica é fundamental para o bem-estar da população. Não se pode conviver com uma visão equivocada a respeito da abertura do mercado. Importar é necessário para o crescimento de uma nação, porém, deve haver regras para evitar os problemas que atingem inúmeras indústrias brasileiras. A importação desenfreada está fechando muitas delas e causando desemprego. Ressalto que diante do sucesso das ma-
o metalúrgico OUTUBRO DE 2011 Ano 68 – Edição nº 578 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes sede sP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Mogi das Cruzes/SP Fone (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702
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TIAGO SANTANA
nifestações, o governo chamou as centrais para discutir uma nova política industrial - o Plano Brasil Maior -, e exigimos que sejam contemplados os interesses da classe trabalhadora, que é quem produz a riqueza do País. Com relação às reivindicações aprovadas em junho de 2010, na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, as prioridades são: semana de trabalho de 40 horas, sem redução salarial, fim do fator previdenciário, novas leis para a atividade terceirizada e a inclusão das convenções 151 e 158 da OIT no ordenamento jurídico brasileiro. Mas é a continuidade da participação popular nesta luta que determinará as mudanças que o País precisa e a conquista de mais direitos trabalhistas e sociais. PAuLO PEREIRA DA sILVA, PAuLInHO Presidente da Força Sindical e deputado Federal - PDT/SP Diretores (sede sP): Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara (Maloca), Eufrozino Pereira, Francisco Roberto Sargento, Geraldino dos Santos Silva, Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Cea-
Dica de
S
aúde
Saúde do homem CÂNCEr dE PróStata O Câncer de Próstata é o câncer mais comum em homens com mais de 50 anos de idade. Graças às campanhas de esclarecimento realizadas por entidades médicas e mídia em geral, os homens estão cada vez mais conscientes da necessidade de realizarem exames preventivos, consultando anualmente um urologista. Sabemos que, em se tratando de uma doença tão grave como o câncer, o diagnóstico precoce é fundamental para a cura, daí a importância da prevenção. A próstata é uma glândula exclusivamente masculina, que participa da produção do líquido seminal (líquido que transporta os espermatozóides). Ela se localiza abaixo da bexiga e envolve a parte inicial da uretra (canal da urina). Por esta disposição anatômica, qualquer doença que atinja a próstata provoca sintomas urinários. O grande problema é que, em fases iniciais, o câncer de próstata não produz sintomas, dando a falsa impressão de que tudo está bem. Quando iniciar os exame preventivos? O fator hereditário é muito importante em relação ao câncer em geral, em especial o câncer de próstata. O que sabemos, com base em estatísticas médicas, é que uma pessoa que tenha um parente de 1º grau (pai, irmão, tio, avô) portador de câncer de próstata tem uma chance duas vezes maior de vir a apresentar a doença. Caso tenha dois ou mais parentes diretos vitimados pela doença, esta chance aumenta para 5 a 11 vezes. Nestes casos, os exames preventivos devem ser iniciados aos 40 anos de idade. Não existindo o histórico da doença na família, pode-se adiar o início dos exames para os 45 anos. Quais são os exames preventivos? Deve-se consultar um urologista uma vez por ano, realizando um ultra-som da próstata e o PSA (exame de sangue). Estes exames são complementados pelo exame
IuGO kOyAMA
Dr. Fernando J. Lia C. Araujo
principal, que é o toque retal (palpação da próstata), onde o médico verifica o tamanho, a consistência da glândula e a presença de nódulos suspeitos. Quais os fatores de risco para o aparecimento da doença? Além do fator hereditário e a idade, o estilo de vida tem influência no aparecimento de qualquer tipo de câncer, e podemos citar a alimentação gordurosa e rica em carne vermelha, o consumo de alimentos processados, embutidos, industrializados em geral, o estresse, o fumo, o álcool, a falta de atividade física. É possível evitar a doença? Não podemos anular os fatores genéticos e idade, mas é possível amenizar os outros fatores, mudando nosso estilo de vida e, assim, reduzir a chance de aparecimento de um câncer. Veja abaixo alguns conselhos: • Dieta saudável: mais frutas, verduras, grãos, azeite extravirgem, oleaginosas (castanhas) e alimentos ricos em fibras (integrais) • Reduzir a ingestão de alimentos industrializados e derivados de animais • Evitar o fumo • Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas • Reduzir o estresse e eliminar os sentimentos negativos como raiva, ódio, tristeza, irritação etc. • Manter atividade física regular (4 a 5 vezes por semana) • Evitar a obesidade • Realizar exames preventivos anualmente
CONSULTE UM UROLOGISTA ANUALMENTE rá), José Silva Santos (Zé Silva), Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luiz Antonio de Medeiros, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Pedro Nepomuceno de S. Filho (Pedrinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva sede de Mogi das Cruzes: Paulo Fernandes de Souza (Paulão), Sales José da Silva e Sílvio Bernardo
Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem: 300 mil exemplares
o metalúrgico - 3
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direitoS
avISo PrÉvIo SErÁ ProPorCIoNal ao tEMPo dE trabalho Indenização será de até 90 dias A
Câmara dos Deputados aprovou o projeto que garante aviso prévio de até 90 dias, proporcional ao tempo de trabalho. Ou seja, além dos 30 dias já garantidos hoje, serão computados três dias a mais para cada ano trabalhado. A nova regra entrará em vigor assim que for sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Nosso Sindicato e a Força Sindical comemoram mais esta conquista e avisam que vão brigar para que a medida tenha efeito retroativo, ou seja, com validade para os trabalhadores demitidos de dois anos pra cá. “Entendemos que, como a lei estabelece o prazo de dois anos para o trabalhador entrar com processo trabalhista, ele também tem direito ao aviso proporcional se foi demitido antes da medida”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato. Segundo Miguel, os trabalhadores podem procurar o Sindicato para entrar com ação, se for o caso, para reivindicar a diferença do aviso prévio. “Vamos dar todo atendimento aos demitidos, porque, para nós, este é mais um direito dos trabalhadores”, afirma. O deputado Paulo Pereira da silva, presidente da Força Sindical, o maior articulador da votação do projeto na Câmara, disse que a central vai orientar os Sindicatos a recorrerem à Justiça. “Todos que foram demitidos nos últimos dois anos têm direito de receber esta indenização”, reforça.
DANIEL CARDOSO
Paulinho da Força e Miguel Torres acertam a votação do projeto do aviso prévio com o presidente da Câmara, Marco Maia
Para Paulinho da Força, a medida vai diminuir as demissões e a rotatividade de mão de obra. Patrões e advogados acham que os trabalhadores demitidos antes da publicação da medida não têm direito ao aviso proporcional. Mas o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse que a Corte poderá aplicar a regra a casos anteriores à decisão do Congresso.
DEMOROU - O aviso prévio proporcional ao tempo de trabalho está garantido na Constituição desde 1988. Mas só foi regulamentado pelo Congresso Nacional porque, em junho, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou que o Congresso foi omisso e decidiu que a Corte criaria as regras. Ou seja, a proposta para regulamentar o artigo 7º inciso 21 da Constituição dormiu 22 anos nas gavetas da Câmara. Para evitar ser atropelado pelo STF, a Câmara desengavetou o projeto e votou.
CoMo fICa
EXEMPlo
• O aviso prévio será de até 90 dias • A cada ano trabalhado serão acrescentados mais três dias de trabalho • Os 30 dias de aviso pagos hoje serão o mínimo a receber • O trabalhador poderá ter que cumprir o aviso prévio por tempo maior também • O benefício vale para quem for demitido sem justa causa e para quem pedir demissão
• Um funcionário com dez anos de trabalho que for
nota
demitido terá direito a 30 dias de aviso prévio comum + 30 dias por dez anos trabalhados na mesma empresa. Ao todo, ele terá 60 dias de aviso • Receberá o aviso prévio de 90 dias quem tiver 20 anos ou mais de trabalho na mesma empresa e for demitido.
campanha Salarial
Comissão da verdade A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade, grupo governamental que vai investigar violações aos direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988. A apuração envolverá mortes e torturas praticadas pelo Estado na ditadura militar. O texto ainda precisa ser votado no Senado. Depois irá à sanção da presidenta Dilma Rousseff. A comissão funcionará por dois anos e terá sete membros, que serão escolhidos pela presidenta Dilma. Ao final, o grupo vai elaborar um relatório em que detalhará as circunstâncias das violações apuradas. O texto permite que qualquer pessoa dê informações quando quiser - não só quando convocada.
DIVuLGAÇÃO
Comerciários fecham acordo com aumento real
A
luta pelo aumento salarial e outros benefícios não é uma luta isolada de cada categoria. Cada conquista é comemorada pelos demnais sindicatos de trabalhadores, pois isso fortalece as ações do movimento sindical. Na semana passada, a Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo, filiada à Força Sindical, fechou acordo com a federação patronal garantindo reajustes salariais com aumento real (acima da inflação) para os pisos e todas as faixas de salário. Na avaliação do presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta (foto), foi um ótimo acordo. “Foi uma conquista excelente. Os índices estão acima da inflação e vão ajudar a categoria comerciária a melhorar sua renda”, disse. O acordo dos comerciários também avançou nas cláusulas
sociais, como a compensação de horas. Pelo acordo, o comerciário pode trabalhar no máximo duas horas por dia acima da jornada. A Convenção de Trabalho também manteve a gratificação equivalente a até dois dias de trabalho, alusiva ao dia do comerciário. “Vamos, agora, apoiar a campanha dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi, comandada pelo companheiro Miguel Torres, e torcer para que a categoria faça um acordo que garanta a reposição das perdas, aumento real e demais benefícios reivindicados”, disse Motta.
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departamento de Segurança e Saúde
Sindicato prepara 11º ENCIMESP O 11º Encontro de Cipeiros Metalúrgicos será realizado nos dias 20 e 21 de outubro, no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande. O tema do encontro é “CIPA: Incluir para Proteger”.
O
momento para fortalecer a atuação das CIPAs é este. O Brasil tem tido muito destaque por seu avanço político, social e econômico, fortalecendo a credibilidade dos brasileiros e conquistando respeito no exterior. Grandes conquistas marcaram nossa posição, como o enfrentamento e superação da crise financeira global, em 2008 e 2009, e a projeção da Copa do Mundo de Futebol, em 2014. “Nosso Sindicato contribuiu para este avanço, com a luta pelos direitos dos trabalhadores metalúrgicos. No entanto, continuamos
lutando para garantir ambientes de trabalho dignos e seguros, promovendo ações por máquinas seguras, programas de capacitação e conscientização dos trabalhadores, e pelo fim dos acidentes e doenças do trabalho” afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torrres. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que a cada ano cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem vítimas de acidentes ou doenças correlacionadas ao trabalho, ou seja, cerca de 6.300 pessoas ao dia. Estima, também, a ocorrência de 270 milhões de aci-
dentes de trabalho não fatais (sem mortes). O alcance das metas de segurança passa pela valorização da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Para isto, o Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (DSST) do Sindicato vai realizar o 11º Encimesp (Encontro de Cipeiros Metalúrgicos), que terá como tema “Cipa: Incluir para Proteger”. “Vamos discutir formas de fortalecer o trabalho da CIPA, as ações do Sindicato e dos trabalhadores em defesa da segurança e saúde nas fábricas, e manter nossa contribuição para
o progresso do País, com respeito à dignidade e à qualidade de vida do trabalhador metalúrgico”, afirma o diretor Luís Carlos de Oliveira, Luisinho, coordenador do DSST (foto). Os cipeiros podem procurar o diretor ou coordenador do Sindicato responsável pela sua empresa para obter informações e inscrever-se para o evento. Informações também podem ser obtidas pelo telefone 3388-1098 do DSST.
departamento de Memória Sindical
Uma greve histórica
O
diretor Campos (foto), responsável pelo Departamento de Memória Sindical, resgatou do livro “Memórias de um líder”, escrito por José Maria Vicentino, ex-dirigente do nosso Sindicato, uma passagem da história da categoria metalúrgica que influenciou o movimento sindical na luta por melhores condições de trabalho em plena ditadura militar. Foi uma greve na empresa Maxwel, em 1978, quando ainda vigorava o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que reprimia os trabalhadores que tentassem fazer qualquer movimento de protesto. “A greve, que era contra o atraso do pagamento de salários, foi muito vigiada pela
Formação profissional
Cooperativa
Etec Metal
Convênio para a casa própria
tem vagas com bolsas para cursos
A
Etec Metal - Escola Técnica Profissionalizante do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo - está com inscrições abertas para cursos técnicos e livres, com bolsas de estudo. Há vagas para cursos técnicos de Automação Industrial e de Manutenção Automotiva e para cursos livres, aos sábados, de CNC, Eletrônica Básica, Inspeção Veicular, Controle de Medidas, Robótica, Auxiliar Administrativo, Desenho Técnico e Automação Industrial. Os interessados podem dirigir-se à escola, na rua Galvão Bueno, 738, Liberdade, próximo ao metrô São Joaquim. Para concorrer à bolsa de estudos é preciso comparecer na escola para retirar o Manual do Aluno com as informações e preencher a solicitação da vaga e o questionário socioeconômico. É preciso apresentar cópia do RG, CPF, comprovante de residência, comprovante de renda, comprovante escolar do ensino médio (para os cursos técnicos) e comprovante escolar do ensino fundamental (para cursos livres). A seleção será feita de acordo com os critérios estabelecidos na Instrução Normativa nº 03/2004, do Ministério da Educação - Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. As inscrições para o processo seletivo de bolsas vão até o dia 14 de outubro. Os cursos vão começar no dia 24 de outubro.
Polícia Federal e agentes do DEOPS e teve uma grande cobertura da imprensa nacional, pois há muitos anos não tínhamos greve no País”, relata Campos. A greve foi vitoriosa e impulsionou o desejo de redemocratização do País e de lutar por melhores condições de vida e trabalho. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, conta que somente depois vieram as manifestações no ABC, com o surgimento da liderança do metalúrgico Lula, ex-presidente da República. “Aí, tivemos um grande avanço pelo movimento Diretas, Já!”, ressalta Miguel.
A
SicoobMetalcred, Cooperativa de Crédito dos Metalúrgicos, firmou convênio com a Caixa Econômica Federal - agência Tamandaré, na Liberdade, que vai facilitar o financiamento de imóvel para os metalúrgicos cooperados. Os interessados podem procurar a SicoobMetalcred para receber orientações e dar entrada na documentação exigida para o financiamento da casa. Os funcionários da cooperativa vão ajudar o cooperado
na montagem do processo para a liberação do financiamento imobiliário junto ao banco. “O trabalhador nos procura e o processo é enviado à Caixa com rapidez e comodidade”, afirma Clarisvaldo Izídio de Almeida, presidente da SicoobMetalcred. “Estamos ampliando os serviços aos associados e associadas da categoria”, afirma o presidente do Sindato, Miguel Torres.
O atendimento é de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h, na Rua Galvão Bueno, 782, 7º andar, Liberdade. Ligue para 3277-6076 ou 3277-1827 e informe-se – www.sicoobmetalcred.com.br
5º prêmio da Campanha 10 Anos
A
Metalcred sorteou no dia 30 de setembro o quinto prêmio da Campanha 10 Anos SicoobMetalcred. O ganhador, de uma bicicleta, foi o cooperado Robson Rodrigues da Costa, da empresa Jangada, do coordenador Bombeirinho. Nos sorteios anteriores, os ganhadores foram os cooperados Lincoln Monteiro da Silva (TV LCD 32 polegadas), da Combustol Metalpó; Geraldo de Castro Júnior (bicicleta aro 26), David Henrique (home theater), ambos da Cartec, e Sebastião Bento Lima (bicicleta aro 26), da Aços Radial. A campanha também premia, com jaquetas e camisetas polo, o trabalhador que incentivou o cooperado a aumentar o seu capital junto à Metalcred, e a equipe do diretor/coordenador
iugo koyama
O companheiro Lincoln, ao centro, ganhou a TV de LCD da Metalcred
do Sindicato responsável pelo trabalho junto à empresa onde o ganhador trabalha. A Campanha 10 Anos SicoobMetalcred visa o crescimento e o fortalecimento da cooperativa e a oferta de benefícios aos cooperados. Participe você também porque ainda dá tempo da ganhar. O próximo sorteio será no dia 31 de outubro.
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Departamento da Mulher
her Mul
M
METALÚRGICA
A
2º Coletivo de Mulheres discute as diferenças
s mulheres delegadas sindicais voltaram a se reunir para o 2º Coletivo de Mulheres da categoria, convocado pelo Departamento da Mulher do Sindicato. O evento, coordenado pela diretora Leninha, foi realizado no dia 2 de setembro, no Palácio do Trabalhador, com a participação de 47 companheiras. A pauta do encontro foi a situação da mulher no mercado de trabalho e a militância sindical. A palestra foi dada pelo economista do Dieese (departamento de pesquisas econômicas dos sindicatos), Altair Garcia. Leninha reforçou a importância dessa participação para a organização das mulheres da categoria e do departamento. “Dessa forma vamos discutindo temas relacionados à mulher, sua capacidade de avançar na luta sindical e crescer profissionalmente”, disse. O presidente Miguel Torres falou da satisfação em ver que “as mulheres estão se organizando, discutindo suas questões, participando lado a lado com os homens, avançando no mercado de trabalho e lutando pela igualdade de direitos”. O deputado Paulinho da Força falou sobre questões econômicas e políticas que afetam a vida dos trabalhadores, da luta travada nas fábricas e no Congresso Nacional, e de conquistas importantes, como a licençamaternidade, 13º salário, adicional de um terço de férias, elevação de 10% para 40% da multa do Fundo de Garantia, a redução da jornada de trabalho de 48h para 44h semanais. “De 1988 para cá está difícil conquistar novos direitos. Por isso, a mobilização é fundamental.” Inclusão A diretora financeira, Elza Costa Pereira, destacou a importância da inserção das mulheres no Sindicato. “Participar das lutas não é fácil para a mulher, porque suas responsabilidades são muitas. Mas é importante querer sempre mais, sonhar, almejar, porque é dessa forma que realizamos, construímos caminhos, atingimos objetivos e conquistamos espaço.” O vereador e diretor Claudio Prado ressaltou a importância das mulheres virem para o sindicato e “ampliarem a luta pela igualdade e serem exemplos na sociedade”. Os diretores presentes, Luisinho, Sargento, Luiz Valentim, Lourival, Pedrinho, David, Mendonça, Teco, Edson defenderam a
Trabalhadoras comemoram a realização de mais um encontro do Departamento da Mulher do Sindicato
Diretora Leninha coordenou o encontro
Miguel Torres: as mulheres precisam avançar nas suas lutas “O encontro foi muito bom. Muitas aprenderam como se posicionar frente à empresa e reivindicar seus direitos.” Luciana, auxiliar de produção da Tubocap
Paulinho da Força: todo apoio à mobilização das companheiras
Vereador Claudio Prado: Sindicato também é coisa de mulher
participação da mulher nas ações políticas e o desenvolvimento de ações que mudem para melhor a realidade das mulheres e as atitudes e a consciência dos homens. SITUAÇÃO As companheiras ficaram impressionadas com os dados sobre a situação da mulher no
Elza: as mulheres precisam conquistar mais espaços, inclusive no Sindicato
“O encontro foi ótimo. As pessoas se expressaram, assim, a gente aprende cada dia mais. Eu gosto desse movimento.” Maria, operadora de máquina Metalgráphica Paulista
“Foi muito proveitoso, sobretudo conhecer a situação da mulher no mercado de trabalho. Em cima disso, a gente vai buscar mais igualdade.” Sueli, líder de cozinha da Loopsmol “Com os encontros você fica mais inteirada do que está acontecendo. A gente sabe que a mulher ganha menos que o homem, mas eu não sabia que a diferença era tão grande.” Eidi, operadora de produção da Indebras
mercado de trabalho. Os números mostraram que o número de trabalhadoras metalúrgicas no Brasil cresceu 128%, passando de 176.681, em 1999, para 402.089, em 2010, contra um crescimento de 84% de homens. Mostraram que as mulheres estão estudando mais, e que o rendimento médio delas cresceu 15,8% acima da inflação.
Porém, na comparação com os homens do mesmo nível escolar, as mulheres recebem cerca de 60% do salário dos homens, e apenas 21% têm cargos de chefia, contra 78,6% dos homens. No final, as participantes disseram que querem encontros regulares, ser representantes do Sindicato na fábrica, participar da luta sindical e direitos iguais.
Departamento Jurídico
Mais um ação trabalhista ganha O ex-ferramenteiro Gilberto José de Souza recebeu das mãos do diretor do Departamento Jurídico do Sindicato, Cícero Mendonça, o cheque referente ao processo por equiparação salarial que ganhou contra a Ford do Brasil. O processo demorou 22 anos para ser concluído. A ação foi movi-
da pelo Sindicato em favor de quatro trabalhadores da montadora, em 1989. Segundo Mendonça, os recursos impetrados pela empresa adiaram a decisão favorável da Justiça. Nesse período, um dos trabalhadores morreu, mas a viúva e os outros três já receberam a indenização. A esposa de Gilberto, Maria Odete, fez questão
de vir ao Sindicato receber o cheque junto com o marido. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, que acompanhou o caso, critica a postura antiética de muitas empresas, que abusam dos recursos para adiar o que elas sabem que têm de pagar, prejudicando seriamente os trabalhadores.
Diretor Cícero Mendonça entrega o cheque a Gilberto e sua mulher
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V: aCAMPANHA SALARIAL
MOBILIZAÇÃO FORTE PELO AUMENTO SALARIAL PAULO SEGURA
Presidente Miguel Torres está no comando da Campanha Salarial
ATO NA ZONA LESTE MOBILIZOU MAIS DE CINCO MIL TRABALHADORES
ATO NA ZONA SUL REUNIU CERCA DE 10 MIL TRABALHADORES DAS REGIÕES SUL E OESTE
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Sindicato realizou dois grandes atos de mobilização da Campanha Salarial 2011, no dia 4, na zona sul, e dia 6, na zona leste da capital, que reuniram mais de 15 mil trabalhadores com disposição de ir à greve, se os patrões não apresentarem uma contraproposta que reponha as perdas salariais, garanta aumento real (acima da inflação), a valorização do piso. A proposta de greve foi aprovada nas duas manifestações. Os patrões da Fiesp e dos demais grupos já receberam a nossa Pauta de Reivindicações e têm até o dia 30 de outubro para apresentar uma proposta, caso contrário, começaremos a fazer greve na primeira semana de novembro. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, disse que a categoria não vai aceitar que os patrões coloquem a crise mundial na mesa de negociação. “Estão dizendo que aumento real de salário vai colocar o Brasil na crise e aumentar a inflação. Pensamos exatamente o contrário, pois é com mais salário que a economia cresce. Nossa resposta será a greve, se não recebermos uma proposta que atenda os trabalhadores”, disse. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que “a visão da elite é de que em momentos de crise não se pode dar aumento de salário e tem cortar direitos e benefícios”. Paulinho lembrou que o Brasil foi o último a entrar na crise financeira, em 2008-2009, e o primeiro a sair dela, porque garantiu aumentos salariais, empregos e poder de compra aos trabalhadores, que consumiram e garantiram a produção. “É com aumento de salário que
IUGO KOYAMA
vamos impedir o Brasil de entrar na crise”, disse Paulinho. REFERÊNCIA A diretora financeira do Sindicato, Elza Costa Pereira, disse que “os metalúrgicos têm por obrigação fazer uma ótima campanha salarial, com a conquista do aumento real, redução da jornada, porque somos referência para outras categorias”. O secretário-geral, Arakém, alertou que a conquista do aumento salarial e demais benefícios só depende da mobilização e da unidade da categoria. “É hora de todos os trabalhadores vestirem a camisa e mostrar aos patrões e à sociedade a sua força e sua luta”.
Paulinho da Força criticou a elite que é contra aumentos salariais
Próximo ato - Será no dia 14 de outubro, em Mogi das Cruzes, às 8h, na rua Capitão Francisco de Almeida, 695, bairro Brás Cubas.
Para Arakém, a conquista do aumento salarial só depende da mobilização
Vice-presidente Tadeu reforçou que só aumento de salário afasta crise
TIAGO SANTANA
MULHERES Centenas de mulheres trabalhadoras presentes nos atos foram incentivadas a participar ativamente da mobilização e lutar com garra pela licença-maternidade de 180 dias, uma das reivindicações da categoria. MOBILIZAÇÃO NAS FÁBRICAS O Sindicato vai intensificar as assembleias de mobilização nas fábricas para fortalecer a unidade na luta e preparar a categoria para a greve, se for necessária. “É fundamental que os trabalhadores participem das ações para aumentar a pressão sobre as empresas e os sindicatos patronais”, disse Miguel Torres.
Para Elza, a campanha dos metalúrgicos é referência para outras categorias
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
Para o vice-presidente Pereira é hora da luta por mais direitos
Reposição da inflação Aumento real de salário Redução da jornada de trabalho Valorização do piso salarial
Geraldino, da Força: a luta dos metalúrgicos vale para milhares de trabalhadores do país que não estão organizados Luta pelo trabalho decente é permanente
Fim do teto para aplicação do reajuste salarial
TIAGO SANTANA
Fim das terceirizações PAULO SEGURA
ENTREGA DE PAUTA NA FIESP
Licença-maternidade de 180 dias Inclusão digital
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SINDICATO garante mais direitos e benefícios com e sem greve LUTA NAS FÁBRICAS
Os diretores e coordenadores do Sindicato negociam diariamente com as fábricas reivindicações específicas dos trabalhadores e promovem acordos que garantem PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), cesta básica, tíquete-refeição, redução de jornada, além de questões relacionadas
a irregularidades e assédio moral. Há casos em que a solução dos problemas foi alcançada com greve. Nas negociações de PLR, que representa um ganho financeiro extra, de janeiro a julho deste ano, o Sindicato realizou 1.215 acordos, para mais de 66.600 trabalhadores. O valor médio do benefício foi de R$ 950 e o montante a
ser distribuído é de mais de R$ 64 mil. “É um dinheiro que, além de ajudar o trabalhador e sua família, movimenta a economia, aquece o mercado e a produção”, afirma o presidente Miguel Torres. A mobilização foi fundamental para conquistar e mostrar aos patrões a disposição de luta dos trabalhadores.
Confira abaixo os resultados de algumas dessas lutas e as conquistas alcançadas graças à mobilização dos trabalhadores: PAULO SEGURA
LUMINI GREVE CONTRA DEMISSÃO ARBITRÁRIA Os 350 companheiros da Lumini Iluminação, na zona sul, pararam por oito dias – de 10 a 17 de agosto - pela redução da jornada de trabalho e contra a demissão arbitrária de um funcionário que conversou com o motorista do carro de som do sindicato. “A atitude da empresa é um crime contra a organização sindical”, disse o presidente Miguel Torres. Diante da forte mobilização, a empresa recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho. Na audiência, ela aceitou a proposta do Sindicato, de não demitir nenhum funcionário nem descontar os dias parados até o julgamento da greve. Segundo o coordenador Jamanta, que comandou ao movimento, o pessoal voltou ao trabalho, mas em estado de greve, caso a empresa assedie moralmente algum funcionário, e pelas suas reivindicações. A jornada na Lumini é de 44h semanais, enquanto as fábricas vizinhas trabalham menos de 44h, até 40h.
IUGO KOYAMA
IMBE GREVE PELO FIM DO BANCO DE HORAS Os 150 companheiros da autopeças Imbe, na zona oeste da capital, conquistaram o fim do banco de horas e a redução do valor do convênio médico com uma paralisação de dois dias, no final de agosto. Segundo o diretor Teco, a empresa tem até novembro para fazer o acerto do banco de horas; no caso do convênio, o desconto em folha caiu de 4,5% para 2% em setembro e cairá para 1% em março de 2012. GAMMA COBRA PLR e Cesta básica - Diretor Lourival
CAF DO BRASIL GREVE POR BENEFÍCIOS Após dois dias de greve, impasse nas negociações e audiência no Tribunal do Trabalho, os 130 trabalhadores da CAF do Brasil, na zona leste, garantiram a conquista de vários benefícios: PLR, implantação de Plano de Cargos e Salários, reajuste do tíquete-refeição e do valecompra, a promoção de quatro trabalhadores, de auxiliar para mecânico de manutenção. Toda a mobilização foi comandada pelo diretor José Luiz. WG Cesta básica - Diretor Sales
DÉBORA FLOR
PLASMONT GREVE PELA PLR E OUTROS BENEFÍCIOS Os companheiros da Plasmont (zona norte) voltaram ao trabalho após 11 dias de greve – de 29/8 a 9/9 -, com a conquista da PLR e o compromisso da empresa em solucionar o problema do não pagamento das horas extras conforme a Convenção Coletiva; do adicional noturno; das férias atrasadas; da noite dobrada (o pessoal trabalha a noite toda e é obrigado a trabalhar no dia seguinte todo); e das advertências aos que não fazem horas extras. Os dias parados não serão descontados. Segundo o diretor Adnaldo, que comandou o movimento, a mobilização foi importante para este resultado positivo, alcançado em audiência no Tribunal do Trabalho.
ARIETE PLR - Diretor Pedrinho
o metalúrgico - 9
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PAULO SEGURA
PTI PLR - Diretor Edson
BEATRIZ ARRUDA
PRADA PLR - Diretor Carlão
FERROLENE PLR - Coordenador Bombeirinho com Arakém e Jefferson
IUGO KOYAMA
RUDLOF Vale refeição - Diretor Mala
ALGOLIX PLR - Coordenador Rodrigo
ARNO PLR - Coordenador Maurício Forte e diretora Leninha PAULO SEGURA
SUFISA PLR Coordenador Erlon
MODELAÇÃO UNIDOS PLR e tíquete-refeição - Coordenador Nelson
CCE PLR - Coordenador Chico Pança
BEATRIZ ARRUDA DÉBORA FLOR
FLANIC PLR Coordenador Nivaldo
PRECIMAQ PLR - Coordenador Germano
AL-STRIP PLR - Coordenador Adriano Lateri
IUGO KOYAMA
MULTIJUNTAS E ROYAL PLR - Coordenador Josias
IUGO KOYAMA
ROJEMAC PLR - Coordenador Alemão
GREIF PLR - Assessor Gilvan
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POLÍTICA
SINDICATO tem ação nacional unitária e política O
movimento sindical tem atuado de maneira unitária, com um papel importante de encaminhamento de propostas e soluções para questões de interesse da classe trabalhadora, do setor produtivo e da sociedade. E o nosso Sindicato, liderado pelo presidente Miguel Torres, e a Força Sindical, presidida por Paulinho, deputado federal, participam deste posicionamento político que tem produzido resultados muito positivos. O exemplo mais recente é a luta em defesa
da indústria nacional e dos empregos e das negociações com o governo que levaram ao aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros importados. Outros exemplos são a conquista da política de valorização do salário mínimo e da regulamentação da contratação de trabalhadores nas obras do PAC. “Se queremos avançar nas questões trabalhistas temos que influenciar politicamente nas esferas federal, municipal e estadual”, explica Miguel Torres.
FATOS QUE MERECEM RECONHECIMENTO “Estamos puxando lutas pelo Brasil inteiro, estamos presentes nas lutas e campanhas de outras categorias por melhores condições de vida e de trabalho”, reforça Miguel Torres. Entregamos a Pauta Trabalhista ao Congresso Nacional, com as reivindicações unitárias da classe trabalhadora, temos feito vigílias semanais no Congresso Nacional pela aprovação do projeto das 40 horas, diretores do Sindicato participam das negociações tripartites (trabalhadores/empresários/governo) sobre diversas questões e projetos.
bientais, redução das demissões, que chegam a 30% no setor, piso salarial único, redução da jornada de trabalho, entre outras reivindicações importantes para a relação capital-trabalho, e que são fundamentais para o incremento da produtividade e da competitividade da indústria nacional”, afirma Miguel Torres. A Força Sindical e o nosso Sindicato vão cobrar do governo essas reivindicações.
SETOR AUTOMOTIVO Depois de muitas reuniões no Ministério da Fazenda, discutindo medidas em defesa da indústria nacional e dos empregos, o governo decidiu aumentar em 30% o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos veículos importados fabricados fora do Mercosul e manter o imposto para as montadoras instaladas no Brasil, que fabricarem veículos com, no mínimo, 65% de conteúdo nacional. A medida vai frear as importações, que prejudicam a indústria nacional e os empregos, mas é insuficiente porque não exige contrapartida das empresas. “Queremos contrapartidas sociais e am-
CONSTRUÇÃO PESADA Em reunião com o governo, definimos regras para a contratação de trabalhadores da construção pesada, qualificação profissional, segurança e saúde nos canteiros de obra, acabando com os “gatos” que agenciam mão de obra.
DANIEL CARDOSO
Miguel Torres, de gravata laranja, na reunião sobre o IPI com ministros Mantega e Mercadante
Defendemos os peões nas greves e conflitos ocorridos nas obras do PAC contra as péssimas condições de trabalho e maus tratos. Recentemente, os diretores Jefferson Coriteac e David Martins, do nosso Sindicato, estiveram em Pecém, no Ceará, para apoiar a greve dos 7 mil trabalhadores da construção
da Usina Termelétrica de Pecém, pelo adicional de 30% de periculosidade. A mobilização foi comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada, presidido por Raimundo Nonato. Nossos diretores acompanharam as negociações do Sindicato com a EDP (portuguesa) e a MPX, do empresário Eike Batista.
VAL CASTELO
Diretor Jefferson levou o apoio dos metalúrgicos aos trabalhadores e...
VAL CASTELO
...participou, com o diretor David, das negociações pela periculosidade
DILMA DEFENDE EMPREGO E MULHERES NA ONU
E
DIVULGAÇÃO
A presidente Dilma Rousseff em discurso na Assembleia-Geral da ONU
m discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), em setembro, a presidente Dilma Rousseff destacou a atuação da mulher na política, falou sobre crise econômica, defendeu a criação do Estado Palestino e a vaga brasileira no Conselho de Segurança da ONU. Primeira mulher a discursar na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma destacou o caráter democrático de seu discurso em Nova York. “É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nessa tribuna, que tem compromisso de ser a mais representativa do mundo. Vivo este momento histórico com orgulho de ser mulher. Divido a emoção de abrir a Conferência com mais da metade dos seres humanos deste planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho
certeza de que este será o século das mulheres.” Sobre a crise econômica, Dilma afirmou que o mundo vive um momento delicado e precisa de ação conjunta entre os países. “Ou nos unimos todos e saímos vencedores ou sairemos todos derrotados”, afirmou. Disse ainda que não é com medidas recessivas que se tira país da crise, mas com aumento de salário. A presidente afirmou que a crise não ocorre porque os líderes dos países desenvolvidos não encontraram soluções ou pela falta de recursos financeiros. “É por falta de recursos políticos e clareza de ideias.” Na sua avaliação, uma parte do mundo não encontrou equilíbrio entre ajuste fiscal apropriado para demanda e crescimento. “Ficam presos na armadilha que não separa interesse partidário dos interesses legítimos da sociedade.”
o metalúrgico - 11
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TRABALHO DECENTE
Manifestação contra TRABALHO ESCRAVO A
de concorrerem deslealmente com produtos nacionais e tirar empregos”, disse Tadeu. Para Pereira, essa situação precisa ser denunciada para os consumidores saberem que estão comprando produtos fabricados por mão de obra escrava. “Os metalúrgicos estão solidários nesta luta”, disse. Além da Zara, outras 35 confecções de roupas de marca estão sendo investigadas, entre elas, Ecko, Gregory, Billabong, Brooksfield, Cobra d´Água, Tyrol, Pernambucanas. Para o presidente do Sindicato, Miguel Torres, a integridade dos trabalhadores deve ser sempre prioridade em qualquer situação. “Cabe a todos nós denunciar e lutar contra todo tipo de exploração.” Só nos últimos seis anos mais de 42 mil trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão. O presidente da Zara no Brasil, Enrique Huerta Gonzaléz, prestou depoimento na Assembleia Legislativa de São Paulo e disse que não sabia da existência dessa situação nas oficinas contratadas pela empresa. ATO UNIFICADO No dia 7 deste mês, o companheiro Juruna, secretário-geral da Força Sindical, e diretores do nosso Sindicato participaram de um ato conjunto com a UGT pelo Trabalho
Pereira e Tadeu (à esquerda da faixa) na manifestação contra o trabalho escravo nas confecções
Juruna defende ação conjunta e internacional
Decente, na zona leste da capital. “Nós nos unimos às ações que vêm sendo realizadas pelo mundo, coordenadas pela CSI (Confederação Sindical Internacional), da qual a Força e a UGT são filiadas.
TIAGO SANTANA
pesar das denúncias de trabalho escravo no País serem constantes, os ataques aos direitos dos trabalhadores, via Congresso Nacional, não param. Isso demonstra o tamanho da voracidade dos patrões, que querem impedir o avanço da luta do movimento sindical por melhores salários e pela dignidade dos trabalhadores. Recentemente, auditores do Ministério do Trabalho flagraram a exploração de trabalhadores mantidos em situação de escravidão em oficinas de costura da rede Zara, em São Paulo e Americana (Interior). Eles encontraram 52 imigrantes peruanos e bolivianos que trabalhavam até 16 horas por dia, em ambiente insalubre, sem condições de segurança, recebendo entre R$ 0,12 e R$ 0,20 por peça, sem poderem sair do local. No dia 26 de agosto, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e a central UGT, realizaram um protesto na rua Oscar Freire, reduto de lojas caras da capital, contra o trabalho escravo e degradante, e os vicepresidentes do nosso Sindicato, Tadeu Morais e Eufrozino Pereira, representaram o Sindicato e a categoria no ato. “Nossa luta é combater essa forma de trabalho no mundo todo, porque muitos produtos fabricados em outros países com mão de obra escrava são exportados, além
A região norte foi escolhida porque várias empresas ali contratam imigrantes e não seguem as convenções coletivas dos sindicatos”, disse Juruna.
Sindicato participa da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente
O
diretor Roberto Sargento está representando o nosso Sindicato nos encontros preparatórios para a 1ª Conferência Estadual do Trabalho Decente, que será realizada nos dias 24 e 25 de outubro, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Sargento participou dos encontros de Tupã e de Americana, em setembro, e estará no dia 20 de outubro na Baixada Santista. “Este evento é de uma importância muito grande, porque reúne a OIT (Organização Internacional do Trabalho), as centrais sindicais, entre elas a Força Sindical, a Confederação Sindical Internacional (CSI), Confederação
Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA) pelo Trabalho Decente, Secretaria estadual de Emprego, Fiesp (Federação das Indústrias), movimentos organizados da sociedade civil, todos com o mesmo objetivo, que é defender o trabalho decente e combater as formas de trabalho indignas”, afirma. “O Sindicato dos Metalúrgicos está em todas as lutas que envolvem os trabalhadores e a população mais necessitada”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato. TRABALHO DECENTE NA RIO + 20 A questão do trabalho decente será levada
Diretor Roberto Sargento (o segundo da direita para a esquerda) na mesa de debates
para a Conferência Rio + 20, que acontecerá em junho de 2012, no Rio de Janeiro. O evento está sendo organizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e terá como foco uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e
marcará os 20 anos da realização da Conferência da ONU para o meio ambiente, em 1992. A questão do desemprego, como fator de inclusão social, a seguridade e a transferência de renda serão apresentadas no debate pelo Dieese (órgão econômico e social dos sindicatos).
Trabalho Decente nas obras públicas
O
Projeto do vereador Cláudio Prado beneficia contratados no serviço público
Trabalho Decente é fundamental para a superação da pobreza, para reduzir as desigualdades sociais, garantir o poder de compra da população e o desenvolvimento sustentável. Trabalho Decente é quando se tem uma remuneração justa, com liberdade, justiça e segurança, capaz de garantir uma vida digna e mais produtiva. O vereador Cláudio Prado e a mesa diretora da Câmara Municipal de São Paulo assinaram um ato que confirma que a Câmara vai ter o cumprimento do “Trabalho Decente”.
A Câmara já aprovou, em 1ª votação, o projeto de lei nº 206/2010, de autoria de Cláudio Prado, que estabelece a prática do trabalho decente em todas as contratações de serviços e obras públicas. A medida vale, inclusive, para os terceirizados. Segundo o vereador, o Trabalho Decente é sempre produtivo, remunerado, livre e seguro e capaz de produzir uma vida digna. “As licitações públicas devem ter uma avaliação em toda questão trabalhista. O que adianta a licitação contratada ser a mais barata, se não há nenhuma garantia sobre salário e a quali-
dade de vida dos trabalhadores?”, questiona o vereador. Além dessa luta, nosso vereador batalha pela permanência das empresas em São Paulo, com objetivo de garantir e gerar empregos nos bairros. “É um trabalho que envolve a prefeitura e o governo do Estado, para que garantam incentivos e infraestrutura para o escoamento dos produtos. O que vemos hoje é restrição de caminhões, cobrança de taxas, proibição de permanência em certas áreas”, critica o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
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DEPARTAMENTO DE ESPORTES
Times classificam-se para as finais A São Paulo e Mogi das Cru
3ª Copa de Futebol de Campo dos Metalúrgicos já entrou na fase decisiva. De 27 times na fase de classificação, 16 equipes conquistaram vagas nas oitavas de final, com jogos disputados nos dias 17 e 24 de setembro, e 8 times nas quartas de final, com jogos nos dias 1 e 8 de outubro. Acompanhe no site www.metalurgicos.org.br os resultados atualizados. O diretor Valdir Pereira, do Departamento de Esportes, destaca a participação dos cerca de 700 jogadores. “Disputaram com muita garra, na busca pela vitória, mas com a consciência de que o importante é competir, confraternizar-se e divertir-se”, disse. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, ressalta que um dos objetivos da Copa é integrar, proporcionar lazer à categoria e incentivar a prática de esporte e o cuidado com a saúde”, disse.
zes
PAULO SEGURA
PAULO SEGURA
OITAVAS DE FINAL 01
FAME
0 X 1
ELOY
02
MONTEPINO
1 X 0
M.W.M (B)
03
LUMINI
3 X 0
DRIVEWAY
04
M.W.M (A)
1 X 0
NOVEX
05
DELGA
0 X 3
RADIAL METAL
06
VALTRA
1 X 0
CARTEC
07
TS SHARA
0 X 0
PRADA
08
SBU METAL
0 X 0
FAMEQ
09
FAME
3 X 2
ELOY
10
MONTEPINO
3 X 0
M.W.M (B)
11
LUMINI
0 X 1
DRIVEWAY
12
M.W.M (A)
0 X 2
NOVEX
13
DELGA
2 X 1
RADIAL METAL
14
VALTRA
3 X 0
CARTEC
15
TS SHARA
1 X 6
PRADA
16
SBU METAL
1 X 1
FAMEQ
QUARTAS DE FINAL - 1ª RODADA Fame X Eloy
Montepino X M.W.M (B)
PAULO SEGURA
17
FAME
0 X 0
MONTEPINO
18
LUMINI
0 X 0
NOVEX
19
RADIAL METAL
0 X 0
VALTRA
20
PRADA
2 X 1
SBU METAL
QUARTAS DE FINAL - 2ª RODADA Lumini X Driveway
M.W.M (A) X Novex
Delga X Radial Metal PAULO SEGURA
21
FAME
X
22
LUMINI
X
NOVEX
23
RADIAL METAL
X
VALTRA
24
PRADA
X
SBU METAL
25
VENC. DO JOGO 17/21
X
VENC. DO JOGO 20/24
26
VENC. DO JOGO 18/22
X
VENC. DO JOGO 19/23
MONTEPINO
SEMIFINAL
Valtra X Cartec
TS Shara X Prada
SBU Metal X Fameq
DEPARTAMENTO DA JUVENTUDE
Diretor participa de reunião do Comitê Mundial da Juventude
O
diretor Jefferson Coriteac, responsável pelo Departamento da Juventude, participou da 5ª reunião do Comitê Mundial da Juventude, em Singapura, na Ásia, nos dias 5 e 6 de setembro, que discutiu a situação em que se encontram os/as jovens que buscam emprego. “Apresentamos alguns problemas e fizemos propostas para os jovens do Brasil e da América Latina. A integração com os demais jovens do mundo é muito importante, pois temos a oportunidade de compartilhar informações e fortalecer nossa luta”, diz Jefferson.
QUADRINHOS Nesta edição, o personagem Metal, criado pelo artista Daniel Vardi, lidera os jovens na luta pela redução da jornada de trabalho. “O jovem quer e pode manifestar seu pensamento, sentimento e atitude. O Sindicato, por intermédio do jornal `o metalúrgico’, abre mais um espaço para valorizar a linguagem da juventude e incentivar sua participação consciente nas lutas por melhores condições de vida e trabalho”, ressalta Jefferson.
O Comitê Mundial da Juventude é um órgão criado pelo Conselho Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), integrado por igual número de homens e mulheres menores de 35 anos de cada região: Ásia e Pacífico, África, Américas e Europa. “Nossa luta é nacional e internacional. Buscamos soluções e propostas que atendam os interesses dos trabalhadores em qualquer parte do mundo”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato.
Tabela atualizada até os jogos de 1º de outubro