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SETEMBRO DE 2015
A 5 H N 1 A P 0 2 M L CA RIA A L SA
ANO 72 - Nº 618
CATEGORIA APROVA
LUTA PELO REAJUSTE SALARIAL E PELO EMPREGO
e começa campanha com ação de solidariedade
A
Pauta de Reivindicações da categoria foi aprovada em assembleia no dia 18 de setembro, no Sindicato, e entregue à Fiesp e demais grupos patronais no dia 22, com um grande ato na porta da federação patronal, na Avenida Paulista. Diante da bancada patronal, o presidente Miguel Torres disse que todos sabem que a crise econômica está afetando as indústrias e provocando desemprego, mas que é hora de defender o aumento dos salários, porque “aumento de salário significa mais dinheiro na economia, o que é bom para as empresas, para os trabalhadores, para a economia. Já nos unimos aos empresários em vários momentos em defesa da indústria e do
DEA SEGURA
emprego; agora, nossa prioridade é negociar o reajuste para os trabalhadores. Os empresários não querem pagar o pato da crise, mas os trabalhadores também não”, afirmou. Defendendo o slogan da Campanha, “Contra a crise + salários + empregos”, os sindicalistas que participaram do ato na porta da Fiesp anunciaram que haverá greve caso os patrões não apresentem uma proposta digna de acordo salarial.
Principais reivindicações • Reajuste salarial • Estabilidade do delegado sindical • Valorização dos pisos • Manutenção das cláusulas sociais da Convenção • Redução da jornada
OFICINA MULHER
Sindicato começa uma novaação de solidariedade. Participe! Pág. 3
Doação de Sangue
1ª Oficina da Mulher discute a questão da desigualdade salarial entre homens e mulheres e como avançar nas cláusulas sociais específicas. Pág. 6
O
s metalúrgicos iniciaram a Campanha Salarial doando sangue para a Fundação Pró-sangue, no Hospital das Clínicas. Um grupo de cerca de 50 diretores e assessores do nosso Sindicato chegou cedinho ao HC para estender o braço, num gesto de solidariedade, a quem precisa.
JUVENTUDE
Sindicato realiza 4º Encontro de Jovens Metalúrgicos e discute as desigualdades, movimentos sociais e a importância dos direitos trabalhistas. Pág. 7
“Decidimos fazer a doação para mostrar à sociedade que mesmo em momento de crise e tantas dificuldades podemos ser solidários, lutar por direitos legítimos e fazer alguma coisa pelo outro”, afirmou Miguel Torres, que também doou sangue. Págs. 4 e 5
MEMÓRIA SINDICAL
Encontro do Departamento de Memória Sindical ressalta a importância do legado da memória sindical, discute aposentadoria e dependência química. Pág. 7
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MEMÓRIA
EDITORIAL
Mobilização pela conquista do reajuste
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ossa Campanha Salarial 2015 começa em um momento de grave crise econômica, com queda na produção, aumento da inflação e alta do desemprego. Por isto, para conquistarmos o reajuste salarial num momento como este, será preciso muita mobilização da categoria nas portas de fábrica, nas reuniões regionais e nas assembleias do Sindicato. Os patrões tentarão usar a crise para impedir os avanços econômicos e sociais que estamos reivindicando. Contra esta costumeira intransigência patronal, estamos novamente em campanha unificada com outros 53 sindicatos representados pela Federação dos Metalúrgicos, num total de aproximadamente 750 mil metalúrgicos na luta. Não vamos arcar com o ônus da crise econômica. Não vamos abrir mão da reposição das perdas salariais, valorização
do piso e manutenção das cláusulas sociais, que constam da Pauta de Reivindicações. Na assembleia de aprovação da Pauta, os metalúrgicos aprovaram uma proposta indicativa de greve, caso os patrões não apresentem uma contraproposta concreta de reajuste salarial até o dia 30 de outubro, um dia antes da nossa data-base, que é 1º de novembro. Vamos cruzar os braços. A situação econômica está ruim, mas a culpa não é do trabalhador. Por isto, vamos com tudo pra cima dos patrões e exigir aumento digno de salário para fechar com chave de ouro a Convenção Coletiva deste ano. Participe! MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical
N
osso país passa por um momento crítico tanto político, quanto economicamente. Temos um governo no qual ninguém mais acredita, nem mesmo os próprios “aliados”, que aos poucos vão abandonando o barco, já que não enxergam nenhuma esperança de reverter o quadro de horror pintado pela presidente Dilma e pelo PT. A presidente insiste em dizer que a crise econômica mundial pegou o Brasil de surpresa, embora tenha sido reeleita dizendo que o país não sofreria os efeitos da crise externa e que o Brasil estava muito bem. Não se passou nem um ano para as pessoas descobrirem que o Brasil estava mal das pernas e que toda a campanha eleitoral do PT foi um engodo. E qual foi a solução encontrada pelo governo para tentar salvar a economia?
o metalúrgico SETEMBRO DE 2015 Ano 72 – Edição nº 618 Órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes SEDE SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 SUBSEDE MOGI - Rua Afonso Pena, 137, V. Tietê Fones: (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702 www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br
Mandar a conta para o trabalhador! Cada anúncio do ministro Joaquim Levy é uma punhalada nas costas de quem trabalha. É ajuste fiscal, aumento de impostos, direitos suprimidos, uma série de medidas que, na época da campanha eleitoral, a presidente da República garantiu que não tomaria. Até mesmo os programas usados como bandeiras na eleição estão sofrendo cortes devido à má gestão do governo. Não podemos deixar que a população pague pelos erros de um governo mentiroso, que usa manobras e distribuição de cargos para se manter no poder. O trabalhador e toda a sociedade brasileira exigem mudanças profundas. PAULINHO DA FORÇA Deputado federal e presidente do Solidariedade
SINDICATO ENTREGA AS DOAÇÕES RECEBIDAS
25/09/2015
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É
com grande pesar que o Sindicato comunica o falecimento do seu diretor Cícero Santos Mendonça, vítima de acidente de carro ocorrido no dia 25 de setembro. Mendonça era o responsável pelo Departamento Jurídico do Sindicato. Natural de Barueri/ SP, tinha 55 anos e vinha em uma trajetória exemplar de atuação no movimento sindical. Mendonça entrou para a categoria metalúrgica em 1983, quando começou a trabalhar na indústria Metalco, como montador de estrutura metálica. Iniciou sua militância sindical em 1987; foi motorista de caminhão de som do Sindicato, apoiando várias lutas em São Paulo e em outras localidades, de-
ARTIGO
O trabalhador pede mudanças profundas
SOLIDARIEDADE
Homenagem a CÍCERO MENDONÇA ★ 12/06/1960
O METALÚRGICO - 3
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pois passou a ser assessor da diretoria. Por sua dedicação, determinação e liderança foi eleito diretor em 2001 e reeleito em 2004, 2008 e 2012. Formou-se em Direito em 2006, com o objetivo de aprimorar-se para melhor atender os trabalhadores. Tornou-se coordenador do Departamento Jurídico, trabalhando com muito afinco e profissionalismo em defesa dos direitos dos trabalhadores. Atuava também em apoio a outros sindicatos integrava a Rede Sindical de Trabalhadores da Weg. A diretoria e assessoria lamentam esta perda irreparável e se solidarizam com a família e amigos neste momento de dor.
LUTA NA FÁBRICAS Trabalhadores de várias empresas metalúrgicas estão em greve por causa do atraso no pagamento dos salários, falta de depósitos do FGTS e outras irregularidades. O Sindicato está atuando em defesa dos direitos dos companheiros.
Sindicato entregou, no dia 31 de agosto, a duas entidades assistenciais, as roupas doadas pelos trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos. Os carros do Sindicato saíram carregados de sacolas com roupas, calçados (para adultos e crianças) e cobertores. “A quantidade de doações é muito grande, o que mostra o espírito de solidariedade da família metalúrgica”, disse o presidente Miguel Torres, que comandou pessoalmente a ação, acompanhado por diretores(as) e assessores(as). As instituições beneficiadas foram a Casa do Cristo Redentor, em Itaquera, e a Sociedade de Estudos Espíritas Renascer com Cristo, na Penha, ambas na zona leste da capital. A Cristo Redentor, fundada em 1956, desenvolve diversos projetos educacionais e culturais e atende cerca de 800 crianças, diretores entregam as doações adolescentes e jovens, inclusive excepcionais, Miguel ena Renascer em Cristo e cerca de 3 mil famílias. A Renascer em Cristo atende crianças e senhoras com câncer e também pessoas que precisam de transplante de fígado. Para Miguel Torres, “a semente foi plantada e mexeu com a categoria”. Ele agradeceu a diretoria e a assessoria, que percorreram as fábricas para recolher as doações, e os trabalhadores, que se solidarizaram e participaram da campanha.
Doe brinquedos e alimentos
INTERNACIONAL
O Sindicato começou uma nova ação e solidariedade: a Campanha de Natal, para arrecadar alimentos e brinquedos para entregar a crianças e famílias carentes, inclusive moradores de rua. A proposta da nova campanha foi apresentada na assembleia de aprovação da Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2015 e aprovada por unanimidade pelos trabalhadores e trabalhadoras presentes. “Vivemos uma situação de crise muito grande, estamos na luta pelo nosso aumento salarial, mas não podemos ignorar tantas pessoas que estão vivendo em condições muito dramáticas. Vamos proporcionar um Natal de esperança para o maior número de pessoas que pudermos alcançar”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres. Doe um brinquedo, mesmo usado, mas em boas condições, e também 1kg de alimento não perecível. As doações podem ser entregues aos diretores e assessores nas portas das fábricas.
Miguel Torres participa de encontros trabalhistas na China
“A solidariedade é um sentimento que expressa o respeito pela dignidade humana”. Franz Kafka
Doação feita para a Casa Cristo Redentor
Quantidade de roupas doadas pela categoria foi muito grande Enio, da Renascer em Cristo, agradece Miguel e equipe
Delegação foi bem recebida por sindicalistas TECEMECANIC (zona sul): diretor Jamanta
NOTAS
RODOTEC (zona oeste): diretor Sales Encontros de intercâmbio
ITALSPEED (zona sul): diretor Carlão
SERRAS SATURNO (zona norte): diretor Curió
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CORREÇÃO COMBUSTOL METALPÓ (zona oeste): O diretor responsável pelo trabalho sindical junto à empresa é o Alemão e não o Erlon, conforme foi publicado na edição de agosto do jornal “o metalúrgico”.
DIRETORES (SEDE SÃO PAULO) Admilton Mariano da Silva (Curió), Adnaldo Ferreira de Oliveira, Adriano de Assis Lateri, Alsira Maria da Silva Lima, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Antonio Uélio Luis Moreira, Carlos Andreu Ortiz, Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Celso de Araújo Carneiro (Bombeirinho), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, Cristina Maria dos Santos Silva, David Martins de Carvalho (licenciado), Donizeti Aparecido de Assis, Edenilson Rossato (Alemão), Elza de Fátima Costa Pereira (Diretora Financeira), Emerson Andrade Passos, Eraldo de Alcântara (Maloca), Erlon Souza Lorentz, Eufrozino Pereira da Silva (licenciado), Francisco de Assis do Nascimento (Chico Pança), Francisco Roberto da Silva (Sargento), Geraldino dos Santos Silva, Germano Alves Pereira, Jefferson Coriteac (licenciado), João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém - Secr.-Geral), José Francisco Campos, José
João da Silva (Mixirica), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), José Mauricio Mesquita Forte, José Porfírio da Silva, José Silva dos Santos, José Valdinei Dantas de Souza (Jamanta), Josias Alves da Silva, Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Antonio de Medeiros Neto (licenciado), Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres (Presidente), Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Nelson Marques da Silva, Nivaldo Crispim Patrício (Bugalu), Paulo Pereira da Silva (licenciado), Pedro Nepomuceno de Sousa Filho (licenciado), Ricardo Rodrigues (Teco), Roberto Soares Dias (Ninja), Rodrigo Carlos de Morais, Rubens Pereira, Sales José da Silva, Tadeu Morais de Sousa, Tito de Oliveira, Valdir Pereira da Silva, Yara Pereira da Silva SEDE MOGI DAS CRUZES Ester Regina Borges, Paulo Fernandes de Souza (Paulão), Sílvio Bernardo
Vice-ministro do Trabalho chinês e Miguel Torres assinam protocolo
Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem 200 mil exemplares
reocupada com os acordos de cooperação assinados entre os governos do Brasil e da China em oito áreas - transporte, ferrovias e energia etc.-, cujos investimentos somam US$ 53 bilhões, uma delegação da Força Sindical, liderada pelo presidente Miguel Torres, viajou para a China no início de setembro em busca de informações sobre os acordos. Para Miguel Torres, é precisos saber o teor destes acordos e se há risco para os trabalhadores brasileiros. “A China assinou acordos similares com Angola, Equador e Argentina, para onde levou milhares de trabalhadores chineses, e os acordos deram muitos problemas”, disse o presidente da Força Sindical, acrescentando que, neste momento em que o Brasil passa por uma séria crise, estes acordos representam um risco aos trabalhadores.
A delegação manteve encontros com dirigentes da União Sindical de Jiangsu, na cidade de Nanjing, e com a Federação Nacional dos Sindicatos da China. O intercâmbio com a federação chinesa faz parte do compromisso assinado entre as entidades do Brics Sindical, grupo formado pelas centrais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A delegação esteve também em Beijing (capital) e Xangai, reuniu-se com o vice-ministro do Trabalho, Kong Clangsheng, e visitou uma montadora, onde o salário médio é de 800 dólares (mais de R$ 3 mil). Miguel Torres observou que há importantes avanços dos direitos trabalhistas naquele país. A jornada de trabalho para muitos é de 40h semanais desde 2011, há pisos regionais de salário, a lei não permite mais de 3 horas extras por dia, sendo que a remuneração é de 150% durante a semana;
PACOTE DE MALDADES Para equilibrar as contas públicas, o governo lançou um novo pacote de maldades que traz de volta o imposto do cheque, com alíquota de 0,2%; adia o reajuste salarial do funcionalismo público, corta recursos do Sistema S e reduz investimentos em programas sociais. “É o jeito da presidente de fazer o chamado ajuste fiscal, que visa economizar R$ 66 bi em cima dos trabalhadores e da população e vai prejudicar ainda mais a retomada da produção, mas vai preservar o capital financeiro, que gostou do pacote”, afirma o presidente do Sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres. FUSÃO RUIM
Visita à montadora
200% nos sábados e domingos, e 300% nos feriados. Já no Brasil, a jornada oficial é de 44h, parte do empresariado quer tirar direitos trabalhistas e promove rotatividade de mão de obra para reduzir salários. A delegação da Força também assinou protocolo de cooperação sindical com a Federação Nacional de Sindicatos da China. Acompanharam neste intercâmbio, o 1º secretário da Força Sindical, Sérgio Leite, Altair Garcia (Dieese) e Ortélio Cuesta, da secretaria de Relações Internacionais da Força Sindical.
As centrais Força Sindical, CSB, CTB, UGT, NCST e CUT repudiam a fusão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com o da Previdência Social, porque isso vai resultar em enormes prejuízos aos trabalhadores e à sociedade. A medida irá diluir a importância de ambos os ministérios, que tratam de questões caras aos trabalhadores, aposentados e pensionistas.
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Metalúrgicos se mobilizam pelo aumento e doam sangue em solidariedade Braços Estendidos O
s patrões da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e dos demais grupos patronais já receberam a Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial dos metalúrgicos da Força Sindical no Estado. A pauta foi aprovada em assembleia realizada no dia 18 de setembro, no Sindicato, e entregue aos patrões no dia 22, pelos dirigentes dos 54 sindicatos de metalúrgicos do Estado, que estão unidos na campanha. O preesidente Miguel Torres foi firme na defesa da pauta: “Sabemos que o País atravessa uma grave crise, mas sabemos também que aumento de salário significa mais dinheiro circulando, o que é bom para a economia, para os empresários e os trabalhadores. Já nos unimos a vocês (patrões) em vários momentos para defender a indústria e o emprego; agora, nossa prioridade é o reajuste salarial. Os empresários não querem pagar o pato da crise, mas os trabalhadores também não”.
CONTRA A CRISE A Campanha Salarial tem como slogan “CONTRA A CRISE, + SALÁRIOS + EMPREGOS” e reivindica reajuste salarial, valorização dos pisos, manutenção das cláusulas sociais.
DEA SEGURA
DEA SEGURA
ASSEMBLEIAS POR REGIÃO Miguel disse que espera chegar a um acordo até 31 de outubro, um dia antes da data-base para o reajuste. Até lá, o Sindicato irá fazer assembleias regionais de mobilização para pressionar os patrões e preparar a categoria para uma greve, caso os patrões neguem o reajuste salarial. As reuniões nas regiões estão marcadas para os dias 14 (zona sul), 20 (zona leste), 21 (Mogi), 22 (zona oeste), 27 (zona norte) e 28 de outubro (zona leste, Mooca). Participe! “Vamos fazer uma Campanha com organização, unidade e solidariedade”, disse Miguel Torres no final da assembleia, que aprovou participar da Campanha de Natal do Sindicato, para doação de alimentos e brinquedos. O secretário-geral, Arakém, afirmou: “Vamos buscar nosso aumento; queremos dinheiro no bolso dos trabalhadores para que possam consumir e aumentar a produção. Com nossa luta, unidos, vamos conquistar”. A diretora financeira Elza Costa chamou a atenção para a crise e afirmou: “temos que estar unidos ao Sindicato e aumentar a participação na campanha para conquistar aumento de salário.”
Miguel Torres falou da importância da mobilização e lançou nova campanha de solidariedade
ATO DE ENTREGA DA PAUTA 22 de setembro: Entrega do documento com ato em frente à Fiesp
Arakém defendeu mais dinheiro no bolso dos trabalhadores
Elza:“Vamos ser fortes, nosso aumento não é impossível.”
Trabalhador do setor do diretor Josias foi ao HC fazer sua doação
Os metalúrgicos iniciaram a Campanha Salarial doando sangue na Fundação Pró-sangue, no Hospital das Clínicas. A ação foi feita por um grupo de cerca de 50 sindicalistas da capital, a partir das 7h da manhã. “Decidimos fazer a doação para mostrar à sociedade que mesmo em momento de crise, em que as pessoas estão preocupadas com tantas questões, podemos ser solidários e fazer alguma coisa pelo outro”, afirmou Miguel Torres, que também doou sangue.
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MULHER
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JUVENTUDE
Metalúrgicas realizam 1ª OFICINA DE GÊNERO P
or que a mulher ganha menos que o homem e como definir e negociar cláusulas específicas, individuais e coletivas, com a empresa e os grupos patronais? Estes foram temas da 1ª Oficina de Gênero e Negociação Coletiva de Mulheres Metalúrgicas de São Paulo e Mogi, realizada no dia 28 de agosto, no Sindicato. Organizado pelo Departamento da Mulher, coordenado pela diretora Leninha, o evento reuniu 40 trabalhadoras e contou com a presença do presidente do Sindicato, Miguel Torres, da diretora financeira, Elza Costa, demais diretoras/es e assessoras/es. 1ª OFICINA DE GÊNERO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA “Nosso objetivo é fazer DE MULHERES METALÚRGICAS DE SÃO PAULO E MOGI com que as trabalhadoras entendam como se dá uma negociação e discutir cláusulas que elas querem ver garantidas nas fábricas”, disse Leninha. O presidente falou da importância de melhorar a relação sindicato-trabalhadoras para avançar na legislação; da campanha salarial e das ações do Sindicato no Congresso Nacional. “A luta do Sindicato não é só nas fábricas, temos que pensar nas leis porque não adianta conquistar direitos se depois vem uma medida provisória que muda tudo”, afirmou. Para a diretora Elza, era um dia para Dinâmicas feitas pelo técnico Ricardo despertaram a construir propostas de negociação. “É atenção das trabalhadoras muito importante para quem está na fábrica saber como se dá a negociação no dia a dia”, disse. A oficina exibiu o filme Made in Dagenham, que fala da primeira greve das 187 operárias da Ford, em 1968, pela igualdade salarial; teve palestra sobre o tema com o economista do Dieese Ricardo Tamashiro; discussão de grupos e simulação de negociação com os advogados Cícero Mendonça e Antonio Velozo, do Departamento Jurídico Diretor Mendonça participou da oficina ao lado do dr. Velozo do Sindicato. CONFERÊNCIA MUNDIAL
Mulheres querem mais espaço de decisão Mais de 300 delegadas de Sindicatos filiados à IndustriALL Global Union participaram da I Conferência Mundial das Mulheres, realizada de 14 a 16 de setembro, em Viena, na Áustria. O evento debateu o aumento da representação das mulheres nas organizações sindicais e os problemas enfrentados pelas mulheres nos locais de trabalho. A diretora Leninha, coordenadora do Departamento da Mulher, do Sindicato, integrou a delegação brasileira, ao lado de companheiras da Força Sindical, de várias categorias. A IndustriALL representa em torno de 50 milhões de trabalhadores de vários
setores industriais, no mundo. No final, foi aprovada uma resolução que amplia de 30% para 40% a participação feminina na direção da IndustriALL. “Esta decisão será analisada no Congresso Mundial da entidade, no ano que vem, no Rio de Janeiro”, informa Leninha.
Abertura da Oficina no Sindicato
Leninha é coordenadora do Departamento da Mulher
Elza, Miguel Torres e Leninha destacaram a importância das trabalhadoras participarem mais das sações do Sindicato e avançarem na sua luta por igualdade
4º ENCONTRO reúne jovens metalúrgicos no Sindicato
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erca de 250 trabalhadores metalúrgicos, com idade entre 20 e 35 anos, participaram do 4º Encontro de Jovens Metalúrgicos, em 18 de setembro, no auditório do Sindicato. O evento foi aberto pelos diretores do Departamento Jovem: Rodrigo, Jefferson, Emerson, Erlon, Alemão e Yara com presença da diretora financeira, Elza Costa, do secretário-geral, Arakém, e mensagem do presidente Miguel Torres, de valorização dos presentes pela participação no evento. Os jovens assistiram a três vídeos: “O Riso dos Outros”, sobre preconceito com relação às diferenças; um vídeo institucional do Sindicato, em defesa dos direitos dos trabalhadores, e outro sobre movimentos sociais. O professor de história Samuel Souza, do Dieese, abordou, em palestra, a história do Sindicato, fundado em 1932; as lutas que levaram à conquista de muitos direitos e a “postura política aguerrida” da entidade, que chegou a sofrer intervenção e ter sua diretoria cassada. O professor lembrou que quando o trabalhador chega numa empresa ele recebe uniforme, cesta básica, vale-transporte, vale-refeição, PLR e acha que a empresa é que dá tudo isso. “Estes benefícios foram conquistados com a luta dos trabalhadores e dos sindicatos”. Samuel falou da rebeldia da juventude para mudar a sociedade e que “o caminho para transformar se constrói de maneira coletiva”. Depois, os participantes assistiram o vídeo “Junho, o mês que abalou o Brasil”, sobre as manifestações do Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa de ônibus. GRUPOS DE TRABALHO À tarde, os trabalhadores formaram dois
grupos de trabalho: um debateu propostas e alternativas contra a crise econômica e as demissões e, o outro, a conjuntura econômica e a campanha salarial e negociação da PLR em momentos de crise. Os jovens aconcluíram que a responsabilidade pela crise econômica e política é dos governantes; a classe política não deveria ter privilégios; as empresas têm por dever pagar PLR, porque, mesmo em dificuldades, elas produzem e têm lucro, e não devem usar a crise econômica para reduzir salários e demitir.
Diretores Jefferson e Rodrigo coordenaram o encontro
Para Miguel Torres, os jovens são fundamentais para o avanço das lutas
Elza: os jovens são o futuro do país e a continuidade do Sindicato
Diretor Erlon
Diretora Yara Diretor Alemão
Diretor Emerson
Arakém, secretário-geral do Sindicato
Professor Samuel valorizou a rebeldia dos jovens
MEMÓRIA SINDICAL
Departamento promove novas palestras no Sindicato
O Dia bastante produtivo
SEGURANÇA
Sindicato defende NR12 O movimento sindicato pressionou e conseguiu, durante audiência pública realizada no início de setembro, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, do Senado, a Diretor Luisinho participou da mesa de debates e retirada do pedido de defendeu a manutenção da norma na audiência pública urgência para votação do projeto de decreto legislativo 43/15, que com a NR12, os índices de acidentes de suspende a NR12, norma regulamentadora trabalho, que já são altos, vão aumentar”, que estabelece mecanismos de proteção diz o diretor Luisinho, coordenador do em máquinas e equipamentos, injetoras de Departamento de Saúde do Sindicato, que plástico, cilindros de massa, entre outros. integra a comissão tripartite de negociação “A NR12 foi negociada com os empre- das normas de segurança no trabalho. A sários, que agora estão dando pra trás no comissão é integrada por representantes acordo. Se os patrões conseguirem acabar patronais, do governo e dos trabalhadores.
Departamento de Memória Sindical realizou, em 17 de setembro, mais um encontro entre metalúrgicos com longa trajetória de lutas e a atual geração de diretores e assessores do Sindicato. “Além da confraternização que este tipo encontro propicia debatemos a atual conjuntura econômica e política, incluindo informações sobre as lutas do Sindicato em defesa dos direitos, e abrimos espaço para depoimentos sobre a história do nosso movimento sindical”, diz o diretor Campos, coordenador do departamento. O encontro também teve palestras; uma com a advogada Maria Cristina Degaspare Patto, que falou sobre Previdência Social, Fator Previdenciário, as MPs do governo que tiram benefícios previdenciários, e desaposentação. A outra, com José Carlos de Oliveira, especialista em políticas de apoio a dependentes químicos, que falou sobre o problema das drogas, inclusive nos locais de trabalho. Ele criticou a redução da maioridade penal, pois, para ele, o que é preciso resolver é o sistema carcerário.
O evento contou também com a participação de Mohamad Said Mourad, da Associação dos Ex-vereadores de São Paulo, que afirmou: “A memória sindical é um legado para as próximas gerações”. Miguel Torres, presidente do Sindicato, enviou uma mensagem aos presentes. “Lembrar as lutas dos trabalhadores e compartilhar experiências impulsiona o movimento sindical. Os direitos garantidos hoje são resultado das lutas do passado e é responsabilidade dos trabalhadores de hoje defender estes direitos, que são constantemente ameaçados”.
Diretor Campos coordenou a reunião que contou com a participaçnao de diretores e assessores do Sindicato
Advogada Maria Cristina falou sobre desaposentação
José Carlos falou sobre as drogas
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ESPORTE
IUGO KOYAMA
PRESTIGIE AS FINAIS
o início eram 42 times. Agora só restam quatro times no “mata-mata” das semifinais da 7ª Copa de Futebol de Campo do Sindicato. Pelas quartas, jogaram Wendy New Bike, Italspeed, Radial, Dynar, Driveway, Lorenzetti (A), Fame e Dormer, com jogos decisivos realizados em 26 de setembro (ida) e 3 de outubro (volta). O diretor Valdir Pereira, coordenador do Departamento de Esporte, destaca a integração entre os trabalhadores e com o Sindicato, desde o início da Copa, e diz
que, agora, a emoção é maior. “Para irem às finais todos irão se esforçar ainda mais”. Miguel Torres, presidente do Sindicato, agradeceu os mais de mil metalúrgicos, sócios do Sindicato, dos 42 times da Copa. “Todos são vitoriosos pela participação e espírito coletivo de união”, disse. Veja ao lado os jogos das semifinais e acompanhe no site do Sindicato (www. metalurgicos.org.br) os resultados e os times classificados para as finais, que ainda não têm data e local para serem realizados.
Lance de uma das partidas das quartas de final da competição metalúrgica
PAULO SEGURA
N
Valdir Pereira, coordenador do Departamento de Esporte
Fame X
Driveway
Dynar X
Italspeed
1º Torneio de Futebol Society
1º FUTSAL NO CENTRO DE LAZER
N
osso 1º Festival de Futebol de Salão reuniu mais de 800 associados e associadas metalúrgicos no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande, no dia 29 de agosto. Eles foram saudados pelo presidente Miguel Torres, pela diretora financeira, Elza Costa, e pelo diretor Valdir Pereira, no ato de abertura no Auditório. O evento reuniu 14 times e foi aberto com um amistoso entre a Fame o Time
Feminino do Sindicato, coordenado pela diretora Leninha. Depois de empate em 2 a 2, a Fame venceu a partida nos pênaltis por 3 a 2. No Futsal masculino foram estes os resultados: Fusco 8 x 2 Binkafer; C. Print 6 x 1 SPTF; Muriaço 5 x 1 Promove; GM 11 x 1 Gehaka; Passerini 5 x 3 Tocam; Faiveley 5 x 5 Cartec (Faiveley venceu por 2 a 0 nos pênaltis); Sandvik 9 x 5 Metalfrio.
O evento organizado pela diretora Yara e equipe reuniu times de 12 empresas da zona leste da capital e teve a final em 12 de setembro na região. O time da Zintec sagrou-se campeão e o da Fani foi vice. Em terceiro ficou a Big Lu e, em quarto, a LKW. Outros times participantes foram El Shadai, Walpan, Tecnovinco e C. Print. Foi show de bola e de integração! Time feminino do Sindicato x Fame
Veja mais fotos da final no site WWW.METALURGICOS.ORG.BR
CLUBE DE CAMPO
PARQUE AQUÁTICO ESTÁ QUASE PRONTO
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s obras de construção do parque aquático do Clube de Campo, em Mogi, estão terminando e, em breve, as piscinas serão liberadas para uso da família metalúrgica. A diretoria do Sindicato visitou as obras na semana passada e considerou que o parque vai ficar muito bonito e superar as expectativas dos associados(as). O presidente Miguel Torres lembrou que o Sindicato já reformou e entregou a primeira piscina em dezembro do ano passado e agora está finalizando este projeto. “A família metalúrgica merece esta dedicação”, afirma. Para a diretora financeira, Elza Costa, que cuidou de cada detalhe do projeto, a construção do parque aquático valoriza ainda mais o espaço de lazer da categoria. “Estamos cuidando deste patrimônio para oferecer um lazer cada vez melhor para os associados e associadas”, disse.
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FOTOS PAULO SEGURA