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Edição número 33, ano 1
SÃO PAULO
25 de janeiro de 2014
Pelada de domingo no Parque Dom Pedro 2º, no centro da cidade
RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR
PÁGS. 04 E 05
NO ANO DA COPA, PERCORREMOS PARQUES, PRAÇAS, CAMPINHOS E RUAS PARA ENCONTRAR OS VERDADEIROS ‘CRAQUES’ DA CIDADE
CAPITAL DA BOLA
SÃO PAULO, 460 ANOS
CAIO VILELA
O Jornal Metro é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável, e com tinta ecológica elaborada com matérias-primas bioderivadas e renováveis pela gráfica Plural.
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SÃO PAULO, SÁBADO, 25 DE JANEIRO DE 2014 www.metrojornal.com.br
{ROTEIRO}
Para curtir o feriado!
Divirta-se. Agenda do dia está cheia de atrações culturais preparadas especialmente para comemorar os 460 anos de SP
LAZER NO PARQUE
Música e diversão. O Ibirapuera está com cara de praia e vai promover diversas atividades neste sábado de feriado. Destaque para as aulas de pilates, ioga. Para quem quer curtir os shows, a partir das 14h é possível conferir as apresentações de Anelis Assumpção, Curumim e O Terno, entre outras. Parque Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, portão 10, V. Mariana, tel.: 5574-5045. Das 9h às 19h. Grátis.
GASTRONOMIA
O Terno sobe ao palco do Ibirapuera hoje
Chefs na Rua. Nomes reconhecidos da alta gastronomia paulistana, como André Mifano, do restaurante Vito, e Janaína Rueda, do Bar Dona Onça, oferecem o melhor da culinária mundial a preços populares em mais uma edição do evento. Praça Ramos de Azevedo, s/n. Das 11h às 20h.
Paulinho da Viola sobe ao palco às 17h
Exposições no museu relembram a história das peladas e de SP
FUTEBOL
Histórias e curiosidades. O Museu do Futebol realiza hoje uma programação especial para toda a família. Jogos educativos vão testar os conhecimentos dos visitantes sobre a cidade e o esporte como parte de sua cultura. A casa também traz uma exposição com itens originais de colecionadores e promove duas sessões de contação de histórias, além de oficinas gratuitas de arte e colagem. Museu do Futebol. Pça. Charles Miller, s/n, Estádio do Pacaembu, tel.: 3664-3848. Das 13h às 17h. Grátis.
MOSTRA
Fotografia. Para homenagear o aniversário da cidade, o Itaú Cultural inaugura hoje a exposição “Moderna Para Sempre”, uma coleção de imagens que retrata o crescimento, a urbanização e a transformação da metrópole segundo a visão modernista. São 116 fotos de 27 artistas, como German Lorca, José Yalenti e Geraldo de Barros. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, 1º piso, Bela Vista, tel.: 21681776/1777. A partir das 15h (abertura para o público em geral) até 20h. Grátis.
REDAÇÃO - /- leitor.sp@metrojornal.com.br COMERCIAL: /-
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Registros fotográficos apresentam uma São Paulo de outra época
O jornal Metro circula em países e tem alcance diário superior a milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. “A tiragem e distribuição desta edição é de . exemplares.” Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Tabapuã, , º andar, Itaim, CEP -, São Paulo, SP.
André Mifano mostra porque está à frente do Vito
SAMBA PARA CELEBRAR
Grande show. O veterano Paulinho da Viola é atração principal da programação de aniversário de São Paulo na praça da República. Ainda no mesmo palco, Os Opalas comandam o Baile Black com participação de Jair Rodrigues e outros artistas. Praça da República, centro. Hoje, a partir das 17h. Grátis.
COLETIVO CULTURAL
Arte e acessibilidade. Hoje ocorre a 5ª edição do Conexão Cultural SP, um mix de eventos realizado pelo MIS (Museu da Imagem e do Som). Com o tema “São Paulo, Terra da Garoa”, a programação reúne música, arte urbana, exposições, intervenções e gastronomia. E mais: algumas produções têm caráter tátil e inclusivo. MIS. Av. Europa, 158, Pinheiros, tel.: 21174777. Das 12h às 22h. Grátis [show Trupe Chá de Boldo R$ 6 (inteira) R$ 3 (meia)].
EXPEDIENTE Metro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: .). Editor Chefe: Luiz Rivoiro. (MTB: .). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini. Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior. Gerente Executivo: Ricardo Adamo. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso. Coordenador de Redação: Irineu Masiero.
Evento traz fotos vencedoras de um concurso realizado via Instagram
Metro Plus. Editora Executiva: Lara De Novelli. Editora: Patrícia Guimarães. Repórteres: Wanise Martinez e Silvério Morais (colaborador). Editor de Arte: Daniel Lopes. Gerentes Comerciais: Tânia Biagio e Elizabeth Silva.
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ESPECIAL
BOLA POR TODOS OS LADOS Peladeiros de todas as idades encontram o cenário ideal para sua arte. O fotógrafo Caio Vilela se dedicou a registrar alguns desses momentos
S
ão Paulo é conhecida por ser uma cidade que não para. Mas, na correria do dia a dia, o paulistano sempre encontra um tempo para jogar futebol com os amigos e não faltam histórias de grupos que se reúnem semanalmente para uma pelada. Os mais de 300 campos e quadras em parques e outros espaços públicos municipais são bem disputados, principalmente aos fins de semana. É em uma das três quadras do Parque do Povo, no Itaim Bibi, zona oeste, que o analista de orçamento Márcio Alexandre de Oliveira, 35, tenta mostrar seu talento para o futebol. Mesmo morando em Interlagos, na zona sul, ele escolheu o local pela tranquilidade e comparece, há cerca de cinco anos, todos os domingos para jogar com os amigos que fez nas peladas. “São sempre as mesmas pessoas. Todo mundo se conhece e isso é muito legal”, comenta. Os times são formados na hora e vão se revezando. Cada partida termina quando saem dois gols ou após dez minutos. Se empatar, trocam as duas equipes. Os peladeiros têm diferentes idades, profissões e times do coração. Mas a rivalida-
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de fica de lado. O corintiano Márcio, por exemplo, joga na mesma equipe do são-paulino Welton Chagas, 21. “Tem uma zoeira de leve só”, brinca o jovem vendedor. Conselheiro vitalício do Palmeiras, Flávio Luiz Amadei, 68, se reúne com amigos há mais de três décadas na quadra society do clube paulista. “Quando eu comecei a jogar bola aqui, a gente se reunia com um monte de velhos, como eu. Agora, só jogo com esses moleques de 25 e 30 anos. O pior é que eles cobram que eu corra no mesmo ritmo e ainda reclamam quando eu não alcanço a bola”, diz o bem-humorado Amadei. Uma das principais vítimas das brincadeiras do experiente jogador é Rogério Lagos. Ele conta que as peladas servem para desestressar da semana desgastante de trabalho. “Essa uma hora e meia que jogamos é o pique necessário para aguentar uma semana árdua de trabalho”, afirma. A única preocupação de Rogério era com a mulher. “Ela ficava brava quando eu chegava tarde em casa, mas já se acostumou e viu que jogar bola me deixa mais animado, o que é bom para ela também”, diz. METRO
Crianças no parque Vila Maria, na zona norte
Natasha, a primeira da esqueda para direita, se diverte com as amigas em Santana
COISA DE MENINA
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é o número aproximado de espaços comerciais, entre society e quadras, espalhados pelos quatro cantos da cidade Veja mais fotos de futebol nos parques e ruas no www.metrojornal.com.br
Garotos disputam bola em rua de Paraisópolis
Para Natasha Dana, 25, a bola também é um dos principais objetos de lazer. “É sempre divertido e engraçado jogar com as meninas, porque ninguém é profissional, mas mandamos muito bem. Melhor que isso é o fato de reunir amigas de escola, faculdade e trabalho para esse momento de lazer”, comenta a moradora de Santana, na zona norte.
ARQUIVO PESSOAL
Lá na zona leste, no bairro da Penha, Vanessa Santos é a responsável por juntar sua equipe para os treinos de fim de semana. “A gente sempre levou os treinos a sério, porque gostamos de ganhar dos outros times. Mas nossos encontros também servem como um momento de rever as amigas, pois estamos sempre na correria do trabalho e faculdade”, fala a jovem de 26 anos.
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{EDITORIA} {ESPECIAL
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WANEZZA SOARES/METRO
Defesa em campinho do Palmeirinha, em Paraisópolis, zona sul
Partida do tradicional time de várzea Guaiauma, debaixo do viaduto Aricanduva, na zona leste
Menino Carlos Gabriel bate bola em frente à igreja São Geraldo
NÃO IMPORTA A IDADE Mesmo quem não tem um campo ou quadra pertinho de casa, e não quer ir longe para se divertir, dá um jeito. Na região central, quando o Elevado Costa e Silva – o famoso Minhocão – é fechado, os carros que correm para atravessar a cidade diariamente dão lugar a um grupo que só quer saber de correr atrás da bola. Na rampa de acesso em frente à igreja São Geraldo, no Largo Padre Péricles, o movimento de peladeiros é grande depois das 21h30 e domingo o dia todo, já que a passagem de veículos é proibida. Eles usam os cones da CET como trave e jogam com uma bola já bem velhinha. Mas o que importa é a diversão entre vizinhos. O mascote do grupo é o pequeno Carlos Gabriel Alves da Silva, 8. “Jogo melhor do que todos eles”, garante Biel, provocando os amigos adolescentes. Palmeirense e fã de Valdívia, o menino tem o sonho de ser jogador de futebol. A mãe, Sabrina Alves de Arruda, de 28 anos, dá a maior força. “Tem que incentivar. Melhor se interessar pelo esporte do que por outras coisas”, diz a comerciante, sempre de olho no filho durante as peladas.
Quadra em condomínio de Itaquera, zona leste
Fim de tarde no Parque do Povo, na zona oeste
Campeonato de amadores em Heliópolis, zona sul
Pelada entre crianças em campo de Itaquera, zona leste
Pelada entre amigos em campinho no bairro da Penha, zona leste
Jogo em quadra alugada na Vila Maria, zona norte
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Crianças usam saco de lixo como trave em Paraisópolis, zona sul
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{ESPECIAL
FOTO: CAIO VILELA
FUTEBOL NO
TERRÃO
Estima-se que haja cerca de 5 mil times de várzea na cidade
Mesmo entre amadores, não faltam competições
C
idade de grandes e modernos estádios, São Paulo também é a capital dos campos de várzea, onde equipes amadoras vivem uma paixão intensa pelo futebol. Não há dados oficiais, mas a estimativa é de que existam cerca de 5 mil times varzeanos no município. A maioria treina e joga sem nenhuma estrutura, em campinhos de terra, mas com com muita seriedade e sede de títulos. Competições não faltam para eles. O troféu mais cobiçado é o da Copa Kaiser. Com 192 equipes, divididas em 48 grupos, a edição deste ano está marcada para começar no dia 23 de março e terminar em junho. Serão 375 jogos. Um dos varzeanos mais conhecidos da cidade, o Ajax, teve o gostinho de conquistar o torneio em 2012. O time foi fundado em 1973 no Colégio Professora Irene Ravache, na Vila Rica, zona leste de São Paulo. Foi formado por um
grupo de fãs do Amsterdamsche Football Club Ajax, clube da Holanda que foi campeão mundial no ano anterior. Carregando as cores amarela e preta, a equipe da Vila Rica tem uma das maiores e mais animadas torcidas de várzea. “Nós levamos de 3 mil a 20 mil torcedores aos campos”, afirma o presidente, Francisco Prince, o Kiko. Ele recorda que, na final da Copa Kaiser, lotaram 42 ônibus rumo ao Pacaembu. Uma figura que fez história nos campinhos da cidade foi o goleiro Luiz Antônio Iervolino, hoje com 60 anos. Morador da zona leste, foi bicampeão varzeano em 1979 e 1981. Jogou dos 15 aos 56 anos, em times de todas as regiões, inclusive o Ajax e o Noroeste da Vila Formosa, outra tradicional equipe da cidade. “Foram muitas jogadas, muitos amigos e histórias alegres para contar”, diz. Da várzea para a seleção canarinho Alguns jogadores que se
tornaram ídolos do futebol brasileiro – e até Mundial – começaram jogando na várzea paulistana. O jovem centroavante Leandro Damião, que tem passagens pela Seleção e atualmente está no Santos, disputou a Copa Kaiser há pouco mais de cinco anos, além de outras competições amadoras, quando era morador do Jardim Ângela, na zona sul. Ele jogou pelo Estrela da Saúde e pelo Família Tupi City. O filho do seu Natalino não esquece as origens e ainda mantém amizade com os ex-companheiros. Outro craque que começou nos campinhos de terra da periferia da zona sul foi o ex-jogador Cafu. Ele nasceu e cresceu no Jardim Irene, onde também surgiu a paixão pelo futebol. Na Copa de 2002, quando foi bicampeão com a Seleção, Cafu estampou no peito o amor pelo bairro. A frase “100% Jardim Irene” estava na camisa do capitão do penta pouco antes de ele erguer a taça. METRO
Copa Kaiser está entre as mais disputadas
Campeonato tem 375 jogos previstos
Ao todo, são 192 equipes no torneio
Toco y me voy
FELIPE ANDREOLI
DE KICHUTE NA AREIA Quem nasceu nos anos 80 e ama o futebol teve um Kichute. Não vou dizer que me lembro do meu primeiro, mas me recordo de usá-lo nas quadras de areia da escolinha de futebol – que ficava no Itaim Bibi – Xut. Eu tinha uns 8 anos e me lembro do meu primeiro gol de cabeça lá. Minha mãe tava assistindo. Depois da Xut, mamãe são-paulina, nos matriculou – eu e meu irmão – como sócios do São Paulo FC. Lá existia o COD, Centro de Orientação Esportiva. Os professores eram de primeira – só fui descobrir isso bem mais velho. O zagueiro Roberto Dias era considerado o melhor marcador de Pelé em todos os tempos. Me lembro que Dias pagava um refri pra quem conseguisse passar o pé por cima da bola e pegá-la de volta nas embaixadinhas. Ninguém nunca conseguia. Sei que tempos depois Kaká surgiu nos campos do Social do tricolor pra brilhar no Milan e na Seleção. Já eu – por volta de 97 – fui jogar na várzea do Me’, ali onde hoje existe o Parque do Povo, ao lado da ponte Cidade Jardim. O nosso glorioso Clube de Regatas 1\2 Muzzarella ½ Calabresa foi duas vezes vice e uma vez campeão. Eu não decepcionava, apesar de ter perdido um pênalti na final em que tomamos de 7 a 0 de um time que esqueci o nome (por que será?). Não posso esquecer os duelos na piscina dos meus primos no Brooklin. A gente jogava até na chuva. Era assim que eu jogava bola. Na areia, na várzea e até debaixo d’ água. Felipe Andreoli, jornalista e repórter do CQC (segunda-feira, às 22h30), da Band.
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ESPECIAL
FOTOS: DIVULGAÇÃO
PRESENTES MONUMENTAIS
Na data do aniversário da cidade, paulistanos já podem esperar ansiosos pela concretização e chegada de dois novos estádios
Arena Corinthians terá capacidade para até 68 mil
S
ão Paulo completa 460 anos hoje com comemorações em vários pontos. Mas a festa não vai acabar tão cedo. Afinal, a Copa do Mundo vem aí e a cidade ganha dois estádios em 2014. Motivos que fazem a alegria de um povo apaixonado pelo esporte mais popular do Brasil, que chegou ao país justamente pela capital paulista. A história oficial do futebol mostra que a primeira bola em terras brasileiras foi trazida pelo paulistano Charles William Miller em 1894, quando ele voltou de um período de estudos na Inglaterra. No dia 14 de abril do ano seguinte, foi realizado o primeiro jogo no país, em um terreno na Várzea do Carmo, na região central de São Paulo. Nesses 120 anos que passaram, a cidade ganhou mais de 10 estádios. Até o final deste primeiro semestre, Corinthians e Palmeiras inauguram mais dois. As obras tiveram alguns atrasos, mas estão na etapa final. É o fim de uma longa espera para milhões de torcedores. METRO
OUTROS ESTÁDIOS Local deve ser sede de abertura da Copa
ARENA CORINTHIANS O primeiro estádio a ficar pronto será a Arena Corinthians, em Itaquera, na zona leste. Orçada em R$ 820 milhões, ela está 93% concluída. O gramado – que terá um sistema inédito de resfriamento – já está pronto e demarcado. As cadeiras e as coberturas das arquibancadas estão quase todas no lugar. O local vai ser sede da abertu-
ra da Copa, no dia 12 de junho, quando Brasil e Croácia fazem o jogo de estreia. Após o acidente que matou dois operários e destruiu parte da área externa, em novembro de 2013, a Fifa ampliou o prazo de entrega para 15 de abril. A inauguração deve ser marcada por um amistoso só com jogadores do Timão. O Itaquerão, como ficou co-
ALLIANZ PARK A nova casa do Palmeiras, batizada de Allianz Park, está 80% concluída. Segundo a WTorre, construtora responsável, a obra será entregue até o final do primeiro semestre de 2014, ano que marca o centenário do clube. O estádio é erguido no mesmo endereço do antigo Palestra Itália, no limite entre os bairros da Barra Funda e de Perdizes, na zona oeste, mas é bem mais moderno que a antiga casa do Palmeiras. A cobertura que está sendo montada é um projeto inédito no Brasil. Além de proteger o torcedor do sol e da chuva, ela reduz os ruídos da área externa. Os palmeirenses, que
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DOUTOR OSWALDO TEIXEIRA DUARTE (Canindé) É o estádio da Associação Portuguesa de Desportos • Endereço: R. Comendador Nestor Pereira, 33 - Canindé • Inauguração: 9 de Janeiro de 1972 Capacidade: 27 mil lugares
nhecido, tem capacidade para 48 mil torcedores. Durante a Copa, no entanto, serão 68 mil lugares, graças à colocação de mais 20 mil assentos removíveis. A arena é a realização do sonho de milhões de “loucos” que formam a segunda maior torcida do Brasil, segundo o Ibope – em todo o país, são 30 milhões de corintianos.
JL SILVA/FUTURA PRESS
CÍCERO POMPEU DE TOLEDO (Morumbi) O maior estádio particular do país é sede oficial do São Paulo Futebol Clube e palco de eventos de entretenimento • Endereço: Pça. Roberto Gomes Pedrosa - Morumbi • Inauguração: 2 de outubro de 1960 • Capacidade: 66.795 lugares
Cobertura especial reduz ruídos externos
cidade para 45 mil pessoas para os jogos e até 55 mil em caso de shows e outros eventos. O estádio terá os maiores telões internos do Brasil – serão dois, com uma área superior a 103m² cada um. A arena terá até um restaurante panorâmico.
CONDE RODOLFO CRESPI (Estádio da Rua Javari) É a casa do tradicional Clube Atlético Juventus, que completa 90 anos em 2014 • Endereço: Rua Javari - Mooca • Inauguração: 26 de abril de 1925 • Capacidade: 4 mil lugares Alfredo Schürig (Parque São Jorge ou Fazendinha) Pertence ao Sport Club Corinthians Paulista. É utilizado para jogos das categorias de base • Endereço: Rua São Jorge, 777 - Tatuapé • Inauguração: 22 de julho de 1928 • Capacidade: 16.000 lugares
ANDRE PORTO/METRO
pisaram pela última vez no velho Palestra em julho de 2010, não veem a hora de torcer pelo Verdão na nova casa, que vai custar R$ 500 milhões e promete ser o complexo multiuso mais moderno da América Latina. O Allianz Park terá capa-
NICOLAU ALAYON (Comendador Souza) Pertence ao Nacional Atlético Clube • Endereço: R. Comendador Souza, 348 Barra Funda • Inauguração: 14 de maio de 1938 • Capacidade: 9.650 lugares
PAULO MACHADO DE CARVALHO (Pacaembu) Pertence à prefeitura e pode ser utilizado pela maioria das equipes do município, por meio de pagamento de aluguel • Endereço: Pça. Charles Miller - Pacaembu • Inauguração: 27 de abril de 1940 • Capacidade: 40.199 lugares
ANÍBAL DE FREITAS É o estádio do Clube de Campo Associação Atlética Guapira Endereço: Rua Dr. José de Camargo Aranha, 376 - Jardim Guapira • Inauguração: 20 de outubro de 1918 • Capacidade: 6.500 lugares ESTÁDIO UNIVERSITÁRIO DA USP Apesar de ser um dos maiores da cidade, está subutilizado, à espera de reforma • Endereço: Cidade Universitária Butantã • Inauguração: 1971 • Capacidade: 30.000 lugares
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O SONHO DE SER UM JOGADOR PROFISSIONAL Meninos das áreas metropolitanas da cidade se dedicam ao futebol e alimentam o sonho de brilhar em grandes times
PENEIRAS
Versatilidade e capacidade técnica fazem a diferença
FOTO: CAIO VILELA
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O sonho de Renan é ser selecionado em uma das peneiras realizadas pelos grandes clubes da cidade de São Paulo. Os times abrem seleções com frequência, mas não é nada fácil ser aceito. O ex-jogador Cafu é o maior
exemplo disso. Antes de despontar no futebol, foi reprovado em várias peneiras, porém não desistiu e se tornou um dos maiores laterais da história do país, bicampeão mundial com a Seleção Brasileira. METRO
T
ornar-se jogador profissional é o sonho de milhares de paulistanos. Destaque entre os garotos de sua idade com a bola nos pés, Renan Ferraz, 16, nunca se importou com o fato de passar a infância calçando um pé de cada tênis, não ter meias e nunca ter usado caneleiras. Criado por uma família humilde, o morador de Campo Limpo, na divisa com Taboão da Serra, encontrou no futebol o motivo para driblar as dificuldades. “Minha mãe faz de tudo por mim e meus cinco irmãos. Ela nos ensinou a dar valor à escola e, em troca, deixa a gente jogar bola a tarde inteira”, diz o craque do time batizado de Serra Louca, que joga em um campo de várzea sem muitas condições ao lado de outros garotos que têm o mesmo sonho. Bastante habilidoso, versátil e com uma visão de jogo incrível, Renan chama a atenção pelo futebol alegre e descontraído. Ele sabe da grande concorrência no mundo da bola, mas confia em seu potencial. “Não tenho a mesma estrutura dos jogadores que crescem dentro dos grandes clubes, mas
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tenho fome de bola maior do que a fome que já senti quando não tínhamos o que comer em casa”, conta, com um sorriso no rosto. Para Renan, o fato de morar em uma comunidade afastada é o principal entrave para conseguir mostrar seu futebol para algum olheiro. “Eu me inspiro no Ronaldinho Gaúcho e, principalmente, no Ronaldo Fenômeno, por tudo que ele passou na vida”, comenta o garoto que tenho como sonho ser descoberto em algum jogo de várzea. Quem já teve uma chance em time profissional e está desempregado também corre atrás. No Clube Atlético Juventus, na Mooca, o Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo oferece treinamento a 35 jogadores que estão sem equipe atualmente. O grupo treina de segunda a sexta-feira, pela manhã. “A gente prepara o atleta, arruma jogos-treinos para que ele se recoloque no mercado”, explica o diretor do sindicato, Mauro Costa. Para os 35 jogadores, é uma boa oportunidade de se manter em forma para quando a oportunidade tão desejada chegar. METRO
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Disputas em campeonatos nacionais ou regionais trazem ainda mais realidade para a competitividade entre times e jogadores
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m dos maiores acontecimentos na cidade de São Paulo quando o assunto é tecnologia é a Campus Party. A próxima edição do evento começa na próxima segunda-feira, 27, e um dos principais atrativos do lugar é, sem dúvida, a área de games. E como não poderia deixar de ser, o futebol também deve continuar a fazer muito sucesso nesta 7ª edição, assim como na anterior, em que ganhou um cenário totalmente voltado ao tema. Entre os menos profissionais, mas não menos competitivos, os campeonatos regionais fazem sucesso. Destaque para games como FIFA, da EA Sports, e PES, da japonesa Konami. Umas das principais competições realizadas recententemente em São Paulo foi o primeiro Campeonato de Futebol Digital do
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FUTEBOL,
S O Ã M S A N E D A D I L I HAB
DIVULGAÇÃO
Concentração pode garantir uma jogada perfeita
Game FIFA está entre os favoritos dos jogadores
site Terceiro Tempo, que ocorreu em setembro. O organizador Matheus Ribeiro conta que a preferência da maioria dos competidores é mesmo o jogo de futebol. “O FIFA é o preferido para os campeonatos, por ser avaliado pelos jogadores como superior e desafiante pela própria jogabilidade, além de conter mais recursos, ligas e jogadores.” Apesar de poder jogar on-line com outras pessoas, Matheus acredita que a graça está no jogo olho a olho, quando há torcida para colocar pressão na disputa oficial. “É um show à parte.” Para realizar o campeonato e estimular os jogadores a participarem, existem medalhas e outras premiações. “O mínimo de participantes deve ser 16, mas o ideal é que tenham 32, para que se se vá da fase preliminar às eliminatórias”, explica o organizador. “Existe prêmio para os campeões, como videogames, controles e jogos originais, pois é uma forma de reconhecimento ao vencedor”. Para quem pensa longe, o caminho é o Mundial de Futebol Digital. Em 2013, um brasileiro subiu ao pódio em Dubai: o pernambucano Alisson Rafael, 25, foi o vice-campeão. METRO
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ESPECIAL
“Clica aí
– o seu olhar da nossa São Paulo” Estimulando cada vez mais a interação, a BandNews FM convocou seus ouvintes a fotografarem aquilo que, para eles, simboliza São Paulo. Centenas de fotos foram encaminhadas a rádio. As melhores estão aqui, como presente de nossos ouvintes à cidade de São Paulo, em seu aniversário. Luciano Almeida - Elevado Costa e Silva – Minhocão
Robson Santos - Praça Ramos de Azevedo
Band na homenagem a São Paulo A BandNews FM e a Rádio Bandeirantes terão programação especial hoje no aniversário de São Paulo direto de um estúdio no vão da Fiesp (avenida Paulista, 1.313). Na BandNews, às 9h, Eduardo Barão recebe o colunista da rádio e do Metro Jornal, Marcos Silvestre, e o comediante Fábio Rabin. Às 14h é a vez do programa “Em Forma”, com Renata Veneri e Camila Hirsch. Já a Nativa FM terá flashes do Mercado Municipal. A Torre da Band receberá iluminação com as cores de São Paulo. METRO
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Kasller Matos - Centro de São Paulo
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LANÇAMENTO
Geely segue onda chinesa No Brasil. Montadora oriental se junta a compatriotas e aposta em gama de concessionárias e no sedã EC7 Nos últimos anos, montadoras chinesas de automóveis, literalmente, invadiram o Brasil, oferecendo carros mais completos a preços menores que as tradicionais marcas. Depois da consolidação de montadoras como JAC Motors e Chery, por exemplo, agora é a vez da Geely desembarcar em nosso país. Fundada na China em 1986, a empresa tem planos arrojados e, a partir de fevereiro, quando iniciará suas atividades oficialmente por aqui, já contará com 15 concessionárias – estima ter 25 até dezembro – e espera vender cerca de 3,5 mil unidades de seu primeiro carro-chefe: o sedã EC7. “Critérios rigorosos foram adotados no processo de nomeação das concessionárias. Neste momento, temos 15 revendas nomeadas, cujos empresários brasileiros são de reconhecida competência em seus mercados regionais. Tivemos o cuidado de concentrar nossas nomeações de concessionários apenas entre opera-
“Tivemos o cuidado de concentrar nossas nomeações de concessionárias apenas entre operadores de comprovado sucesso em seus mercados.”
A Geely Motors do Brasil deve receber 200 unidades/mês do modelo EC7
IVAN FONSECA, PRESIDENTE DA GEELY NO BRASIL
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dores de comprovado sucesso em seus mercados, com clara vocação para o bom atendimento a clientes, detentores de altos índices de satisfação”, explica o presidente da Geely do Brasil, Ivan Fonseca. Sediada em Itu, no interior de São Paulo, e com concessionárias em Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Florianópolis, Londrina, Maringá, Natal,
Porto Alegre, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, São José do Rio Preto e São Paulo, a Geely será representada no Brasil pelo grupo Gandini – que está à frente da Kia por aqui também –, mas terá sua linha de produção no Uruguai, país que mantém um acordo bilateral no setor automotivo com o Brasil e que isenta a taxa de importação. “Sem a uni-
dade produtiva no Uruguai, as operações de importação e distribuição seriam inviáveis”, salienta Fonseca. O primeiro veículo da Geely no país será o sedã EC7, que será vendido a partir de março, por um preço estimado de R$ 50 mil. Colocado no mercado para concorrer com carros como Corolla, da Toyota, e Civic, da Honda, ambos
mais caros, o EC7 terá motor 1.8, de 130 cv, com câmbio manual de cinco marchas, a gasolina (a versão flex estará disponível só em julho). O carro ainda conta com ar-condicionado, direção hidráulica e computador de bordo, além de ter garantia de três anos. Já a partir de abril, a montadora chinesa promete comercializar o subcompacto GC2. Controladora da Volvo, a Geely teve um faturamento mundial de R$ 59 bilhões em 2012 e espera crescer ainda mais apostando no mercado brasileiro. METRO
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SÃO PAULO, SÁBADO, 25 DE JANEIRO DE 2014 www.metrojornal.com.br
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Harley-Davidson
se mantém confiante no país Mercado. Montadora promete ampliar concessionárias por aqui e apresenta nova Fat Bob
Modelo recebeu novos acabamentos na cor preta
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Considerada a marca mais amada do setor automotivo no mundo, segundo recente levantamento da consultoria APCO Worldwide, a Harley-Davidson mostrou que deve continuar apostando no potencial de compra dos brasileiros já que ampliará seu leque de concessionárias no país em 2014 e, nesta semana, iniciou as vendas da renovada Fat Bob 2014, modelo que havia sido anunciado no último Salão Duas Rodas 2013, em outubro. Com olhos atentos ao Brasil, a montadora, que atualmente tem 15 concessionárias no país – duas delas em São Paulo – garante que duas novas distribuidoras estarão em funcionamento até dezembro. “Até o fim deste ano, a Harley-Davidson abrirá mais duas concessionárias, em Santos (SP) e em Cuiabá (MT), chegando a um total de 17 reven-
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Bob Fat não sai das lojas por menos de R$ 45.900
das em todo o Brasil”, diz Longino Morawski, diretor comercial da Harley-Davidson. Enquanto prepara suas novas concessionárias, a marca vai atualizando seu portfólio,
a começar pela Fat Bob, que possui motor bicilíndrico de 1.600 cc, câmbio de seis marchas e freios ABS de série. O motor, aliás, é refrigerado a ar Twin Cam 96, nome dado pe-
la montadora para o V2. De acordo com a empresa, há uma extensa lista de novidades no modelo, mais arrojado em relação à última versão. Repaginada, a Fat Bob conta com novos acabamentos na cor preta – dos aros dos faróis até a cobertura do amortecedor traseiro –, novas rodas pretas, de aro 16, em disco de alumínio que deixam os largos pneus mais estilizados, inéditos grafismos no tanque de combustível, para-lama mais curto com lanterna de LED, duplo farol redondo na dianteira e, por fim, um guidão robusto com fiação interna. A máquina chega ao país nas cores Vivid Black, Black Denim, Amber Whiskey e Sand Cammo Denim. Enquanto a primeira custa R$ 45.900, as últimas três vão sair para o consumidor por R$ 46.250. METRO
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