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MISTO DE SHOW DE CALOUROS E REALITY, ‘X FACTOR’ ESTREIA HOJE, NA BAND PÁG. 10
PORTO ALEGRE Segunda-feira, 29 de agosto de 2016 Edição nº 1.197, ano 5 MÍN: 16°C MÁX: 21°C
Da esq. para a dir., Fernanda Paes Leme, Paulo Miklos, Di Ferrero, Alinne Rosa e Rick Bonadio
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EM BUSCA DE PAZ PÁG. 06
Presidente afastada fará discurso defendendo que não houve crime e lembrando luta contra ditadura PÁG. 07
‘O que me interessa é a dona Maria, o seu João’, diz Marchezan Candidato do PSDB a prefeito afirma que quer melhorar serviços ao cidadão PÁGS. 04 E 05
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FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA CHEGA À CAPITAL PARA AJUDAR A CONTER ONDA DE VIOLÊNCIA
Dilma se defende hoje no Senado
Candidatos omitem símbolos de partidos Concorrentes escondem emblemas e até mudam cores características PÁG. 02
Vitória escapa e Inter entra no Z4
RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR
Ao ceder empate ao Sport por 1 a 1, time atinge 14 jogos sem vencer PÁG. 13
Efetivo procedente do Rio de Janeiro, composto por 120 homens e 30 viaturas, chegou em Porto Alegre e não tem prazo definido para se retirar | DANIELA BARCELLOS/PALÁCIO PIRATINI
Vinícius Araújo empatou | CLELIO TOMAZ/AGIF/FOLHAPRESS
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1 FOCO
Candidatos escondem símbolos partidários Cadê? Em Porto Alegre, políticos descartam no material de campanha uso de cores ou logomarcas tradicionais que fazem alusão às legendas. O fenômeno, porém, não é local: o sumiço dos símbolos se repete em outras regiões do Brasil ELEIÇÕES
2016
Crise na segurança
“Nós não criamos a violência que existe hoje no Rio Grande do Sul. Mas todos nós estamos trabalhando juntos para acabar com ela, custe o que custar.” JOSÉ IVO SARTORI, GOVERNADOR, AO ABRIR NO SÁBADO A EXPOINTER 2016
leia mais sobre segurança na pág. 06 e sobre a Expointer na pág. 09.
Cotações Dólar + 1,20% (R$ 3,271) Bovespa - 0,01% (57.726 pts) Euro - 0,840% (R$ 3,614) Selic (14,25% a.a.)
Salário mínimo (R$ 880)
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Se antes as eleições costumavam ser polarizadas entre estrelas vermelhas de um lado e tucanos azuis do outro, neste ano, será difícil identificar quem é quem. Com a crise política e os escândalos de corrupção, os candidatos à Prefeitura de Porto Alegre resolveram “esconder” símbolos e cores característicos dos partidos em seus respectivos materiais de campanha. Nas redes sociais, as referências às legendas são as mais minimalistas possíveis e aparecem tão pequenas quanto as letras de bula de remédio. Com o início oficial das campanhas, o material divulgado por alguns candidatos não lembra nem de longe o orgulho partidário estampado de outrora. No caso do candidato do PT, Raul Pont, por exemplo, a tradicional estrela do partido desapareceu das artes gráficas. A propaganda política do petista mantém o tradicional vermelho do PT, mas misturado a outras cores. O mesmo acontece com o candidato do PMDB, Sebastião Melo. No lugar do tradicional vermelho, preto, verde e amarelo da sigla vieram o azul e o laranja. O logo do PMDB também foi dispensado. No primeiro dia na TV, na sexta-feira, nenhum dos 14 partidos apareceu na tela. Por outro lado, sem esconder o azul e o amarelo do partido, a equipe de Nelson Marchezan Jr. (PSDB) resolveu abrir mão do tradicional tucano, símbolo da legenda, no material de divulgação. Na TV, nenhum dos quatro partidos da coligação apareceu. No caso de Luciana Genro (PSOL), o nome do partido ficou em um canto, assim como o símbolo da sigla. No programa da TV, o partido foi citado, mas sem emblema.
Já Maurício Dziedricki (PTB), com o terceiro maior tempo, também omitiu sua legenda. Na sexta-feira, Júlio Flores (PSTU), Marcello Chiodo (PV) e João Carlos Rodrigues (PMN) não enviaram material para seus 31 segundos, no total, de TV. Fábio Ostermann (PSL) foi o único a exibir o emblema de sua sigla. Análise O comportamento histórico do eleitor e os escândalos de corrupção no país estão por trás do sumiço dos logotipos partidários, segundo cientistas políticos. Paulo Moura, que é professor de Ciência Política da Ulbra, explica que a medida não é surpreendente. “Tem duas explicações. A primeira é que o eleitor vota na pessoa, e não no partido. Em segundo lugar, com o envolvimento dos partidos em corrupção, se acentuou a necessidade de esconder o partido”, analisa. No país, o cenário não é diferente. Assim como em Porto Alegre, candidatos a prefeituras espalhadas pelo Brasil têm destacado o seu nome e o do vice, com o número saliente. De resto, referências aos partidos são detalhes ou não passam de uma referência em letras minúsculas. Há quem critique a medida de sumir com as siglas. “Os partidos estão mal vistos pela opinião pública e as pessoas estão descontentes com a política. Mas esconder os símbolos e omitir a legenda é um tipo de corrupção ainda pior”, analisa o coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC de Minas Gerais, Robson Sávio. “A estratégia é tentar desassociar os candidatos de seus partidos, rompendo com o modelo atual. Mas se um candidato não tem compromisso nem com seu partido, vai ter com quem?”, alfineta o especialista.
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A estrela do PT sumiu do material de campanha de Pont Nem as cores ou emblema do PMDB aparecem no grafismo de Melo. Na TV, nenhum dos 14 partidos apareceu no primeiro dia de exibição, na sexta. Luciana Genro até mostra o símbolo do PSOL e o nome do partido, mas sem destaque. Na TV, nada de símbolo. Marchezan mantém as cores do PSDB, mas o tucano desapareceu. Na TV, PSDB e PP não apareceram no primeiro dia.
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Por que o sr. quer ser prefeito de Porto Alegre? Porque eu acho que a gente teve contribuições de um grupo político que durante 16 anos administrou Porto Alegre – de uma determinada forma, de uma determinada ideologia – e trouxe alguns avanços, algumas coisas positivas, acertou e errou. E depois Porto Alegre sofreu uma ligeira mudança. Veio outro grupo, constituindo agora 12 anos, com uma outra forma de administrar, que trouxe coisas positivas, avanços e algumas coisas que, para 12 anos atrás, fizeram uma diferença. E este ciclo também se esgotou, chegou ao fim, deu suas contribuições. Teve acertos e erros. Este grupo político, neste momento, não inspira mais os desafios que são apresentados hoje pela cidade de Porto Alegre. Talvez ele não inspire mais aquele otimismo, aquela esperança nas pessoas. E talvez com essa mesma forma, esse mesmo grupo, não se consiga fazer os avanços que são necessários neste momento. Acho que é o momento do que a gente acredita, pensa. Eu, de alguma forma, o PSDB, os outros partidos e movimentos que nos apoiaram – MBL, Vem pra Rua, enfim. Há mobilização da sociedade para uma candidatura sem estrutura de sindicatos, que não tenha comprometimento com partidos políticos de trocas, sem máquina pública municipal, estadual e federal. O sr. falou sobre apoios. Caso o sr. chegue ao segundo turno, vai buscar apoio dos partidos que ficaram de fora. Como ficaria o loteamento de cargos que sempre existe? Talvez essa seja uma das partes mais bonitas da minha campanha. Não tem um car-
FOTOS: ITAMAR AGUIAR/AGÊNCIA FREELANCER
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deputado federal Nelson Marchezan Jr. (PSDB) concorre à prefeitura pela segunda vez. Em 2008, fez apenas 2% dos votos. Agora, aparece com 12% das intenções de voto na pesquisa mais recente, divulgada na semana passada pelo Ibope. Marchezan é o quarto e último candidato na série de entrevistas do Metro Jornal com os principais postulantes ao cargo de prefeito. Foram ouvidos os candidatos que apareceram com mais de 5% das intenções de voto na pesquisa eleitoral divulgada em 15 de julho pelo Instituto Methodus, pela ordem em que se situaram (Luciana Genro, Raul Pont, Sebastião Melo e Nelson Marchezan Jr.). Confira a entrevista concedida aos jornalistas Maicon Bock e André Mags, na sede do Grupo Bandeirantes de Comunicação:
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NELSON MARCHEZAN JR. Candidato do PSDB à prefeitura da capital defende mudanças com base na gestão eficiente dos recursos públicos e na estipulação de metas nas áreas em que forem possíveis
‘QUERO APLICAR MERITOCRACIA EM TUDO’ go em comissão negociado, não tem uma função gratificada conversada, não tem secretaria ou secretário ou uma pessoa que tenha sido alvo de diálogo. Todas as conversas foram de altíssimo nível. Todas as minhas conversas com os partidos políticos que estão me apoiando são publicáveis. Então, vou aceitar o apoio não só desses partidos, como de todos os outros, dos sindicatos. Vou conversar com todos os candidatos, com a Luciana, o Pont, o Melo, o Fortunati, o Fábio [Ostermann, do PSL]. Quero a ajuda de todos. O que interessa é o atendimento à dona Maria e ao seu João, e não de corporações como partidos políticos e sindicatos. O sr. concorre pela segunda vez a este cargo. Naque-
la época, o sr. disse que a saúde era sua prioridade, tendo a informatização dos postos de saúde como carro-chefe. Hoje já temos algumas coisas que o sr. defendia. A saúde continua a prioridade número 1? Acho que temos duas prioridades número 1 hoje: segurança e saúde. As duas podem avançar muito com gestão. Porto Alegre ainda falha muito na gestão. Demos passos adiante, mas foram devagar. Oito anos é muito tempo, 12 anos é muito tempo. Em quatro anos é possível fazer muita coisa. Será que avançamos na informatizações e uma consulta com especialista ainda demora dois anos, dois anos e meio? É o avanço que não resolve. A tecnologia tem que ser aplicada no processo. A gen-
te vai tentar pegar experiências em várias outras gestões municipais que comprovam que temos que ter a meta no resultado para o cidadão. Dois anos e meio é muito tempo para quem tem um problema de saúde. Muito tempo. Porto Alegre não conversa com órgãos de saúde pública, não oferece o teleatendimento, e é gratuito. Gravataí usa muito mais que nós. Porto Alegre não conversa com a Polícia Civil, a Brigada Militar. Foi feito investimento em 1,2 mil câmeras. Meus deus, qual é o olho humano que acompanha isso tudo? Não foi colocado um software inteligente para administrar isso. E essas câmeras não interagem com as polícias. Vão fazer o quê? Gravar um filme pra
Hollywood? Na pesquisa do Ibope divulgada na semana passada, o sr. aparece em terceiro lugar, com 12% das intenções de voto. O resultado o surpreendeu? Nossa campanha mal começou, demoramos para fechar coligação e nos viabilizar. E sou uma pessoa que atua muito em Brasília, então esses 12% pra mim são gratificantes, demonstram que temos um espaço bom. Governos do PSDB costumam se destacar pela gestão e ajuste fiscal. O sr. prevê corte de CCs e enxugamento da máquina pública, redução de secretarias? Ter 37 secretarias é um número muito grande, então é evidente que temos de reor-
ganizar e reduzir isso. Mil CCs também é um número alto, temos de diminuir. Mas o mais importante é administrar bem o dinheiro público. O prefeito Fortunati admitiu recentemente a possibilidade de parcelar salários devido à crise financeira. O sr. acha que pode acontecer e como agiria? Vemos que o governo federal foi quebrado por uma forma de administrar as finanças públicas e a economia. A gente vê que o governo estadual também pela forma de administrar as finanças públicas. Então, é não deixar que essa forma de administrar a coisa pública retorne ao poder. Isso demonstra que vai ser muito difícil administrar Porto Alegre no formato tradicional. Em seu site, o sr. defende redução de impostos. No caso da prefeitura, isso seria possível neste momento de fragilidade da economia? Se for olhar bem, há critérios. Reduzir desde que traga algum benefício público. A diminuição de impostos para aumentar arrecadação. Aqui em Porto Alegre também? Sim, se for feito um estudo. Porto Alegre fez isso em alguns segmentos de tecnologia. Outro ponto é diminuir imposto se isso ajudar a gerar empregos. Mas não sozinho para se fazer uma troca partidária, para fazer favor. Recentemente, o sr. chamou servidores públicos de “vagabundos” quando eles pro-
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testavam na Câmara dos Deputados [CCJ discutia a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição que estabelece limites para gastos públicos federais por 20 anos]. O que aconteceu? Isso não é uma afirmação verdadeira. Na verdade, a palavra foi mal aplicada por mim e serviu para pessoas mal intencionadas utilizarem de forma maldosa, pejorativa. Um dos significados de “vagabundo” é “pessoa desocupada”. E eu poderia ter usado esse termo. O sr. se arrepende de ter usado essa palavra? Me arrependo da palavra, mas é que as pessoas que estavam lá chamando os deputados de vagabundos para outros adjetivos piores do que esse, atrapalhando os trabalhos, nos chamando de golpista, nos vaiando, impedindo a votação e que falássemos no horário em que estávamos trabalhando, e que eles também deveriam estar, essas pessoas eram desocupadas. Eles poderiam contribuir indo nos gabinetes, levando materiais técnicos. Mas eu não chamei os servidores públicos de vagabundos. Como o sr. vai tratar protestos que trancam o trânsito na cidade? É muito complicado fazer manifestações para atrapalhar deslocamentos em dias de atividade comercial, de segunda a sexta. Aqueles que querem se manifestar e registrar seu pensamento podem fazer sábado e domingo, em locais que não atrapalhem deslocamentos. Atrapalhar a vida normal da cidade como um todo tem como intenção política e de prejudicar alguém, e não manifestar ideias. Como serão tratados os grevistas na prefeitura? O sr. também vai considerá-los desocupados? Vou tratar com transparência, mostrar quais são as demandas dos grevistas, a situação da categoria, da prefeitura e da sociedade porto-alegrense e vou ter que tomar, junto com a equipe, a sociedade, vereadores, uma decisão. O sr. considera a legislação trabalhista atual “retrógrada”, diz que não privilegia o trabalhador e que o foco deve ser quem gera emprego. O que o sr. defende nessa área? Temos uma legislação de 1940 e é evidente que não se aplica às relações de trabalho atuais. Temos uma Justiça do Trabalho que custa de R$ 17 bilhões a R$ 18 bilhões por ano, e isso foi o que ela determinou em decisões favoráveis aos trabalhadores. É
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Quem é Nelson Marchezan Jr. Ʉ 'áÑáå 45 anos (30/11/1971). Ʉ "ÑđāČÿÑ Solteiro, pai de Nelson Marchezan Neto. Ʉ "ėĤđÑÞÕė Advogado, com pós-graduação em Gestão Empresarial. Ʉ &ÿĨĮęĤÿÝė ġėČāĮÿÝė
Temos duas prioridades número 1 hoje: segurança e saúde. As duas podem avançar muito com gestão. Porto Alegre ainda falha muito na gestão. Demos passos adiante, mas foram devagar. Oito anos é muito tempo, 12 anos é muito tempo. Em quatro anos é possível fazer muita coisa. mais ou menos assim: eu fecho a Justiça do Trabalho e dou todas as decisões para os trabalhadores. Então, eu acabo com esse burocracia. Essa Justiça favorece o trabalhador? Não, ela é muito cara, custa muito ao cidadão brasileiro. Tem que ter formas mais baratas de ele ter acesso à Justiça. O sr. é favorável a PPPs. Em que áreas prevê essas parcerias? Sou favorável às parcerias públicas-públicas, como na segurança, do governo municipal com a Polícia Civil, com a BM, e nas público-privadas como, por exemplo, da estrutura de tecnologia das câmeras públicas com as privadas. Todas as parcerias nós faremos. Em encontro com empresários, o sr. disse que poderia convocá-los para a continuidade da revitalização da orla. O que significa? A prefeitura já reconheceu que estamos com dificulda-
Nascido em Porto Alegre, deputado federal no segundo mandato, sendo eleito em 2014 com 119.375 votos e em 2010 com 92.394. Foi deputado estadual entre 2007 e 2010, quando obteve a maior votação da bancada do PSDB com 45.604 votos. Presidente do diretório estadual do PSDB no período de 2012 a 2014, cargo que ocupa atualmente na
gestão 2015 a 2017. Entre 2006 e 2008, foi presidente do diretório municipal do PSDB de Porto Alegre. Em 2002, foi diretor de Desenvolvimento, Agronegócio e Governos do Banrisul.
Ter 37 secretarias é um número muito grande, então é evidente que temos de reorganizar e reduzir isso. Mil CCs também é um número alto, temos de diminuir. Mas o mais importante é administrar bem o dinheiro público.
[Sobre o Caixa Mauá} Um projeto que demore tanto assim, ou ele não é tão bom ou é falta de vontade de executá-lo. Porque se ele é bom, deveria ter sido aplicado. Aliás, os projetos demoram muito aqui. Às vezes parece que eles são ruins ou têm interesses escusos.
des financeiras. Temos uma orla de mais de 70 quilômetros e onde é belo do ponto de vista da nossa intervenção? Onde tem algum ambiente agradável para ter lazer e diversão com segurança? A gente não tem isso. A orla pode ser muito mais prazerosa se tivermos a iniciativa privada, os movimentos, os investimentos e as ideias. Qual sua posição sobre o projeto do Cais Mauá, que é aguardado por alguns e criticados por outros pelo modelo de negócio que prevê shopping e altas torres comerciais? Porto Alegre tem demorado muito em apresentar suas soluções. O Cais é algo que ainda não pertence à cidade. Os porto-alegrenses ainda não desfrutam dele quanto deveriam. Então, temos que avançar. Acho que todas as alterativas que temos são discutíveis. Agora, tem que executar. Não podemos continuar com um Centro cada vez se degradando mais.
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Mas o sr. é favorável ao projeto nos moldes atuais? Não tenho conhecimento profundo dos detalhes técnicos do projeto. Só acredito que um projeto que demore tanto assim, ou ele não é tão bom ou é falta de vontade de executá-lo. Porque se ele é bom, deveria ter sido aplicado. Aliás, os projetos demoram muito aqui. Às vezes parece que eles são ruins ou têm interesses escusos que não podem ser publicizados, ou falta vontade política ou nossas estruturas são muito arcaicas. O sr. já declarou apoio aplicativos de transporte, como o Uber, por acreditar que ajudam a melhorar o serviço dos táxis. De que forma? Primeiro, o Uber vai ter que melhorar muito porque eu vou fazer do táxi de Porto Alegre o melhor do Brasil. Hoje é uma coisa de louco: a estrutura pública municipal de Porto Alegre disse não ao Uber num primeiro momento, em vez de estimular
os taxistas, melhorar o serviço e garantir que as pessoas se desloquem com segurança nos táxis. Preferiram dizer não ao novo. Isso não é do interesse público. Todos podem conviver. Como melhorar? Fiscalizar. Porque hoje o taxista honesto, correto e trabalhador paga pela má imagem do taxista que é traficante ou que transporta traficante ou é um estuprador. O sr. já andou de Uber? Poucas vezes, mas sempre que o aplicativo de chamar o táxi não funciona eu chamo o Uber. Em Porto Alegre usei uma vez e em Brasília, umas três. O sr. já andou de ônibus em Porto Alegre recentemente? Qual a sua avaliação? Quando eu morava aqui pegava o Menino Deus, o Icaraí e o T1. Recentemente, não. Tenho que andar de novo para entender um pouco mais. O que me parece é
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que tivemos uma licitação em que as mesmas empresas ganharam, mas não tivemos avanços. O sr. defende a meritocracia na educação pública... Eu defendo a meritocracia em tudo o que ela pode ser aplicada. Na educação, como seria? Na educação teremos que chegar bem mais perto dos professores municipais para entender o que está acontecendo, e uma forma é diminuir o prazo de aplicação de testes. Os alunos teriam que passar por um processo de monitoramento de aprendizagem em prazos muito menores. Porque hoje, os alunos das nossas escolas municipais estão aprendendo menos do que os das mesmas séries das escolas públicas estaduais e privadas. E temos aqui uma baixíssima cobertura. De todas as capitais do Brasil, só Rio Branco, no Acre, atende um percentual menor da necessidade de alunos do ensino fundamental do que Porto Alegre. Então, atendendo pouco e tendo uma remuneração que, comparativamente, não está entre as mais baixas – a média salarial do professor estadual é R$ 4 mil e do municipal R$ 6 mil –, temos um índice de aprendizagem menor em matemática e português. Como isso não traz resultado, não mostra resposta ao longo do tempo, talvez, como em várias áreas, nós estejamos priorizando sindicatos, partidos e esquecendo do beneficiário do ensino, que é o aluno. E botar um aluno numa sala de aula em que ele não aprende ou aprende pouco é um crime contra o ser humano. O sr. prevê metas para os professores? Eu acho que nós temos que nos aproximar e entender o que está acontecendo. E, repito, uma das formas é se aproximar do professor, conversar, mostrar dados estatísticos, fazer exames com regularidade menor. Porque chegar no final do semestre e perceber que o aluno não está aprendendo, perde-se o semestre. Nessa idade, um dia faz uma grande diferença. Que nota o sr. daria a atual administração? Acho que teria muitas áreas com notas elevadas e muitas com notas baixas. Acho que, o que é notório, que passamos por um ciclo de 16 anos de um determinado tipo de visão e depois outro ciclo de 12 anos que deu sua contribuição. Então, seria uma nota de agradecimento por esses 12 anos e de encerramento e de início de uma nova etapa. PORTO ALEGRE
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Força Nacional atua a partir das 6h de terça Crise na segurança. Agentes chegaram ontem à capital. Hoje, fazem reconhecimentos e amanhã já estarão nas ruas com a BM Um comboio de 30 viaturas da Força Nacional de Segurança chegou ontem à tarde em Porto Alegre. Os 120 agentes farão reconhecimento da cidade ao longo do dia de hoje e amanhã, às 6h, começam a atuar nas ruas junto à Brigada Militar. A ajuda federal chega do Rio de Janeiro 48 horas após um pedido do governador José Ivo Sartori ao presidente interino Michel Temer. A solicitação de apoio foi feita pessoalmente pelo governador, em Brasília, após um crime brutal chocar os gaúchos. Por volta das 17h30
de quinta-feira, a representante comercial Cristine Fonseca Fagundes, 44 anos, foi morta com um tiro na cabeça numa tentativa de assalto. Ela estava dentro do carro com a filha, em frente ao Colégio Dom Bosco, no bairro Higienópolis, esperando outro filho. Suspeitos foram presos. Já alarmada com a violência dos últimos dias (uma médica e um porteiro já haviam sido assassinatos em assaltos), a população viu no caso de Cristine a gota d’água e exigiu ação imediata. Houve protesto com caixões e velas na frente da casa do governador, no bairro Cristal. Na mesma noite, o secretário da Segurança Pública, Wantuir Jacini, foi exonerado. Ele era contrário
à presença da Força Nacional. O governo, então, criou um gabinete de crise, gerenciado pelo vice-governador José Paulo Cairoli. Inicialmente cogitou-se o uso dos agentes nos presídios, o que liberaria PMs para o policiamento. Quando ficou sabendo que o efetivo chegaria em carros e não de avião, o comandante-geral da BM, coronel Alfeu Freitas, avaliou que a ajuda seria mais efetiva em abordagens, barreiras e missões nas ruas da capital, dentro da Operação Avante, que tem 160 PMs. Foi ele que recepcionou ontem os agentes, que ficarão nas sedes dos 1º e 9º Batalhão de Polícia Militar, na avenida Praia de Belas. PORTO ALEGRE E BAND TV
Efetivo inicial é composto por 120 homens | DANIELA BARCELLOS/PALÁCIO PIRATINI
Tempo de atuação dos agentes não está definido O tempo de permanência dos agentes da Força Nacional de Segurança na capital gaúcha não está definido. Normalmente, as missões pelo país se estendem por 90 dias, podendo ser prorrogadas. Nos próximos dias devem se incorporar ao grupo mais 30 agentes. Ontem, chegaram sete mulheres na primeira leva. Inicialmente, o grupo só atuará em Porto Alegre. A ideia é ser visível à população, ajudando a criar uma sensação de segurança. A Força Nacional de Segurança é formada pelos melhores policiais dos grupos de elite dos Estados, que passam por um treinamento rigoroso no Batalhão de Pronta Resposta. Eles usam uniforme camuflado e coletes pretos, com boinas na cor vinho. O comandante é o gaúcho Alexandre Aragon, que até julho era secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada da SSP do Rio Grande do Sul. PORTO ALEGRE
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Dilma fala ao Senado Reta final. Em clima de jogo decidido, presidente afastada fará discurso de defesa e responderá perguntas dos parlamentares que vão julgá-la A presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), faz hoje pessoalmente sua defesa no processo do impeachment no Senado. Ela estará frente a frente com os 81 senadores que, em menos de 48 horas, decidirão seu futuro político. O depoimento de Dilma foi elaborado nos últimos dias de próprio punho e com a ajuda de ex-ministros. A fala inicial, prevista para durar 30 minutos, está distribuída em pelo menos três eixos: a defesa do processo, a política e a biografia. No primeiro momento, a petista sustentará a falta de crimes na denúncia de que
Jornalistas montam estrutura no dia anterior à sessão em que Dilma fará a própria defesa | ALAN MARQUES/FOLHAPRESS
desrespeitou as leis que regem a execução do Orçamento. Não ficou definido se o termo “golpe” e menções diretas ao presidente interino, Michel Temer (PMDB), estarão nas falas. O advogado José Eduardo Cardozo e o ex-ministro Jaques Wagner defendem um tom mais agressivo, com ataques aos considerados traidores. Com nove ex-ministros como juízes do processo – cinco dos quais já votaram contra Dilma em fases anteriores
–, Dilma também prepara para fazer citações às declarações de ex-auxiliares, principalmente de elogios sobre a condução do governo. Sem poder defender a convocação de um plebiscito para antecipar as eleições presidenciais, ideia rechaçada pela cúpula do PT, essa será a estratégia final para fazê-los, senão rever o voto pró-impeachment, pelo menos optar pela coluna do meio e se abster. Dilma também prepara uma declaração sobre a pró-
pria história, lembrando o período que ficou presa e sofreu tortura durante a ditadura militar. Essa parte contou com a colaboração da ex-ministra das Mulheres Eleonora Meniccuci, companheira de cela da petista no presídio Tiradentes, em São Paulo. Perguntas O depoimento será sucedido pelas perguntas de senadores. A maioria deve participar desta fase. Dilma foi submetida a um treinamento para respon-
dê-las, embora tenha o direito de ficar em silêncio quando quiser. A base aliada de Michel Temer deve selecionar Ana Amélia (PP-RS) e Simone Tebet (PMDB-MS), que ficarão com as perguntas classificadas como mais duras. As ironias no plenário são aguardadas dos senadores José Medeiros (PSD-MT) e Magno Malta (PR-ES). Adversário de Dilma nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), também manifestou a disposição de fazer perguntas. Voto a menos O senador Wellington Fagundes (PR-MT), líder de seu partido no Senado, foi internado após passar mal na sessão de sábado do julgamento de Dilma e não deverá participar da votação final. Ele foi diagnosticado com diverticulite, uma inflamação no intestino. Fagundes votou pelo afastamento temporário da presidente e por transformá-la em ré há três meses.
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O julgamento
Votação será entre amanhã e quarta O capítulo final do julgamento deve começar amanhã, com discursos dos senadores. Se todos usarem os 10 minutos a que terão direito, essa fase pode demorar 13 horas. A votação em si deverá ocorrer na noite de amanhã para quarta. Para que a presidente seja afastada definitivamente, são necessários 54 votos (dois terços dos 81 senadores). Os partidários do impeachment estimam contar com um total de votos entre 60 e 63. Já os aliados de Dilma contabilizam ao menos 31 votos. Pelo menos um dos grupos, portanto, está superestimando seu apoio. A expectativa até agora, é a de que o julgamento já está decidido pelo afastamento definitivo, já que o debate técnico que já dura quase nove meses não parece ter sido capaz de alterar em nada as convicções dos julgadores. BRASÍLIA
BRASÍLIA
Grupo pró-impeachment Presidente afastada deve combina tom ameno discursar para militantes Os senadores que defendem o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff montaram ontem uma estratégia para não transformar o depoimento em um bate-boca que beneficie a petista. “Não aceitaremos as provocações e nem a beligerância proposta com o intuito de criar fatos novos que possam mudar os votos dos senadores”, dis-
se o senador Agripino Maia (DEM-RN) ontem, após reunião na sede da liderança do PSDB no Senado. Apesar dos apelos por um clima ameno no debate, há senadores do grupo que não estão dispostos a aceitar provocações se o tom de Dilma e de seus aliados for muito agressivo. “Nossa disposição é de fazer perguntas duras, téc-
nicas, sobre os crimes cometidos pela presidente para que ela possa se manifestar sobre eles”, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional de seu partido. “Obviamente que se o tom que vier da presidente ou mesmo de senadores que lhe apoiam for outro, a reação será à altura”, completou o tucano. BRASÍLIA
Com o objetivo de buscar fatos políticos positivos em sua última defesa, a presidente afastada, Dilma Rousseff, pretende fazer um pronunciamento a militantes contra o impeachment antes de entrar no Senado, onde deve ser recebida na chapelaria pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que chegou a Brasília na tarde de ontem para se reunir com Dilma e sua equipe de defesa, deverá estar ao lado da sucessora nesse contato com a militância. Lula e os demais convidados de Dilma deverão acompanhar a sessão nas galerias do Senado em um espaço reservado– e não no plenário.
Última tacada Planejando a estratégia final de defesa, senadores aliados de Dilma decidiram ontem que vão fazer uma questão de ordem para pedir ao ministro do STF Ricardo Lewandowski, que presidirá a sessão, que senadores que não participaram dos debates prévios do julgamento sejam impedidos de votar no impeachment. BRASÍLIA
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PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2016 www.metrojornal.com.br
{MUNDO}
Amatrice registra um novo tremor Tragédia. Cidade italiana sofre com mais quedas de imóveis. Dez pessoas podem estar desaparecidas. Número de mortos chega a 290 Um novo terremoto de 3,7 graus na escala Richter foi registrado ontem em Amatrice, na Itália. O abalo sísmico causou mais quedas nas estruturas de prédios já danificados, especialmente na escola Romolo Capranica, recentemente reformada e parcialmente destruída no forte terremoto da última quarta-feira, informou a agência Ansa. Segundo dados do INGV (Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia) da Itália, desde a madrugada de quarta-feira, foram registrados 1.820 tremores de terra por toda a região de Lazio, Marcas e Umbria. A cidade de Amatrice, na provín-
cia de Rieti, na região de Lazio, foi a que mais registrou mortos na tragédia, além de enormes danos materiais. O prefeito, Sergio Pirozzi, afirmou que a cidade precisa ser “colocada ao chão e reconstruída”. Mais da metade do território foi danificado pelo sismo. A Defesa Civil corrigiu ontem o número de vítimas fatais do terremoto na região central da Itália a pedido do governo da província de Rieti. Ao todo, 290 pessoas perderam a vida, sendo 229 em Amatrice (que contabilizava anteriormente 230 mortos), 11 em Accumoli e 50 em Arquata e Pescara del Tronto, na região de Marcas.
Bombeiros trabalham nas ruínas do Hotel Roma, em Amatrice
O chefe da Defesa Civil, Fabrizio Curcio, informou que há a possibilidade de 10 pessoas estarem desaparecidas. “Nós não trabalhamos com números de desaparecidos pela dificuldade de dimensionar o fenômeno. Mas, se o prefeito tem em sua conta que faltam 10 pessoas em Amatrice, nós vamos trabalhar para encontrá-las”, destacou.
| CIRO DE LUCA/REUTERS
Visita do papa Francisco O papa Francisco conduziu ontem orações para os mortos em seu discurso semanal em Roma, dizendo que gostaria de ir à região do terremoto para levar conforto aos sobreviventes. “Queridos irmãos e irmãs, assim que for possível, espero visitá-los”, disse. SÃO PAULO
Primeiro voo rasante em Júpiter A sonda Juno, que está na órbita de Júpiter há quase dois meses, realizou no último sábado seu primeiro sobrevoo orbital. Segundo a Nasa, a sonda esteve a apenas 4.200 quilômetros do planeta – a maior aproximação já registrada na história | NASA/DIVULGAÇÃO
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{ECONOMIA}
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Expointer reúne ministros Agronegócio. Representantes da Agricultura de Brasil, Argentina e Uruguai trataram de parcerias e iniciativas para impulsionar setor
Aberta no sábado, a 39a Expointer foi palco de um encontro internacional envolvendo os ministros da Agricultura do Brasil, da Argentina e do Uruguai. O objetivo da reunião, que ocorreu ontem na sede da Embrapa, foi reforçar a parceria firmada recentemente em visita do governador José Ivo Sartori à Argentina. Os três países têm interesses comuns dentro do Mercosul. O ministro da Agroindústria argentina, Ricardo Buryaile, ressaltou ao ministro brasileiro, Blairo Maggi, que pretende valorizar a parceria com o Brasil, especialmente na produção de soja. Já com o ministro da Agricultura uruguaio, Tabaré Aguerre,
foram tratadas questões referentes à criação de uma política comum de controle de enfermidades na fronteira, para garantir a qualidade e a competitividade dos produtos do bloco e importação de lácteos pelo Brasil. Ontem, o Parque de Exposições Assis Brasil registrou um movimento intenso de visitantes. Houve intensos congestionamentos nos acessos e o estacionamento chegou a lotar. A organização estimou em quase 110 mil o número de pessoas no primeiro fim de semana.
tencial. Polo ainda aproveitou para reiterar o anúncio de que o Rio Grande do Sul passa a integrar o programa Agro Mais – uma iniciativa do governo federal criada para dar mais agilidade e eficiência ao agronegócio, desburocratizando o produtor rural. O evento que abriu a feira contou com a presença de quatro ministros: Eliseu Padilha, da Casa Civil; Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Osmar Terra, do Desenvolvimento Social e Agrário, e Ronaldo Nogueira, do Trabalho.
Otimismo na abertura No sábado, o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, foi o primeiro a discursar durante a cerimônia de abertura da Expointer. Para ele, a feira deve ser encarada como uma oportunidade para o agronegócio brasileiro superar os desafios impostos pela crise econômica e mostrar seu po-
Sartori fala em investimentos O último a discursar na abertura do evento foi o governador José Ivo Sartori. Ele reforçou a importância do agronegócio para a economia do Rio Grande do Sul e a necessidade mais investimentos para o setor. A Expointer segue até o próximo domingo, das 8h às 20h. RÁDIO BANDEIRANTES E PORTO ALEGRE
Encontro de ontem teve a participação do governador José Ivo Sartori | LUIZ CHAVES/PALÁCIO PIRATINI
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2 CULTURA
Liam Gallagher
Novo disco Ex-vocalista do Oasis, Liam Gallagher anunciou que irá lançar álbum solo em 2017 pela Warner Bros Records. Esse será o primeiro trabalho do músico desde o fim de sua última banda, a Beady Eye.
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{CULTURA}
X-Factor: talento à prova Estreia hoje. Misto de reality-show e concurso musical presente em mais de 170 países, o ‘X Factor’ ganha, enfim versão brasileira com apresentação de Fernanda Paes Leme. Programa começa esta noite Cantores de chuveiro, profissionais, grupos, conjuntos étnicos... Toda a variedade musical que está espalhada pelo país esteve nas mais de 30 mil inscrições de gente interessada em participar da versão nacional do “X Factor”, que estreia hoje e vai ao ar na Band, às segundas e quartas, às 22h30. “Estou vendo todos os gêneros musicais com essa gente que também traz suas histórias de vida”, afirma Paulo Miklos. O ex-integrante dos Titãs compõe o quadro de jurados do programa ao lado dos cantores Di Ferrero (NX Zero) e Alinne Rosa, além do produtor musical Rick Bonadio, que elogia o formato do programa. “Aceitamos candidatos de diferentes idades e composições e, vamos tirar o melhor. O bom do ‘X Factor’ é que não é travado”, diz. Para a apresentadora Fernanda Paes Leme, o que dife-
Etapas Saiba como serão as quatro fases do ‘X Factor Brasil’
frente após enfrentarem dinâmicas aplicadas pelos jurados responsáveis por cada uma das categorias.
Ʉ ıáÿÞěåĨȩ O júri escolhe cem candidatos e os divide em quatro categorias, do qual cada um será mentor: rapazes de 16 a 24 anos, garotas de 16 a 24 anos, homens e mulheres acima de 25 anos e grupos.
Ʉ åĨÑîÿė áÑĨ ÑáåÿĤÑĨȩ Após apresentações para a plateia, o mentor de cada categoria precisa aprovar apenas quatro candidatos para a fase seguinte.
Ʉ åĒĮĤė áå SĤåÿĒÑđåĒĮėȩ Apenas dez candidatos de cada categoria seguem em
Ʉ NþėĻĨ Ñė _ÿĺėȩ Os 16 finalistas se apresentam e recebem o voto do público.
rencia o “X Factor” de outras séries musicais é o seu lado reality show. “A gente realmente se aprofunda na vida dos candidatos, e o público vai acompanhar essa trajetória deles”, afirma ela. Criado pelo produtor britânico Simon Cowell e exibido em mais de 170 países, o
formato prevê quatro etapas de seleção e já revelou fenômenos pop como os grupos One Direction e Fifth Harmony. No Brasil, serão exibidos 26 episódios durante 13 semanas, que ganham reprise no canal pago TNT, às terças e quintas-feiras, às 20h30. SÃO PAULO
Jurados do programa | DIVULGAÇÃO
Andreia Horta emociona Gramado no papel de Elis O Festival de Gramado recém começou, mas Andreia Horta já desponta como a favorita ao Kikito de melhor atriz pela sua interpretação impressionante de Elis Regina, no filme dirigido por Hugo Prata e batizado de “Elis”. No sábado à noite, logo que as luzes se acenderam ao final da sessão no Palácio dos Festivais, Andreia foi cercada pela plateia e aplaudida calorosamente. Não é tarefa fácil viver a maior cantora brasileira, mas a mineira de 33 anos parece que nasceu para o papel. “Sou fã da Elis desde os 14 anos. Sempre sonhei com ela como personagem”, contou a atriz, simpaticíssima. Escolha inquestionável, de acordo com o diretor, Andreia enfrentou cinco meses de preparação e diz que tentou fugir da imitação. “Todos sabem quem eu não sou a Elis. Minha função foi a poesia, o desejo de emulação, foi emprestar o corpo para a voz dela”, avalia a atriz. O filme começa quando Elis Regina e seu pai desembarcam no Rio de Janeiro, em 1º de abril de 1964, vindos de Porto Alegre. A partir daí, além do pai (vivido
Mineira foi a escolhida para viver a cantora gaúcha | CARLOS MOSSMANN/PRESSPHOTO
por Zécarlos Machado), entram em cena os outros homens que foram marcantes na sua vida, como Miele (Lucio Mauro Filho), Ronaldo Boscoli (Gustavo Machado), Lenie Dale (Julio Andrade) e César Camargo Mariano (Caco Ciocler). O roteiro segue um arco dramático que destaca grandes canções e a personalidade “à flor da pele” da cantora, indo da felicidade extrema à angústia emocional – o que acaba levando-a à morte, em janeiro de
1982. O público fã da cantora pode estranhar a ausência de momentos-chave como o encontro de Elis com Tom Jobim, mas o diretor Hugo Prata esclarece que foi uma opção biográfica. “Elis é uma personagem riquíssima, impossível dar conta de tudo o que viveu. Este é o meu filme sobre ela, mas podem haver muitos outros”, comenta. MÔNICA KANITZ DIRETO DE GRAMADO
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{PUBLIMETRO} Os invasores
Leitor fala
Violência 1 Isto é Brasil. Estou com medo. Temas como assaltos e mortes em várias cidades demonstram diariamente a volúpia da marginalidade em vários estilos. Que Deus possa nos proteger muito mais porque os governantes, de todas as cidades e não somente aqui em Porto Alegre, realmente estão perdendo esta guerra nas ruas. Estou com medo!
CIRO & BERNARDO
UÍSQUE COM LEXOTAN OU TEMER COM RENAN?
Cruzadas
Bom dia, caros e inflacionados leitores. Colunáticos no ar! PENSAMENTO DO DIA! Sexo é a arte de fazer a coisa errada na hora certa!
DORIAN BUENO – PORTO ALEGRE, RS
E ATENÇÃO! ESTAMOS LANÇANDO A ENQUETE! O que é mais perigoso misturar: leite com manga, uísque com Lexotan ou Temer com Renan? E o Renan disse que o Senado parece um hospício! Verdade! Só falta a Dilma discursando! E o que será que a Dilma vai dizer amanhã no Senado? Frases desconexas! É a especialidade dela! A Dilma fala coisas sem noção à la Pedro Bial. A presidenta inocenta não tem dó da genta! E o meu cunhado me disse que trocar a Dilma pelo Temer é fazer como a Ferrari que trocou o Barrichello pelo Massa! É trocar seis por meia dúzia! E a grande pergunta que não quer calar: CADÊ A FIDELIDADE CANINA DO RENAN? Não existe fidelidade na política! E nem fora dela! Por falar nisso, tem um motel em Campinas chamado: “MOTEL JUDAS. AQUI VOCÊ TRAI SEM CULPA.” E em Valinhos tem o motel “RECANTO DA CHIBATA.” E o meu vizinho afirma que é fiel, mas tem um conceito peculiar de fidelidade. “Eu sou fiel, vou sempre ao mesmo motel.” ELE FIEL AO MOTEL?!
Violência 2 A população precisa protestar, com toda a certeza. Precisa tomar a frente nessa questão da segurança e cobrar do governo do Estado mais policiamento nas ruas. Também é preciso realizar protestos na frente dos prédios do Poder Judiciário. Vamos para cima do Judiciário porque há tantos presos no regime semiaberto matando livremente. Mais um marginal solto tirou a vida desta mãe a sangre frio na frente do colégio. O povo tem que tomar uma atitude. Só esperar das autoridades não dá mais. RODRIGO CAMARGO – CACHOEIRINHA, RS
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E ATENÇÃO! DESCOBERTAS CIENTÍFICAS SENSACIONAIS! Olha o resultado dessa pesquisa: “Cada cerveja tira 8 minutos de vida.” Então, pelos meus cálculos eu morri em 1997. E essa aqui: “Mulheres fofoqueiras vivem mais, pois fofocar libera a progesterona que ajuda a diminuir o estresse.” Putz, eu tô ferrado! Minha sogra vai viver até 2065!!! E outra: “Idosas gastam menos em shopping.” Então eu devia ter casado com a Henriqueta Brieba! Ou a Palmirinha! Por que eu não casei com a Palmirinha? Como eu sou burro!
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PRA TERMINAR! Um cara disse pro português: “Manoel, sua mulher está te traindo com o seu melhor amigo.” Aí o Manoel foi pra casa e deu um tiro no cachorro! E sabe o que é um pontinho preto no jornal? É uma formiga procurando emprego!!!!! Por hoje é só! Ciro Botelho e Bernardo Penteado! Os Colunáticos! Direto da redação do PÂNICO!
Sudoku
Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)
Horóscopo
desafios.
Está escrito nas estrelas POR: GUILHERME SALVIANO Tanto no trabalho quanto nos negócios, ideias criativas irão contribuir para a superação de
Uma dedicação extra a assuntos do lar tomará sua atenção com mais ênfase. Boa hora para conversas com familiares.
para definir projetos.
A troca de informações e uma atenção para não se prender em boatos será determinante
Momento para perceber com mais nitidez alguns valores importantes para as pessoas com que mais se relaciona.
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Cuide para que assuntos que despertem sua vaidade ou mesmo caprichos não afastem de pessoas especiais.
Bom momento para incrementar a sua rotina de estudos, interesses religiosos e o exercício de sua fé.
Bom momento para exercitar crenças e identificar um pouco mais as coisas que realmente valoriza espiritualmente.
Examinar detalhes será de grande auxílio para evitar contratempos relacionados a negociações e assuntos profissionais.
O espírito de grupo e a troca de informações serão essenciais para concluir assuntos importantes no seu dia.
Compreender as diferenças de opiniões é sempre um primeiro passo para lidar com pessoas que convivemos e menos difícil do que parece.
O trabalho traz tendências para priorizar novas ideias, trocar informações e agir com mais interação diante de novos interesses.
Valorizar suas simplicidades será essencial para se sentir mais feliz, tanto nos objetivos como em suas relações.
Soluções
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{ESPORTE}
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Enfim, no Z4
Brasileirão 22ª rodada SÁBADO PONTE PRETA 2 X 0 CORINTHIANS DOMINGO SANTOS 0 X 1 FIGUEIRENSE CRUZEIRO 2 X 0 SANTA CRUZ FLUMINENSE 0 X 2 PALMEIRAS SÃO PAULO 0 X 0 CORITIBA GRÊMIO 1 X 1 ATLÉTICO-MG CHAPECOENSE 1 X 3 FLAMENGO VITÓRIA 2 X 1 AMÉRICA-MG SPORT 1 X 1 INTER
3 ESPORTE
HOJE, 20H ATLÉTICO-PR X BOTAFOGO
BRASILEIRO - SÉRIE A 1º
ALMEIRAS
2º FLAMENGO
P V GP SG 43 13 40 18
3º
TLÉTICO-MG
39 11 35 6
4º
ORINTHIANS
37 11 30 9
5º
ANTOS
36 11 36 16
6º GRÊMIO
36 10 31 9
7º PONTE PRETA
34 10 29 -4
8º FLUMINENSE
31 8 22 2
TLÉTICO-PR
30 9 20 0
9º
Jogadores do Sport comemoram o gol de empate aos 44 do 2o tempo, que colocou o Inter entre os quatro últimos da tabela | FABIANO MESQUITA/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS
40 12 28 6
10º CHAPECOENSE
30 7 31 -6
11º ÃO PAULO
28 7 22 0
12º SPORT
27 7 31 -2
13º BOTAFOGO
26 7 27 -2
14º CRUZEIRO
26 7 30 -5
15º VITÓRIA
26 6 29 -4
16º ORITIBA
26 6 25 -4
17º INTERNACIONAL 24 6 23 -3 18º FIGUEIRENSE
24 5 18 -6
19º ANTA CRUZ
19 5 22 -9
20º AMÉRICA-MG
13 3 14 -21
Classificados para a Libertadores Rebaixados para a Série B
Brasileirão 23ª rodada 7/9 16H SANTA CRUZ X CHAPECOENSE BOTAFOGO X FLUMINENSE FIGUEIRENSE X ATLÉTICO-PR 19H30 ATLÉTICO-MG X VITÓRIA 21H45 FLAMENGO X PONTE PRETA PALMEIRAS X SÃO PAULO CORITIBA X GRÊMIO 8/9 19H30 CORINTHIANS X SPORT 21H INTER X SANTOS AMÉRICA-MG X CRUZEIRO
73 dias é o tempo que o Inter está sem vencer no Brasileirão. O último triunfo colorado na competição foi no dia 16 de junho, quando derrotou o Atlético-MG, no Beira-Rio, por 2 a 0.
Conseguiu. Inter deixa vitória escapar aos 44 do 2o tempo e entra na zona de rebaixamento O pesadelo dos colorados tornou-se realidade: o Sport Club Internacional está na zona de rebaixamento do Brasileirão. Ontem, a Arena Pernambuco foi o palco de mais um capítulo na saga de decepção, tristeza e desilusão que se tornou a competição para o Clube do Povo. Até os 44 minutos do segundo tempo, o Inter vencia o Sport, empilhava chances de aumentar o placar e via, pela primeira vez em muito tempo, chances reais de vitória. Porém, o tão sonhado triunfo escapou no último minuto do tempo regulamentar, após uma série de decisões difíceis de serem explicadas do técnico Celso Roth. A primeira delas é a escalação do time titular. William, que chegou à Seleção atuando como lateral direito, realmente foi improvisado na meia direita. A segunda é a opção por Sasha, que não marca um gol há 800 minutos de bola rolando – ou seja, há mais de dois meses. Por fim, as substituições durante a partida, que afetaram negativamente o rendimento do time. Mesmo assim, o início do Inter foi promissor. Logo aos sete minutos, Paulo Roberto derrubou Seijas – de novo, o melhor jogador colorado em campo – dentro da grande área. Pênalti, convertido pelo próprio venezuelano: 1 a 0. Aos 12, Seijas recebeu ótimo lançamento de William e ficou cara a cara com Magrão, mas parou nas luvas do veterano goleiro. Aos 23, nova chance para o meia venezuelano, que ariscou de fora da área e viu a bola passar perto da trave. Atrás, os desarmes de Paulão e as defesas de Danilo Fernandes garantiam a segurança defensiva. Desfalcado de Rogério e Diego Souza – os melhores jogadores do time –, o Sport parecia uma presa fácil. No segundo tempo, um inoperante Sasha deu lugar a Ariel. Entre tropeços na bola
“Existe uma situação ruim. Existe uma situação de zona de rebaixamento. Temos que sair desta situação.” FERNANDO CARVALHO, VICE DE FUTEBOL DO INTERNACIONAL
e claras limitações técnicas, o argentino teve chance de ampliar o placar aos 15 da 2a etapa, ao ficar livre na frente do goleiro. Porém, chutou fraco e facilitou o trabalho de Magrão. Enquanto isso, Nico López esquentava o banco de reservas. Crime e castigo Visando segurar a vitória, Roth colocou mais dois volantes em campo: Eduardo no lugar de Fabinho e saiu William para a entrada de Fernando Bob. Oficialmente, o Inter abdicava da partida. Muito recuado, o Colorado viu o Sport crescer e partir para o ataque. Por sorte, os pernambucanos revelavam sua dependência de Diego Souza, artilheiro do time na temporada, e pouco ameaçavam. Até que o castigo veio, em forma de bola parada. Aos 44, após cobrança de falta, a bola sobrou dentro da área para Vinicius Araújo, completamente livre de marcação. O atacante do Leão chutou forte, estufou a meta defendida por Danilo Fernandes e jogou o Inter na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Para piorar, todos os resultados paralelos foram desfavoráveis para os colorados. O Vitória venceu o América-MG, o Cruzeiro derrotou o Santa Cruz e o Figueirense achou uma improvável vitória diante do Santos, na Vila Belmiro. Entretanto, a culpa pelo Z4 é só do Inter. Afinal, um time que conquista cinco pontos em 42 disputados não pode ocupar outra posição na tabela. PORTO ALEGRE
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Magrão; Samuel Xavier, Matheus , Ronaldo e Renê (Vinícius Araújo ); Paulo Roberto , Rithely, Gabriel Xavier, González e Everton (Apodi); Edmilson (Ruiz). Técnico: Oswaldo de Oliveira
SPORT
Danilo Fernandes; Ceará, INTERNACIONAL Paulão, Ernando e Artur; Dourado , Fabinho (Eduardo), William (Fernando Bob ) e Seijas; Valdívia e Sasha (Ariel). Técnico: Celso Roth
Ʉ # ėČĨȩ Seijas, aos 8 do 1o tempo; Vinícius Araújo, aos 44 do 2o tempo Ʉ 2ėÝÑČȩ Arena Pernambuco (PE) Ʉ ĤÜÿĮĤÑûåđȩ Grazianni Maciel Rocha (RJ), auxiliado por Eduardo de Souza Couto (RJ) e Carlos Henrique Alves de Lima Filho (RJ).
Justificativas
“Estamos fazendo muita força para jogar. Só o resultado positivo vai tirar este peso da gente” CELSO ROTH, TÉCNICO DO INTER
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{ESPORTE}
Por um minuto de desatenção A bola pune. Grêmio joga bem e domina o Galo, mas cede empate no fim
Robinho comemora o gol de empate do Atlético-MG | PEDRO H. TESCH/ELEVEN/FOLHAPRESS
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Grohe; Edílson, Wallace Reis , Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace , Maicon, Jaílson (Guilherme) e Douglas (Ramiro); Luan e Bolaños (Henrique). Técnico: Roger Machado
GRÊMIO
Uilson; C. César, Leonardo Silva , Ronaldo e Fábio Santos (Otero); L. Donizete, Rafael Carioca e Lucas (Douglas Santos); Maicosuel; Pratto e Fred (Robinho). Técnico: Marcelo Oliveira
ATLÉTICO-MG
Ʉ # ėČĨȩ Luan, aos 7 do 2o tempo; Robinho, aos 41 do 2o tempo. Ʉ 2ėÝÑČȩ Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Ʉ ĤÜÿĮĤÑûåđȩ Cláudio Francisco Lima e Silva (SE), auxiliado por Aílton Farias da Silva (SE) e Daniel Vidal Pimentel (SE).
É difícil lembrar de um jogo nesta temporada em que Grêmio tenha sido tão superior ao adversário, como foi na tarde de ontem, na Arena. Por isso, poucos resultados neste ano foram tão lamentados pelos gremistas quanto este empate por 1 a 1 diante do Atlético-MG. Durante os 90 minutos do tempo regulamentar, é seguro afirmar que o Tricolor foi superior durante 89. Porém, o Galo de Robinho precisou de apenas 60 segundos para transformar a euforia azul, preta e branca em pura melancolia. Antes de a bola rolar, uma belíssima homenagem foi prestada ao maior artilheiro da história do Grêmio – Alcindo, o Bugre, que morreu aos 71 anos. No minuto de silêncio que precedeu a estridente salva de palmas, os
gremistas veteranos, que viram o atacante em ação durante as décadas de 1960 e 1970, saudaram a lembrança do ídolo. Em campo, por ironia do destino, tudo que faltou ao Tricolor foi um matador. Um Bugre. No final da primeira etapa, o Grêmio havia finalizado 16 vezes, contra nenhuma do Atlético-MG. Após o apito final, as conclusões já chegavam a 25 por parte do Tricolor e apenas duas pelo lado do Galo. Em 25 chutes, um gol gremista. Em dois, um gol mineiro. Se Alcindo estivesse em campo, talvez estes números fossem diferentes. Porém, se os gremistas não tinham um jogador do calibre do Bugre, os atleticanos contavam com um destes jogadores que só precisam de uma chance: Robinho.
Desperdício x oportunismo A primeira chance do Grêmio veio aos 55 segundos, com Luan. A segunda aos 2 minutos, com Bolaños. A terceira aos 11, com Douglas... E a 13a aos 35, de novo com Miller. Sufocado, o Galo não existia. O gol azul parecia iminente. E foi. Com 7 minutos da 2a etapa, Luan arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e enganou o goleiro Uilson: 1 a 0. Se não fosse o arqueiro atleticano, Bolaños teria aberto o placar pouco antes e Walace ampliado logo em seguida. Até que, aos 41, a bola puniu o desperdício. A zaga gremista dormiu, Robinho recebeu livre na grande área e – como era Alcindo – foi matador: 1 a 1. Na tarde em que os gremistas deram adeus ao Bugre, o Galo festejou o seu próprio artilheiro. PORTO ALEGRE
O adeus do maior artilheiro No sábado, o Grêmio deu adeus ao maior artilheiro da sua história. Alcindo Martha de Freitas, o Bugre Xucro – autor de 264 gols pelo Tricolor –, morreu aos 71 anos devido a complicações decorrentes do seu quadro de diabetes | GRÊMIO/DIVULGAÇÃO
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