Atualidades Agrícolas

Page 1

Abril/2011 – Publicação da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF S.A.

Planeta Faminto

homenagem da basf ao agricultor faz grande sucesso na internet

Líder mundial marcos fava neves fala sobre como o brasil pode chegar a ser o maior fornecedor de alimentos do mundo

Produtividade sistema agcelence é lançado para hortifrúti e café





SUMÁRIO

inovação Lançamento Abacus® HC contribui para o controle de doenças do milho

entrevista Marcos Jank, presidente da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (UNICA)

ponto de vista Eduardo Leduc fala sobre a barreira da logística no agronegócio brasileiro

parceria Os 35 anos de sucesso da Coopercitrus

matéria de capa Vídeo da BASF em homenagem ao agricultor ultrapassa 130 mil visualizações

Destaque Marcos Fava Neves aponta os desafios para que o Brasil se torne o maior fornecedor de alimentos do mundo

novos tempos Sistema AgCelence é lançado para café e hortifrúti

anote Cinema 4D e a comemoração dos 100 anos da BASF

bate-papo Concurso fotográfico desafia usuários do Digilab

agenda Os eventos em que a BASF esteve presente nos primeiros meses do ano

06 10 12 14 16 20 22 26 28 30


produtores rurais e destacar os desafios que teremos neste século para suprir a necessidade de alimentação da população mundial foi o objetivo da BASF no vídeo “Um Planeta Faminto e a Agricultura Brasileira”. E é com muito orgulho e alegria que comemoramos mais de 130 mil visualizações do vídeo no site Youtube em apenas quatro meses. Nesta primeira edição de 2011 da Revista Atualidades Agrícolas, você vai saber todos os detalhes sobre este vídeo, do making of à repercussão que ele teve em diversas esferas da nossa sociedade, ressaltando a importância da conscientização das pessoas a respeito do que a agricultura fez e pode fazer para ajudar o nosso planeta a ser um lugar cada vez melhor para se viver. Nas próximas páginas, você também vai conferir uma entrevista com Marcos Jank, presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) que falou com exclusividade sobre o aumento do consumo mundial de biocombustível e vai conhecer, ainda, um pouco mais sobre a expansão do Sistema AgCelence para os cultivos de Especialidades, tais como Hortifrúti e Café. Outra novidade é o lançamento do produto Abacus® HC para o controle de doenças no milho. Essas e muitas outras matérias você encontra a seguir.

EDITORIAL

Homenagear os

Boa leitura!

MAURICIO RUSSOMANNO, vice-presidente da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF

Atualidades Agrícolas é uma publicação quadrimestral da BASF S.A. – Unidade de Negócios Agro, com distribuição gratuita interna e via postal para clientes, distribuidores e colaboradores da empresa. Todos os textos são de responsabilidade da BASF S.A., sendo que os assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da revista. As fotos sem crédito pertencem ao arquivo da BASF S.A. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão para a redação: atualidades.agricolas@basf.com • Conselho Editorial: Maurício Russomanno; José Munhoz Felippe; André Dias; Adriana Boock; Sérgio Zambon; Vinicius Ferreira Carvalho; Roberto Araújo; Marina Galvão • Coordenação: Ana Carolina Nascimento • Apoio de Comunicação, Registro e Técnica: Daniel Marinho; Fábio Carlos Pevide; Sérgio Zambon e Tadashi Yotsumoto • Colaboradores da BASF que participaram desta edição: Redson Vieira, Oswaldo Marques, Angela Neves, Douglas Montes, Fernanda Vilhalva, Ana Carolina Tognetti, Eliaci da Silva • Produção Editorial: Coletânea Editorial • Jornalista Responsável: Daniela Graicar – MTB 30960 • Direção: Cristiane Duarte • Edição: Juliana Rose • Reportagem: Camila Paulos, Flávia Lima, Gisele Alexandre e Pamela Fortes • Impressão: Intergraph • Tiragem: 12 mil exemplares


6

I N O V A Ç Ã O

MILHO EM FOCO Produção de milho deve totalizar aproximadamente 32,8 milhões de toneladas, variação positiva de 0,3% sobre 2010, segundo levantamento do IBGE


7


8

I N O V A Ç Ã O


9

No

liar, resultando na morte prematura do mesmo, dependendo da época de incidência na cultura. Por isso, quando a doença se manifesta nas primeiras fases de desenvolvimento da cultura e as condições climáticas são favoráveis, a redução no rendimento de grãos é quase certa.

início do mês de abril, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou um levantamento preliminar que prevê um novo recorde de produção na safra de grãos em 2011, que deve chegar a 155,6 milhões de toneladas, 4% acima da safra de 2010 (149,7 milhões de toneladas). A safra será colhida em uma área de aproximadamente 48,1 milhões de hectares, 3,3% maior do que a do ano passado. De acordo com o estudo, a produção de soja, milho e arroz responderão por 90,8% do volume total. O milho, por exemplo, deve totalizar 32,8 milhões de toneladas, variação de 0,3% sobre 2010, número bastante positivo. Mas, para que essa previsão se confirme, os produtores devem ficar atentos a dois dos principais inimigos das lavouras de milho: a ferrugem comum (Puccinia sorghi) e a ferrugem polissora (Puccinia polysora). Nos últimos anos, essas doenças vêm se tornando cada vez mais frequentes e, nos casos mais críticos, têm causado perdas significativas de produtividade. A ferrugem polissora apresenta o maior potencial de dano com relatos de perdas de até 44,6% nas lavouras brasileiras. Na última safra, uma epidemia da doença causou reduções significativas de rendimento. Já a ferrugem comum vem sendo constatada na atual safra. Um surto chegou às plantações do sul do Brasil e também a algumas regiões de São Paulo. Ambos os tipos de ferrugem provocam danos, principalmente a destruição de tecido fo-

Lançamento Pensando em contribuir para o controle das doenças nas lavouras de milho, a BASF apresentou, no último Show Rural Coopavel, realizado no município de Cascavel (PR), um novo produto que passa a integrar seu portfólio de fungicidas: Abacus® HC*. O Abacus® HC é um novo fungicida da BASF desenvolvido para oferecer ao agricultor um excelente controle sobre as principais doenças que atacam a lavoura de milho. “Precisávamos criar e oferecer ao produtor de milho um novo fungicida, adaptado às necessidades dessa cultura”, afirma Oswaldo Marques, gerente de Marketing de Cultivos Extensivos da BASF. De acordo com ele, o Abacus® HC se destaca pelo excelente controle das ferrugens (Puccinia sorghi e Puccinia polysora). “Trabalhamos para equilibrar melhor a proporção do triazol na mistura com nossa estrobilurina e, assim, conseguir um produto ainda mais eficaz no controle das ferrugens. Além disso, desenvolvemos uma formulação mais concentrada, que nos permite recomendar um volume baixo de produto por hectare (0,25 – 0,38 l/ha), minimizando o descarte de embalagens e mantendo um excelente resultado no controle das doenças”, completa Oswaldo.

fotoS: shutterstock

Saiba mais sobre as doenças Ferrugem polissora Doença que se desenvolve em condições de temperaturas elevada (entre 23°C e 28°C), sendo ainda mais frequente em condições de alta umidade. Os sintomas são descritos como pústulas circulares e ovais, de cor marrom-clara, distribuídas principalmente na face superior das folhas. As pústulas escurecem, tornando-se marrom-escuras à medida em que a planta se desenvolve.

Ferrugem comum Frequentemente encontrada na região Sul do País, esta doença se desenvolve em condições de temperaturas mais baixas (entre 16°C e 23°C) e alta umidade relativa do ar. Os sintomas são pústulas de formato circular e alongado, aparecendo nos dois lados da folha. Em pouco tempo, as pústulas se rompem e se transformam em necroses.

* O produto ABACUS® HC está temporariamente restrito no Estado do Paraná, não podendo ser recomendado/receitado.


10

E n t r e v i s t a

Os desafios do etanol brasileiro Marcos Jank, presidente da UNICA, fala com exclusividade à revista Atualidades Agrícolas sobre a importância do Brasil no cenário mundial de biocombustíveis e sobre os desafios para chegarmos cada vez mais perto do topo da produtividade

Para

Marcos Jank, presidente da UNICA (União da Indústria de Cana-de-açúcar), apesar de figurar como um dos protagonistas no setor mundial de agroenergia, o Brasil ainda tem muito a evoluir. Mas tanto a qualidade do etanol brasileiro como os novos acordos e eventos que ocorrem em todo o mundo, nos quais se discutem novas possibilidades de negócio, contribuem para a ampliação desse mercado. Na entrevista a seguir, Jank nos mostra um panorama do cenário atual e fala sobre o que é preciso ser feito para avançarmos ainda mais no setor.

Atualidades Agrícolas: O Brasil é um dos maiores produtores de etanol do mundo. Como podemos evoluir ainda mais? Marcos Jank: Apesar de a produção de etanol dos Estados Unidos ser o dobro da do Brasil, pode-se afirmar que nós possuímos o programa mais consolidado do planeta, pelos seguintes motivos: a nossa gasolina tem 25% de etanol, há distribuição de etanol em todos os postos e 50% da nossa frota de carros é flex (dos carros novos, 90% são flex). Já os EUA estão usando o etanol somente para misturá-lo à gasolina – e sua gasolina contém apenas 10% de etanol. Além disso, nosso etanol, proveniente de cana-de-açúcar, tem melhor equilíbrio energético e ambiental. No ano passado, foi reconhecido pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) como um biocombustível avançado, graças à sua grande capacidade de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa. Apesar de todos esses bons resultados do etanol na área ambiental e na área energética, o setor, que vinha crescendo a uma taxa de 10% ao ano entre 2000 e 2008, foi profundamente afetado pela crise financeira de 2008 e passou a crescer muito pouco desde então. Atualmente, nosso crescimento está na ordem de 3% ao ano, um índice muito baixo para atender à demanda de açúcar, que é muito grande no mundo, e dos carros flex que estão entrando no mercado brasileiro. Precisamos, portanto, que os investimentos no setor sejam retomados e que nossas safras sejam cada vez mais produtivas.

AA: Em 2010, o consumo de etanol superou o de gasolina no Brasil. Como fazer para que esse cenário também seja uma realidade global? M.J.: Nossa expectativa é atingir 66% do total de consumo e continuar crescendo. Para que isso ocorra em outros países, é preciso que eles adotem o programa de mistura de etanol à gasolina. Acho que o primeiro passo é este: usar 5% ou 10% de etanol misturado, como aditivo que reduz as emissões. E depois, em uma segunda fase, por exemplo, a experiência do carro flex. AA: Durante a visita do presidente Barack Obama ao Brasil, foram anunciadas algumas iniciativas de cooperação entre o Brasil e os EUA, como a ampliação do Memorando de Entendimentos para promover a colaboração em torno dos biocombustíveis e o lançamento do Diálogo Estratégico sobre Energia. Quais os benefícios dessas iniciativas para o setor no Brasil? M.J.: Tudo o que foi acordado no Memorando é positivo, como as iniciativas na área de desenvolvimento de pesquisas em conjunto, de padrões globais para o etanol e de produção em terceiros mercados. São passos importantes, mas ainda falta muito. Temos de avançar em temas maiores, como a obtenção de investimentos mais fortes de empresas norte-americanas no Brasil e de empresas brasileiras nos EUA. E, obviamente, o comércio, que infelizmente é muito pequeno, porque os norteamericanos impõem uma tarifa bem elevada. Diante


11

disso, apesar do reconhecimento do etanol de cana-de-açúcar, a tarifa ainda é proibitiva e nos impede de entrar naquele mercado. Quando citamos a experiência brasileira e norte-americana em biocombustíveis e, particularmente, em etanol, estamos falando dos dois países que foram mais longe até hoje nessa área. As duas nações, juntas, têm de colocar em pauta a questão da abertura e da globalização desse mercado.

fotoS: tadeu fesel (cortesia – unica)

AA: O que podemos esperar da cooperação Brasil-EUA em combustíveis renováveis? M.J.: Um aprofundamento da agenda, com mais eventos e ações que discutam o tema, abordando questões ligadas ao comércio e aos investimentos. Além disso, importantes negociações internacionais e eventos como o Rio+20 no Brasil e a Conferência do Clima na África do Sul, que serão realizados ainda neste ano, fazem parte da cooperação. Em suma, com essa parceria, esperamos que o tema biocombustíveis se torne mais presente, concreto e factível nas negociações internacionais do clima. AA: Em junho, será realizada a 3ª edição do Ethanol Summit. Quais serão os principais temas discutidos? M.J.: Esse é um dos principais eventos do mundo dedicados às fontes energéticas renováveis, com foco especial no etanol e em outros derivados da cana-de-açúcar. A frase definidora adotada neste ano, “Soluções para a economia de baixo carbono”, dá a medida do que será o conteúdo do evento. Vamos ampliar ainda mais o debate, trazendo para a discussão a variedade crescente de derivados da cana que contribuem diretamente para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa, fazendo da cana-de-açúcar e do etanol ferramentas cada vez mais importantes para a chamada economia de baixo carbono. Presidentes mundiais das principais petroleiras que estão investindo no etanol no Brasil estarão presentes para discutir o papel do etanol na matriz energética mundial. Também teremos grandes empreendedores do setor – associados da UNICA –, convidamos a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assim como os governadores dos principais Estados produtores, para falarem sobre políticas públicas.

Marcos Jank, Presidente da Unica

AA: A produtividade média da área total de canade-açúcar na safra 2011/2012 deve ser menor do que a do último ano. Como reverter isso? M.J.: O problema de produtividade está muito ligado ao clima e, por isso, haverá uma queda na próxima safra – pequena, mas uma queda. Gostaríamos de ver um aumento de produtividade e contamos com empresas como a BASF para nos ajudar a buscar novas tecnologias, que aumentem essa produtividade. O grande desafio da indústria é este: aumentar a produtividade e reduzir os custos.


12

P O N T O

D E

V I S T A

A barreira da logística Em descompasso com a modernização da agricultura, o transporte da produção agrícola no Brasil prejudica a rentabilidade dos agricultores

Nos modernizou da porteira para dentro últimos anos, o agricultor brasileiro se

para atingir níveis de tecnologia e sustentabilidade compatíveis com as exigências do mercado. No entanto, ele enfrenta obstáculos para escoar a produção. Os gargalos logísticos, discutidos há anos, seguem sendo item prejudicial à rentabilidade. Em um país de dimensões continentais, a intermodalidade aparece como ponto essencial para assegurar a competitividade da agricultura brasileira. Nossa matriz logística é composta em 58% pelo modal rodoviário, enquanto o ferroviário responde por 25%, segundo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em países como Estados Unidos, nosso principal concorrente, o modal ferroviário é o principal meio de escoamento. Um comparativo do custo final do produto exportado para a China pelos dois países revela que nós estamos em desvantagem competitiva.

Enquanto o produtor americano desembolsa cerca de U$ 98 pelo transporte total da tonelada de soja até a China, o brasileiro paga U$ 180. Dentro das fazendas brasileiras a tonelada de soja custa U$ 234, enquanto em terras americanas, U$ 373. Pondo na ponta do lápis, o produto brasileiro chega ao mercado chinês cerca de U$ 40 mais caro. Dados do United States Department of Agriculture (USDA) revelam que nos EUA, a participação do custo do frete no valor final da tonelada do grão é de 26% e no Brasil, 44%. No interior do País, a situação é delicada. Em Sorriso, município mato-grossense que produz um milhão de hectares de soja e milho, a produção percorre mais de 2000 km em rodovias até chegar ao Porto de Paranaguá (PR). O Instituto Mato -grossense de Economia Agropecuária (IMEA) estima esse frete em U$ 100, enquanto a produção paranaense chega ao porto por U$ 20.


fotoS: shutterstock

13

Para Estados como Mato Grosso, que estão longe da costa brasileira e consequentemente dos portos, a solução seria ampliar a extensão de ferrovias e direcionar o escoamento para as estruturas portuárias do norte do País. A Ferronorte, já tem a ampliação até Rondonópolis contemplada no PAC, mas o ideal é que os trilhos cheguem até Cuiabá. Afinal, no exemplo citado, Sorriso está a mais de 600 km de Rondonópolis e é sabido que as estradas do interior do País raras vezes são duplicadas e apresentam problemas no pavimento. Ao Norte, os portos precisam estar mais aparelhados e estruturados. Já no Paraná, mesmo tendo um porto no próprio Estado, os gargalos logísticos também encarecem a produção. Diferentemente de Mato Grosso, boa parte da produção agrícola é absorvida internamente. Ainda assim, a escassez de rodovias duplicadas e o sucateamento das linhas

ferroviárias dificultam a distribuição e encarecem os grãos. Em comparação a outros países sojicultores como EUA e Argentina, o frete é de R$ 6 a menos, o que, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), significa que o produtor brasileiro perde até 20% da renda. Os dados apresentados por especialistas do setor, deixam claro que os produtores brasileiros estão em desvantagem em relação aos argentinos e aos americanos. As dificuldades logísticas presentes no País minam o potencial competitivo da agricultura. O produtor brasileiro é um apaixonado pela terra e busca de todas as formas investir em tecnologia e aumentar a produtividade. Da porteira para dentro, o agricultor já provou que é moderno e arrojado. De agora em diante, é preciso acertar o compasso e modernizar da porteira para fora. Artigo originalmente publicado na revista Dinheiro Rural – Jan/2011

Eduardo Leduc é vicepresidente sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para a América Latina, Fundação Espaço ECO e Sustentabilidade Regional


14

p a r c e r i a

coopercitrus: 35 anos de sucesso Conheça a trajetória de um dos maiores sistemas cooperativistas do setor agropecuário do País

Neste uma das grandes parceiras ano de 2011, a Coopercitrus,

da BASF, completa 35 anos de atividades no âmbito agropecuário brasileiro. A cooperativa representa a força dos produtores nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Com sede instalada no município de Bebedouro, no Estado de São Paulo, a Coopercitrus foi fundada em 14 de maio de 1976, resultado da fusão de duas tradicionais cooperativas: a Capezobe (Cooperativa Agropecuária da Zona de Bebedouro) e a Capdo (Cooperativa Agrária d’Oeste Paulista), de Monte Azul Paulista. À época, contando com 2.000 associados, a nova cooperativa já proporcionava um relevante desenvolvimento às regiões onde atuava. Ao longo da década de 1980, a Coopercitrus foi conquistando seu espaço no cenário agropecuário brasileiro. Nessa mesma época,

foram fundadas a Credicitrus (Cooperativa de Crédito Rural Coopercitrus) e a Cooperfertil (Cooperativa Central de Fertilizantes), as quais formam um verdadeiro sistema cooperativo. Além disso, foi criada a EECB (Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro), a fim de oferecer suporte para a cooperativa em busca de novas alternativas agrícolas. Desde o ano 2000, a Coopercitrus realiza em Bebedouro a FEACOOP – Feira de Agronegócios, que é considerada um dos maiores eventos do setor, cujo objetivo é proporcionar oportunidades de negócios em um pequeno espaço de tempo. Evolução A trajetória da Coopercitrus vem sendo pautada pelo profissionalismo e por regras idênticas para todos os cooperados, independentemente do tamanho ou da área de atividade. Todo o progresso da cooperativa, tanto em faturamento quanto em

No ano de 2008, a cooperativa obteve um faturamento de R$ 832 milhões. Já em 2010, o total foi de R$ 866 milhões, representando um crescimento de 3,7%.


fotoS: divulgação/coopercitrus e shuterstock

15

número de associados, deve-se ao amplo apoio que oferece ao produtor rural, desde a compra dos insumos até o suporte técnico no campo. Os cooperados podem ainda contar com a ajuda da cooperativa na comercialização de seus produtos – a Coopercitrus disponibiliza 35 lojas de insumos, fertilizantes e defensivos agrícolas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A cooperativa também proporciona as mesmas vantagens para os cooperados interessados em adquirir equipamentos agrícolas, pois mantém uma rede de concessionárias Valtra com 18 unidades, que oferece toda a linha de tratores com extenso trabalho de pós-venda. Outra preocupação da Coopercitrus é oferecer eficiente orientação técnica por meio da assessoria de engenheiros agrônomos, médicos-veterinários e técnicos agropecuários. Esses profissionais oferecem suporte na forma de cursos, treinamentos e reuniões técnicas, além

de promoverem ações de responsabilidade ambiental. A Coopercitrus conta ainda com um departamento Técnico-Agropecuário, que tem um equipado laboratório onde os associados podem utilizar os serviços de análises clínicas e veterinárias. Parceria com a BASF A história da Coopercitrus é contada juntamente com a da BASF. A parceria entre elas vem de mais de quatro décadas, tendo começado ainda na época da Capezobe. Jair Guessi, gerente comercial da área de insumos da Cooperativa, orgulha-se do trabalho conjunto que realizam: “A BASF vem sendo uma parceira muito importante para a Coopercitrus em todos os aspectos, mas principalmente no relacionamento comercial. Além disso, ela nos proporciona grande participação nos projetos ambientais que apoia”, diz.


16

MATÉRIA

DE

CAPA

O valor do produtor rural Vídeo produzido pela BASF para homenagear os agricultores ultrapassa 130 mil visualizações e mostra a importância da agricultura para garantir a demanda mundial por alimentos


17

A BASF para a vida em sociedade e, por isso, sempre apoiou sabe o quanto é fundamental o trabalho do agricultor

ações que evidenciam esse ofício. Em 2011, a BASF foi além! O agricultor brasileiro agora é protagonista do vídeo “Brasil: Um Planeta Faminto e a Agricultura Brasileira”, cuja finalidade é valorizar seu empenho na busca por fontes renováveis de energia e mostrar à população o quanto eles são indispensáveis para viabilizar o consumo dos alimentos e a vida cotidiana em todo o mundo. “Por meio do vídeo, quisemos esclarecer o papel do agricultor para a economia, apresentando dados concretos, dos quais os brasileiros devem orgulhar-se”, diz o vice-presidente da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para o Brasil, Maurício Russomanno. Os dados a que Russomanno se refere são resultantes de uma pesquisa realizada pela BASF, que organizou informações relevantes sobre a evolução da agricultura brasileira na produção de alimentos e sobre o consumo no planeta. O vídeo, feito em parceria com a agência e21, do Grupo MTCom, foi baseado na versão do filme produzido pela BASF dos Estados Unidos, chamado “One Hungry Planet”. O resultado foi um produto dinâmico, que além de destacar a importância do profissional do campo, divulgou informações indispensáveis sobre a produção e o consumo de alimentos no Brasil e no mundo. “O vídeo mostra o valor do agricultor para a sociedade. Esse profissional é um apaixonado pela terra e pela natureza, seu trabalho é essencial e deve ser reconhecido pela população”, diz o vicepresidente sênior da Unidade de Proteção de Cultivos para a América Latina, Fundação Espaço ECO e Sustentabilidade Regional, Eduardo Leduc.

“Uma mensagem profunda e densa dos benefícios proporcionados pelo agronegócio para o desenvolvimento econômico e social do País.” Carlo Lovatelli Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio


18

MATÉRIA

DE

CAPA

“‘Um Planeta Faminto’ é uma ação de comunicação extremamente importante, pois utiliza novas mídias e fala com os jovens, aproximando o agronegócio da sociedade em geral. Este papel é do Governo e da iniciativa privada também. Com esse vídeo, a BASF deu uma grande contribuição ao setor.” Marcos Fava Neves Professor titular da Universidade de São Paulo (FEA/USP)

O vídeo foi postado no YouTube e as mais de 130 mil visualizações em apenas quatro meses demonstraram duas coisas: que a BASF está no caminho certo e como o marketing viral é uma ferramenta poderosa para propagar boas ações. O vídeo “Um Planeta Faminto” privilegiou um roteiro com dados oficiais e públicos de instituições renomadas do setor e enfatizou a capacidade nacional para a agricultura. Desenvolvido em animação contínua, o vídeo tinha o desafio de contar uma história com muitos dados numéricos de uma maneira atraente, rápida e dinâmica. Para chegar ao resultado desejado, foi utilizada a ferramenta Kinetic Typography, que apresenta os textos de uma maneira expressiva e permite adicionar conteúdo emotivo às palavras. Alinhada a essa técnica, está uma série de elementos e artes simplificadas, de uso rápido, que complementaram os textos e contribuíram para prender a atenção do espectador.


19 Conceito e conteúdo Para garantir a veracidade das informações, foram anunciados dados tangíveis e comparações didáticas, como as previsões da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que estimaram um crescimento de 20% na demanda mundial de alimentos nos próximos dez anos. Um dos registros do vídeo é que nos últimos 35 anos, o Brasil se transformou de importador em um dos maiores exportadores de alimentos, utilizando apenas 9% de seu território. A agricultura familiar também evoluiu: entre 1980 e 2005 a produtividade de hortaliças saltou de 10.905 para 22.503 toneladas por hectare. Há também informações sobre a contribuição da agricultura brasileira na busca de fontes de energia renováveis. Para se ter uma ideia de seu montante, em 2010, o consumo de etanol de cana-de-açúcar superou o de gasolina e, entre 1975 e 2010, a produção de cana aumentou de 89 para 696 milhões de toneladas, ocupando menos de 1% do território nacional. Outro dado interessante é que em 1940, um agricultor produzia alimentos para 19 pessoas, em 1970 para 73 pessoas e, em 2010, um agricultor produz alimentos para 155 pessoas, o que mostra que a tecnologia tem contribuído muito para o aumento da produtividade das lavouras. Esses dados comprovam o motivo de o agronegócio ser responsável pelo superávit na balança comercial, por representar ¼ do PIB brasileiro e ser responsável por 37% da mão de obra empregada.

“O vídeo mostra que o segmento incorporou as tecnologias geradas em nossos órgãos de pesquisa, aumentando a produtividade, preservando áreas novas e reduzindo o preço dos alimentos para os consumidores de forma sustentável. Mostra ainda que o Brasil tem as condições essenciais para ajudar a mitigar a fome no mundo sem destruir os recursos naturais.” Roberto Rodrigues Ex-ministro da Agricultura, produtor rural e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas


20

D e s t a q u e

Como chegar lá Em entrevista, o professor doutor Marcos Fava Neves fala sobre os desafios que temos pela frente para nos tornarmos efetivamente o maior fornecedor de alimentos do mundo

Atualidades Agrícolas: De acordo com dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), em vinte anos, a população mundial chegará a 9 bilhões de pessoas. Além disso, houve um aumento de renda na população, o que aumenta a demanda por alimentos. Considerando esses fatores, a Organização indicou uma série de países que podem atender a essa necessidade, e o Brasil seria responsável por quase 40% dessa contribuição. O senhor acha que o Brasil já está preparado para atender a essa demanda? Como isso pode ser feito? Marcos Fava Neves: Acredito que a agricultura brasileira responderá a esta demanda crescente. Nos últimos 40 anos, dobramos a produção de alimentos. O respeito internacional que nosso agronegócio conquistou é indescritível. No Brasil, muitos estudos de reconhecidas instituições atestam a existência de mais de 100 milhões de hectares agricultáveis, que podem ser usados para a produção de alimentos e biocombustíveis, em sua maioria utilizando terras degradadas de pastagem e sem tocar em ecossistemas frágeis. Mas para atendermos a essa necessidade, é preciso priorizar e tomar atitudes imediatas para remover as travas tributárias, trabalhistas, tecnológicas, ambientais, financeiras, jurídicas e logísticas que vêm sendo apontadas há tempos. Aumentar nossa produção para resolver este problema mundial é a maior oportunidade aberta ao Brasil, com o intuito de promovermos a geração de empregos, de renda e de impostos, além da interiorização e do nosso desenvolvimento sustentável. AA: Quais os impactos que esse aumento na produção de alimentos pode gerar na economia brasileira? M.F.N.: No início deste ano, diversos veículos publicaram notícias de que os alimentos foram os vilões da inflação de 2010. As pessoas que leram, tenderam imediatamente a culpar os produtores rurais, agroindústrias e indústrias de alimentos pela valorização desses produtos. Na verdade, o agricultor atuou justamente do lado oposto, pois controlou a inflação. Os produtos da agricultura finalmente se valorizaram e nós, como grandes exportadores, es-


21

fotoS: shutterstock e divulgAÇão

tamos nos beneficiando economicamente desse valor, dessa renda gerada. E o mundo cada vez mais reconhece o Brasil como “fornecedor mundial de alimentos”. Nossos produtores abasteceram o mercado brasileiro, competiram com os produtos importados que invadiram as gôndolas dos supermercados devido ao real valorizado e, ao proporcionarem uma exportação recorde de US$ 76 bilhões, permitiram grande ingresso de recursos no País. A receita com exportações atuou como força propulsora da valorização do real, que ajuda no controle da inflação. AA: Quais são as nossas deficiências? Onde a cadeia produtiva precisa ter mais atenção para ser o principal destaque no cenário mundial? M.F.N.: Espera-se que o novo Governo realize definitivamente as reformas que o Brasil precisa para ficar mais competitivo. O País precisa ter velocidade na questão da infraestrutura para remover custos das cadeias produtivas brasileiras, acertar rapidamente a questão das dívidas dos produtores, a questão ambiental e trabalhista, além da política de juros e câmbio, que faz nossos agricultores perderem margem de lucro. Façamos o seguinte exercício: num cenário de demanda crescente, com a produção de alimentos tendo de dobrar, com as nossas condições competitivas sem subsídios, e mantendo nossa taxa de crescimento das exportações na década (US$ 23 bilhões em 2001), temos a chance de sonhar com US$ 200 bilhões em exportação em 2020. Para atingir esse objetivo, necessitamos de um plano fundamentado principalmente na estratégia de “criação e captura de valor nas cadeias produtivas integradas”, via três eixos ou pilares: custos, diferenciação e ações coletivas. Em custos, precisamos rever todas as operações e explorar as competências centrais, os recursos e os ativos, visando operar em escala. Além disso, precisamos estudar novos insumos e componentes, por meio de tecnologia e inovação. Entram aqui, também, as questões trabalhistas, de tributos, de transporte, entre outras reformas necessárias.

Em diferenciação, nossas cadeias devem buscar a informação, o conhecimento, a inteligência e o consequente desenvolvimento de mercados, com foco no relacionamento e na intimidade com os compradores internacionais, a fim de oferecer soluções únicas e diferenciadas, com serviços agregados. Devemos ainda diversificar, oferecendo produtos inovadores alinhados com as demandas do consumidor final, e reunir esforços em relação a temas como processamento, embalagem, marca de origem e presença em canais e pontos de venda no exterior. Outra ideia é desenvolver a nossa imagem de “fornecedor mundial de alimentos” reforçando a confiabilidade, a sustentabilidade e a eficiência. Finalmente, temos as ações coletivas, que são estratégias que envolvem o fortalecimento das organizações das cadeias produtivas (associações, cooperativas, sindicatos e outros), além das ações conjuntas entre as empresas, visando compartilhar ativos, estratégias e estruturas. Isso porque este é o momento de comprar ativos no exterior que podem ser compartilhados visando ao maior acesso e presença no mercado, capturando valor. AA: Como as indústrias de defensivos agrícolas podem contribuir para que o Brasil possa aumentar a sua produção? M.F.N.: De uma maneira absolutamente fundamental. A indústria de defensivos agrícolas deve buscar, cada vez mais, desenvolver moléculas eficientes e de custo menor aos produtores, possibilitando o crescimento sustentável da produção e a qualidade do alimento gerado. Além disso, em termos de resultados de longo prazo para a produção sustentável de alimentos, seria interessante também fazer investimentos em novas gerações de fertilizantes, a fim de produzir a partir de fontes alternativas, plantas que absorvam maiores quantidades de energia do sol. Outra possibilidade seria reciclar subprodutos como fonte de fertilizantes para mitigar os enormes riscos e custos de fertilizantes no futuro.

Marcos Fava Neves é engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/ USP), mestre em Administração (Estratégias de Arrendamento Industrial na Citricultura, FEA/USP) e doutor em Administração (Planejamento de Canais de Distribuição de Alimentos, FEA/USP). É professor Titular da FEA/ USP – Ribeirão Preto e Chefe do Departamento de Administração da USP e articulista do jornal China Daily, de Pequim e da Folha de São Paulo.


22

N O V O S

T E M P O S

A nova era da produtividade A BASF expande o Sistema AgCelence para os cultivos de cafĂŠ e hortifrĂşti


23


N O V O S

T E M P O S

Mais agricultores de soja na safra 2010/2011. Esse cenário tornouprodutividade e, consequentemente, mais rentabilidade aos

se real devido ao lançamento do Sistema AgCelence Soja Produtividade Top desenvolvido pela BASF, tecnologia que aprimorou o manejo fitossanitário da cultura da soja. O sistema trouxe ao mercado os benefícios fisiológicos do princípio ativo piraclostrobina, contido nos produtos Standak® Top, Comet® e Opera®, presentes durante todo o ciclo da cultura, o que garantiu, entre outras melhorias, o maior potencial de desenvolvimento produtivo da planta. Depois de promover os estudos que garantem os benefícios para o cultivo da soja, a BASF agora expande o Sistema AgCelence para os cultivos de café e de hortifrúti – e o conceito de mais produtividade continua em vigor. “Estamos falando de produtos agrícolas cuja qualidade tem um impacto muito forte na comercialização. Nesse caso, o Sistema AgCelence vai proporcionar maior rentabilidade e mais sustentabilidade para o agricultor. No cultivo de café, por exemplo, teremos grãos maiores e mais uniformes em termos de maturação, o que vai gerar para o agricultor a entrega de um produto diferenciado, de melhor qualidade e de maior valor para o mercado”, explica Redson Vieira, gerente de Marketing dos Cultivos de Especialidades da BASF. Além de trazer maior rentabilidade, a extensão do Sistema AgCelence para outros cultivos tem como objetivo trazer mais sustentabilidade para os agricultores. “Maior quantidade e melhor qualidade: isso é o que chamamos de sustentabilidade”, ressalta Redson. Características dos cultivos O Sistema AgCelence atuará no cultivo do café com os produtos Opera® durante a fase vegetativa que, além do controle de doenças, favorece a formação e o enchimento de grãos; Cantus® na fase de pré e pós florescimento, principalmente no controle da Mancha-de-phoma; e Comet® durante a fase vegetativa/produtiva das plantas, controlando doenças e agregando os efeitos AgCelence®. Entre os benefícios trazidos pelo Sistema AgCelence está a maior sanidade de flores e maior pegamento de frutos, ação promovida pelo produto Cantus®. Já o Opera®, devido ao controle de doenças e efeito AgCelence®, promoverá mais uniformidade de maturação de grãos, proporcionando grãos maiores e de melhor qualidade. A BASF estima que, atuando

fotoS: shutterstock

24


25

juntos, os produtos proporcionarão até 10% de aumento na produtividade da lavoura, além dos benefícios na qualidade dos grãos. Para os cultivos de hortifrúti, são utilizados os produtos Cabrio® Top em uva, batata e tomate e Cantus® em batata e tomate. Na cultura da uva, o Cabrio® Top será empregado nas diferentes etapas do manejo fitossanitário. Para os cultivos do tomate e da batata, serão aplicados o Cabrio® Top e o Cantus® de forma alternada, visando ao melhor controle fitossanitário e ao manejo da resistência dos fungos. Para esses cultivos, além do benefício de maior produtividade, o aumento da qualidade dos produtos colhidos também se faz presente. Na cultura da uva, é possível conseguir frutos com maior teor de grau brix, proporcionando um produto mais doce e mais palatável. Já nos cultivos da batata e tomate, observa-se o aumento de produtividade e melhoria na qualidade do produto final com maior uniformidade. Resultados no campo Sandro Bley, diretor de produção do Grupo Wehrmann de Brasília (DF), diz que o Sistema AgCelence, além de agir no controle de doenças de hortifruti, demonstrou alta eficiência na manutenção e na uniformidade da lavoura, mantendo as plantas com mais vigor durante todo o seu ciclo. “Utilizamos o Sistema na cultura da batata e constatamos o aumento na produtividade e a melhor qualidade do produto final”, diz. “O Sistema AgCelence, além de controlar as doenças, traz um ganho tanto no vigor da planta quanto no volume de café-cereja”, diz Ralph de Castro Junqueira, presidente da COCARI (Cooperativa Agropecuária e Industrial). Ele revela que também houve aumento na quantidade e na qualidade dos frutos. “Após o uso do Sistema, conseguimos algumas premiações com o nosso café, como o melhor café de Minas Gerais, o melhor do Brasil e a premiação de destaque de sustentabilidade do café no Estado de Minas Gerais”. Gerson Cesar Stein, produtor de Sumaré (SP), diz que a resistência da planta é uma das vantagens proporcionada pelo Sistema AgCelence no cultivo do tomate. “Observamos a área foliar maior e mais resistente à ocorrência de doenças e pragas infectuosas no cultivo do tomate. Recomendo o Sistema para qualquer produtor que busca por uma safra com maior qualidade. Tivemos ótimos ganhos de produtividade e aumento da rentabilidade”, finaliza.


26

a n o t e

Aprender pelos sentidos Sala de cinema 4D, criada pela BASF, mostra aos produtores como funciona o Sistema AgCelence Soja Produtividade Top sentem o cheiro do orvalho e a chuva – literalmente com gotículas. O agricultor se sente dentro da planta e vivencia a experiência de como é tratar a lavoura com os produtos da BASF”, completa Adriana. Segundo Marcelo Batistela, gerente de Ne­ gócios de Cereais Centro-Sul da BASF, o filme ajuda a mostrar a atuação do sistema no interior da planta, que propõe combinar práticas desde o plantio até a colheita. A recepção dos espectadores no campo tem sido muito positiva. “Todos os que assistem ao vídeo na nossa sala de cinema 4D estão gostando muito. Recebemos vários elogios de produtores, recomendantes, revendedores, pesquisadores e agricultores. O sucesso tem sido tão grande que tivemos que criar um sistema de senhas, pois os lugares do cinema muitas vezes não são suficientes para atender a todos”, conta Dieter Schultz, gerente de Desenvolvimento de Mercado Agro e Cereais Sul e Centro-Sul.

O caminhão vai percorrer cinco Estados brasileiros (PR, MS, RS, GO e MT), e a expectativa é que mais de 25 mil pessoas assistam ao filme ainda neste ano. fotoS: shutterstock e divulgação

Apresentar

os benefícios do Sis­tema AgCelen­ ce Soja Produtividade Top de uma forma diferente, didática e divertida. Foi com esse objetivo que a BASF transformou um caminhão de 24 metros de comprimento em uma sala de cinema 4D. A ação é capaz de fazer com que os agricultores conheçam e aprovem o novo sistema na prática, já que, assistindo ao filme de três minutos de duração, os espectadores fazem uma verdadeira viagem ao interior da planta para entender a ação dos produtos. “Para este ano tínhamos a missão de fazer com que o agricultor entendesse na prática o que era o produto e o que ele representa na sua lavoura. Ele deveria sentir... E o cinema 4D, que é a união da tecnologia 3D às ferramentas de marketing sensorial, faz exatamente isso!”, afirma Adriana Boock Leal, gerente de Comunicação e Serviços de Relacionamento com o Cliente da BASF. “Ao longo do filme, a cadeira se movimenta, as pessoas


27

100 anos no brasil Comemorando 100 anos de atuação no Brasil, a BASF está sempre em busca de soluções que façam a diferença e contribuam para o crescimento do nosso País

Completar

um século de atuação em um país de dimensões conti­nentais­ como o Brasil e numa região com o tamanho e a diversidade da América do Sul é motivo de muita comemoração e, também, um grande desafio para a BASF. “BASF Brasil 100 anos. Transformando a Química da Vida” foi o tema definido para as celebrações que começaram em agosto de 2009, com os 50 anos do Complexo Químico de Guaratinguetá (SP), e se estenderão até o final de 2011 com diversas atividades. Entre as ações concretizadas até o momento, destaca-se a publicação de uma série de textos publieditoriais com foco comemorativo, produzida pela Unidade de Projetos Especiais do jornal Valor Econômico. Desde 14 de julho de 2010, o jornal veiculou 40 artigos de meia página, com enfoque jornalístico, contando um pouco da história da BASF e suas inovações. Nessas 40 semanas, foram apresentados diversos exemplos de como a empresa, nos últimos 100 anos, nunca deixou de acreditar no potencial do Brasil. E todo esse conteúdo foi compilado numa única revista que circulou na edição do jornal do dia 11 de maio, dia da celebração dos 100 anos da BASF. Para marcar essa data tão importante, foi produzido um livro sobre a contribuição da química para o desenvolvimento da sociedade nos últimos 100 anos, trazendo a BASF como protagonista dos acontecimentos e realizado um evento comemorativo para clientes e parceiros, com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que será realizado na Sala São Paulo, no centro histórico da cidade. Atualmente, a BASF conta com 4.100 colaboradores buscando soluções para os desafios da sociedade brasileira, com foco nos setores de maior

potencialidade para a empresa, como o de proteção de cultivos e de construção. Entre os vários exemplos de inovações “made in Brazil” destacam-se os benefícios AgCelence®, que aumentam a produtividade em culturas, como soja e milho, e o Sistema de Produção Cultivance®, a soja geneticamente modificada, em parceria com a Embrapa, que significará um importante aumento de produtividade e uma otimização de custos para a agricultura. Há também o Ecobras™, um plástico biodegradável, compostável e de fonte renovável e, ainda, o conceito Suvinil, que facilita o processo de pintura, além das tintas à base de água e sem cheiro. A BASF também anunciou recentemente uma série de novos investimentos. Foram 50 milhões de euros na construção e ampliação das instalações do Complexo Químico de Guaratinguetá, que terá sua capacidade de produção de defensivos agrícolas aumentada. Mais R$ 20 milhões na fábrica de tintas imobiliárias das marcas Suvinil e Glasurit em Jaboatão dos Guararapes (PE), que em 2009 completou 30 anos. Outra conquista que fará a diferença para o futuro do Brasil, também em Guaratinguetá, é a fábrica de metilato de sódio, um catalisador eficiente para a produção de biodiesel. A empresa está conduzindo um estudo de viabilidade para avaliar as possibilidades técnicas, comerciais e econômicas de operar um Complexo de escala global no Brasil para a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP). Para assegurar a competitividade desses investimentos, a BASF e a Braskem assinaram um Memorando de Enten­ dimento que define em longo prazo as condições do fornecimento de propileno – que é a matéria-prima utilizada para a produção de ácido acrílico. Todas essas iniciativas mostram que os 100 anos de atuação no País foram apenas uma amostra do que a parceria entre a BASF e o Brasil reserva daqui para frente.


28

B a t e - p a p o

Inimigos em foco Com o concurso fotográfico promovido pela BASF, os usuários do Digilab têm seguido à risca a ideia de conhecer de perto os inimigos das lavouras


29

“Capturar

e julgar os inimigos da lavoura”. Essa é a proposta do ZOOM – Concurso Fotográfico Digilab, promovido pela Unidade de Proteção de Cultivos da BASF que, desde janeiro de 2011, desafia os usuários do Digilab a registrar e divulgar os males que afetam suas culturas. O concurso, que vai até o dia 10 de julho, foi dividido em cinco categorias de imagens, de acordo com diferentes tipos de cultura: oleaginosas (soja, algodão e girassol), cereais de inverno (trigo), cereais (arroz, milho e feijão), culturas perenes (café, cana-de-açúcar e citros) e hortifrúti (batata, banana, tomate, uva, maçã e rosa). Para participar, os usuários do Digilab devem capturar, com o auxílio do equipamento, as imagens das pragas e/ou doenças que atingem seus cultivos, publicá-las e catalogá-las. Porém, antes de começarem a ser avaliadas por votação pública, as imagens são préselecionadas por especialistas da BASF, que levam em consideração alguns critérios de qualidade. Além disso, é verificado se a imagem retrata as principais características

daquela doença ou praga e se está classificada de forma correta. Depois de passarem por essa avaliação inicial, as imagens são divulgadas no site do Top Ciência para que os participantes da comunidade elejam as melhores, na forma de voto aberto. “Na comunidade, os usuários se conectam por meio de bate-papos e fóruns, e o concurso cultural é mais uma forma de promover essa aproximação”, explica Adriana Boock, gerente de Comunicação e Serviços de Relacionamento com o cliente. Os participantes são avaliados mensalmente por votação aberta feita pelos membros da comunidade Top Ciência, e o mais votado de cada categoria leva para casa uma filmadora digital. O período de votação é sempre iniciado no dia 27 de cada mês e encerrado no dia 7 do mês seguinte. Top Ciência A comunidade on-line reúne profissionais com o interesse de desenvolver pesquisas científicas para a agricultura e aumentar a qualidade das suas lavouras com o uso da tecnologia BASF. Com o ZOOM, a conectividade presente no Top Ciência fica ainda mais evidente.

fotoS: divulgação

conheça alguns vencedores do concurso

Digilab O Digilab é um serviço que auxilia a assistência técnica de forma inovadora. O equipamento consiste na união de um microscópio digital capaz de aumentar uma imagem em até 200 vezes e de um software com vasto banco de dados das principais pragas, doenças e plantas infestantes. Hoje, o uso do Digilab na agricultura brasileira já alcança 30% do território nacional. Uma nova versão do microscópio (capaz de aumentar até 500 vezes as imagens) já foi lançada atendendo à demanda de pesquisadores e institutos de pesquisa. Hoje a base de dados do Digilab arquiva mais de 5.000 imagens de pragas, doenças e plantas infestantes, distribuídas em 16 culturas. Esse acervo pode ser visto na galeria de imagens do Top Ciência (dentro do conteúdo do Digilab) ou no próprio software do equipamento.


30

A G E N D A

Os principais eventos em que a BASF esteve presente no início deste ano Showtec Maracaju (de 1º a 3 de fevereiro)

Show Rural Coopavel (de 7 a 11 de fevereiro)

foto: neri silva

foto: ivair nanfroi

foto: reginaldo ferreira

Dia de Campo C.Vale (de 18 a 20 de janeiro)

Durante a exposição em Cascavel (PR), os agricultores conheceram mais sobre o Sistema AgCelence no cine 4D, os produtos Opera® e Nomolt®, e os serviços Yield Max® e Digilab.

17º Dia de Campo Ma Shou Tao (23 e 24 de fevereiro)

Abertura da Colheita do Arroz (de 24 a 26 de fevereiro)

12ª Expodireto Cotrijal (de 14 a 18 de março)

foto: arquivo basf

foto: leroy aguirre

Nesse evento de difusão de novas tecnologias agropecuárias do Centro-Oeste, realizado em Maracaju (MS), a BASF inovou com o Digilab, o Cine 4D e soluções para milho e soja.

foto: arquivo basf

Durante o encontro realizado no Campo Experimental da cooperativa, em Palotina (PR), a BASF apresentou seu portfólio, com destaque para as culturas de soja e milho.

Em Uberaba (MG), a BASF divulgou a solução integrada no mercado de soja: portfólio + Digilab e Yield Max, além dos benefícios do Sistema AgCelence.

No evento, realizado em Camaquã (RS), foram feitas demonstrações do portfólio BASF para a cultura do arroz, com destaque para o Sistema Clearfield® e os herbicidas Kifix® e Only®.

Eventos de maio a julho de 2011

Maio

JUNHO

Em uma das principais feiras de agronegócio do Rio Grande do Sul, realizada no município de Não Me Toque, a BASF apresentou seu portfólio de produtos, além do Cine 4D e do Digilab.

EVENTO

DATA

LOCAL

Herbishow – Cana

18 e 19

Ribeirão Preto (SP)

Agrobrasília

17 a 21

Formosa (GO)

Entecs

25 a 28

Lucas do Rio Verde (MT)

Expocitrus

6 a 11

Cordeirópolis (SP)

Hortitec

15 a 17

Holambra (SP)

Expocafé

15 a 17

Três Pontas (MG)

Enfrute

26 a 28

Fraibrugo (SC)

Cooplantio

20 a 22

Gramado (RS)

Julho

Registro no MAPA ou ANVISA ou IBAMA Kifix®: 007907, Cabrio® Top : 1303, Cantus®: 7503, Opera®: 8601, Comet®: 8801, Standak® Top: 1209, Nomolt® 150: 1393, Only®:5203 Produtos registrados com os nomes acima apresentados. Classificação Toxicológica (Ministério da Saúde): Nomolt® 150, Classe IV (Pouco Tóxico) / Cabrio® Top , Cantus®, Only®: Classe III (Medianamente Tóxico) / Opera®, Comet®, Standak® Top, Kifix®: Classe II (Altamente Tóxico) Classificação de Periculosidade Ambiental (IBAMA): Kifix®, Cantus®, Only®, : Classe III (Perigoso) / Opera®, Comet®, Standak® Top, Nomolt® 150: Classe II (Muito Perigoso) Nomolt® 150: Restrição de uso para Leucoptera coffeella no café. / Only®: produto não cadastrado no Estado do Paraná. / Kifix®: herbicida recomendado somente na cultivar PUITA INTA-CL e/ou nos híbridos Clearfield. Não liberado no Estado do Paraná. / Comet®: Restrição de uso para Septoria tritici em trigo, Peronospera destructor em cebola, Elsinoe australis e Phyllosticta citricarpa em citros, Colletotrichum gloesporioides e Oidium mangiferae em manga. / Opera®: Restrição de uso para Mycosphaerella musicola na banana, Puccinia polysora no milho, Rhizoctonia solani, Colletotrichum truncatum na soja e Pyricularia grisea e Septoria tritici no trigo




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.