Tese Maria João Forte

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DESIGN DE COMUNICAÇÃO e a sua Aplicação na Concepção e Construção de Eventos: FEIRAS, STANDS E PROJECTOS GLOBAIS

Estágio na FIL Design SA

MESTRADO EM DESIGN DE COMUNICAÇÃO Documento Provisório

MESTRANDA MARIA JOÃO DOS SANTOS MONTEIRO FORTE ORIENTADOR

Doutor Fernando José Carneiro Moreira da Silva PROFESSOR CATEDRÁTICO • FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

LISBOA • JANEIRO 2016



DESIGN DE COMUNICAÇÃO e a sua Aplicação na Concepção e Construção de Eventos: FEIRAS, STANDS E PROJECTOS GLOBAIS

Estágio na FIL Design SA

MESTRADO EM DESIGN DE COMUNICAÇÃO Documento Provisório

MESTRANDA MARIA JOÃO DOS SANTOS MONTEIRO FORTE ORIENTADOR

Doutor Fernando José Carneiro Moreira da Silva

LISBOA • JANEIRO 2016



DEDICATÓRIA Dedico esta dissertação aos meus pais e ao meu avô. Pelo seu apoio e amor incondicional.


AGRADECIMENTOS Ao meu professor e orientador Doutor Fernando Moreira da Silva, pela

sua disponibilidade e sábia orientação neste relatório. Agradeço sincera-

mente a sua fé e o seu voto de confiança e por dedicar a mim parte do seu precioso e requisitado tempo.

À minha supervisora de estágio Daniela Terras e à Doutora Cristina

Martins, por me terem dado esta oportunidade e me terem recebido de braços abertos na empresa.

A todos os meus colegas da FILDESIGN, dos serviços técnicos e da

AIP-FCE. Acompanharam-me nesta minha primeira experiência profissional com amabilidade e amizade, oferecendo-me o seu vasto know-how

e por todo o material e lições facultadas. Um especial agradecimento aos

meus colegas Madalena Alves, Joel Ricardo Sousa, José Manuel Mendes e

Custódio Atalho que me integraram em pleno na empresa. Tiveram o papel de mentores e amigos e fizeram deste estágio uma terceira escola.

Aos meus professores da Universidade Lusófona de Humanidades e

Tecnologias e Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Além

de matérias curriculares ensinaram-me a não me deixar contentar com um projecto e em nunca desistir. Agradeço por me incentivarem a lutar para ser mais e melhor.

Aos meus colegas que me acompanharam nesta experiencia univer-

sitária. Não só fizeram do meu percurso académico mais rico e divertido como partilharam comigo métodos de trabalho, ensinamentos e expe-

riências. Foram essenciais para a minha formação e para a minha prática de Design.


À minha família, especialmente a António, Alexandrina, Mike Forte

e a João Damião. Sem o seu apoio e força em todas as partes da minha

vida, ter uma educação superior seria literalmente impossível. Dificilmente conseguiria quantificar num excerto todos os seus contributos.

Aos meus amigos, que apesar de não facultarem grande assistência aca-

démica compensaram em participação emocional. Um especial agradeci-

mento a Carolina Castanheira, Luísa Martinho, Vasco Forte, Ágata Lima, Leonor Grácias, José Shearman Macedo e Margarida Costa Ferreira.

Por último, agradeço a todos aqueles não mencionados nesta dedica-

tória que contribuíram, directa ou indirectamente, para a realização deste mestrado e que me ajudaram de algum modo a superar tantos desafios.

MUITO OBRIGADA


RESUMO Esta investigação incide sobre a área do Design de Exposições, em particu-

lar no Design para Eventos, Feiras e Stands comerciais avaliando o papel do Design de Comunicação para o sucesso destes empreendimentos. Para

este efeito, este estudo irá tentar compreender as dimensões da imagem e da marca e como captar a sua essência num meio tridimensional, através dos conhecimentos obtidos num estágio curricular, na Feira Internacional de Lisboa - FIL Design.

Exibições são apresentações complexas que transmitem conceitos e mensagens, dispõem objectos e estimulam os sentidos. Os melhores projectos encontram formas adequadas de dar aos visitantes a sensação de

aventura e novidade, transmitindo simultaneamente noções da personalidade própria da marca. Dois dos factores mais importantes são a criação

de uma ilusão e a persuasão do visitante. Estas são duas formas de comu-

nicação que podem ser conseguidas através do Design de Comunicação e Design Gráfico.

É imprescindível haver um processo metódico de avaliação e pesquisa, para ser possível projectar um ambiente distinto e apropriado ao objectivo. Neste

processo é também essencial compreender quais as questões e disciplinas que estão envolvidas no design de um espaço, observar a interacção entre o ser humano, o projecto e o meio e, que constrangimentos podem apresentarse ao longo do projecto.

O debate sobre o valor da comunicação e do grafismo em espaços inte-

riores e comerciais, poderá incentivar a exploração de novos pareceres e estratégias. A parte empírica desta investigação foi uma prática situada no

mercado de trabalho português, assistindo e colaborando em casos reais.

A autora teve o previlégio de apreender com a vasta história e experiência da empresa. Foi realizada uma reflexão sobre o valor intrínseco da discipli-

na, através do contacto com profissionais experientes no campo, para assim formular uma perspectiva informada e actual.

PALAVRAS-CHAVE DESIGN DE COMUNICAÇÃO | DESIGN DE EXIBIÇÕES | DESIGN GRÁFICO | BRANDING | EVENTOS | STANDS | FEIRAS


ABSTRACT This research is focused on the field of Exhibition Design, in particular

design for Events, Trade Fairs and commercial Stands, evaluating the role of Graphic and Communication Design, for the success of these develop-

ments. For this purpose, this study understands the dimension of brand and imagery, and how to capture it’s essence in a three-dimensional environ-

ment. This is accomplished, trough the knowledge achieved in a curricular internship, at the Feira Internacional de Lisboa – FIL Design.

Exhibitions are complex presentations that convey messages and concepts, they display objects and stimulate the senses. The best projects find appropriate ways, to give visitors a feel of innovation and adventure, working simultaneously on conveying notions of the brand’s own personality. Two of

the most important factors, are the creation of an illusion and the persuasion

of the visitor. They are both means of communication, that can be attained with the help of Graphic Design and Communication.

This goal requires a methodical process of evaluation and research, for it

to be possible to design an environment district and purpose oriented. In

this process it’s also essential to understand, which questions and subjects are involved in the design of a space. We have to observe the interactions

between the subject, the project and the environment and which design constrains may appear on its course.

The debate on the value of graphic design and communication in interior and

commercial spaces, may encourage the exploration of new strategies and opinions. This investigation was done in a portuguese work environment that represents today’s market, watching and collaborating with real projects. The author had the previledge, of leaning with the vast history and experien-

ce of the company. We did a reflection on the value of this subject, trough the contact with experienced professionals in the field, to model an informed and current perspective.

KEY-WORDS COMMUNICATION DESIGN | EXHIBITION DESIGN | GRAPHIC DESIGN | BRANDING | EVENTS | STANDS | TRADE FAIRS




ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS 2D | Duas Dimensões 3D | Três Dimensões AICEP | Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal AIGA | American Institute of Graphic Arts AIP | Associação Industrial Portuguesa ANA | Aeroportos de Portugal APAS | Associação Paulista de Supermercados B2B | Bussiness To Bussiness BTL | Bolsa de Turismo de Lisboa CML | Camara Municipal de Lisboa CMYK | Cyan Magenta Yellow and Key CP | Caminhos Portugueses CTT | Correios Telégrafos e Telefones ou Correios de Portugal DPI | Dots Per Inch EDGE | Exhibit Design and Graphics Excellence ESHRE | European Society of Human Reproduction and Embryology EU | European Union FCE | Feira Congressos e Eventos FIG.| Figura FIL | Feira Internacional de Lisboa FIP | Feira das Industrias Portuguesas GB | Gigabyte GBW | Green Business Week HTML | Hipertext Markup Language ICC | Industrias Culturais e Criativas IEFP | Instituto do Emprego e Formação Profissional INEM | Instituto Nacional de Emergência Médica JPEG | Joint Photographic Experts Group MDF | Medium Density Fiberboard MAI | Ministério da Administração Interna

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MAOTE | Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia MB| Megabyte MUPI | Mobiliário Urbano Para Informação PÁG. | Página PALOP | Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa PDF | Portable Document File PAV. | Pavilhão PT | Pontos PVC | Policloreto de Polivinila PX | Pixel QREN | Quadro de Referência Estratégico Nacional RGB | Red Green Blue TIC | Tecnologias da Informação e Comunicação TL | Tradução Livre UV | Ultra violeta SA | Sociedade Anónima SNI | Secretariado de Propaganda Nacional S.P. | Sem Página VIP | Very Important Person UFI | Union des Foires Internationales UL | Universidade de Lisboa WWW | World Wide Web

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GLOSSÁRIO ABOVE THE LINE |Actividades promocionais ou meios de comunicação destinados a atingir públicos em massa. ALVEOLAR | Conjunto de pequenas cavidade. Característica dada a materiais que usem este sistema de células. ARANHA | Estruturas de ferro criadas para segurar placas, habitualmente placas de sinalética. BACKUP | Material gravado ou registado para servir como substituto ou suporte. BADGE | Objecto de pequenas dimensões designado para identificar um individuo utilizado de modo a ser facilmente visível. BANNER | Imagens comuns na Internet especificamente criadas para plataformas digitais, para efeitos promocionais ou de divulgação. BELLOW THE LINE | Actividades promocionais ou meios de comunicação destinados a atingir públicos específicos. BRANDING | Processo envolvido na criação de uma identidade reconhecível para uma marca, recorrendo ao design, marketing e publicidade. CLONES (3D) | Cópias idênticas de elementos em modelação digital. COUCHÉ | Papel especial muito utilizado na industria gráfica, que contém uma camada de revestimento que torna a sua superfície lisa e uniforme. ERGONOMIA | Conjunto de regras que estudam a adaptação e as condições entre o sujeito e o equipamento. EXTRUDE | Extrusão em design 3D é o processo de dar forma e altura a objectos através de uma base bidimensional (contorno geométrico delineado). FEEDBACK | Dados recebidos relativos à reacção de alguém, a um produto, tarefa, serviço, etc, que podem ser utilizados como base para melhoria. Sistema onde se exercem modificações ou controlo através de resultados e efeitos.

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FLAT DESIGN | Estilo de design minimalista, ausência de elementos estílisticos que dêem a ilusão de três dimensões. FRAME | Imagem parada num vídeo ou documento digital. HOSTED BUYERS | Compradores patrocinados, usualmente provenientes de destinos internacionais. INPUT | Conselhos, críticas ou opiniões que ajudem a resolver melhor soluções ou a tomar decisões informadas. K-LINE | Material liso e leve que permite cortes de formas inteiras aperfeiçoados, muito usado em maquetes e produção gráfica. Consiste num núcleo de espuma coeso entre duas folhas de cartolina. LAYOUT | Plano ou estrutura de um objecto gráfico MARKETING | Desenvolvimento de estudos de mercado. Venda de produtos ou serviços a um grupo de consumidores e promovê-los através da publicidade. Permite criar estratégias de forma a focar a venda, comunicação e desenvolvimentos empresariais. MASTER PAGES | Páginas mestre que servem de modelo/template, para outras páginas que requerem um design semelhante. MATTE | Superfície desprivada de brilhos e vernizes. MERCHANDISE | Bens ou produtos usados para fins de venda ou promoção (oferta) pertencentes ao universo de uma marca (branding), com intenção de divulgar e fazer crescer o espaço da marca. MUPI | Painel urbano destinado a conter mapas, informações ou publicidade. OFFSET | Processo de impressão para grandes tiragens, através de um processo que envolve emulsão de água e tinta para chapas gravadas divididas por cores (normalmente CMYK).

RELATÓRIO DE ESTÁGIO ix


PICTOGRAMA | Símbolo ou imagem que representa uma palavra ou ideia. PITCH | Expressão inglesa que pretende referir-se a uma curta apresentação de vendas. PIXELIZADO | Figura onde se nota o pontilhado dos pixéis, de forma à imagem ficar distorcida. PLACEHOLDER | Elemento utilizado para marcar um espaço para outro elemento substituto. POLIPROPILENO | Termoplástico reciclável de baixo custo. REDES SOCIAIS | Estruturas que ajudam as pessoas a exprimir a sua individualidade e a conhecer outras com interesses semelhantes. São plataformas que permitem aos utilizadores comunicar e realizar um variado número de tarefas entre as quais: Comentar, pesquisar, partilhar informação. RELÓGIO | Mupi circular situado à entrada da FIL presos a estruturas metalizadas, contêm um aro metálico de 10 cm que simula um relógio. RENDER | Ou renderização, é um processo informático onde se pode obter um produto final, através de um processamento digital. Este procedimento é aplicado neste contexto a programas de modelação 3D. SEMIÓTICA | Ciência que estuda signos e sistemas de sinais de comunicação. SINALÉTICA | (Segundo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) Conjunto dos signos ou sinais que compõem um sistema de sinalização ou de comunicação visual. SLOGAN | (Segundo Merriam-Webster Dictionary) Uma palavra ou frase que é fácil de lembrar que é usada por um grupo ou negócio para atrair atenção. SPREAD | Páginas conjuntas opostas no miolo de um documento (livro,

x


brochura, revista,...) aberto. STAND | Secção de uma exibição/feira/evento onde uma entidade demonstra os seus produtos ou dispõe informação, num espaço limitado e delineado. STARTUP | Pequena empresa ou negócio no seu período inicial, que trabalha um campo ou ideia inovadora SWATCH | Uma amostra pequena de uma cor ou material que sugere ao designer o aspecto de da peça maior. TEMPLATE | Documento com um formato básico e pré-estipulado que pode ser utilizado diversas vezes em vários projectos, alterando pormenores. USER-FRIENDLY | Tradução literal para amigo do utilizador. É um conceito atribuído a uma máquina ou sistema de fácil compreensão e utilização. VECTORIAL | Ou desenho vectorial consiste na utilização de primitivas geométricas para a criação de imagens em computação gráfica. Estas são formas gráficas que não perdem qualidade mesmo quando editadas, deformadas ou ampliadas. WORKSHOP | Seminário ou aula que expõe trocas de ideias e apresentação de conhecimentos. Demostração e aplicação de técnicas a um grupo.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO xi


xii


ÍNDICE GERAL I

DEDICATÓRIA

II

AGRADECIMENTOS

IV V

RESUMO E PALAVRAS-CHAVE ABSTRACT AND KEYWORDS

VI

LISTA DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS

VIII

GLOSSÁRIO

XIII

ÍNDICE GERAL

XVI

ÍNDICE DE FIGURAS

1

1. INTRODUÇÃO

3

1.2 TÍTULO

4 6

1.3 TÓPICO INVESTIGATIVO

6 7

1.4.1 OBJETIVOS GERAIS 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

9

2. ESTADO DA ARTE

9

ORGANOGRAMA DO ESTADO DA ARTE

1.4 OBJECTIVOS

10

2.1 DESIGN DE COMUNICAÇÃO

12

2.2 SÍMBOLOS E SEMIÓTICA

17 23

2.3 DESIGN E A SUA DIMENSÃO HUMANA 2.4 SINALÉTICA

28

2.5 TIPOGRAFIA E TEXTO

33

2.6 BRANDING E IDENTIDADE

36

2.6.1 BRANDING EM STANDS

40 43

2.6.2 BRANDING EM EVENTOS 2.6.3 MERCHANDISE & PRODUTOS DE DIVULGAÇÃO

47

2.7 DESIGN DE EXIBIÇÕES

50

2.7.1 FEIRAS

53

2.7.2 CONGRESSOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO xiii


56 56

3. A EMPRESA

62

3.1.1 DESIGN GRÁFICO NA AIP

72

3.2 A ACTUALIDADE

93

4. PROCESSO INVESTIGATIVO

93

4.1 ARGUMENTO

95

4.2 DESENHO DA INVESTIGAÇÃO 4.2.1 ORGANOGRAMA DA INVESTIGAÇÃO

98

xiv

3.1 A HISTÓRIA

99 101

4.3 BENEFÍCIOS DA INVESTIGAÇÃO

103

4.5. DISSEMINAÇÃO

105 107

5. PROJECTOS

4.4 FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO

108

CALENDÁRIO PREVISIONAL 5.1 PEQUENOS PROJECTOS

108

BOLSA DE TURISMO DE LISBOA

124

GREEN BUSINESS WEEK

140 150

PAPER GIFT 2015 CATÁLOGO APAS BRASIL

158

TEKTÓNICA E SEGUREX

174

ALIMENTÁRIA & HOREXPO LISBOA

190

5.2 GRANDES PROJECTOS

190 222

NAUTICAMPO FESTIVAL IN

246

278

5.3 ASSISTÊNCIAS

278

STAND ESCOLA IDEAL

284 286

NOU BADGES: SWAROVSKI CONGRESSO ESHRE

295

5.4 SÍNTESE DO CAPÍTULO

STAND ANDALÚCIA


302

6. CONCLUSÃO

304

6.1. RECOMENDAÇÕES FUTURAS

307

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

309 309

7.2 BIBLIOGRAFIA

311

7.2.2 BROCHURAS E ARTIGOS

313

7.2.3 WEBGRAFIA 7.2.4 ANEXOS

317

7.2.1 LIVROS E TESES

ANEXOS ANEXO A| PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO ANEXO B| SINALÉTICA TIPO DAS FEIRAS FIL ANEXO C| CALENDÁRIO DE FEIRAS 2015 | AIP -FCE ANEXO D| CALENDÁRIO DE ACTIVIDADES INTERNACIONAIS ANEXO E| RECOMENDAÇÃO DE ESTÁGIO ANEXO F| PARECER FINAL

RELATÓRIO DE ESTÁGIO xv


ÍNDICE DE FIGURAS Fig .1 | Organograma do Estado da Arte. (2015) Pág. 9

Therese Frare no Ohio State University Hospital. (1991) Pág. 19

Fig. 2 | “Visit our soda fount” Anúncio da Coca-Cola para a fonte de refrigerante Douglas, Thomas & Davison em Atlanta. (1894) Pág. 11

Fig .14 | Vender um Sonho, Anúncio para o perfume Chanel Nº5 com Carmen Dell’Orefice (1958) Pág. 19

Fig. 3 | A. M. Cassandre, L’Atlantique, poster promocional para o transatlântico. (1931) Pág. 11 Fig. 4 | Diagrama de sinalização, Aeroporto de Heathow, Londres Crosby, Fletcher, and Forbes 49. (1960) Pág. 11 Fig .5 | Exemplos de Pegadas de Animal. (2001) Pág. 12 Fig .6 | Exemplos de códigos reconhecidos e convencionados em escala global. (2015) Pág. 13 Fig .7 | “Kaffe Hag cuide do seu coração”, Anúncio. (1920) Pág. 15 Fig .8 | Serviço Nacional de Transfusão de Sangue, de F.H.K Henrion. (1948) Pág. 15 Fig .9 | Cartaz do festival “Street Heart” Salvar o Japão. (2011) Pág. 15 Fig .10 | Ilustração médica do século XIX. (2001) Pág. 15 Fig .11 | Amostras de perucas para escolha de um Perruquier francês, início do século XVIII no reinado de Luís XV. (2015) Pág. 18 Fig .12 | Aspirador de Hubert Cecil Booth. (1901) Pág. 18 Fig .13 | “David Kirby’s Final Moments” - Últimos Momentos de David Kirby. Campanha para a marca Benetton. Fotografia por

xvi

Fig .15 | Reflexão sobre a imagem, ética e responsabilidade. Capa da Revista Satírica Charlie Hebdo após a empresa ser aterrorizada (2015) Pág. 19

Fig .26 | Sinalização de Utilização, Hotel Minter Ellison. (2015) Pág. 27 Fig .27 | Caractér “a” do tipo Futura de Paul Renner. Traçado de caracteres para a elaboração das matrizes do tipo Futura. (1925) Pág. 28 Fig .28 | Tipografia Futura actual, todas as mínusculas. (2015) Pág. 28

Fig .16 | Anuncio da Toyota SUV para a revista Time (1993) Pág. 21

Fig .29| Sinalética Multi-facetada, Centro Cultural de Belém, Lisboa. (2015) Pág. 31

Fig .17 | Campanha da Evian “Os Alpes são a fonte natural da água Evian” - Agência Euro Rscg Brussels, Bélgica (2008) Pág. 21

Fig .30 | Instalação na exibição “Century: 100 Years of Type in Design”, Século: 100 Anos de Tipografia (2014) Pág. 31

Fig 18 | Campanha Super Bock, “Puxa pela amizade”. (2011) Pág. 21

Fig .31 | Designtide Tokyo, Tokyo Midtown Hall. (2008) Pág. 31

Fig .19 | Escritórios da Google em São Petersburgo, Rússia. (2013) Pág. 25 Fig .20 | Sinalética Direccional numa Biblioteca Universitária Pág. 25 Fig .21 | Sinalética Direccional na Quinta do Lago (2014) Pág. 25 Fig .22 | Sinalética,comboio em Munique (2013) Pág. 25 Fig .23 | Sinalização de aviso. (2015) Pág. 27 Fig .24 | Sinalização de Orientação. Sistema de sinalização para politécnico Katta Civic. (2013) Pág. 27 Fig .25 | Sinalização de Utilização, transportes públicos de Budapeste. (2013) Pág. 27

Fig .32 | Cartaz do Filme: Nymphomaniac Vol: 1. (2013) Pág. 32 Fig .33 | “I ♥ NY” de Milton Glaser (1977). Pág. 32 Fig .34 | Cartaz do Filme: Ensaio Sobre a Cegueira de Fernando Meirelles - Atelier Concept Arts. (2008). Pág. 32 Fig .35 | Cartaz de propaganda criado pelo governo britânico para preparação para a Segunda Guerra Mundial, “Keep Calm and Carry On”. (1939) Pág. 32 Fig. 36 | Loja da Victoria Secret: Brand Space. (2015) Pág. 34 Fig. 37 | Loja da Disney em Oxford Street, Londres: Brand Space. (2015) Pág. 34 Fig. 38 | Loja da Apple em Santa Monica, Los Angeles: Brand Space. (2015) Pág. 34


Fig. 39 | Stand Symatec, vencedor do prémio EGDE de Bronze em Exibições Experimentais. (2014) Pág. 37 Fig. 40 | Stand BeerBev LLC, vencedor do prémio EGDE de Bronze de Design Internacional. (2014) Pág. 37 Fig. 41 | Stand The Honest Company Inc, vencedor do prémio EGDE de Prata de Exibições em Ilha. (2015) Pág. 37 Fig. 42 | Stand Mailingtage, vencedor do prémio EGDE de Ouro de Design Internacional. Expositor de papel. (2014) Pág. 39 Fig. 43 | Stand Eternit AG, vencedor do prémio EGDE de Ouro de Design Internacional. (2015) Pág. 39 Fig. 44 | Stand Oligo Lichttechnik, vencedor do prémio EGDE de Ouro de Exibições em Península. (2015) Pág. 39

Fig .52 | Produtos promocionais ANZ. (2015) Pág. 39

Fig .66 | Feira das Indústrias Portuguesas. (1957) Pág. 59

Fig .53 | Produtos promocionais stand Kenzo. (2015) Pág. 39

Fig .67 | Vista geral da feira de Antiguidades, Feira Internacional de Lisboa. (1963) Pág. 60

Fig .54 | Merchandise Rock IN Rio “Eu Vou”. (2012) Pág. 39 Fig .55 | Produtos, da estreia do filme Star Wars: Force Awakens - O Despertar da Força. (2015) Pág. 46 Fig. 56 | Joan Miró: Painting and Anti-Painting Exposição no MoMa The Museum of Modern Art. (2009) Pág. 49 Fig .57 | Feira Maimarkt in Mannheim, Alemanha. (2014) Pág. 51 Fig .58 | International Gifts, Handicrafts, Watches & Houseware Fair, na China. (2014) Pág. 51 Fig .59 | Electronic Entertainment Expo, ou E3, nos EUA. (2014) Pág. 51

Fig .45 | Cannes Festival 67ª edição. (2014) Pág. 34

Fig .60 | Feira Euroflora, na Itália. (2014) Pág. 51

Fig .46 | San Diego Comic Con. (2014) Pág. 41

Fig .61 | Congresso Awakening. (2014) Pág. 54

Fig .47 | Web Summit Dublin. (2015) Pág. 41

Fig .62 | Electronic Entertainment Expo, ou E3, Conferência da Microsoft. (2014) Pág. 54

Fig .48 | Parque Olimpico, Jogos de Inverno de Sochi. (2014) Pág. 41 Fig .49 | FIFA World Cup Brasil. (2013) Pág. 41 Fig .50 | Lisboa Experimenta Design. (2013) Pág. 42 Fig .51 | Entrada Festival Meo Sudoeste, Zambujeira do Mar.. (2015) Pág. 42

Fig .63 | Congresso Blue Bussiness Fórum, Portugal. (2015) Pág. 54 Fig .64 | Feira das Industrías, Lisboa, edifício da FIL, concebido pelo arquitecto Keil do Amaral e Alberto Cruz.. (1957) Pág. 58 Fig .65 | Feira das Indústrias Portuguesas. (1957) Pág. 59

Fig .68 | Feira Internacional de Lisboa, Stand da Altamira. (1960) Pág. 60 Fig .69 | Exposição Internacional de Paris, Pavilhão de Portugal. Comissão: António Ferro, Autoria: Keil do Amaral. (1937) Pág. 60 Fig .70 | Cartaz da FIP, Feira das Industrias Portuguesas por Tomaz de Mello (1940) Pág. 62 Fig .71 | Cartaz da 1ª Feira Internacional de Lisboa por Tomaz de Mello (1960) Pág. 62 Fig .72 | Cartaz para a feira Nauticampo, por TOM (1967) Pág. 64 Fig .73 | Cartaz 1º Salão de Antiguidades, por TOM (1963) Pág. 64 Fig .74 | Cartaz 1ª FILGráfica , por TOM (1969) Pág. 64 Fig .75 | Cartaz da 5ª Feira Internacional de Lisboa por TOM (1964) Pág. 64 Fig .76 | Cartaz da 7ª Feira Internacional de Lisboa por TOM (1967) Pág. 64 Fig .77 | Cartaz 3ª Nauticampo, por Luiz Afonso Alves (1969) Pág. 64 Fig .78 | Cartaz 5º Salão de Antiguidades, por Luiz Afonso Alves (1970) Pág. 64 Fig .79 | Cartaz 4ª Nauticampo, por Luiz Afonso Alves (1970) Pág. 64

RELATÓRIO DE ESTÁGIO xvii


Fig .80 | Cartaz FILMODA, por Luiz Afonso Alves (1971) Pág. 64 Fig .81 | Cartaz Salão Automercado, de veículos usados, por Manuel Garcia (1979) Pág. 66 Fig .82 | Cartaz Intercasa, salão de mobiliário e decoração, por Carlos Queirós (1979) Pág. 66 Fig .83 | Cartaz FILEME, salão de equipamento de escritório e mobiliário, por Luiz Afonso Alves (1979) Pág. 66 Fig .84 | Cartaz FILPLAST por Luiz Afonso Alves (1973) Pág. 66 Fig .85 | Cartaz FILTEL, salão de equipamento hoteleiro e tempos livros, por Luiz Afonso Alves (1979) Pág. 66 Fig .86 | Cartaz Meditour, bolsa de turismo, por Luiz Afonso Alves (1979) Pág. 66 Fig .87 | Cartaz FILAGRO, salão de agricultura. por Luiz Afonso Alves (1980) Pág. 69 Fig .88 | Cartaz Keramica, salão internacional de cerâmica industrial, por José Cortesão (1984) Pág. 69 Fig .89 | Cartaz FILTécnica, salão de metalurgia e mecânica por António Fernandes Martins (1984) Pág. 69 Fig .90 | Cartaz Simac, salão de construção e obras públicas, por António Fernandes Martins (1986) Pág. 69 Fig .91 | Cartaz Ceramex, salão internacional de artes domésticas e decorativas, por António Fernandes Martins (1986) Pág. 69

xviii

Fig .92 | Cartaz JUVENTUS, festival internacional da infância, por António Fernandes Martins (1984) Pág. 69 Fig .93 | Cartaz FILOTEL salão de mobiliário e equipamento hoteleiro, por António Fernandes Martins (1982) Pág. 69

Fig .106 | Montagem de Stands Pág. 74 Fig .107 | Oficinas de Produção Gráfica Pág. 74 Fig .108 | Caixa de Luz Cimeira Euro África projecto da FIL Design (2007), Pág. 75

Fig .94 | Cartaz Automercado, mecado veículos usados, por Manuel Garcia (1981) Pág. 69

Fig .109 | Auditório Cimeira Euro África, projecto da FIL Design (2007) Pág. 75

Fig .95 | Cartaz Lartécnica, salão de artigos para o lar, por António Fernandes Martins (1986) Pág. 69

Fig .110 | Stand Turismo de Portugal, para Bolsa de Turismo de Lisboa, projecto da FIL Design (2010) Pág. 76

Fig .96 | Cartaz Segurex, salão internacional de protecção e segurança. por Samuel Pedro (1997) Pág. 71

Fig .111 | Stand Filatelia, para os CTT, projecto da FIL Design Pág. 76

Fig .97 | Cartaz FIA Lisboa, salão internacional de artesanato, por Madalena Alves (1997) Pág. 71 Fig .98 | Cartaz SIMAC, salão internacional de construção e obras públicas, por Samuel Pedro (1995) Pág. 71 Fig .99 | Tela “Interiores” salão de decoração (1995) Pág. 71 Fig .100 | Tela Bolsa de Turismo de Lisboa (1999) Pág. 71 Fig .101 | Serviços Técnicos FIL DESIGN, escritórios Pág. 73 Fig .102 | Carpintaria, Serviços técnicos da FILDESIGN Pág. 74 Fig .103 | Colocação de Pendões Pág. 74 Fig .104 | Pintura de estruturas Pág. 74 Fig .105 | Área da Eletrecidade Pág. 74

Fig .112 | Stand COMPETE projecto da FIL Design Pág. 76 Fig .113 | Stand ANA Aeroportos de Portugal, para Bolsa de Turismo de Lisboa, projecto da FIL Design Pág. 76 Fig .114 | Stand Turismo de Portugal , projecto da FIL Design Pág. 76 Fig .115 | Esquema da organização dos servidores da FIL Design e AIP (2015) Pág. 80 Fig .116 | Planta dos Serviços Técnicos, da Feira Internacional de Lisboa) Pág. 83 Fig .117 | Espaço da Mestranda na FILDesign. (2015) Pág. 85 Fig .118 | Vista para o exterior, através do espaço da autora, nos escritórios. (2015) Pág. 85 Fig .119 | Cartazes antigos emoldurados, nos escritórios da FIL Design. (2015) Pág. 85


Fig .120 | Planta Feira Internacional de Lisboa

Pág. 86

Fig .121 | Feira Internacional de Lisboa, vista aérea Pág. 89 Fig .122 | Feira Internacional de Lisboa, Entrada Principal Pág. 89 Fig .123 | Feira Internacional de Lisboa, Centro de Reuniões Pág. 89 Fig .124 | Sketch Feira Internacional de Lisboa, espaço da Junqueira (1995) Pág. 90 Fig .125 | Organograma do processo investigativo (2015) Pág. 99 Fig .126 | Relógio BTL (2015) Pág. 109 Fig .127 | Interior do Stand do Turismo Centro de Portugal. Tectos com armação espelhada. (2015) Pág. 109 Fig .129 | Anúncio Bolsa de Turismo Lisboa 2015 “O melhor de dois mundos” para atrair visitantes profissionais (2015) Pág. 113 Fig .130 | Exemplos da sectorização criada para a Bolsa de Turismo 2014 (2014) Pág. 114 Fig .131 | Placas de credenciação no Grand Hall (2015) Pág. 114 Fig .132 | Placas de estacionamento impressas para a Bolsa Turismo de Lisboa em oficina. (2015) Pág. 116 Fig .133 | Design da sectorização criada para a Bolsa de Turismo de Lisboa, à escala 1/10, estacionamento 1/20. (2015) Pág. 117

Fig .135 | Design da sectorização criada para a Bolsa de Turismo de Lisboa, à escala 1/20 (2015) Pág. 120 Fig .136 | Entrada principal para o Grand Hall, na Bolsa de Turismo de Lisboa 2015 (2015) Pág. 122 Fig .137| Relógio Green Business Week (2015) Pág. 124 Fig .138 | Congresso GBW (2015) Pág. 124 Fig .139 | Anúncio para o congresso Green Business Week (2015) Pág. 127 Fig .140 | Elementos da identidade visual (2015) Pág. 128 Fig .141 | Planta do congresso (2015) Pág. 130 Fig .142 | Ficha Técnica do Guia de Visitante, primeira página (2015) Pág. 131

aranhas. GBW (2015) Pág. 138 Fig .150 | Planta GBW mais listagem de expositores. (2015) Pág. 139 Fig .151 | Sectorização, zona Press e B2B (2015) Pág. 139 Fig .152 | Paper Gift 2015 (2015) Pág. 141 Fig .153 | Paper Gift 2015 (2015) Pág. 141 Fig .154 | Anúncio A4 Paper Gift 2015 Pág. 143 Fig .155 | TIpografia DIN e Swiss respectivamente a Regular e a Bold (2015) Pág. 144 Fig .156 | Estudo para a entrada principal Paper Gift Lisboa (2015) Pág. 145

Fig .143 | Capa do Guia de Visitante GBW (2015) Pág. 132

Fig .157 | Design aprovado da entrada principal Paper Gift Lisboa (2015) Pág. 145

Fig .144 | Planta e expositores no Guia de Visitante GBW (2015) Pág. 133

Fig .158 | Placa de estacionamento comum à Paper Gift e Futurália (2015) Pág. 146

Fig .145 | Conselho Estratégico da GBW e Manifestações Paralelas. (2015) Pág. 134

Fig .159 | Entrada Paper Gift e Futurália - Grand Hall (2015) Pág. 146

Fig .146 | Continuação da listagem das manifestações paralelas (2015) Pág. 135 Fig .147 | Ficha de Expositores, múltiplas páginas. (2015) Pág. 135

Fig .160 | Estudo primário para mupis de manifestações paralelas (2015) Pág. 147 Fig .161 | Mupi final de manifestações paralelas Paper Gift 2015 Pág. 147

Fig .148 | Placas de orientação (2015) Pág. 136

Fig .162 | Design da sectorização criada para a Paper Gift escala 1/20. Inclui sinalética de orientação, orientação específica e entradas (2015) Pág. 148

Fig .149 | Placa de manifestações paralelas, p/ colocalção em

RELATÓRIO DE ESTÁGIO xix


Fig .163 | Design da sectorização criada para a Paper Gift escala 1/10 (2015) Pág. 149 Fig .164 | Exemplo de vectores com vegetais criados para o Catálogo APAS 2015. Pág. 151 Fig .165 | Capa do Catálogo APAS Brasil (2015) Pág. 152 Fig .166 | Primeira spread do catálogo APAS Brasil. Anúncio Portugal Agro e informação sobre a AIP (2015) Pág. 152 Fig .167 | Sequência de cores utilizada na paginação do catálogo APAS Brasil (2015) Pág. 153 Fig .168 | Spreads das marcas: Balanças Marques, Bicafé e Carnes Landeiro no catálogo APAS Brasil. (2015) Pág. 153 Fig .169 | Spread correspondente à marca Latitude Perfeita, catálogo APAS Brasil Pág. 154 Fig .170 | Spreads das marcas: Manuel Serra. Porto Union, Primor e Informações complementares: Alimentária e AICEP (2015) Pág. 154

Fig .177 | Agenda Tektónica (2014) Pág. 161 Fig .178 | Anúncio Segurex (2011) Pág. 161 Fig .179 | Anúncio Segurex (2015) Pág. 163

Fig .193 | Grelha utilizada no guia Tektónica e Segurex p/Ficha de Expositores (2015) Pág. 173

Fig .179, 178 e 180 | Entrada p/ Grand Hall, Entrada Norte e Entrada Poente, respectivamente (2015) Pág. 165

Fig .194 | Identidade Visual Alimentaria & Horexpo 2013 renovada p/ edição de 2015 Pág. 175

Fig .181 e 182 | Placas de bilheteiras p/ entrada dos pavilhões, 60cm x 45 e 45cm x 60, (2015) Pág. 166

Fig .195 | Anúncio Alimentaria & Horexpo Lisboa (2015) Pág. 177

Fig .183 | Placa de Estacionamento Tektónica e Segurex (2015) Pág. 166 Fig .184 | Placa p/ bilheteira, 300cm x 100cm (2015) Pág. 166 Fig .185 | Capa do Guia de Visitante, Tektónica (2015) Pág. 168 Fig .186 | Capa do Guia de Visitante, Segurex (2015) Pág. 169

Fig .171 | Contracapa do catálogo APAS (2015) Pág. 155

Fig .187 | Ficha Técnica do Guia de Visitante, Tektónica e Segurex (2015) Pág. 170

Fig .172 | Exemplos de spreads do Catálogo anterior da APAS Brasil, (2014) Pág. 156

Fig .188 | Manifestações Paralelas no Guia de Visitante, Tektónica e Segurex (2015) Pág. 170

Fig .173 | Parede para a marca Latitude Perfeita (2015) Pág. 157

Fig .189 | Planta e Listagem de expositores no Guia, Tektónica e Segurex (2015) Pág. 170

Fig .174 | Design para balcão 102cm x 110cm (2015) Pág. 157 Fig .175 | Design para balcão 202cm x 110cm (2015) Pág. 157 Fig .176 | Congresso GBW Pág. 159

xx

Fig .192 | Planta e Lista de Expositores do Catálogo Segurex, antes da paginação obrigatória (2015) Pág. 172

Fig .190 | Páginas de exemplo, Ficha de expositores. Tektónica e Segurex (2015) Pág. 170 Fig .191 | Exemplos de páginas no Guia de Visitante, Tektónica e Segurex (2015) Pág. 171

Fig .196 | Banner Alimentaria & Horexpo 666px x 100px (2015) Pág. 179 Fig .197 | Banner p/ Newsletter Alimentaria & Horexpo 203px x 169px (2015) Pág. 179 Fig .198 | Frame do banner animado p/ site da FIL. Promoção da Alimentaria & Horexpo 960px x 350px (2015) Pág. 179 Fig .199 | Frames do banner animado p/ promoção da Alimentaria & Horexpo. Versão em português 670px x 310px (2015) Pág. 179 Fig .200 | Relógio da feira Alimentária & Horexpo Lisboa, localizado no exterior da FIL (2015) Pág. 180 Fig .201 e 202 | Capa e Contracapa da pasta Alimentária & Horexpo (2015) Pág. 182 Fig .203 e 204 | Fichas Técnicas Alimentária & Horexpo Lisboa (2015) Pág. 182 Fig .205 e 206 | Fichas Técnicas Alimentária & Horexpo Lisboa: Alimentária (2015) Pág. 183


Fig .207 e 208 | Fichas Técnicas Alimentária & Horexpo Lisboa: Tecnicoalimentaria (2015) Pág. 183 Fig .209 | Interior da capa Alimentária & Horexpo com bloco de notas e fichas técnicas (2015) Pág. 184 Fig .210 | Exemplos de estudos realizados p/ identidade do congresso “Grande Distribuição em Portugal” (2015) Pág. 186 Fig .211 | Identidade final e grelha p/ congresso “Grande Distribuição em Portugal” (2015) Pág. 186 Fig .212 e 213 | Estudos preliminares p/ cartaz Grande Distribuição em Portugal” (2015) Pág. 187 Fig .214 | Cartaz final p/ congresso Grande Distribuição em Portugal” (2015) Pág. 188 Fig .215 | Imagem utilizada no cartaz antes da edição (2015) Pág. 189 Fig .216 | Exemplos de anúncios antigos da Nauticampo (2012) Pág. 191 Fig .217 e 218 | Estudos iniciais para Relógio da Nauticampo (2015) Pág. 193 Fig .219 | Proposta para a Imagem da Nauticampo (2015) Pág. 193 Fig .220 | Peça tipo sugerida para a Nauticampo 2015 Pág. 194 Fig .221 e 222 | Banners concretizados para a primeira proposta Pág. 194 Fig .223 | Imagem final para a Nauticampo 2015 Pág. 196

Fig .224 | Flyer Nauticampo, proposta e resultado final. (2015) Pág. 198

Fig .212 e 213 | Placas de Entrada p/ a Nauticampo, Motoshow e Motorclássico. (2015) Pág. 213

Fig .225 e 226 | Exemplos de anúncios concretizados para a Nauticampo (2015) Pág. 199

Fig .214 | Placas p/ Bilheteiras p/ a Nauticampo, Motoshow e Motorclássico.(2015) Pág. 213

Fig .227 | Mupi Nauticampo da Câmara de Lisboa, situado na Avenida Estados Unidos da América, Lisboa. (2015) Pág. 200

Fig .215 e 216 | Placas de orientação, Nauticampo, Motoshow e Motorclássico. Pág. 213

Fig .228 | Tela da Nauticampo no edíficio do Grand Hall, Parque das Nações. (2015) Pág. 200 Fig .229 | Caixa de Luz p/ divulgação da Nauticampo na Futurália. (2015) Pág. 201 Fig .230 | Anúncio da Nauticampo para as escolas portuguesas. (2015) Pág. 203 Fig .231 | Anúncio da Nauticampo para a CP. (2015) Pág. 203 Fig .232 | Relógio Nauticampo na Praça FIL (2015) Pág. 205 Fig .233 | Banner Nauticampo (2015) Pág. 206 Fig .234 | Banner Nauticampo animado. (2015) Pág. 206 Fig .235 | Banner Nauticampo no site da FIL. (2015) Pág. 206 Fig .226 | Convite da Nauticampo 2012. Pág. 208 Fig .227 | Convite para a Nauticampo 2015, versão final. Pág. 208 Fig .228 | Papel de carta e folha de continuação, para a Nauticampo. (2015) Pág. 208 Fig .229 | Mock up do Guia de Visitante da Nauticampo (2015) Pág. 211

Fig .217 | Placa de estacionamento, Nauticampo, Motoshow e Motorclássico. Pág. 213 Fig .218 | Mupi Nauticampo p/ área pedonal (2015) Pág. 214 Fig .219 | Caixa de Luz c/ informações do Guia p/ Nauticampo. (2015) Pág. 214 Fig .220 | Placa da Nauticampo p/ a feira Motoshow no Pav.2. (2015) Pág. 215 Fig .221 e 122 | Pendões p/ a Nauticampo 2015 Pág. 215 Fig .223 | Placa de manifestações paralelas p/ Nauticampo.(2015) Pág. 215 Fig .224 | Placa da Nauticampo p/ a feira Motoshow no Pav.2, versão vertical. (2015) Pág. 216 Fig .225 | Placa Start Ups na Nauticampo 2015 Pág. 216 Fig .226 | Placa Zona Exterior na Nauticampo (2015) Pág. 216 Fig .227 | Lona Mesh Pág. 220 Fig .228 | Lona Frontlit Pág. 220 Fig .229 | Relógio Nauticampo (2015) Pág. 221

RELATÓRIO DE ESTÁGIO xxi


Fig .230 | Primeiros banners do Festival IN (2015) Pág. 223

Fig .238 | Mock Up do Guia, Capa e Contracapa (2015) Pág. 235

Fig .224 | Relógio Festival IN (2015) Pág. 225

Fig .239 | Programação p/ dia 23 no Guia de Visitante do Festival IN Pág. 236

Fig .225 | Roll up Festival IN (2015) Pág. 225 Fig .226 | Mupi Festival IN (2015) Pág. 225 Fig .227 | Nova Imagem para o Festival IN “Sai da Casca vem ao Festival IN” (2015) Pág. 227 Fig .227 | Frame do Spot publicitário do Festival IN (2015) Pág. 228 Fig .228 | Frame do Spot publicitário do Festival IN, segunda fase. (2015) Pág. 229 Fig .229 | Anúncio p/ Jornal Meios e Publicidade, Festival IN (2015) Pág. 231

Fig .240 | Lista de Participantes Pág. 236 Fig .241| Ultímas pág, da lista de Participantes Pág. 236 Fig .242 | Plantas do evento Pág. 236

Fig .258 | Design p/ Pendões p/ plateaus no Festival IN (2015) Pág. 243 Fig .259 | Design de lonas de Sectorização p/ Festival IN (2015) Pág. 244 Fig .260 | Alguns mupis c/ programação p/ plateaus (2015) Pág. 244

Fig .244 | Programação p/ dia 24 Pág. 237

Fig .261 | Pendão Unisys, no Festival IN (2015) Pág. 245

Fig .245 | Programação p/ dia 25 Pág. 237

Fig .262 | Mupi c/ programação p/ Grande Auditório no Festival IN (2015) Pág. 245

Fig .246 | Programação p/ dias 25 e 26 Pág. 237 Fig .247 | Programação p/ dia 26 Pág. 237

Fig .231 | Banner p/ site da Carris Festival IN (2015) Pág. 231

Fig .248 e 249 | Brochura original em Português, por agência exterior (2015) Pág. 238

Fig .233 | Anúncio p/ Jornais, Destak e Metro (2015) Pág. 232

Fig .257| Retirar letras coladas c/ espátula (2015) Pág. 242

Fig .243 | Programação p/ dias 23 e 24 Pág. 236

Fig .230 | Banner p/ Lifecooler, Festival IN (2015) Pág. 231

Fig .232 | Anúncio p/ comboios da Fertagus (2015) Pág. 231

Fig .256 | Separação das letras do suporte base (2015) Pág. 242

Fig .250 e 251 | Redesign da brochura do Festival IN p/ inglês (2015) Pág. 238

Fig .263 | Capa da Brochura do Mundo Abreu ‘ 15 (2015) Pág. 247 Fig .264 | Mundo Abreu (2015) Pág. 250 Fig .265, 266, 267, 268 | Fotografia, Stand Andalucía Pág. 250

Fig .252 | Púlpitos do Festival IN (2015) Pág. 240

Fig .269 | Anúncio Andalucia (2013) Pág. 252 Fig .270 | Anúncio Andalucia “Es Vida!” (2015) Pág. 252

Fig .253 | Cheque do concurso da Taguspark “Duck Pond” (2015) Pág. 240

Fig .271 | Anúncio Andalucia “O melhor de Ti” (2015) Pág. 252

Fig .236 | Primeiras pág. do Guia do Festival IN (2015) Pág. 234

Fig .254 | Pressão dada às letras impressas, após lamificação (2015) Pág. 242

Fig .272 | Identidade Andalucia (2015) Pág. 253

Fig .237 | Continuação da contextualização do Festival IN, no Guia de Visitante (2015) Pág. 234

Fig .255 | Exemplo de palavras lamificadas (2015) Pág. 242

Fig .234 | Mock Up do site do Festival IN, separador Materiais Gráficos (2015) Pág. 232 Fig .235 | Tela Festival IN, exterior do Grand Hall (2015) Pág. 233

xxii

Fig .273 e 274 | Modelação para Stand de Espanha no Mundo Abreu’15 (2015) Pág. 254 e 255


Fig .275 | Stand Andalucia da Fitur, Madrid (2013) Pág. 256 Fig .276 | Stand Andalucía para o World Travel Market, Londres (2014) Pág. 256 Fig .277 e 278 | Stand Andalucía para o World Travel Market, Londres (2012) Pág. 256 Fig .279 | Stand Andalucia para a Bolsa de Turismo de Lisboa (2009) Pág. 256 Fig .280 | Stand Andalucía da Fitur, Madrid (2011) Pág. 257 Fig .281 | Site Andalucía (2015) Pág. 258 Fig .282 | Modelação p/primeira proposta para o Stand da Andalucía (2015) Pág. 258 Fig .283 e 284 | Modelação p/ primeira proposta para o Stand da Andalucía (2015) Pág. 260 Fig .285 | Planta Stand Andalucía (2015) Pág. 261 Fig .286 | Cadeira Túlipa, fotografia. (2015) Pág. 262 Fig .287 | Cadeira e mesa Túlipa, modelação 3D. (2015) Pág. 262 Fig .288 e 289 | Extrude de elementos em 2D para 3D Pág. 263 Fig .290 | Lateral direita, nova proposta p/ stand Andalucía (2015) Pág. 264 Fig .291 | Frente principal nova proposta p/ stand Andalucía (2015) Pág. 264 Fig .292 | Frente traseira nova proposta p/ stand Andalucía (2015) Pág. 265

Fig .293 | Lateral esquerda nova proposta p/ stand Andalucía (2015) Pág. 265 Fig .294 | Modelação em 3D Max, nova proposta p/ stand Andalucía - frente Pág. 267 Fig .295 | Modelação em 3D Max, nova proposta p/ stand Andalucía - frente traseira (2015) Pág. 268 Fig .296 | Modelação em 3D Max, nova proposta p/ stand Andalucía - Planta (2015) Pág. 268 Fig .297 | Paredes em MDF, construção do stand. (2015) Pág. 270 Fig .298 | Pintura das paredes a branco. (2015) Pág. 270 Fig .299 | Estrutura pronta c/ as imagens principais. (2015) Pág. 270 Fig .300 | Colocação do vinil autocolante colorido, nas lateraisi do stand (2015) Pág. 271

Fig .306 | Chão com várias carpetes no stand da Kardean Design Flooring no London Design Festival (2015) Pág. 274 Fig .307 | Lateral direita do stand no Evento, último dia (2015) Pág. 275 Fig .308 | Zona traseira do stand no último dia da Mundo Abreu’ 15 Pág. 275 Fig .309 | Frente do stand no Evento, último dia (2015) Pág. 276 Fig .310 | Montagem do stand, colocação da mobília. (2015) Pág. 276 Fig .311 | Modelação 3D, do Stand Andalucia (2015) Pág. 277 Fig .312 | Desenho de uma planta referencial, para o stand Escola Ideal (2015) Pág. 279

Fig .301 | Pendões no stand, Andalucía (2015) Pág. 271

Fig .313 | Desenho técnico da planta referencial, enviada pelo cliente. (2015) Pág. 280

Fig .302 | Estrutura antes da colocalção do vinil colorido. (2015) Pág. 271

Fig .314 | Desenho técnico da planta, nova proposta, stand Escola Ideal. (2015) Pág. 281

Fig .303 | Materiais usados no Stand (2015) Pág. 272

Fig .315, 316 e 317 | Modelação em 3D Max, da planta referencial enviada pelo cliente, para stand Escola Ideal. (2015) Pág. 282

Fig .304 | Stand feito com MDF para a empresa “Glocal Design Magazine’s” por Row Studio para a feira Habitat Expo 2011 na cidade do México (2011) Pág. 273 Fig .305 | Parede e chão de vinil autocolante, exposição Tango with Cows: Book Art of the Russian Avant- Garde, no museu Getty Research Insitute, (2008) Pág. 273

Fig .318, 319, 320, 321| Alguns exemplares de badges criados para a apresentação Outono/ Inverno da Swarovski em Portugal. (2015) Pág. 285 Fig .323 | Identidade visual do ESHRE - European Society of Human Reproduction and Embryology (2015) Pág. 287

RELATÓRIO DE ESTÁGIO xxiii


Fig .324 | Modelação p/ stand tipo Charity Run, p/ ESHRE (2015) Pág. 288 Fig .325 | Modelação p/ stand tipo Self Registration, p/ ESHRE (2015) Pág. 288 Fig .326 | Modelação p/ stand tipo App Help Desk, p/ ESHRE (2015) Pág. 288 Fig .327 | Modelação p/ stand tipo Transportation Tickets, p/ ESHRE (2015) Pág. 288 Fig .328 | Modelação p/ stand tipo Registrarion Desk, p/ ESHRE (2015) Pág. 288 Fig .329 | Placas p/ stand tipo Cloak Room, nome dividido por perfis. p/ ESHRE (2015) Pág. 289 Fig .330 | Placas p/ stand tipo App Help Desk, nome separado por perfis. p/ ESHRE (2015) Pág. 289 Fig .331 | Interior da Pasta Geral (2015) Pág. 290 Fig .332 | Stands tipo menores, No ESHRE (2015) Pág. 290 Fig .333 | Stand E-ZONE no congresso ESHRE (2015) Pág. 291 Fig .334 | Stand Self Registration no congresso ESHRE (2015) Pág. 291 Fig .335 | Stand Meeting Anouncements no congresso ESHRE (2015) Pág. 291 Fig .338 | Stand Bag Distribution no congresso ESHRE (2015) Pág. 292 Fig .337 | Stands Badge Pickup no congresso ESHRE (2015) Pág. 292

xxiv

Fig .338 | Fotografia do congresso ESHR (2015) Pág. 292 Fig .339 | Stand App Help Desk no congresso ESHRE (2015) Pág. 292 Fig .340 | Stand Registration Desk no congresso ESHRE (2015) Pág. 292 Fig .341 | Letras de Esferovite p/ Stand de Macau, p/ Bolsa de Turismo Lisboa (2015) Pág. 294 Fig .342 | Fio electrificado p/ corte de materiais à base de espuma Pág. 294 Fig .343 | Identidade da AIP, em esferovite (2015) Pág. 294 Fig .344 | Como cortar bloco de esferovite com molde cartolina. Pág. 294

SEPARADORES | Feira Internacional de Lisboa (2015). Fotografias da Mestranda.




1. INTRODUÇÃO O âmbito desta dissertação pretende incidir sobre o Design de Comunicação

e a sua aplicação em determinados espaços e eventos, através de um estágio académico de índole profissional.

A produção e planeamento de eventos e feiras não só é um campo vasto como

é interdisciplinar, abrangendo várias áreas no Design e especificamente no Design de Comunicação. Estes conceitos diversificados como: o Design de interiores, a publicidade, a ergonomia, gestão do Design, branding, Design

de produto, entre outros, interagem nos eventos, oferecendo uma boa oportunidade de estudo para qualquer designer e investigador.

Um evento ou uma feira, seja qual for o seu formato, é um dia extraor-

dinário para qualquer indivíduo, incluindo diversas actividades, com o

propósito de criar uma experiência partilhada por um público-alvo, dentro de um espaço. Todos estes meios têm esse objectivo primário, o de criar

um acontecimento, sejam eles: Inaugurações, apresentações, conferências, espectáculos, estreias, eventos corporativos, stands comerciais, eventos comerciais ou publicitários.

Não só se encontram eventos e stands em múltiplos formatos, como estes tratam as mais variadas e particulares temáticas. Temas que dão uma oportunidade aos designers, de trabalhar com diversos públicos-alvo.

Há também um interesse acrescido para a disciplina, pela multiplicidade de aplicações da comunicação e pela sua relação directa com o espaço e com o sujeito. Oferecendo inúmeras hipóteses de criatividade e inovação.

1. INTRODUÇÃO 1


Um dos desafios mais estimulantes para um designer de exibições é a exploração e exprimentação envolvida na procura do meio de comuni-

cação mais apropriado dentro de variados meios interactivos cativantes. (LOCKER, 2011, p.7)1

Para ser possível organizar uma actividade desta complexidade, há uma enorme

gestão e organização inerente que engloba múltiplos departamentos, sejam

administrativos, de marketing, relações públicas, segurança, e é claro a da

comunicação. Existe uma função partilhada, a de criar uma experiência para o visitante ou dar relevância a uma marca.

O longo envolvimento prévio da autora neste campo através da com-

ponente de planeamento e organização, levou-a a querer construir

uma visão global e mais detalhada sobre o tema. Através do estágio académico na FIL Design S.A. foi possível adquirir técnicas

e metodologias nesta vertente, assim como aprender sobre materiais,

ferramentas e estruturas, relacionadas com um cliente e com um público real com restrições reais.

1 TL: One of the most stimulating challenges for the exhibition designer is the exploration and experimentation involved in the search for the most appropriate communication media within engaging interactive environments.

2


1.2 TÍTULO CAMPO| Design de Comunicação ÁREA| Design Gráfico

TEMA| Design de Eventos e Exibições

DESIGN

DE

COMUNICAÇÃO

E

A

SUA

APLICAÇÃO

NA

CONCEPÇÃO E CONSTRUÇÃO DE EVENTOS: Feiras, Stands e Projectos Globais - Estágio na FIL Design SA Stands em feiras são experiências globais de apresentação de uma marca. Idealmente cada apresentação não só é única, mas também

representam a conquista conjunta de muitas disciplinas diferentes que se interligam, que se complementam e se suportam mutuamente.

(MARINESCU & POESCH, 2014, p.8)2

TL: Trade fair stands are overall experiences of brand presentation. Idealy each appeareance is not only unique, but also the joint achivement of many different disciplines which mesh with one another, complement and support each other.

2

1. INTRODUÇÃO 3


1.3 TÓPICO INVESTIGATIVO O design de exibições é um campo de estudo onde o carácter visual da

marca ganha maior relevância pela possibilidade de apresentar resultados, campanhas e manifestos num meio tridimensional e palpável. A apresenta-

ção de marcas e serviços em eventos é dos melhores meios para promover o diálogo entre o cliente, outros profissionais do meio, o produto e o público,

criando plataformas narrativas complexas com aplicações e técnicas mistas pouco convencionais. Esta narrativa, idealmente representará, em pleno,

a personalidade e o ambiente da marca criando, simultaneamente, uma experiência para o visitante.

São ambientes multifacetados que exploram sentidos e sensações dando a capacidade, ao utilizador, de navegar entre complexas camadas de informa-

ção de modo interactivo. Por ser uma área tão ampla e multidisciplinar, é essencial haver um foco de atenção para manter a mensagem clara e acessí-

vel através de um conceito ou uma ideia forte inicial, com cuidado com as técnicas utilizadas, com a sustentabilidade do projecto, a escolha dos mate-

riais, a incorporação de meios multimédia ou interactivos, com noções de cor e luz, com a realização gráfica da ideia e a sensação que o espaço transmite.

De todas estas preocupações, provavelmente, a noção mais relevante a reter será a coerência da apresentação e a sua relação directa com a marca a

representar. A missão e a afirmação da marca deve ser um guia obrigatório

para o designer na edificação e aparência destes espaços e peças. Será quase

óbvio comentar que um stand ou evento da indústria da moda será diferente

e terá outras especificações que uma representação da indústria automóvel. Não só a base da marca é diferente mas, também, são os seus valores, os seus ideais e os seus objectivos que são fundamentais para criar uma representação correcta.

Feiras comerciais, atracções temáticas, exposições mundiais, galerias de

museus, centros de visita, casas históricas, instalações de arte, são todas áreas que poderão ser categorizadas como “exibições”. Seja a natureza da

exibição comercial, cultural, ou outra, o fundamental será comunicar uma história num espaço tridimensional que servirá de ligação entre várias áreas e disciplinas.

4


Este tipo de estruturas tem uma dificuldade acrescida, pois devem ser

pensadas tendo em conta um prazo e um limite espacial, o que faz com que as instalações temporárias sejam construídas com uma durabilidade distinta das instalações permanentes. Tanto os materiais gráficos como os stands devem ser sustentáveis e ecologicamente responsáveis.

O carácter visual é indispensável, nestes projectos, para criar experiências

diferentes e interactivas, para produzir um cenário invulgar. Elementos subtis como a luz, filme, som, utilização de perspectivas ou infra estruturas

pouco usuais, ou a combinação com o espaço e com a arquitectura, podem ser suficientes para cativar o público e criar oportunidades para performan-

ces inusitadas. Empresas e marcas procuram, continuamente, novas formas de apresentação, não se contentando com os meios tradicionais para transmitir a sua mensagem. Há, para este efeito, actualmente, um enorme portefólio de técnicas às quais um designer pode recorrer. No entanto, graças à

crescente cultura visual dos participantes, a dificuldade de os surpreender torna-se, exponencialmente, maior.

A capacidade de atenção de um visitante, num evento, é limitada pela quan-

tidade e qualidade de estímulos variados. Esta é uma das razões pela qual é

importante capturar o momento em que foi transmitido qualquer sentimento

por uma marca, produto ou conteúdo e inovar na comunicação, para nos diferenciarmos da concorrência.

1. INTRODUÇÃO 5


1.4 OBJECTIVOS

1.4.1. OBJECTIVOS GERAIS • Dar identidade e exposição a uma marca através da utilização do espaço e da comunicação;

• Estimular ao contacto, à cultura, à troca de experiências e debates entre indivíduos que partilhem os mesmos interesses, ou estão envolvidos em meios semelhantes, através do design de stands

e eventos. Assim como proporcionar um espaço de reflexão e integração para todos os envolvidos;

• Ajudar a subir o ranking e o nome da academia contribuindo para o conhecimento, para a faculdade e para a disciplina;

• Integrar e harmonizar múltiplas valências técnicas, procurar as melhores

soluções de design tendo em conta os materiais e a construção de estruturas. • Conceber e projectar design conforme os pedidos de um cliente

no mercado actual, com preocupações orçamentais e requisitos de marketing; • Aplicar recursos e materiais de forma ponderada, poupada e correcta; • Compreender o valor do Design de Comunicação para a decoração de um espaço e analisar a relação deste campo com outras disciplinas.

6


1.4.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS • Potencializar a progressão de carreira da autora e obter um grau de educação mais elevado através de uma especialização, para valorização profissional;

• Ganhar sistematização pessoal, organização e ritmo de trabalho. Paralelamente adquirir conhecimentos e novas metodologias de trabalho;

• Documentar a experiência profissional do autor na empresa, interessar outros profissionais e motivar investigadores a seguir semelhantes campos de estudo;

• Aumentar o portefólio de projecto; • Verificar como interagem as comunidades e os indivíduos com os espaços, observar como estes se relacionam e se identificam com os mesmos;

• Dominar técnicas de investigação para a aplicação adequada de conhecimentos, com base científica;

• Adquirir e aperfeiçoar os conhecimentos teóricos e práticos obtidos durante a formação académica;

• Completar um trabalho com qualidade e com reconhecimento; • Aprender novas competências digitais.

1. INTRODUÇÃO 7



2. ESTADO DA ARTE FEIRAS

STANDS

EVENTOS

CONGRESSOS

ERGONOMIA

MATERIAIS

SUSTENTABILIDADE

ILUMINAÇÃO

AMBIENTES

EXIBIÇÕES

DESIGN DE INTERIORES

DESIGN DESIGN DE EVENTOS

ARQUITECTURA

DESIGN DE PRODUTO

DESIGN COMUNICAÇÃO

MERCHANDISE

GESTÃO DE DESIGN TECNOLOGIAS

ARTES FINAIS

MARKETING

SINALÉTICA

PUBLICIDADE

DESIGN GRÁFICO SEMIÓTICA

MULTIMÉDIA

RESPONSABILIDADE

VIDEO

BRANDING

Fig. 1 |

COR

IDENTIDADE

TIPOGRAFIA

FOTOGRAFIA

WEB

2. ESTADO DA ARTE

9


2.1 DESIGN DE COMUNICAÇÃO A interacção entre imagens, palavras e comunicação visual de ideias é, hoje em dia, uma parte essencial da nossa vida. São criadas para informar, identificar e promover e o principal agente res-

Fig .1 | Organograma do Estado da Arte (2015) Fonte: Autora

ponsável por esta evolução é, sem sombra de dúvidas, o designer e a sua ferramenta é o Design de Comunicação.

O design de comunicação deve ser entendido, tal como o design em geral, como a prática de resolução de problemas com o objectivo de melhorar as condições de vida humanas e responder a necessidades. Esta vertente do

design tem evoluído como meio de comunicação, tornando as mensagens bastante importantes na nossa vida moderna e imprescindíveis para a cultura

e capitalismo global. É, no entanto, normalmente compreendido pelos leigos muito sumariamente, como ornamentação que completa necessidades

estéticas. É dada uma maior importância ao resultado final ao produto físico e aquilo que é imediatamente visível, e não ao processo de design.

Fazer design é muito mais do que o resultado. É inventar, projec-

tar, programar, coordenar uma longa lista de factores técnicos

e humanos, traduzir o invisível para o visível e comunicar. Envolve ponderação,

implementação

de

conhecimento,

uma

geração

de novo conhecimento e o uso de intuição educada, aliado a fazer decisões. Design envolve o processo de conceber, planear, projectar, coordenar, se-

leccionar e organizar uma série de elementos – normalmente textuais ou

visuais – para a criação de comunicação visual. É relacionar estes factores para a produção de objectos visuais com o objectivo de comunicar mensagens específicas. (FRASCARA, 2004, p.2)3

Seja qual for o formato, o design de comunicação deve ser visto

como a personificação da forma aliada à função: a integração do esteticamente agradável e do útil. São elementos que estão relacionados em harmonia num todo, onde todos são essenciais para a execução da ideia (RAND, 2014).

Comunicação pode existir em inúmeros formatos, sejam estes persua-

sivos ou informativos, analógicos ou digitais, há múltiplas escolhas.

TL: “To design is to invent, to project, to program, to coordinate a long list of human and technical factors, to translate the invisible into the visible, and to communicate. It involves judgment calls, the implementation of knowledge, the generation of new knowledge, and the use of educated intuition and decision-making (…) of conceiving, planning, projecting, coordinating, selecting, and organizing a series of elements— normally textual and visual for the creation of visual communications (…) and relate it to the production of visual objects aimed at communicating specific messages.”

3

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Fig. 2 | Identificar

Fig. 3 | Promover

Fig. 4 | Informar

Fig. 2 | “Visit our soda fount” Anúncio da CocaCola para a fonte de refrigerante Douglas, Thomas & Davison em Atlanta. (1894) Fonte: AdBranch.com 4 Fig. 3 | A. M. Cassandre, L’Atlantique, poster promocional para o transatlântico. (1931) Fonte: Frascara, 2004, p. 59 Fig. 4 | Diagrama de sinalização, Aeroporto de Heathow, Londres - Crosby, Fletcher, and Forbes 49. (1960) Fonte: Frascara, 2004, p. 134

Podem ser mais convencionais, através de um ambiente impresso (pa-

ckaging, livros, cartazes), num espaço multimédia (anúncios de televisão, plataformas digitais, aplicações mobile), ou num formato completamente inovador e criativo. Mas, uma regra que deve ser transversal a qualquer

formato, é a sua restrição a uma função especial coerente, que tenha um propósito objectivo e que esteja relacionado à mensagem a transmitir.

Segundo o autor HOLLIS (2001), o design Gráfico pode ter três funções

básicas. Uma das funções é a de identificação: identificar uma marca,

um local, uma actividade. Tornar explícita uma informação, tal como é exemplo a sinalética, rótulos de embalagens e identidades corpora-

tivas. Pode também instruir, facilitar uma mensagem a um utilizador, com o propósito de ser melhor aprendida e compreendida. Este é o caso

dos infográficos, mapas, diagramas e manuais. Ultimamente, pode ter

a função de promoção, sendo este o tipo mais comum de design e o mais facilmente identificável. Dentro destas funções primárias, cada design terá também a sua função (comunicacional). Não será um bom design se é irrelevante. (RAND, 2014, p.10). 4

www.adbranch.com/coca-cola-advertising-1886-1899 (Consult. 4 Janeiro 2015)

2. ESTADO DA ARTE

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2.2 SÍMBOLOS E SEMIÓTICA Um designer lida com espectadores e o seu trabalho é influenciá-los. Para

este final um designer deverá recorrer à utilização de códigos, símbolos, signos, ícones e imagética. Vários códigos são já universalmente com-

preendidos e decifrados através da experiencia e do conhecimento do ser Humano como, por exemplo, as pegadas dos animais na pré-história. Um

Homem visualizava esta marca e associava a um animal, através da sua experiencia prévia. Esta fórmula pode ser encontrada em vários modelos de design de comunicação hoje em dia. Um designer produz e divulga um

código que sabe que será reconhecido e decifrado por um público-alvo. Este público irá atribuir-lhe um significado, segundo as suas experiências. Fig. 5 |

Charles Sanders Peirce (1839–1914), nos seus estudos sobre signos e se-

miótica, identificou como possíveis modos de significação em qualquer signo: um significado icónico, um significado simbólico ou indicial. Um

ícone está relacionado com a sua referência. Pode aparentar, soar, cheirar, sentir ou saber ao signo original. Símbolos são signos arbitrários; eles re-

lacionam-se à sua referência apenas pela aceitação comum de uma relação por uma comunidade interpretativa. (ERLHOFF & MARSHAL 2008, p.351)5

Os primórdios dos signos conhecidos actualmente surgem na forma de pinturas e gravações em superfícies rochosas, evoluindo para a escrita cunei-

forme, para desenhos de pictogramas e ideogramas, signos representativos

fonéticos e posteriormente outras formas de escrita. Todos estas formas têm como finalidade comum a comunicação de uma mensagem, de um ritual, de

uma acção, algo que materialize a intenção de perpetuação para a memória futura. (NEVES, 2011, p.76) Estes signos assumem, actualmente, uma grande

variedade de expressões tais como sinais urbanos, alfabetos, entre outros, concebidos com base nas necessidades humanas.

Fig .5 | Exemplos de Pegadas de Animal (2001) Fonte: Hollis, 2001, p.1 Fig .6 | Exemplos de códigos reconhecidos e convencionados em escala global. (2015) Fonte: Autora

TL: Peirce identified three essential modes of signification possible in any sign: iconic, symbolic, and indexical. The icon relates to its referent by means of resemblance; it looks, sounds, smells, feels, or tastes like what it represents. Symbols are arbitrary signs; they relate to their referent only because an interpretive community agrees on the relationship.

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Apesar do vasto leque de códigos conhecidos, a humanidade encontrou a necessidade de criar e inventar novos signos para significados e experiências que não têm nenhum código claro e inato. A sinalização rodoviária é

um bom exemplo de um sistema de códigos que foi implementado segundo

uma necessidade e que, agora, é reconhecido globalmente. Antes de fazerem sentido, tiveram que ser absorvidos para, agora, serem norma na sociedade. Nesta categoria inserem-se as identidades visuais e marcas, criadas por de-

signers, para representar uma empresa ou uma missão. Estes signos não

têm que ser obrigatoriamente descritivos ou literais, desde que cumpram

a função de representar bem a sua mensagem, ou se a associação criada pelo público-alvo seja a pretendida. Imagens descritivas como fotografias

e ilustrações científicas, fazem parte deste grupo de signos literais onde a representação é clara e transmite ao observador um conceito directo.

Fig. 6 |

2. ESTADO DA ARTE

13


Um designer poderá, também, apropriar-se de códigos já criados para trans-

mitir uma ideia ou um conceito. Podem ser utilizadas muito mais do que imagens descritivas para transmitir ideias e emoções. Se forem utiliza-

dos códigos, o designer pode distorcer o significado literal da mensagem

e assim, jogar com as perceções e experiências do sujeito. A descoberta destas imagens universalmente compreendidas criam, à partida, uma linguagem comum entre o artista e espectador.

Aplicando os termos dados ao material visual por Ferdidand Saussure (1875-1913), Roland Barthes (1915-1980) denota que as semelhanças sim-

bólicas de alguns aspectos de um signo estão inseridas num sistema cultural

de códigos e convenções. Ele notou que uma imagem, ou objecto (signo), pode implicar um vasto leque de mensagens conotadas dependendo dos códigos que o observador se lembra, tendo um significado directo, denotado ou um significado conotado. (ERLHOFF & MARSHAL, 2008, p.352)

Isto prova que a comunicação visual não tem de ser complexa visualmente para representar bem uma solução. As semelhanças e convenções são um veículo comunicativo simples, para dar ao observador sensações e sentimentos já intrínsecos na imagem. Não é importante o aspecto do símbolo e

a sua forma, a sua importância reside na mensagem. O significado literal do símbolo pode também ser manipulado através do contexto mesmo que a sua qualidade formal se mantenha idêntica. (RAND, 2014, p.15)6

Um símbolo é potencialmente um dispositivo vastamente versátil, que pode ser usado para ilustrar muitas ideias diferentes. Por justaposição, associa-

ção, analogia, o designer é capaz de manipular e alterar o seu significado e explorar as suas possibilidades visuais. (RAND, 2014, p.23) Uma imagem, de-

pendendo do contexto, pode fazer parte de inúmeros conceitos e representar

várias mensagens. É a sua relação com os outros elementos que vai limitar a nossa interpretação e a sua diferenciação, entre o seu significado plástico e o seu significado naquela expressão e contexto.

O conceito e a mensagem é o factor determinante para o sucesso ou insu-

cesso de um design. É, portanto, de extrema importância criar um resultado

para o problema que seja mais do que visualmente apelativo. Logicamente

Fig .7 | “Kaffe Hag cuide do seu coração”, Anúncio. (1920) Fonte: Hollis, 2001, p.2 Fig .8 | Serviço Nacional de Transfusão de Sangue, de F.H.K Henrion. (1948) Fonte: Hollis, 2001, p.2 Fig .9 | Cartaz do festival “Street Heart” Salvar o Japão. (2011) Fonte: Cyrcle.com 6 Fig .10 | Ilustração médica do século XIX. (2001) Fonte: Hollis, 2001, p.2

TL: “Peirce identified three essential modes of signification possible in any sign: iconic, symbolic, and indexical. The icon relates to its referent by means of resemblance; it looks, sounds, smells, feels, or tastes like what it represents. Symbols are arbitrary signs; they relate to their referent only because an interpretive community agrees on the relationship.

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Fig. 7 |

Fig. 8 |

Fig. 9 |

Fig. 10 |

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www.cyrcle.com/exhibitions/street-heart-art-show (Consult. 18 Dezembro 2014)

2. ESTADO DA ARTE

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que o ponto perfeito será haver uma aliança entre ambos os conceitos mas,

desde que a mensagem o justifique, a beleza estética não é obrigatória e

deverá ser considerada como secundaria à mensagem. Nós não olhamos para tentar ver; nós olhamos para compreender e para descobrir o que nós queremos. (FRASCARA, 2004, p.58)

Apesar da semiótica ser uma mais valia para o Design Gráfico, um designer tem de se manter afastado de clichés visuais e da representação do comum.

A vantagem do “símbolo” é a sua prontidão na representação de uma mensagem. Isto pode, porém, tornar-se numa desvantagem quando usado indiscriminadamente para qualquer representação. O símbolo deverá ser usado de maneira a que o seu efeito não seja diminuído.

Um símbolo pode tornar-se redundante quando usado repetidamen-

te. Se todas as marcas usarem o mesmo símbolo ou mensagem perde-se

o contexto e fragiliza a sua pretensão. Para a utilização correcta dos

símbolos é necessário originalidade. Esta depende do uso bem-sucedido e da sua integração como entidade visual com todos os outros elemen-

tos. A originalidade aponta para um problema específico, realiza uma

função específica e consistente com a sua forma. É importante o local e

a colocação ou o seu uso vai, inevitavelmente, resultar na banalidade da identidade.

Quando várias marcas opostas afirmam pontos idênticos, ou utilizam os mesmos símbolos, a mensagem inicial é cancelada e torna-se a solução

comum para todos os produtos. Pode, até, pôr em causa a veracidade da

mensagem inicial, tornando-se supérflua. No entanto, caso a mensagem o justifique, esta regra pode ser quebrada. A redundância pode ser útil na

comunicação, para insistência e clarificação de um ponto, possibilitando uma melhor memorização da informação e dando mais proeminência à

mensagem. Este efeito deve ser apresentado de maneira criativa, usando vários sistemas de códigos diferenciados para não se tornar ordinário.

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2.3 DESIGN E A SUA DIMENSÃO HUMANA É fácil concluir que a comunicação é um encargo exigente. A comunicação é importante, não pelo acto de comunicar, mas pelo impacto que tem no conhecimento e nas atitudes das pessoas (FRASCARA, 2004, p.13). Tudo pode

comunicar e tudo pode ser comunicação. Por ter uma forte componente humana, é imprescindível ver a interacção que os símbolos e as mensa-

gens têm com as multidões. Os elementos visuais, a organização e compo-

sição de um layout, são só ferramentas para organizar a comunicação. O

design de comunicação visual não é só a forma é, fundamentalmente, a sua performance e eficácia.

Há vários elementos humanos relacionados com a linguagem, experiência,

idade, conhecimento, educação, memória, estilo cognitivo, preferências, expectativas, desejos e outras dimensões perceptivas, intelectuais, sociais, culturais e emocionais. (FRASCARA, 2004, p.13)25 Para atrair a atenção do

observador, a imagem deve ser assertiva o suficiente para emergir o seu

contexto, ser visualmente forte, ter uma coesão grande interna e deve ser feita recorrendo a elementos, à forma e enquadramento.

A comunicação, por ser tão generalizada, torna-se quase invisível. Este aspecto é estabelecido pela normalização do contínuo estado da comuni-

cação no quotidiano, que, desde a mais tenra idade até às faixas etárias mais avançadas, faz com que a comunicação aconteça como rotina. (LESSA, 2012, p.1)

Tendo em conta esta normalização da comunicação, que envolve experiên-

cia e cultura pessoal torna-se mais simples, a um designer, divulgar uma

ideia criando uma nova relação lógica, através de formas e símbolos gráficos tradicionais. Pode utilizar estes conceitos familiares e torná-los contemporâneos trazendo, ao observador, novas experiências visuais se forem provocadoras e surpreendentes, actuais e pertinentes para o público-alvo.

TL: “This communicational event happens over time— and is loaded with complex human elements related to language, experience, age, knowledge, education, memory, cognitive style, preferences, expectations, desires, and other perceptual, intellectual, social, cultural, and emotional dimensions. 25

2. ESTADO DA ARTE

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Fig .11 | Amostras de perucas para escolha de um Perruquier francês, início do século XVIII no reinado de Luís XV. (2015) Fonte: http://historyoffashiondesign.com/18th-century-womens-hair-and-wigs. (Consult. 3 Janeiro 2015) Fig .12 | Aspirador de Hubert Cecil Booth. (1901) Fonte: http://historyoffashiondesign.com/18th-century-womens -hair-and-wigs. (Consult. 28 Dezembro 2015)

Fig. 11 |

Fig. 12 |

Antigamente, por haver uma enorme iliteracia, os signos representavam produtos e serviços. A publicidade era feita em forma de anúncios, sim-

plesmente para expor informação útil, como os horários de negócio e os

produtos disponíveis. Os autores deste tipo de anúncios eram considerados mais como artesões do que designers, fazendo escolhas tendo em conta os estilos contemporâneos, sem considerar a mensagem e o contexto.

Actualmente, o designer já se distingue do artista exercendo algum controlo sobre o projecto, fazendo escolhas baseadas na análise do público no contexto e no seu potencial comunicativo. Ao invés de, simplesmente apre-

sentar dados e informação, hoje em dia o branding é essencial na venda

de produtos e serviços, sendo o veículo que estabelece a ligação entre o produto e o consumidor. O panorama mudou significativamente por vários factores, como o aumento de opções. Não é a diferença entre os produtos

ou os seus atributos que irão convencer o consumidor, mas os benefícios da

Fig .13 | “David Kirby’s Final Moments” - Últimos Momentos de David Kirby. Campanha para a marca Benetton. Fotografia por Therese Frare no Ohio State University Hospital. (1991) Fonte: Theinspirationroom.com26 Fig .14 | Vender um Sonho, Anúncio para o perfume Chanel Nº5 com Carmen Dell’Orefice (1958) Fonte: dailymail.co.uk27 Fig .15 | Reflexão sobre a imagem, ética e responsabilidade. Capa da Revista Satírica Charlie Hebdo (2015) após a empresa ser aterrorizada. Fonte: theglobeandmail28

utilização desse produto nas suas vidas.

theinspirationroom.com/daily/2007/benetton-pieta-in-aids-campaign/ (Consult. 28 Dezembro 2014) www.dailymail.co.uk/home/you/article-1079472/New-adventures-famous-5.html (Consult. 28 Dezembro 2014) 28 theglobeandmail.com/news/world/magazine-attacked-in-paris-skirted-controversy-with-cartoons-of-prophet/article22330111/ (Consult. 28 Dezembro 2014) 26 27

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Fig. 13 |

Fig. 14 |

Fig. 15 |

2. ESTADO DA ARTE

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Fig .16 | Anuncio da Toyota SUV para a revista Time (1993) Fonte: vintageadbrowser29 Fig .17 | Campanha da Evian “Os Alpes são a fonte natural da água Evian” - Agência Euro Rscg Brussels, Bélgica (2008) Fonte: adeevee.com30 Fig 18 | Campanha Super Bock, “Puxa pela amizade”. (2011) Fonte: Super Bock

O design compromete-se a melhorar a experiência de compra e a criar valor

para o público que é, exponencialmente, mais informado, mais atento e

mais exigente. Implica a coexistência de vários meios de comunicação e a sua crescente evolução aliada à tecnologia, que também se vai traduzir na alteração da comunicação humana. A compra é hoje em dia encarada como uma experiência, que envolve os cinco sentidos sendo o cliente o foco central de todo o processo. (MORAIS, 2014, p.89)

Ao invés de apresentar um produto, o designer tem de vender um sonho, uma oportunidade que transcenda a necessidade, comunicar com os con-

sumidores com substância, através de bases de referência comuns, com origem cultural, profissional, social, familiar ou linguística; atrair o públi-

co-alvo com propostas distintas apelando aos seus gostos, personalidade e

identidade, antecipando vontades que estejam, ao mesmo tempo, em linha com tendências.

Por ter uma função tão importante, é imperativo haver pesquisa e reflexão, respeitando a sociedade e os seus efeitos. O design de comunicação pode

ser um meio de mudança e influência que é contemplado por multidões.

A influência é uma arma poderosa e, num campo tão criativo e emocional

como a comunicação, pode não haver um consenso ou um código ético ou de conduta absoluto. É imprescindível não seguir directrizes e briefings sem os questionar.

Uma imagem pode mudar a perceção das pessoas, deve se dar valor: ao projecto, ao público-alvo e, por fim, a profissão. Só depois devemos pesar os interesses pessoais do designer e até do cliente. Não o fazer pode ser ir-

responsável para quem o design possa atingir. Há, presentemente, múltiplos exemplos de comunicação nociva que conseguem, com eficácia, ludibriar

29 30

www.vintageadbrowser.com/transportation-ads-1990s (Consult. 4 Janeiro 2015) www.adeevee.com/2008/07/danone-waters-benelux-evian-reverse-mountain-print/ (Consult. 4 Janeiro 2015)

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Fig. 16 |

Fig. 17 |

Fig. 18 |

2. ESTADO DA ARTE

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e desencaminhar o seu público, fazendo com que vários indivíduos façam más decisões ou, simplesmente, decisões consumistas. Mas essa pode ser a sua função. A mensagem, neste caso, é que está comprometida.

A comunicação pode: publicitar água engarrafada como cristalina enquanto insiste que a água da torneira é suja e virulenta, o que trás problemas drás-

ticos para o ambiente; pode afirmar que carros de alta potência e consumo

dão mais poder e estatuto; fazer-nos acreditar que bebidas alcoólicas trazem maior diversão, alegria e amizade, só para enumerar alguns exemplos.

O design de comunicação é quase sempre o primeiro contacto que alguém vai ter com um produto ou um serviço apesar de, raramente. o designer de

comunicação fazer parte da produção e concepção desse produto. São os

designers quem irão, por último, fazer a divulgação do produto às massas e assim forçá-lo na sociedade.

Da mesma maneira que se consegue fazer com que um consumidor escolha uma marca de cereais, ou um perfume, ou qualquer outro produto de uma

estante, um designer consegue condicionar acções e comportamentos. Entre as várias hipóteses de deliberação, o cliente opta pelo produto que mais lhe agrade visualmente, ou que esteja mais relacionado com a sua personalida-

de. Qualquer que seja a razão, esta foi pensada especialmente para o atrair a um nível individual e pessoal.

Criar design encorajado e honesto com mensagens relevantes não é uma

perda de tempo por esse motivo. Um designer tem todas as ferramentas à sua disposição, se tiver em consideração princípios éticos e não criar pro-

jectos com pressa e conveniência. Pode deixar um discurso com valor e a sua marca no mundo e, assim, imprimi-la na sociedade.

22


2.4 SINALÉTICA Os signos são uma das bases da comunicação. Por essa razão, o aperfeiçoamento dos mesmos irá facilitar a comunicação com um público e, conse-

quentemente, permitir que a informação transmitida seja mais eficaz. Como já foi referido, um signo é um veículo para múltiplas interpretações e signi-

ficados. Em disciplinas como a sinalética há que ter em especial atenção a concepção de códigos claros e distintos.

A sinalização e a sinalética são um sistema que está intrinsecamente relacionado com a concepção, planeamento e produção de sistemas de signos.

Estes são aplicados num território ou espaço arquitectónico único que conta com aspectos sociais, culturais, económicos, tecnológicos, estéticos, de

conforto e ambientais. São consideradas como um meio privilegiado de transmissão de informação que procura transmitir mensagens claras para o utilizador, contribuindo para a melhoria das acessibilidades. (NEVES, 2011, p.5)

Podemos considerar como sendo o objectivo primário da sinalética o

de direccionar pessoas dentro de uma área definida, através de placas direc-

cionais, sinais ou pictogramas que partem de símbolos, palavras, imagens e diagramas.

Tendo em conta este principio a sinalização, mais do que a criação de símbolos e pictogramas, deverá ter preocupações com o utilizador, correndo o risco de se tornar supérflua se esta não for uma preocupação prioritária. Há que estar presente a intenção de informar, procurar compreender os in-

tervenientes e prever como se irão movimentar e experienciar os espaços projectados. A sinalética deverá orientar e ajudar na navegação comuni-

cando a identidade do local com unidade e coerência na forma, para ser compreendida como um sistema completo.

O utilizador deverá ser bem estudado, uma vez que a descodificação das

mensagens pode variar consoante a cultura, educação, atitudes ou mesmo com personalidades individuais. Também há que ter em conta o tipo

de espaço e o grau de ansiedade do utilizador na vivência desse espaço. (ALMEIDA, 2010, p.38)

Além do utilizador, o sistema deverá ser adaptado à

dimensão do projecto e ao território, uma vez que cada local terá diferen-

tes especificações que irão resultar em soluções diferentes, dependendo das

2. ESTADO DA ARTE

23


variáveis do espaço dando hipótese, ao designer, de trabalhar com diferen-

tes formas e escalas, recorrendo a ângulos, materiais, luz, texturas e outras características físicas do meio.

O design não deverá ser descurado na construção da sinalética. O desenvolvimento de um sistema coerente e uniforme que seja de fácil descodifi-

cação para o público, será mais inclusivo e acessível. A linguagem gráfica também potenciará à diferenciação e qualidade do projecto oferecendo características, não só funcionais mas decorativas à sinalização.

O grafismo oferece a oportunidade de aumentar o valor do ambiente cons-

truído, dando mais opções para reforçar a marca, com detalhes criativos que podem incluir a utilização da cor, material e tipografia.

Há vários tipos de sinalética, dependendo da sua função. Alguns destes

tipos incluem a sinalética de emergência, proibição e perigo. Esta deve ter a sua visibilidade garantida com ausência luz. Deve ser, também, colocada

em locais que recebem luz directa, o mais próximo possível de fontes de

luz existentes e instaladas o mais próximo possível de zonas de risco. Têm como objectivo advertência prévia de situações e perigos existentes e comportamentos proibidos, ou reforços de avisos. Fig. 23

A sinalética de orientação, a mais comum criada na FIL Design, deve assegurar que todos os utentes as encontrem em qualquer ponto do recinto e que

tenham, ao seu dispor, instruções claras e precisas de como chegar ao local

pretendido. Deverão indicar todas as mudanças de direcção ao longo do

percurso. O utente deverá, também, visualizar o sinal seguinte e continuar, assim, até ao destino final. Fig. 24

Os sinais de utilização deverão ser selecionados e colocados de modo a

garantir a sua visualização de qualquer local passível de utilização. Deverão ser visíveis mesmo com a permanência de multidões. Em áreas amplas,

devem ser colocados numa altura elevada, para garantir a sua visualização em grandes distâncias. Caso os sinais não estejam bem visíveis imedia-

tamente, poderá utilizar-se sinalética de orientação de modo ao utilizador percorrer o caminho exacto até à sua localização. Fig. 25 e 26

A altura da instalação da sinalética pode variar consoante a sua função, se é um sinal de âmbito geral ou de um local específico. O nível de vista norma-

lizado é de 1,20m a 1,60m de altura mas, em instalações de nível superior, www.home-designing.com/2011/07/google-russia-offices (Consult. 4 Janeiro 2015) http://masitrave.pt/web/portfolio-item/quinta-do-lago/ (Consult. 4 Janeiro 2015) 9 smashingmagazine.com/train-and-airport-signs-part-1/ (Consult. 4 Janeiro 2015) 7 8

24

Fig .19 | Escritórios da Google em São Petersburgo, Rússia .(2013) Fonte: home-designing.com 7 Fig .20 | Sinalética Direccional numa Biblioteca Universitária. (2014) Fonte: Thong, David NG; World Of Signage Photo Contest Fig .21 | Sinalética Direccional na Quinta do Lago. (2014) Fonte: maistrave.pt 8 Fig .22 | Sinalética,comboio em Munique. (2013) Fonte: Shaw, Jeremiah. Smashingmagazine.com 9


Fig. 19 |

Fig. 20 |

Fig. 9. Identificar Fig. 21 |

Fig. 22 |

2. ESTADO DA ARTE

25


a localização do sinal deverá estar acima de 1,80m de altura, deste modo, o ruído do espaço não impossibilita a sua visualização.

Quando a sinalização tem um layout ou configuração complexa, com di-

mensões variadas que fujam da norma, não é possível haver uma solução padronizada. Neste caso, a sinalização deve ter em consideração a maior distância de observação a que deverá ser visualizada, as várias direcções de visualização e os ângulos. Há que ter em consideração o espaço e elementos

que possam obstruir ou dificultar a leitura. Tendo em conta estes factores é,

depois, definida a dimensão, o local de aplicação e a altura do sinal. Com

a área ampla dos pavilhões da FIL é escolhido, frequentemente, pendões

de grande dimensão com a colocação no tecto dos pavilhões é uma altura variável de 10 a 15 metros.

Segundo a fórmula mencionada no regulamento técnico de segurança contra

incêndios em edifícios da Sinalux (2015), a distancia mínima de observação

dos sinais deve ser de 6 metros e a máxima de 50 metros. Quanto maior a dimensão do sinal maior será a sua distância de observação.

Dependendo da função do sinal este poderá ter várias fixações possíveis. Pode ter uma única face com uma aplicação paralela à parede e/ou estru-

tura. Nos sinais de dupla face, a aplicação poderá ser perpendicular a uma estrutura e fixada com um sistema de calhas duplas, ou suspenso no tecto

do edifício; no caso da sinalização fixa no tecto, o angulo de visualização é

maior, mas a colocação é mais dispendiosa, principalmente tendo em conta

a altura elevada dos tectos do complexto da Feira Internacional de Lisboa. Além do sistema de calhas e perfis pode ser utlizada aplicação por colagem ou suspensão com auxílio de fitas de eletricista

Há uma alternativa extra de criar sinais que formam um angulo de 45º com

a estrutura, formando um triangulo, criando uma zona de visibilidade de 180º, visível em qualquer ponto. Esta solução é menos comum nos projectos da FIL Design.

A sinalização deverá ser de fácil arrumação, de fácil transporte e fácil ma-

nuseamento, de preferência sustentável sem recurso a outros materiais. Deverá ser, também, ecologicamente responsável. É de ter em conta a espe-

rança média de vida pretendida e a função do sinal para a escolha do material. No caso da sinalética na FIL, a maioria dos locais já está pré-definido, na estrutura do edifício. Anexo B

26

Fig .23 | Sinalização de aviso. (2015) Fonte: www. sismaster.pt/servicos/sinalizacao-de-emergencia/ (Consult. 10 Março 2015) Fig .24 | Sinalização de Orientação. Sistema de sinalização para politécnico Katta Civic (2013) Fonte: cowboyzoom.com/design/ signage-system-for-katta-civic -polyclinic/ (Consult. 10 Março 2015) Fig .25 | Sinalização de Utilização, transportes públicos de Budapeste (2013) Fonte: www.behance. net/hiddencharacters (Consult. 10 Março 2015) Fig .26 | Sinalização de Utilização, Hotel Minter Ellison (2015) Fonte: www.behance. net/davidpopov (Consult. 10 Março 2015)


Fig. 23 |

Fig. 24 |

Fig. 9. Identificar Fig. 25 |

Fig. 26 |

2. ESTADO DA ARTE

27


2.5 TIPOGRAFIA E O TEXTO A imagem é um dos veículos mais fulcrais para uma comunicação eficaz mas, raramente, um designer de comunicação trabalha sem recorrer ao texto.

O texto e, em particular, a letra são, também, códigos convencionados à escala global, criados para satisfazer uma necessidade humana: a necessidade de comunicação, especialmente comunicação não imediata ou não pre-

sencial. Estes são códigos que remetem para valores fonéticos, pelo menos no caso do alfabeto ocidental. Nestes códigos comunicacionais, o significado linguístico das palavras será a mensagem a transmitir e o grafismo (tipo-

grafia e construção frásica) representa o código e o observador fará o papel de receptor.

Um código já arraigado na cultura ocidental, é fundamental que seja se-

melhante aos códigos textuais já conhecidos, para ser reconhecido pelo receptor. Por um lado é importante a tipografia ter interesse visual e ser singular para fazer parte de uma identidade. Por outro terá que conter ca-

racterísticas mais tradicionais que possam ser conjugadas com pormenores mais originais.

A tipografia é, também, um código de índole ergonómica, tendo como fun-

damento a relação da perceção visual e do olho humano com o que está em seu redor (CABRAL, 2014, p.86) o seu tamanho e forma tem de ser adaptada

a estes factores para possibilitar uma fácil e confortavél leitura tendo em conta conceitos de simetria, equilíbrio e unidade visual.

A criação tipográfica não é uma disciplina que se limita ao desenho da letra, pois envolve a combinação de várias letras que irão formar palavras, ou

formar sentido. Raramente a letra é analisada individualmente, na medida em que normalmente, a mensagem é observada como um todo.

Isto consiste na construção de blocos de texto coesos, com preocupações como espaçamentos, tamanhos e distância, onde é importante haver coerên-

Fig .27 | Caractér “a” do tipo Futura de Paul Renner. Traçado de caracteres para a elaboração das matrizes do tipo Futura. (1925) Fonte: Cabral, 2014, p.98 Fig .28 | Tipografia Futura actual, todas as mínusculas. Fonte: Autora 2015

Fig. 27 |

the quick brown fox jumps over the lazy dog 28

Fig. 28 |


cia e unidade entre os vários elementos que formaram uma palavrapara uma boa aparência visual. Para este efeito o designer deverá, também, conceber a letra, não só a positivo, mas desenhando os espaços brancos.

Sendo a medida da tipografia o ser humano, será quase indiscutível que o papel fundamental da letra é a legibilidade apesar de ser, por vezes, descu-

rada a sua eficácia por opções estilísticas por parte do designer. Como regra no design, a forma deverá servir a função e a legibilidade ser prioritária a outros recursos estilísticos para não comprometer a mensagem.

Contudo, a escrita terá outras funções além da sua leitura. Ao arranjar cuidadosamente áreas tipográficas, espaçamentos, tamanhos e a cor, esta qua-

lidade pode ajudar a dramatizar e a evidenciar conteúdos. Ao concentrar a área tipográfica e a dar enfâse às margens e aos espaços em branco, é

possível reforçar por contraste a qualidade do tipo. É também possível, predeterminar, até certo ponto, o movimento do olhar do espectador, ao ordenar e distribuir o material tipográfico e os símbolos correctamente no layout. (RAND, 2014, pp.99-102)10 Em suma, através do design, é possível

fazer com que um tipo seja portador de diversas expressões e sensações, ou até de emoções que o fazem transcender o seu objectivo principal.

Além destas características enumeradas por RAND (2014), também podemos

considerar relevantes, na construção de um tipo de letra, a sua adequação formal em relação ao contexto e conteúdo e a intemporalidade do tipo. Ti-

pografias desatualizadas podem ser um factor que deteriora a qualidade da

comunicação, em especial, em objectos que requerem longevidade e será um desperdício de um bom recurso estilístico na comunicação.

A posição e a quantidade das letras são outros expedientes para dar dimensão a uma mensagem linguística, podendo transmitir sentido de ritmo, de proximidade e de urgência. Para estes efeitos a legibilidade poderá ser comprometida, para efeitos mais urgentes, na mensagem.

A escolha criteriosa de um estilo tipográfico é um factor importante na definição de uma identidade visual, ou na identidade de um espaço, podendo ser um

agente de diferenciação, dar personalidade a um conceito ou definir um

estilo visual. Esta escolha é, igualmente, indispensável para formar uma

coesão gráfica entre elementos e fabricar uma linguagem gráfica contínua que seja facilmente identificada.

10 TL: “By carefully arranging type areas, spacing, size, and “color”, the typographer is able to impart to the printed page a quality which helps to dramatize the contents(…)By concentrating the type area and emphasizing the margin (white space), he can reinforce, by contrast, the textural quality of the type(…)In ordering his space and in distributing his typographic material and symbols, he is able to predetermine, to a certain point, the eye movements of the spectator.”

2. ESTADO DA ARTE

29


No design de espaços e ambientes, o tratamento tipográfico ganha um novo

peso. Não só a tipografia deverá adaptar-se ao suporte e ao meio em que está inserido como estão presentes maiores preocupações ergonómicas in-

trínscas neste tipo de projectos, para criar um discurso inclusivo. Não é,

apenas, necessário ter em conta o utilizador e a mensagem mas também a

distância a que vai ser lida, assim como o volume e distribuição do texto e a sua pertinência, tendo em conta o expositor e os seus produtos. A tipografia

no espaço pode invocar memórias, dar dimensão ao espaço, pode ser um elemento puramente decorativo, servir como ponto de referência, ou enfa-

tizar algum elemento. Pode ser, também, uma ferramenta de priorização da informação e conteúdos e organização do espaço. Fig. 29, 30 e 31

O texto é, também, um recurso importante e essencial para ser uti-

lizado especialmente nos momentos da divulgação do evento. No entanto, deve ser mantido a um mínimo nas feiras, com mais recorrência a imagens e símbolos e outros guias visuais reconhecidos da marca.

Grandes volumes de texto ou informação perdem-se, facilmente, na azáfama dos eventos, o interesse do observador. O texto deve restrin-

gir-se à informação essencial, para ser lido em segundos, o designer

pode recorrer a peças digitais ou a catálogos e brochuras oferecidas aos visitantes, para divulgar mais informação.

Em suportes impressos de pequenos formatos é mais simples testar e fazer

uma estimativa do tamanho da letra. Já no design para exibições é menos imediata a compreensão da escala, potenciando erros de legiblidade no

projecto. Tal como o descrito na sinalética, é essencial avaliar a distância a que o texto será lido, para facilitar o processo. Poderão ser realizados testes de impressão da letra ou, no caso de stands, criar modelos tridimensionais com uma escala fixa.

A mensagem linguística, além de transmitir uma informação, pode trazer uma nova interpretação à imagem e à comunicação visual. Esta pode in-

fluenciar por completo a interpretação de uma imagem e até dar-lhe um novo significado. O texto, quando acompanha uma imagem (abstracta ou não), está a restringir a interpretação da mensagem e, consequentemente, a restringir o seu significado. Fig. 32

A escrita usualmente é utilizada com o propósito o de esclarecer o observa-

dor. Contudo, um designer poderá escolher, não usar o texto para facilitar 11

www.aiga.org/century-exhibition/

30

Fig .29 | Sinalética Multi-facetada, Centro Cultural de Belém, Lisboa (2015) Fonte: blog.8faces.com/page/42 Fig .30 | Instalação na exibição “Century: 100 Years of Type in Design”, Século: 100 Anos de Tipografia no Design no AIGA - National Design Center. (2014) Fonte: Aiga.org 11 Fig .31 | Designtide Tokyo Tokyo Midtown Hall (2008) Fonte: designtide.jp (Consult. 8 Janeiro 2015)


Fig. 29 |

Fig. 30 |

Fig. 31 |

2. ESTADO DA ARTE

31


a interpretação de uma imagem, mas sim para multiplicar pontos de vista e hipóteses de interpretação; não apenas o conteúdo do texto em si, mas também a tipografia. A expressão do texto pode não ser linear, pode ser utilizada para dar um carácter único à mensagem para outras traduções. Fig. 34

A Combinação de símbolos e tipografia pode criar um bom design universal com um significado claro, como é exemplificado na introdução de HOLLIS

(2001), com a identidade “I ♥ NY” de Milton Glaser. Este exemplo transmite

, eficazmente, a sua mensagem a um público comum através de símbolos

convencionados pela sociedade. O contexto é a chave para a descodificação da mensagem. Através do contexto da identidade, compreendemos que o coração de “I ♥ NY” e a sua conjugação com as letras é um símbolo de amor

e não de biologia. É a sua relação com os outros elementos que vai limitar a nossa interpretação. Fig. 33 Fig. 32 |

Fig. 33 | Fig .32 | Cartaz do Filme: Nymphomaniac Vol: 1 de Lars Von Tier. (2013) Fonte: IMDB 12 Fig .33 | “I ♥ NY” de Milton Glaser (1977). Fonte: Hollis, 2001, p.1 Fig .34 | Cartaz do Filme: Ensaio Sobre a Cegueira de Fernando Meirelles - Atelier Concept Arts. (2008) Fonte: webdesignerdepot.com 13 Fig. 35 |

Fig. 34 |

12 13

www.imdb.com/media/rm2185602304/tt1937390 (Consult. 28 Janeiro 2015) www.webdesignerdepot.com/2013/07/25-powerful-typographic-movie-posters/ (Consult. 28 Janeiro 2015)

32

Fig .35 | Cartaz de propaganda criado pelo governo britânico, para preparação para a Segunda Guerra Mundial, “Keep Calm and Carry On” (1939) Fonte: keepcalmandcarryon.com (Consult. 28 Janeiro 2015)


2.6 BRANDING E IDENTIDADE A função do branding, muito sumariamente, é a de exprimir uma identidade particular ou uma imagem que representará um produto ou compa-

nhia. É uma coletânea de imagens, símbolos e ideias que podem incluir um nome, uma identidade visual, uma tipografia, esquemas cromáticos, sons,

entre variados elementos identificativos, que irão fazer parte de um código

próprio referente à marca. Este código deve revelar implicitamente, valores, ideias ou até uma personalidade específica. A acumulação de sinais vai con-

tribuir para a experiência do consumidor e criar um universo que identifica

a marca e a diferencia da sua competição. Esta imagética ficará associada a

um nível de credibilidade, qualidade e satisfação na mente do consumidor, através da influência da publicidade e marketing, da comunicação social e do design.

A competição do mercado e a generalidade de escolhas faz com que as enti-

dades procurem novas maneiras de se ligarem ao público, pretendendo criar

relações a nível pessoal que sejam emocionais e insubstituíveis. Os clientes

confiam e criam laços com as marcas e acreditam na sua superioridade face

à concorrência, seja qual for a marca, o seu formato ou missão. Como ela é vista pelo público, afectará o seu sucesso. Deste modo, ao defenderem

determinados valores e causas e ao manterem coerência no discurso, as

marcas podem manter uma base leal de consumidores e apelar a outros que apreciem os mesmos benefícios.

Pode-se considerar que as marcas têm três funções primárias. A primeira

consiste na navegação, ajudar o consumidor a escolher entre numerosas opções; dar garantias, comunicar a qualidade do produto ou serviço e asse-

gurar os clientes que a sua escolha foi a correcta e, por último, a função de cativar com imagética e linguagens destintas que encorajem os consumidores a identificar-se com a marca. (WHEELER, 2009, p.2)

O design será o meio usado para diferenciar e incorporar o contexto da

marca. Irá revelar o lado emotivo da marca e a sua essência, deve ser tangível e apelar aos sentidos, deve fortalecer o seu reconhecimento junto ao público e acima, de tudo, deve ser memorável. Este design deverá ser, igualmente ,

2. ESTADO DA ARTE

33


Fig. 36 |

Fig. 37 |

Fig. 38 |

34


diferenciado da concorrência e deve possibilitar que conteúdos extensos sejam acessíveis e inclusivos para vários públicos e culturas tentando, simultaneamente, compreender o que é mais importante para os seus consumidores

O branding é, portanto, todo um processo sistemático para produzir uma

marca que seja mentalizada e compreendida enquanto alimenta a lealdade dos seus clientes e mostra respeito pelo consumidor. A marca torna-se na identidade, na cultura e persona da empresa, sendo um símbolo da sua

história e valores, tanto para clientes como para funcionários. Um bom branding deve aproveitar todas as oportunidades para reforçar a sua iden-

tidade, seja qual for a companhia, a sua dimensão ou local de actuação, a identidade deverá ser imediatamente reconhecível.

A imagem deverá ser estruturada à volta de uma ideia central onde todas as acções e comunicações se vão regrar, para garantir uma identidade consis-

tente tendo em conta os princípios e os pontos fortes da entidade e as suas Fig. 36 | Loja da Victoria Secret: Brand Space (2015) Fonte: http://ilovefashionretail. com/journal/2015/07 (Consult. 2 Dezembro 2015) Fig. 37 | Loja da Disney em Oxford Street, Londres: Brand Space (2015) Fonte: http://www.londondesignagenda.com/shop-showrooms/ top-10-toy-shops-in-london/ (Consult. 2 Dezembro 2015) Fig. 38 | Loja da Apple em Santa Monica, Los Angeles: Brand Space (2015) Fonte: http://upfluence.com/brand -awareness-the-importance-of-adding-experience-to-your-influencer-marketing-strategy/ (Consult. 2 Dezembro 2015)

características e benefícios. Estas acções servirão de ponte entre o público e o marketing da empresa.

A existência de uma identidade estável ajuda a monitorizar a percepção da empresa e este entendimento ditará o seu sucesso ou fracasso. Tendo

em conta este princípio, é extremamente relevante manter a reputação e aumentar o reconhecimento e raio da actuação da marca para esta ser bem-

sucedida. A distinção e criação de identidades tem, também, como factor importante, o de ajudar os consumidores a encontrar a marca pretendida em espaços sobrelotados de informação (função de navegação) e sejam esses espaços centros comerciais, locais digitais, feiras e eventos, expositores de

produtos ou qualquer outro local, é importante a marca destacar-se para ser considerada como uma escolha viável.

2. ESTADO DA ARTE

35


2.6.1 BRANDING EM STANDS No caso dos stands comerciais, é necessário construir detalhes visuais alusivos à marca que suportem as suas melhores características, caracterís-

ticas essas cujo cliente consiga identificar as quais já esteja habituado. Estes elementos devem, no seu conjunto, transmitir uma mensagem clara e focada. Ambientes que tenham como objectivo reforçar o posicionamento de uma entidade devem incorporar, fisicamente, a marca e criar um espaço carac-

terístico onde esta se insira confortavelmente. Isto pode ser conseguido

através da arquitectura e, principalmente, através do design. É possível incluir pormenores como materiais únicos, grafismos adaptados ao espaço,

entre outros motivos e métodos de identificação como meio de expressão de uma identidade. Designers de stands, avaliam, também os efeitos da es-

trutura física e da organização do espaço para potenciar outros atributos da marca e criar soluções mais criativas e inesperadas. Fig. 39, 40 e 41

Espaços dinâmicos e bem identificados têm uma vantagem competitiva no posicionamento e comunicação da marca, possibilitam um maior reconhecimento pelo público enquanto oferecem um plano de fundo para profis-

sionais, investidores, visitantes e convidados. Um stand bem concebido irá

apelar a todos estes indivíduos e, consequentemente, aumentar as vendas e a sua visiblidade na convenção.

O design de espaços e exibições inclui a utilização de vários componentes

estáticos, mas é a relação interactiva que as pessoas têm com o espaço que criará uma experiência única para o utilizador. Ao prever as necessidades e gostos dos consumidores é mais simples planear um design específico para

uma reacção ou utilização específica, podendo ser necessário apostar em meios multimédia além das plataformas físicas para estimular o público.

Para a marca ser bem representada, é necessário o cliente clarificar ao

designer que tipo de stand tem imaginado, dando informações detalhadas sobre a marca, a mensagem a passar e a missão da marca. É, também, útil

fazer um levantamento de campanhas publicitárias, produtos ou serviços

recentes para servirem de base conceptual. A maioria das marcas tem o seu próprio manual de normas gráficas, um guia de utilização da marca com a descrição dos tipos de letra, cores, dimensões, proibições, entre outros

detalhes, que formam a identidade da marca. Poucos incluem, porém, www.exhibitoronline.com/topics/article.asp?ID=1619&catID=72 (Consult. 8 Dezembro 2015) www.exhibitoronline.com/topics/article.asp?ID=1633&catID=72(Consult. 8 Dezembro 2015) 16 www.exhibitoronline.com/topics/article.asp?ID=1855&catID=72 (Consult. 8 Dezembro 2015) 14 15

36

Fig. 40 |


Fig. 39 | Stand Symatec, vencedor do prémio EGDE de Bronze em Exibições Experimentais (2014) Fonte: www.exhibitoronline.com/14 Fig. 40 | Stand BeerBev LLC, vencedor do prémio EGDE de Bronze de Design Internacional (2014) Fonte: www.exhibitoronline.com/15 Fig. 41 | Stand The Honest Company Inc, vencedor do prémio EGDE de Prata de Exibições em Ilha (2015) Fonte: www.exhibitoronline. com/16

planeamentos para construções em espaços físicos, menos ainda em espaços

efémeros. Este guia deve ser bem estudado pelo designer de stands, para procurar manter a coerência da marca e realizar, assim, uma boa adaptação.

A marca em meios bidimensionais pode parecer rica a nível gráfico mas é possível que, ao transformar esse design num espaço físico essa qualida-

de não se traduza. É necessário adaptar o projecto com alguma liberdade

criativa para o tornar mais rico, recorrendo a outras noções menos ligadas ao design gráfico, através de jogos de perspectivas, escolha de materiais,

luz e sombras, criando uma experiência de sentidos e não apenas material visual. Desde as qualidades tácteis dos materiais, aos sons e cheiros tudo

deve ser pensado para amplificar a marca. O branding deve trabalhar nessa dimensão, dar ao consumidor um valor emotivo manipulando as suas percepções e emoções. Esta experiência deve ir além da representação de qualidade e características de um produto ou serviço.

Fig. 39 |

Fig. 41 |

2. ESTADO DA ARTE

37


Por muito interesse interactivo ou visual que esteja presente num projecto de espaço, a mensagem tem de ser consistente com a restante comunica-

ção da marca, ou não trará vantagens à entidade. Por esta razão as marcas dependem dos seus designers e da sua estratégia. É importante, também,

para o designer, saber em avanço, que liberdade criativa lhe é permitida na interpretação da marca. Várias marcas optam por ter os seus stands já

planeados, normalmente pelos designers da sua sede, para garantir máxima eficácia na sua exposição, no sentido de uma interpretação o mais fiel possível dos valores que pretendem passar para clientes e profissionais. Nestes casos cabe ao designer reproduzir o stand e aconselhar o cliente nos

materiais mais práticos para as suas necessidades, oferecendo input criativo

sem se separar do estilo proposto. É o trabalho do designer convencer o cliente que as suas ideias coincidem com os valores da marca.

Há empresas e espaços, que têm menos interesse em representar uma marca

e preferem manter o foco expositivo, a fim de mostrar os seus produtos ao

cliente sem distracções. Este é o caso de exposições em museus, onde o foco

deve estar sobre a peça e não na personalidade do espaço, ou em empresas

cuja força seja a vasta gama de produtos, principalmente se estes se focarem em várias cores ou padrões, como é exemplo, empresas de tintas, tecidos, ladrilhos, etc, como se pode observar na feira Tektónica, onde a simplicidade e funcionalidade dos stands é o standart. Fig. 42, 43 e 44

Cada caso é específico e um designer de stands tem de ponderar várias

questões antes de iniciar o projecto. Qual a percepção do cliente sobre o mercado em que eles operam, e que objectivos é que pretende atingir ao fazer parte da exibição? Pretende, apenas, mostrar os produtos ou desta-

car-se e/ou intimidar a competição? No final do dia, o investimento do

cliente tem de valer a pena, o seu objectivo é aumentar as vendas? Ou será melhorar o reconhecimento da marca? Ou atrair outros profissionais para expandir o seu mercado? As respostas irão depender da estratégia de marke-

ting do cliente e são essênciais para o maior aproveitamento possível da sua presença no evento.

www.exhibitoronline.com/topics/article.asp?ID=1624&catID=72 (Consult. 8 Dezembro 2015) www.exhibitoronline.com/topics/article.asp?ID=1848&catID=72 Consult. 8 Dezembro 2015) 19 www.exhibitoronline.com/topics/article.asp?ID=1850&catID=72 (Consult. 8 Dezembro 2015) 17 18

38

Fig. 42 | Stand Mailingtage, vencedor do prémio EGDE de Ouro de Design Internacional. Expositor de papel (2014) Fonte: www. exhibitoronline.com/17 Fig. 43 | Stand Eternit AG, vencedor do prémio EGDE de Ouro de Design Internacional. Expositor de produtos de Cimento e construção (2015) Fonte: www.exhibitoronline.com/18 Fig. 44 | Stand Oligo Lichttechnik, vencedor do prémio EGDE de Ouro de Exibições em Península. Expositor de sistemas de luz e candeeiros (2015) Fonte: www.exhibitoronline. com/19


Fig. 42 |

Fig. 43 |

Fig. 44 |

2. ESTADO DA ARTE

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2.6.2 BRANDING EM EVENTOS Produzir uma experiência e uma marca bem-sucedidas num local onde o visitante é confrontado com vários espaços de marcas diferentes é bastante

complexo. O designer deve criar uma marca que seja principal e única, que se destaque de todas as outras. Projectar um espaço individual com alguns

metros quadrados acaba por ser diferente de decorar todo um recinto, CABIDO (2014, s.p.) descreve

na sua dissertação que este é um trabalho focado

principalmente na forma como se interligam os objectos ou peças gráficas num

espaço físico (…) é necessário conhecer quais os conteúdos expositivos, de que forma se relacionam entre si, e qual a sequência entre eles (…) para projec-

tar uma sequência clara das relações do espaço que permitiram ao designer articular o conteúdo expositivo para melhor transmitir a ideia pretendida.

Um desafio para um designer em eventos é encontrar formas de estabelecer

uma boa estratégia que comunique a mensagem do evento e a marca com êxito, num variado número de meios e materiais que vão. Desde materiais à base do papel, como flyers, brochuras e catálogos, a sites, materiais interac-

tivos, anúncios televisivos, merchandise, lonas e mupis, entre vários outros.

Todos estes materiais têm de ser instantaneamente reconhecidos como

pertencentes a uma particular imagem e ser consistentes e coerentes com

Fig .45 | Cannes Festival 67ª edição (2014) Fonte: http://french-riviera-blog.com/20 Fig .46 | San Diego Comic Con (2014). Fonte: http:// brainknowsbetter.com/ news/2014/5/28/the-good-bad-and-ugly-psychology-of-comic-con (Consult. 12 Dezembro 2015) Fig .47 | Web Summit Dublin (2015) Fonte: https:// blog.cesanta.com/iot-cesanta-web-summit-2015 (Consult. 12 Dezembro 2015) Fig .48 | Parque Olimpico, Jogos de Inverno de Sochi (2014) Fonte: /www.gliudza. com/Visual-identity-2 (Consult. 12 Dezembro 2015) Fig .49 | FIFA World Cup Brasil (2013) Fonte: https://goalwa.wordpress. com/2013/12/04/our-game-brazil-has-balls-for-world-cup-2014/ (Consult. 12 Dezembro 2015)

uma mensagem.

A imagem e identidade de um evento é desenhada graficamente para o observador a identificar num momento. Esta será a cola que une todos os materiais, tridimensionais ou bidimensionais. No entanto, a sua função princi-

pal é ser o meio que faz a ligação entre o visitante e o evento. Esta imagem

é uma parte crucial da estratégia, é utilizada na divulgação e promoção e servirá de chamariz para potenciais visitantes ao evento. É o factor que distingue o evento dos eventos concorrentes, divulgando a sua mensagem

essencial, as principais actividades e que interesses abrange, comunicando com um público-alvo específico.

É importante manter esta imagem como guia e não alterá-la demasiado para manter o seu reconhecimento. A imagem pode sofrer mutações ao passar da fase de divulgação até ao espaço físico, mas é fulcral manter a associação

visual dos visitantes com o evento, para melhor navegarem num espaço repleto de informação.

20 http://french-riviera-blog.com/2014/05/19/cannes-and-its-annual-film-festival-kicking-off-the-summer-season-in-style-on-the-french-riviera/ (Consult. 12 Dezembro 2015)

40


Fig. 45 |

Fig. 46 |

Fig. 47 |

Fig. 48 |

Fig. 49 |

2. ESTADO DA ARTE

41


Tal como na sinalética, é importante perceber que no design em eventos as

peças não são observadas sobre um ponto de vista estático na medida em que, os visitantes estão em constante movimento e os seus pontos de refe-

rência e percepção mudam. Isto não tem de ser necessariamente um aspecto

negativo, pois o designer pode abraçar esta oportunidade e criar narrativas que surpreendam a audiência e as suas espectativas, fomentando uma ex-

periência mais imersiva. Parte de criar esta narrativa é definir hierarquias

Fig .50 | Lisboa Experimenta Design (2013) Fonte: www. publico.pt 21 Fig .51 | Entrada Festival Meo Sudoeste, Zambujeira do Mar (2015). Fonte: http:// pt-ferias.algarveholidayfun. com/festival-meo-sudoeste.html (Consult. 12 Dezembro 2015)

de informação, quais são os maiores suportes, em que locais são colocados e qual é o anúncio mais urgente. Várias camadas de informação ajudam o

visitante a observar rapidamente o recinto e melhor decifrar o seu layout, têm de responder às suas dúvidas e captar a sua atenção. Estes grafismos

têm de ser compreendidos a várias distâncias e percetíveis em áreas com grandes multidões e grande quantidade informativa, em poucos segundos.

Fig. 50 |

Fig. 51 | www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/ainda-falta-um-mes-para-a-experimenta2013-mas-ja-ha-uma-exposicao-no-aeroporto-de-lisboa-1607740(Consult. 12 Dezembro 2015) 21

42


2.6 3 MERCHANDISE & PRODUTOS DE DIVULGAÇÃO Dispor produtos em linha para maximizar vendas é uma estratégia utilizada

em muitos eventos e stands para atrair clientes às suas marcas e divulgar a sua presença. Esta comunicação pode estar em vigor antes, durante e depois do evento, maximizando a divulgação da marca através da utilização dos seus produtos.

Ao contrário da venda de produtos “comuns” que necessitam competir com outros produtos semelhantes no mercado, como acontece com os espaços de prateleiras em supermercados, em feiras e eventos esse paradigma

é alterado. Os bens comerciais são adquiridos pelo consumidor de uma forma mais seleccionada, ponderada e compararada. Roupa, mobiliário, carros, ou grandes aparelhos são produtos que se escolhem pela adequa-

bilidade, qualidade, preço e estilo (…) Os bens de especialidade, como

os artigos de merchandise, têm componentes únicas ou indentificaçao de marca, pela qual um numero significante de consumidores está disposto a fazer o sacrificio de compra. (LOUREIRO, 2011, p.86)

O objectivo principal é a divulgação da marca para, assim, reforçá-la entre

os competidores e consumidores. É primariamente, dar dimensão ao seu

espaço físico, seja este um stand comercial ou um evento. Para esse efeito,

os produtos de divulgação e merchandise têm de ser integrados de forma coerente e consistente com a restante comunicação para, assim, aumentar o seu poder de divulgação e pertencerem à experiência e ambiente, repre-

sentado a identidade e imagem. Estes produtos devem ser colocados num

ponto estratégico para estimular os consumidores a comprar e/ou a divulgar

a marca o máximo possível. Devem criar oportunidades para o visitante desenvolver um maior conhecimento da marca, ou clarificar a sua posição no mercado.

2. ESTADO DA ARTE

43


O merchandise deve ser fácil de compreender e, simultaneamente, ter uma diferenciação significativa, através da estética e/ou com características singulares para se tornar apelativo e além de ser característico, deve ser ergo-

nómico e não manifestar problemas de usabilidade. Na criação desta linha,

devemos ter em conta o orçamento e a sua função, se vai ser utilizado para fazer lucro através da comercialização e vendas ou se servirá, apenas, para dar reconhecimento à marca/evento. Tendo em consideração esses pontos, deve ser criada uma estratégia de fabrico/produção, de preferência com uma

engenharia sustentável e ecologicamente responsável, com optimização de custos.

A qualidade do produto muitas vezes não é prioritária mas sim o seu efeito. Nos casos de produtos virados para divulgação, são utilizados para adornar o espaço e para simular e intensificar a experiência do visitante. Fig. 52 Há

uma grande variedade de produtos e ofertas dependendo das feiras e das

suas temáticas. Na Bolsa de Turismo de Lisboa é possível experimentar produtos remetentes à gastronomia e turismo, desde cervejas artesanais de regiões interiores do país, a sushi gourmet de hotéis de cinco estrelas, para representar a realidade de cada espaço. Já na Paper Gift podemos receber

exemplares de cadernos e outros tipos de material de escritório exclusivo. Os consumidores são facilmente seduzidos por ofertas aliciantes, gerando mais motivos para se aproximarem do espaço da marca e, consequentemen-

te, adquirir mais informação sobre ela, possibilitando a sua fidelização.

O merchandise pode diferenciar-se através da forma, tamanho, cor, apa-

rência, contornos e estrutura mas, acima de tudo, deve diferenciar-se pela

sua comunicação, pois é destinada a um público-alvo muito específico, os

visitantes do evento. Vários eventos podem ocorrer por várias edições, mas cada um é único e os seus objectos devem primar pela exclusividade. Para

aumentar essa exclusividade podemos limitar a oferta ou o local de compra ou envolver as peças numa acção de activação, recorrendo à coordenação com vários elementos promocionais para comunicar melhor com os visi-

tantes. Há várias estratégias que se complementam. Uma das mais comuns é a comunicação directa com o visitante através da venda, promoção e relações públicas, recorrendo a promotores e hospedeiros, estabelecendo

uma relação mais próxima com o potencial cliente. A combinação de várias

44

Fig .52 | Produtos promocionais ANZ (2015) Fonte: https://anz6627.wordpress. com/2012/06/11/anz-promotional-merchandise/ (Consult. 13 Dezembro 2015) Fig .53 | Produtos promocionais stand Kenzo (2015) Fonte: www.fanimorieres. com/202983/5749213/works/kenzo-goodies-and-others (Consult. 13 Dezembro 2015) Fig .54 | Merchandise Rock IN Rio “Eu Vou” Fonte: www.americanas.com.br/ produto/7456987/baby-look-rock-in-rio-eu-vou-branca-dimona (Consult. 13 Dezembro 2015)


Fig. 52 |

Fig. 53 |

Fig.54 |

2. ESTADO DA ARTE

45


disciplinas traz clareza, consistência e máximo impacto da comunicação, através de um esforço coordenado para gerar interesse e movimento.

É também trabalho do designer, como comunicador, pensar em tácticas

criativas para dinamizar a linha de produtos e o espaço. Utilizar produtos

promocionais é uma técnica de apresentação e promoção eficaz e barata, mais eficaz do que, simplesmente, disponibilizar brochuras, mas já se tornou regra. Cabe ao designer especular novas soluções diferenciadas, num ambiente tão saturado de comunicação e informação. Fig. 55

No entendimento da autora, o merchandise de eventos que aparenta ter maior popularidade são produtos que se tornam um ícone e que marcam

fortemente uma experiência, um fenómeno cultural, fazem parte de uma experiência partilhada e instiga diálogos. Para esse efeito, o designer deve avaliar tendências de mercado e o que pode ser culturalmente relevante no momento, mantendo os standards da empresa/marca e a sua comunicação.

Tal como o próprio evento, estes produtos são efémeros, com uma esperan-

ça de vida moderada e não requerem um laço de confiança entre o produto

e o utilizador. É uma compra de impulso, para guardar como memória e nostalgia. Deve ser actual, corrente e sujeito a modas, mas que identifique e localize o produto num espaço e período de tempo. Fig. 55 |

46

Fig .55 | Produtos, da estreia do filme Star Wars: Force Awakens - O Despertar da Força (2015) Fonte: www.facebook.com/starwarsmovies/?fref=ts (Consult. 18 Dezembro 2015)


2.7 DESIGN DE EXIBIÇÕES Feiras comerciais, activações de marcas, atracções temáticas, exposições mundiais, galerias de museus, centros de visitantes, casas históricas, inter-

pretações paisagísticas e instalações de arte, são tudo áreas que podem ser categorizadas debaixo do termo “exibição”, sejam elas permanentes ou temporárias, com a duração de cinco anos ou cinco dias. No entanto, seja

a sua natureza comercial ou cultural, é a ideia de comunicar uma história

num espaço tridimensional que actua como a ligação entre estes ambientes muito diferentes. (LOCKER, 2001, p.9)22

Um evento/exibição é uma oportunidade única para o visitante. Estes eventos unem indivíduos com um interesse comum, num local específico,

num tempo especifico, para partilharem uma experiência e um propósito escífico. Há inúmeras categorias e tipos de eventos, com actividades e atracções que convidam e celebram um público-alvo.

Estes ambientes tem interesse na vida moderna sendo, grande parte, arti-

ficialmente construída, dando a hipótese a um designer de criar estruturas

e ideias excepcionais e criativas. Com tantas possibilidades os visitantes ficam progressivamente mais exigentes, parte do trabalho de um designer

de exibições é envolver a audiência pretendida projectando um ambiente

envolvente, agradável e de preferência memorável, num espaço que seja sustentável, acessível e de fácil manutenção.

Segundo a definição de Design de Exibições do dicionário de design de ELHROFF e MARSHALL (2008, p.156)

há diferentes maneiras para o público

experienciar um espaço, pode colecionar e estruturar, observar e dife-

renciar, imaginar e olhar, construir e caminhar, e finalmente oferecer, negociar e consumir. Todos os graus de percepção e reflexão – desde ao

envolvimento ligeiro a ser-se movido a um nível profundo, através da ilusão e persuasão.23

Todas as exibições são baseadas numa relação de troca que une os objectos

em exibição aos observadores, misturando convenções e técnica. O design de exibição é, também, responsável por fazer dos eventos reconhecíveis, lógicos e publicamente acessíveis.

TL: Commercial trade fairs, brand experiences, themed attractions, world expositions, museum galleries, visitor centres, historic houses, landscape interpretation and art installation are all areas that can be categorised under the broad umbrella term of ‘exhibition’. Exhibitions may be permanent or temporary, with a shelf life of five years or five days. (…) However, whether commercial or cultural in nature, it is the idea of communicating a story in three-dimensional space that acts as the link between these very different environments. 22

2. ESTADO DA ARTE

47


Para LOCKER (2001, p.34) exibições são para as pessoas, portanto, o designer

deve compreender as necessidades físicas, emocionais e intelectuais de uma grande variedade de possíveis espectadores. Deste modo é possível desen-

volver ambientes acessíveis, educacionais e aprazíveis. Para melhor con-

seguir comunicar com esses espectadores, o designer deve tentar perceber como o público aprende e assim desenvolver métodos que proporcionem essa aprendizagem.

HUGHES (2010, p.29)

acrescenta que uma boa metodologia, para nos certifi-

carmos que o público absorve a mensagem é ter especificado, com o cliente, já na fase do briefing, um resultado ou uma lição que desejem que os visi-

tantes apreendam, este método concentra os esforços do designer a passar

uma mensagem unilateral e, assim, organizar uma exposição que não só tenha bom aspecto, mas que seja focada e que seja correctamente interpre-

tada e experienciada em vez de criar, apenas, composições interessantes a

nível estilístico. Mensagens directas com uma leitura literal e comunicação explícita é uma parte integral no design expositivo

O designer de exibições deve ter, também, vários talentos e habilidades tec-

nológicas numa grande variedade de programas, principalmente se forem projectos pequenos onde a exposição depende unicamente do seu trabalho.

Como profissionais, os designers de exibições que trabalham sozinhos num

projecto além de proficiência informática, devem saber trabalhar consoante prazos; organizar orçamentos; estudar problemas de acesso e sustentabilidade; ter conhecimentos tecnológicos em relação a materiais e novas ten-

dências, mais conhecimentos de gestão e conhecimentos litigiosos; ter boas relações interpessoais, entre várias outras características.

É por este motivo que a grande maioria de projectos é organizado em equipas interdisciplinares, constituídas por designers e outros profissionais de várias áreas. Os designers são elementos fundamentais nessas equipas.

Estes observam e orientam a execução do seu projecto e certificam-se que a mensagem inicial fica preservada. Arquitectos, designers de espaço, designers gráficos e de comunicação, designers industriais, designers de in-

teriores, técnicos de luz e som, engenheiros, construtores, são alguns dos profissionais que colaboram para criar ambientes únicos, com cor, textura, escala, luz, som, movimento, conforto, sensações, cheiro, informação…

TL: (…) different ways for the public to access these; that is, there are many avenues for collecting and structuring, observing and differentiating, imagining and looking, constructing and strolling, and finally offering, negotiating, and consuming. Every degree of perception and reflection— from being involved to being deeply moved, from illusion to persuasion.

23

48


Fig. 56 | Joan Miró: Painting and Anti-Painting Exposição no MoMa The Museum of Modern Art (2009) Fonte: www.flickr.com/photos/themuseumofmodernart/3441092835/ in/album-72157616666513973/ (Consult. 19 Dezembro 2015)

Depois de analisar os requerimentos da exposição e a sua mensagem, é importante ter em conta o espaço da exibição, que será o palco onde se irá inserir/realizar toda a peça. É um passo importante no entendimento do contexto da exposição, para analisar possibilidades e ganhar inspiração.

Este processo pode ajudar o designer a criar uma temática, usando o espaço como inspiração. Após esta análise, é viavél a explorar os atributos e condições do espaço no projecto.

Museus, galerias, locais históricos, paisagísticos e atracções em património, podem ser consideradas sobre o termo de exibições culturais onde a actividade e discurso, muitas vezes, interagem com temas históricos, ou relacio-

nados com conservação, preservação e educação, ou como outros eventos focados na cultura e aprendizagem. Este relatório vai incidir sobre as exi-

bições comerciais onde podemos incluir os stands comerciais, experiências

de marcas, parques e interiores temáticos corporativos, feiras e congressos e, por fim, eventos e atracções de lazer.

No caso de exibições comerciais, ao contrário da simplicidade que

deve estar inerente em exposições focadas na educação, a tarefa do designer torna-se mais complexa, pelo enorme volume de informação presente no espaço, sendo mais improvável que um visitante interaja e retenha a informação devida. Neste contexto de exposições é, também, mais provável que o visitante esteja presente com um sentido de obrigatoriedade, geralmente por motivos profissionais. Fig. 56 |

2. ESTADO DA ARTE

49


2.7.1 FEIRAS Feiras comerciais ou, em inglês, trade fairs ou trade shows, são exibi-

ções comerciais que tratam a promoção económica e comercial prestando serviços para consumidores e profissionais. As feiras beneficiam não só as

grandes companhias mas também todas as empresas, associações, start ups, entre outras entidades de determinado sector da indústria. Uma feira tem

lugar quando negócios ou companhias de um tipo específico se juntam num evento para discutir, vender ou estabelecer relações comerciais entre eles.

No panorama europeu podemos marcar, como início da evolução do

conceito de feiras, o ano de 1925, com a fundação, da Union des Foires Internationales (UFI)24. Feita a paz, após 1945, podemos verificar que a realização de feiras nos países europeus cresceu, progressivamente, nos anos subsequentes à II Guerra Mundial mas foi, sobretudo, nas últimas

duas décadas, que se registou um crescimento mais significativo destes

eventos, com o reconhecimento da sua importância como meio essencial de marketing das empresas/entidades expositoras e dos territórios. Assis-

te-se a um aumento global das feiras como espaço privilegiado e eficien-

te de divulgação de novos produtos e serviços, em virtude da crescente internacionalização da indústria, da procura de novos parceiros comer-

ciais e do aumento do grau de cooperação inter-regional e internacional. (FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA)

Várias regiões, como é o caso de Lisboa, têm espaços próprios de grande

dimensão para a realização destas exposiçõese, como é exemplo a Feira Internacional de Lisboa. Os espaços de feiras atraem milhares de pessoas,

não só ao local da feira mas às cidades em que eles estão inseridos, sendo um estímulo para a evolução económica de uma região e da sua dinamização urbana.

Designers de exibições em feiras não se têm de preocupar tanto com porme-

nores como, a luz, condições atmosféricas, posição geográfica, etc. A feira

é já um espaço preparado e vazio, com o propósito de albergar exibições; logo a maioria da logística está previamente resolvida. É, no entanto, um ambiente absolutamente despido, onde o designer não pode ganhar inspi-

ração através do ambiente, ou fazer um projecto que caracteriza e tira as vantagens do espaço. 24

TL: União de Feiras Internacionais

50

Fig .57 | Feira Maimarkt in Mannheim, Alemanha (2014) Fonte: http://tradefairger.blogspot.pt/ (Consult. 19 Dezembro 2015) Fig .58 | International Gifts, Handicrafts, Watches & Houseware Fair, na China (2014) Fonte: http://www.jetro. go.jp/j-messe/tradefair_en/ GIFTS_42326 (Consult. 19 Dezembro 2015) Fig .59 | Electronic Entertainment Expo, ou E3, nos EUA (2014) Fonte: http:// whatrhinosaid.com/2015/06/12/ e3-is-coming/(Consult. 19 Dezembro 2015) Fig .60 | Feira Euroflora, na Itália (2014) Fonte: www. altraeta.it/turismo/eventi/euroflora-tra-firenze-e-genova/#prettyPhoto (Consult. 19 Dezembro 2015)


Fig. 57 |

Fig. 58 |

Fig. 59 |

Fig. 60 |

2. ESTADO DA ARTE

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Nestes eventos, a natureza da exibição e do seu público vai determinar a co-

municação e a estratégia do designer sendo, normalmente, de temas muito

especializados. A comunicação deve ser clara e sucinta focando uma marca (branding) e imagética inteligível, como já foi descrito nos tópicos anteriores.

As feiras, no panorama de exibições comerciais, têm uma enorme quantidade

de informação e competição visual. Não é só importante a quantidade do espaço que se ocupa, mas a capacidade do designer de transpor a mensagem

correcta aos visitantes adequados. Os expositores devem apostar na inovação e design como ponto determinante de competitividade.

O website da FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA descreve, como boas razões para a participação em feiras, o facto de serem um meio económico e efi-

ciente para conquistar quota de mercado, onde se proporciona no mesmo

espaço e num curto período de tempo uma ampla oferta de produtos/serviços e informação. Nestes espaços é possível estabelecer contacto directo com novos clientes, entre os quais concorrentes, fornecedores, potenciais repre-

sentantes e distribuidores, prescritores e consumidores e permitem aferir, de imediato, a reacção dos visitantes a novos produtos e serviços.

As feiras possibilitam apresentações e demonstrações ao vivo onde as

marcas podem recorrer a técnicas de marketing e divulgação, próximas do público-alvo e dos media. Os expositores poderão também observar outros competidores, o seu posicionamento no mercado e as tendências do sector, que são vantagens óbvias para todas as entidades participantes.

A natureza temporária deste género de exibições faz delas grandes consu-

midores de materiais e energia. Um designer deve ter esta efemeridade em

mente em qualquer projecto concebido para feiras onde, tanto a montagem e construção, como a desmontagem têm de ser realizadas em poucos dias.

Além da criação e design do espaço em si, o autor deve pensar em métodos de transporte e montagem dos materiais, possíveis obstruções que possam haver na área (como pilares), requerimentos elétricos e de canalização, pre-

paração do pavimento, pormenores estruturais com base em engenharia e ponderar os riscos de construção.

52


A maioria das feiras é organizada e planeada seguindo corredores, formando várias ruas, umas mais largas outras menos, como uma cidade, que assegu-

ram a boa circulação da feira. Os expositores escolhem o seu espaço, a

sua posição e área consoante o seu orçamento. Normalmente os espaços

mais caros serão sempre os mais próximos da entrada/bilheteiras e aqueles mais próximos das avenidas principais, os que têm mais tráfego. (HUGHES, 2013, p.58)

Estas considerações vão influenciar o projecto desde o início.

Os visitantes necessitam de um sentido de localização e orientação, que os

faça envolver com mais facilidade no ambiente para adquirir mais níveis de informação.

2.7.2 CONGRESSOS Produzir projectos para congressos é muito semelhante a produzir projectos para feiras. As considerações mantém-se as mesmas, desde a transito-

riedade do evento, à localização, às grandes camadas de informação, são ambos bastante análogos. Há, no entanto, uma diferença entre os congres-

sos e eventos que é chave, o público e o tema. Congressos são reuniões que

tratam de negócios de interesse geral ou internacional, sendo usualmente de natureza didática (ou persuasiva).

Os congressos reúnem pessoas com interesses comuns a fim de visar de-

terminados assuntos, comunicar trabalhos, apresentar propostas ou trocar

ideias. Há uma problemática em comum e os congressos são uma ocasião para resolver questões por parte dos participantes. Os oradores, assim como a maioria dos visitantes conhecem, em profundidade, os temas em discus-

são e são apresentados projectos e propostas. Há um objectivo conjunto

para alcançar, determinados tópicos a debater e, por fim, transmitir, expor e fazer o intercâmbio de conhecimentos numa matéria.

O público-alvo é restrito a profissionais ou conhecedores da mesma esfera profissional e estes encontros são executados por organizações ligadas à ac-

tividade em questão, contando com a participação de representantes, corpos legislativos, sábios, diplomatas e chefes de estado.

2. ESTADO DA ARTE

53


Os espaços onde se realizam os congressos têm de ser preparados com

equipamentos audiovisuais e recursos tecnológicos que enfatizem as con-

cepções transmitidas, ou que simplifiquem o entendimento dos conceitos

apresentados. Os palcos, usualmente, são o elemento mais trabalhado. Entre as actividades do evento podem realizar-se, painéis, palestras, simpósios, ex-

posições, demonstrações, a realizar num congresso no espaço de poucos dias. Um designer que trabalhe para um congresso tem de ter em conta a espe-

cialização dos visitantes e tentar compreender o tema para conseguir criar

uma solução com que este público se identifique e reconheça. Numa feira os

temas são mais abrangentes e o público é mais variado, a essência do evento é menos académica e/ou cientifica, mesmo aqueles exclusivos para profissionais podem aprofundar um determinado sector, mas não se focam tanto numa

questão. Costuma haver uma coerência mais marcada entre materiais, design e stands, como é exemplo o ESHRE. Há um tema que tem de ser óbvio e há menos informação dispersada que num evento comum ou numa feira.

As cimeiras são semelhantes a congressos e conferências mas têm maior dimensão, com órgãos e assembleias mais significativos que envolvem discursos entre lideres e/ou governos. Fig. 61 |

Fig. 62 |

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Fig. 63 |

Fig .61 | Congresso Awakening (2014) Fonte: http://theleadershipcollective. org/creativity/media-pro-tips -light-rigging-setup-design/ (Consult. 19 Dezembro 2015) Fig .62 | Electronic Entertainment Expo, ou E3, Conferência da Microsoft (2014) Fonte: http://www.gamespot. com/articles/why-microsoft-won-e3-2014/1100-6420502/ (Consult. 19 Dezembro 2015) Fig .63 | Congresso Blue Bussiness Fórum, Portugal (2015) Fonte:www.youtube.com/ watch?v=6OGCGjbW9KU (Consult. 19 Dezembro 2015)


2. ESTADO DA ARTE

55


3. A EMPRESA 3.1 A HISTÓRIA

A AIP Em 1837, foi formada em Lisboa a Associação Promotora da Industria Fabril,

uma das primeiras manifestações de associativismo empresarial criada, por

vários fundadores comerciantes saídos da Associação Comercial de Lisboa. Após meio século em 1886, passou a ser conhecida pela designação actual, a Associação Industrial Portuguesa.

A Associação Industrial Portuguesa tem permanecido um corpo dinâmico

em constante evolução pretendendo, ser pioneira de um mundo em mudança ouvindo a voz dos empresários e, contribuindo, estavelmente para o pro-

gresso do país. (MATOS, 2008, p.5) Tem como missão garantir e potenciar o desenvolvimento harmonioso da indústria portuguesa e formar uma comu-

nidade empresarial e uma via de unificação institucional. Esta associação constitui, um factor crítico no desempenho das organizações e empresas

dando, oportunidades e desafios de competitividade. Ajuda, igualmente, a reduzir desvantagens competitivas.

A AIP tem um modelo de intervenção que vai de encontro às áreas estratégi-

cas de desenvolvimento, traduzidas na gestão, na qualidade, no ambiente, na segurança e saúde no trabalho. Em 176 anos a associação procurou através

da sua história participar, activamente, na competitividade de Portugal entre

nações. É o resultado de um associativismo empresarial forte, dinâmico e criativo que, reforça, a internacionalização do tecido empresarial português.

56


Há vários momentos chave na história da AIP. Para pertinência deste relatório, destacamos, algumas das datas mais relevantes para o design em Portugal: 1837| Fundação da AIP 1886| A Associação Promotora da Industria Fabril muda a sua designação para Associação Industrial Portuguesa.

1888| Exposição Industrial Portuguesa, com presença de 1214 expositores portugueses.

1889| A AIP organiza a representação de Portugal na Exposição Universal de Paris, manifestação que assinala o primórdio da revolução industrial.

1932/1933| Realiza-se em Lisboa a Grande Exposição Universal Por-

tuguesa, promovida pela AIP. Decorreu em simultâneo na segunda fase do evento, o primeiro Congresso da Industria Nacional.

1937| A AIP Participa na Exposition Internationale des Arts et Techniques dans la Vie Moderne31 em Paris. Um importante marco histórico no design em Portugal e no mundo.

1960| Primeira Feira Internacional de Lisboa, sequência logica do cres-

cimento económico do país onde Portugal compreendeu o papel das feiras como factor dinamizador da economia e cultura.

1971/1973| Exposições I e II de Design Português na FIL, primeiro fórum

de conferências e actividades dedicado ao design em Portugal, organizado por Maria Helena de Matos directora do Núcleo de Design Industrial.

Actualmente a AIP procura respostas criativas ousadas que alavanquem um novo modelo de desenvolvimento para, complementar, a integração europeia de Portugal. Esperam colocar o país numa trajectória com relevância internacional para, suportar uma globalização de uma economia susten-

tável e competitiva, associada ao empreendedorismo cultural. Com enfase

em desafios que põem à prova a nossa identidade nacional investindo na modernização e inovação. (MATOS, 2005, p.254-255) 31

TL: Exposição Internacional de Artes e Técnicas na Vida Moderna

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

57


AIP-FCE A AIP Feiras Congressos e Eventos (AIP-FCE) é o organismo empresarial

da Fundação AIP responsável pela exploração e gestão da Feira Internacional de Lisboa (FIL) e do Centro de Congressos de Lisboa (CCL). Esta

entidade tem como base os princípios da Associação, promovendo o desen-

volvimento económico e social do país, centralizando os seus esforços na área de Lisboa.

Esta divisão da AIP trabalha em conjunto com múltiplas entidades e organismos públicos para apoiar e promover empresas, associações e outras

iniciativas de empreendedorismo, através, de várias acções. A sua activida-

de principal é a organização e acolhimento de eventos, feiras e congressos, possibilitando, a difusão de conhecimentos e experiências e o desenvolvimento de negócios para empresas de vários sectores e actividades económicas.

Tal como a associação AIP a AIP-FCE proporciona, às empresas portugue-

sas, condições para o seu crescimento para aumentarem de forma dinâmica a sua produtividade e capacidade competitiva no mercado nacional e in-

ternacional dando, valor à inovação e criatividade. Dá a oportunidade às empresas de formar contactos entre vários sectores competitivos através de várias iniciativas, seja na organização de eventos ou através de embaixa-

dores da indústria que se deslocam a feiras internacionais e promovem os produtos e serviços portugueses. A FIL promove contactos de negócio, conFig. 64 |

58

Fig .64 | Feira das Industrías, Lisboa, edifício da FIL, concebido pelo arquitecto Keil do Amaral e Alberto Cruz. (1957) Fonte: Estúdio Mário Novais, www.flickr.com/photos/biblarte/ Fig .65 | Feira das Indústrias Portuguesas (1957) Fonte: Estúdio Mário Novais, www.flickr.com/photos/biblarte/ Fig .66 | Feira das Indústrias Portuguesas (1957) Fonte: Estúdio Mário Novais, www.flickr.com/photos/biblarte/


cebendo, desenvolvendo, comercializando e organizando Feiras de âmbito

regional, nacional e internacional, contribuindo para o desenvolvimento

do tecido económico e da economia nacionais, em estreita articulação com as entidades e políticas públicas de apoio às empresas e as estruturas associativas empresariais. (FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA, 2015, s.p.)

A lista de serviços prestados pela AIP-FCE incluem: a organização e dina-

mização de feiras e salões de âmbito nacional e internacional; promovem o

intercâmbio de contactos; marketing e gestão das feiras; relações públicas

e comerciais; entre muitos outros serviços e profissões envolvidas neste

universo de planeamento e construção de feiras congressos e eventos. Além

destas funções a AIP-FCE disponibiliza a eventos exteriores realizados da FIL e CCL, apoio técnico, recepcionismo, segurança e outras comodidades.

Fig. 65 |

Fig. 66 |

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

59


Fig. 67 |

Fig. 68 |

Fig. 69 |

60


FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA As primeiras instalações da Feira internacional de lisboa e primeira grande

estrutura física da AIP foram inauguradas em 1957 na Junqueira, projectadas pelo arquitecto Keil Amaral. Foi neste espaço e nesse ano que a FIL arranca

com a primeira edição da Feira das Indústrias Portuguesas, um enorme

sucesso que juntou uma unanimidade inusitada em Portugal. Estas instala-

ções resistem, ainda, actualmente sendo agora o Centro de Congressos de

Lisboa (CCL). O CCL será sempre um grande espaço aquitectónico onde se realizaram centenas de eventos e montras de empresas e produtos internacionais, tendo sido visitado por milhares de pessoas ao longo das décadas.

A partir desse ano as actividades da FIL vão se desenvolvendo com regula-

ridade, representando um alargado número de sectores económicos cobertos pelas suas feiras, introduzindo progressivamente diversas mais-valias tanto para expositores como para visitantes.

As instalações da FIL situam-se, actualmente, no Parque das Nações desde

o final da Expo’98. Durante a Expo’98 as instalações foram utilizadas para o evento mas, o projecto de construção concebido pelos arquitectos A. Barreiros Ferreira e A. França Dória foi elaborado propositadamente para albergar

as novas instalações da FIL. No dia 13 de Março de 1999, a feira Nauticampo inaugurou o seu novo parque de feiras, no Parque das Nações.

O Parque de Exposições da Feira Internacional de Lisboa acolhe anualmente Fig .67 | Vista geral da feira de Antiguidades, Feira Internacional de Lisboa (1963) Fonte: Estúdio Mário Novais, www.flickr.com/photos/ biblarte/ Fig .68 | Feira Internacional de Lisboa, Stand da Altamira (1960) Fonte: Estúdio Mário Novais, www. flickr.com/photos/biblarte/ Fig .69 | Exposição Internacional de Paris, Pavilhão de Portugal. Comissão: António Ferro, Autoria: Keil do Amaral (1937) Fonte: Estúdio Mário Novais, www.flickr.com/photos/biblarte/

cerca de 40 eventos. As actividades da FIL vão desde a organização de feiras,

passando pelo aluguer de espaço para iniciativas de terceiros, oferecendo toda uma gama de serviços complementares à actividade feiral. Com periodicida-

de, normalmente, anual ou bianual, as feiras estendem-se aos mais variados sectores de actividade económica dos quais destacamos o Turismo, o Mobi-

liário, a Alimentação, a Hotelaria, a Decoração, a Construção, o Artesanato e Tencologias. As feiras na FIL dividem-se entre três tipos: as feiras exclusivas para profissionais, as feiras para o público e as feiras mistas.

A FIL, para além do seu objectivo principal que é o de organizar feiras, aluga as suas instalações a terceiros para os mais variados eventos, tais como, Feiras, Exposições, Conferências, Congressos, Reuniões, entre outros.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

61


3.1.1 DESIGN GRÁFICO NA AIP As feiras introduziram-se gradualmente nos hábitos dos lisboetas, trazendo

anualmente várias imagens em contínua mudança que publicitam evento atrás de evento, deste a primeira Feira Internacional de Lisboa em 1960. Esta é uma época em que o design gráfico como disciplina começava a ganhar dimensão e relevância em Portugal.

Ao longo dos anos, estes objectos evoluíram não só tecnicamente, mas a

nível da simbologia utilizada e expressão gráfica, desenvolvendo e espe-

lhando uma relação com a sociedade e com a cidade de Lisboa, seguindo as modas dos tempos, capturando momentos e estilos contemporâneos.

Podemos assistir à evolução das técnicas e das tecnologias na produção

destes materiais impressos. Isto permite acompanhar a evolução das ex-

pressões gráficas, que são uma condicionante na produção de design. (FRAGOSO, p.47, 2012)

Pormenores tão importantes, que actualmente damos

como garantidos, como a utilização de cores garridas e gradientes, à variada escolha tipográfica que nos é hoje apresentada, ou a impressão em massa e em grande escala, apresentavam grandes dificuldades para os designers

da altura.

O livro de cartazes de 1960-1999 da AIP (1999) foi o principal guia utilizado

para esta contextualização histórica. Agrupa em vários períodos de tempo vários cartazes para a FIL, correspondendo a diferentes estéticas e maneiras de ver a função publicitária desde o primeiro cartaz em 1960. Fig. 70 |

Fig. 71 | Fig .70 | Cartaz da FIP, Feira das Industrias Portuguesas por Tomaz de Mello (1940) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .71 | Cartaz da 1ª Feira Internacional de Lisboa por Tomaz de Mello (1960) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa

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ANOS 60 Durante a década de 50, o sector gráfico da FIL já se começava a esboçar

com colaboração de Fred Kradolfer, Manuel Lapa e Carlos Rafael. Estes artistas contêm uma extensa obra produzida durante os anos 40, são per-

cursores do design gráfico em Portugal. Estes definiram gradualmente uma imagem gráfica para a então Feira das Industrias Portuguesas (FIP), a antecessora da FIL. Fig. 70

A primeira década de design nos anos 60 foi dominada pela personalidade

de um único autor, Tomás de Melo ou TOM, que assina os anúncios da FIL de 1960 até 1971. Tom não só fez o design do primeiro cartaz da primeira Feira Internacional de Lisboa Fig. 71, como realizou o design dos primeiros

salões de antiguidades, da Nauticampo e da Filgráfica. Fig. 72, 73 e 74

Enquanto artista TOM preferia valores plásticos a pictóricos, o que fez dele um autor indicado para trabalhos gráficos, preferindo as formas e elemen-

tos decorativos à pintura tradicional. Já a sua pintura continha assináveis

valores estruturais. Antes de trabalhar para a FIL era já um participante activo em exposições e salões, nomeadamente do Secretariado de Propaganda Nacional (SNI) (AIP, 1999, s.p.)

TOM trocou a pintura e instalou-se como publicista e decorador de stands de feiras industriais e exposições comemorativas. Desenvolveu as suas ca-

pacidades expressivas por toda a década de 40, com encomendas oficiais de um António Ferro que protegia e precisava de artistas modernos e ousados que fossem inovadores de um universo gráfico em profundo arejamento. (AIP, 1999, s.p.)

Este seu caracter traduz-se no design dos seus cartazes para a FIL, cari-

caturais e pictóricos, realizando outros exemplos mais sérios ainda plenos de policromia Fig. 74

Os cartazes representavam também o gosto popular e anunciavam os res-

pectivos eventos em espaços públicos. Portugal manteve-se sempre um pouco atrasado nas tendências em relação aos outros países, como por

exemplo a Pop-art, prolongando um gosto mais historicista, representativo de um conservadorismo mental e social.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

63


Esta foi uma excelente colaboração com grande coerência, não só pela in-

temporalidade do seu trabalho, mas pelas características plásticas dos seus cartazes. TOM apresenta o seu num estilo pessoal e consegue dar ao longo da década de 60 uma imagem de marca às feiras da AIP, limitada ao nível das técnicas mais modernas da época. Fig. 72 |

Fig. 73 |

Fig. 74 |

Fig. 75 |

Fig. 76 |

Fig. 77 |

Fig. 78 |

Fig. 79 |

Fig. 80 |

64


ANOS 70 Fig .72 | Cartaz para a feira Nauticampo, por TOM (1967) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .73 | Cartaz 1º Salão de Antiguidades, por TOM (1963) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .74 | Cartaz 1ª FILGráfica , por TOM (1969) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .75 | Cartaz da 5ª Feira Internacional de Lisboa por TOM (1964) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .76 | Cartaz da 7ª Feira Internacional de Lisboa por TOM (1967) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .77 | Cartaz 3ª Nauticampo, por Luiz Afonso Alves (1969) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .78 | Cartaz 5º Salão de Antiguidades, por Luiz Afonso Alves (1970) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .79 | Cartaz 4ª Nauticampo, por Luiz Afonso Alves (1970) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .80 | Cartaz FILMODA, por Luiz Afonso Alves (1971) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa

Os anos 70 foram marcados pela intervenção de novos autores de gerações

mais recentes. Estes autores trouxeram maior invenção e experimentalismo, e maior diversidade de soluções, descontinuando a formação de TOM, enca-

minhando para uma nova era de incoerência expressiva. Os cartazes da FIL já não tinham uma forma e uma imagem de marca como na década anterior, onde todos os projectos eram realizados pelo mesmo artista/designer.

Entre os novos autores, destaca-se pela quantidade de trabalhos realizados,

Luís Filipe e António Martins. Esta década ficou marcada por uma maior abertura no sector gráfico com profissionais mais especializados, ao contrá-

rio de tempos anteriores, onde os designers gráficos eram maioritariamente artistas plásticos ou arquitectos.

Estes profissionais tinham oportunidade de adquirir uma formação mais técnica, como na escola António Arroio e na escola de Belas Artes. Havia uma maior difusão de publicações periódicas, que possibilitou a abertura de

um mercado de trabalho mais alargado para jovens gráficos. Foi um período em Portugal onde finalmente se começava a mostrar interesse pelo Design.

Os atelieres eram locais onde se trabalhava e aprendia o ofício, desde montras, cartazes, rótulos à marca. (FRAGOSO, p.57, 2012) A passagem por alguns atelieres garantia a valorização do currículo e eram uma das principais fontes de aprendizagem contemporâneas.

Os designers gráficos tinham de saber executar uma grande lista de habilidades artísticas, como desenho e desenhos técnicos. Tinham de ser informados e criativos, assim como ter capacidade de improvisação e de inter-

pretação. No caso de ausência de designs originais os designers deveriam ser capazes de copiar documentos manualmente. A aprendizagem calcava-se com base na experiência, através da prática do ofício adquirida gradualmente entre erros e sucessos. (FRAGOSO, 2012, p.53)

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

65


No início da década, houve ainda uma tentativa de dar continuidade aos

trabalhos de TOM, com cartazes focados na policromia e caricaturas. Esta

estética evoluiu para composições que procuram o desenho mais rigoroso

das letras, com cores elementares e geometrismo purista. As letras adquirem supremacia na composição. Fig. 83 e Fig. 85

Outra tendência dos cartazes nos anos 70 é a estilização figurativa, ou geometrização de elementos, transformando-os em formas elementares compo-

sitivas que remetem para formas do quotidiano com conotações simbólicas. Fig. 84

No final da década, os elementos já são tratados com maior simpli-

cidade o que aumenta a sua carga expressiva. Chegou-se a uma síntese do tratamento da tipografia e do objecto, a um meio-termo entre as duas estéticas predominantes.

Fig. 81 |

Fig. 82 |

Fig. 83 |

Fig. 84 |

Fig. 85 |

Fig. 86 |

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ANOS 80 Fig .81 | Cartaz Salão Automercado, de veículos usados, por Manuel Garcia (1979) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .82 | Cartaz Intercasa, salão de mobiliário e decoração, por Carlos Queirós (1979) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .83 | Cartaz FILEME, salão de equipamento de escritório e mobiliário, por Luiz Afonso Alves (1979) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .84 | Cartaz FILPLAST por Luiz Afonso Alves (1973) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .85 | Cartaz FILTEL, salão de equipamento hoteleiro e tempos livros, por Luiz Afonso Alves (1979) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .86 | Cartaz Meditour, bolsa de turismo, por Luiz Afonso Alves (1979) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa

Entrando nos anos 80, a média de eventos realizados na Junqueira já rondava os 15-20 eventos por ano. Com esta popularidade das feiras,

nasceram igualmente novas oportunidades para a criação de imagens mais diversificadas e consequentemente, mais hipóteses de experimentar novas soluções gráficas.

Uma tendência que surgiu no design dos cartazes da FIL nesta década, foi a

introdução de composições que recorriam a fotomontagens e a fotografias. Apesar de serem imagens básicas e pouco detalhadas, esta introdução da

imagem fotográfica deu aos designers do atelier, múltiplas novas formas de exploração e experimentação gráfica para os seus projectos. Fig. 87, 88, 89 e 90 A fotografia ganhou novo destaque na comunicação, no entanto, continua-

vam a ser desenhadas imagens puramente gráficas, agora mas com algumas diferenças em relação à década anterior. Os designers optavam por repre-

sentar motivos gráficos mais simplificados, com a presença de motivos mais

figurativos ou naturalistas. Surgiu também uma inclinação, para escolher

tipografias mais discretas, com tipos de letra mais clássicos e correntes. A tipografia perdeu algum destaque nas imagens, abandonando a tendência da fase anterior.

Os cartazes da década de 80 são mais próximos do abstracionismo e da

simplicidade formal, chegando a resultados mais claros e menos carregados

visualmente, acompanhados por uma expressão mais leve e poética. Muitos exemplos utilizam traços propositadamente mais ingénuos e livres remetendo para as artes gráficas. Fig. 91 e 92

Luís Filipe e António Martins continuam a ser os artistas principais do atelier e os criadores da maioria dos trabalhos para a Feira Internacional de Lisboa.

A década de 80 e 90 foi mais fácil obter testemunhos, tendo a autora traba-

lhado e contactado directamente com alguns dos profissionais que passaram

por esse período na FIL. Na década de 80 assim como na década de 90, em Portugal, houve um boom de designers e arquitectos portugueses, fruto do crescimento e divulgação da profissão no país. A oferta de novas oportunidades de aprendizagem cresceu e com estas surgiram novos interessados.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

67


A FIL e o seu departamento de design e serviços técnicos eram espaços visi-

tados por vários artistas e estudantes de design e arquitectura. Lá poderiam

aprender mais sobre o campo, sendo uma estrutura excelente de ensino de várias áreas artísticas.

A FIL Design antigamente funcionava mais como um atelier, e não tanto como uma empresa, onde era apontado a cada designer uma feira a trabalhar e ele exerceria acompanhamento total sobre o seu projecto, tendo meses de

antecedência para a criação de uma imagem. A tecnologia e a informatiza-

ção do design vieram mudar este paradigma. Até aos tempos modernos, o design gráfico era um processo muito mais artesanal.

Os croquis e estudos eram criados manualmente, muitas vezes a preto e branco, onde a cor era indicada posteriormente segundo um catálogo PANTONE. As escolas tipográficas eram escassas, o que resultava em pouca

diversidade, fazendo do Design Gráfico, uma actividade muito individual e acima de tudo artística.

Não eram destacadas funções nem havia diferenças entre designers, sejam hierárquicas ou técnicas. O designer tinha poder sobre a escolha dos ma-

teriais e sobre a execução final do projecto, num processo essencialmente manual, desenvolvendo a fundo a sua imagem assinando o seu projecto como artistas.

A construção e criação de todas as peças eram feitas através deste processo, incluindo as peças em grandes formatos. Nestes casos, o designer tratava de criar a imagem à escala e essa imagem seria projectada para os suportes através de slides. Os técnicos de montagem trabalhavam sobre essa projecção

pintando as telas à mão, um processo que demorava até cinco dias, dependen-

do do grau de pormenor persente na imagem. As telas eram muito caras feitas

de pano-cru, eram por esse motivo pintadas e repintadas, tornando o material extremamente pesado com várias camadas de tinta.

Ao contrário da comunicação das feiras na FIL actuais, não se encontram

muitos exemplos antigos de design gráfico que explorem imagens fotográ-

ficas pormenorizadas, eram maioritáriamente imagens muito geométricas e formais. As nuances das fotografias, como as cores, pormenores e gradien-

tes eram incrivelmente difíceis de representar e reproduzir, tendo em conta que até recentemente as telas e murais eram produzidos manualmente.

68

Fig .87 | Cartaz FILAGRO, salão de agricultura. por Luiz Afonso Alves (1980) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .88 | Cartaz Keramica, salão internacional de cerâmica industrial, por José Cortesão (1984) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .89 | Cartaz FILTécnica, salão de metalurgia e mecânica por António Fernandes Martins (1984) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .90 | Cartaz Simac, salão de construção e obras públicas, por António Fernandes Martins (1986) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .91 | Cartaz Ceramex, salão internacional de artes domésticas e decorativas, por António Fernandes Martins (1986) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .92 | Cartaz JUVENTUS, festival internacional da infância, por António Fernandes Martins (1984) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .93 | Cartaz FILOTEL salão de mobiliário e equipamento hoteleiro, por António Fernandes Martins (1982) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .94 | Cartaz Automercado, mecado veículos usados, por Manuel Garcia (1981) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .95 | Cartaz Lartécnica, salão de artigos para o lar, por António Fernandes Martins (1986) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa


Fig. 87 |

Fig. 88 |

Fig. 89 |

Fig. 90 |

Fig. 91 |

Fig. 92 |

Fig. 93 |

Fig. 94 |

Fig. 95 |

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

69


ANOS 90 Com os novos avanços tecnológicos começou uma nova era de design

gráfico, tanto na FIL como no resto do mundo. A informatização trouxe aos designers novas possibilidades técnicas para transpor para as suas imagens,

como por exemplo: a digitalização e computação de conteúdos, vastas pos-

sibilidades de tratamento da imagem, novas técnicas de impressão como o offset, facilidade de pré-visualização e pré-impressão, facilidade de trans-

posição entre meios, tanto para meio físico (impresso) como digital (tv, internet, animação). É agora possível levar os designs a uma esfera muito

mais alargada de pessoas e culturas, e aumentar drasticamente a divulgação da imagem e do evento.

Em comparação às restantes décadas, agora é possível a impressão em

grandes formatos e novas dimensões, produzidas em poucos minutos, em

variados materiais. Antigamente demorava horas pintar telas e murais, agora é possível cobrir edifícios com quase nenhum esforço.

A globalização trás uma substituição de paradigmas. Há uma propagação

de influências que transmite novas interpretações de evidências e valores, anteriormente enraizados na nossa cultura. É uma época de progresso e

mudança de mentalidades, com conhecimentos e informação mais acessível a toda a sociedade que o procura, resultando numa evolução do património cultural comum.

Este é o enquadramento que se apresenta no design da FIL nos anos 90, com imagens que ilustram um grande ecletismo de expressão, e mostram

variados caminhos no campo das artes gráficas, reproduzidos por uma variedade de artistas novos, agora chamados designers, formados especificamente nesta profissão.

Observa-se uma libertação gráfica mais inventiva, que não era tao nítida nas fases anteriores. Com imagens tratadas com mais vivacidade e criatividade,

fruto das novas capacidades tecnológicas. É, portanto, mais difícil destacar

um estilo ou linha gráfica pela grande variedade de soluções, ao contrário dos anos anteriores. A imagem já não é um marco artístico, mas uma repre-

sentação da feira/evento e dos seus ideais únicos, não especificamente do ponto de vista do designer. É apresentado aquilo que o cliente pretende que a feira/evento represente.

70

Fig .96 | Cartaz Segurex, salão internacional de protecção e segurança. por Samuel Pedro (1997) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .97 | Cartaz FIA Lisboa, salão internacional de artesanato, por Madalena Alves (1997) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .98 | Cartaz SIMAC, salão internacional de construção e obras públicas, por Samuel Pedro (1995) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Fig .99 | Tela “Interiores” salão de decoração (1995) Fonte: Fotografia cedida por José Manuel Mendes Fig .100 | Tela Bolsa de Turismo de Lisboa (1999) Fonte: Fotografia cedida por José Manuel Mendes


Infelizmente perderam-se a maioria dos registos referentes às actividades e

trabalhos da empresa a nível gráfico, existindo actualmente pouco suporte histórico. A maioria do material presente nesta contextualização foi adquirido consultando antigas publicações da Associação Industrial Portuguesa.

Na opinião da autora, há actualmente pouco aproveitamento do espaço da FIL Design e da sua história, Tanto a nível do design como a nível da di-

vulgação da empresa não há uma grande divulgação da sua vasta história, o mesmo podemos dizer sobre as oportunidades de ensino/formação.

A mestranda beneficiou de todas estas experiências e ensinamentos dados por um espaço icónico do design em Portugal com mais de 50 anos de ex-

periência. É um desperdício não se registarem oportunidades como eram dadas nos anos 80 a alunos e aspirantes, que pretendem absorver mais conhecimentos na área do design de exposições éfemeras.

Fig. 96 |

Fig. 99 |

Fig. 97 |

Fig. 98 |

Fig. 100 |

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

71


3.2 NA ACTUALIDADE Depois de compreendida a história, o motivo da escolha do estágio e da entidade de acolhimento, e após reflectirmos sobre a contextualização teórica que suporta todo o trabalho produzido, passamos para uma dife-

rente contextualização, a contextualização da empresa na actualidade. Este capítulo descreve o ambiente da empresa, que tipo de trabalhos desenvolve, quais as suas metodologias e qual é o seu espaço no mercado. SERVIÇOS A FIL Design procura estar envolvida em todo o processo de design desde

a construção do briefing, à ideação do projecto, até à sua construção e

montagem, tendo em consideração as necessidades orçamentais, de divulgação e marketing do cliente.

A empresa pretende analisar e resolver problemas de forma eficaz, com uma

adequação estratégica do design. Na FIL Design não é produzido somente um produto. A empresa procura com a sua experiência decidir e informar qual a melhor solução consoante o pedido, satisfazendo tanto os utiliza-

dores como o cliente, exercendo simultaneamente controlo de qualidade e da comunicação.

A concepção dos projectos é baseada conforme as funções e requerimen-

tos necessários tendo em conta o ciclo de vida do design e o seu carácter

efémero. Tanto em eventos, como em stands todo este processo de decisão tem uma importância tremenda no resultado final, na sua adequação ao público e no custo total de produção.

Mais especificamente, a empresa foca-se na criação de soluções a partir de stands standard universais e estruturas modulares com perfis de alumínio, assim como na realização de stands únicos e específicos; Soluções com

integração de meios áudio visuais e multimédia, com métodos de interação com o visitante através da imagem, som e ambiente recorrendo a técnicas mistas; Decoração e concepção de ambientes; Soluções gráficas de grandes e pequenos formatos tanto para stands como para eventos, feiras e congressos; e Montagem e produção destes conteúdos.

72


A empresa também tem experiência e eficiência na aplicação de recursos, sendo especialistas na manufactura, instalação técnica, manutenção e aproveitamento e reciclagem de materiais.

DESIGN| Criação da narrativa e Conceito, Modelação 3D, Design Gráfico, Desenhos Técnicos, Design Interactivo e Multimédia, Avaliação de oportunidades criativas e estruturais.

MONTAGEM| Construção, Carpintaria e Pintura, Produção Gráfica, Instalação áudio visual e elétrica, Pavimentação, Reparação e Montagem, Escul-

tura, Canalização, Conservação e Restauro, Armazenamento, Reutilização e Reciclagem

LOGÍSTICA| Organização e coordenação de conteúdos, Curadoria, Avaliação das necessidades e metas do negócio, Aconselhamento técnico, Engenharia, Orçamentação e Secretaria. Comerciais e relações públicas

A AIP e as suas empresas têm um modelo de intervenção que vai de encontro a áreas estratégicas de desenvolvimento, traduzidas na gestão, na qualidade, no ambiente, na segurança e saúde no trabalho. Em 176 anos a associação

procura através da sua história participar activamente na competitividade de Portugal entre nações. Este é o resultado de um associativismo empreFig .101 | Serviços Técnicos FIL DESIGN, escritórios (2015) Fonte:www.fildesign.pt

sarial forte, dinâmico e criativo, reforçando a internacionalização do tecido empresarial português.

Fig. 101 |

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

73


Fig. 102 |

Fig. 105 |

Fig. 103 |

Fig. 106 |

Fig. 104 |

Fig. 107 |

74


PORTEFÓLIO Fig .102 | Carpintaria, Serviços técnicos da FILDESIGN Fonte: www.fildesign.pt

Sendo uma participante assídua no maior núcleo de exposições e eventos

Fig .103 | Colocação de Pendões Fonte: www.fildesign.pt

tuições públicas, como o a Instituto do Emprego e Formação Profissional

nacionais, a FIL Design tem a oportunidade de trabalhar com múltiplos clientes dos mais variados sectores, realizando trabalhos tanto para insti-

Fig .104 | Pintura de estruturas Fonte: www.fildesign.pt Fig .105 | Área da Eletrecidade Fonte: www.fildesign.pt Fig .106 | Montagem de Stands Fonte: www.fildesign.pt

(IEFP), variados Ministérios como o ministério da Justiça, da Saúde, da

Defesa e da Educação e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), como para empresas de renome. Entre a lista de clientes podemos destacar os Aeropor-

tos de Portugal (ANA), Viagens Abreu S.A, os CTT, MAKRO, VIP Hotéis, a Remax, Nestlé, Turismo de Lisboa e Macau, entre muitos outros.

A empresa marca presença e contribui para o design gráfico na grande maioria das feiras, eventos, congressos e cimeiras realizadas no domínio da

Fig .107 | Oficinas de Produção Gráfica Fonte: www.fildesign.pt

AIP, tanto na Feira Internacional de Lisboa como no Centro de Congressos

Fig .108 | Caixa de Luz Cimeira Euro África projecto da FIL Design (2007), Fonte: www.fildesign.pt Fig .109 | Auditório Cimeira Euro África, projecto da FIL Design (2007) Fonte: www.fildesign.pt

de Lisboa. Dos projectos mais recentes que podemos destacar em termos de grafismo sobressaem eventos como o EuroSkills Lisboa 2010, a Cimeira EU Africa Summit 2008, o Arte Lisboa 2011 e variadas edições do Portugal Tecnológico como em 2009.

Fora os projectos em eventos nacionais, a FIL Design também projecta, tanto a nível de stands como de design gráfico, para feiras e eventos em várias partes do mundo como: Marrocos, França, Angola, Moçambique, China, Cabo Verde, Alemanha, Inglaterra, Brasil e Dubai. Fig. 109 |

Fig. 108 |

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

75


Fig. 110 |

Fig. 111 |

Fig. 112 |

Fig. 173 |

Fig. 113 |

76

Fig. 114 |


ESTRUTURA DA FIL DESIGN Fig .110 | Stand Turismo de Portugal, para Bolsa de Turismo de Lisboa, projecto da FIL Design (2010) Fonte: www.fildesign.pt Fig .111 | Stand Filatelia, para os CTT, projecto da FIL Design Fonte: www.fildesign.pt Fig .112 | Stand COMPETE projecto da FIL Design Fonte: www.fildesign.pt Fig .113 | Stand ANA Aeroportos de Portugal, para Bolsa de Turismo de Lisboa, projecto da FIL Design Fonte: www. fildesign.pt Fig .114 | Stand Turismo de Portugal , projecto da FIL Design Fonte: www. fildesign.pt

A FIL Design tem uma equipa completa e polivalente que envolve além de designers, profissionais de outras áreas responsáveis pela produção e execução dos trabalhos como: assistentes de secretariado, engenheiros, pro-

dutores gráficos, carpinteiros, canalizadores, eletricistas, entre várias outras profissões, todas elas envolvidas no espetáculo que são as feiras e projectos

globais. Isto sem mencionar a vasta quantidade de profissionais que trabalha na gestão e planeamento de eventos fora da FIL Design.

Todos estes intervenientes têm uma função e todos trabalham como um todo para o mesmo objectivo, o de criar um espetáculo ou evento, oferecendo conselhos e input crítico e criativo em várias áreas. O processo de design e da produção do evento é sobretudo um trabalho de equipa.

Sendo a FIL Design uma empresa do universo AIP ambas têm de trabalhar em sincronia, muitas vezes o “cliente” é a própria direcção de feiras, congressos e eventos da AIP, que faz os pedidos consoante as necessidades do evento.

O departamento de marketing é dos orgãos da organização de feiras da

AIP-FCE, que mais comunica com a FIL Design reportando à empresa qual é o

briefing, quais os materiais e peças necessários e quais as condicionantes e exigências isto no caso dos projectos gráficos e imagem. Os marketeers procuram

estar em constante comunicação com os designers, e com a responsavél pelo controlo de operações, para que a execução do projecto seja a mais próxima possível às necessidades, interesses e desejos do cliente.

O briefing e consequentes pedidos assim como a produção e montagem,

seja de stands ou materiais gráficos, são controlados por uma supervisora de operações, cuja função é fazer com que todos os intervenientes no design

estejam em sincronia, e fazer a ponte entre a área do marketing e da gestão de feiras com os designers.

A FIL Design sempre procurou funcionar como um atelier ao invés de tra-

balhar como uma agência de publicidade. Numa agência cada pessoa está destacada a uma função espefícica, variando pouco nas tarefas que realiza, no caso da FIL Design o designer acompanha o projeccto desde a concep-

ção à produção e montagem. O trabalho é destacado ao gabinete gráfico

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

77


mas pode ser partilhado ou trocado entre profissionais, dando aos designers

a possiblidade de escolher qual o projecto e as peças que vão executar, tendo em conta variaveís como: o seu tempo profissional para dedicar ao projecto, o prazo de entrega e os seus pontos fortes.

Na execução de stands os desginers de interiores e de modelação 3D podem

trabalhar também em conjunto com os designers gráficos para discutir opções de imagem para o projecto, assim como os designer gráficos podem buscar soluções criativas de materiais e estruturas aos seus colegas.

Uma das maiores vantagens de estagiar na FIL Design é poder acompa-

nhar o projecto, seja de design de exposições, de interiores, ou gráfico. O

designer pode observar a concepção do seu design nas múltiplas oficinas

localizadas no espaço, pode também acompanhar a montagem directamente no espaço da feira tendo facilidade de deslocação ao local. Há portanto um seguimento quase total de todos os passos do design.

PROCESSO DE TRABALHO Podemos destacar três diferentes metodologias principais na concep-

ção dos projectos em diferentes áreas. Na área do design gráfico existem duas metodologias: uma para as peças de divulgação, ou seja, a comuni-

cação do Evento e publicidade, outra para peças específicas para os dias

do evento, como a sectorização e guias do visitante. Por último, temos a produção e design de stands cujo processo será esclarecido, no projecto da Andalucía Pág. 246 e ESHRE Pág. 286

Muito do processo foi descrito no separador anterior. Todos os grafismos para os eventos são pedidos pelo departamento de marketing da AIP-FCE e

enviados à coordenadora de operações da FIL Design. Os pedidos são feitos

consoante as necessidades mais imediatas, por exemplo, se for necessário um anúncio e um banner para a feira Nauticampo é enviado o briefing com

as características necessárias desse banner e o designer executa esse pedido logo que lhe seja conveniente.

MARKETING| Análise do público-alvo e pesquisa, vendas e marketing, media/press e relações públicas.

78


Há pedidos que têm precedência que devem ser realizados de imediato,

independentemente da tarefa que o designer esteja a realizar no momento.

Por vezes é complicado gerir qual a peça que deva ser executada primeiro, pois todos os gestores consideram a sua feira prioritária. Nestes casos, normalmente é dada prioridade ao evento mais próximo, salvo algumas excep-

ções. É bastante comum um designer trabalhar em vários eventos ao mesmo tempo. Anexo C

A autora teve sempre a possibilidade na maioria das ocasiões como estagiária, de escolher os projectos em que se queria envolver e as peças que

gostaria de realizar, podendo tirar daí vários benefícios trabalhando uma grande variedade de peças.

Dada a dimensão dos imóveis da FIL a maioria da comunicação é realiza-

da através de telefonemas e e-mails. Dirigir pessoalmente aos locais cada vez que fosse necessário comunicar seria um processo bastante demorado. É por este motivo que os profissionais da área de logística, como enge-

nheiros e comerciais, assim como os técnicos de montagem, deslocam-se e deslocam materiais em veículos especiais.

Para a linha telefónica e o endereço de e-mail são criadas contas privadas para todos os membros da AIP e FIL Design ligadas em rede. É, deste modo, mais

simples notificar vários membros da equipa em simultâneo através de uma rede partilhada. Este método é especialmente útil tendo em conta que por trás de

cada feira, há muitos intervenientes envolvidos cada um com funções específicas. Por vezes os responsáveis do marketing quando se deparam com instruções

mais complexas que requerem apoio visual, reúnem-se com os designers nos serviços técnicos, levando folhas com os designs impressos com anotações. Estas reuniões são importantes especialmente em projectos de con-

cepção da imagem, para garantir que todas as instruções foram transmitidas e compreendidas, por ambas as partes.

Os designs são enviados por e-mail ou através do servidor e seguem para aprovação.

Fig. 115

Existem várias fases de aprovação dependendo da re-

levância do objecto, as peças devem ser aprovadas pelo departamento de marketing (assistentes de marketing e/ou gestor de marketing), pelo gestor

de feiras, pelo cliente externo (caso a feira não seja realizada pela AIP) e em casos de sectorização pela responsável da sectorização da FIL.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

79


Fig. 115 |

AIP A|GERAL

B|SERVIÇOS

C|CONTROLO DE GESTÃO D|COMERCIAL

E|MARKETING

F|OPERAÇÕES

G|DESIGN

Mª JOÃO FORTE

NAUTICAMPO

BANNERS

H|RECURSOS HUMANOS

DESIGNER A

FESTIVAL IN

SECTORIZAÇÃO

I|SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

DESIGNER B

MUNDO ABREU

ANÚNCIOS

Há também casos em que os designs têm de ser revistos pela coordenadora de operações e pelo responsável pela produção gráfica e montagem, em

circunstancias em que a peça a produzir traga dificuldades acrescidas de produção e/ou montagem.

Nos casos mais comuns como na realização de anúncios simples, é apenas aprovado por uma pessoa, alguém da área da comunicação/marketing da AIP.

Por serem eles os principais supervisores e responsáveis, têm de analisar o conteúdo que enviam e o que lhes é enviado atentamente, pois são culpabili-

zados caso falte algum pormenor como, faltar um expositor na planta ou se houver algum erro ortográfico que se esqueceram de mencionar.

Após aprovado o design este segue para produção, a autora não estava en-

carregue de escolher pormenores de produção gráfica, como materiais ou técnicas de impressão, a maioria já vinha definida ou pela FIL Design, ou

pela AIP-FCE, ou pelo cliente. É no entanto possível dar sugestões caso as peças fugissem da norma, como foi exemplo a capa e bloco da Alimentária Pág. 174

80

Fig .115 | Esquema da organização dos servidores da FIL Design e AIP (2015) Fonte: Autora


Estes são os passos comuns na criação de materiais gráficos, os detalhes

serão individualmente especificados no capítulo dedicado aos projectos. Cada projecto é diferente e terá as suas próprias necessidades e características.

A produção da maioria das peças é feita por gráficas externas, como as lonas

e documentos em impressão offset. O pedido é feito por um designer sénior da empresa ou pela coordenadora de operações que estão em contacto com o gabinete de produção gráfica da FIL.

As peças são depois entregues nos serviços técnicos, lá são preparadas as

peças para montagem, fazem o controlo de erros de produção, analisam a sua qualidade e resolvem potenciais problemas. Este gabinete é responsá-

vel pela organização, preparação e montagem de todos os grafismos num evento, incluindo a grande maioria dos stands da feira. Habitualmente é o designer gráfico que faz a preparação das artes finais dos seus designs, mas

no caso de stands desenhados na FIL Design, esse trabalho é destacado ao gabinete de produção gráfica. Pág. 286 SUPERVISOR DE ESTÁGIO O supervisor de estágio da autora ficou logo definido previamente antes

de se ter dado início ao estágio, ficando a tarefa destacada à designer e

coordenadora de operações da FIL Design. Foi uma escolha lógica como é possível observar nas suas funções anteriormente descritas. É a coordena-

dora de operações a supervisora de todos os trabalhos de design realizados no atelier, sejam estes stands ou trabalhos gráficos.

Independentemente de este ser um estágio de indôle académica ela seria a

supervisora caso este fosse um contrato de trabalho comum. Claro que ao contrário de uma experiência de trabalho corrente foi oferecido à autora um acompanhamento muito mais próximo. Foi durante todo este processo, uma

figura orientadora, que guiou e transmitiu conhecimentos e instrução, prestando apoio em todos os projectos desde o início até ao final do programa.

Apesar da colaboração com outros profissionais, cabia à supervisora acompanhar a mestranda, esclarecendo todas as dúvidas que ela apresentasse

relativamente aos briefings, metodologias e modos de operação da empresa, transmitindo informações sobre a equipa e projectos, e outras dúvidas que pudessem surgir no processo.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

81


INTEGRAÇÃO NA EMPRESA Todos os colaboradores mostraram-se muito receptivos face à presença de uma nova estagiária, colaborando constantemente com a mesma, partilhan-

do não só opiniões e conhecimentos, como material e experiência. Este veio a ser um trunfo valioso na elaboração deste relatório.

O contacto com vários profissionais de diferentes meios, deu à autora a pos-

sibilidade de aprender sobre diferentes métodos de trabalho e gestão e sobre diferentes áreas de actuação na área do design, desde o contacto com o cliente

à montagem do projecto. Este foi um ponto fundamental que possibilitou a

execução de bons e consistentes resultados durante o estágio, e permitiram que a mestranda evoluísse tanto a nível como profissional como pessoal. ORGANIZAÇÃO DA FIL E SERVIÇOS TÉCNICOS Os serviços técnicos e a FIL Design estão localizados no lado nascente da

FIL,com vista para o rio Tejo no Parque das Nações. O lado poente está voltado o em direcção às traseiras dos pavilhões principais onde são realizadas as feiras e congressos.

Os escritórios têm um ar moderno e minimalista, com paredes laterais envi-

draçadas, divisórias em tons cinzentos de betão, com apontamentos brancos de estruturas metalizadas. São uma clara extensão do carácter e arquitectura do edifício conhecido que é a Feira Internacional de Lisboa, limpo e profis-

sional mas ao mesmo tempo espaçoso e luminoso. A decoração é miníma, os espaços são ornamentados apenas com quadros com antigos stands e

trabalhos gráficos que expõem os muitos anos de design e experiência da

empresa na área, elevando-se ao essencial. Não descurando no entanto de espaços verdes os com a introdução de várias plantas.

O espaço está organizado de forma a que todas as possíveis necessidades dos profissionais sejam cumpridas, dividido por zonas de trabalho e de re-

criação todas com grande amplitude e abertura. Há tanto zonas privadas como zonas partilhadas que possiblitam que o empregador consiga focar-se

na sua tarefa e permite o contacto com todas as áreas da empresa, graças à organização em open-space.

Na entrada principal está situada a recepção e sala de reuniões, são

estas as zonas onde podemos encontrar mais frequentemente clientes. Segue-se o gabite da direcção e logo depois o gabinete de assitência à

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Fig .116 | Planta dos Serviços Técnicos, da Feira Internacional de Lisboa Fonte: Cedida pela FIL Design


Fig. 116 |

RAMPA DE ENTRADA

CENTRO DE REUNIÕES GRAND HALL

SALA DE ESPELHOS

HALL DE ENTRADA

PAVILHÃO 1 ENTRADA GINÁSIO

REFEITÓRIO

WC

COPAPAVILHÃO

2WC

ENTRADA / ESCADAS ÁREA PRODUÇÃO GRÁFICA

SALÃO

ARQUIVOS

PAVILHÃO 3

OPERAÇÕES

DESIGN 3D

SECRETARIADO

LOCAL DE TRABALHO

GABINETE GRÁFICO SALA DE

PAVILHÃOESTAR 4 COMERCIAL E ENGENHARIA

GABINETES

DIRECÇÃO

GABINETES

RECEPÇÃO

SALA DE REUNIÕES

ENTRADA PRINCIPAL

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

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direcção, em segida encontramos a zona comercial e de engenharia. Há uma organização bastante lógica e funcional do espaço. No centro dos gabinetes

está localizada uma sala de estar para pequenas pausa e distracções pontuais, conveniente para os designers que passam várias horas ao computador.

O espaço dedicado aos designers da empresa é constituido por duas salas con-

juntas, com uma divisão espacial entre os designers que trabalham em stands e os designers da área gráfica. Estão divididas, mas a amplitude do espaço

e a grande dimensão das portas que se encontram sempre abertas fazem da

área de design uma área contínua. O mesmo se aplica para as restantes salas da empresa com excepção de algumas áreas, facilita a circulação de ar e lu-

minosidade e de mensagens entre colegas. O local de trabalho da autora está localizado entre as divisórias, para rápido contacto entre os dois meios sem ser necessária sequer a deslocação física entre espaços.

A área da coordenação das operações está situada numa sala justamente em frente à area do design. O responsavél pelas operações fornece aos designers briefings e informações referentes a outros pontos na construção

do stand e várias perspectivas, como a perspectiva do cliente, da área da montagem, do marketing e gestão de feiras. Outros profissionais que comunicam com frequência com os designers na área de interiores, são os profis-

sionais de engenharia, que estudam a validade das estrutura e orçamentos e a àrea de vendas que analisa o projecto e avalia se este está apropriado

ao pedido do cliente. A estrutura dos escritórios espelha estas necessidades de comunicação.

Passando a zona comum dos escritórios encontramos uma área comum desti-

nada todos os empregados da FILDesign e da AIP-FCE. É nesta área comum

que podemos encontrar facilidades como o ginásio, sanitários, refeitórios, arquivos e salas de recepção e descanso, que podem ser utilizadas por todos os empregados da empresa consoante as suas necessidades.

Na área dos arquivos há uma passagem directa para a área de produção

gráfica (seguindo-se de outras oficinas) bastante conveniente para os Desig-

ners Gráficos. Os designers podem avaliar os projectos logo que cheguem à FIL e observar a sua montagem e preparação, isto é especialmente impor-

tante quando há projectos que têm materiais pouco convencionais. A maioria destes espaços tem uma larga vista para o Rio Tejo através das paredes en-

vidraçadas. É importante para o ambiente e bem estar no espaço de trabalho e estimula a criatividade e meditação.

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Fig .117 | Espaço da Mestranda na FILDesign. (2015) Fonte: Autora Fig .118 | Vista para o exterior, através do espaço da autora, nos escritórios. (2015) Fonte: Autora Fig .119 | Cartazes antigos emoldurados, nos escritórios da FIL Design. (2015) Fonte: Autora

No que diz respeito às condições específicas de cada local de trabalho, todos os postos são providos de teledone pessoal e de um computador com

os programas necessários à função a exercer (como por exemplo, Corel,

Office, 3Dmax). Estes computadores estão ligados em rede ao servidor da FIL Design e da AIP-FCE, que disponiblizam ficheiros comuns às várias áreas de trabalho.

As secretárias são bastante espaçosas, com cerca de dois metros de largura, dando oportunidade de executar várias tarefas em simultaneo. A luz do

espaço é sobretudo natural. Todas as secretárias são equipadas com um

módulo de gavetas para cada empregador e um mapa esquemático que aponta as datas e local das próximas feiras e congressos. Fig. 117 |

Fig. 118 |

Fig. 119 |

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

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ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO - FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA LOCALIZAÇÃO| Rua do Bojador, Edifício FIL | Parque das Nações | 1990-010 Lisboa | Portugal

O espaço da Feira Internacional de Lisboa é onde se rege a grande maioria das actividades de todos os intervenientes da empresa e da AIP-FCE. Por essa razão a sua àrea deve ser conhecimento geral de todos os empregados

da FIL Design. É essencial conhecer o espaço para a aplicação de todos os designs criados, sejam estes gráficos ou de interiores, de modo a estudar a

eficácia e praticalidade das soluções. Sempre que é feito um pedido de um stand, não só é dada a área do espaço mas o local onde vai estar inserido

na planta. O mesmo é verdadede no departamento gráfico que deve estar familiarizado com a localização da sinalética e com os locais destinados a designs de grandes formatos.

Situada no Parque das Nações, antiga EXPO 98, a FIL estende-se por uma área global de cerca de 100.000m2 dos quais 43.000m2 constituem a área coberta exposicional. A FIL está dividida em 4 pavilhões, cada um com 10.368m2 equi-

pados com ar condicionado, sistema de detecção de fogo e fumo, marcos de incêndio e portas de emergência. (FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA, 2015, s.p.)

Na grande maioria dos eventos apenas são usadas certas áreas do espaço da FIL, com um ou dois pavilhões. Podem porém decorrer durante os mesmos dias vários eventos em simultaneo, graças à grande dimensão do espaço.

Os pavilhões da FIL têm cerca de 15 metros de altura equipados com lâmpadas de alta intensiade de 500 volts. São a área principal para a execução dos eventos. Todas as áreas estão direccionadas para os pavilhões ou para o Grand Hall para facilitar os acessos ao local do evento, princi-

palmente para os profissionais de montagem e fornecedores, que incluiem a FIL Design.

A entrada principal, ou Grand Hall é a àrea principal de recepção ao

público. É o primeiro contacto que o visitante tem com o evento, sendo

uma área muito utilizada para distribuição de credenciais, organização e planeamento de entradas. Esse espaço é aproveitado para promover não só o evento actual, mas outros eventos que se seguirão em outras datas. No

Grande Hall encontra-se ainda o Gabinete de Apoio e a Loja do Expositor

da FIL, a Tesouraria da FIL, o Balcão da Rádio Táxi e o Posto de Socorros.

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Fig .120 | Planta Feira Internacional de Lisboa Fonte: Cedida pela FIL Design


Fig. 120 |

CENTRO DE REUNIÕES

PRAÇA FIL ENTRADA PRINCIPAL

GRAND HALL

OFICINA GRÁFICA ELETRICIDADE SERRALHARIA

FIL DESIGN

REPROGRAFIA

PAVILHÃO 1

CARPINTARIA

PAVILHÃO 2

ÁREA PEDONAL

ALUMÍNIOS

ÁRMAZÉNS

CARGAS E DESCARGAS

PORTA POENTE

PAVILHÃO 3

PAVILHÃO 4

ÁRMAZENS

PORTARIA ENTRADA NORTE

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

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O Grand Hall dá acesso directo à área pedonal onde o visitante pode proceder à entrada em qualquer um dos pavilhões. Por haver diversos

eventos em simultaneo é comum que à entrada dos pavilhões destinados a um evento, se faça o processo de venda de bilhetes e/ou entradas de con-

vidados e visitantes profissionais, havendo assim uma divisão mais lógica

de acessos que evita confusões entre eventos Ao longo desta área encontrase uma Galeria Comercial com várias lojas e outras duas entradas para o

espaço: a Entrada Norte, ao lado da Praça SONY e a entrada Poente, virada para a Alameda dos Oceanos.

No lado oposto à área pedonal em direcção ao rio, estão situados os

chamados serviços técnicos, que incluem os ármazens, zona de cargas e descargas, oficinas técnicas e claro, os escritórios da FIL Design. Os pavi-

lhões têm todos portas laterais e traseiras viradas para os serviços técnicos para facilitar a montagem dos stands e outras comodidades. Por serem caminhadas tão amplas, em dias de montagem é frequente observar trabalhadores em carros e veículos especializados para transporte de peças e mate-

riais. Há um grande movimento nas traseiras da FIL em dias de montagem, havendo centenas de pessoas a produzir e montar estruturas em tempo

recorde. Na FIL Design há oficinas para satisfazer essas várias necessidades

de montagem, como oficina de produção gráfica, carpintaria, electricidade e canalização, serralharia, alumínios e metais, e reprografia.

Como já foi mencionado, há também na FIL Design um grande trabalho de

reaproveitamento e reciclagem, não só de materiais mas também de stands e por vezes até de sinalética e materiais gráficos. Há vários clientes que procuram manter o mesmo stand durante um grande periodo de tempo, ou

que querem o mesmo projecto com modificações ligeiras. Estes materiais

estão localizados nos armazéns, assim como alguns elementos utilizados em todas as feiras como mobilias, carpetes, perfis, estruturas e holofotes.

Resta mencionar o centro de reuniões oposto ao Grand Hall no outro lado da Praça FIL. Equipado com vários auditórios é por vezes usado como com-

plemento de eventos nos pavilhões, como é exemplo a Futurália. Pode ser também utilizado como espaço indivudual para reuniões e pequenos congres-

sos, frequentemente ligados ao Centro de Congressos de Lisboa, outro espaço da AIP. Neste local realizam-se reuniões com clientes e patrocinios das feiras. Nos andares superiores do centro de reuniões estão localizados mais escritó-

rios, estes pertencentes à AIP-FCE. São escritórios destinados a várias áreas

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como gestão de feiras, marketing e vendas. Estes profissionais também têm

fácil acesso aos serviços técnicos caso seja necessário contacto directo com a FIL Design.

No subterrâneo por baixo dos 4 Pavilhões encontra-se o Parque de Estacio-

namento com capacidade para 800 lugares e ainda as galerias técnicas, que servem todo o espaço com fornecimento de água e esgoto, electricidade e meios comunicacionais. Fig. 121 |

Fig. 122 |

Fig. 123 | Fig .121 | Feira Internacional de Lisboa, vista aérea Fonte: expresso.sapo.pt/lisboa/ fil-feira-internacional-lisboa-18945082 Fig .122 | Feira Internacional de Lisboa, Entrada Principal Fonte: expresso. sapo.pt/lisboa/fil-feira-internacional-lisboa-18945082 Fig .123 | Feira Internacional de Lisboa, Centro de Reuniões Fonte: expresso. sapo.pt/lisboa/fil-feira-internacional-lisboa-18945082

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

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PERÍODO DO ESTÁGIO DATA| HORÁRIO|

9 de Fevereiro a dia 15 de Maio

15 Maio a 10 de Junho Tempo Parcial 9h30 às 18h00 / 2ª a 6ª feira

O estágio teve início em Fevereiro de 2015 numa segunda-feira com uma duração prevista de 3 meses, esta data foi estipulada inicialmente para coin-

cidir com o período com mais eventos na Feira Internacional de Lisboa,

mais, especificamente, para começar com a Bolsa de Turismo de Lisboa e terminar com o fecho das feiras Tektónica e Segurex.

Apesar de a data ter sido já acordada no protocolo de colaboração foi,

sugerido à mestranda dar continuação ao seu estágio FIL Design em tempo parcial e sem horários fixos para, dar continuidade ao projecto da Alimen-

tária & HorExpo e para ser possível assistir e trabalhar para o congresso ESHRE. Foi, também, possível utilizar este tempo para retificar pormenores e avaliar questões para este relatório.

A FIL Design e os seus funcionários trabalham com um regime que permite

horários flexíveis o que é uma excelente mais-valia nesta profissão, desde, que trabalhem um número de horas pré-definido. Apesar, dessa particula-

ridade, a mestranda preferiu restringir-se ao horário proposto por questões práticas, muitas vezes alargando as horas de trabalho para responder a projectos mais demorados e/ou de última hora.

Fig. 124 |

90


Haver horários flexíveis acaba por ser essencial, visto os horários de todos os trabalhadores do recinto da FIL, a autora incluída, serem bastante de-

pendentes das feiras. Vários profissionais têm de trabalhar fins-de-semana,

como os técnicos de montagem, pois, quase todos os eventos realizam-se aos sábados e domingos. Ninguém está isento destes horários caso as cir-

cunstâncias o justifiquem, esse tempo é no entanto compensado, seja com dias de férias em períodos mortos, ou horas extraordinárias pagas.

As ausências e atrasos são aceitáveis, desde que sejam justificados com antecedência e, de modo, a não prejudicar outros colegas ou tarefas em

curso. Existem excepções consoante o volume de trabalho, por exemplo, um designer que fique retido até tarde na empresa poderá chegar mais tarde no dia seguinte e, o mesmo, pode dizer-se para a maioria dos funcionários.

A maioria dos empregados da AIP-FCE e da FIL Design começam a traFig .124 | Sketch Feira Internacional de Lisboa, espaço da Junqueira (1995) Fonte: 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa

balhar sensivelmente à mesma hora é, necessária, esta sincronização

de horários para haver melhor sinergia entre áreas e para garantir que a mensagem chegue a todos os intervenientes atempadamente.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

91



4. PROCESSO INVESTIGATIVO 4.1 ARGUMENTO Após a realização da contextualização teórica, pudémos concluir que

o Design de Eventos e Exibições é um espaço multidisciplinar onde se

procura

representar

mensagens

desejadas

pelas

corporações

e empresas através de um conceito de modo claro e distinto, com um design que seja compreensível e que contenha uma ideia forte e um simbolismo eficaz. Vemo-nos

deparados

actualmente

com

uma

enorme

quantidade

de produtos e serviços semelhantes no mercado, torna-se, então, espe-

cialmente importante identificar e comunicar valores e princípios singulares. O

próprio valor da empresa ou do evento muitas vezes não é aparente, mesmo recorrendo à publicidade, nem sempre é suficiente para gerar interesse no público-alvo, mesmo tratando-se de um produto inovador.

Um dos meios mais simples e eficazes para criar uma identidade impar

e divulgá-la a um colectivo de interesse, é através da sua exibição em locais físicos. Nestes locais específicos e direccionados estão presentes várias figuras de interesse para o expositor, tais como investidores, cria-

tivos, profissionais e clientes num só espaço, esta será portanto uma boa

oportunidade de dar a conhecer a marca ou evento dentro do seu mercado.

Podemos então determinar que será a marca ou o conceito da feira que irá ditar a escolha do conteúdo, que se reflectirá no espaço criando uma identidade específica coesa.

É esperado que os visitantes ao entrar num ambiente desenhado entrem fi-

sicamente no espaço da marca ou feira. A experiência que esse ambiente

apresenta precisa de ser consistente com o resto da identidade e imagem, não sendo necessariamente idêntica à original, mas integrada numa forma coerente. Esta é uma variante do design que apresenta várias hipóteses de

jogar com diferentes técnicas e métodos de apropriação de dados e informação para acesso público.

4. PROCESSO INVESTIGATIVO

93


Várias áreas colaboram com o cliente, para criar ambientes únicos e sensações convincentes, nestes espaços estão envolvidas equipas

que incluem profissionais como, arquitectos, designers de interiores, designers industriais, designeres de comunicação e gráficos, profissionais de

luz, engenheiros mecânicos e de estruturas, empreiteiros, marketeers, entre outros profissionais.

É importante através de um planeamento sustentável e de uma boa gestão de design conseguir criar um espaço inclusivo, seguro e

acesível que seja simultaneamente simples de manter e de reaproveitar. Esta vertente também será responsável por fazer dos ambientes reconhecíveis e lógicos, expondo elementos e objectos através de processos de

comunicação e percepção funcionais. Os melhores projectos de design de

espaços ou ambientes criam formas adequadas para dar ao seu público a

sensação de descoberta, de contactarem com a visão e ideia da marca/feira enquanto mantém um vínculo visual e sensorial com a sua identidade.

O espaço será um conjunto coerente e uniforme, representante de um

conceito concreto, que albergará várias experiências e estímulos, usando imagens e elementos materiais para revelar diferentes perspectivas mas expressando uma visão coesa. Esta será uma estrutura que se revela ao obser-

vador de forma quase imediata, transmitindo a impressão de que o palco foi criado especialmente para ele. A peça final poderá ter complexidade cons-

trutiva, mas dar a sensação de simplicidade tanto estética como conceptual.

94


Seguindo esta metáfora de fazer do espaço o palco e o resultado final o es-

petáculo, podemos explicar o cerne do espetáculo, como uma narrativa, que pode; tal como um espetáculo albergar múltiplos significados mas existe um entendimento do discurso espacial, como um espetáculo, deve ser impactante e memorável para o espectador, mas compreensível.

Tal como na construção de um cenário, é necessária a configuração de vários materiais e técnicas para dar coerência à peça, podendo recorrer a várias fer-

ramentas como layouts diferentes, cores, texturas, luz, som, movimentos, aromas, formas dispostas em sequências e ao enquadramento do espaço.

Mesmo que uma equipa consiga completar a obra, será sempre necessá-

rio que esta seja confrontada por um público. O público terá o trabalho de descodificar a mensagem, interagir com o espaço e tirar conclusões; são as suas acções, feedback e envolvimento com o projecto, que fará com que ele tenha propósito. É o papel do designer ensinar um caminho ao espectador, e obrigá-lo a aventurar-se por um percurso carregado de sensações. As ins-

talações e grafismos devem ser projectadas de modo a que as experiências possam ser partilhadas, através de um processo vivo.

As exibições tais como um espetáculo têm de instruir a sua audiência de

diferentes maneiras adaptadas ao seu estilo de aprendizagem, oferecendo várias camadas de informação ao mais vasto público possível, podendo ser

direcionado tendo em conta o público-alvo do evento/feira. Este processo de comunicação, resultará em apresentações mais compreensíveis, agradáveis e

com uma ligação mais forte ao consumidor a um nível pessoal que resultam directamente no sucesso do espaço e consequentemente da marca/eventos.

4. PROCESSO INVESTIGATIVO

95


4.2 DESENHO DA INVESTIGAÇÃO O desenvolvimento deste trabalho investigativo teve início na escolha e definição de um tema relacionado com a área do Design de Comunicação sendo este a realização de um estágio de índole profissional que irá focar o papel do Design Comunicação e a sua aplicação em ambientes e exibições. Como resposta ao tópico investigativo, de forma apropriada, às necessidades do projecto, foi optada a utilização de uma metodologia mista, intervencionista, activa e qualitativa, com algum carácter não intervencionista.

A investigação será intervencionista pois está nela inerente o controle e pro-

ximidade da investigadora em casos de estudo específicos, onde a própria será um componente do exercício de investigação. As causas são mani-

puladas e os efeitos controlados. Há uma grande componente prática num ambiente de estágio, onde são resolvidos problemas reais para clientes reais e são criadas soluções pertinentes para os mesmos. Este ambiente requer

um espírito interventivo e activo que será útil para obter resultados práticos ligados ao mercado de trabalho actual. No decorrer do estágio, pretende-se

desenvolver múltiplos projectos relacionados com o tópico investigativo, de modo a perceber quais as melhores soluções gráficas para determinado projecto e, paralelamente, adquirir uma visão sobre o campo com base em factos correntes.

Será, também, não intervencionista pois serão desenvolvidas metodologias

objectivas que envolvem a observação de outros projectos e ponderação sobre opiniões de peritos, assim como uma análise da história e metodo-

logias da empresa. É um estudo baseado numa crítica literária que inclui

uma recolha, selecção, análise e síntese de informação retirada de fontes literárias relevantes, que formam um argumento sólido para este trabalho investigativo e validam o seu interesse científico.

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A separação do tema em áreas de estudo e a definição de palavras-chave, são passos essenciais para a estruturação de um bom plano de pesquisa e

para a realização da contextualização teórica. Este estado da arte irá resumir e criar ligações entre várias áreas e cruzar resultados para obter informações

necessárias à investigação que irão, posteriormente, resultar em raciocínios informados relativos ao tema desta dissertação.

Só após este estudo preliminar é que se prossegue para a edificação de um

argumento que responderá às questões e objectivos principais do projecto. Serão, também, apontados os factores prováveis para sucesso ou insucesso e os potenciais benefícios da pesquisa.

Numa terceira fase, a informação será analisada e revista e irá proceder-se à estruturação e planeamento do material teórico, onde é rectificada a via-

bilidade do argumento. O estudo e análise aprofundada do material, já com

casos e projectos específicos, levará à descoberta de novos dados, que irão reverter para a edificação de uma conclusão que inclui conselhos e reco-

mendações para investigações futuras. Idealmente, terá como finalidade o contributo para o conhecimento da disciplina.

4. PROCESSO INVESTIGATIVO

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4.2.1 ORGANOGRAMA DA INVESTIGAÇÃO

DESIGN

DESIGN DE COMUNICAÇÃO

TEMA

DESIGN DE AMBIENTES

Design de Comunicação e a sua Aplicação na Concepção e Construção de Feiras, Stands e Projectos Globais

TÓPICO INVESTIGATIVO

HISTÓRIA

CRÍTICA LITERÁRIA

ESTÁGIO

Análise da História da Empresa, Recolha de Testemunhos

Recolha, Selecção, Análise, Sintese

Observação e Produção Activa e Intervencionista

CONTEXTUALIZAÇÃO

ARGUMENTO TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

ESTRUTURA TEÓRICA

CRÍTICA LITERÁRIA REVISÃO PESQUISA

REVISÃO PROJECTOS

CONCLUSÕES CONTRIBUTO P/ CONHECIMENTO Fig. 125 |

98

RECOMENDAÇOES P/ INVESTIGADORES


4.3 BENEFÍCIOS DA INVESTIGAÇÃO Numa visão macro, podemos definir como benefícios da investigação, o contributo deste projecto para a área do Design de Exibições, dando distinção à comunicação e à importância da imagem visual. Pretendemos in-

centivar outros investigadores a observar e a ponderar sobre o papel do

Design de Comunicação e da qualidade gráfica em stands e Eventos, tirando o foque da maior área adjacente, a de Design de Interiores.

O design de stands e eventos tem um grande impacto comunicativo e eco-

nómico, oferecendo múltiplas possibilidades de comunicação e interacção

com um utilizador. Esta é uma indústria global que funciona como palco para várias empresas, companhias e organizações de múltiplas áreas e indústrias onde é possível expor produtos e serviços a profissionais e a consu-

midores, dentro de um nicho e num espaço próprio que retratará a marca e a missão de forma completa e com maior dimensão.

Estes stands não podem concentrar-se somente na estética, conforto e sus-

tentabilidade, pois são um veículo para a activação da marca, num meio onde há uma elevada competição pela atenção do espectador. Deve-se co-

municar directamente com o público e apresentar, não só uma marca, mas Fig .125 | Organograma do processo investigativo (2015) Fonte: Autora

um princípio e um conceito de modo a persuadir interessados e garantir a eficácia do espaço.

4. PROCESSO INVESTIGATIVO

99


O campo tem um grande potencial investigativo inerente à sua natureza experimental, que engloba uma panóplia de temas e desafios únicos, onde estão envolvidas variadas disciplinas na área do design. Há numerosas

oportunidades de experimentação de técnicas e métodos expositivos, desde que os meios de comunicação e ambientes sejam cativantes.

Consideramos como benefícios em visão micro, a conquista e reforço de conhecimentos práticos e teóricos adquiridos ao longo da formação acadé-

mica, através do contacto directo com designers, clientes e o público-alvo, entre outros envolvidos no processo empresarial.

Foi possível ganhar uma nova perspectiva sobre o trabalho de design, em geral e em equipa. Conseguimos obter novas ferramentas, essenciais para trabalhar na área com orientação específica para a formação de uma especialização, através de novos desafios e experiências. Com esta nova pers-

pectiva, encontrámos novos pontos de vista para a concepção projectual,

seguindo as necessidades do meio de trabalho. Através desta investigação, conseguimos compreender as metodologias utilizadas em empresas como a FIL Design e, mais especificamente, metodologias e procedimentos para a construção de stands comerciais.

Trabalhar numa empresa com 50 anos de história e experiência, como a FIL Design permitiu, ao estagiário, melhorar aptidões e explorar o design a três dimensões e em formatos pouco convencionais. Com a vantagem acrescida

de que o departamento tem residência permanente na Feira Internacional de Lisboa, onde se realizam as maiores feiras e eventos do país. Através

deste percurso foi possível aplicar conhecimentos para grandes plataformas

no mercado e, simultaneamente, aumentar o portefólio através de projectos que complementem o programa académico e que foram de encontro aos interesses pessoais e profissionais do autor.

A realização de um estágio de índole profissional possibilitou uma análise

sobre o funcionamento interno de um ambiente de trabalho e possibilitou, igualmente, estabelecer contactos e partilhar experiências com vários profissionais de várias áreas e departamentos.

100


4.4 FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO No decorrer deste trabalho de investigação, vários factores contribuíram para o sucesso deste estágio curricular.

Foi de extrema importância haver uma boa relação entre a empresa, os seus profissionais e o estagiário, tal como a participação e interacção de todos os intervenientes. Foi, igualmente, essencial serem destacados, desde o início do estágio, objectivos de aprendizagem estruturados e relevantes para a experiência do estagiário, que potenciaram a sua carreira académica, profis-

sional e o seu desenvolvimento pessoal. Foram, deste modo, asseguradas as espectativas que a empresa tinha em relação à mestranda e qual seria o seu papel e função na empresa.

A entidade patronal forneceu uma orientação segura à mestranda através de profissionais relacionados com o campo de estudo. O supervisor foi indispensável para a aluna desempenhar as suas funções correctamente e para

garantir novas oportunidades de aprendizagem. Todos estes profissionais

ensinaram e transmitiram, à autora, informações e/ou fontes pertinentes de estudo para o desenvolvimento da parte teórica.

4. PROCESSO INVESTIGATIVO

101


Durante o estágio foram dadas críticas construtivas, conjuntamente com reforços positivos. Estes comentários serviram de indicação para a estagiá-

ria compreender que o seu trabalho estava a ser valorizado e controlado e

que estaria a seguir um caminho pertinente. É necessário, para o sucesso do estágio, haver um balanço entre os interesses do aluno e as necessidades da empresa.

Um outro factor de sucesso terá sido o envolvimento de outros membros

da empresa no progresso do estágio, que incluíram a estagiária em várias

tarefas diversificadas. Este é um gesto imprescindível para incluir a aluna na cultura da empresa e para aumentar os seus conhecimentos em várias áreas, num ambiente de trabalho convidativo e intelectualmente estimulante.

Dentro da empresa, os projectos tinham briefings, prazos e objectivos pré-

definidos, para o melhor cumprimento de todas as necessidades do projecto. O local e o ambiente é seguro, com excelentes condições de trabalho e dispõem, a todos os trabalhadores, as ferramentas necessárias para a realização das actividades propostas.

Fazer um estágio curricular como projecto de investigação levou, à autora,

projectos reais que a ajudaram a desenvolver novas capacidades e técnicas. Alguns factores de insucesso, neste meio investigativo, poderiam ter sido

a falta de possibilidade de participação em projectos de maior destaque,

assim como a falta de conhecimentos prévios técnicos na área. Felizmente, nenhuma dessas dificuldades se traduziram.

102


Haver horários definidos é outro factor crítico para o êxito desta ventura. A boa gestão de tempo permite à designer gerir os seus projectos e organizar melhor os conteúdos e a estrutura da dissertação. A designer teve, no

entanto, que se mostrar mensurável e ponderada no que diz respeito à linha temporal e estabelecer, para si, metas realistas.

No que diz respeito à orientação académica foi essencial, para a mestranda,

serem-lhe permitidas reuniões pontuais com o seu orientador durante todo o percurso para potenciar, ao máximo, todo o conteúdo e valor científico da investigação. Este acompanhamento teve como propósito evitar erros e evitar a utilização de fontes bibliográficas irrelevantes.

A temática abrangente deste projecto foi um obstáculo para o desenvolvimento deste relatório. Mostrou-se complexo realizar uma pesquisa dependente e útil, assim como fazer uma boa selecção de matérias de estudo, graças à vasta quantidade de informação a analisar.



5. PROJECTOS No decorrer deste estágio foram realizados 9 projectos para 9 eventos diferentes, que respondem a desafios facultados pela AIP – Feira Congressos e Eventos. Três

destes projectos podem ser considerados como grandes projectos, dado o volume do trabalho e por terem tido a mestranda como designer principal. Os projectos res-

tantes, serão designados neste relatório de pequenos projectos e serão apresentados previamente, para melhor compreendermos o enquadramento e o trabalho envol-

vido nos grandes projectos. Fora estes projectos principais a autora prestou uma

breve assistência a 3 outros projectos. Apesar do seu contributo não ter sido vasto, a

mesma considera que estas assistências ofereceram conhecimentos pertinentes para serem mencionados.

Podemos consultar em seguida, os relatórios correspondentes a cada um destes eventos, que incluem descrições aprofundadas e memórias descritivas sobre os projectos realizados, acompanhados por suportes visuais.

PEQUENOS PROJECTOS| Bolsa de Turismo de Lisboa 2015 Green Business Week Paper Gift 2015

Catálogo APAS Brasil

Tektónica e Segurex 2015

Alimentária & HorExpo Lisboa 2015

GRANDES PROJECTOS| Nauticampo 2015 Stand Andalucía Festival IN

ASSISTÊNCIAS|

Stand Escola Ideal

Nou Badges - Swarovski Congresso ESHRE

5. PROJECTOS

105


PROJECTOS / MESES

FEVEREIRO

MARÇO

STAND ESCOLA IDEAL BOLSA DE TURISMO Sinalética GREEN BUSINESS WEEK Catálogo Sinalética PAPER GIFT Criação da Sinalética NAUTICAMPO Anúncios Sinalética Sinalética p/ Evento ANDALUCÍA Design Montagem APAS BRASIL Catálogo SWAROVSKI BADGES FESTIVAL IN Anúncios Guia do Visitante Peças p/ Evento Brochura SEGUREX/TEKTÓNICA Sinalética Catálogo ALIMENTÁRIA & HOREXPO Anúncios Pasta e Fichas Técnicas GRANDE DISTRIBUIÇÃO ESHRE

LEGENDA

106

EVENTO/FEIRA/CONGRESSO EM CURSO

DURAÇÃO DO PROJECTO

TAREFAS MENORES POR PROJECTO


ABRIL

MAIO

JUNHO

5. PROJECTOS

107


5.1 PEQUENOS PROJECTOS BOLSA DE TURISMO DE LISBOA BRIEFING| Criação da sectorização para a feira Bolsa de Turismo de Lisboa CLIENTE| Bolsa de Turismo de Lisboa 2015 [AIP-FCE] DATA| 17 Fev – 1 Mar

Criação da Sinalética 17. Fev – 20. Fev

Feira 25 a 1 de Março SITE| www.btl.fil.pt

PÚBLICO-ALVO| Profissionais no sector do turismo, operadores turísti-

cos, público geral que procura aventura e/ou relaxamento e/ou destinos a bons preços. A FEIRA A Bolsa de Turismo de Lisboa organizada pela fundação AIP é, considerada , a maior feira do género em Portugal, falada e dedicada para o público português. A BTL é um espaço para negócios e networking para todos os profissio-

nais do sector de Turismo. É, também, um espaço de animação e promoção turística para o público, com um palco aberto para o debate e discussão de questões relacionadas com a àrea.

Esta é a 27ª edição da feira e teve à disposição várias promoções, pacotes de férias e viagens a preços competitivos. Com mais de mil empresas presentes, uma área superior a 30 mil metros quadrados, ocupando 3 pavilhões, com

36 destinos internacionais, recebeu durante estes cinco dias mais de 70.000

visitantes. O evento é mais dedicada para visitantes profissionais dedicando a eles três dias completos, não descura porém o público geral que pôde visitar o recinto durante o fim-de-semana.

A feira de turismo pretende sensibilizar os portugueses para a importân-

cia desta indústria na economia nacional. O turismo é um factor gerador de receitas e de emprego e, a BTL, quer incitar à recuperação e procura no mercado interno é, por esse motivo, uma das feiras mais relevantes na FIL. Esta edição foi inaugurada pelo primeiro-ministro Pedro Passos de Coelho,

contando com a presença do secretário de estado do Turismo e de outros vários representantes do estado.

108

Fig. 127 |


Fig. 126 | Fig .126 | Relógio BTL (2015) Fonte:www.noticiasdecoimbra.pt/btl-2015-recebeu -mais-de-72-mil-visitantes/ (Consult. 5 Março 2015) Fig .127 | Interior do Stand do Turismo Centro de Portugal. Tectos com armação espelhada. (2015) Fonte: Autora

5. PROJECTOS

109


OBJECTIVOS| Potenciar novos contactos e promover negócios; Anteci-

par necessidades no mercado de turismo; Criar redes de socialização entre todos os profissionais da área de turismo; Apoiar os sectores turísticos e os

sectores de inovação na área; Dinamizar e beneficiar o sector turístico e as suas empresas, assim como o turismo em Portugal e mostrar a importância desta industria na economia nacional; Criar uma monstra de destinos turísticos para o público e profissionais.

EXPOSITORES| Organismos nacionais e estrangeiros de promoção turísti-

ca; Empresas de alojamento; Operadores turísticos e agências de viagens; Animação turística e cultural; Transportes; Turismo rural; Equipamentos e serviços ligados ao sector turístico; Start ups; Destinos turísticos; Linhas aéreas e Gastronomia.

INTERVENIENTES| Assistente de Marketing, Coordenador de Operações, Coordenador Oficinas de Produção Gráfica, 2 Designers Gráficos, Coordenador da Sectorização, Equipa de Montagem, Autora (Designer Gráfica) A IMAGEM A imagem principal da Bolsa de Tursimo mantém-se idêntica desde 2013 repetindo a fórmula do ano passado, alterando apenas as fotografias prin-

cipais. Esta imagem foi implementada em toda a comunicação usada até à data, com o intuito de divulgar a feira. Toda a comunicação do evento se deve reger por estas imagens.

A Bolsa de Turismo tem dois públicos diferentes, o público geral e os

visitantes profissionais, tendo portanto duas comunicações paralelas. A comunicação mais ampla Above the Line32 como, mupis, flyers e anúncios,

foi criada, especificamente, para atrair os visitantes não profissionais. Esta

comunicação retrata várias pessoas de faixas etárias e esferas diferentes focando, principalmente, os preços baixos e os descontos possíveis que poderão conseguir na BTL que lhes prometem dar “A volta à cabeça”. Fig. 128

Para os visitantes profissionais do sector foi usada outra campanha seguindo a mesma linha gráfica, em locais mais específicos para esse público-al-

vo (Bellow-the-Line33). A campanha reforça as oportunidades que podem

alcançar na feira e o objectivo é diferente, ao invés de tentar atrair o público, a imagem pretende chegar a clientes da área. 32 33

TL: Acima da Linha TL: Abaixo da Linha

110

Fig. 129 .

Fig .128 | Anúncio Bolsa de Turismo Lisboa 2015 “Férias com desconto para dar a volta à sua cabeça” para o grande público (2015) Fonte: cedida pela FILDesign


5. PROJECTOS

111


112


Fig .129 | Anúncio Bolsa de Turismo Lisboa 2015 “O melhor de dois mundos” para atrair visitantes profissionais (2015) Fonte: cedida pela FILDesign

Para manter a coerência gráfica com os restantes elementos de comunica-

ção, foi utilizada a mesma imagem como base para a sinalética. Este foi um trabalho de adaptação de conteúdos que, serviu, como uma boa introdução para os restantes projectos realizados no estágio.

PROJECTO 01| Criar um modelo para a sectorização da Bolsa de Turismo de Lisboa 02| Fazer várias peças seguindo o modelo, adaptá-lo a vários tamanhos e materiais 03| Esclarecer e informar correctamente os visitantes de forma clara e concisa Um dos primeiros desafios de sectorização propostos à estagiária foi a criação

da sectorização da Bolsa de Turismo Lisboa. Esta sinalética deverá seguir

um modelo semelhante ao das feiras anteriores disponibilizando, poucas oportunidades criativas na sua conceção. Deverá ter, obrigatoriamente, uma abordagem “preto no branco” mantendo, simultaneamente, a identidade da

feira. O objectivo é criar um sistema o mais minimalista e claro possível, não só pelo volume de visitantes mas pela dimensão do evento, pela diver-

sidade de públicos e diversidade de informação a transmitir. Esta sinalética terá de ser neutra na comunicação.

Todas as peças foram pedidas já com medidas, denominações e localizações pensadas pela equipa do marketing consoante as necessidades. As orienta-

ções são assinaladas numa ficha modelo de sinalização que contém, uma listagem de placas comuns às várias feiras.

Anexo B.

Para a execução das peças foi pedida uma versão da imagem simplificada para uma leitura simples e imediata, principalmente, nas peças de menor dimensão que têm uma estrutura básica. Houve, porém, cuidado na disposi-

ção dos elementos para que se mantivessem uniformes em todas as peças, de

modo a não criar estranheza para o leitor. A tipografia manteve-se idêntica à das restantes peças, foi escolhido um tipo sem serifas minimalista e rectilí-

neo, seguindo uma base comum das feiras da AIP. Há alguns artifícios que facilitam a hierarquização da informação na sinalética, palavras em estrangeiro ganham uma tonalidade diferente para uma distinção mais clara.

5. PROJECTOS

113


Fig. 130 |

114


Fig .130 | Exemplos da sectorização criada para a Bolsa de Turismo 2014 (2014) Fonte: cedida pela FIL Design Fig .131 | Placas de credenciação no Grand Hall (2015) Fonte: Autora

São hierarquizadas informações através do tamanho da tipografia e intensidade. É, também, de extrema importância rever toda a sinalética ao milíme-

tro antes de ser enviada para produção, pois, erros gramaticais ou falhas de design serão ampliados.

As cores laranja e cinzento mantiveram-se coerentes. São as cores que

melhor representam a Bolsa de Turismo, a imagem e a identidade da feira e têm que estar presentes, obrigatoriamente, em todas as peças. Como pontos positivos podemos referir: a grande divulgação da marca, a uniformidade

entre as peças e, por esta ser uma imagem antiga, é facilmente reconhecida pelos visitantes habituais. Há, porém, uma estrutura repetitiva que impossibi-

lita grande evolução gráfica na comunicação que previne inovação e surpresa. Apesar das semelhanças com a sinalização da Bolsa de Turismo de 2014 Fig. 130,

a autora optou por criar um alinhamento mais inventivo. Nas placas

de grandes dimensões houve maior liberdade criativa, foi utilizado como elemento principal o fundo das imagens da Bolsa de Turismo. O fundo cinzento só está presente nestas peças, pois, não poderia ser colocada de-

masiada informação visual nas placas menores. O foco principal deve manter-se nos textos.

Fig. 131 |

5. PROJECTOS

115


Trabalhar nestes grandes formatos para a Bolsa de Turismo tornou-se um processo demorado, pela dimensão e resolução das imagens de base foto-

gráfica. Algumas imagens chegavam a ter 1 GB que resulta, num render

muito lento que retarda a criação da arte final. Na realização deste tipo de trabalhos, deve se ter em conta estes atrasos e criar vários backups dos fi-

cheiros. Um bom método para impedir que o trabalho se torne tão pesado e um desafio será, retirar do projecto todos os elementos não vectoriais e substitui-los, por uma imagem placeholder em pequena resolução gravando , exteriormente, a imagem em alta fidelidade. Na criação da arte final facil-

mente se substituem as imagens, mantendo assim, uma boa visualização do projecto e ambiente e trabalho sem o esforço na máquina.

O processo de design correu sem grandes transtornos e com alterações

mínimas houve, no entanto, um problema na impressão. As várias placas

de sinalização foram impressas em tons divergentes, alguns dos suportes detinham um tom cinza esverdeado que se fez notar na tipografia. Isto

retirou alguma força à marca que tem uma paleta muito definida. Sente-se a falta do tinteiro preto da gama CMYK, provavelmente, os tons neutros foram criados por uma mistura dos restantes tinteiros descurando o “K”. Infelizmente, não houve hipótese para repetir o trabalho por constrangimentos de tempo. Fig. 132

Fig. 132 |

116


Fig. 133 |

Fig .132 | Placas de estacionamento impressas para a Bolsa Turismo de Lisboa em oficina. (2015) Fonte: Autora

WWW.BTL.FIL.PT *No horário reservado a profissionais não é permitida a entrada a menores de 16 anos.

Fig .133 | Design da sectorização criada para a Bolsa de Turismo de Lisboa, à escala 1/10, estacionamento 1/20. (2015) Fonte: Autora

5. PROJECTOS

117


É, importante, enviar as artes finais em CMYK e comparar as referências das cores entre projectos e entre colegas, para as cores não serem alteradas

de peça para peça em cada impressão. As cores e a qualidade de impressão,

podem variar consoante o material a ser impresso, ou até de gráfica para

gráfica. A impressão em lonas será diferente da impressão directa em placas de polipropileno, será diferente em telas micro-perfuradas ou em impres-

são offset. O designer poderá jogar com as tonalidades dos elementos para, tentar manter a coerência entre os vários suportes.

No final do projecto, deve ser criado para o pessoal da montagem e para

o pessoal de produção, uma folha tipo com todas as peças à escala com algumas referências para registo, como: as dimensões, o local onde estarão inseridas e o número de unidades, para tornar o processo mais expedito e evitar confusões e perdas de material.

Esta foi uma primeira experiência bastante relevante, foi possível observar com proximidade as dimensões das placas e como são visualizadas e entendidas pelo público. Pelo que foi observado, a sinalização parece ser facilmente compreendida e perceptível.

PEÇAS DESENVOLVIDAS Visitantes Profissionais (x3), Visitas de Estudo, Bilheteira, VIP/Press, Clube BTL (x2), Hosted Buyers LOCAL| Placas para os Balcões de Credenciação no Grand Hall DIMENSÕES| 60 cm x 45 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

FUNÇÃO| Placas para colocação nos balcões de credenciação no Grand

Hall. Sinalização para a distinção entre balcões de atendimento ao público para compra de bilhetes e recepção de credenciais, para diferentes visitantes, expositores e outros sectores.

118


Fig. 134 |

BILHETEIRA/TICKETS BILHETE BILHETES PROFISSIONAIS - 10,00€ VISITAS DE ESTUDO - 2,50€

BILHETEIRA/TICKETS BILHETE PROFISSIONAL|PROFESSIONAL TICKET - 10,00€* BILHETE PÚBLICO|SINGLE TICKET - 5,00€ CARTÃO JOVEM, ESTUDANTE, SÉNIOR (>65)|STUDENT, YOUTH CARD, SENIOR (>65) - 2,50€** *No horário reservado a profissionais não é permitida a entrada a menores de 16 anos.

**Descontos concedidos mediante apresentação de documento comprovativo.

Fig .134 | Design da sectorização criada para a Bolsa de Turismo de Lisboa, à escala 1/10 (2015) Fonte: Autora

5. PROJECTOS

119


Fig. 135 |

BILHETEIRA *No horário reservado a profissionais não é permitida a entrada a menores de 16 anos.

120

**Descontos concedidos mediante apresentação de documento comprovativo.


Visitantes Profissionais (x3), VIP/Press (x3) Fig .135 | Design da sectorização criada para a Bolsa de Turismo de Lisboa, à escala 1/20 (2015) Fonte: Autora

LOCAL| Placas para os vários pavilhões DIMENSÕES| 45 cm x 65 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

FUNÇÃO| Placas semelhantes aos balcões de credenciação do Grand Hall

para colocação em aranhas nos balções de receção em cada pavilhão. Nestes

locais a compra de bilhetes já não é possível, só é facilitada a entrada no evento a Visitantes VIP, Press ou Profissionais. Orientação (x3) LOCAL| Bilheteiras no Pav. 3, Bilheteiras entre os pavilhões 1 e 2 DIMENSÕES| 90cm x 150 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

FUNÇÃO| Sinalização óbvia de locais dentro do evento, as placas apontam

aos visitantes a direção das bilheteiras. As placas de orientação devem ter uma dimensão considerável para serem bem visíveis na área pedonal, são colocadas na área em aranhas com dimensões preparadas, presas com braça-

deiras de plástico para lhes dar resistência e segurança. Normalmente o foco

principal desta sinalização é a direcção do local pretendido, representado com uma seta e a designação da localização, o design deve ser minimal e a direcção óbvia.

Bilheteira/Tickets LOCAL| Placa para Pavilhão 3

DIMENSÕES| 100cm x 50cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

FUNÇÃO| Bilheteiras separadas da área de compra de bilhetes principais à entrada do Pavilhão 3, mais próximo da entrada Norte da FIL. Têm dimen-

sões mais modestas e a informação compactada em pouco espaço, a sua função é facilitar a compra do bilhete aos visitantes que circulam pela área Norte da feira. Bilheteiras LOCAL| Zona de Bilheteiras na área Pedonal DIMENSÕES| 300cm x 100cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 8 mm

FUNÇÃO| Indicar aos visitantes os horários da feira, o valor dos bilhetes, quem

pode recorrer a descontos e outras informações pertinentes.

5. PROJECTOS

121


Entradas (x3) LOCAL|Entrada Grand Hall, Entrada Poente e Entrada Norte

DIMENSÕES| 300cm x 140cm, 300cm x 110cm, 232cm x 93cm MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 8 mm

FUNÇÃO| Receber os visitantes na feira e assinalar as entradas principais

para o recinto. As entradas devem obrigatoriamente conter os horários da feira assim como os patrocinadores responsáveis. Placas de estacionamento (x2) LOCAL|Entrada do Estacionamento, Norte e Sul DIMENSÕES| 100cm x 140cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

FUNÇÃO| Placa para aranhas nas entradas do parque de estacionamento da FIL, a sua função é receber os visitantes ao espaço da feira.

122


MATERIAIS Fig .136 | Entrada principal para o Grand Hall, na Bolsa de Turismo de Lisboa 2015 (2015) Fonte: Autora

No que diz respeito aos materiais, o material mais comum usado na sectori-

zação nas feiras da FIL é o polipropileno alveolar, com 5 mm de espessura ou com 8 mm. O polipropileno é mais leve e mais barato que o k-line tem,

contudo, um acabamento mais imperfeito. Quando as placas são colocadas em stands, ou colocadas em locais onde serão observadas com alguma pro-

ximidade, o k-line é uma melhor opção. O k-line tem um acabamento mais uniforme, onde não são visíveis as divisórias dos alvéolos.

As vantagens do polipropileno alveolar são: durabilidade, economia, iso-

lamento térmico, flexibilidade e leveza, é reciclável e de fácil transporte. O k-line partilha destas vantagens com excepção do preço, isto é um cons-

trangimento considerável, pois normalmente, os projectos têm de se reger por um orçamento já pré-estabelecido. K-line é um material que pode ser Fig. 136 |

cortado em formas irregulares, como linhas curvas, é um material compacto, ao contrário do polipropileno alveolar que é canelado. Neste aspecto, o

k-line é bastante superior e tem um claro benefício. O polipropileno a menos que o corte seja industrializado, ficará com piores acabamentos em formas não rectas.

Medidas standard do Polipropileno Alveolar| 3.5mm, 5mm, 8mm, 10mm As placas de polipropileno de 3.5mm são altamente quebradiças e difíceis de manusear sem criar dobras, isto dificulta imensamente o processo de

montagem. Quanto menos espessura tiver o material mais barato será, não se recomenda, no entanto, para grandes formatos. Mesmo as placas de 8mm é provável que sofram danos quando não têm um suporte fixo, como

uma aranha, ou quando são colocadas no exterior. Este é o caso das placas de entrada e bilheteiras que são sujeitas a várias condições metrológicas,

não só há o risco de se partirem, como podem amolecer dada a sua falta de densidade.

5. PROJECTOS

123


GREEN BUSINESS WEEK BRIEFING| Catálogo e Sinalização básica para o congresso GBW CLIENTE| Green Business Week [AIP-FCE] DATA| 24 Fev – 5 Mar

Catálogo 24. Fev – 26. Fev

Criação da Sinalética 26. Fev – 27. Fev

Feira 3 a 5 de Março

SITE| www.greenbusinessweek.fil.pt PÚBLICO-ALVO| Profissionais dos diversos sectores, Autarquias, Entidades Associativas e Sectoriais, Engenheiros, Arquitectos, Projectistas, Constru-

tores, Consultores, Estabelecimentos de Ensino Superior e Técnico, Público em geral.

O CONGRESSO A Green Business Week é organizada pela Fundação AIP e conta com o apoio de órgãos do governo como, o Ministério do Ambiente, Ordenamento

do Território e Energia (MAOTE) e a coligação para o Crescimento Verde. Realizado no Centro de Congressos de Lisboa (CCL), a Semana Nacional para o Crescimento Verde procura ser o maior evento nacional para o cresci-

mento das indústrias ecológicas e desenvolvimento ambiental para cidades

inteligentes. Pretende ser um espaço de inovação e de grande relevância para a economia nacional.

A Fundação AIP posiciona a Green Business Week como um evento im-

pulsionador do crescimento da atividade económica, do crescimento de emprego qualificado e sustentável, do dinamismo da ciência e investigação, tecnologia, inovação e empreendedorismo, alavancados pelo crescimento

a nível mundial da “Economia Verde” que regista valores acima dos 4% por ano.

O congresso está dividido em três áreas distintas: a SmartCitieslive – soluções para cidades inteligentes desenvolve várias iniciativas que mobili-

zam empresas, universidades, autarquias e diversas entidades científicas, dá resposta a necessidades de organização e crescimento das cidades com me-

todologias ecológicas e, também, procura melhorar a qualidade da vida dos cidadãos; a AcqualiveeExpo – água, resíduos e ambiente, trata de divulgar

124

Fig .137| Relógio Green Business Week (2015) Fonte: Autora Fig .138 | Congresso GBW (2015) Fonte: www.maisopiniao.com/green-business-week/ (Consult. 10 Abril 2015)


Fig. 137 |

Fig. 138 |

5. PROJECTOS

125


estes sectores e a sua importância na economia nacional e na vida em socie-

dade, em simultâneo, são apresentadas soluções de gestão eficiente da água para minimizar o impacto ambiental; e a EnergyliveExpo que trata energia,

eficiência energética, energias renováveis, alterações climáticas e procura soluções de uso eficiente da energia e métodos alternativos.

Estas áreas funcionam em sinergia com uma dinâmica integrada com: a exposição de produtos e soluções, fóruns de debate, espaços de apresentação de projetos, informações inovadores e empreendedorismo, encontros

técnico científicos e encontros de negócios com convidados nacionais e internacionais.

Além das áreas já referidas, o GBW procura enfrentar o desafio das alterações climáticas e fomentar o debate da utilização de matérias e energias re-

nováveis. Durante o evento foi possível, assistir a conferências que abordam

outros temas decisivos para o futuro da economia ecológica e para o futuro do planeta em geral. O congresso além de contar com um intenso programa de

conferências conta, com a participação de várias empresas líderes e entidades reconhecidas no mercado.

EXPOSITORES Energy Live Expo, Smart Cities Live, Acqua Live Expo

Ambiente, Eficiência Energética, Edifícios e Infra- Estruturas, Energias Renováveis, Mobilidade Eléctrica, Água, Resíduos e Ambiente, Tecnologias

de Informação e Comunicação, Reabilitação Urbana, Gestão de indicadores ambientais, Materiais de Construção, Bioenergia e Microenergia, Sistemas

de Captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água, Reciclagem, Tecnologias Ambientais TEMAS EM FOCO Sustentabilidade | Eficiência energética | Reabilitação Urbana | Cidades In-

teligentes | Tecnologias de Informação | Alterações climáticas | Energias Renováveis | Eficiência Hídrica | Qualidade da Água e do Ar | Tratamen-

to de Resíduos e Reciclagem | Biodiversidade | Exportação da Economia Verde | Criação de Novas Empresas e de Novos Postos de Trabalho altamente qualificados |Incorporação Tecnológica |Investigação e Inovação.

126

Fig .139 | Anúncio para o congresso Green Business Week (2015) Fonte:www. greenbusinessweek.fil.pt


5. PROJECTOS

127


OBJECTIVOS Fazer aumentar significativamente o peso da “Economia Verde”; Acelerar o processo de criação de novos empregos, mais qualificados e mais sustentáveis; Potenciar a criação de novas empresas; Promover a conscienciali-

zação e apelo à cidadania para uma melhor gestão e utilização de recursos escassos; Posicionar Portugal no panorama da evolução da “Economia Verde”; Aumentar as exportações portuguesas de serviços e produtos “Verdes”; Aumentar o Investimento estrangeiro na Economia em Portugal.

INTERVENIENTES| Gestor de Feiras, Assistente de Marketing, Coordenador de Operações, 1 Designer Gráfico, Autora (Designer Gráfica)

A IMAGEM A imagem principal utiliza uma base unicamente vectorial com tonalidades frias (azul, verde e roxo) sobre um fundo preto que, evidencia, a identidade

do evento. A identidade tem como único elemento gráfico um círculo de folhas, representa a natureza e a união entre as três áreas do congresso a

funcionar em sinergia (EnergyliveExpo, AcqualiveeExpo e SmartCitieslive). Cada sector é representado com uma cor diferente e tem uma identidade própria derivada da identidade principal. Como é habitual, toda a comunicação realizada para o evento tem que seguir esta base simples. Fig .139

Fig. 140 |

128


PROJECTO 01| Redesenhar a planta e manifestações paralelas para o evento GBW 02| Criar placas informativas para o congresso que sejam percetíveis e de simples compreensão

03| Fazer a paginação e design do guia de visitante Apesar da dimensão do congresso, a Green Buissness Week teve pouco

material gráfico para o evento, restringindo-se a sinalética básica em aranhas verticais e a um guia do visitante.

Este projecto ofereceu mais liberdade criativa que o projecto anterior da Bolsa de Turismo de Lisboa. A autora teve a possibilidade de criar peças

com maior interesse visual, com uma relação mais forte com a campanha. Foram mantidos elementos semelhantes à imagem para garantir uma lógica gráfica entre as peças do evento. Um dos contratempos deste projecto foi a simplicidade da imagem original que, não contém, muitos elementos de-

corativos por onde a comunicação se basear, com a excepção das folhas da

identidade visual. Estas formas, juntamente, com a paleta cromática formam a base gráfica das peças novas. A PLANTA O primeiro pedido recebido foi a planta do evento, baseada no espaço do Centro de Congressos de Lisboa. A organização do espaço do evento não

é responsabilidade do departamento gráfico. Esta é uma tarefa destacada e

, normalmente, realizada entre arquitectos e gestores de feira que têm uma melhor compreensão da logística do edifício, das carências práticas e de segurança e das restrições do espaço. Os gestores de feira, juntamente, com os profissionais de arquitectura e designers de stands (3D), estão mais aptos para avaliar as necessidades dos expositores.

Tendo estas condicionantes em consideração, é enviado um documento já fi-

nalizado e aprovado em AUTOCAD ou PDF ao designer gráfico. A sua tarefa

é transformar esse ficheiro, numa imagem vectorial de fácil compreensão para o leitor que tenha, ao mesmo tempo, interesse visual. São mantidas Fig .140 | Elementos da identidade visual (2015) Fonte: Autora

exactamente as mesmas proporções, formas e espacejamentos entre stands do documento original.

5. PROJECTOS

129


Nesta planta em especifico, a autora escolheu utilizar as cores marcantes da identidade para ilustrar os stands, utilizando degradés e formas discretas, com

cores alternadas, para facilitar a distinção entre stands. A tipografia utilizada para referenciar os stands é básica e sem serifas. É, comum, manter-se os

mesmos tipos de letra (DIN ou SWISS), em todos os eventos realizados pela

AIP para a designação de locais. A planta tem de resultar tanto em fundos claros como escuros, o cinzento mantém-se, portanto, em todas as utilizações para destacar as formas, tanto em fundos brancos como em fundos pretos. Fig. 141 |

AUDITÓRIO

1A28

1D29

1B24 1D31 1D29

1C29

1A26 1A24 1A20

1D25

1D23

1C25

1C22

1B22

1B17

1B18

1C21

1A18 1A16

1D21 1D19

1C19

1B16

1D17

1A10

1D15

1C11 1D13

1A14

1C08

1B12

1C09

1A08 1A06

1D07 1A04

1B08

1D05

1D04

1B05

1D03

1B06 1A02

1B02

Fig .141 | Planta do congresso (2015) Fonte: Autora

130


Fig .142 | Ficha Técnica do Guia de Visitante, primeira página (2015) Fonte: Autora

GUIA DO VISITANTE Após a aprovação da planta segue-se, imediatamente, a produção do guia do visitante. Este guia inclui uma ficha técnica, lista de manifestações pa-

ralelas, lista de expositores e planta e a ficha dos expositores que, inclui, moradas e contactos dos intervenientes do congresso.

Criar plantas e programas para eventos é especialmente difícil. O evento está constantemente a sofrer alterações, tendo várias variantes e interve-

nientes que podem alterar o catálogo. Normalmente, a tarefa mais demorada na construção destes catálogos é a ficha dos expositores. Por existirem estas

alterações de última hora, vários expositores são alterados, adicionados ou mesmo retirados, fazendo da paginação uma tarefa desafiante. Isto é, especialmente verdade, quando há um limite de páginas no orçamento e uma ordem específica a manter (normalmente ordem alfabética).

Não é de todo incomum, plantas e guias irem para produção e ficarem desac-

tualizados no dia do evento. Por esta razão, é imprescindível, adicionar aos

materiais a data da actualização do documento ou um aviso, para notificar que o programa “está sujeito a alterações”. Fig. 142 |

5. PROJECTOS

131


Outro contratempo no design destes guias é o tempo de revisão, tanto pelo designer como pela assistente de marketing responsável pela feira, perden-

Fig .143 | Capa do Guia de Visitante GBW (2015) Fonte: Autora

tanto de elementos gráficos como de pormenores técnicos são, usualmente,

Fig .144 | Planta e expositores no Guia de Visitante GBW (2015) Fonte: Autora

do-se bastante tempo com alterações e novas indicações. Estas correções apresentadas em suporte impresso ou digitalizado, com anotações manus-

critas. O designer tem de ser intuitivo, ter uma boa capacidade de adaptação e rapidez de execução. Por serem tão suscetíveis a alterações os guias são

feitos com pouca antecedência, tendo que ser considerado ainda o tempo gasto na produção gráfica.

Por haver esta pressão para executar, por vezes o designer é obrigado a

produzir materiais sem levantar muitas questões mesmo não estando de Fig. 143 |

132


acordo com os seus instintos ou experiência, o que pode e leva muitas vezes, a erros no produto final. Este não é um entrave exclusivo no design de guias

de visitante, é transversal a muitos dos trabalhos realizados nesta área. Em grandes feiras há demasiados expositores, organizadores e intervenientes e

todos eles são temporários, existindo uma rotação constante de empresas e clientes em eventos dos mais variados sectores.

Um bom exemplo de um caso em que um designer pode ser induzido em erro; na BTL foi produzida uma aranha com nomes de várias startups e um dos

clientes tinha referenciado no seu documento, Porttgal, em vez de Portugal.

O designer não estando familiarizado com a empresa em questão, não sabe se este é um erro ou se é propositado. Por essa razão todo o material é sempre revisto pelo departamento de marketing e/ou pelos gestores de feiras. O departamento de design deposita muita confiança no lado do marketing e or-

ganização. Nestes casos, é importante, o designer se salvaguardar mantendo todas as implementações por escrito para não ser responsabilizado.

Falando agora mais especificamente no design deste primeiro catálogo, esta

foi uma boa primeira experiência de paginação. Apesar da relevância deste Fig. 144 |

5. PROJECTOS

133


congresso, comparativamente a grandes feiras, a Green Business Week tem muito menos conteúdo e menos expositores a incluir no documento final. Esse pormenor simplifica bastante a produção, sendo possível, aprender a estruturar e paginar para documentos do mesmo género.

É inicialmente criada uma grelha para o catálogo em formato A5, seguindo os exemplos de catálogos de eventos antigos. O layout deve ser semelhante aos

exemplos anteriores mas pode ter variações é, porém, imprescindível manter uma ordem própria das páginas. A paginação deve seguir uma grelha, contudo, dada a

natureza dos conteúdos, esta não se preserva sempre idêntica em todo o documento.

Para este guia foi facultado um limite de 16 páginas com espaço para dois anúncios de página inteira. As páginas devem ser brancas, mantendo uma coesão tipográfica

e cromática com as restantes peças. O tipo de letra para este catálogo, deve ter um tamanho mínimo de 7pt. Foi um grande desafio responder a este briefing com

tantas condicionantes dada a densidade da informação mas, foi possível, compilar toda a informação do evento num só objecto.

No design do catálogo podemos observar a mesma paleta da imagem agora sobre

um fundo branco, utilizando como motivos gráficos as folhas da identidade visual. Esses elementos são essenciais para dar cor e personalidade ao objecto, estabelecendo um paralelismo com os restantes materiais do evento.

Fig. 145 |

134


A primeira página contém um anúncio no verso da capa e a ficha técnica do evento, nesta estão descritos os sectores em exposição e outras informações relevantes ao evento como: os organizadores, o horário, local e data. En-

contramos em seguida, a listagem do conselho estratégico responsável pela Green Business Week. Fig. 142

A listagem de manifestações paralelas está dividida pelas datas do evento,

seguindo uma tabela simples de consulta rápida. Esta tabela tem separadores

para a descrição da actividade, a hora que se irá realizar, qual é o organizador e qual o local onde se irá suceder. Os separadores são coloridos, consoante

um dos elementos da identidade. O principal objectivo desta tabela é criar um recurso visual de fácil e ligeira leitura, onde a informação é dividida por linhas com zonas cinzentas para dirigir o olhar do utilizador. Fig .145 | Conselho Estratégico da GBW e Manifestações Paralelas. (2015) Fonte: Autora Fig .146 | Continuação da listagem das manifestações paralelas (2015) Fonte: Autora

Após a listagem de actividades, podemos ver um spread com a planta e os

expositores correspondentes. Estas páginas têm como finalidade orientar os visitantes pelo espaço, onde podem identificar e dirigir para os stands pretendidos

Fig. 146.

Por fim, podemos encontrar a ficha de expositores, esta

pauta enumera todos os expositores presentes no evento e os seus respectivos contactos em pormenor.

Fig. 147

Fig. 146 |

5. PROJECTOS

135


Fig. 147 |

Guia do Visitante Green Business Week IMPRESSÃO| Offset 4/4 CMYK TIRAGEM| 1000 exemplares

PÁGINAS| 16 Páginas, em cadernos de 4 páginas agrafados

GRAMAGEM| Capa 220gr couché matte, Miolo 185gr couché matte

DIMENSÕES| 148mm x 210mm (A5) fechado, 296mm x 210mm aberto

136

Fig .147 | Ficha de Expositores, múltiplas páginas. (2015) Fonte: Autora


SINALÉTICA A sectorização da Green Business Week foi muito pouco extensa, contando

apenas com placas em aranhas semelhantes de 90cm por 150cm. Este foi um

projecto rápido tendo início a 26 de Fevereiro terminando segunda-feira dia 2 de Março.

A sinalética foi produzida com um fundo composto por um degradé de preto e cinzento, um pormenor distinto de todos os outros objectos. Foi uma particularidade considerada para direcionar o olhar do observador pela informação, do topo para a base. A base do design já tinha sido construída previa-

mente para o guia do visitante foi, apenas necessário, transpô-la para grandes

formatos. Tanto a planta como as manifestações paralelas são semelhantes, os horários sofreram, no entanto, mudanças significativas em relação ao

catálogo. Todas as placas contêm uma barra de logótipos com os patrocínios

e apoios do evento por ordem alfabética. Esta é uma característica não muito comum na sinalização de feiras.

Sendo este um congresso do ministério exclusivo para profissionais e situado

no Centro de Congressos de Lisboa em Belém, foi impossível observar o

resultado final. As peças foram enviadas directamente para o congresso e o espaço era interdito a pessoal estranho ao evento. Fig. 148 |

Área de Restauração Pavilhão 1

Fig .148 | Placas de orientação (2015) Fonte: Autora

Organização / Organization

Apoio Institucional / institutional Support

Organização / Organization

Patrocionadores / Sponsors

Apoio Institucional / institutional Support

Patrocionadores / Sponsors

Parceria / Partnership

Parceria / Partnership

MIT

MIT

Media Partners

Media Partners

Pantone Process Black

Pantone 7541 C

C75 M68 Y67 K90

C8 M0 Y0 K20

5. PROJECTOS

Pantone Process Black

Pantone 7541 C

C75 M68 Y67 K90

C8 M0 Y0 K20

137


PEÇAS REALIZADAS Orientação DIMENSÕES| 90cm x 150 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm

FUNÇÃO| Sinalização do Auditório principal e zona de restauração

Fig. 149 |

Placa B2B DIMENSÕES| 90cm x 150 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm

FUNÇÃO| Sinalização da zona para a Press e Zona de Negócios B2B (Buisiness to Business)

Planta e Expositores DIMENSÕES| 90cm x 150 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm

FUNÇÃO| Planta e localização dos stands

para consulta. A lista de expositores situa-se numa caixa a 70cm do chão com tipografia a

24pt para manter a legibilidade do conteúdo.

A planta tem um tom cinzento bastante mais claro com os stands pintados a cores fortes para destacar do fundo.

Planta de Manifestações Paralelas DIMENSÕES| 90cm x 150 cm

MATERIAL| Prolipropileno Alveolar 5 mm

FUNÇÃO| Descrição das actividades reali-

zadas no curso do evento para consulta com

horários, lista de oradores e organizadores.

Estas aranhas são normalmente colocadas à entrada do evento ou dos auditórios onde decorrem estas manifestações.

138


Fig. 150 |

Fig. 151 |

LISTA DE EXPOSITORES | EXHIBITORS LIST

AUDITÓRIO

1B05 1B08

1A28

1D29

1B24 1D31 1D29

1C29

1A26 1A24 1A20

1D25

1D23

1C25

1C22

1B22

1C21

1A18 1A16

1B02 1A02

1B24 1D05 1D04

1D19

1C19

1B17

1B18

1A14

1B16

1D17

1C11

1C08

1B12

1C09

1D07

1A08 1A06

1A04

1B08

1D05

1D04

1B05

1B06

1C19 1A06 1A24 1A08 1A28 1A10

1A10

1D15

1D03

1D25 1D23 1D19 1C19 1A26 1C09 1C11 1A14 1D15 1A14 1A16 1B18

1D03

1D21

1D13

1D21 1B12 1C21 1C25 1C08 1C29 1A24 1A04 1C22 1D29 1A24 1A18

1A20 1B08 1D17 1B22 1B17 1B06 1B16 1B08 1B08 1D31 1A14

ADP - ÁGUAS DE PORTUGAL, SGPS, S.A. ALENTAPP - Desenvolvimento de Aplicações Móveis, LDA APEMETA – Assoc. Port. de Emp. de Tecnol. Ambientais BMW PORTUGAL, LDA BRISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA, S.A. CAETANO AUTO, S.A. CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA CEIIA C.M. PUBLICACIONES, S.L. CONTINENTAL INDUSTRIE EDP - ENERGIAS DE PORTUGAL, S.A. EMBAIXADA DA POLÓNIA EQUIPAMIENTO Y SERVICIOS MUNICIPALES ENGENHO E MEDIA, LDA Revista Indústria & Ambiente EXUBERVERÃO – UNIPESSOAL, LDA FUNDAÇÃO PARA A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA GEOTERME AUTOMAÇÃO, LDA HITACHI CONSULTING PORTUGAL S.A. IMOEDIÇÕES - Ediçoes Periódicas e Multimédia, LDA INDRA SISTEMAS PORTUGAL, S.A. INESC TEC-INESC TECNOLOGIA E CIÊNCIA INSTITUTO PEDRO NUNES INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO ISA ENERGY EFFICIENCY, S.A. ISORENEL, SA MCK MOTORS – Imp. e Comércio de Automóvel. LDA MINISTÉRIO DO AMBIENTE, Ordenamento do Território | PENTÁGONO DO CRESCIMENTO VERDE MINISTÉRIO DO AMBIENTE, Ordenamento do Território e Energia | POVT MINISTÉRIO DO AMBIENTE, Ordenamento do Territórioe Energia | POSEUR MUNICIPIO DE ÁGUEDA MUNDIFEIRAS, LDA. Representação da Feira de Munique NERBE/AEBAL Assoc. Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral ORACLE PORTUGAL PPA - PARCERIA PORTUGUESA PARA A ÁGUA RETEMA - Revista Técnica de Medio Ambiente REVISTA AMBIENTE MAGAZINE REVISTA ARQ|A – Futurmagazine, Sociedade Editora, Lda REVISTA EDIFÍCIOS E ENERGIA REVISTA SMARTCITIES O INSTALADOR PUBLICAÇÕES, LDA OPEN RENEWABLES, S.A. QUERCUS SCHNEIDER ELECTRIC PORTUGAL SIEMENS, S.A. SOCIEDADE PONTO VERDE TECNILAB, S.A. UNIVERSIDADE DE ÉVORA VULCANO WATTGUARD PORTUGAL, S.A. WEGEURO - INDÚSTRIA ELÉCTRICA, S.A. WSBP ELECTRONICS, LDA

Organização / Organization

Apoio Institucional / institutional Support

Patrocionadores / Sponsors

Parceria / Partnership

MIT

Media Partners

Pantone Process Black

Pantone 7541 C

C75 M68 Y67 K90

C8 M0 Y0 K20

Fig .149 | Placa de manifestações paralelas, p/ colocalção em aranhas. GBW (2015) Fonte: Autora Fig .150 | Planta GBW mais listagem de expositores. (2015) Fonte: Autora Fig .151 | Sectorização, zona Press e B2B (2015) Fonte: Autora

1A02

1B02

Organização / Organization

Apoio Institucional / institutional Support

Patrocionadores / Sponsors

Parceria / Partnership

MIT

Media Partners

Pantone Process Black

Pantone 7541 C

C75 M68 Y67 K90

C8 M0 Y0 K20

5. PROJECTOS

139


PAPER GIFT 2015 BRIEFING| Criação da sectorização para a feira Paper Gift CLIENTE| Paper Gift 2015 [AIP-FCE] DATA| 4 Mar – 15 Mar

Criação da Sinalética 4 Mar – 10 Mar

Feira 12 a 15 de Março SITE| www.papergift.fil.pt

PÚBLICO-ALVO| Profissionais dos sectores de exposição e áreas cria-

tivas, alunos e professores e outros profissionais das áreas didáticas e pedagógicas, criativos. A FEIRA A Paper Gift é uma feira exclusiva para visitantes profissionais funcionando,

simultaneamente, com a Futurália a feira de educação e formação. Esta é uma feira de um único pavilhão, especializada em materiais da área da papelaria, artes e educação. A Paper proporciona aos seus visitantes novas opor-

tunidades de negócio, num espaço para expor produtos e serviços com uma

vertente não comercial. É um evento onde comerciantes de pequeno retalho, assim como, grandes empresas, distribuidores, grossistas e armazenistas,

podem divulgar os seus produtos a vários intervenientes dentro do seu sector. O evento vai na sua 34ª edição e dedica-se à mais de três décadas às indús-

trias criativas, onde são exibidos novos produtos e tecnologias todos os anos.

Podemos contar com múltiplas actividades ligadas às artes e campos criativos, onde se ensinam novas técnicas de desenho, escrita e vários jogos didáticos.

OBJECTIVOS| Dar uma plataforma às empresas das áreas criativas de

expor os seus produtos e serviços; Criar redes de socialização entre todos

os profissionais; Apoiar e exibir inovação na área; Dinamizar e beneficiar os sectores criativos.

EXPOSITORES| Papelaria, Escritório, Decoração, Escrita e Desenho, Didático e Pedagógico, Gif e Lifestyle, Artigos de Festa, Serviços e Assis-

tência Técnica de Espaços comerciais e escritório, Educadores e Criativos, Produtores, Importadores, Representantes, Distribuidores e Grossistas

140


INTERVENIENTES| Gestor de Feiras, Gestor de Marketing, Assistente de

Marketing, Coordenador de Operações, Coordenador da Sectorização, Coordenador Oficinas de Produção Gráfica, Equipa de Montagem, Autora (Designer Gráfica) Fig .152 | Paper Gift 2015 Fonte:www.papergift.fil.pt/papergift-lisboa/feira/ (Consult. 23 Dezembro 2015) Fig .153 | Paper Gift 2015 Fonte:www.papergift.fil.pt/papergift-lisboa/feira/ (Consult. 23 Dezembro 2015)

Fig. 152 | Fig. 153 |

5. PROJECTOS

141


IMAGEM A imagem principal da Paper Gift 2015 é algo abstracta, utilizando apenas

formas vectoriais. O conceito da campanha é uma incógnita mas, podemos

depreender, que é um estilo que remete para o desenho técnico com linhas arquitectónicas sobre papel branco. É um redesign controverso criado por

uma agência exterior e é uma das imagens menos favorecidas pela equipa.

A campanha não se enquadra muito no espirito criativo, alegre e divertido da feira, ou da sua antecessora, a BRINCA. É um resultado que tem pouca força, especialmente, em grandes suportes tendo um carácter neutro sem

grande destaque. Essa é uma grande desvantagem, se tivermos em conta, a

feira concorrente, a Futurália, que é uma feira com bastante dinamismo e de maior dimensão.

Houve algumas inconsistências com a utilização da imagem ao longo do evento. Em alguns suportes como é exemplo a tela prin-

cipal no exterior da FIL, foi utilizada a imagem do ano passado em azul-escuro. Foi, provavelmente, escolhida por ser mais marcante que a sua sucessora.

PROJECTO 01| Criar um modelo para a sectorização da Paper Gift 2015 02| Fazer várias peças seguindo um modelo, adaptá-lo a vários tamanhos e materiais.

03| Esclarecer e informar correctamente os visitantes de forma clara e concisa 04| Criar placas informativas para o evento com a lista de actividades. À semelhança do projecto da Bolsa de Turismo de Lisboa a Paper Gift 2015

necessitou, também, de um sistema de sectorização para o evento. Ambos os projectos são bastante idênticos, têm o mesmo briefing e necessidades

variando apenas o design. Apesar de esta ser uma feira com uma dimensão

menor houve, a necessidade, de produzir várias peças para destacar a Paper de outra feira a decorrer em simultâneo, a Futurália.

142

Fig .154 | Anúncio A4 Paper Gift 2015 Fonte: cedida pela Fil Design


5. PROJECTOS

143


Mais uma vez as peças requeridas, assim como, as suas respectivas medidas

e localização estavam já assinaladas na ficha modelo de necessidades. ANEXO B

Tal como na BTL, a sinalização deve ser básica mantendo a sua

identidade informando devidamente os visitantes. Muitas das placas são as mesmas conservando a mesma lógica, necessidades e objectivos. Há, no

entanto, uma diferença considerável. A imagem deve ser mais singular para diferenciar o evento da feira Futurália.

A tipografia e disposição dos elementos manteve-se coerente ao longo das peças, semelhante, à das outras feiras da AIP. Houve outras exigências

transmitidas pelo cliente: Deve ser descrito qual o pavilhão onde o evento

se realiza; Tem de estar escrito que a feira é interdita a menores de 12 anos. Com menos condições é mais simples dar mais identidade ao evento através dos elementos característicos da Paper Gift. Para esse fim, foram aproveita-

das as formas curvas sugeridas na imagem principal.

Fig. 155 |

Infelizmente, a imagem original tem muito espaço em branco e as cores escolhidas são bastante claras, com poucos elementos gráficos e várias

transparências. É, problemático, conseguir destacar essa paleta em placas de grandes formatos como nas entradas.

Fig. 159

A impressão das peças falhou,

também, a dar a intensidade devida às cores já ténues resultando numa imagem mais discreta do que o pretendido. As propostas mais coloridas para os grandes

suportes foram recusadas para dar mais enfase à imagem original. Fig. 156

Para além da sectorização, foram pedidos mupis para caixas de luz e placas em polipropileno que incluíssem: a planta do recinto e as manifestações pa-

ralelas do evento. A designer ficou encarregue da lista de actividades que foi

144

Fig .155 | TIpografia DIN e Swiss respectivamente a Regular e a Bold (2015) Fonte: Autora Fig .156 | Estudo para a entrada principal Paper Gift Lisboa (2015) Fonte: Autora Fig .157 | Design aprovado da entrada principal Paper Gift Lisboa (2015) Fonte: Autora


feita à semelhança da Green Business Week, com uma estrutura compreen-

sível de consulta rápida. Para este tipo de suportes com bastante informação

textual é, aconselhado, que o texto tenha entre 24pt a 36pt para garantir o mínimo de legibilidade. As actividades foram tal como na GBW

Fig. 124,

separadas com linhas e colunas coloridas. O design e a estrutura é idêntica à BTL, são utilizadas as mesmas tipografias, as mesmas cores, os mesmos motivos e elementos com um enquadramento análogo.

Fig. 161

Foram ini-

cialmente realizados estudos separados com um layout novo para as ma-

nifestações paralelas mas, foram declinados dando preferência ao modelo mais standard.

Fig. 160

Fig. 156 | PAPERGIFT_300x140cm_entrada_1x.pdf 1 3/10/2015 10:53:53 AM

Fig. 157 |

5. PROJECTOS

145


A produção dos conteúdos para a Futurália ficou ao cargo de outra agência,

o que gerou bastantes conflitos na produção da sectorização. Usualmente, quando existem feiras a decorrer em simultâneo, algumas peças são partilhadas com intuito de divulgar ambas as feiras. Por questões de planeamen-

to e de espaço a sectorização é partilhada como é, normalmente, o caso das placas de estacionamento, entradas e bilheteiras.

Os designers da Futurália não criaram ficheiros para placas partilhadas, o

que causou conflitos na colocação das placas de entrada, pois, só existia

espaço para uma das feiras. As placas de estacionamento tiveram de ser

recriadas pela autora. Uma tarefa que foi dificultada pela agência que se recusou a produzir novas peças e/ou a disponibilizar qualquer material (incluindo tipografias, vectores, fundos e identidades) para recriar estes suportes. Tanto a identidade como o fundo foram improvisados para corresponder, o máximo possível, com a sua campanha.

Fig. 158

Fig. 158 |

Fig. 159 |

Fig .158 | Placa de estacionamento comum à Paper Gift e Futurália Fonte: Autora Fig .159 | Entrada Paper Gift e Futurália (Grand Hall) Fonte: Autora Fig .160 | Estudo primário para mupis de manifestações paralelas Fonte: Autora Fig .161 | Mupi final de manifestações paralelas Paper Gift 2015 Fonte: Autora

146


PEÇAS REALIZADAS Visitantes Profissionais, VIP/Press, TOP V, Bilheteira LOCAL| Placas para aranhas, entrada Pavilhão 3 DIMENSÕES| 45 cm x 65 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm Orientação específica LOCAL| Entrada do Pav.3

DIMENSÕES| 90cm x 150 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm em suporte tripé

FUNÇÃO| Dar informações especificas e visíveis aos visitantes do evento,

neste caso a informação a transmitir é a interdição à entrada no evento de jovens menores de 12 anos. Fig. 160 |

Fig. 161 |

HORAS

12 MARÇO QUINTA-FEIRA

13 MARÇO SEXTA-FEIRA

DIA HORÁRIO

14 MARÇO

11H00-12H30

09h00

11h00

Café Temático Paper Gift

Introdução ao Novo Programa de Matemática

Sector do Aprovisionamento e Serviços para a Papelaria, Escritório, Escolar Didático e Pedagógico

○ Breve Contexto ○ Princípios orientadores do Novo Programa e Metas curriculares ○ Domínio da Álgebra do 10º ano

LOUNGE PAVILHÃO 3

13h00

LOCAL

AERLIS

LOUNGE PAV.3

15H00

WORKSHOPS E DEMONSTRAÇÕES DA MARCA FISKARS

DO ART

LOUNGE PAV.3

CAFÉ TEMÁTICO PAPERGIFT INTERNACIONAL Sector do Aprovisionamento e Serviços para a Papelaria , Escritório, Escolar didáctico e Pedagógico.

AIP-FCE

LOUNGE PAV.3

WORKSHOPS E DEMONSTRAÇÕES DA MARCA CRAFTER’S COMPANION

DO ART

LOUNGE PAV.3

O NOVO PROGRAMA E AS METAS CURRICULARES DE MATEMÁTICA A NO ENSINO SECUNDÁRIO

LEYA EDUCAÇÃO

PAVILHÃO MULTIUSOS

APECV

PAVILHÃO MULTIUSOS

WORSHOPS E DEMONSTRAÇÕES DA MARCA SIZZIX

DO ART

LOUNGE PAV.3

LANÇAMENTO DE LIVRO SCRAPBOOKING

TUTTIRÉV EDITORIAL

LOUNGE PAV.3

WORKSHOPS E DEMONSTRAÇÕES

QUADRIMÓVEL

STAND 3E06

13 MAR 10H00-13H00

Lógica e Teoria dos Conjuntos

12h00

ORGANIZADOR

SESSÃO DE ESCLARECIMENTO SOBRE O PROGRAMA DE INCENTIVOS COMÉRCIO INVESTE A AERLIS - Associação Empresarial da Região de Lisboa - Organiza uma sessão de esclarecimento para empresas interessadas numa candidatura ao Comércio Investe. O Programa Comércio Investe apoia projectos de modernização comercial promovidos por empresas novas ou existentes com CAE 47 (com excepção do 47300; 47240; 47790; 47770; 47790; 47810; 47820; 47890;47783; 47910) Visa a valorização da oferta dos estabelecimentos abertos ao público através da aposta na inovação e da utilização de formas avançadas de comercialização.

Recepcção dos Participantes

10h00

ACÇÃO

12 MAR

SÁBADO

O Novo Programa e Metas Curriculares da Matemática A no Ensino Secundário

15H00

○ Lógica e Teoria dos Conjuntos /antigo e novo programa. ○ Pré-requisitos e revisões no Ensino Bàsico ○ Operações lógicas com proposições. ○ Breve referência às ligações - Cálculo Combinatório do 12º ano

14 MAR 10H00-13H00

• Contextualização e princípios orientadores • A Lógica e a Teoria dos Conjuntos PROGRAMA: 09h30 Receção dos participantes 10h00 Introdução ao Novo Programa de Matemática (por Filipe Oliveira) • Breve contextualização • Os princípios orientadores do Novo Programa e Metas Curriculares de Matemática • Pequena ilustração com elementos do domínio da Álgebra do 10.º ano

LOUNGE PAVILHÃO 3

11h20 Intervalo 11h45 Lógica e Teoria dos Conjuntos (por António Bivar)

14h00

15h00

SeminárioPortefólios para Aprender e Avaliar

WORKSHOPS e demonstrações da marca Fiskars

WORKSHOPS e demonstrações da marca Crafters Companion

LOUNGE PAVILHÃO 3 LOUNGE PAVILHÃO 3

16h00

17h00

18h00

Lançamento do Livro de Scrapbooking

Porteólio como ferramenta de avaliação e aprendizagem Convidados: Prof. DrªTeresa Torres de Eça, Drª Isabel Trindade, Drª Angela Saldanha, Drª Margarete Nicolai Soares

• A Lógica e a Teoria dos Conjuntos no antigo e no Novo Programa de Matemática do Ensino Secundário • Pré-requisitos e revisıes: a Lógica e a Teoria dos Conjuntos no Ensino Básico • Operações lógicas com proposições; exemplos. Condições, quantificadores e conjuntos; exemplos de aplicação • Breve referência às ligações com o tema de Cálculo Combinatório do 12.º ano WORKSHOPS e demonstrações da marca SIZZIX

14H30-19H30

LOUNGE PAVILHÃO 3

Este seminário abordará o tema do portefólio o ferramenta de avaliação e de aprendizagem. Oradoras convidadas: Professora Doutora Teresa Torres de Eça, Presidente da International Society for Education Through Art-InSEA Drª Isabel Trindade , Representnte da APECV no Instituto de Avaliação Educacioal Drª Angela Saldanha, Professora no Ensino Profissioal Drª Margarete Barbosa Nicolosi Soares, Universidade de S. Paulo.

Tópicos a debater: ○ Tipos de Portefólios ○ E-Portefólios ○ Portefólios Artísticos ○ Portefólios na avaliação Sumativa ○ Portefólios na avaliação Formativa ○ Portefólios no ensino da Artes Visuais ○ Portefólios no ensino profissional

Os tópicos a debater são: • Tipos de Portefólios • Portefólios na avaliação Sumativa • Portefólios no ensino das artes visuais (básico e no ensino secundário) • Portefólios no ensino profissional

15H00

18H00-19H00

19h00 LOUNGE PAVILHÃO 3

SEMINÁRIO PORTEFÓLIOS PARA APRENDER E AVALIAR

• Portefólios artísticos • Portefólios na avaliação formativa • E-Portefólios • Portefólio do professor

LOUNGE PAVILHÃO 3 PERMANENTE

WORKSHOPS E DEMONSTRAÇÕES COPIC (Marcadores à base de Álcool, Compressos e Aerógrafos e Acessórios complementares), DERWENT (Vários tipos de Lápis e Barras assim como os seus acessórios), COLART (Aguarelas, Marcadores Aguareláveis, Acrílicos intermixáveis), TALLENS (Vários Materiais), SENNELIER (Novo Acrílico Abstract, Escultura SIO-2 e CREATEC (Artidee)

STAND 3E06 PAVILHÃO 3

• COPIC (Marcadores a base de Álcool utilizados para arquitectura, design e lustração; compressor e aerógrafo; acessórios complementares) • Derwent (Vários tipos de lápis e barras assim como os seus acessórios) • Colart (Aguarelas, Marcadores aguareláveis, Acrílicos intermixáveis • Talens (vários materiais) • Sennelier (Novo acrílico Abstract) • Escultura SIO-2 e Createc (Artidee)

5. PROJECTOS

147


Fig. 162 | Fig .162 | Design da sectorização criada para a Paper Gift escala 1/20. Inclui sinalética de orientação, orientação específica e entradas Fonte: Autora

No horário reservado a Profissionais é permitida a entrada a adolescentes maiores de 12 anos mediante apresentação de documento comprovativo de idade. A FIL disponibiliza uma área dedicada a crianças e jovens.

*Não *N Nãão o é permitida a entrada a menores de 12 anos.

148


Fig. 163 | PAPERGIFT_100x140cm_estacionamento_2x.pdf 1 3/10/2015 11:05:27 AM

BEM VINDO À WELCOME TO

Orientação (x3) LOCAL| Grand Hall, Bilheteiras Centrais, em Frente do Pav. 2

DIMENSÕES| 90cm x 150 cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm Entradas (x3) LOCAL| Entrada Grand Hall, Entrada Poente e Entrada Norte *Não é permitida a entrada a menores de 12 anos.

DIMENSÕES| 300cm x 140cm, 300cm x 110cm, 232cm x 93cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 8 mm Estacionamento (x2) LOCAL| Entrada do Estacionamento, Norte e Sul DIMENSÕES| 100cm x 140cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm Sinalização Estacionamento (x10) LOCAL| Parque de Estacionamento DIMENSÕES| 70cm x 25cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 3.5 mm Manifestações Paralelas (x3) LOCAL| Parque de Estacionamento DIMENSÕES| 90cm x 150cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm Manifestações Paralelas (x3) DIMENSÕES| 120m x 180cm

MATERIAL| Papel Couché Matte 250gr

Fig .163 | Design da sectorização criada para a Paper Gift escala 1/10 (2015) Fonte: Autora

5. PROJECTOS

149


CATÁLOGO APAS BRASIL BRIEFING| Catálogo para promoção de marcas portuguesas na feira APAS Brasil

CLIENTE| AIP-FCE e marcas: Latitude Perfeita, Primor, Bicafé, Balanças Marques, Porto Union, Carnes Landeiro e Manuel Serra DATA| 13 Abr – 7 Mai

Catálogo 13. Abr – 24. Abr Feira 4 a 7 de Maio

SITE| www.feiraapas.com.br PÚBLICO-ALVO| Profissionais e pessoas influentes da área de supermercados e alimentação. A FEIRA A APAS (Associação Paulista de Supermercados) Brasil 2015 não é uma

feira pertencente ao universo da AIP e da FIL, realizada no Expo Center Norte em São Paulo no Brasil. Esta é das maiores feiras de supermercados e alimen-

tação a nível mundial tendo a primeira edição, sido realizada em 1984. A feira é destinada a profissionais da área de supermercados e alimentação contando

com várias actividades que têm como objectivo, dar a conhecer as melhores práticas do sector aos visitantes, tais como: palestras, congressos, espaços de reuniões, entre muitas outras.

A AIP-FCE costuma estar presente na APAS Brasil num stand dedicado

a Portugal para promover a sua feira do mesmo género, a Alimentária e Horexpo. Tem também como objectivo, dar a conhecer ao mercado brasileiro vários clientes da indústria alimentária portuguesa e, estabelecer contac-

tos por parte dessas marcas. A participação na feira pretende proporcionar uma plataforma de divulgação privilegiada dos produtos portugueses num

mercado em forte expansão, assim como, identificar e fixar novos clientes e, por último, reforçar a posição das marcas e produtos no mercado inter-

nacional. Esta iniciativa conta com o apoio e financiamento de instituições como o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o COMPETE

programa operacional de factores de competitividade, do fundo europeu de desenvolvimento regional e pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

150

Fig .164 | Exemplo de vectores com vegetais criados para o Catálogo APAS 2015. Fonte: Autora


OBJECTIVOS| Apresentar ao mercado brasileiro produtos de origem

portuguesa; Mostrar a qualidade superior dos produtos; Divulgar marcas

portuguesas a outros mercados nomeadamente ao mercado brasileiro; Exponenciar negócios e desenvolver relacionamentos com clientes.

EXPOSITORES| Supermercados e retalhistas, Indústria alimentária, Distribuidores, Fornecedores, Comércio exterior e Organizações internacionais.

INTERVENIENTES| Gestor de Feiras, Assistente de Marketing, Coordenador de Operações, Autora (designer gráfica)

PROJECTO 01| Redesign do Catálogo de produtos para a APAS Brasil 2015 02| Adaptar imagens para o Stand de Portugal na APAS Para promover os produtos e as marcas portuguesas em território internacio-

nal, foi pedido à FIL Design a criação de um novo catálogo com um novo layout para o ano 2015. Ao contrário do projecto da Green Business Week,

houve bastante liberdade criativa, a única condição que foi proposta foi manter a mesma imagem para a capa. Este catálogo conta com sete empresas portuguesas mais, informações sobre os patrocinadores. O orçamento é de

20 páginas. O projecto decorreu em simultâneo com o grande projecto do Festival IN Pág. 222 resultando numa produção mais demorada.

Foi opção da autora fugir do modelo dos catálogos anteriores e procurar

criar um ambiente gráfico mais criativo e flexível. As letras e vectores são desenhados sem muito rigor o que dá ao novo catálogo, um perfil comparável a um livro de receitas moderno. Fig. 164 Para acompanhar os produtos foi es-

colhida uma cor para representar cada marca, como nos catálogos passados. Nesta edição, as cores são mais vivas e apelativas para estabelecer uma associação com as cores de Portugal e, também, com as cores de produtos ali-

mentares biológicos e frescos. Fig. 167 As grelhas e disposição dos elementos

não diverge muito dos exemplos anteriores por eles oferecidos, mantendo assim um elo de ligação aos catálogos precedentes. Fig. 172

5. PROJECTOS

151


Fig. 165 |

Fig. 166 |

152


Fig. 167 |

Para cada marca foi atribuída uma spread de duas páginas houve, portanto,

bastante espaço para uma apresentação devida das imagens e da informação. Fig. 168.

Foi dado um limite de caracteres a todas as empresas para respon-

der a vários tópicos. Estas restrições nem sempre foram respeitadas como, pela marca Latitude Perfeita. Fig. 169 A autora procurou, no entanto, manter

o máximo de coerência entre as marcas o tanto quanto possível, tanto nas imagens como no conteúdo. As fotografias fornecidas pelos clientes foram

problemáticas, algumas tinham muito pouca qualidade e todas elas foram

extremamente editadas e recuperadas para o catálogo. Eram raras as imagens que correspondiam às dimensões mínimas ou, que possuíssem, uma boa

resolução para impressão.

Fig. 168 |

Fig .165 | Capa do Catálogo APAS Brasil (2015) Fonte: Autora Fig .166 | Primeira spread do catálogo APAS Brasil. Anúncio Portugal Agro e informação sobre a AIP (2015) Fonte: Autora Fig .167 | Sequência de cores utilizada na paginação do catálogo APAS Brasil (2015) Fonte: Autora Fig .168 | Spreads das marcas: Balanças Marques, Bicafé e Carnes Landeiro no catálogo APAS Brasil. (2015) Fonte: Autora

5. PROJECTOS

153


Fig. 169 |

Fig. 170 |

154


Fig. 171 |

Fig .169 | Spread correspondente à marca Latitude Perfeita, catálogo APAS Brasil Fonte: Autora Fig .170 | Spreads das marcas: Manuel Serra. Porto Union, Primor e Informações complementares: Alimentária e AICEP Fonte: Autora Fig .171 | Contracapa do catálogo APAS Brasil Fonte: Autora

Este catálogo foi um projecto que sofreu várias mudanças entre as várias fases, o que já era esperado. Era necessário não só o feedback do gestor de feiras mas, de cada marca individualmente. Cada spread foi enviado a cada

marca sem lhes divulgar a restante paginação. Como consequência, cada

um dos clientes pediu alterações particulares em cada página, o que acabou por modificar a estrutura. O objectivo final foi cumprido, foi dada uma nova

imagem aos catálogos da APAS sem implementar demasiadas mudanças. É , fundamental, conseguir chegar a um consenso com o cliente para alcançar um produto final mais actual e que vá de encontro às suas espectativas.

Para acompanhar o catálogo foram também requisitadas imagens simples no mesmo estilo gráfico para decorar o espaço do stand. As imagens já existiam e foram, especificamente, pedidas pela organização. Apenas foi ne-

cessário editar as fotografias, adaptá-las para as dimensões pedidas e juntar uma barra de patrocínios. Não foi possível observar o resultado final do stand ou dos catálogos, pois, todas as peças foram produzidas e montadas no Brasil.

5. PROJECTOS

155


Fig. 172 |

156


Fig. 173 | parede_apas_latitudeperfeita.pdf 1 4/28/2015 10:53:32 AM

Catálogo APAS Brasil

IMPRESSÃO| Offset 4/4 CMYK

TIRAGEM|GRAMAGEM não especificado

PÁGINAS| 20 Páginas, em cadernos de 4 páginas agrafados

DIMENSÕES| 174mm x 224mm fechado, 348mm x 244mm aberto

Balcões p/ Stand Portugal APAS DIMENSÕES| 102cm x 110cm e 202cm x 110cm Parede Latitude Perfeita DIMENSÕES| 112cm x 204cm Parede Palácio da Pena DIMENSÕES| 400cm x 300cm Fig .172 | Exemplos de spreads do Catálogo anterior da APAS Brasil, (2014) Fonte: cedido pela FIL Design

Fig. 174 | balcao102x110.pdf 1 4/28/2015 10:56:27 AM

Fig .173 | Parede para a marca Latitude Perfeita Fonte: Autora Fig .174 | Design para balcão 102cm x 110cm Fonte: Autora Fig .175 | Design para balcão 202cm x 110cm Fonte: Autora balcao202x110.pdf 1 4/29/2015 10:05:34 AM

balcao202x110.pdf 1 4/28/2015 11:11:27 AM

Fig. 175 |


TEKTÓNICA E SEGUREX BRIEFING| Catálogo e Sinalização básica para as feiras Tektónica e Segurex CLIENTE| Tektónica 2015 e Segurex 2015 [AIP-FCE] DATA| 27 Abr – 9 Mai

Criação da Sinalética 27 Abr – 29 Abr Catálogo 28 Abr – 5 Mai

Feira 6 a 9 de Maio

SITE| www.tektonica.fil.pt | www.segurex.fil.pt

TEKTÓNICA PÚBLICO-ALVO| Profissionais na área da construção, Consultores

e Técnicos, Arquitectos, Construtores Civis, Designers, Empreiteiros, Engenheiros, Grossistas e Retalhistas, Operadores nacionais e estrangeiros, visitantes leigos que procuram oportunidades e informação no sector A FEIRA A feira Tektónica é uma das feiras principais da AIP realizada, anualmente, desde 1999. É considerada a maior feira no sector da construção e obras públicas em Portugal, aberta a ambos profissionais e visitantes. Neste

evento, várias empresas e entidades do sector reúnem-se com o objectivo de expor inovação, qualidade e novas estratégias competitivas. Secundaria-

mente, a feira intende promover a internacionalização do sector em geral dando apoio e divulgação a empresas, dentro e fora do país. A Tektónica tem

uma grande presença internacional com edições em Moçambique, Angola e Colômbia, países que convida a marcarem presença na edição portuguesa.

Esta edição abordou o tema da Reabilitação Urbana e soluções eficientes para construção e reabilitação. O tema é evidente por todo o evento mas, o programa mantém as actividades mais populares entre os visitantes habi-

tuais, como: Exposições, conferências (como o PORTUGAL CONSTRÓI),

exposições de produtos portuguesas que se distinguiram no mercado, os

Prémios Tektónica e as Academias Tektónica. Para uma melhor orientação

no espaço a feira foi dividida em vários sectores de exposição, onde se reúnem as marcas e entidades referentes a essa área de actuação.

158


Em simultâneo com a Tektónica, este ano decorreram os eventos Bricko-

GARDEN, exposição de Bricolage e Jardins pertencente à Tektónica e a feira

Segurex, o Salão Internacional de protecção e segurança. Os expositores

dos três eventos beneficiam deste universo alargado, podendo, apelar a uma

maior parcela de visitantes fora do seu sector. Há um fluxo livre de visitantes entre todos os eventos sendo permitida, a circulação entre todos os Pavilhões de Exposição, apenas com um bilhete. EXPOSITORES| SK Salão Internacional de Pavimentos e Revestimentos Cerâmicos. Espaço Cozinha e Banho | SIMAC Salão Internacional de Materiais, Máquinas e Equipamentos para a Construção | SIROR – Salão Internacional das Pedras Naturais | TEKGREEN – Salão de Energias Renováveis, Construção Sus-

tentável e Responsabilidade Social na Construção | TEKWOOD – Salão da Indústria da Madeira e Cortiça para a Construção | TEKMÁQUINAS – Salão de Máquinas e Equipamentos para a Construção e Obras Públicas Fig .176 | Congresso GBW Fonte: www.tektonica.fil.pt/ wp-content/uploads/2015/01/ SANINDUSA_TEKTONICA (Consult. 17 Junho 2015)

INTERVENIENTES| Gestor de Feiras, Assistente de Marketing, Coordenador de Operações, Coordenador Oficinas de Produção Gráfica, Coordenador da Sectorização, Equipa de Montagem, Autora (Designer Gráfica)

Fig. 176 |

5. PROJECTOS

159


SEGUREX PÚBLICO-ALVO| Profissionais das áreas de protecção, socorro e seguran-

ça; Entusiastas pela área de segurança, saúde, espionagem e equipamento militar; Projectistas, Seguradoras, Gestores, Técnicos e Instaladores encarregues de equipar e proteger espaços e/ou pessoas A FEIRA A Segurex é o mais prestigiado (e único) evento de Seguraça, Protecção e Prevenção do país. É, considerado, um ponto de encontro obrigatório para todos os profissionais que desenvolvem a sua atividade no âmbito dos sectores mencionados ou, que procuram produtos e serviços nestas áreas. (SEGUREX, 2015, s.p) Destaca-se

pela grande participação do organismo do

estado o Ministério da Administração Interna (MAI) responsável pela se-

gurança e socorro dos cidadãos portugueses. O MAI tutela as forças de segurança (PSP e GNR), a Proteção Civil, a Segurança Rodoviária e a fis-

calização de Estrangeiros e Fronteiras. Estas entidades, assim como, outras

entidades públicas como o Instituto Nacional De Emergência Médica (INEM) e o Ministério de Defesa Nacional, ocupam uma grande percenta-

gem da área de exposição do evento. Os fabricantes e comerciantes ocupam menos espaço comparativamente aos órgãos do governo o que não acontece

em outras feiras. Há, também, uma presença fraca de empresas estrageiras do mesmo sector.

Neste evento é dada aos visitantes a possibilidade de observar e até de inte-

ragir com equipamentos raramente vistos em público, o que apela a vários

entusiastas da indústria militar e de segurança. É uma excelente plataforma para expor as novidades do meio e novos equipamentos de segurança e saúde. Tal como em outros eventos da FIL são apresentadas, várias actividades e encontros dedicadas a potenciar negócios entre empresas. Os exposi-

tores puderam também, divulgar novos conteúdos, produtos e serviços tanto a profissionais da área de segurança como a leigos.

EXPOSITORES| Forças de Segurança, de Socorro e Salvamento; Informática, Comunicações e Tecnologias; Segurança na Circulação e nos Trans-

portes; Protecção e combate a incêndios e catástrofes, Entidades Públicas e Organismos

160

Fig. 177 |


A IMAGEM Tanto a imagem da Segurex como Tektónica sofreram uma renovação em

relação ao ano passado, assim como, as respectivas identidades visuais. Ambas foram bastante modernizadas seguindo uma linha gráfica semelhan-

te. São abstractas de base vectorial dando enfase à cor, à identidade do evento e às formas, não recorrendo à fotografia.

Fig. 177 e 178

Seguem um estilo bi-

dimensional e minimalista, uma reflexão da tendência do design flat tornado

popular pela sua utilização no design de aplicações e sistemas operativos. Fig .177 | Agenda Tektónica (2014) Fonte: www.gecorpa. pt/Upload/Agenda/tektonica (Consult. 17 Junho 2015) Fig .178 | Anúncio Segurex (2011) Fonte: cedido pela FIL Design

Alguns dos elementos antigos prevaleceram, elementos esses que já faziam parte da identidade do evento como o K da Tektónica, agora actualizados.

A nova paleta muito fez para a melhoria do design de ambas as feiras com

cores mais contemporâneas e vivas, onde se nota claramente a sua relação com as temáticas. Fig. 178 |

5. PROJECTOS

161


Fig. 179 |

162


PROJECTO 01| Criar um modelo para a sectorização partilhada da Segurex e Tektónica. 02| Esclarecer e informar correctamente os visitantes, criando uma

distinção clara entre as feiras e conteúdos.

03| Fazer a paginação e design do guia de visitante. De todos os projectos já realizados anteriormente. este foi o projecto que disponibilizou de um prazo mais apertado. As peças foram pedidas tar-

diamente transformando, todo o processo de design. O design foi bastante

apressado e no limite das entregas, houve bastante pressão para desenvolver

eficientemente e no mínimo de tempo possível, descorando mais a qualidade do produto final. SINALÉTICA Tal como já ocorreu na Paper Gift e Futurália

e Motoshow

Pág. 190

Pág. 140

ou na Nauticampo

a sinalização exterior das feiras é comum. Desta vez,

foi muito mais simples conciliar as imagens de ambos os eventos por terem cores tão diferenciadas e seguirem um estilo gráfico semelhante. Um outro ponto positivo, os elementos gráficos são básicos e são bastante versáteis, podem suportar diversas utilizações.

As placas para produção mantém-se perto do que foi anteriormente pedido

para outras feiras com medidas, necessidades e limitações semelhantes. A autora ficou apenas encarregue da sectorização exterior, ou seja, a sectoriza-

ção conjunta que envolve as bilheteiras e entradas. A sectorização segue um modelo semelhante, contendo, os mesmos elementos obrigatórios: a identi-

dade visual no topo, a designação da placa centrada destacada a castanho, o local da realização do evento e a data e horário das feiras. O horário das feiras

era idêntico e pôde ser transformado num elemento essencial para dividir as feiras, que funciona para descanso visual. O resultado acabou por ser bastante simples mas coeso, mais coeso que os outros exemplos de sectorização partilhada apresentados neste relatório. Informa prontamente o observador, mostrando a identidade de ambas as feiras com distinção.

Como ponto menos positivo tendo em conta o curto prazo que havia para a produção da sectorização, houve vários contratempos com a aprovação

final das peças. Estas passaram por várias alterações e mudanças mínimas, Fig .179 | Anúncio Segurex (2015) Fonte: Cedido pela FIL Design

até seguirem para impressão, o que acabou por ser contra produtivo dado o tempo reduzido para a realização dos catálogos.

5. PROJECTOS

163


Fig. 179 |

PEÇAS REALIZADAS Entradas (x3) LOCAL| Entrada Grand Hall, Entrada Poente e Entrada Norte

DIMENSÕES| 300cm x 140cm, 300cm x 110cm, 232cm x 93cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 8 mm Estacionamento (x2) LOCAL| Entrada do Estacionamento, Norte e Sul DIMENSÕES| 100cm x 140cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar 5 mm Bilheteiras (x1) LOCAL| Zona de Bilheteiras na área Pedonal DIMENSÕES| 300cm x 100cm

MATERIAL| Polip. Alveolar de 8 mm Bilheteiras p/ Pavilhões (x2) LOCAL| Entrada dos pavilhões

DIMENSÕES|45cm x 60cm e 60cm x 45 cm MATERIAL| Polip. Alveolar 3.5mm

164

Fig. 179 |


Fig. 180 |

Fig .179, 178 e 180 | Entrada p/ Grand Hall, Entrada Norte e Entrada Poente, respectivamente (2015) Fonte: Autora

5. PROJECTOS

165


Fig. 181 | tektonicabilheteira_60x45_x1.pdf 1 4/30/2015 3:54:48 PM

SALÃO INTERNACIONAL DE PROTECÇÃO E SEGURANÇA INTERNACIONAL SAFETY AND SECURITY EXHIBITION

10H00 ÀS 19H00 10 AM TO 07 PM

BILHETE PÚBLICO | PUBLIC TICKET: 5,00€ BILHETE PROFISSIONAL | PROFESSIONAL TICKET: 5,00€ CARTÃO JOVEM, ESTUDANTE | SÉNIOR / STUDENT, YOUTH, SENIOR: 2,50€*

*Obrigatório apresentação de comprovativo de Idade/Cartão Jovem/Cartão Estudante. | A venda de bilhetes efectua-se até 30 minutos antes do encerramento dos eventos.

Fig. 182 |

Fig. 183 |

tektonicabilheteira_45x60_x1.pdf 2 4/30/2015 3:55:42 PM

10H00 ÀS 19H00 10 AM TO 07 PM

SALÃO INTERNACIONAL DE PROTECÇÃO E SEGURANÇA INTERNACIONAL SAFETY AND SECURITY EXHIBITION

10H00 ÀS 19H00 10 AM TO 07 PM

BILHETE PÚBLICO | PUBLIC TICKET: 5,00€ BILHETE PROFISSIONAL | PROFESSIONAL TICKET: 5,00€ CARTÃO JOVEM, ESTUDANTE | SÉNIOR / STUDENT, YOUTH, SENIOR: 2,50€*

*Obrigatório apresentação de comprovativo de Idade/Cartão Jovem/Cartão Estudante. A venda de bilhetes efectua-se até 30 minutos antes do encerramento dos eventos.

Fig. 184 |

166


GUIA DO VISITANTE Ambos os catálogos serão listados sobre o mesmo título, pois, foi pedido

originalmente que este fosse um catálogo comum aos dois eventos, o que influenciou bastante o processo de criação. Após uma análise mais aprofun-

dada do conteúdo e de ser dado o início à produção, notou-se que o número

de páginas que resultaria da junção dos dois seria demasiado elevado (mais de 80 páginas) para as estabilizar apenas com agrafos. As páginas teriam de ser costuradas o que não só é mais dispendioso, como seria mais demorado.

Os capítulos do guia de visitante de ambas as feiras são iguais à maioria dos guias apresentados nos eventos da FIL, incluindo por ordem: A capa,

Conselho Estratégico, Ficha Técnica, Planta e Listagem de Expositores, Lista de Actividades e Ficha de Expositores. As dimensões do catálogo também mantêm-se consistentes com os outros exemplos em formato A5,

assim como, a estrutura e paginação. A liberdade criativa resume-se à apropriação da imagem da feira. Como foi comentado na criação da sectoriza-

ção o estilo gráfico de ambas as feiras é análogo e os elementos gráficos

versáteis. Isto ajudou bastante na criação do catálogo, pois, cada capítulo deveria manter-se equiparável entre as duas feiras. Se analisarmos os dois,

é fácil detectar as parecenças, não só na estrutura no geral mas na escolha da disposição dos elementos, nos tipos de letra (tamanho e contrastes) e

tabelas. O que varia entre ambos ficou mais limitado à escolha cromática e ao grafismo, consistente com a feira que ilustra.

As dificuldades de produção desta peça foram já referidas na criação do catálogo do Green Business Week.

Pág. 124

Os mesmos obstáculos foram

agravadas por constrições de tempo e volume de matérias, a colocação de

toda a informação num espaço tão limitado foi a dificuldade mais evidente. Neste caso não foi dado um limite de páginas, já que observámos que não

seria possível fazer um livro comum, o designer teria de utilizar o mínimo Fig .181 e 182 | Placas de bilheteiras p/ entrada dos pavilhões, 60cm x 45 e 45cm x 60, (2015) Fonte: Autora Fig .183 | Placa de Estacionamento Tektónica e Segurex (2015)Fonte: Autora Fig .184 | Placa p/ bilheteira, 300cm x 100cm (2015) Fonte: Autora

de páginas possível sem ignorar nenhuma informação. Mais uma vez, foi necessário seguir uma ordem de paginação obrigatória que interferiu ligei-

ramente com algumas secções do catálogo que, mais convenientemente, seriam spreads como a planta e expositores da Segurex.

Fig. 192

A lista de expositores foi novamente a tarefa mais complicada e demorada, graças, ao grande número de empresas a listar. O designer tem de ter atenção para a listagem seguir uma grelha, com poucos espaços em branco e com as

5. PROJECTOS

167


Fig. 185 |

Fig. 186 |

168


Fig .185 | Capa do Guia de Visitante, Tektónica (2015) Fonte: Autora Fig .186 | Capa do Guia de Visitante, Segurex (2015) Fonte: Autora

páginas completas. É, necessário, forçar vários parágrafos para não separar

a empresa do conteúdo não descurando a formatação do texto. Devemos ter

o cuidado de destacar os detalhes correctos através de cores e tipos de letra diferentes, para facilitar a leitura.

A crescente adição de páginas e de nomes à lista causou inconvenientes neste aspecto sendo, até necessário, criar uma secção de “Última Hora”

para não arruinar a paginação após tantas alterações. As actividades e a

planta com a listagem de expositores mantêm, a lógica apresentada no Green Business Week para uma consulta imediata, com a informação cla-

ramente separada e organizada. São utilizadas as mesmas técnicas como, a utilização de caixas de cor para separar e destacar matérias e enquadrar os elementos, de modo a guiar o olhar do observador.

Não foi possível a criação de outras peças para a feira por parte da autora

pelo seu envolvimento da criação dos catálogos. Foi infelizmente uma oportunidade perdida para trabalhar com diferentes peças, materiais e dimensões.

Guia do Visitante Tektónica e Segurex 2015 IMPRESSÃO| Offset 4/4 CMYK TIRAGEM| 2000 exemplares PÁGINAS| Segurex

Tektónica

36 Páginas, em cadernos de 4 páginas agrafados 48 Páginas, em cadernos de 4 páginas agrafados

GRAMAGEM| Capa 220gr couché matte, Miolo 185gr couché matte

DIMENSÕES| 148mm x 210mm (A5) fechado, 296mm x 210mm aberto

5. PROJECTOS

169


Fig. 187 |

Fig. 188 |

Fig. 189 |

Fig. 190 |

170


Fig. 191 |

Fig .187 | Ficha Técnica do Guia de Visitante, Tektónica e Segurex (2015) Fonte: Autora

Fig .189 | Planta e Listagem de expositores no Guia de Visitante, Tektónica e Segurex (2015) Fonte: Autora

Fig .188 | Manifestações Paralelas no Guia de Visitante, Tektónica e Segurex (2015) Fonte: Autora

Fig .190 | Páginas de exemplo, Ficha de expositores. Tektónica e Segurex (2015) Fonte: Autora

Fig .191 | Exemplos de páginas no Guia de Visitante, Tektónica e Segurex (2015) Fonte: Autora

5. PROJECTOS

171


Fig. 192 |

Fig .192 | Planta e Lista de Expositores do Catálogo Segurex, antes da paginação obrigatória (2015) Fonte: Autora Fig .193 | Grelha utilizada no guia Tektónica e Segurex p/Ficha de Expositores (2015) Fonte: Autora

172


Fig. 193 |

5. PROJECTOS

173


ALIMENTÁRIA & HOREXPO LISBOA BRIEFING| Actualização da identidade e imagem da Alimentária &

Horexpo 2014 para a edição de 2015; Anúncios e peças para divulgação da feira; Criar uma imagem e identidade visual para o congresso “A Grande Distribuição em Portugal: 30 anos”.

CLIENTE| Alimentária & Horexpo Lisboa 2015 [AIP-FCE] DATA| 8 Mai – 6 Jun

Anúncios 8 Mai – 28 Mai

Pasta e Fichas Técnicas 13 Mai – 28 Mai

Congresso Distribuição Portugal 28 Mai – 6 Jun

Feira 22 a 24 de Novembro

SITE| www.alimentariahorexpo.fil.pt PÚBLICO-ALVO| Profissionais da área da alimentação, da distribuição

moderna e tradicional, Fabricantes e processadores de alimentos e bebidas, importadores, engenheiros e técnicos especializados, Profissionais das áreas de hotelaria e serviços A FEIRA

A Alimentária Lisboa é das maiores e mais internacionais montras de produtos alimentares do país exclusiva a visitantes profissionais e empresas. É uma plataforma de negócios e contactos de excelência, para os representantes no sector da alimentação, distribuição e hotelaria. Oferece aos profissionais a oportunidade de conhecer em profundidade o mercado português e os seus produtos, assim como aceder a uma ampla oferta de empresas e produtos internacionais, que aproveitam esta oportunidade para apresentarem as suas novidades no mercado português. (ALIMENTÁRIA, 2015, s.p.). A feira engloba manifestações como: congressos, conferências, workshops, demonstrações ao vivo, encontros empresariais. Favorece o intercâmbio comercial, formativo e informativo dos participantes, e a sua actualização de contactos e conhecimentos no universo gastronómico. Este projecto pretende concentrar no mesmo evento a indústria alimentar, a indústria hoteleira e tecnológica. É dividido em três diferentes sectores: a Alimentária, a Horexpo e a Tecnoalimentária. A Alimentaria reúne a oferta alimentar organizada em torno de sectores que representam a indústria de alimentação e bebidas. Conta com o

174

Fig .194 | Identidade Visual Alimentaria & Horexpo 2013 renovada p/ edição de 2015 Fonte: Autora


apoio e colaboração de todos os canais de distribuição do país. A Horexpo,

mais dedicada ao sector hoteleiro, apresenta, produtos que vão desde os têxteis, às porcelanas, cutelarias e aos equipamentos para restauração e hote-

laria. A Tecnoalimentaria apresenta, novidades tecnológicas e equipamentos para a indústria e distribuição alimentar, desde os ingredientes até à embalagem, passando pela manipulação, transformação e distribuição comercial.

A Alimentaria&Horexpo Lisboa posiciona-se estrategicamente como plata-

forma de negócios entre a Europa, África e América do Sul. A feira é uma importante ponte para o comércio da indústria alimentar, com países de in-

fluência portuguesa como o Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique. Um

exemplo presente neste relatório é o papel da AIP, na feira APAS em São Paulo. Pág. 150

OBJECTIVOS| Promoção da excelência dos produtos, da tradição e da inovação

na indústria alimentar portuguesa, Criar uma área e dinâmica profissional com eventos e actividades direccionadas a profissionais e estrangeiros.

Fig. 194 |

5. PROJECTOS

175


INTERVENIENTES| Gestor de Marketing, Assistente de Marketing, Coordenador de Operações, Coordenador Oficinas de Produção Gráfica, Autora (Designer Gráfica)

A IMAGEM Por insistência do cliente a imagem manteve-se quase idêntica à da edição de 2014 (e de 2013). Utiliza a mesma base, mantém-se a mesma fotogra-

fia, cores e elementos gráficos. Se analisarmos esta campanha, podemos

reparar no chefe de cozinha anónimo de jaleca a servir uma salada. Ele é um símbolo sem feições da feira, a exibir a hospitalidade e talento na indústria, apresentando o seu trabalho e a qualidade dos produtos com orgulho.

Outro pormenor relevante na imagem é a escolha das cores da identidade que se reflectem por toda a campanha. Esta identidade e paleta são, considerados, pontos fulcrais neste design sendo o elemento mais chamati-

vo em todas as peças e o apontamento de cor mais marcante. O Verde, apontado à Alimentária representa a frescura, pureza e vigor dos alimentos,

estando também associado à natureza e bem-estar; O Azul-claro representa a Horexpo o sector dedicado à hotelaria, inspira tranquilidade e hospitalidade: Por último temos o Vermelho cor da Tecnoalimentaria, interpreta vitali-

dade e energia. Estas três cores são a essência da campanha da Alimentária e apresentam os seus principais valores.

As adições da autora a esta campanha foram limitadas, pois, a campanha não deve diferir dos modelos anteriores. Foram adicionadas novas tipogra-

fias visíveis: na nova identidade para a edição de 2015, na data da feira e também no novo slogan. Fig. 194 O enquadramento foi, também, ligeiramen-

te modificado para conter mais espaço livre entre elementos, para haver

melhor leitura e para facilitar a adaptação do projecto para outras dimensões e utilizações.

176

Fig .195 | Anúncio Alimentaria & Horexpo Lisboa (2015) Fonte: Autora


Novos Mercados, Novos Compradores, Novas Oportunidades

22 A 24 NOVEMBRO FIL PARQUE DAS NAÇÕES www.alimentariahorexpo-lisboa.com Se é profissional do sector e pretende visitar a feira, efectue o seu pré-registo em www.visitantes-alimentaria.fil.pt e obtenha a sua entrada na feira.

Organização:

Membro de:

5. PROJECTOS

177


PROJECTO 01| Actualizar a campanha anterior da Alimentária & Horexpo para

Fig .196 | Banner Alimentaria & Horexpo 666px x 100px (2015) Fonte: Autora

02|Criar anúncios e peças para a divulgação da feira baseadas na

Fig .197 | Banner p/ Newsletter Alimentaria & Horexpo 203px x 169px (2015) Fonte: Autora

a edição de 2015.

nova imagem.

03| Conceber a identidade visual e imagem para o congresso “A Grande

Distribuição em Portugal: 30 anos” relacionada com a feira Alimentária & Horexpo 2015.

O projecto da Alimentária & Horexpo Lisboa foi o último e o maior dos

projectos secundários realizados no estágio. Este teria sido provavelmente um projecto que poderia chegar a ser incluído na área dos Grandes projec-

tos. A autora ficou impossibilitada de seguir todas as peças e avanços, dada a data do final de estágio e a data da realização da feira.

A designer foi inicialmente designada como responsável por todo o design da feira. As tarefas concretizadas foram variadas ao contrário dos outros

projectos secundários, onde o envolvimento foi mais nuclearizado. O projecto começou com a actualização da identidade e da imagem e teve seguimento para a execução de anúncios e várias peças para a feira. Pág. 179

Além do trabalho realizado para este evento, foi também pedido pelo de-

partamento de marketing uma imagem e identidade visual para o congresso “A Grande Distribuição em Portugal: 30 anos” a realizar na Alimentária. ANÚNCIOS Apesar de parecer pequeno o contributo criativo dado pela autora, esta ficou encarregue de criar vários modelos editáveis, pelas quais todas as

outras peças de divulgação se teriam de reger. A escolha tipográfica foi também abraçada por outras peças da campanha, tornando-se parte essen-

cial na identidade da Alimentária 2015. Para a divulgação da feira além dos anúncios para impressão, foi também necessário criar um leque de banners

para a web que servissem vários propósitos, com várias dimensões e em várias línguas.

178

Fig .198 | Frame do banner animado p/ site da FIL. Promoção da Alimentaria & Horexpo 960px x 350px (2015) Fonte: Autora Fig .199 | Frames do banner animado p/ promoção da Alimentaria & Horexpo. Versão em português 670px x 310px (2015) Fonte: Autora


Fig. 196 |

Fig. 197 |

Fig. 198 |

Fig. 199 |

5. PROJECTOS

179


Fig. 200 |

180


PEÇAS REALIZADAS Banners

Anúncios

BANNER VÁRIAS DIMENSÕES|

ANÚNCIO EDITÁVEL (210mm x 290mm A4)

180px x 253px; 790px x 338px; 468x60 BANNER P/ NEWSLETTER | 203px x 169px e 652px x 84px

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Editável

Formato

rectangular

(210mm x 210mm)

BANNER P/ SITE DA ALIMENTÁRIA|

Peças p/ Evento

480px x 80px

RELÓGIO ALIMENTÁRIA (280cm x 280cm)

BANNER ANIMADO 3 VERSÕES| Português, Inglês e Espanhol 670px x 310px

BANNER ANIMADO P/ WWW.FIL.PT | 640px x 317px e 960px x 350px

PASTA P/ PROFISSIONAIS E EXPOSITORES (210mm x 290mm A4)

FICHAS TÉCNICAS (210mm x 290mm A4) BLOCO DE NOTAS (125mm x 160mm)

PASTA E FICHA TÉCNICAS Os anúncios realizados no ponto anterior pretendem comunicar ao público em geral a existência do evento. É necessário, no entanto, dar aos profissio-

nais e potenciais expositores informações exclusivas que simplifiquem a sua participação. Neste sentido, foi requisitado pelo departamento de marketing a realização de pastas especiais com fichas técnicas, que contenham informa-

ções úteis para os potenciais clientes. Esta pasta tem uma vertente digital e outra física, que inclui: Descrições dos três sectores em exposição (a Alimen-

tária, a Horexpo e Tecnicoalimentária), o perfil do expositor e dos visitantes,

preços e descontos relativamente ao aluguer do espaço, contactos e outros dados relevantes para a inscrição.

Para estas páginas foi possível criar um design mais inventivo com a nova tipografia, ainda baseado nas peças de campanhas anteriores. Foi usado como elemento principal, as cores e as formas rectas da identidade visual. As foFig .200 | Relógio da feira Alimentária & Horexpo Lisboa, localizado no exterior da FIL (2015) Fonte: Autora

tografias escolhidas são imagens pré-aprovadas para a identificação de cada sector, também presentes nas edições passadas. A pasta inclui além das fichas, um bloco de notas no seu interior com a imagem principal da feira.

5. PROJECTOS

181


Fig. 201 |

Fig. 202 |

Fig. 203 |

Fig. 204 |

182


Fig. 205 |

Fig. 206 |

Fig. 207 |

Fig. 208 |

5. PROJECTOS

183


Fig .201 e 202 | Capa e Contracapa da pasta Alimentária & Horexpo (2015) Fonte: Autora

Fig .205 e 206 | Fichas Técnicas Alimentária & Horexpo Lisboa: Alimentária (2015) Fonte: Autora

Fig .203 e 204 | Fichas Técnicas Alimentária & Horexpo Lisboa (2015) Fonte: Autora

Fig .207 e 208 | Fichas Técnicas Alimentária & Horexpo Lisboa: Tecnicoalimentaria (2015) Fonte: Autora

184

Fig .209 | Interior da capa Alimentária & Horexpo com bloco de notas e fichas técnicas (2015) Fonte: Autora


GRANDE DISTRIBUIÇÃO EM PORTUGAL Dentro da feira Alimentária será realizado um congresso diário com o tema “A Grande Distribuição em Portugal, 30 anos depois: Passado, presente e

futuro”. O congresso é dedicado a supermercados e retalhistas, distribuidores e fornecedores portugueses, mencionando a indústria alimentária portuFig. 209 |

guesa. Não foram fornecidos dados muito extensos relativos ao conteúdo

e natureza do congresso, dada a sua data de apresentação. A autora tendo ficado responsável pela Alimentária, ficou também encarregue de criar uma

identidade visual e uma imagem base para esta manifestação. As exigências do cliente foram simples: Usar como elemento principal um carrinho de su-

permercados e que a noção de alimentação, de supermercados e compras estivesse visível na imagem, assim como a relação do congresso com a feira Alimentária e HorExpo.

Na concepção da identidade visual, a designer procurou casar ambos os

conceitos para satisfazer todas as necessidades pedidas. A identidade devia obrigatoriamente representar um carrinho de supermercado, mas de forma

sugestiva. Foram então utilizadas as distintas linhas coloridas (verde, azul e vermelho) para formar o carrinho, com uma entoação semelhante à da iden-

tidade da Alimentária. Tendo em conta o briefing foi uma solução intuitiva.

Não foi necessário criar um manual de normas gráficas, dada a utilização limitada da identidade e o seu carácter efémero. Fig. 211

O cartaz do congresso, tal como a identidade, tem de seguir as exigências propostas. Deve aludir visualmente à feira Alimentária e à distribuição ali-

mentar em grandes superfícies. O foco da imagem final deve concentrar-se primeiro na identidade e no tema do congresso, seguido pelo local e data

do evento, só depois virá a imagem e conceito. Para esse efeito, a leitura do cartaz segue a forma de um “T”, atribuída propositadamente pelo alinhamento centrado do texto e o escurecimento da imagem de fundo.

Fig. 214

5. PROJECTOS

185


Fig. 210 |

Fig. 211 |

186


Fig. 212 | Fig .210 | Exemplos de estudos realizados p/ identidade do congresso “Grande Distribuição em Portugal” (2015) Fonte: Autora Fig .211 | Identidade final e grelha p/ congresso “Grande Distribuição em Portugal” (2015) Fonte: Autora Fig .212 e 213 | Estudos preliminares p/ cartaz Grande Distribuição em Portugal” (2015) Fonte: Autora

Fig. 213 |

5. PROJECTOS

187


Fig. 214 |

CONGRESSO

22 A 24 NOVEMBRO Auditório Pavilhão 1 A&H LX

Inscrições em www.alimentariahorexpo-lisboa.com 188

Organização:

Membro de:


Fig .214 | Cartaz final p/ congresso Grande Distribuição em Portugal” (2015) Fonte: Autora Fig .215 | Imagem utilizada no cartaz antes da edição (2015) Fonte: Autora

A imagem de fundo é uma fotografia bastante básica tirada num supermer-

cado, original de um banco de imagens. A foto teve de ser bastante editada para poder ganhar um novo propósito, as cores foram modificadas, várias

zonas foram escurecidas ou desfocadas para alcançar o efeito pretendido. Fig. 215

A edição carregada teve como objectivo secundário, neutralizar a

imagem tornando-a menos confusa e mais coesa. É uma alteração fundamen-

tal, pois a imagem deve servir como anotação e não como centro principal

da campanha. A sua função é transmitir a ideia de supermercados, sem se tornar demasiado óbvia. As linhas e cores da Alimentária foram adicionadas

ao resultado final, para estabelecer um maior paralelismo com a feira. Esta imagem é inversa ao ambiente com fundo claro conhecido na campanha da Alimentária. Foi escolhido propositadamente este fundo mais escuro, não só para destacar as cores da feira mas, sobretudo, para diferenciar a comunicação do congresso no evento. Fig. 215 |

5. PROJECTOS

189


5.2 GRANDES PROJECTOS NAUTICAMPO BRIEFING| Nova campanha e imagem para a Nauticampo 2015 e realização de várias peças de divulgação. Criação da sectorização interior e exterior da feira CLIENTE| Nauticampo 2015 [AIP-FCE] DATA| 12 Fev – 12 Abr

Anúncios 12 Fev – 31 Mar

Tela 13 Mar

Guia do Visitante 26 Mar – 27 Mar

Mupi CML 19 Mar

Sinalética Motoshow/Motorclássico/Nauticampo 26 Mar – 2 Abr Sinalética no Evento 31 Mar – 6 Abr

Feira 8 a 12 de Abril

SITE| www.nauticampo.fil.pt PÚBLICO-ALVO| Nautras e auto-caravanistas, Famílias com interesse em actividades exteriores, jovens interessados em desporto e ar livre, pessoas que procuram fugir da rotina e procuram aventura. A FEIRA A feira Nauticampo foi a primeira feira de sempre realizada no novo espaço da Expo (agora Parque das Nações), é dos eventos mais antigos no universo AIP e dos eventos mais antigos do género na Europa. A primeira edição rea-

lizou-se em 1967, fazendo desta edição de 2015 a 45ª edição. A Nauticampo

é, também, o primeiro salão náutico realizado em Portugal. Este é um salão dedicado a nautras e auto-caravanistas que pretendem expor aos visitantes as últimas tendências em actividades náuticas, desportivas, de aventura e lazer.

É o evento de referência no sector da náutica de recreio sendo um espaço de debate, divulgação, promoção e inovação que oferece uma grande concentração de produtos e serviços, para as mais variadas actividades outdoor.

O evento está dividido em várias áreas distintas como: o Lisboa Boat Show,

uma montra de embarcações para todos os estilos e práticas; uma área dedicada ao Ar Livre e Família, com equipamentos de campismo e outdoor que inclui

autocaravanas, piscinas e suporte para caminhadas; uma área de Aventura &

Extreme, onde é destacado o desporto de aventura como a canoagem, biking, skate, surf e todo-o-terreno.

190


Fig .216 | Exemplos de anúncios antigos da Nauticampo (2012) Fonte: Cedido pela FIL Design

SECTORES| Lisboa Boat Show – Náutica de Recreio e Mar; Campismo

e Caravanismo; Automovél Todo-Terreno; Desportos Náuticos e Náutica

Desportiva; Aventura e Natureza; Pesca Desportiva; Ar Livre e Família; Outros sectores relacionados

EXPOSITORES| Comércio de embarcações de recreio e motores, acessórios

náuticos, caravanas e auto caravanas. Reparações náuticas e outros serviços,

turismo náutico e da natureza. Displays da indústria náutica portuguesa, pesca desportiva, surf, kitesurf, canoagem e mergulho.

OBJECTIVOS| Mostrar estilos de vida mais dinâmicos e dar uma lufada de ar fresco num ambiente de stress e rotina, assim como incitar jovens e novos visitantes a interessar-se por actividades exteriores e exercício físico.

MOTIVAÇÕES DO PÚBLICO| Fugir das preocupações diárias, procurar

novos hobbies e interesses, encontrar um escape e relaxamento, entrar em contacto com a natureza e com a família.

INTERVENIENTES| Gestor de Feiras, Gestor de Marketing, Assistente de Marketing, Coordenador de Operações, Coordenador Oficinas de Produção

Gráfica, Coordenador da Sectorização, Equipa de Montagem, Autora (Designer Gráfica)

Fig. 216 |

5. PROJECTOS

191


A IMAGEM O primeiro pedido do cliente à FIL Design para a Nauticampo consistiu ,

na criação de uma nova imagem e campanha para a divulgação da feira. A identidade visual foi fornecida à designer, juntamente, com uma peça tipo. Fig. 220

Foram também entregues: peças de divulgação da Nauticampo do

ano 2012 para servir como referência, duas fotografias para utilizar na co-

municação da feira e uma grelha de quadrados em tom salmão, com a data e local do evento. O objectivo da designer será incluir todos estes elementos de forma mais harmoniosa possível.

Para esse efeito, foi concretizada uma primeira proposta onde foram utilizadas as imagens base enviadas e criada uma nova composição que, incluísse,

o barco numa montagem e ambiente mais utópico. Como tom predominante foi escolhido o azul petróleo, pois, é uma cor que favorece e destaca os

vários tons apresentados pelo cliente (verde claro, azul claro e salmão). O

azul-escuro é, igualmente, uma cor que remete para o oceano e maresia, assim como, para o céu estrelado e o exterior representando ambos o céu e o mar (campo e náutica) transmitindo, um toque mais fantasioso. Fig. 219

Conjuntamente com esta imagem base a autora, optou por usar como apon-

tamento a rosa-dos-ventos. A bússola é um elemento essencial para qualquer actividade relacionada com a náutica e campismo/caminhadas, estando largamente associada com o espírito da aventura e descoberta.

A grande maioria das peças têm alguns requerimentos obrigatórios a incluir no design. Algumas especificações incluíam: a inclusão do website em

todas as peças, a data e local do evento através dos quadrados oferecidos e a denominação do evento completa, “Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto, Aventura, Caravanismo e Piscinas”. Esses requerimentos estiveram presentes durante todo o projecto.

Essa primeira proposta apresentada ao cliente foi recusada. O cliente preferiu ver as fotografias sem qualquer edição e pediu que a campanha tivesse um ambiente que, remetesse, para o Verão com um ar menos polido

e profissional. Outra crítica apresentada foi, existir demasiado foco no barco e não tanto à autocaravana ambos têm de ter, obrigatoriamente, o mesmo peso na campanha para não desagradar a nenhuma das partes.

192

Fig .217 e 218 | Estudos iniciais para Relógio da Nauticampo (2015) Fonte: Autora Fig .219 | Proposta para a Imagem da Nauticampo (2015) Fonte: Autora


Fig. 217 |

Fig. 218 |

Fig. 219 |

5. PROJECTOS

193


Fig. 220 |

Fig. 221 |

Fig. 222 |

194


Fig .220 | Peça tipo sugerida para a Nauticampo 2015 Fonte: Cedida pela FIL Design Fig .221 e 222 | Banners concretizados para a primeira proposta Fonte: Autora

Apesar de as imagens oferecidas não serem necessariamente más foto-

grafias não são, propriamente, originais e expressivas. São imagens que poderiam ser retiradas de um banco de imagens comum e que não apa-

rentam ter uma ligação óbvia entre elas são, ainda, banais e extremamente

realistas. O realismo das imagens e a falta de fantasia pode até ser, um ponto positivo para alguns dos visitantes mas, mesmo nesses moldes, as imagens beneficiariam de alguma edição para tornar o ambiente mais apelativo.

As cores predominantes das imagens não são muito favoráveis com as cores

da identidade visual e com os quadrados salmão. O grafismo geométrico destes elementos teria, uma união mais uniforme com uma base mais vectorial ou, pelo menos, com imagens menos densas. Fig. 219

Não só o uso dos quadrados salmão foi impingido em todas as peças em

conjunto com a identidade visual como, estes tiveram que ser recriados com novas tipografias. O criador original dos quadrados recusou-se a partilhá-lo

com a FIL Design e o cliente não queria perder aquele elemento. A mancha de cor dos quadrados é mais densa e notória que as cores ligeiras da iden-

tidade e que as cores apagadas das fotografias. Por esse motivo, a autora escolheu fazer do salmão a cor principal da campanha, esta cor quente em

conjunto com o fundo predominante branco deu ao cliente a aura de Verão que solicitavam.

A composição teve como inspiração os cartazes de cinema com, uma ampla

utilização do espaço em branco. Os espaços em branco são fundamentais para criar uma imagem leve, mais luminosa e de fácil leitura, especialmente,

por haver muito texto a ser incluído em português e em inglês. Têm de ser incluídos: o site, a designação da feira, os horários, os sectores em exposição, os patrocínios e avisos.

A autora optou por fazer uma separação assumida das imagens com uma

linha clara, pois, já foi referido a falta de ligação que as imagens poderiam ter em conjunto. Deste modo, elas podem funcionar individualmente sem interromper a interpretação da próxima. É fácil identificar a influência uti-

lizada olhando para o cartaz não só pela separação das imagens mas, pelo

enquadramento do texto e patrocínios. O olhar é propositadamente dirigido

primeiro para a identidade e para os quadrados, seguindo-se das imagens no topo e desce em pirâmide até à base do cartaz.

5. PROJECTOS

195


08|12

ABRIL

45ª EDIÇÃO

feira internacional de lisboa

DIVISÃO NÁUTICA

ACAP//APICAN


A rosa-dos-ventos foi dos poucos elementos que se manteve da proposta

inicial. É um acessório que se tornou essencial para utilizar em suportes de

maior base vectorial como, na sectorização, ou quando, a fotografia torna-se escusada como, no estacionário.

A experimentação na criação desta imagem foi muito restringida pelo cliente não havendo muito espaço para criatividade. Era preferível testar outras soluções sem as fotografias que, não despertam grandes emoções.

Como alternativa, poderiam ter sido feitas propostas não dependentes da utilização dos quadrados ou apenas da cor rosa. A solução final não é pro-

priamente inovadora, mas, acaba por ser coerente e esteticamente agradável apesar das suas falhas, no entanto, a autora acredita que poderia ter conseguido mais desta campanha se tivesse a oportunidade. Não é um resultado

muito ilustrativo do ambiente de dinâmica e aventura que a Nauticampo procura representar. PROJECTO Fig .223 | Imagem final para a Nauticampo 2015 Fonte: Autora

01| Conceber uma nova imagem para a Nauticampo 2015, assim como o universo gráfico do evento.

02| Realizar anúncios e peças para a divulgação da feira baseadas na nova imagem, adaptação da imagem para vários tamanhos e materiais

03| Criar um modelo para a sectorização partilhada da Nauticampo 2015, Motoshow 2015 e Motorclássico.

04| Transpor a nova identidade da feira para o espaço, através da sectorização no interior do evento

Neste grande projecto, foi dada uma grande responsabilidade à autora, que ficou encarregue de todas as peças de design gráfico realizadas para esta feira, desde a sua concepção (imagem) até às últimas peças utilizadas no

evento. Foi uma excelente oportunidade de aprendizagem, onde foi possível analisar todos os passos na construção de um projecto de design de eventos.

5. PROJECTOS

197


DIVULGAÇÃO Após ser criada a imagem base da Nauticampo, começa a tarefa de transpor essa solução para várias peças de divulgação e para vários formatos. O flyer

em formato A5 foi o primeiro objecto gráfico criado para a campanha e o primeiro a ser produzido é, provavelmente, o suporte que melhor apresenta

a imagem principal, pois, tem precedência relativamente a todas as outras peças. A única diferença que apresenta em relação ao primeiro exemplo é

a inclusão, de uma barra no topo com a frase “A Nauticampo está de volta à FIL!”. Fig. 224

Foram realizados outros dez anúncios seguindo a mesma base vertical com diferentes dimensões e para várias publicações, incluindo jornais como

o Destak e várias revistas específicas sobre náutica e campismo, como é exemplo a Revista da Marinha ou o Roteiro Campista.

Fig. 226

Todos os

suportes verticais para a divulgação da Nauticampo, acabam por ser muito semelhantes, independentemente da sua dimensão. Alguns dos suportes não

queriam uma descrição bilingue do evento (em inglês e português), o que alterou um pouco a composição original da imagem como é exemplo: os

anúncios para os comboios CP e Fertagus, os anúncios para as escolas e o Mupi para a Camâra Municipal de Lisboa (CML).

Fig. 224 |

198


Fig. 226 |

Fig. 225 |

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feira internacional de lisboa

DIVISÃO NÁUTICA

ACAP//APICAN

O mupi da Camâra de Lisboa de todos os obectos realizados foi aquele que,

Fig .224 | Flyer Nauticampo, proposta e resultado final. Fonte: Autora

provavelmente, teve maior alcance, colocado numa rede publicitária de

Fig .225 e 226 | Exemplos de anúncios concretizados para a Nauticampo Fonte: Autora

cidade de Lisboa. As imagens da Nauticampo sofreram uma ligeira edição

grande cobertura e visibilidade em vários espaços de utilização pública, na

para este suporte, dado o tamanho dos mupis e da proximidade que estes

podem ser observados, foi necessário fazer das imagens mais aguçadas e

precisas e as suas cores mais vivas e brilhantes, com maior contraste para maior visibilidade e distinção. Tirando as fotografias aprimoradas a única

diferença em relação aos restantes suportes verticais, é a inclusão de um novo elemento gráfico que faz referência à feira Motoshow a ser realizada na mesma data.

O design de todos os mupis tem de ser, primariamente, aprovado pela CML para se proceder à produção e montagem. Há alguns pormenores a ter em atenção durante a criação de um mupi, primeiro é necessário além do bleed

e as marcas de corte fazer uma margem interior de pelo menos 5cm. Isto é necessário, para garantir que o conteúdo não fica coberto pela estrutura metálica dos mupis. Em segundo lugar a identidade da CML deve ter no mínimo 5 cm de altura para expor o patrocínio. Fig. 227

5. PROJECTOS

199


Fig. 227 |

Fig .227 | Mupi Nauticampo da Câmara de Lisboa, situado na Avenida Estados Unidos da América, Lisboa. (2015) Fonte: Autora Fig .228 | Tela da Nauticampo no edíficio do Grand Hall, Parque das Nações. (2015) Fonte: Autora Fig .229 | Caixa de Luz p/ divulgação da Nauticampo na Futurália. (2015) Fonte: Autora Fig. 228 |

200


CAIXA DE LUZ Mais tarde na campanha foi, necessário, a criação de uma caixa de luz para

a feira Futurália. Esta caixa de luz em formato horizontal e serviu como modelo para todas as peças futuras neste formato. Para apelar ao público mais jovem presente na Futurália, foram colocadas novas imagens que

ilustrassem a parte mais radical e outdoor da Nauticampo. O barco e a au-

tocaravana mantêm-se uma constante mas, agora, a imagem beneficia de novos pontos de vista, com dias solarengos e desportivos, com tons alegres e cheios de energia. Fig. 229

A resolução mínima aconselhada para utilizar em grandes formatos é de 46 DPI servindo, exclusivamente, para áreas onde o afastamento do público é

garantido. Neste caso em particular, a caixa de luz está disposta no Grand Hall ao nível do observador. Por essa razão, as imagens tiveram de ser bastante trabalhadas para uma impressão a 200 DPI recorrendo, a desfoques

estratégicos localizados e ao reforço de arestas mais marcantes na imagem. Tal como ocorreu no design na Bolsa de Turismo Pág. 108, as fotografias são

bastante pesadas o que retarda um pouco o processo. Fig. 229 |

5. PROJECTOS

201


A pedido do cliente este design foi reaproveitado para a tela localizada no exterior do edifício do Grand Hall. Houve ligeiras mudanças em relação à

caixa de luz, foram retirados os sectores em exposição e foi aumentada a de-

signação do evento e a identidade. O produto final acabou por não resultar

muito bem, esta composição não era indicada para o material ou para o local onde foi inserida.

Fig .230 | Anúncio da Nauticampo para as escolas portuguesas. (2015) Fonte: Autora Fig .231 | Anúncio da Nauticampo para a CP. (2015) Fonte: Autora

O branco original da imagem corresponde ao branco natural da tela, tela

esta que é micro-perfurada. Consequentemente, a tela ficou pouco opaca e

as frases ficaram com ainda pior leitura. A mancha de cor, também, é muito

importante para destacar o suporte da arquitectura do Parque das Nações. Infelizmente, o branco e os tons de azul acabam por passar despercebidos e ser pouco chamativos, este efeito é agravado, pois, a tela foi colocada

num edifício inclinado com uma parte não suportada por uma parede. Não

havendo um suporte uniforme, podemos comparar o resultado, com uma folha de papel fina com mancha de cor na frente e no verso. Se olharmos para essa folha em contraluz é, possível, ver o que está desenhado atrás e em frente da folha, observamos ambas as formas com bastante ruído.

A resolução das imagens não necessita de ser muito elevada, pois, não só

a imagem ficará fora de alcance do público suspensa a 5 metros de altura, como a sua impressão é feita sobre tela micro perfurada, um material que

não suporta alta densidade de cor e pormenor. Foi bastante simples aprovei-

tar as imagens a 200 DPI realizadas para a caixa de luz para uma impressão de 100 DPI. Fig. 228

PEÇAS REALIZADAS Mupi Nauticampo

Tela Nauticampo

IMPRESSÃO| 4/0 CMYK, Offset

IMPRESSÃO| 4/0 CMYK, Digital

LOCAL| Vários locais na capital

LOCAL| Exterior do Edíficio Principal - Grand Hall

DIMENSÕES| 1185mm x 1750mm MATERIAL| Papel couché 150gr

FUNÇÃO| Anúnciar a Nauticampo nas vias públicas da cidade de Lisboa

202

DIMENSÕES| 800cm x 600cm

MATERIAL| Lona Mesh Microperfurada 500gr

FUNÇÃO| Anúnciar a Nauticampo aos transeuntes no Parque das Nações


Fig. 230 |

JUNTA A TUA TURMA E VEM À NAUTICAMPO!

Caixa de Luz p/ Futurália IMPRESSÃO| 4/0 CMYK, Digital DIMENSÕES| 300cm x 400cm LOCAL| Grand Hall

MATERIAL| Placas de policarbo-

nato alveolar thermoclear, 15mm, em estrutura metálica iluminada

08|12

FUNÇÃO| Dar a conhecer a feira

ABRIL

Nauticampo aos visitantes dos

45ª EDIÇÃO

feira internacional de lisboa

vários eventos realizados na FIL,

mais especificamente para apelar ao público mais jovem durante a Futurália.

Organização:

Parceiros:

Membro:

Transportador Oficial:

DIVISÃO NÁUTICA

ACAP//APICAN

Fig. 231 |

5. PROJECTOS

203


RELÓGIO Os “relógios” são mupis circulares situados na praça FIL entre o Centro de

Reuniões, o Grand Hall e o Pavilhão Atlântico34 . São estruturas metálicas

emblemáticas para a Feira Internacional de Lisboa, onde são anunciados

todos os eventos que serão realizados no espaço nos próximos meses. A Nauticampo não é excepção e marcou presença nesta estrutura, juntamente , com as outras feiras. Tal como o flyer, foi dos primeiros designs a ser produzido porque deve ser disposto com vários meses de antecedência.

A imagem principal foi adaptada ao suporte circular e os conteúdos foram centrados para maior enquadramento e visibilidade. Tal como nos mupis

para a CML é, muito importante, ter em conta as margens da armação para

evitar cortes no conteúdo informativo. A mancha útil do relógio tem um

diâmetro com cerca de 260cm mas é aconselhado fazer no mínimo 10cm de bleed. É, também, necessário deixar uma leve marca de referência a sinalizar a zona do design a dispor para os responsáveis pela montagem,

fazerem um emolduramento correcto. As únicas especificações dadas pelo cliente foram quase as mesmas para as outras peças: a inclusão da barra de

logótipos com os patrocínios principais, fazer uma referência ao dia 8 de

Abril como sendo exclusivo a visitantes profissionais e incluir horário de realização. Fig. 232

BANNERS Para a Nauticampo foram necessários 7 banners com várias medidas, para várias plataformas online. Ao contrário do que ocorreu na Alimentária os banners

Pág. 174

foram realizados conforme os pedidos com diferentes di-

mensões, formatos e necessidades específicas. Tendo em conta a diversidade de pedidos foram feitos vários banners diferentes, uns com denomina-

ções só em português, outros sem imagem, outros animados, uns sem barra de logótipos, outros a dar enfase só à identidade e outros só com a data de realização.

34

Meo Arena

204

Fig .232 | Relógio Nauticampo na Praça FIL (2015) Fonte: Autora


Fig. 109 |

Relógio Nauticampo IMPRESSÃO| 4/0 CMYK, Digital a 100DPI

DIMENSÕES| Diâmetro de 260cm área útil, 280cm total LOCAL| Praça FIL

MATERIAL| Lona Frontlit 450gr

FUNÇÃO| Anunciar a Nauticampo aos transeuntes no Parque das Nações, em conjunto com os outros eventos.

5. PROJECTOS

205


Fig. 223 |

Fig. 224 |

Fig. 225 |

206


CONVITE FORMATO

Fig .233 | Banner Nauticampo (2015) Fonte: Autora Fig .234 | Banner Nauticampo animado. (2015) Fonte: Autora Fig .235 | Banner Nauticampo no site da FIL. (2015) Fonte: Autora

O convite formato é uma peça importante oferecida pela AIP aos expositores, à imprensa e a outras entidades para, distribuírem como lhes é vantajoso pelos seus círculos sociais. Usualmente, são distribuídos por estes

ou a clientes, ou a interesses profissionais, ou através de passatempos.

Cada convite equivale a uma credencial para os vários dias ou a um bilhete singular, no caso das credenciais o visitante tem de disponibilizar os seus

dados e deverá, preferencialmente, estar envolvido de alguma forma no sector, especialmente, nos dias exclusivos a profissionais.

Este convite tem um modelo utilizado na maioria dos eventos realizados

na FIL com grelhas rígidas, havendo poucas oportunidades de inovação. O convite da Nauticampo teve que seguir, inevitavelmente, o mesmo modelo

com as mesmas características, estas incluem: um espaço pré-definido para colocar a morada e dados do remetente, estes dados podem ser lidos através

de envelopes com janela; o verso deve conter uma área limitada com os sectores da feira; o restante espaço é deixado em branco para incluir pu-

blicidade. É, também, relevante incluir a denominação e conteúdos em Português e Inglês.

O design como seria de esperar inclui a imagem realizada para a Nauti-

campo, com a composição original alterada para contornar os espaços em branco e para resolver problemas de espacejamento e legibilidade. Ao contrário do modelo de 2012

Fig. 236,

a autora optou por assumir os espaços em

branco e mover a identidade e a restante informação para o lado esquerdo, mantendo a mesma ordem e a mesma lógica das outras peças.

Para realização do convite houve um pequeno conflito entre projectos. Após vários dias sem revisão dos materiais, foram requisitados os convites Convite Nauticampo

e o relógio com urgência para impressão, com alterações consideráveis ao

IMPRESSÃO| 4/1 CMYK, Offset

projecto enviado. A autora estava impossibilidade de agarrar nestas peças

MATERIAL| Papel 90gr

Week, o que causou um ligeiro atraso na produção.

DIMENSÕES| 210 mm x 99mm

imediatamente por o projecto coincidir com a sinalética do Green Buisiness

5. PROJECTOS

207


Fig. 226 |

Fig. 227 |

08|12

ABRIL

45ª EDIÇÃO

Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto, Aventura, Caravanismo e Piscinas

feira internacional de lisboa

International Exhibition of Boating, Sports, Adventure, Caravanning and Swimming Pools

www.nauticampo.fil.pt HORÁRIO| SCHEDULE: Dias Úteis: 15h - 23h Sáb/Saturday: 10h - 23h Dom/Sunday: 10h -20h Organização:

*Dia 8 de Abril reservado exclusivamente a compradores profissionais e convidados.

Fig. 228 |

208

Parceiros:

Membro:

DIVISÃO NÁUTICA

ACAP//APICAN

Transportador Oficial:


Fig .226 | Convite da Nauticampo 2012. Fonte: Cedido pela FIL Design Fig .227 | Convite para a Nauticampo 2015, versão final. Fonte: Autora Fig .228 | Papel de carta e folha de continuação, para a Nauticampo. Fonte: Autora

PAPEL DE CARTA O papel de carta é, significativamente, mais simples do que as outras peças,

fugindo um pouco à imagem tipo usando a identidade e a rosa-dos-ventos como elementos principais. Os únicos requerimentos pedidos para o papel de carta foram: a inclusão da barra de patrocínios principais, mais os contactos da AIP-FCE e a criação de duas versões, uma em inglês e outra em português.

Por entre várias propostas o cliente optou por um modelo mais clássico sem muitos artifícios, não é muito inventivo mas consegue capturar bem a

imagem principal. Neste suporte não fazia muito sentido utilizar a fotografia ou designs muito coloridos, pois, a AIP-FCE prefere distribuir o template

e imprimir as suas cartas em impressoras caseiras. Este pormenor resultou

num design limpo, livre de mancha de cor nas margens e com tonalidades que fossem favoráveis mesmo em impressoras de baixa qualidade.

Fig. 228

Por escolha do cliente o ficheiro foi oferecido em formato Word (.docx) A4,

através de um template criado pela designer, com uma folha de rosto e folha de continuação. O template continha um excerto de texto simulado com as

tipografias, cores, dimensões e respectivas localizações já escolhidas para

facilitar a escrita e preservar o design. Para um utilizador mais leigo, o formato é não editável.

Mais tarde o template foi reaproveitado pelo departamento de marketing para a produção do dossier de imprensa.

PEÇAS REALIZADAS | ANÚNCIOS

| DIVULGAÇÃO

COMBOIOS CP| (297mm × 420mm A3)

MUPI CML| (1185mm x 1750mm)

COMBOIOS CP| (80cm x 380cm)

COMBOIOS DA FERTAGUS| (58cm x 38cm)

FACEBOOK, MANIF. PARALELAS| SIC - AGENDA DO SITE, MANIF. PARALELAS|

ESCOLAS| (297mm × 420mm A3)

LOGOS NAUTICAMPO + DATA, EDIÇÃO E LOCAL|

REVISTA DA MARINHA| (200mm x 270 mm;

RELÓGIO NAUTICAMPO| (280cm x 280cm)

A4 EDITAVÉL| (297mm × 210mm A4)

(formato vectorial)

Mancha Útil: 175mm x 240 mm)

FLYER NAUTICAMPO| (150mm x 100mm)

NOTÍCIAS DO MAR| (212mm x 301mm)

REVISTA MUNDO DA PESCA| (210mm x 285mm) JORNAL ECONOMIA DO MAR| (240mm x 330mm) ROTEIRO CAMPISTA| (125mm x 205mm)

CAIXA DE LUZ P/ FUTURÁLIA| (300cm x 200cm) TELA NAUTICAMPO| (550 cm x 800cm)

ESTACIONÁRIO| (Papel de Carta, 2 versões c/ folha de continuação A4 em Word Template)

5. PROJECTOS

209


PEÇAS DO EVENTO GUIA DE VISITANTE O guia da Nauticampo seguiu um modelo diferente dos outros exemplos

já apresentados que traz várias vantagens. O guia consiste em apenas um

desdobrável A4 com uma dobra a meio, resultando num spread A5. Não só diminui os custos de produção e aumenta o número de exemplares ofere-

cidos aos visitantes, como é mais rápido de produzir, tanto pelo designer

como pela gráfica, sendo ao mesmo tempo, uma opção mais ecológica e conveniente. O cliente preferiu expor no guia só as informações essen-

ciais para o visitante aproveitar a feira. Além da capa que é semelhante à

imagem, podemos observar no interior a planta do evento e a listagem dos expositores, no verso estão descritas as várias actividades do evento com os respectivos organizadores e horários em formato de tabela.

Tendo em conta os problemas já descritos nos outros projectos, como a cons-

tante desatualização dos conteúdos, esta parece ser uma solução mais prática. As horas perdidas pelo designer na criação de catálogos muito complexos como

na Tektónica e Segurex Pág. 158, acabam por não compensar. São distribuídos

apenas cerca de um milhar de exemplares por evento, o que significa que a grande maioria dos visitantes não vai ter acesso a um guia.

Vivemos numa era tecnológica onde seria mais prudente e eficiente dispo-

nibilizar o download do guia em formato digital, ou então criar directamente

informação para assentar nas plataformas móveis, através de uma aplicação ou mesmo no site do evento. Esta estratégia foi já adotada pelo Festival IN

que disponibilizou o Guia e a Brochura para download no seu website. Há

uma outra vantagem de disponibilizar informação num ambiente digital,

o visitante pode consultar com facilidade informações referentes aos anos anteriores, enquanto os guias físicos dificilmente serão estimados durante vários anos.

PEÇAS REALIZADAS | BANNERS

GUIA DO VISITANTE NAUTICAMPO

TICKET LINE| (1000px x 1450px)

IMPRESSÃO| Offset 4/4 CMYK

NOTÍCIAS DO MAR| (200px x 200px)

PÁGINAS| 4 Páginas

NAUTICA PRESS - ANIMADO| (729px x 91px) CÂMARA DE LISBOA| (800px x 531px) UACS - ANIMADO| (275px x 76px) CARRIS| (455px x 440 px)

SITE FIL| (640px x 400 px)

210

TIRAGEM| 5000 exemplares Díptico c/1 dobra

GRAMAGEM| 185gr couché matte

DIMENSÕES| 148mm x 210mm (A5) fechado; 296mm x 210mm aberto


Fig. 229 |

SINALÉTICA PARTILHADA A sectorização exterior da Nauticampo é, tal como a Tektónica e Segurex, uma sinalização partilhada com a feira Motoshow e Motorclássico reali-

zadas na mesma data. Este foi, provavelmente, o exemplo de sectorização mais desafiante em que a autora participou.

O projecto foi inicialmente produzido e completado tendo apenas a Nauticampo e a Motoshow em mente, deixando a Motorclássico e o Mundo

Abreu de parte. Estas duas feiras não pertencem à AIP-FCE mas sim a um

operador exterior, logo têm uma logística diferente, com horários diferentes e bilheteiras diferentes. A inclusão da Motorclássico no design foi uma reflexão tardia por parte da AIP-FCE e um grande contratempo para a designer.

A imagem da Nauticampo e da Motoshow já eram bastante diferentes e difíceis de conciliar, a adição de uma terceira feira veio complicar ainda

mais a composição. Além dessa desvantagem, o processo foi várias vezes atrasado e as peças refeitas a pedido do responsável pela aprovação da sec-

torização. Qualquer esforço por parte da designer de dar uma continuidade Fig .229 | Mock up do Guia de Visitante da Nauticampo (2015) Fonte: Autora

e estrutura comum às três imagens foi rejeitado, no final as três imagens acabam por ter de funcionar individualmente.

5. PROJECTOS

211


Outro desafio além de conciliar as imagens foi conciliar os textos. Os textos

deveriam ser repetidos em português e em inglês a pedido do cliente, o

espaço para descrições era bastante limitado e a mensagem deveria manter-

se legível, foi custoso conciliar toda a informação na placa da bilheteira. A informação que queriam expor era bastante extensa, tendo cada feira avisos diferentes, preços diferentes, horários diferentes e local diferente. O resulta-

do final é confuso, apinhado de informação visual e não aparenta ter muita

Fig .212 e 213 | Placas de Entrada p/ a Nauticampo, Motoshow e Motorclássico. (2015) Fonte: Autora Fig .214 | Placas p/ Bilheteiras p/ a Nauticampo, Motoshow e Motorclássico. (2015) Fonte: Autora

preocupação estética. Acabou por não ser muito eficaz para o observador, pois, não há um ponto central onde focar a sua atenção.

Orientação (x2)

Placas de estacionamento (x2)

LOCAL| Entrada do Pav.1, Entrada do Pav. 2

LOCAL|Entrada do Estacionamento, Norte e Sul

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

DIMENSÕES| 90cm x 150 cm

DIMENSÕES| 100cm x 140cm

Entradas (x3) LOCAL|Entrada Grand Hall, Entrada Poente e Entrada Norte

Bilheteiras

110cm, 232cm x 93cm

DIMENSÕES| 300cm x 100cm

DIMENSÕES| 300cm x 140cm, 300cm x

LOCAL| Zona de Bilheteiras na área Pedonal

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 8 mm

SINALÉTICA DO EVENTO A sectorização presente no evento tem uma função não só prática, a de

informar e dirigir os visitantes, como tem a função de apresentar a imagem da Nauticampo e transmitir o ambiente da feira. Podemos dizer que tem um objectivo acrescido estético e decorativo.

Tendo este propósito em consideração, foi uma decisão óbvia criar uma linha de peças que seguisse os objectos já realizados na divulgação da feira. Foram utilizadas como base, as mesmas imagens, os mesmos elementos, tipografias, cores, estruturas, etc, adaptados para vários materiais e requisi-

tos. A sectorização foi realizada neste contexto desde: os pendões, a caixas

de luz, às placas informativas, até aos separadores de zonas. A primeira peça criada foi o mupi exterior localizado, numa estrutura metálica fixa

na área pedonal em frente ao pavilhão 1. Este mupi tem como principal função, especialmente, em feiras com mais de um pavilhão, de apontar aos

212

Fig .215 e 216 | Placas de orientação, Nauticampo, Motoshow e Motorclássico. Fonte: Autora Fig .217 | Placa de estacionamento, Nauticampo, Motoshow e Motorclássico. Fonte: Autora


Fig. 212 |

Fig. 213 |

Crianças até aos 10 anos GRÁTIS

Fig. 214 |

Fig. 215 |

B

Fig. 216 |

Fig. 217 |

B

5. PROJECTOS

213


visitantes os sectores e expositores que podem encontrar em determinado pavilhão. No caso da Nauticampo que tem apenas um pavilhão de actuação,

Fig .218 | Mupi Nauticampo p/ área pedonal Fonte: Autora

imprescindível tendo em consideração que durante o evento, houve outras

Fig .219 | Caixa de Luz c/ informações do Guia p/ Nauticampo. Fonte: Autora

tem como primeiro objectivo o de assinalar o local do evento. O mupi torna

três feiras a decorrer em simultâneo. Para o design do mupi da área pedonal foi utilizado o mesmo modelo que na tela e caixa de luz. Fig. 123

Fig. 218 |

Já mais próximo do evento, juntamente, com o guia do visitante, foram criadas caixas de luz e placas de polipropileno com as manifestações pa-

ralelas que imitam o conteúdo do guia. Estes objectos apresentam a planta do espaço, os expositores presentes e as actividades do evento em suportes

Fig .220 | Placa da Nauticampo p/ a feira Motoshow no Pav.2. (2015) Fonte: Autora

visíveis e em locais estratégicos, para todos os visitantes que não têm acesso

Fig .221 e 122 | Pendões p/ a Nauticampo 2015 Fonte: Autora

blemáticas como já foi mencionado neste relatório, os eventos estão sempre

Fig .223 | Placa de manifestações paralelas p/ Nauticampo. Fonte: Autora

ao guia se manterem esclarecidos. Usualmente, estas são as peças mais prosuscetíveis a alterações até ao último minuto. Em várias situações é neces-

sário criar remendos para as peças que são, posteriormente, colados pelos responsáveis da montagem.

Fig. 219

O design das manifestações paralelas

acabou por ter outras aplicações tendo sido replicado para vários suportes, como por exemplo para o site e Facebook do evento. Fig. 223

214


Fig. 219 |

45ª

08|12

ABRIL

PLANTA

STAND EXPOSITORES

1B01A

1D06

A. DO CARMO - Importação, Exportação e Comércio

1C08

LIFERAFT - Venda e Manutenção de Equipamento Náutico

ABRISUD IBERICA PRODUCCION, S.L

1B03

LIMATLA - Sociedade Comercial de Veiculos e Equipamentos

1A07

AGUALÂNDIA - Construção e Manutenção, lda

1C06

LISNAUTICA - Equipamento Para Barcos De Recreio, Lda

1B18

AHLERS LINDLEY, LDA

1D10

LOBO DO MAR - Soc. Editorial, Lda

ZE05

ANTÓNIO JOSE ALVES ROSARIO

1B32

MANHÃS ALEGRES, LDA

ZE03

ANTÓNIO SOUSA NOVAIS

1B16

MAP - Máq. e Acessórios para a Indústria, Agricultura e Pescas

ARQUITEXTO UNIPESSOAL - Jornal Economia do Mar

1A09

MARINHA PORTUGUESA

1D12

MEDIA 4U UNIPESSOAL

1B38 1A01

1D02

1D05 1A03 1D04 1B05 1D07 1B06 1B08

1C04

1B34

1D06 1D06B

1D10 1C08 1D11 1D08 1D12 1D12A

1B24 1B26

1A05A

1A06

1B28 1A08 1D18

1C10

1C07 1B30 1A07 1B32 1A10

1D22

MR. BOAT - Gestão de Embarcações de Recreio e Prof., Unipessoal

1B26

MÚNICIPIO DO SEIXAL

1C04

MÚTUA DOS PESCADORES-MÚTUA DE SEGUROS, CRL

CLUBE AUTOCARAVANISTA SALOIO

1D08

NAUTEL - SISTEMAS ELECTRÓNICOS, LDA

CLUBE NAVAL DE PONTA DELGADA

1D07

NAUTIRADAR - Sistemas Maritimos de elect. e de telecomun.

CLUBE TODO O TERRENO DE OEIRAS

1D04

NAUTIRECREIO - SOC. UNIP., LDA

COMTT, COM. ACESSÓRIOS TT, SOC. UNIP., LDA.

1C01

NAUTISER - CENTRO NÁUTICO, SA

1A03

NAVAL NAZARÉ II, LDA

1ST02

NAVIS - MARINE PAINTS, S.A.

DANIEL REIS AMARELO DAVID GONÇALVES ANDRÓNICO "O RIBATEJANO" DND - DESCONTO NÁUTICO DIRECTO, LDA

1D06A

OREY TÉCNICA SERVIÇOS NAVAIS, LDA

DOCAPESCA - PORTOS E LOTAS, S.A.

1STO1

PEDRO MIGUEL DOS SANTOS FERREIRA VICENTE

1D11

DUNASOL - CAMPISMO E DESPORTO, LDA

1D06B

EDITORIAL GRUPO V PORTUGAL, LDA

1A06

EMBAIXADA DA POLÓNIA

1B35

ENN - EDITORA NAUTICA NACIONAL, LDA

1D26

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE MOTONÁUTICA

1B01A

RADITRON, LDA RAID 1969 SL ROTEIRO CAMPISTA, LDA SAHARA DESERT CHALLENGE (LIFETOURIS)

FRENETIKMOVE, LDA

1A11

SANAS

ZE02

GALÁXIA GULOSA, LDA

1D05

SBI - SEA BUSINESSES & INVESTEMENTS

1B05

GLOBAL MOTOR SUR SL

1B04

SEA RIBS, LDA

1C03

HONDA MARINE - GROW PORTUGAL

1D09

SIROCO, S.A.

1B07

SKI WORLD - Comércio de Equip. Náuticos, Lda

1C07

SOLVANA, LDA

1B06

IATESTORE - Comér. Embarcações e Artigos Náuticos IMAGEM DE FÉRIAS UNIPESSOAL, LDA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÕES EM ALUMÍNIO INALCO

1C05

J. GARRAIO & CA., LDA

1D03

J. SOUSA MESQUITA, LDA

1D18

1B01/1B10

ORGANIZADOR

ACÇÃO

10 ABRIL

15h00/18h30

"Estaleiros Navais - Novos Desafios"

DOCAPESCA Portos e Lotas

19h00/20h00

Imigração Irregular

MARINHA PORTUGUESA

15h00/16h00

Acção do Clube Portugues de Autocaravanas

FCMP e Clube Português de Autocaravanas

17h00/18h00

Acção SIKA - Siroco

SIKA - Siroco

18h00/19h00

A evolução da Electrónica na Náutica de Recreio por João Cruz; Os motores e o desenvolvimento tecnológico por Lourenço Saldanha da Gama; Potencial da Pesca Desportiva no Turismo Náutico por Jorge Barreto; Os Grandes Veleiros e a ligação dos jovens ao Mar pela APORVELA.

LOBO DO MAR

14h30/15h45

Acção Clube TT de Oeiras

CLUBE TT OEIRAS

16h00/18h00

Segurança Marítima – Prevenção ou Reparação?

Mútua dos Pescadores; Mútua de Seguros, CRL

18h00/20h00

Descubra Portugal

FCMP e Clube Português de Autocaravanas

11h00/12h30

“África e o Sahara Desert Challenge”

SAHARA DESERT CHALLENGE

15h30/19h00

"As Grandes Viagens em Autocaravana-Preparação, Segurança, Diferenças Culturais, Experiências, …"

R.P. INDUSTRIES, SA

1B09

1D24

ABRIL

PESCÒPEIXE - JORGE HERCULANO PINTO RODRIGUES

1B36

1A08

08

PORTI NAUTA - Reparações Náuticas, Lda

1B40 1A05 1C12/A

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VELA FPA - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AUTOCARAVANISMO

1C15

1D04A

1B33A 1B33B

MOTOLUSA - MOTORES DE PORTUGAL, LDA

1B22

CGA - CLUBE GARDINGO DE AUTOCARAVANAS

ZE04

1C10

1C12 1B33 1A09

1D01

CASTELA & VELUDO, LDA

ZE01

1B13

1B14

1D09 1C06

1B201B22

MOTEO PORTUGAL, SA

1B08

1A06A

1D06A

1C05

1A06A 1B11 1B111B18

MIGUEL JACOB UNIPESSOAL, LDA

1B02

CAI - CLUBE AUTOCARAVANISTA ITINERANTE

1B11

1D20

1B10 1B12 1B14

1A04 1B09 1A05

METALOMECANICA SOARES RODRIGUES & IRMÃOS

1A04

BOATCENTER - Serviços e Actividades Náuticas, SA CAMPERLINE - Comércio e Aluguer de Autocaravanas

1C14

1B33C

1C03 1B04

1D22

ATLANTIC MASTERS LDA

1B28 1C17

1D03

ASSOCIAÇÃO MARINHA DO TEJO

1C16 1B33C

1B02

ASSOCIAÇÃO AUTOCARAVANISTA DE PORTUGAL

HORÁRIO

LALIZAS MARINE - Equipamentos Náuticos

1B24 1B33A

1B03

STAND EXPOSITORES

13 YACHT BROKER UNIPESSOAL, LDA

1B30

1D12A

1D01 1C01

1B01 1A01

EVENTOS / AUDITÓRIO NAUTICAMPO

1A10

1B20

1B13

feira internacional de lisboa

EXPOSITORES

ENTRADA

1B07

EDIÇÃO

11 ABRIL

TOURON, SA - SUCURSAL EM PORTUGAL VANGUARD MARINE, LDA

1C13

VIDA SÃ - Fabric. Artigos P/ Campismo, Praia e Mar

JUNGLE NET, LDA

1B12

YACHTWORKS - SERVIÇOS NÁUTICOS, LDA

KASAMOV - UNIPESSOAL, LDA

1D02

YAMAHA MOTOR EUROPE N.V. - Sucursal em Portugal

1B36 1C13

12

1D20 1B33C 1B38 1B40

ABRIL

1A11 1C14 1C15

1D24

1B34 1C16

AUDITÓRIO

Clube Português de Autocaravanas

1D26

Programa actualizado a 5 de Abril sujeito a alterações. Organização:

Parceiros:

Membro:

Transportador Oficial:

DIVISÃO NÁUTICA

ACAP//APICAN

Fig. 220 |

Fig. 221 |

Fig. 222 |

Fig. 223 | 08|12

ABRIL

HORÁRIO

08 ABRIL

10 ABRIL

11 ABRIL

12 ABRIL

45ª EDIÇÃO

feira internacional de lisboa

ACÇÃO

ORGANIZADOR

15h00/18h30

"Estaleiros Navais - Novos Desafios"

DOCAPESCA Portos e Lotas

19h00/20h00

Imigração Irregular

MARINHA PORTUGUESA

15h00/16h00

Acção do Clube Portugues de Autocaravanas

FCMP e Clube Português de Autocaravanas

17h00/18h00

Acção SIKA - Siroco

SIKA - Siroco

18h00/19h00

A evolução da Electrónica na Náutica de Recreio por João Cruz; Os motores e o desenvolvimento tecnológico por Lourenço Saldanha da Gama; Potencial da Pesca Desportiva no Turismo Náutico por Jorge Barreto; Os Grandes Veleiros e a ligação dos jovens ao Mar pela APORVELA.

LOBO DO MAR

14h30/15h45

Acção Clube TT de Oeiras

CLUBE TT OEIRAS

16h00/18h00

Segurança Marítima – Prevenção ou Reparação?

Mútua dos Pescadores; Mútua de Seguros, CRL

18h00/20h00

Descubra Portugal

FCMP e Clube Português de Autocaravanas

11h00/12h30

“África e o Sahara Desert Challenge”

SAHARA DESERT CHALLENGE

15h30/19h00

"As Grandes Viagens em Autocaravana-Preparação, Segurança, Diferenças Culturais, Experiências, …"

Clube Português de Autocaravanas

Programa actualizado a 5 de Abril sujeito a alterações.

5. PROJECTOS

215


Os pendões e a restante sinalização de áreas no recinto (exemplo: Zona

Exterior Fig. 226) têm um design idêntico. A designação do local deve ser o

ponto mais importante seguindo do nome do evento, o restante será orna-

Fig .224 | Placa da Nauticampo p/ a feira Motoshow no Pav.2, versão vertical. (2015) Fonte: Autora

destaque do evento, o que faz com que a cor escolhida para estes suportes

Fig .225 | Placa Start Ups na Nauticampo 2015 Fonte: Autora

despido e refletirá muito o ambiente do espaço. Inicialmente havia um

Fig .226 | Placa Zona Exterior na Nauticampo (2015) Fonte: Autora

mental. Estes serão os objectos de design gráfico com maior dimensão e seja particularmente importante. Esse tom dará cor ao pavilhão branco maior número de pendões a incluir e as cores escolhidas variavam entre o salmão e o azul-claro. Com a diminuição do número de peças o cliente acabou por optar somente pela cor azul. Fig. 221 e 222

Houve no final da produção, um pequeno lapso pela parte dos responsáveis da sectorização. As placas da Nauticampo na feira parceira a Motoshow,

realizada no pavilhão seguinte, foram esquecidas. Por serem ambas feiras da AIP os visitantes podem deslocar-se entre as duas feiras sem pagar um segundo bilhete, os entusiastas de veículos motorizados podem observar os

barcos da Nauticampo e vice-versa. Logo, é necessário, avisar aos clientes da Motoshow que está a ser realizada a Nauticampo e que é possível fazerem

uma visita. As placas foram pedidas já no decorrer do primeiro dia da feira

(dia 8) e produzidas com urgência, estas também seguem a imagem original do evento e foram imediatamente colocadas nas saídas do pavilhão 2.

Pendões Auditório e Service Point LOCAL| Suspenso por cima da zona do Auditório e Service Point respetivamente

DIMENSÕES| 145cm x 290cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 8 mm

FUNÇÃO| Apontar quais são as startups do sector e a sua localização no evento

MATERIAL| Lona Blockout 650gr

Zona Exterior (x2)

visível para qualquer local do espaço

exterior), saídas opostas à entrada principal

FUNÇÃO| Assinalar zonas no evento, de forma

Placa StartUp LOCAL|Entrada Grand Hall, Entrada Poente e Entrada Norte

DIMENSÕES| 90cm x 150cm

216

LOCAL| Dentro do Pav.1 à saída p/ Pav.2 (zona DIMENSÕES| 300cm x 200cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 8 mm

FUNÇÃO| Sinalizar a Zona Exterior do evento, onde se encontra a Nauticampo Ocasião e caminho para a Motoshow.


Fig. 225 |

Fig. 224 |

Fig. 226 |

5. PROJECTOS

217


Placa Manifestações Paralelas

Caixa de Luz

LOCAL| Em frente ao Auditório Principal

LOCAL| Entrada do Pav.1

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 8 mm

MATERIAL|Policarbonato thermoclear, 15mm

DIMENSÕES| 90cm x 150cm

DIMENSÕES| 300cm x 200cm

FUNÇÃO| Apresentar informações relevantes

aos visitantes como, planta do evento, lista de Mupi Área Pedonal (x2) LOCAL| Estrutura de metal em frente ao Pav.1

expositores e manifestações paralelas

na área pedonal

Placas Nauticampo p/ Motoshow

MATERIAL| Papel couché 150gr

DIMENSÕES| 20cm x 50cm; 90cm x 140cm

DIMENSÕES| 300cm x 200cm

LOCAL| Dentro do Pav.2 à saída p/ Pav.1

FUNÇÃO| Sinalizar o local do evento e os

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

pedonal.

em actuação na feira Motoshow 2015

sectores em exposição aos transeuntes da zona

FUNÇÃO| Divulgar a Nauticampo e o Pavilhão

PEÇAS REALIZADAS | EVENTO CONVITE FORMATO| (210 mm x 99mm)

CAIXA DE LUZ C/ PLANTA| (300cm x 200cm)

MUPI ÁREA PEDONAL| (300 cm x 200cm) PLANTA NAUTICAMPO|

ARANHA MANIF. PARALELAS| (90cm x 150cm)

CAPA DOCIER DE IMPRENSA| (295mm x 210mm)

PENDÃO AUDITÓRIO| (140cm x 290cm)

ARANHA NAUTICAMPO NO MOTOSHOW|

ARANHA START UPS| (90cm x 150cm)

PENDÃO SERVICE POINT| (140cm x 290cm) PLACA ZONA EXTERIOR| (300cm x 200cm) GUIA DO VISITANTE| (295mm x 210mm)

PLANTA DOCIER DE IMPRENSA| (295mm x 210mm) (90cm x 140cm) PLACA

NAUTICAMPO

(20cm x 50cm)

MATERIAIS Para impressões de grandes formatos onde o objectivo principal é o re-

vestimento ou decoração de grandes superfícies é, necessário, um material flexível e adaptável como lonas. Dependendo do projecto e das suas características, existem diversos tipos de lonas por onde podemos escolher,

como por exemplo: Lonas Frontlit, Microperfuradas e Blacklit. Lonas de grandes dimensões têm um forte impacto visual sendo visíveis a grandes

distâncias, o que as torna excelentes soluções para promoção de eventos ou marcas e para sectorização de espaços amplos. Podem ser utilizadas em:

painéis publicitários, revestimentos de grandes fachadas, bandeiras, faixas publicitárias, coberturas e toldos entre outras aplicações.

218

NO

MOTOSHOW|


As lonas têm a vantagem acrescida de serem um material versátil e portátil, muito mais do que placas rígidas como polipropileno ou k-line. Em relação à definição da imagem em lona é, também, possível preservar mais pormenores como texturas e tonalidades.

A reacção da tinta no suporte determina a qualidade do produto final, estes suportes não reagem à tinta todos do mesmo modo. Enquanto nas lonas a

tinta fica mais à superfície mantendo a impressão mais fiel à imagem vista no computador, em lonas mesh, telas e placas de polipropileno ou thermo-

clear, é mais difícil a tinta aderir ou então é mais absorvida pelo material, não permitindo cores tão intensas. Isto resulta em tons mais esbatidos e menos definição e pormenores na imagem. O produto está dependente não só do material mas, também, do contexto, da luz, do ambiente, das características do objecto e do observador.

Na grande maioria das peças da FIL, são utilizadas lonas standart opacas (frontlit) que não permitem difusão de luz, nem é possível ver através do

material compacto. No caso específico das grandes “torres” ou “telas” utilizadas no exterior, são utilizadas lonas microperfuradas (mesh).

Este tipo de lonas são especialmente desenvolvidas para coberturas de fachadas ou edifícios exteriores, com uma malha perfurada para resistir a

várias condições atmosféricas como vento e chuva. São, também, mais resistentes que as lonas comuns tendo o peso distribuído pelos vários furos.

Estas coberturas têm outros pontos positivos que fazem deste material o mais apropriado para utilizações exteriores, elas mantêm uma boa visibi-

lidade e difusão de luz e permitem que seja possível ver pelo lado interior do material, o que é especialmente útil em fachadas com janelas. As trans-

parências podem ser, contudo, um contratempo, pois, o design não sairá tão inteligível como em lonas opacas.

A imagem deve estar o mais clara possível, com boa definição e contrastes, pois, durante o processo de produção, há uma tendência para a perda de

qualidade. O designer pode jogar com estes elementos se estiver já à espera de um grau de qualidade oferecido pelo material escolhido. Nas lonas perfuradas temos a noção que a tinta é especial, resistente a vários climas e que

a perfuração vai tirar definição à imagem. Tendo estas características em conta, podemos optar por uma imagem mais pixelizada e aumentar a sua saturação e nitidez, pois, o desfoque não será tão óbvio neste suporte.

5. PROJECTOS

219


Para as caixas de luz podem ser utilizadas lonas blacklit mas, na FIL, é dada preferência a placas thermoclear (policabornato alveolar), provavelmente,

pela proximidade que estas caixas têm do público. O policarbonato alveolar

é o material ideal para utilizar em aplicações que requerem transparência ou

translucidez, especialmente, se existir luz. É um suporte com protecção UV que resiste a climas rigorosos e a temperaturas muito altas ou muito baixas, o que faz com que este material seja perfeito para suportar o calor dos leds. Graças às suas qualidades mecânicas, a sua leve transparência permite disseminar a luz, não ofuscando o design.

Estas placas são leves e flexíveis, altamente resistentes a impactos, com

resistência térmica e acústica. Além das propriedades publicitárias podem ser utilizadas em estruturas urbanas como: estufas, varandas, cabines

telefónicas, etc. Por ter propriedades tão exclusivas, este é dos materiais mais caros sendo quase, exclusivamente, utilizado para as caixas de luz. Os resultados das impressões neste suporte, são semelhantes aos resultados em impressões em placas de polipropileno alveolar.

A impressão de todos estes materiais é feita através de impressão digital com jacto de tinta. Fig. 227 |

35 36

Fig .227 | Lona Mesh Fonte: www.impresion24.com 35 Fig .228 | Lona Frontlit Fonte: www.rotulatumismo. com 36 Fig .229 | Relógio Nauticampo (2015) Fonte: Autora

Fig. 228 |

www.impresion24.com/p133211-lona-frontlit-440-gr-de-130-x-30cm.html (Consult. 23 Setembro 2015) www.rotulatumismo.com/649-thickbox_default/lona-impresa-microperforada-mesh.jpg (Consult. 23 Setembro 2015)

220


5. PROJECTOS

221


FESTIVAL IN BRIEFING| Apropriação da imagem do Festival IN para nova imagem, realização de várias peças de divulgação e sectorização da feira. CLIENTE| Festival IN [AIP-FCE]

DATA| 13 Abr – 26 Abr e 10 Mai – 15 Mai Anúncios 14 Abr – 20 Abr

Tela 16 Abr

Guia do Visitante 17 Abr - 21 Abr Peças p/ Evento 15 Abr – 22 Abr Brochura 10 Mai – 15 Mai

Feira 23 a 26 de Abril SITE| www.festivalin.pt

PÚBLICO-ALVO| Profissionais, empresários e investidores nos sectores culturais e criativos, Industrias Culturas e Criativas (ICC), investigadores

e jovens alunos, sonhadores e interessados em apreender e conhecer mais áreas, público em geral

A FEIRA O Festival IN é um dos maiores eventos de Inovação, Criatividade e Cultura

realizado na Península Ibérica apresenta-se, fundamentalmente, como uma

plataforma de inclusão, capacitação, promoção e internacionalização nos sectores culturais e criativos em Portugal.

Esta é a segunda edição do evento e tem como conceito as Network Socie-

ties ou Sociedade em Rede, cruzando vários temas e várias redes como: redes empresariais, de inovação, negócio, cultura, criatividade e desen-

volvimento. É um espaço que pretende promover a cross-innovation ou

inovação conjunta e envolver os seus visitantes nestas redes já existentes, criando um ambiente singular de inovação intersectorial, demonstrando simultaneamente ao público, o potencial desses sectores. O objectivo prin-

cipal é o de Ligar as Redes em Rede (FESTIVAL IN, 2015, p.4) dando foco à

internacionalização de diferentes agentes nacionais, sejam estes criativos, empresas, instituições ou marcas, para Propagar uma cultura de Inovação

e Criatividade (FESTIVAL IN, 2015, p.5), incentivando a diferenciação e a competitividade.

222


O evento realiza-se em todos os pavilhões da FIL, estando dividido em quatro grandes áreas expositivas inspiradas nas várias vertentes da inovação.

O primeiro pavilhão corresponde à Cidade das Redes & Pessoas, onde estão presentes as principais redes nacionais e internacionais ligadas às ICC e ao sector cultural. É um espaço dedicado: ao empreendedorismo, a acelerado-

res de negócios, startups, incubadoras, espaços de trabalho, entre outros. Em complemento, também, estão presentes nesse pavilhão formas de financiamento como: investidores, capital de risco e apoios públicos e privados.

A segunda cidade e segundo pavilhão corresponde à cidade do Marketing e Comunicação, espaço com casos de estudo de marketing, comunicação e sucessos internacionais. É um local dedicado aos sectores da Publici-

dade, Marketing Digital, Multimédia e Social Media. Esta cidade inclui instituições e universidades ligadas à comunicação e organismos de apoio à internacionalização.

Segue-se em terceiro lugar a cidade da Inovação e Produtividade, patroFig .230 | Primeiros banners do Festival IN (2015) Fonte: Cedida pela AIP-FCE

cinada pela Unysis, onde estão presentes: as empresas de tecnologias de Informação e Informática, Telecomunicações, projectos e soluções tecnológicas e Instituições de Ensino Técnico e Superior na área da tecnologia.

Fig. 230 |

Cod. FIN2015BC01af

FIL Feira Internacional de Lisboa Parque das Nações 5. PROJECTOS

223


Por último está a cidade de Produtos e Serviços, um pavilhão para empreen-

dedores e profissionais com produtos e serviços inovadores. Um espaço para inovação em redes, actividades criativas, empresas emergentes, trans-

Fig .224 | Relógio Festival IN (2015) Fonte: Cedida pela AIP-FCE

espaço para jovens criativos e novos talentos, assim como agentes musicais,

Fig .225 | Roll up Festival IN (2015) Fonte: Cedida pela AIP-FCE

disciplinares e de vanguarda. Juntamente com estas áreas encontra-se um produtores, castings, design de moda, design de produto, design gráfico e artes plásticas.

Além destas quatro áreas podemos presenciar no evento: a actuações, performances, conferências, pitches, workshops, showcases, manifestações artísticas que ajudam a construir um espírito festivo, optimista e contagiante.

EXPOSITORES| Design, publicidade, multimédia, arquitectura, informá-

tica e tecnologias, videojogos, artes performativas, música, artes visuais,

televisão rádio e cinema, património, edição e criação literária, organismos públicos e privados.

Cidade 1 - Redes e Pessoas, Cidade 2 - Marketing & Comunicação, Cidade 3 - Inovação & Produtividade, Cidade 4 - Produtos & Serviços

OBJECTIVOS| Visar a economia e a sociedade portuguesa, Propagar uma cultura de inovação e criatividade, Incentivar a competitividade e diferen-

ciação, Ligar sectores em rede, Criação de valor e geração de riqueza nas ICC, Promoção das ICC e da sua interação com investidores, Facilitar a in-

teracção entre o público em geral e os agentes e empresas do sector criativo. MOTIVAÇÕES DO PÚBLICO| Aprender e interagir com as indústrias cultu-

rais e criativas, Participar num festival intercultural e diverso com um espírito festivo com uma comunidade criativa, Encontrar novas oportunidades de sucesso e exploração individual assim como instrumentos para desenvolver competências e sonhos, Ter e assistir a novas experiencias e desafios.

INTERVENIENTES| Gestor de Feiras, Gestor de Marketing, Assisten-

te de Marketing, Coordenador de Operações, Coordenador Oficinas de Produção Gráfica, Equipa de Montagem, 2 Designers Gráficos, Autora (Designer Gráfica)

224

Fig .226 | Mupi Festival IN (2015) Fonte: Cedida pela AIP-FCE


Fig. 224 |

Fig. 225 |

Fig. 226 |

5. PROJECTOS

225


A IMAGEM A imagem original do Festival IN utilizada durante toda a sua divulgação foi criada por uma agência exterior. Fig. 226 O conceito, o universo cromático, identidade visual, tipografias, elementos gráficos, entre outros, são ori-

ginais dessa agência e a eles é devido todo o mérito da solução gráfica. A imagem foi, posteriormente, adaptada pela autora para uma segunda fase da campanha mais próxima da data do Festival IN.

Segundo a proposta da agência o conceito da imagem é baseado no número de ouro e na sequência de Fibonnaci, para replicar a harmonia e equilíbrio

estrutural dado pela perfeição matemática. É por esta regra que se rege a

identidade visual, a tipografia criada e a maioria das peças de divulgação. As formas rectangulares pretendem, também, remeter para ecrãs, telas,

janelas e molduras. Na visão dos designers, representam planos limitados usados em vários meios de criação modernos e antigos.

Mais do que as formas, destaca-se a escolha cromática dos elementos que, aparenta, ter sido seleccionada ao acaso mas que remete para as cores es-

senciais: as cores primárias e secundárias, usadas na criação de todas as cores. Estas cores podem servir como paralelismo à criação criativa onde, conjuntamente, podem criar inúmeras soluções.

A nova campanha do Festival IN é uma continuação dos spots televisivos

criados pela agência, que tem como conceito as frases: “Sai da Casca, vem ao Festival IN” e “O que nasceu primeiro, a Inovação ou a Criatividade?”.

Uma alusão ao dilema de casualidade, “O que nasceu primeiro o ovo ou a galinha?”. Esta é uma questão filosófica de debate sobre crenças criacionistas que pode ser extrapolada para divagar sobre a própria noção de cria-

tividade e a sua relação com o criativo. Esta metáfora com o Ovo é utilizada intrinsecamente na expressão popular “Sai da Casca” que é, normalmente,

utilizada no contexto de sugerir a um indivíduo para se expressar e sair da sua zona de conforto, uma comparação ideal com o Festival IN. Fig. 227

Ao contrário dos outros projectos esta solução foi criada em conjunto com o

gestor de marketing responsável pelo Festival IN que esteve, presencialmente, presente durante o processo da concepção desta segunda imagem da campanha. O mesmo tomou decisões conjuntamente com a designer, em vez de prestar mero acompanhamento como nos outros projectos.

226

Fig .227 | Nova Imagem para o Festival IN “Sai da Casca vem ao Festival IN” (2015) Fonte: Autora


SAI DA CASCA VEM AO FESTIVAL IN. Não percas o maior Festival de Inovação e Criatividade realizado em Portugal. Participa activamente na maior concentração de actividades, ideias, protótipos e produtos inovadores e criativos.

Conferências, WORKSHOPS, SHOWCASES,START UP'S PITCHING, EMPREENDEDORISMO,ARTES PERFORMATIVAS, PATRIMÓNIO, MÚSICA, ESPETÁCULOS

Organização

Cofinanciamento

Entidade Parceira

Universidade Oficial

Parceiros

Media Partner

Patrocinadores


Notou-se que este era um projecto onde a comunicação é especialmente

relevante. Não se trata só de uma imagem exterior que já teria sido até à data vastamente explorada, como este é um evento ligado às indústrias criativas. A sua coesão com as peças de divulgação anteriores é de extrema importân-

cia, especialmente, porque o novo design funcionará conjuntamente com os spots televisivos. Fig. 228 e 229

Foi essencial estudar e observar as peças realizadas anteriormente, para não desobedecer ao material antecedente, e poder assim criar uma solução coesa. Para este fim, foram reciclados elementos de várias peças já produzi-

das que foram incorporados numa nova imagem. Esta composição é menos

confusa e mais organizada que as anteriores, apesar de conter ainda muita informação visual já é mais regrada e simplificada, tornando a sua leitura imediata para o observador comum. A informação está mais claramente dividida por secções e tem uma ordem de leitura mais intuitiva.

PEÇAS REALIZADAS | ANÚNCIOS

| BANNERS

COMBOIOS DA FERTAGUS| (58cm x 38cm)

TICKET LINE| (1000px x 1450px)

A4 EDITAVÉL| (297mm × 210mm A4)

CARRIS| (445px x 440px)

COMBOIOS DA CP| (58cm x 38cm) SOL/TABU| (205mm x 275mm) JORNAL I| (250mm x 350mm)

MEIOS E PUBLICIDADE| (240mm x 355mm)

SOL| (300px x 250px)

LIFE COLLER| (300px x 250px) CML| (800px x 531px)

DESTAK/METRO| (103mm x 138mm) ARTE SONORA| (480mm x 280mm)

FLYER FESTIVAL IN| (150mm x 100mm) TELA FESTIVAL IN| (550 cm x 800cm)

Fig. 227 | Fig .227 | Frame do Spot publicitário do Festival IN (2015) Fonte: www.festivalin. pt/material-grafico/ (Consult. 13 Outubro 2015) Fig .228 | Frame do Spot publicitário do Festival IN, segunda fase. (2015) Fonte: www.festivalin.pt/material-grafico/ (Consult. 13 Outubro 2015)

228


Fig. 228 |

PROJECTO 01| Criar uma imagem para a segunda fase da divulgação do Festival IN, baseada nas peças e universo gráfico realizado anteriormente.

02| Realizar anúncios e peças para a divulgação do evento baseados na nova imagem, adaptação da imagem para vários tamanhos e materiais.

03| Transpor a identidade da feira para o espaço, através da sectorização no interior do evento e outros elementos.

04| Realizar material editorial para o evento. O Festival IN é o segundo grande projecto da área de design gráfico que a

mestranda ficou responsável. A principal diferença deste projecto em relação ao

anterior (Nauticampo) é a origem da imagem criada que não foi absolutamente concebida pela autora, teve uma base prévia. Tirando esse pormenor, a respon-

sabilidade foi semelhante, mas estendida por um período de tempo mais curto, tendo a autora ficado encarregue da criação da grande maioria dos materiais produzidos, desde o lançamento do briefing até ao último dia do evento.

Dada a quantidade de peças a realizar num tão curto espaço de tempo, a estagiária teve pela primeira vez o privilégio e a responsabilidade de guiar e mo-

nitorizar os seus colegas gráficos na criação das suas peças para o Festival IN,

isto para garantir a consistência da campanha. Foi uma interessante inversão

de papéis e uma nova experiência de aprendizagem. Para este evento foi

possível realizar pela primeira vez algumas peças únicas que aumentaram a experiência da autora, em novos suportes menos convencionais. Foi uma enorme mais-valia participar no design de um evento desta dimensão e com

um formato tão incomum, que é um marco na indústria criativa portuguesa. Foi possível observar resultados e decorar quatro pavilhões, em grande escala.

5. PROJECTOS

229


DIVULGAÇÃO Os anúncios do Festival IN apresentaram um grau de complexidade superior aos anteirormente executados. Era necessário adaptar cada imagem a dife-

rentes dimensões e formatos, o que alterava a composição dos elementos rectangulares. Esses elementos tinham de ser adaptados ao espaço disponível cada vez era criado um novo objecto.

Por essa razão todos os anúncios acabam por ser diferentes, mesmo que

ligeiramente, mantendo a mesma base visual. A maioria acaba por ser visualmente idêntica à solução original como é o caso dos anúncios do Jornal Sol e do Jornal Meios & Comunicação

Fig. 227.

Os anúncios estão prima-

riamente dependentes da informação que cada plataforma prefere destacar, como é exemplo o novo flyer. Fig. 229 No flyer foram necessários pequenos

ajustes para incluir uma nova informação, “Vale uma entrada na compra de outra”. A frase deve ter destaque mas a solução não deverá divergir das

peças restantes de forma notória. Tal como na Nauticampo estas alterações são mais evidentes nos suportes horizontais, como nos anúncios para os comboios CP e Fertagus. Fig. 232

Dada a proximidade do evento foram apenas realizados sete anúncios para impressão, a maioria para publicações media, entre os quais o Jornal I, o Jornal Metro e Destak.

Para a divulgação em plataformas digitais foram criados 5 banners web,

alguns são comuns à maioria dos eventos da FIL, como o banner para a

Ticketline e o banner para a CML. Os banners são realizados consoante os pedidos dos clientes, designadamente na Nauticampo, com as dimensões e

especificações que lhes forem convenientes, uns mais básicos, outros com maior ou menor grau de informação. Fig. 234 Tal como os anúncios impres-

sos os banners não são de produção tão espontânea, é necessário adaptar os quadrados e a informação e enquadrá-la no espaço livre.

É importante salientar que nestas peças de divulgação, tanto digitais como impressas, é utilizada a imagem do ovo. Já nas peças do evento, como na

tela e guia de visitante, já é possível utilizar a imagem do galo. Estando

dentro do evento o visitante já saiu da casca, já saiu da sua zona de conforto.

230

Fig .229 | Anúncio p/ Jornal Meios e Publicidade, Festival IN (2015) Fonte: Autora Fig .230 | Banner p/ Lifecooler, Festival IN (2015) Fonte: Autora Fig .231 | Banner p/ site da Carris Festival IN (2015) Fonte: Autora Fig .232 | Anúncio p/ comboios da Fertagus (2015) Fonte: Autora


Fig. 230 |

flyer_festivalin.pdf 1 4/17/2015 10:14:18 AM

Fig. 229 |

Fig. 231 |

Fig. 232 |

festivalin_fertagus.pdf 2 4/15/2015 10:31:53 AM

SAI DA CASCA VEM AO FESTIVAL IN. Não percas o maior Festival de Inovação e Criatividade realizado em Portugal. Participa activamente na maior concentração de actividades, ideias, protótipos e produtos inovadores e criativos.

Conferências, WORKSHOPS, SHOWCASES,START UP'S PITCHING, ESPETÁCULOS ARTES PERFORMATIVAS, PATRIMÓNIO, MÚSICA, EMPREENDEDORISMO,

Com o alto patrocinio de

Cofinanciamento

Media Partner

Patrocinadores

Organização

Entidade Parceira

Universidade Oficial

Parceiros

5. PROJECTOS

231


Fig. 233 |

Fig. 234 |

232


TELA Ao contrário do que ocorreu na tela da Nauticampo, a tela do Festival IN

teve melhorias notórias, tornando-se muito mais apelativo. A designer lutou para que neste suporte fosse possível colocar muito menos informação que

o pedido, escolhendo apenas colocar o mínimo possível: a data e horário da feira, os patrocínios principais, o site, e o slogan. Deste modo, o obser-

vador consegue identificar e decorar a informação essencial sem confusão, mesmo a grandes distâncias. As cores utilizadas na tela também influenciam bastante o impacto positivo do objecto, a mancha de cor não só é

apelativa como se distingue facilmente no ambiente do Parque das Nações e do edifício do Grand Hall. É possível comparar a solução da tela com a do

relógio do Festival IN Fig. 224, apesar de o relógio ser graficamente interessante,

é improvável um transeunte que não pare para observar atentamente a peça, conseguir retirar qualquer informação do evento.

A imagem principal do galo provou ser um desafio, o gestor de marke-

ting da AIP-FCE (ou cliente) gostaria de incluir a imagem do galo neste suporte. O galo teria de ser exatamente igual ao utilizado no spot televisivo

Fig .233 | Anúncio p/ Jornais, Destak e Metro (2015) Fonte: Autora Fig .234 | Mock Up do site do Festival IN, separador Materiais Gráficos (2015) Fonte: Autora Fig .235 | Tela Festival IN, exterior do Grand Hall (2015) Fonte: Autora

assim como o ovo, o que tem lógica, o público deverá conseguir associar as imagens inconscientemente. Acontece que o galo ao contrário do ovo, não existe como imagem estática. Teve se ser retirada uma frame do spot

publicitário através de uma captura de ecrã para imprimir um galo de sensi-

velmente 1.50 metros. A imagem foi vastamente editada e recuperada com um resultado surpreendente, não era possível reparar em qualquer perda de qualidade mesmo comparando aos restantes elementos vectoriais. Fig. 235

Fig. 235 |

5. PROJECTOS

233


PEÇAS DO EVENTO GUIA DE VISITANTE Como foi possível observar nos projectos anteriores, a maioria dos catálo-

gos produzidos na FIL seguem um modelo ou uma grelha específica. No

caso do Festival IN, foi dada a possibilidade à designer de optar por fazer

tudo de raiz, desde que o resultado refletisse a imagem do evento desde que os conteúdos estivessem bem apresentados e coerentes. Os capítulos do guia de visitante são também eles idênticos ao dos outros guias apre-

sentados, incluindo: capa, plantas, listagem de expositores e listagem das manifestações paralelas.

A capa do guia foi pensada para ser análoga à lona exterior, segue também uma lógica semelhante com menos informação do que as outras peças de di-

vulgação. Neste objecto já não é necessário explicar o conceito do Festival

IN, parte-se do princípio que o visitante já está familiarizado com o tema, tendo-se deslocado propositadamente para assistir ao evento. O slogan foi alterado por sugestão da autora, ao invés de aplicar a frase “Sai da casca

e vem ao Festival In”, agora podemos ler “Sai da casca, estás no Festival In”. Os visitantes já estão presentes no festival e já saíram da sua zona de

conforto, podem sentir-se à vontade para se expressar e para explorar o seu lado criativo.

As primeiras páginas do guia são destacadas para explicar o conceito do Festival IN e quais as cidades que podemos visitar. Serve, fundamentalmen-

te, como introdução ao leitor para saber aquilo que pode esperar encontrar no evento. Segue-se a vasta lista dos participantes e expositores presentes

no Festival, divididos por áreas/cidades, com o seu respectivo número de stand. Nas páginas seguintes, podemos estudar as plantas das quatro cidades/ pavilhões e compará-las com a listagem e número destacado ao expositor. Fig. 236 |

234

Fig. 237 |

Fig. 238 |


Fig .236 | Primeiras páginas do Guia de Visitante do Festival IN (2015) Fonte: Autora Fig .237 | Continuação da contextualização do Festival IN, no Guia de Visitante (2015) Fonte: Autora Fig .238 | Mock Up do Guia de Visitante, Capa e Contracapa (2015) Fonte: Autora

O momento mais moroso foi a realização da programação do evento, dada a extensa lista de actividades que engloba várias áreas e locais diferentes. Ao contrário do que aconteceu nos outros guias, a designer preferiu separar

as actividades não só por dias, mas também por temas. É mais simples para o visitante escolher as actividades que quer assistir de acordo com as suas preferências, ao invés de procurá-las numa enorme coluna. Os ícones utili-

zados para representar cada tema são os mesmos ícones utilizados no site do Festival IN. Foi uma enorme tarefa conseguir criar colunas que preenches-

sem consistentemente todas as páginas, sem deixar actividades de fora e sem separar temas. Para cada dia é designada uma cor para o observador não

confundir horários, são quatro dias e são quatro as cores que vão rodando

todos os elementos sequencialmente, azul-escuro, azul-claro, amarelo e vermelho. Estas cores encontram-se presentes em todo o catálogo.

5. PROJECTOS

235


Fig. 239 |

Fig. 240 |

Fig. 241 |

Fig. 242 |

Fig. 243 |

236


Fig .239 | Programação p/ dia 23 no Guia de Visitante do Festival IN Fonte: Autora

As dimensões do catálogo inicialmente mantiveram-se consistentes com os outros exemplos, em formato A5. O cliente (AIP-FCE) que ficou excecio-

nalmente encarregue da produção no final optou por imprimir em formato

Fig .240 | Lista de Participantes Fonte: Autora

A4 sem aviso, o que desconfigurou o design que foi projectado para um

Fig .241| Ultímas pág, da lista de Participantes Fonte: Autora

à composição dos elementos, foi tudo pensado para metade das dimensões.

formato mais pequeno. Desde os tamanhos dos tipos de letra, à paginação,

Era possível produzir o mesmo conteúdo com menos páginas, se tivesse

Fig .242 | Plantas do evento Fonte: Autora

sido esse o formato inicial. Esse pormenor acabou por não afectar o resul-

Fig .243 | Programação p/ dias 23 e 24 Fonte: Autora

tivamente num produto melhor em tamanho menor.

Fig .244 | Programação p/ dia 24 Fonte: Autora

tado final, sendo o catálogo maioritariamente vectorial, tornando-se defini-

O catálogo foi feito em tempo recorde, tendo em conta que a estrutura é

Fig .245 | Programação p/ dia 25 Fonte: Autora

nova e não se baseia em listagens lineares como na GBW e Tektónica/

Fig .246 | Programação p/ dias 25 e 26 Fonte: Autora

curtos a aprovação foi quase imediata, com algumas alterações menores a

Fig .247 | Programação p/ dia 26 Fonte: Autora

Segurex, foram feitas 48 páginas em menos de três dias. Sendo os prazos eventuais erros de foro gramatical.

Fig. 244 |

Fig. 245 |

Fig. 246 |

Fig. 247 |

5. PROJECTOS

237


BROCHURA Além do Guia de Visitante a autora produziu um outro elemento editorial.

O cliente achou uma mais-valia ter uma brochura exclusivamente em inglês, que explicasse o evento e o seu sucesso a possíveis clientes e inves-

tidores estrangeiros para edições futuras. A autora ficou com esta função,

a de adaptar a antiga brochura para um novo documento, com informação diferente, gráficos diferentes e menos páginas.

A base estava praticamente construída, mas este pedido não está apenas apoiado na alteração de textos. Tendo em conta o carácter mutável da imagem, foi necessário adaptar os quadrados e rectângulos à nova informação. É um trabalho intuitivo criar uma brochura que seja praticamen-

te idêntica visualmente à sua antecessora, mas com dados e elementos diferentes. Fig. 248

Fig. 248 |

Fig. 249 |

Fig. 250 |

Fig. 251 |

238


CHEQUE E PÚLPITOS Para o Festival IN além das peças comuns foi necessário criar outras, que apesar de parecem menores e terem menos tiragem, têm uma grande exposi-

ção fotográfica e cobertura mediática. Um dos melhores exemplos é o design de cheques gigantes para o concurso Duck Pond37 , uma alusão ao famoso

concurso de empreendedorismo, Shark Tank ou Lagos dos Tubarões. Uma

iniciativa organizada pela Incubadora do Tagus Park que pretende premiar a melhor ideia, ou o melhor pitch, apresentado no Festival IN por start ups e sonhadores. Foi interessante adaptar a imagem do Festival IN para um cheque, esta é uma peça mais decorativa e humorística que propriamente

funcional. A imagem do evento tinha de estar representada, assim como a identidade da Incubadora. O formato teria de ser paralelo aos cheques conhecidos pelos portugueses. Fig. 253

As placas criadas para os púlpitos têm também uma função importante, Fig .248 e 249 | Brochura original em Português, por agência exterior (2015) Fonte: Cedida pela AIP-FCE Fig .250 e 251 | Redesign da brochura do Festival IN p/ inglês (2015) Fonte: Autora

são placas colocadas na totalidade dos púlpitos, em todos os plateaus do

evento. São avistadas pelos participantes de todas as actividades e conferên-

cias realizadas nos plateaus do Festival IN. Neste design, o mais importante é o nome do evento e apenas este foi reforçado, com um fundo amarelo e

linhas exteriores para enquadrar a identidade e aumentar a sua visibilidade e destaque nos palcos. Fig. 252

Guia do Visitante

Brochura em Inglês

IMPRESSÃO| Offset 4/4 CMYK

IMPRESSÃO| Offset 4/4 CMYK

PÁGINAS| 48 Páginas, em cadernos de 4

páginas cosidos a arame

TIRAGEM| 5000 exemplares páginas cosidos a arame

GRAMAGEM| 180gr couché matte

DIMENSÕES| 210mm x 296mm (A4) fechado 420mm x 296mm aberto 37

PÁGINAS| 20 Páginas, em cadernos de 4 GRAMAGEM| 180gr couché matte

DIMENSÕES| 210mm x 296mm (A4) fechado 420mm x 296mm aberto

TL: Lago dos Patos

5. PROJECTOS

239


Fig. 252 |

Cheques Duck Pond (x2) DIMENSÕES| 100cm x 50cm MATERIAL| Kline 3.5 mm

FUNÇÃO| Premiar os vencedores do concurso Duck Pond Púlpitos (x9) LOCAL| Púlpitos de todos os 9 plateaus DIMENSÕES| 65cm x 40cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 5 mm

FUNÇÃO| Identificar o Festival IN em todas as actividades e conferências Placas p/ Expositores (x235) DIMENSÕES| 50cm x 20cm

MATERIAL| Polipropileno Alveolar de 3.5mm Vinil autocolante preto (x10)

FUNÇÃO| Identificar os expositores no Festival IN

Fig. 253 |

240


PLACAS PARA EXPOSITORES

Fig .252 | Púlpitos do Festival IN (2015) Fonte: Autora Fig .253 | Cheque do concurso da Taguspark “Duck Pond” (2015) Fonte: Autora

Além de todas as peças de Design Gráfico criadas para o Festival IN, a autora assistiu o departamento de produção gráfica na criação das denomi-

nações para os expositores. Foi enviada uma lista completa com o nome de todos os participantes do Festival IN que requisitaram identificação para o

seu espaço/stand. Após analisada a listagem, foram produzidas as placas

consoante os pedidos. Este trabalho é semelhante ao trabalho feito para os Nue Badges

Pág.284,

é repetitivo mas tem de ser realizado atentamente, para

não falharem expositores ou ocorrerem erros.

O trabalho consiste em transpor esses nomes para uma área de 50cm por 20

cm, com a tipografia do Festival IN a 125pt a preto38. Alguns dos nomes são impressos directamente em polipropileno alveolar, outros em vinil autoco-

lante, dependendo do stand. Esta tarefa não teve grandes contratempos, foi

resolvida rapidamente, aprovada directamente pelo cliente sem erros e sem ser necessário acompanhamento das oficinas gráficas.

As placas de polipropileno são mais simples para a montagem. São im-

pressas no material pretendido e estão finalizadas. Já os nomes em vinil necessitam de mais passos, as palavras não são impressas mas recortadas. A cor é dada pela cor do vinil a recortar, neste caso o vinil autocolante é

preto, portanto, as letras serão também pretas. A forma das letras (molde)

é transferido do computador para a máquina de corte que fará a marca na folha de vinil. Para poupar material a localização das palavras deverá ser o mais compacta e próxima possível, todo o excesso é descolado e desperdiçado, ou seja, o espaço negativo será todo para extrair. As letras devem

ser espaçadas para facilitar o processo. Tipografias caligráficas não são recomendadas, por ser trabalhoso descolar o excesso sem danificar o vinil.

As formas são posteriormente laminadas com uma película transparente autoco-

lante. A película adere às letras e serão assim separadas do suporte, funcionando igualmente como papel de transporte.

Fig. 254 Estas formas devem ser calcadas ao

papel de transporte com ajuda de um emulsor para um resultado o mais uniforme possível.

Fig. 253

O vinil ficará entre as duas superfícies, o suporte original que

suporta o vinil e a superfície laminada. O suporte do vinil é retirado cuidadosa-

mente e o design é colado na superfície desejada, será fácil saber onde o design será colado, pois a base é transparente. Depois de o design estar correctamente

colado é removido o papel transparente, ficando só as letras coladas ao suporte. Fig. 255

A superfície poderá ser novamente utilizada, as letras são retiradas

com uma espátula e a superfície limpa com álcool. Fig. 256 38

C:0%, M:0%, Y:0%, K:100%

5. PROJECTOS

241


Este é um método que não é exclusivo para tipografia, mas para qualquer design bidimensional preparado. A máquina pode recortar qualquer forma e

o processo de transposição será semelhante, é só necessário escolher a cor e o material. Fig. 254 |

Fig. 255 |

Fig. 256 |

Fig. 257 |

242


SECTORIZAÇÃO

Fig .254 | Pressão dada às letras impressas, após lamificação (2015) Fonte: Autora Fig .255 | Exemplo de palavras lamificadas (2015) Fonte: Autora Fig .256 | Separação das letras do suporte base (2015) Fonte: Autora Fig .257| Retirar letras coladas c/ espátula (2015) Fonte: Autora Fig .258 | Design p/ Pendões p/ plateaus no Festival IN (2015) Fonte: Autora

Para o Festival IN foram feitos 9 pendões, um para cada plateau do evento.

Tal como na Nauticampo, o nome do plateau deve ser o ponto central do design, seguida da identidade do evento. Não devem ser utilizados elementos supérfluos que distraiam os visitantes para garantir uma melhor legi-

bilidade em qualquer local do pavilhão. Os três tons escolhidos reflectem

as cores do Festival IN usadas noutros elementos, alternadas pelos nove plateaus. A tipografia escolhida é a mesma criada para o Festival IN, em cores fortes que se destaquem e contrastem com a cor do fundo. Comparati-

vamente aos pendões realizados para a Nauticampo, estes têm muito maior presença, não só pela paleta garrida como também, pelas suas dimensões

com quase 5 metros de comprimento. Os pendões resultantes distinguiamse no espaço e são facilmente interpretados por entre a azáfama do evento.

Fig. 258 |

5. PROJECTOS

243


Em conjunto com os pendões foram feitos mupis com as actividades que se

realizam em cada pleateau, localizados à entrada de cada um. Cada plateau tem uma cor diferente já designada nos pendões, a cor do mupi reflecte a

Fig .259 | Design de lonas de Sectorização p/ Festival IN (2015) Fonte: Autora

parecida à utilizada na GBW Pág. 124 e Paper Gift Pág. 140 separada por: dia,

Fig .260 | Alguns mupis c/ programação p/ plateaus (2015) Fonte: Autora

cor do pendão para consistência gráfica e rápida identificação. A estrutura é hora, actividade e organizador, ao estilo de tabela. O design das manifesta-

ções acabou por não ser tão institucional e inflexível como noutros modelos apresentados, não faria muito sentido criar elementos muito rígidos para um evento com tanta abertura criativa.

As lonas de sectorização podem ser comparadas com a tela e com o guia

do visitante, com as mesmas cores, composição e moldura. Estas lonas têm a função de assinalar aos visitantes: onde fica cada Cidade, o que podem encontrar nessa Cidade e em qual Cidade se encontram presentemente. As lonas estão localizadas em todas as saídas/entradas de cada pavilhão.

Como no guia do visitante o slogan foi alterado para “Sai da casca, estás

no Festival IN” e a tipografia utilizada é a mesma das restantes peças, o tipo de letra Infinity criada para o Festival. Fig. 259 |

Fig. 260 |

244

Fig .261 | Pendão Unisys, no Festival IN (2015) Fonte: Autora Fig .262 | Mupi c/ programação p/ Grande Auditório no Festival IN (2015) Fonte: Autora


PEÇAS REALIZADAS | CHEQUES DUCK POND| (100cm x 50cm)

6 LONAS DE ENTRADA| (400cm x 300cm)

10 PLACAS P/ EXPOSITORES VINIL| (50cm x 20cm)

TELA EXTRA P/ GRAND AUDITÓRIO| (475cm x

225 PLACAS P/ EXPOSITORES| (50cm x 20cm) GUIA DO VISITANTE| (295mm x 210mm)

PÚLPITOS P/ PLATEAUS I| (65cm x 40cm)

9 PENDÕES| (500 x 200cm) 200cm)

9 MUPIS MANIF. PARALELAS| (181cm x 121cm)

Lonas de Sectorização (x6)

Pendões Festival IN (x9)

Mupis Actividades (x9)

DIMENSÕES| 300cm x 400cm

DIMENSÕES| 300cm x 400cm

DIMENSÕES| 120cm x 180cm

de todos os Pavilhões

de todos os Pavilhões

MATERIAL| Papel Couché 150gr

LOCAL| Saídas/Entradas laterais MATERIAL| Lona Frontlit 450gr (c/ baínha e ilhós)

FUNÇÃO| Sinalizar as várias cidades no evento e a sua locali-

zação, indentificar a Cidade em que o visitante se encontra.

Fig. 261 |

LOCAL| Saídas/Entradas laterais MATERIAL| Lona Frontlit 450gr (c/ baínha e ilhós)

FUNÇÃO| Sinalizar as várias cidades no evento e a sua locali-

LOCAL| Entrada de todos os plateaus FUNÇÃO| Identificar as activi-

dades e horários que se realizam no respectivo plateau.

zação, indentificar a Cidade em que o visitante se encontra.

Fig. 262 |

5. PROJECTOS

245


STAND ANDALÚCIA BRIEFING| Design do Stand da Andaluzia para a feira Mundo Abreu CLIENTE| Turismo Andalucía DATA| 20 Mar – 12 Abr

Primeira Proposta 23 Mar Novo Design 31 Mar

Montagem 7 Abr - 10 Abr Feira 11 a 12 de Abril

SITE| www.andalucia.org/en/ PÚBLICO-ALVO| Profissionais no sector do turismo, operadores turísticos, público geral que procura aventura e/ou relaxamento e/ou destinos a bons preços

A FEIRA A feira de Viagens Mundo Abreu é uma das grandes feiras turísticas de

Portugal, sendo esta edição de 2015 a sua 13ª edição. O evento é organiza-

do pela Agência de Viagens Abreu, empresa líder de mercado no sector. A Abreu utiliza esta plataforma para promover os seus serviços e ofertas aos seus visitantes. Neste evento reúnem-se vários destinos, entre eles dezenas

de destinos nacionais e internacionais que apresentam as suas ofertas tu-

rísticas em hotelaria, turismo cultural, de natureza, de lazer e aventura. É,

porém, uma feira que faz primariamente venda de viagens a portugueses e destinos em Portugal.

Para muitos visitantes, participar no Mundo Abreu representa a sua única oportunidade de viajar, oferecendo descontos até 60%. É o evento ideal para encontrar uma viagem de sonho a preços especiais. Entre os vários

expositores que marcam presença na Mundo Abreu, podemos encontrar: várias companhias áreas, hotéis, parques temáticos, companhias de cruzei-

ros, turismo alternativo, entre muitos outros, com preços promocionais e um grande portfólio de viagens, produtos e serviços.

O evento é de entrada livre e gratuita, com vários visitantes que tencionam: circular pelos stands e descobrir novos destinos, participar em actividades e passatempos, recolher folhetos, brochuras e brindes, assistir a perfor-

mances e experimentar iguarias de várias partes do mundo. É um espaço

246


onde o processo de compra de viagens pode tornar-se excepcionalmente numa compra por impulso. A Mundo Abreu decorreu em simultâneo com as feiras, Nauticampo, Motoshow e Motorclássico.

VANTAGENS DE PARTICIPAÇÃO| Projetar e divulgar a marca junto de milhares de potenciais clientes; Participar no maior evento de venda direta

ao público em Portugal; Fazer parte de um evento com grande projecção garantida pela forte campanha de Marketing e Publicidade; Integrar um

evento multicultural, com representantes dos 5 continentes; Participação de baixo investimento tendo em conta os benefícios. Fig. 263 |

Fig .263 | Capa da Brochura do Mundo Abreu ‘ 15 (2015) Fonte: Brochura Mundo Abreu

5. PROJECTOS

247


ANDALUCIA| A Andaluzia é uma comunidade autónoma do sul de Espanha,

dividida em oito províncias: Almeria, Cádis, Córdova, Granada, Huelva, Jaén, Málaga e Sevilha. Localizada no sul da península Ibérica, é o ponto mais a sul do continente europeu e o local mais próximo de África. É uma

terra de cultura, história, festas, natureza e gastronomia, onde se podem en-

contrar grandes monumentos, castelos arruinados e uma grande variedade de lindas paisagens naturais, com múltiplas atracções para turistas.

É possível visitar na Andaluzia grandes cidades, pequenas vilas e aldeias típicas, onde se pode participar em grandes festas e romarias, num local tradicional, com pessoas alegres e hospitaleiras, num ambiente carregado de história com uma aura medieval, onde nasceram as touradas e o

flamenco. Uma das principais atracções da Andalucía é o clima, tendo uma

das zonas de resorts mais desenvolvidas da Europa, com uma faixa litoral

muito animada pelo turismo e belas praias. O clima é quente e seco, sendo uma das regiões mais quentes de toda a Europa com verões cálidos, ca-

racterizados por longas horas de sol e baixa precipitação. A Andaluzia é

uma potência mundial a nível turístico, recebendo todos os anos milhões de turistas de diversos países por todo o mundo.

OBJECTIVOS| Promover ofertas da Andaluzia, através de experiencias únicas e um branding forte, optimizando a rentabilidade económica e social da sua in-

dústria turística; Aumentar a afluência turística da região; Consolidar a posição da Andaluzia no sector turístico como um mercado emergente e moderno com-

parável com outras zonas de Espanha; Manter uma posição competitiva face a outros destinos concorrentes; Apelar ao mercado português.

MOTIVAÇÕES DO PÚBLICO| Ter experiências únicas num destino próximo

e em conta, com grande oferta de infraestruturas e bons preços; Visitar

locais únicos e ancestrais e ver paisagens bonitas e tradicionais; Aprender sobre o legado histórico e gastronómico da região; Grande diversidade de festivais e festas; Relaxar num clima quente com grandes praias e muito sol; Procurar novas aventuras, escapismo da rotina.

INTERVENIENTES| Coordenador de Operações, Comercial/Relações Públicas, Engenheiro, Coordenador Oficinas de Produção Gráfica, Equipa de Montagem, Autora (Designer)

248


PARTICIPAÇÃO DA ANDALUCIA NA MUNDO ABREU| O turismo é por excelência uma actividade estratégica para a Andaluzia, com efeitos directos e indirectos sobre a economia e sobre a sua população, sendo um excelente dinamizador socioeconómico do território.

É bastante importante para a região da Andaluzia como para Espanha em geral, marcarem uma boa presença nos principais eventos que lidam com o

mercado português de turismo, pois, apesar de Portugal ser um dos países europeus que menos viaja; apenas 37% da população realizou pelo menos uma viagem durante o ano 2011, 37.5% dessas viagens foram a Espanha, que ocupa uma posição de liderança, seguindo-se pela França e Reino Unido38. (JUNTA DE ANDALUCÍA, 2013, p.42)

A imagem da Andaluzia em Portugal é muito forte, devido à afinidade que

existe entre ambas as populações e à partilha de muitos interesses e hábitos em comum. Deste modo, a Andaluzia decide estar presente nas feiras mais importantes do país, considerando Portugal um mercado determinante. É uma prioridade para a região marcar presença nos mercados, em que a marca esteja já bem implementada e identificada.

As feiras turísticas são eventos fundamentais para a promoção de um

destino. A participação nestas feiras é uma importante ferramenta para

difundir e dar a conhecer, os valores mais atrativos da sua comunidade,

a um vasto número de potenciais clientes. É essencial para atrair novos turistas, tal como, para se consolidarem como uma das principais potências turísticas do sul da Europa.

Nos últimos anos, a marca Andalucía está a implementar mudanças no seu método de actuação nestas feiras, apostando não só na promoção, mas

também na comercialização, tanto do destino como das empresas e destinos

da região. É, portanto, essencial para essa táctica terem um espaço próprio e privado para reuniões entre intermediários e clientes. Esta estratégia potencia nas feiras a realização de negócios por parte dos próprios empresários, e pelos vários destinos na Andaluzia que acompanham os promotores nestes eventos.

TL: Portugal es uno de los países europeos que menos viaja: solo el 37% de la población portuguesa ha realizado al menos un viaje durante 2011. (...) 37,5% de los viajes son a España, la cual ocupa la posición de liderazgo. Francia y Reino Unido

38

5. PROJECTOS

249


Fig. 264 |

Fig. 265 |

Fig. 266 |

Fig. 173 |

Fig. 267 |

250

Fig. 268 |


A IMAGEM Fig .264 | Mundo Abreu (2015) Fonte: www.publituris. pt/2015/04/02/mundo-abreudisponibiliza-maior-oferta-desempre/ Fig .265, 266, 267, 268 | Fotografia, Stand Andalucía Fonte: cedida pelo turismo Andalucía

A campanha da Andalucía espera acima de tudo ser: directa, próxima do

público e inovadora, apresentando ao público vários segmentos do destino, o interior, a natureza, o encanto cultural e monumental, sol, praia, viagens profissionais, gastronomia e meditação.

É alegre, jovem e moderna, pretende romper com a tradição e estereóti-

pos, onde o turista é o protagonista que visita uma comunidade aberta e

actualizada. A mensagem centra-se nas experiências que se podem viver na

região e na sua diferenciação relativamente a outros destinos competidores, incluindo outros destinos de Espanha e do restante sul da Europa, desejando ser o principal destino turístico do Mediterrâneo. Fig. 265 a 268

Para situar toda a promoção da Andaluzia na vanguarda de mensagens

turísticas, trabalhar o mundo das experiências, das sensações, situar o turista como protagonista, não tanto as paisagens e tudo com uma visão moderna e inovadora, o que a Andaluzia é actualmente (…) Fugir aos “es-

tereótipos” andaluzes para oferecer uma imagem “moderna”. Um conceito “fundamental”. 39 (JUEVES, 2014, s.p.)

A Andalucía procura na Mundo Abreu reforçar o seu posicionamento nas

temporadas altas do verão e garantir a afluência de turistas no mercado por-

tuguês, na sua principal época de férias, presenteando uma Andaluzia única e diferente.

A imagem é muito positiva e simplificada, com um fundo branco predominante acompanhada pela identidade e elementos arco-íris, que vive acom-

panhada por um grande suporte fotográfico. As fotografais acabam por ser o foco principal das suas campanhas, destacando-se no branco. Fig. 269 a 271

Todas as acções promocionais e de comunicação que se realizem devem seguir os mesmos princípios estratégicos, as mesmas metas e os mesmos

objectivos, tanto em meios virtuais como físicos. O primeiro objectivo será retratar a Andaluzia como um destino moderno, que foca experiências indi-

viduais. A campanha de comunicação sempre que possível, deve transmitir esse propósito para não criar uma lacuna na identidade do destino.

TL: para situar toda la promoción de Andalucía en la vanguardia de los mensajes turísticos, trabajar el mundo de las experiencias, las sensaciones, situar al turista como protagonista, no tanto a los paisajes y todo con una visión moderna e innovadora, lo que Andalucía hoy es”(…) “estereotipos” andaluces quedaran fuera para ofrecer una imagen “moderna”. Un concepto “fundamental” 39

5. PROJECTOS

251


Em Portugal a marca já tem uma boa implantação, é reconhecida e iden-

tificada por vários turistas. A campanha e comunicação do stand pode ser,

portanto, mais livre nas suas acções e design. A estratégia para as acções no

stand, devem incidir no reforço tecnológico da oferta turística e mostrar a sustentabilidade e infra-estruturas do destino. Fig. 269 |

Fig. 271 |

252

Fig. 270 |


Fig. 272 |

PROJECTO Fig .269 | Anúncio Andalucia (2013) Fonte: Plan Director de Promoción Turística de Andalucía 2013-2016 Fig .270 | Anúncio Andalucia “Es Vida!” (2015) Fonte: www.chusnaharro.eu/redllenando/veranoenandaluciaes -la-nueva-campana-de-turismo-de-andalucia/ (Consult. 15 Setembro 2015) Fig .271 | Anúncio Andalucia “O melhor de Ti” (2015) Fonte: Brochura Mundo Abreu – Feira de Viagens ’15 Fig .272 | Identidade Andalucia (2015) Fonte: Cedido pelo Turismo Andalucía

01| Fazer o design do stand da Andalucía para a feira Mundo Abreu, baseada na sua imagem promocional e no stand de Espanha.

02| Criar zonas claras e funcionais no stand que cumpram com o pedido e necessidades do cliente.

O processo de design para stands realizados na FIL Design é bastante di-

ferente do processo de design gráfico para as feiras e eventos. As feiras na

FIL são coordenadas pela AIP-FCE, as quais têm departamentos inteiros para lidar com os clientes, expositores e toda a logística do evento, incluin-

do marketing e comunicação. Isto faz com que a AIP-FCE seja o cliente

da vasta maioria dos trabalhos de design gráfico realizados para eventos na FIL e CCL.

No caso dos stands é a FIL Design que contacta com clientes particulares,

separadamente da Associação Industrial Portuguesa. Esses clientes contra-

tam os seus serviços, procurando a conveniência dada pelo acompanhamento

próximo do projecto em todas as suas fases, pela vasta experiência da empresa, pela sua localização, facilidade de montagem e produção de stands.

Como tudo o que é realizado na empresa, a produção de stands é outro excelente exemplo de como os projectos envolvem um grande trabalho de equipa, passando por vários profissionais. Começando pelo contacto com

o cliente, o cliente reúne-se com os comerciais/relações públicas e com a

responsável pelo controlo de operações. Isto é especialmente importante quando os clientes são estrangeiros, como é o caso do stand da Andaluzia,

pois, não só os comerciais têm vastos conhecimentos no que diz respeito à produção de stands, como são fluentes em várias línguas, facilitando bastante a comunicação.

5. PROJECTOS

253


Fig. 273 |

Após esses contactos/encontros, estes profissionais reúnem-se com os de-

signers encarregues do stand e explicam as necessidades e ideias do cliente, conjuntamente com um pequeno briefing. No caso da Andalucía, este é um stand de Quatro Frentes com 50 m2 (ou 10 metros por 5), com um espaço

para armazenamento, um espaço de reuniões privado com quatro cadeiras e um espaço com três balcões de atendimento. Estes são os pontos essenciais que o designer tem de respeitar, ou objectivos principais. O stand da Andaluzia deverá, também, ter pontos em comum e ser visualmente comparável com o stand vizinho, o stand de Espanha. Fig. 273

Antes de se começar a projectar, é muito importante analisar a imagem da Andalucía e procurar outros stands da marca, para criar uma proposta coesa

com a restante campanha. Esta pesquisa é aliada à informação dada pelos

comerciais, para melhor compreender o que a marca gostaria de apresentar ao mercado português e quais são os seus objectivos. A mestranda conside-

rou importante aprender mais sobre o destino, para se colocar na perspetiva dos visitantes e potenciais turistas.

Após a observação de outros stands podemos verificar a forte presença da imagem da Andalucía em todos eles. Mesmo por entre a diversidade de

formas, os tons brancos prevalecem em conjunto com apontamentos ar-

co-íris, que podemos apontar como características que identificam melhor a marca. Tal como na campanha, estas paredes brancas são acompanhadas por imagens alegres, centradas no turista e nas suas experiências, destacando-se do fundo, há também uma enorme presença da identidade visual que é recorrente e um ponto central em todos os espaços. Fig. 272

254


Fig .273 e 274 | Modelação para Stand de Espanha no Mundo Abreu’15 (2015) Fonte: Cedido pela FIL Design

Em conjunto, estes stands pretendem transmitir uma imagem homogénea da Andalucía fortalecendo a presença da marca, com intenção de propiciar o

maior número de visitantes possível ao expositor. Os stands no Mundo Abreu são realizados não só para atrair os visitantes, mas também para se destacarem e intimidar a competição.

Em projectos de design de espaços e ambientes devem-se criar formas ade-

quadas para dar aos clientes uma sensação de descoberta, transmitindo a

visão e ideais da marca, enquanto mantém um vínculo visual e sensorial com a sua identidade. Para esse fim, podem ser utilizados meios como: decorações vistosas e especializadas, soluções gráficas altamente criativas, ideias inovadoras, ou pormenores subtis como a iluminação ou a arrumação do espaço.

Antes de se decidir uma linha gráfica, devem ser realizados vários estudos e

esboços em papel, para compreender a disposição ideal das zonas, tendo em conta a posição do stand na planta. É um passo imprescindível para se chegar

a uma solução mais viável, mais ergonómica e acessível para os utilizadores. A funcionalidade do stand deve sempre ter precedência sobre a sua estética,

principalmente, tendo em conta os limites do espaço. É nestes esboços onde podemos estudar as formas do stand e a sua construção, com a intenção de gerar um conceito. Fig. 274 |

5. PROJECTOS

255


Fig. 275 |

Fig. 276 |

Fig. 277 |

Fig. 278 |

Fig. 279 |

256


CONCEITO Fig .275 | Stand Andalucia da Fitur, Madrid (2013) Fonte: mynerja.com/view/ news/junta-de-andalucia -announces-new-tourism-promotion/ (Consult. 18 Setembro 2015) Fig .276 | Stand Andalucía para o World Travel Market, Londres (2014) Fonte: www. andalucia.org/fr/professionnel/world-travel-market/ (Consult. 18 Setembro 2015) Fig .277 e 278 | Stand Andalucía para o World Travel Market, Londres (2012) Fonte: www.ecowall.es/es/ proyectos-realizados/stands (Consult. 18 Setembro 2015) Fig .279 | Stand Andalucia para a Bolsa de Turismo de Lisboa (2009) Fonte: www. prodisenonewsletter.com/ blog_en/2009/09/andalucia-lisboa-march09.html (Consult. 18 Setembro 2015) Fig .280 | Stand Andalucía da Fitur, Madrid (2011) Fonte: en.escato.es/ destacados/nuestro-mayor -stand-9/ (Consult. 18 Setembro 2015)

O design para o stand da Andalucía foi uma solução criada intuitivamente, pode-se até dizer que foi uma solução óbvia, tendo em conta o briefing, é uma maneira lógica de conciliar todas as necessidades do cliente. A inspira-

ção escolhida para a primeira proposta foi conceber um enlace entre o site

da marca da Andalucía e a sua restante campanha gráfica, com a estrutura e design do stand de Espanha. Fig. 281

O stand da Andalucía deve como os outros exemplos: retratar a sua imagem de marca, moderna e simplista, com as tonalidades arco-íris e o branco pre-

dominante, aliado às imagens convidativas da região. Deve ser um parente idêntico do stand de Espanha, sendo distinto do stand irmão, e simultâneamente, parecer que faz parte da mesma família. Fig. 282

As semelhanças com o stand espanhol são muito evidentes nesta primeira

proposta, tendo a frente frontal exactamente o mesmo registo mas em menor escala. Há outros pontos de fácil comparação, como os quatro pendões diagonais, a organização dos balcões e as paredes coloridas menores subjuga-

das às largas paredes brancas. No stand da Andalucía, trocámos o vermelho espanhol pelas cores arco-íris, a identidade I need Spain40 pela identidade da

Andaluzia e os cinco balcões de atendimento por apenas três.

Fig. 280 |

40

TL: Eu preciso de Espanha

5. PROJECTOS

257


Fig. 281 |

Fig. 282 |

258


ZONAS A divisão de zonas no stand Andalucía é pensada para chegar a um meiotermo com o stand de Espanha, contendo uma zona de reuniões privada, uma zona de atendimento e uma zona de arrumações. Fig. 190 1 - Zona de Atendimento A zona de atendimento é, sem dúvida, a área principal do espaço e a que

tem maior destaque. É uma área que se dedica à divulgação da marca, onde

se faz a recepção dos visitantes e onde se oferece informação turística da região a todos os curiosos. A informação é transmitida através do atendimento ao público e da partilha de meios de comunicação, como: flyers, bro-

churas e merchandise. Por ser um local com grande afluência do público,

tem de se garantir uma boa circulação e grande visibilidade, por essa razão, é-lhe dedicada toda a frente frontal, virada para a entrada, a zona principal do stand.

Como já foi descrito acima, a frente frontal é o elo principal que liga o stand de Espanha ao stand da Andalucía, com características idênticas mas apresentando com sucesso a marca em exposição. 2 - Zona de Reuniões Esta é uma zona privada, com espaço para quatro cadeiras e uma mesa, escondida do resto do público para garantir privacidade nas reuniões. É

uma área de trabalho com um espaço próprio, para manter ou criar relações comerciais com os profissionais turísticos que se aproximem do stand. 3 - Zona de arrumação O espaço para arrumações ocupa cerca de um terço do espaço do stand. É uma zona meramente funcional, designado para o expositor guardar os materiais do stand, sem qualquer decoração. O espaço tem uma forma es-

tratégica para ocupar o mínimo de espaço possível da estrutura, mas feito de modo a suportar a arrumação de todos os materiais requeridos pelo cliente. Fig .281 | Site Andalucía (2015) Fonte: www.andalucia. org/en/ (Consult. 20 Setembro 2015) Fig .282 | Modelação p/ primeira proposta para o Stand da Andalucía (2015) Fonte: Autora

A leitura da imagem que cobre a parede da área pode ser lida da frente traseira do stand sem interrupções. 4 - Laterais Por último as paredes laterais contêm ecrãs para atrair o público com imagens e gravações que representam a beleza da Andaluzia.

5. PROJECTOS

259


Fig. 283 |

Fig. 284 |

260


1

Fig. 285 |

3 4

4

2

PROCESSO A designer por ser inexperiente foi mantendo contacto com os seus colegas, principalmente designeres e engenheiros, para se certificar que todos os ele-

mentos que projectavam eram exequíveis ou se o preço era muito elevado. Não foi dado um orçamento específico, mas foi pedido para que se mantivesse o stand funcional, simples, com o mínimo de artifícios.

Esta foi a primeira vez que a autora projectou para um stand real e a primeira BRIEFING

vez que trabalhou a fundo no programa 3D Max. O desafio da Escola Ideal Pág. 190

ajudou a adquirir bases para esta primeira experiência, apesar do

4 frentes

proejcto ter ficado numa fase inicial. O desafio do stand estava não só no

3 balcões

espaço de tempo. Um stand deve ser sempre desenhado à escala com medidas

4 cadeiras

cilitar o processo de engenharia e construção. No final é dada aos engenheiros

1 armazém

design, mas em realizar a maquete num programa desconhecido num tão curto

1 mesa de reuniões

realistas, nunca inadvertidamente, para garantir a viabilidade do projecto e fa-

STAND 50 m2 10m x 5m

a maquete em formato digital e impresso, com as medidas cotadas.

Muitos dos elementos do stand já foram previamente criados e encontram-se guardados numa biblioteca 3D nos servidores da FIL Design. Essas modelações são aproveitadas para novos projectos, isto diz respeito não só a objectos

Fig .283 e 284 | Modelação p/primeira proposta para o Stand da Andalucía (2015) Fonte: Autora Fig .285 | Planta Stand Andalucía (2015) Fonte: Autora

mas, também, a materiais e texturas. Um bom exemplo é a mobília, esta muitas vezes é escolhida através de catálogos de mobiliário de um fornecedor de feiras, o qual oferece várias opções para design de interiores. As opções

são mais limitadas mas o aluguer de equipamento facilita a construção, o orçamento e o design em ambientes digitais.

5. PROJECTOS

261


Grande parte desse mobiliário já está preparado para 3D pois é usado re-

correntemente em vários stands da FIL, caso falte alguma modelação o designer tem também a opção de procurar online vários modelos já feitos.

Há inúmeros exemplares disponíveis digitalmente, como é o caso de plantas, pessoas, etc.

Fig. 286 e 287

Criar modelações de objectos como mobília de raiz

é um processo demorado, dadas as constrições de tempo é, preferível, optar por modelos já existentes. Fig. 286 |

Fig. 287 |

Para colocar grafismos em ambientes digitais 3D é necessário desenhar esse grafismo com a forma, medidas e espaço pretendido em planificação (2D),

para ser posteriormente criado um material com essa base no programa. Caso

Fig .286 | Cadeira Túlipa, fotografia. Fonte: Cedida pela Fil Design

deve ser transparente para poder ser aplicado sobre materiais. Este processo

Fig .287 | Cadeira e mesa Túlipa, modelação 3D. Fonte: Cedida pela Fil Design

este passo não seja realizado a imagem ficará destorcida na peça. O fundo consiste em criar objectos separados iguais (clones), cada objecto suporta um

só mapa/material. Um dos objectos pode conter um material como madeira escura, o outro objecto pode, por exemplo, conter um grafismo como a iden-

tidade da Andalúcia em relevo. Há uma segunda opção de criar a textura

previamente na planificação, juntamente com o grafismo a colocar. Esta opção não suporta materiais que já se encontrem na biblioteca, mas é uma boa solução para fazer rapidamente novos materiais exclusivos.

Convém que os grafismos aplicados em programas 3D não sejam de alta-fi-

delidade para prevenir atrasos no programa, normalmente, é tudo produzido com resolução de ecrã (72dpi, 96dpi).

262

Fig .288 e 289 | Extrude de elementos em 2D para 3D Fonte: https://riodigi. wordpress.com/2013/05/23/ tutorial-transforming-2d-design-into-3d-file/ (Consult. 21 Setembro 2015)


É também possível criar facilmente formas e elementos em duas dimen-

sões, como é o caso de identidades e tipografias, e convertê-las para 3D no programa através do comando Extrude. Fig. 288 e 289

Para apresentar o projecto ao cliente, o designer tem de realizar vários renders

focando pontos que julgue serem relevantes na modelação, tendo em conta vários factores como a luz, sombras e reflexos. O objectivo é representar a

modelação numa boa luz e fazê-la parecer realista, este processo pode ser comparado com o de um fotógrafo que pretenda fotografar um objecto ou

modelo num estúdio. O fotógrafo não se limita a clicar no botão da máquina, ele pondera os ângulos e as formas, assim como a luz e contrastes, criando efeitos com holofotes e perspectivas. Esse será o mesmo princípio que um designer de ambientes deve ter na produção dos seus renders, deve conseguir vender bem o projecto.

Esses renders são depois enviados conjuntamente numa apresentação em

PDF (ou Power Point) com a marca de água da FIL Design, juntamente com alçados e uma planta com algumas medidas chave, para o cliente ter alguma noção do espaço e proceder à aprovação.

Fig. 288 |

Fig. 289 |

5. PROJECTOS

263


NOVA PROPOSTA Após o envio da primeira proposta, o cliente sugeriu algumas alterações

no projecto, este gostaria que o stand ficasse todo a branco, sem paredes

arco-íris e que a cor da carpete fosse vermelha tal como o stand de Espanha.

A área de arrumação deve aumentar de tamanho, os balcões ao invés de conterem a identidade de Espanha I need Spain, o balcão central deve

incluir a identidade da Andalucía, o balcão da direita a identidade da região de Cadiz e o da esquerda a identidade da região de Almeria.

O cliente escolheu e enviou as suas imagens, sendo bastante específico onde cada uma deveria ser inserida. As fotografias são um ponto muito importante na campanha e Imagem da Andalucía, como já foi anteriormente men-

cionado, expondo ao público as excelentes e divertidas experiências que podem ter na região. Fig. 265 a 268

Tendo em conta estas sugestões a designer gerou uma segunda proposta, optando por manter algumas características da proposta anterior.

Fig. 290 |

264

Fig. 291 |


Fig .290 | Lateral direita, nova proposta p/ stand Andalucía (2015) Fonte: Autora Fig .291 | Frente principal nova proposta p/ stand Andalucía (2015) Fonte: Autora Fig .292 | Frente traseira nova proposta p/ stand Andalucía (2015) Fonte: Autora Fig .293 | Lateral esquerda nova proposta p/ stand Andalucía (2015) Fonte: Autora

A autora mostrou-se reticente em retirar todos os elementos de cor do stand,

as cores são um importante marco da identidade e imagem da Andalucía, que está presente em toda a sua comunicação e anteriores propostas.

Sendo assim, as paredes menores tal como as paredes laterais, mantiveram-se

coloridas, pintadas com duas das cores marcantes da identidade visual, azul e

fushia. Os balcões perderam a sua cor por questões práticas mas, manteve-se, a barra arco-íris que envolve o stand inspirada no site da marca.

A carpete não poderia ficar vermelha, é das únicas cores que não estão pre-

sentes na identidade da marca e não se relaciona de maneira nenhuma com

o seu ambiente. Tal como o mobiliário, a cor da carpete foi escolhida através de um catálogo onde estão disponíveis vários exemplares (swatches) para o

designer escolher. O vermelho tinha uma tonalidade próxima do bordô, a qual podia ser menos indicada para este projecto e, não havia outros tons próximos

do fushia, ou laranja, que pudessem servir como um meio-termo. Branco foi a opção tomada e é, sem dúvida, a melhor escolha.

Fig. 292 |

Fig. 293 |

5. PROJECTOS

265


Por sugestão da coordenadora de operações, a mobília foi posteriormente trocada para as cadeiras e mesa túlipa.

Fig. 286

Uma excelente escolha

que não só é estilisticamente mais apropriada, como é uma opção de baixo custo, havendo ainda vários modelos disponíveis em armazém. A cor das

almofadas foi também escolhida através de catálogos, com uma almofada de cada cor a representar o arco-íris.

Apesar de terem sido ignoradas várias sugestões que afectariam o resultado do projecto, felizmente o cliente não só aprovou como apreciou imensa-

mente a nova solução. A aprovação de stands numa segunda tentativa não

é muito comum, principalmente, num tão curto espaço de tempo, isso foi excelente para a produção e montagem. Pode-se dizer que foi um desen-

lace extremamente positivo, tendo em conta a inexperiência da designer no meio.

Fig. 294 |

266

Fig .294 | Modelação em 3D Max, nova proposta p/ stand Andalucía - frente Fonte: Autora


5. PROJECTOS

267


Fig. 295 |

Fig. 296 |

268


MONTAGEM Fig .295 | Modelação em 3D Max, nova proposta p/ stand Andalucía - frente traseira (2015) Fonte: Autora Fig .296 | Modelação em 3D Max, nova proposta p/ stand Andalucía - Planta (2015) Fonte: Autora

A logística de montagem e construção do stand é tratada pelo engenheiro re-

sidente da FIL Design, pela coordenadora de operações e pelos responsáveis de montagem das várias áreas dos serviços técnicos, carpintaria, serralharia,

eletricidade etc. Assim como a produção gráfica é tratada pelo gabinete de produção gráfica.

Quando se excede a quantidade de stands em produção no espaço da FIL, o

stand a produzir terá de ser enviado para uma empresa exterior, normalmente no estrangeiro. Este procedimento faz com que stands realizados demasia-

do perto das feiras tenham um orçamento mais pesado para o cliente. Não foi esse o caso do stand da Andalucía, criado integralmente na FIL Design,

possibilitando um maior acompanhamento do projecto e melhores oportunidades de aprendizagem.

Para a produção dos elementos gráficos: como pendões, imagens e identida-

des visuais, bastou enviar os documentos em alta qualidade e o gabinete de produção gráfica fica encarregue da impressão, das artes finais, montagem

e outros pormenores que sejam necessários, tendo em conta a maquete enviada. As paredes do stand não foram pintadas, de forma a poupar tempo

de montagem e secagem. Em troca, foram colocados vinis autocolantes com

a cor pretendida para decorar a parede. A cor foi escolhida especificamente pela autora, por entre os muitos exemplos de vinis que tinham armazenados no gabinete de produção gráfica.

Os elementos mais caros dos stands costumam ser os elementos suspensos,

como pendões, os quais têm de ser colocados com o auxílio de motores ou gruas, pois, o edifício tem um pé direito de 15metros. Isto verifica-se especialmente em stands que tenham grandes estruturas ou iluminação suspensa.

A estrutura principal foi criada toda na oficina de carpintaria e serralha-

ria, construída em MDF. Segundo os profissionais de construção, a zona

de armazenamento foi o mais difícil de produzir, pois, aparentemente, a parede diagonal fazia um ângulo complexo com a parede da porta.

Fig. 203

Após concluída a estrutura, esta foi pintada com uma cor base branca. Geralmente esta base é dada em todos os stands para serem posteriormente

pintados com outra cor, neste caso, o branco é a cor definitiva o que reduziu o tempo de montagem.

Fig. 297

5. PROJECTOS

269


Na maioria dos stands é necessário criar uma base onde estão assentes as

estruturas. Esse piso tem várias propriedades úteis para a deslocação, montagem tal como, esconder a cabelagem (cabos e eletricidade). Neste caso

Fig .297 | Paredes em MDF, construção do stand. (2015) Fonte: Autora

com os cabos embutidos nas paredes, assim como as fichas dos ecrãs. A partir de

Fig .298 | Pintura das paredes a branco. (2015) Fonte: Autora

não foi necessário um estrado, o stand foi iluminado por holofotes independentes uma altura de 10 cm é obrigatária a utilização de uma rampa para facilitar acessos, sem o estrato é possível reduzir ainda mais o processo de montagem e o orçamento. Com a base concluída, foram colocados, posteriormente, todos os pormeno-

res finais. As imagens em vinil autocolante, a mobília, os ecrãs e a iluminação e fica assim o stand terminado, pronto para os dias do evento. Fig. 297 |

Fig. 299 |

270

Fig. 298 |


Fig. 300 |

Fig .299 | Estrutura pronta c/ as imagens principais. (2015) Fonte: Autora

Fig. 301 |

Fig .300 | Colocação do vinil autocolante colorido, nas lateraisi do stand (2015) Fonte: Autora

Fig .301 | Pendões no stand, Andalucía (2015) Fonte: Autora

Fig .302 | Estrutura antes da colocalção do vinil colorido. (2015) Fonte: Autora

Fig. 302 |

5. PROJECTOS

271


MATERIAIS 1 - CARPETE As carpetes, assim como, tapetes são o material ideal para criar ambientes mais elegantes, confortáveis e caseiros, excelentes para espaços de reuniões

ou espaços para zonas de descanso/relaxamento. São um excelente isolante

acústico e térmico, de baixo custo e de fácil manutenção e reutilização. Têm como desvantagem serem propensos a ganhar sujidade, não são à prova

de fogo e não é um material especialmente ecológico. Pode ser, também, desfavorável para visitantes com necessidades especiais, como cadeiras de

rodas e carrinhos de crianças. São por outro lado materiais, que ao contrário do linóleo, PVC, etc, possuem maior aderência sendo, praticamente, anti-

derrapantes e menos propícios a acidentes. Essa é uma característica muito útil para os vários promotores ao trabalharem no stand. Fig. 303 |

5

2

3

4

1 3

272

2

1


Fig .303 | Materiais usados no Stand Fonte: Autora Fig .304 | Stand feito com MDF para a empresa “Glocal Design Magazine’s” por Row Studio para a feira Habitat Expo 2011 na cidade do México (2011) Fonte: www.dailytonic.com/ glocal-design-station-by -row-studio-mx/ (Consult. 21 Setembro 2015) Fig .305 | Parede e chão de vinil autocolante, exposição Tango with Cows: Book Art of the Russian AvantGarde, no museu Getty Research Insitute, Los Angeles (2008) Fonte: segd. org/content/tango-cows (Consult. 21 Setembro 2015) Fig .306 | Chão com várias carpetes no stand da Kardean Design Flooring no London Design Festival (2015) Fonte: karndeanblog. com/2015/09/30/event-wrap-up-london-designfestival-2015/ (Consult. 21 Setembro 2015)

MATERIAIS

Para efeitos de design é um material muito flexível, sendo possível escolher entre várias cores, tamanhos, ou até encomendar formatos especiais com padrões e formas específicas. Fig. 212 2 - MDF O MDF resulta de um conjunto de placas de fibra de madeira de média den-

sidade. É um material uniforme, plano, o qual, não possui nós, normalmente

utilizado na construção de móveis. É fabricado através da aglutinação de fibras de madeira com resinas sintéticas e outros aditivos. A homogeneida-

de proporcionada pela distribuição uniforme das fibras confere ao material uma superfície bastante lisa, sem grão e textura possibilitando ao MDF vários acabamentos, como tintas à base de água, óleos e vernizes. Fig. 304 |

Fig. 305 |

1 Carpete Branca 2 MDF

3 Vinil Autocolante 4 Ecrãs LCD

5 Lona Frontlit 6 Mobília

5. PROJECTOS

273


É resistente e estável, apesar de não ter a mesma rigidez da madeira comum, pode ser cortado, perfurado e manipulado sem estragar a superfície, sendo

possível criar inúmeras formas. Existem também placas fabricadas com

maior quantidade de plástico, permitindo aplicações que requeiram maior resistência à flexão ou a choques.

Fig. 304

3- VINIL AUTOCOLANTE POLIMÉRICO O vinil autocolante é uma película plástica constituída por uma face com

cola, suportada por uma folha de papel. Uma das vantagens do vinil é poder ser reproduzido facilmente com processos digitais. O material pode ser matte ou brilhante, não necessita de laminação e dependendo do tipo de

vinil poderá até durar vários anos. Estes adesivos são facilmente persona-

lizáveis e podem ser impressos, dando infinitas hipóteses de customização, também podem ser facilmente cortados manualmente ou com máquinas de

recorte. Têm um acabamento suave e natural, são duráveis e impermeáveis. Fig. 305 Fig. 306 |

274


RESULTADO Fig .307 | Lateral direita do stand no Evento, último dia (2015) Fonte: Autora Fig .308 | Zona traseira do stand no último dia da Mundo Abreu’ 15 Fonte: Autora

Infelizmente é impossível prever o resultado final do stand até o vermos em

acção nos dias do evento. O espaço é extremamente influenciado pelo meio e por todos os outros stands em redor. No caso do stand da Andalucía este foi,

definitivamente um problema. O stand de Marrocos situado em frente, tinha

um paredão com uma altura com cerca de 4-5 metros, esse paredão tapava a frente principal do stand da Andaluzia e uma boa parte do stand de Espanha.

A frente principal, prevista para estar direcionada e visível desde a porta de entrada, acabou por não ter tanto impacto ou visibilidade. A zona de atendimen-

to ficou praticamente inacessível, num corredor apertado onde não se justifica grande circulação de visitantes. A parte traseira que deveria passar mais des-

percebida ganhou maior relevo e, a lateral esquerda, tornou-se o espaço mais acessível do stand e não o balcão frontal central, como fora planeado. Fig. 307 |

Fig. 308 |

5. PROJECTOS

275


Esta disposição obrigou aos promotores do stand a fazer algumas alterações. O ecrã da parede esquerda foi movido para a parede traseira, o qual cobriu

parte da imagem a vinil. Todos os balcões acabaram por ter de ser movidos

Fig .309 | Frente do stand no Evento, último dia (2015) Fonte: Autora

zação não pôde ser controlada por nenhum membro da FIL Design, não tendo

Fig .310 | Montagem do stand, colocação da mobília. (2015) Fonte: Autora

para o canto esquerdo, arruinando a composição do espaço. Esta nova organi-

sido possível organizar outra solução que melhor acautelasse os interesses do expositor. A feira só teve início no sábado e a montagem terminou sexta-feira

de madrugada, não foi previsto este inconveniente nem houve ocasião para prevenir outro desfecho.

Tirando este percalço, o stand mostrou-se bem-sucedido. Observámos na

Mundo Abreu grande circulação e interesse por parte dos visitantes. Apesar de estar menos visível, o arco-íris, a cor branca e as imagens joviais, destacavam o expositor dos vários stands escuros e monótonos na área. Fig. 309 |

Fig. 310 |

276

Fig .311 | Modelação 3D, do Stand Andalucia (2015) Fonte: Autora


Fig. 311 |

5. PROJECTOS

277


5.3 ASSISTÊNCIAS STAND ESCOLA IDEAL BRIEFING| Espaço B2B, Escola Ideal para a Paper Gift CLIENTE| Paper Gift 2015 [AIP-FCE] DATA| 9 Fev – 16 Fev

INTERVENIENTES| Coordenador de Operações, Comercial/Relações Públicas, Autora (Designer)

PROJECTO 01| Criar uma área de exposição que se designará Escola Ideal. 02| Organizar a área de forma a ser acessível e ergonómica para os visitantes O projecto Escola Ideal, foi o primeiro desafio apresentado à autora na

empresa. Este é um grande espaço com 540m2 que pretende ser uma área integrada B2B para o sector educativo. O espaço estará situado na área multiusos e funcionará em simultâneo com a feira Paper Gift. Pág. 140

Esta foi a primeira oportunidade da autora para aprender mais sobre o processo de construção e design de stands e, como proceder à sua maquetização in-

formática. O stand teve uma metodologia diferente da utilizada no stand da Andalucía por ter sido a primeira tarefa apresentada. Estando a supervisora

de estágio familiarizada com a inexperiência da autora na área de design de espaços, foi lhe destacado este projecto como hipótese de aprendizagem. O briefing é bastante completo e detalhado, com imagens de referência e com uma planta já pensada. Fig. 312

A ideia de fazer deste stand uma escola em pequena escala foi um conceito apresentado pelo cliente, consistindo na reprodução de um pátio escolar,

contendo tudo o que esta envolve, adaptado a uma área B2B. Apesar do

conceito, este é um espaço para profissionais e empresários que deverá ser virado para negócios, reuniões e encontros entre profissionais, indicado para expositores, produtores nacionais, visitantes, compradores e convidados na área do ensino.

278


Este espaço pretende reunir a melhor oferta que existe no sector de equipamentos, materiais, e serviços de apoio aos espaços pedagógicos, desde o jar-

dins-de-infância, à formação de adultos, passando pelos espaços dedicados a

necessidades educativas especiais. Não decorando a formação nos espaços de

reinserção social, como por exemplo os estabelecimentos prisionais. Estarão igualmente presentes temas como, o ensino à distância e home schooling, num espaço que pretende mostrar e evocar uma Escola Ideal.

Segundo o cliente, há várias áreas que devem integrar a planta: Salas de Aula, Laboratório, Sala de TIC, Área de recreio, Espaços de lazer, Auditório

e Biblioteca, Refeitório e Bar, Papelaria e Reprografia, Secretaria e Serviços administrativos, Ginásio, Instalações sanitárias e Área de recepcção e vigilân-

cia. À volta deste espaço devem idealmente integrar-se cerca de 20 pequenos stands de 3m x 2m para realização de reuniões.

Apesar de 540m2 ser um vasto espaço para preencher, não é fácil organizar

uma planta com tantas áreas diferentes e mantê-la acessível e ergonómica Fig .312 | Desenho de uma planta referencial, para o stand Escola Ideal (2015) Fonte: Cedido pelo Cliente

para os visitantes, especialmente, se o espaço tiver em conta os alunos (neste

caso profissionais) com necessidades especiais, que devem ser incluídos neste plano.

Fig. 312 |

PROJECTOS

279


Conjuntamente com o briefing, foi recebido um esboço de uma planta refeA designer começou por desenhar a mesma planta de modo mais rigoroso à

Fig .313 | Desenho técnico da planta referencial, enviada pelo cliente. (2015) Fonte: Autora

Com este desenho técnico foram a notados alguns problemas, não só a dis-

Fig .314 | Desenho técnico da planta, nova proposta, stand Escola Ideal. (2015) Fonte: Autora

rencial a 2D com algumas medidas, desenhada a lápis pelo cliente.

Fig. 312

escala real, com as medidas correctas para apresentar ao cliente. Fig. 313.

posição das zonas era bastante invulgar para uma escola real sendo pouco funcional, como os corredores seriam demasiado apertados para uma circu-

lação confortável, contendo só 1 metro e meio de largura. Para confirmar

estas fragilidades a autora criou uma modelação em 3D Max, com a largura e altura das paredes à escala para melhor entender a estrutura e a claustrofobia intrínseca no projecto. Fig. 315 a 317

Fig. 313 |

150

3

1,50

1,50

1,50

Bar + Refeitório

Biblioteca

4,50

Auditório

1,50

WC

1,50

WC

1,50 Parque + Ginásio

Sala de Aula

120 1,50

Laboratorio

4,50

Reprografia Papelaria

Jardim de Infância

TIC Recepção Gabinete

3

280

1,50

1,50

3

3

1,50

1,50

1,50

3


Tendo em conta estes desacertos, foi enviada uma segunda proposta que

seguisse mais fielmente a lógica de uma verdadeira escola, tentando manter as mesmas dimensões das áreas. Fig. 314

A sala de TIC ficaria junto à biblioteca para, hipoteticamente, os alunos que consultem os livros tenham facilidade de realizar conjuntamente pesquisas informáticas.

O parque e o ginásio ficam num open space ligado ao Jardim Infantil. As

crianças no jardim infantil podem usufruir do ginásio e escorregas e os edu-

cadores podem vigiá-las sem dificuldade. O Jardim de Infância situa-se ao lado do Bar, deste modo, os adultos podem estar próximos das crianças e até

Fig. 314 |

4,5

3

Parque Infantil + Ginásio

Jardim Infantil

1,50

1,50

3

1,50

1,50

WC

WC

1,50

Bar + Refeitório

Sala de Aula

2

4,50

Laboratorio

Biblioteca

120 2

Papelaria + Reprografia

4,50

2,5 Auditório 2,50

TIC

3

Recepção

2,5

3

1,50

2

4,5

PROJECTOS

281


Fig. 315 |

Fig. 316 |

Fig. 317 |

282


observá-las enquanto estão no recreio, podendo, igualmente, desfrutar de um café numa reunião de negócios.

A papelaria e a reprografia são um espaço conjunto, onde o atendimento pode

ser feito através da recepção reduzindo o número de pessoas que necessitam

estar presentes na área, tornando o espaço muito mais amplo, conveniente e confortável para os “alunos”.

O auditório ficará na frente principal do stand, para os visitantes da feira as-

sistirem a palestras e outras actividades sem ser necessário, percorrer todo o espaço do stand.

Por último, a sala de aula ganha uma dimensão mais rectangular, uma dispo-

sição mais comum nas salas de aula correntes, onde o professor e o quadro se situam num extremo dando-lhe a possibilidade de observar todos os alunos, só olhando para a frente. A sala ficaria ao lado do laboratório, deste modo,

em supostas aulas de ciências, os alunos poderiam apreender a química numa sala de aula e testá-la, posteriormente, sem percorrerem todo o recinto.

As casas de banho ficariam juntas ao laboratório para o caso de acidentes com várias substâncias. São, também elas, viradas para o exterior do stand para os

transeuntes que necessitem utilizar estas facilidades.

É, importante, ter estas preocupações com a fidelidade da estrutura em relação ao conceito original, pois, muitos dos profissionais da Paper Gift são

educadores, professores ou especialistas em material escolar ou actividades educativas, habitando estes espaços com grande frequência.

A nova proposta foi enviada mas o stand foi cancelado, não por desagrado Fig .315, 316 e 317 | Modelação em 3D Max, da planta referencial enviada pelo cliente, para stand Escola Ideal. (2015) Fonte: Autora

com a sugestão mas, ultimamente, por falta de orçamento não passando da fase de projecto. Era de facto um projecto enorme que foi, todavia, bastante útil para aprender as bases do programa 3D Max e ganhar novas noções de composição de espaços.

PROJECTOS

283


NOU BADGES: SWAROVSKI BRIEFING| Badges personalizados para congresso da Swarovski. Apresentação da colecção Outono/Inverno de 2015 CLIENTE| MCI Spain para Swarovski España DATA| 9 Abr - 10 Abr

INTERVENIENTES| Coordenador de Operações, 1 Designer Gráfico, Autora (Designer Gráfica)

PROJECTO 01| Seguir o exemplar da Swarovski e criar múltiplos bagdes customizados A realização deste projecto para a Swarovski foi um pedido especial para realizar num dia de trabalho, evolvendo a adaptação de 235 badges para um

evento externo não relacionado com a AIP. Os badges devem conter apenas os nomes dos expositores e a sua respetiva empresa. Todos os pormenores

de design desde a imagem principal, à tipografia, à cor do tipo de letra,

foram fornecidos pelo cliente. Este foi um trabalho simples feito de modo semiautomático, sendo mais um teste de velocidade e persistência do que

propriamente de criatividade. Para facilitar este desafio, a autora optou por adaptar a imagem principal para o programa de design editorial InDesign, usando o sistema de Páginas Mestre41 ao invés, de utilizar programas vectoriais como o Illustrator ou Corel Draw.

Utilizar programas vectorias acaba por ser mais demorado e menos eficaz. Os projectos ficam mais pesados e faz com que alterações e revisões sejam

menos fluídas. A navegação de páginas é mais imediata e intuitiva com o programa InDesign e, com este método, a autora realizou 146 de 235 badges, enviados em arte final em PDF no dia seguinte.

É essencial nestes projectos tão repetitivos e com bastante conteúdo textual, não escrever nada manualmente pois facilita erros. O processo deve ser

feito realizando cópias directas dos conteúdos fornecidos, copiá-los para a área de transferência sem modificações com o comando Copiar e Colar42, 41 42

Master Pages Copy/Paste

Fig .318, 319, 320, 321| Alguns exemplares de badges criados para a apresentação Outono/ Inverno da Swarovski em Portugal. (2015) Fonte: Autora


Fig. 318 |

Fig. 319 |

Partner Isla Azul

Partner Boulevard/Artea

Carolina Rodriguez González

Patricia Coria Mondragón

Fig. 320 |

Fig. 321 |

deste modo qualquer erro a nível dos textos, não será da responsabilidade do designer. Este infelizmente foi um dos casos, onde um dos nomes chegou

com um erro ao evento. O designer não pôde ser responsabilizado, pois, não lhe foi destacado ser revisor do projecto.

PROJECTOS

285


CONGRESSO ESHRE BRIEFING| Produção gráfica de stands tipo para o congresso ESHRE CLIENTE| ESHRE DATA| 6 Junho

Feira 14 a 17 de Junho SITE| www.eshre.eu O CONGRESSO O congresso ESHRE é um encontro anual organizado pela European Society of Human Reproduction and Embryology43 que engloba, exposi-

tores e profissionais da área da Biologia e da Medicina de Reprodução. O

principal objectivo da associação é, promover o entendimento e interesse na reprodução biológica medicamente assistida.

Pela primeira vez este encontro realizou-se em Portugal, trazendo inúmeros

visitantes que incluem: médicos, embriologistas, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais de saúde europeus. No congresso podem: participar

em actividades educacionais, assistir a palestras e conferências, consultar outros peritos, aprender sobre novos métodos de segurança e qualidade clínica, entre muitas outras manifestações.

É um congresso que espera facilitar a pesquisa e a disseminação de conhe-

cimentos e estudos médicos ao público e a cientistas, e assim, informar os europeus e legisladores sobre os novos avanços na área.

INTERVENIENTES| Coordenador de Operações, Coordenador Oficinas

de Produção Gráfica, 1 Designer 3D, Equipa de Montagem, Autora (Produtora Gráfica) PROJECTO 01| Organizar e criar ficheiros para produção gráfica, de vários stands tipo, para o congresso ESHRE.

43

Associação Europeia de Reprodução Humana e Embriologia

286


No evento ESHRE a autora ficou encarregue de prestar assistência ao gabinete de produção gráfica, para implementar grafismos nos stands tipo

do evento. Apesar do trabalho prestado para o ESHRE ser apenas de assis-

tência e não propriamente de design gráfico, a autora considerou importante incluir esta experiência no relatório.

Neste projecto conseguimos aprender, como são preparados os grafismos

para produção. No stand da Andalucía Pág. 246, foi feita a modelação 3D e

o design do espaço, no ESHRE foi o inverso. As modelações em 3D foram enviadas já completas seguindo a imagem do congresso, foi apenas necessário tratar os grafismos para produção.

Enquanto para a Andalucía só foi necessário preparar ficheiros para um só stand, o ESHRE tinha 15 stands tipo. No ESHRE, tal como na maioria das feiras, são usados, maioritariamente, módulos cúbicos pré feitos ou stands

tipo, onde se trabalha com dimensões e materiais já pré definidos. É uma solução muito conveniente, de fácil montagem e de baixo custo, onde é possível criar vários módulos e combinações através de um sistema de calhas e perfis.

A autora ficou encarregue de decorar estes stands tipo com o design apresentado na modelação. Foi realizada uma reunião prévia com os profissio-

nais da oficina gráfica para uma breve explicação do processo e do projecto. logo_98x82.pdf 7 6/8/2015 11:59:39 AM

Os elementos essenciais foram enviados pelo cliente como: o tipo de letra do ESHRE, a identidade visual, as normas gráficas e os códigos das cores a utilizar, Verde44 e Azul45.

O design apresentado em todas as modelações é constituído apenas por ele-

mentos vectoriais, o que simplificou bastante a composição. A estrutura era Fig. 323 |

Fig .323 | Identidade visual do ESHRE - European Society of Human Reproduction and Embryology (2015) Fonte: Cedido pelo cliente

44 45

C: 45%, M:0%, Y:100%, K:25% C: 100%, M:85%, Y:0%, K:15%

PROJECTOS

287


básica, era só importante ter alguma atenção na colocação dos elementos e cuidado para contar, devidamente, todos os painéis na maquete. Devemos comparar, repetidamente, os grafismos com a imagem apresentada para nos

certificarmos, que o resultado final ficará exactamente como o cliente imaginou. Por serem stands tipo é, essencial, seguir as medidas rigorosamente para os grafismos assentarem inteiramente nos perfis. Cada parede tem 98cm por 282cm e as estruturas metálicas 98xm por 82xm. Os ficheiros têm estas exactas medidas com um bleed de pelo menos 5cm para evitar erros de corte. Fig. 324 |

Fig. 326 |

Fig. 328 |

288

Fig. 325 |

Fig. 327 |


Fig .324 | Modelação p/ stand tipo Charity Run, p/ ESHRE (2015) Fonte: Cedida pela FIL Design Fig .325 | Modelação p/ stand tipo Self Registration, p/ ESHRE (2015) Fonte: Cedida pela FIL Design Fig .326 | Modelação p/ stand tipo App Help Desk, p/ ESHRE (2015) Fonte: Cedida pela FIL Design Fig .327 | Modelação p/ stand tipo Transportation Tickets, p/ ESHRE (2015) Fonte: Cedida pela FIL Design Fig .328 | Modelação p/ stand tipo Registrarion Desk, p/ ESHRE (2015) Fonte: Cedida pela FIL Design

Para o ESHRE, assim como na produção de stands em geral, muitas vezes o

grafismo terá de ser repartido pelo espaço disponível, neste caso, repartido pelos perfis. Por exemplo, o nome de um módulo para ter boa visibilidade, principalmente, se for um nome extenso, não deve ter só 1 metro de com-

primento. É, essencial, manter sempre o mesmo tipo e a mesma dimensão da letra para garantir coerência e consistência entre stands. Nestes casos o nome pode ser dividido pelas placas disponíveis,

Fig. 329

ou pode assu-

mir-se uma divisória que não comprometa a leitura se existir proximidade entre placas.

Fig. 330

Fig. 329 |

Fig .329 | Placas p/ stand tipo Cloak Room, nome dividido por perfis. p/ ESHRE (2015) Fonte: Autora Fig .330 | Placas p/ stand tipo App Help Desk, nome separado por perfis. p/ ESHRE (2015) Fonte: Autora Fig. 330 |

Os stands são visualmente semelhantes. Algumas placas são repetidas, quase todos os stands têm uma placa com a identidade do ESHRE a branco ou separadores verdes. Para separar estes ficheiros dos ficheiros únicos, foi criada uma pasta denominada “Geral”, onde serão inseridos estes gra-

fismos repetidos. Com eles é enviada uma listagem de todas as peças a

produzir, divididas por stands, com informação relativa à quantidade de unidades a produzir e quais as suas medidas.

PROJECTOS

289


Dentro da pasta Geral

Fig. 331

cada ficheiro tem a sua designação, as

medidas do design e de seguida o número de unidades a produzir. Todos

estes passos são importantes para: evitar faltas ou excesso de produção, ou outros tipos de erros. Tendo em conta o volume de peças, é fácil haver confusões e enganos. Fig. 331 |

LISTAGEM App Help Dest

Charity Run

Poster Area

2x DESIGN| 98cm x 82cm

1x DESIGN| 98cm x 82cm

2x DESIGN| 98cm x 82cm

1x VERDE| 98cm x 82cm 2x LOGO| 98cm x 82cm

1x LOGO| 98cm x 82cm

1x DESIGN| 156cm x 82cm 2x LOGO| 98cm x 282cm

Transportation Tickets Bag Distribution 2x DESIGN| 98cm x 82cm 1x VERDE| 98cm x 82cm 4x LOGO| 98cm x 82cm

1x LOGO| 156cm x 82cm

1x DESIGN| 98cm x 82cm

E-Zone

1x LOGO| 98cm x 82cm

10x DESIGN| 98cm x 282cm

Ferring

4x LOGO| 98cm x 282cm

1x DESIGN| 98cm x 82cm

2x LOGO| 98cm x 282cm

1x LOGO| 98cm x 82cm

Self Registration

2x DESIGN| 98cm x 82cm

Merk-Serono

1x DESIGN| 156cm x 82cm

4x VERDE| 98cm x 82cm

1x LOGO| 98cm x 82cm

Bag Distribution 1x VERDE| 98cm x 82cm 3x LOGO| 98cm x 82cm

1x DESIGN| 98cm x 82cm

Meeting Anouncements Badge Pickup 4x DESIGN| 98cm x 82cm 4x LOGO| 98cm x 82cm

2x DESIGN| 98cm x 82cm

1x DESIGN| 156cm x 82cm 1x LOGO| 98cm x 82cm

1x LOGO| 98cm x 282cm

2x DESIGN| 98cm x 82cm

Information Desk

3x LOGO| 98cm x 82cm

2x LOGO| 98cm x 82cm

290

2x LOGO| 98cm x 282cm Self Preview

4x DESIGN| 98cm x 82cm 2x LOGO| 98cm x 282cm 2x LOGO| 98cm x 82cm

2x LOGO| 156cm x 82cm On Site Registrarion

Cloak Room 4x VERDE| 98cm x 82cm

2x DESIGN| 98cm x 82cm

1x DESIGN| 98cm x 82cm

2x LOGO| 156cm x 82cm 1x LOGO| 98cm x 82cm


Esta pasta foi partilhada com o responsável pelo gabinete de produção gráfica, que procedeu à confirmação. Têm que ser confirmados todos os

ficheiros, se têm as dimensões correctas ou se falta algum design. No final encontrava-se tudo dentro dos parâmetros e a pasta seguiu, imediatamente, para produção e posterior montagem. Na montagem é o responsável pela

produção gráfica que ficará encarregue de indicar, onde e em que estrutura, é colocado cada vinil e cada placa. Fig. 332 |

Fig .331 | Interior da Pasta Geral (2015) Fonte: Autora Fig .332 | Stands tipo menores, resultado final. No ESHRE Fonte: Flickr ESHRE46

Fig. 333 |

Fig .333 | Stand E-ZONE no congresso ESHRE Fonte: Flickr ESHRE46 Fig .334 | Stand Self Registration no congresso ESHRE Fonte: Flickr ESHRE46 Fig .335 | Stand Meeting Anouncements no congresso ESHRE Fonte: Flickr ESHRE46 Fig. 334 |

46

Fig. 335 |

www.flickr.com/photos/picseshre/albums/with/72157658800784720 (Consult. 10 Outubro 2015)

PROJECTOS

291


Fig. 336

Fig. 337 |

Fig. 338 |

Fig. 339 |

Fig. 340 |

292


ELEMENTOS GRÁFICOS EM 3D Elementos gráficos como identidades visuais que pretendemos converter para um suporte a três dimensões, são produzidos nas oficinas gráficas construídos, maioritariamente, em esferovite.

Para criar estes modelos é primeiro impresso um molde, feito em cartolina ou vinil autocolante, que servirá de guia para o corte. Estes materiais suaves

à base de espuma como o polistireno e o k-line, são facilmente cortados com ajuda de uma estrutura com um fio eletrificado quente. Fig. 342 O material é

conduzido manualmente, com o molde preso ao bloco a servir de guia. O

técnico deslizará o esferovite com cuidado com o máximo de continuidade possível, para evitar superfícies irregulares ou material queimado.

Fig. 344

O calor dá ao esferovite uma superfície praticamente acabada que não se

desfaz, não sendo necessário mais nenhum tratamento. Este processo tem

como desvantagem a libertação de fumos e poeiras tóxicas provenientes do plástico queimado. Fig. 341

Para um acabamento mais limpo é muitas vezes impresso o design em k-line ou polipropileno, que será colado à estrutura criada em esferovite. Fig .338 | Stand Bag Distribution no congresso ESHRE (2015) Fonte: Flickr ESHRE 46 Fig .337 | Stands Badge Pickup no congresso ESHRE (2015) Fonte: Flickr ESHRE 46 Fig .338 | Fotografia do congresso ESHR (2015) E Fonte: Flickr ESHRE 46 Fig .339 | Stand App Help Desk no congresso ESHRE (2015) Fonte: Flickr ESHRE 46 Fig .340 | Stand Registration Desk no congresso ESHRE (2015) Fonte: Flickr ESHRE 46

Há várias variações deste método, onde é possível cortar superfícies maiores. Também é possível recorrer a serras ou a um processo computo-

rizado. A utilização de serras, contudo, ao contrário do sistema de fios, não

permite com facilidade cortes a meio do esferovite, nem um acabamento tão imediato. Os processos computorizados apesar de serem mais aperfeiçoados não permitem tanta personalização.

A produção de elementos 3D com quatro frentes como mascotes é muito

mais complexa. Recorrendo a materiais semelhantes, requer um processo altamente manual aproximado à escultura, com pouca maquinaria envol-

vida. Este processo pode ser utilizado para criar todo o tipo de elementos. Normalmente é utilizado nestas obras, uma estrutura interior feita de arame ou metal que oferece resistência a peças mais frágeis.

PROJECTOS

293


O material será coberto por uma camada de gesso ou argamassa para lhe dar

um melhor acabamento é, posteriormente, lixado à mão e pintado, ou para lhe dar mais resistência, poderá ser também lacado. Criar elementos a três

dimensões, como é o caso de logótipos, símbolos, etc, que só necessitam de altura, é um processo muito menos intrincado com menos especialização e mão artística.

Estas estruturas de esferovite, apesar da fragilidade do material, com um

acondicionamento devido têm uma boa longevidade e são de muito fácil reparação, podendo durar vários anos em armazém. Fig. 343 Fig. 341 |

Fig. 344 |

294

Fig. 342 |

Fig. 343 |

Fig .341 | Letras de Esferovite p/ Stand de Macau, p/ Bolsa de Turismo Lisboa (2015) Fonte: Autora Fig .342 | Fio electrificado p/ corte de materiais à base de espuma Fonte: Autora Fig .343 | Identidade da AIP, em esferovite (2015) Fonte: Autora Fig .344 | Como cortar bloco de esferovite com molde de cartolina. Fonte: Autora


5.4 SÍNTESE DO CAPÍTULO

POR ORDEM CRONOLÓGICA

ESCOLA IDEAL

O stand da Escola Ideal foi um projecto que ficou incompleto, pois foi cancelado numa fase inicial. Foi, contudo, um trabalho que deu à autora a possibi-

lidade de aprender as bases do programa 3D Max e as bases na composição e organização de plantas e espaços. Este projecto foi, igualmente, marcante por ter sido o primeiro projecto e a primeira experiência destacada à autora na FIL Design.

NAUTICAMPO A Nauticampo foi o segundo briefing recebido e o primeiro projecto completamente gráfico apontado à mestranda, neste estágio. A primeira tarefa con-

sistia na recriação da imagem da Nauticampo, recorrendo a duas imagens disponibilizadas pela AIP-FCE.

Esta recriação teve várias fases, acabando por se optar por um design mais básico com a utilização das imagens sem edição. A autora poderia ter alcan-

çado mais com campanha a nível de design, se tivesse a oportunidade de escolher outras opções com menos inibições.

PROJECTOS

295


No que diz respeito à construção dos vários anúncios, foi feita uma aprendi-

zagem muito extensa sobre todo o processo de divulgação de um evento e no

que este consiste. Um evento é preparado com meses de antecedência, sendo criados vários meios de comunicação. É necessário informar não só o público mas, também, potenciais expositores, profissionais e entusiastas do sector, em publicações e suportes above e bellow the line.

Para as peças produzidas para o evento em si, foram utilizados os moldes

da imagem e da divulgação. Já havia um excelente entendimento, por parte

da autora, nestes suportes pois foram anteriormente trabalhados, nos outros projectos, vários objectos semelhantes como, por exemplo, a sectorização.

Podemos resumir esta experiência como uma excelente hipótese de estudo

que tocou várias bases, onde a autora trabalhou em todas as peças do evento, desde o seu começo até à sua conclusão.

BOLSA DE TURISMO DE LISBOA O projecto da Bolsa de Turismo de Lisboa foi a primeira tentativa no design de sinalética deste estágio. Houve muito poucos momentos criativos na concepção desta sectorização tendo, a autora, que se reger tanto pela sectoriza-

ção do ano anterior, como pela imagem da feira. Esta foi, no entanto, uma

experiência valiosa pois, não só a autora pôde trabalhar numa feira com este destaque, como foi um bom projecto para produzir uma tentativa inicial que

não oferecesse grande margem para erros. Apesar dos lapsos na impressão, podemos considerar que este foi um trabalho que correspondeu às espectativas da feira e que se manteve coerente com a restante comunicação.

296


GREEN BUSINESS WEEK O Green Business Week foi o único evento realizado no CCL que a autora co-

laborou. Foi, também, o único congresso para o qual realizou material gráfico original.

Tal como a maioria das feiras trabalhadas nos pequenos projectos, a GBW tinha já uma imagem definida pela qual todas as peças se teriam que guiar. Para o congresso foram produzidas novas peças ainda nunca antes realiza-

das, como o guia do visitante e as placas de manifestações paralelas. Estas

peças são padrão nos projectos da FIL e foram, posteriormente, produzidas

várias do mesmo género para outras feiras. Deu, portanto, novas valências à mestranda, nunca antes treinadas, que se mostraram valiosas no decorrer do estágio.

O maior desafio deste briefing foi a produção do primeiro guia do visitante.

Todavia, foi uma bom projecto para praticar este template, pois o volume de

informação exposta no guia não era considerável como numa feira comercial.

PAPER GIFT A imagem da Paper Gift não é uma das preferidas da FIL Design. A campanha

foi renovada em relação à edição passada por uma agência exterior. As suas cores ténues, com grande permanência de brancos, dificilmente resulta em suportes em grandes formatos, o que se mostrou um ponto fraco.

A Paper é uma feira de um só pavilhão que se deveria distinguir da feira conjunta, a Futurália. Foi, portanto, a primeira feira trabalhada onde existia

simultaneidade de eventos e a sectorização deveria ser produzida tendo em conta este contexto, de modo a destacar-se da feira concorrente e informar os visitantes do local do evento.

As peças realizadas para a Paper Gift já tinham sido, previamente, trabalha-

das na Bolsa de Turismo de Lisboa e na Green Buisiness Week, o que reverteu para uma produção mais eficiente.

PROJECTOS

297


ANDALUCÍA Posteriormente ao cancelamento do projecto da Escola Ideal para a Paper Gift, o stand da Andalucía para o Mundo Abreu foi o segundo stand trabalhado pela autora e foi o único stand concluído.

O projecto foi trabalhado desde raíz apoiado na imagem do turismo da An-

dalucía e no design do stand vizinho, o stand de Espanha. Ambas estas fontes

foram conjugadas resultando numa estrutura funcional de 50m2 com zona de arrumações, zona de reuniões e zona de atendimento. Os materiais e opções de design foram escolhidos tendo em conta este conceito, de forma a manter a construção viável e com um baixo orçamento.

A estrutura foi bem recebida, tanto pelo cliente como pelos visitantes da feira. As suas imagens aprazíveis e cores fortes destacaram-se dos restantes stands

na Mundo Abreu. Esta foi uma experiência valiosa para a autora, onde teve a oportunidade de assistir e colaborar em todo o processo da concepção do

stand, desde o briefing até à montagem, tendo contactado com vários profissionais experientes e diferentes actividades.

APAS BRASIL O catálogo da APAS foi o único projecto realizado pela autora para uma

feira internacional. Este catálogo, por não ter afiliação com as feiras da FIL,

não teve que seguir o mesmo template a que já estávamos habituados, o que

permitiu novas opções criativas mas mantendo, ainda, alguma conformidade com os exemplares dos anos antecedentes.

O projecto teria que conciliar os desejos e materiais fornecidos pelas várias empresas presentes no catálogo, tal como as necessidades do gestor de feiras.

As empresas não puderam observar as outras entidades concorrentes, o que resultou numa paginação menos uniforme do que o pretendido.

Foi, no entanto, um projecto mais inventivo que os outros guias e catálogos produzidos, com uma paleta colorida e elementos fluídos. Por ser uma feira

internacional, nenhum dos membros da FIL Design examinou o resultado final.

298


BADGES SWAROVSKI Os badges Swarovski foram uma assistência prestada para a apresentação da

colecção Outono/Inverno da marca. O design estava já definido, assim como as suas características como: tipografias, cores, alinhamentos, entre outros. O

trabalho baseou-se na modificação dos badges para todos os intervenientes do encontro.

Apesar de não ser uma iniciativa de design gráfico pela autora, foi uma ex-

periência importante. Foi das únicas ocasiões em que a autora trabalhou para

eventos exteriores à AIP e lhe ensinou metodologias para produzir cópias do mesmo modelo, rápida e eficazmente.

FESTIVAL IN O Festival IN é considerado, neste relatório, como o segundo grande projecto da área de design de comunicação. A campanha do Festival IN já teria sido implementada por uma agência exterior à AIP-FCE, mas foi, posteriormente, continuada a última fase na FIL Design.

A mestrada foi a designer encarregue do design da feira, produzindo a nova imagem de divulgação em conjunto com a gestora de marketing da AIP-FCE,

tendo em consideração a comunicação anterior. Esta imagem foi actualizada e transposta para todas as peças do evento e de divulgação, com um novo conceito. Foi um projecto que lhe acarretou uma grande responsabilidade, estando encarregue de dirigir os seus colegas na produção dos seus materiais.

As cores vivas e formas simples geométricas da campanha emergiram in-

teiramente em todos os suportes trazendo, ao evento, um ambiente festivo e criativo, tal como o próprio Festival IN.

TÉKTONICA/SEGUREX A Tektónica e a Segurex foram feiras que funcionaram em simultâneo tendo,

esta característica, se traduzido em todas as peças realizadas pela autora. Tal como na sectorização da Paper Gift e Nauticampo, as placas foram

PROJECTOS

299


partilhadas. O guia de visitante deveria ser, também ele, partilhado o que justificou a maioria das opções tomadas neste projecto. O grande volume

de páginas acabou por impossibilitar esta escolha, pela demora que traria a produzir os catálogos costurados.

A semelhança entre as imagens de ambas as feiras possibilitou um resulta-

do homogéneo apesar de ser, propositadamente, separado. Ambas as cores também se distinguem facilmente podendo ser usadas,em pareceria, sem confundir o visitante.

Trabalhar nestas feiras não trouxe muitas novas aptidões à estagiária, por serem peças repetidas, mas o nível de dificuldade e informação aumentou consideravelmente e os prazos foram bastante curtos o que ensinou, à autora, produzir mais eficazmente.

ALIMENTÁRIA A autora começou a trabalhar, no final do seu estágio, na feira Alimentária,

somente na fase da divulgação da feira. Esta fase consistia na actualização da imagem do evento apoiada, excessivamente, na imagem do ano anterior.

Conjuntamente com a produção de anúncios e peças de divulgação para a

feira, foi feita uma nova imagem e identidade visual para o congresso “A Grande Distribuição em Portugal: 30 anos”, realizado na Alimentária.

A imagem do congresso foi criada para contrastar com a imagem da

Alimentária, mas recorrendo a motivos visuais semelhantes para manter a associação. O cliente tinha uma imagem e conceito em mente que foi respei-

tado, considerando o resultado final bastante positivo e observou, igualmente, que foi de encontro às suas especificações e espectativas.

ESHRE O último trabalho realizado pela autora não foi um trabalho de Design de Comunicação, mas de produção gráfica. Esta foi uma prática relevante para melhor entender o processo de preparação de materiais gráficos para stands e espaços.

300



6. CONCLUSÃO O design de exibições é ainda uma disciplina em evolução e crescimento, que se está a transformar numa actividade a ter em conta nas melhores estratégias de comunicação e marketing de qualquer marca.

Uma marca deve ponderar criar o seu próprio ambiente evidenciando o design tridimensional e o espaço, não pensando só na sua imagem e

promoção bidimensional. Um espaço físico oferece muito mais possibili-

dades de explorar sentidos e sensações, tendo um impacto muito maior nos

visitantes, têm maior visibilidade e contacto com o público e com outros profissionais e agentes dos seus respectivos sectores. É possível construir

projectos muito mais audaciosos e surpreendentes, o que é uma enorme vantagem num mundo tão saturado de informação sendo uma novidade para o observador, o futuro das exposições passa por esse jogo de sentidos,

através de autênticos espetáculos com técnicas multimédia e experiências de imagens, som, cheiros, luzes e cores.

Não só é importante o factor da inovação mas há que ter cada vez mais em conta as necessidades e vontades do público-alvo. Tem de haver preocupações com o seu conforto e necessidades, procurando novos métodos de

aprendizagem e absorção de estímulos e mensagens, através de metodolo-

gias centradas no utilizador. A inclusão do design gráfico e de comunicação na produção de eventos e feiras é essencial em todas as suas etapas, o centro

principal de uma exibição deve ser a sua mensagem e devem ser concebidos planos que proporcionem uma lição a reter pelo visitante. Apesar de não

ser tão evidente; o designer gráfico é imprescindível em todo este processo exercendo influência sobre as multidões de visitantes, o designer deve usar este poder com integridade e responsabilidade.

O espaço é o palco da peça/exibição e deve ser analisado atentamente pois é um factor vital na produção de qualquer evento, a Feira Internacional de Lisboa é a protagonista da maioria dos trabalhos apresentados neste relatório e foi decorada consoante as suas características, um designer tem que se adaptar às suas vontades e particularidades.

302


Associamos o design de exibições a disciplinas como a arquitectura, ao design de interiores e cenografia, que se ocupam de criar estruturas ergonó-

micas e amigas do utilizador. No planeamento de estratégias para eventos efémeros, há uma relação marcada com essas áreas. Tem de haver preo-

cupações com soluções sustentáveis e ter em conta pormenores além do design, como a montagem, a produção, prazos, acessibilidade, os materiais utlizados, o orçamento, entre várias outras preocupações.

É por essa razão que um designer que trabalhe em exibições tem de ser po-

livalente e dominar vários talentos. Para minimizar erros e gerar projectos com maior probabilidade de sucesso, um designer deve ser acompanha-

do por uma equipa formada por profissionais experientes e dedicados em várias áreas, que se ocupem de múltiplos pontos e circunstâncias, desde o primeiro contacto com o cliente à construção e produção do projecto. Tra-

balhar num local com a história e experiência da FIL Design e da AIP-FCE, deu uma oportunidade à autora de aprender com profissionais do campo, com grande dómínio de técnicas e conhecimentos, monitorizando todos os passos da produção dos seus encargos e observando como funciona todo este meio das exibições comerciais, num ambiente multidisciplinar.

Profissionais de diferentes áreas prestaram apoio na produção dos diversos

projectos, que tocam em várias áreas do design de exibições. A mestranda pode tirar o máximo partido possível do seu estágio em termos de ensinamentos e recolha de informação, intervindo em vários projectos, esta expe-

riência foi um privilégio e acabou por ser uma valiosa parte do seu percurso académico, facilitando uma especialização que a diferencia de outros profissionais da área.

Foi também favorável trabalhar em peças para o mundo real e para clientes reais, não apenas fictícios como na universidade, apesar de haver alguns pontos negativos tais como: maior repressão de escolhas criativas, repeti-

ção de tarefas e projectos, um ritmo de trabalho muito mais elevado com maior pressão e constrangimentos de fabrico. O estágio contribuiu para um

melhor entendimento do que é ser um profissional na área, com o benefício de conseguirmos analisar projectos “ao vivo e a cores” nos materiais e

dimensões pretendidas. Foi uma lição valiosa que traz à autora um novo ponto de vista e novas hipóteses para analisar a viabilidade de um projecto,

mais concretamente aprendemos o que é exequível produzir e como o produzir correctamente.

6. CONCLUSÃO 303


6.1 RECOMENDAÇÕES FUTURAS O Design de eventos e de exibições é um tema com ainda muito para

explorar a nível científico. Relativamente ao estado da arte, recomendamos uma investigação sobre os pontos que este relatório não teve a hipótese de

abordar ou focar tão extensivamente, entre os quais o design de exibições aplicado ao design de interiores e à arquitectura efémera.

Entre esta abordagem tão geral o futuro investigador pode escolher incidir sobre o design efémero para acessibilidade e sustentabilidade. O design

sustentável é um campo de estudo que será indispensável para as gerações futuras, que terão o desafio de gerir os recursos do planeta, balançando os interesses do cliente e a contenção de custos. É um tema que provoca preocupação global que toca todas áreas do design, que faz parte da responsabi-

lidade social e cultural. A acessibilidade, é um campo ligado à ergonomia,

mais estudado em arquitectura, engenharia, design de equipamentos e de interiores. Devemos projectar e examinar espaços que sejam inclusivos,

ou seja, projectados para todos; Podemos também criar para aqueles que

sofrem algum tipo de incapacidade física. É possível conceber experiências únicas espaciais para pessoas com carências e necessidades especiais.

É igualmente de interesse desenvolver uma investigação, que trate os di-

ferentes materiais e as suas respectivas características, tanto para design

de exibições como para design de comunicação temporário, evidenciando

estratégias de reciclagem e aproveitamento. As exibições têm a tradição de experimentar novos materiais e técnicas de construção e engenharia. Estas tecnologias e métodos de fabrico trazem potencial para a criação de com-

ponentes inovadores que podem servir como inspiração e ser um marco estético diferenciador.

304


Outra posição que este relatório omite; o design em exibições de natureza

cultural e histórica. Estas estruturas têm um papel vital na educação e

pesquisa da sociedade possibilitando uma análise directa de conteúdos; é, portanto, útil fazer desta história relevante para audiências modernas. O designer pode desenvolver metodologias e técnicas para facilitar a transmição de conhecimentos para o público, especialmente em crianças e adoles-

centes em idade escolar, dando simultaneamente espaço para os visitantes apreciarem e explorarem os objectos expostos, promovendo uma boa leitura dos mesmos. O design de exibições culturais está também intrinsecamente ligado à criação de percursos e planeamento espacial.

Este relatório trata particularmente o design em eventos e exibições comer-

ciais, nomeadamente em feiras, pois os projectos desenvolvidos inserem-se

mais dentro deste tópico, num espaço específico, o da Feira Internacional de Lisboa. A tese focaliza naturalmente o caso português, prosseguir uma investigação intervencionista através de um estágio numa outra região em outra parte do mundo, trará ao investigador novos momentos de apren-

dizagem lidando com diferentes projectos e metodologias, em locais que poderão ser potencialmente mais inventivos que recorram a mais tecnologias e técnicas de ponta, como é o caso das feiras na Alemanha e Estados Unidos. Por último, podemos recomendar a avaliação das propriedades multimédia, da luz, som e filme em design de exibições e a sua capacidade interactiva e imersiva em ambientes e espaços. Estas áreas trazem novas ex-

periências sensoriais ao visitante e mais momentos de comunicação por diferentes meios.

6. CONCLUSÃO 305



7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIP. 1999. 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Associação Industrial Portuguesa. Lisboa: CCI/ Camara de Comércio e Industria. ALIMENTARIA. Visitar. [Online] Disponível em: http://alimentariahorexpo. fil.pt/porque-deve-visitar/ Consult. 15 Novembro 2015) ALMEIDA, A. 2010. Contributos do Design de Comunicação para a construção da identidade de um espaço: Exemplos contemporâneos em Portugal, Tese de Mestrado, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa. CABIDO, S. 2014. Design de Comunicação e a sua importância na organização de eventos: Estágio na Leading, Tese de Mestrado, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa. ERLHOFF, M. & MARSHALL, T. 2008. Design Dictionary: Perspectives on Design Terminology, Berlim: Birkhäuser. FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA. Boas razões para participar em feiras. [Online] Disponível em: http://www.fil.pt/irj/portal/fil?NavigationTarget=navurl://6b90192c034de755ff419b82ae8c9115 (Consult. 23 Novembro 2015) FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA. Historial. [Online] Disponível em: http://www.fil.pt/irj/portal/fil?NavigationTarget=navurl://0a68cdaffa713e5cff3bd02d8c510fb6 (Consult. 4 Novembro 2015) FESTIVAL IN. 2015. Brochura Festival In - Inovação e Criatividade, Lisboa: Feira Internacional de Lisboa. [Online] Disponível em: http://www.festivalin.pt/material-grafico/ (Consult. 2 Agosto 2015) FRAGOSO, M. 2012. Design Gráfico em Portugal: Formas e expressões da cultura visual do século XX, . Lisboa: Livros Horizonte. FRASCARA, J. 2004. Communication Design: Principles, Methods and Practice, New York: Allworth Press. HOLLIS, R. 2001. Design Gráfico: Uma História Concisa, São Paulo: Martins Fontes Editora. HUGHES, P. 2010. Exhibition Design. London: Laurence King Publishing

7. BIBLIOGRAFIA 307


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7.2 BIBLIOGRAFIA 7.2.1 LIVROS E TESES ALMEIDA, A. 2010. Contributos do Design de Comunicação para a construção da identidade de um espaço: Exemplos contemporâneos em Portugal, Tese de Mestrado, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa. AIP. 1999. 1960-1999 Cartazes Feira Internacional de Lisboa Associação Industrial Portuguesa. Lisboa: CCI/ Camara de Comércio e Industria. AIREY, D. 2015. Logo Design Love: A Guide to Creating Iconic Brand Identities, Indianapolis: Peachpit Press. BARBOSA, C. 2012. Manual Prático de Produção Gráfica: para produtores gráficos, designers e directores de arte, Cascais: Princípia. CABRAL, T. 2014. Tipos de Sucesso: Tradição e Contemporaniedade no Design de Letras Portuguesas [1994-2012], Tese de Doutoramento, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa. CABIDO, S. 2014. Design de Comunicação e a sua importância na organização de eventos: Estágio na Leading, Tese de Mestrado, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa. ERLHOFF, M. & MARSHALL, T. 2008. Design Dictionary: Perspectives on Design Terminology, Berlim: Birkhäuser. FAUSTINO, R. 2014. Design de Comunicação como Estágio Curricular na empresa Label Brand Studio, Tese de Mestrado, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa. FRAGOSO, M. 2012. Design Gráfico em Portugal: Formas e expressões da cultura visual do século XX, . Lisboa: Livros Horizonte.

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7.2.2 BROCHURAS E ARTIGOS FESTIVAL IN. 2015. Brochura Festival In - Inovação e Criatividade, Lisboa: Feira Internacional de Lisboa. [Online] Disponível em: http://www.festivalin.pt/material-grafico/ (Consult. 2 Agosto 2015) FILDESIGN. 2014. Brochura FIL Design [Online] Disponível em: http://www. fildesign.pt/fildesign.html (Consult. 4 Fevereiro 2015) JUEVES. 2014. La nueva campaña de Andalucía mostrará una imagen innovadora y moderna en la que el viajero es protagonista. In La Informacion. 5 de Junho. [Online] Disponível em: http://noticias.lainformacion.com/ ciencia-y-tecnologia/botanica/la-nueva-campana-de-andalucia-mostrarauna-imagen-innovadora-y-moderna-en-la-que-el-viajero-es-protagonista_ QhJ8rrMKIrFr6vqXJ5r885/ (Consult. 15 Setembro 2015)

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7.2.3 WEBGRAFIA ACAP. Nauticampo e Motoshow regressam em 2015. . [Online] Disponível em: www.nauticapress.com/nauticampo-supera-expectativas-com-maisde-30-mil-visitantes/ (Consult. 6 Setembro 2015) AEP. 2015. FEIRA APAS 2015 – Associação Paulista de Supermercados. [Online] Disponível em: www.aeportugal.pt/Inicio.asp?Pagina=/ Aplicacoes/Noticias/Noticia&Codigo=18388 (Consult. 7 Julho 2015) AIGA. 2014. Century: 100 Years of Type in Design. [Online] Disponível em: www.aiga.org/century-exhibition/ (Consult. 28 Dezembro 2014) AIP. 2015. História AIP: Informação relevante sobre os momentos e factos mais marcantes da história da AIP [Online] Disponível em: www. aip.pt/?lang=pt&page=informacao_institucional/quemsomos_historia.jsp (Consult. 15 Novembro 2015) ALIMENTARIA. Feira. [Online] Disponível em: http://alimentariahorexpo. fil.pt/apresentacao/ (Consult. 15 Novembro 2015) ALIMENTARIA. Visitar. Online] Disponível em: http://alimentariahorexpo. fil.pt/porque-deve-visitar/ Consult. 15 Novembro 2015) ANDALUCIA. Home. [Online] Disponível em: www.andalucia.org. (Consult. 20 Setembro 2015) ANDALUCIA. World Travel Market. [Online] Disponível em: www.andalucia. org/fr/professionnel/world-travel-market/ (Consult. 20 Setembro 2015) BOLSA DE TURISMO DE LISBOA. Home. [Online] Disponível em: http://btl. fil.pt/ (Consult. 5 Março 2015) CONCEITO. Congresso. [Online] Disponível em: http://conceito.de/ congresso#ixzz3vp6s4fly (Consult. 12 Dezembro 2015) DAILY TONIC. Global Design Station by Row Studio. [Online] Disponível em: www.dailytonic.com/glocal-design-station-by-row-studio-mx/ (Consult. 13 Setembro 2015)

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316


7.2.4 ANEXOS ANEXO A| PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO ANEXO B| SINALÉTICA TIPO DAS FEIRAS FIL | NAUTICAMPO 2015 ANEXO C| CALENDÁRIO DE FEIRAS 2015 | AIP -FCE ANEXO D| CALENDÁRIO DE ACTIVIDADES INTERNACIONAIS 2015 ANEXO E| RECOMENDAÇÃO DE ESTÁGIO

7. BIBLIOGRAFIA 317



ANEXO A


ANEXO A


ANEXO B


ANEXO B


ANEXO C


MERCADO

TIPOLOGIA / DESIGNAÇÃO

SECTOR

DATA

MISSÕES DE PROSPECÇÃO EMIRADOS ARABES UNIDOS

FORUM EMPRESARIAL COMÉRCIO E INVESTIMENTO PORTUGAL - GOLFO PERSICO**

Multisectorial

Maio 15

GUINÉ EQUATORIAL

FORUM EMPRESARIAL COMÉRCIO E INVESTIMENTO PORTUGAL - CEMAC**

Multisectorial

Junho 15

SEMANAS EMPRESARIAIS SEMANA EMPRESARIAL MOÇAMBIQUE PORTUGAL*

Abr-15

MOÇAMBIQUE

INTERCASA CONCEPT MOÇAMBIQUE

Fileira casa

MOÇAMBIQUE

TEKTONICA MOÇAMBIQUE

Fileira construção

SEMANA EMPRESARIAL ANGOLA – PORTUGAL***

Out-15

ANGOLA

INTERCASA CONCEPT NA PROJECKTA BY CONSTROI ANGOLA

Fileira casa

ANGOLA

TEKTONICA NA PROJEKTA BY CONSTROI ANGOLA

Fileira construção

ANGOLA

MISSÃO EMPRESARIAL A BENGUELA – FILEIRA CASA E CONSTRUÇÃO

Fileira casa e Construção

PARTICIPAÇÃO EM FEIRAS ALEMANHA

IFAT ENTSORGA – WORLD’S LEADING TRADE FAIR FOR WATER, SEWAGE, WASTE AND RAW MATERIALS MANAGEMENT *

Água e Ambiente

FRANÇA

SALÃO IMOBILIÁRIO DE PORTUGAL EM PARIS ***

Imobiliário

Jun-15

BRASIL

APAS BRASIL*

Alimentação

Mai-15

BRASIL

SEMANA DO IMOBILIÁRIO PORTUGUÊS NO BRASIL***

Imobiliário

EUA

SUMMER FANCY FOOD SHOW*

Alimentação

Jun-15

ANGOLA

FEIRA INTERNACIONAL DE BENGUELA E MISSÃO DE PROSPECÇÃO À PROVÍNCIA DE LUANDA*

Multisectorial

Mai-15

ANGOLA

EDUCA ANGOLA***

Fileiras papelaria e educação

Novembro 15

CABO VERDE

FEIRA INTERNACIONAL DE CABO VERDE ***

Multisectorial

Novembro 15

MOÇAMBIQUE

FEIRA INTERNACIONAL DA EDUCAÇÃO**

CHINA

SHANGHAI OVERSEAS PROPERTY & INVESTMENT IMMIGRATION SHOW

Fileiras papel, educação, mobiliário e TIC Imobiliário

Maio/Junho 15

Setembro 15

Maio 15 Março 15

VISITAS DE COMPRADORES ESTRANGEIROS A LISBOA DIVERSOS

B2B - MOSTRA DE SOLUÇÕES PARA O SECTOR EDUCATIVO**

DIVERSOS

B2B - FILEIRA IMOBILIÁRIO, PROJECTOS E ARQUITECTURA***

DIVERSOS

B2B - FILEIRA AGRO-ALIMENTAR***

FORUM PORTUGAL EXPORTADOR (*)

Acções co-financiadas no âmbito do QREN - SI_PME - Projecto Conjunto nº 37.844

(**) Acções incluídas em sede de reformulação QREN - SI_PME - Projecto Conjunto nº 37.844 (***) Acções incluídas em sede de candidatura Portugal 2020 - SI_PME Aviso 1/SI/2014

ANEXO D

Fileiras papel, educação, mobiliário e TIC Fileira imobiliário Fileira agro-alimentar

Junho 15 Out-15 Novembro 15

19-Nov-15


ANEXO E


FERNANDO MOREIRA DA SILVA PROFESSOR CATEDRÁTICO DA FA |ULisboa

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE MARIA JOÃO DOS SANTOS MONTEIRO FORTE Mestrado em Design de Comunicação

Orientador:

Doutor Fernando Moreira da Silva, Professor Catedrático da FA/ULisboa

PARECER FINAL Na qualidade de Orientador, cumpre-nos emitir um parecer sobre a Dissertação que resultou da investigação de Mestrado em Design de Comunicação, de Maria João dos Santos Monteiro Forte, que tem estado a desenvolver na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, através de um Estágio Curricular de âmbito profissional, na FIL Design SA. O trabalho desenvolvido tem por título “Design de Comunicação e a sua Aplicação na Concepção e Construção de Eventos: Feiras, Stands e Projectos Globais”. Estamos perante um trabalho de estágio de qualidade que faz um cruzamento entre diversas áreas do Design, através de um Estágio ao nível do Design de Eventos. Trata-se de um trabalho que traz uma reflexão e um contributo para o conhecimento, consubstanciado num Relatório de Estágio que espelha qualidade investigativa e de trabalho profissional, apostando na contextualização teórica da temática (parte especulativa) e no desenvolvimento projetual de pequenos e grandes projectos na FIL Design (parte empírica). Tendo em consideração o atrás exposto, é nosso Parecer que o trabalho de mestrado de Maria João dos Santos Monteiro Forte se encontra concluído e capaz de se apresentar a Provas Públicas de Mestrado.

Lisboa, 14 de janeiro de 2016

Doutor Fernando José Carneiro Moreira da Silva Professor Catedrático

ANEXO F


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