Rock n' Heavy

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Conhece as principais notícias do mundo da música dos últimos tempos de artistas como jack white ou Tony Iommi

Concerto dos blasted mechanism ao vivo no teatro sá da bandeira

Reportagem fotográfica e entrevista com a banda o bisonte, no lançamento do novo álbum « mundos e fundos », que decorreru na casa do xiné

analógico vs digital, texto escrito por andré bettencourt, vocalista da banda adamantine. nesta crónica dá a sua opinião sobre a rivalidade entre a múcia nos suportes analógicos e nos digitais

Concerto no hard club que contou com as presenças de : larkin , reality slap , more than a thousand e devil in me

deviamos mesmo pagar pela música digital? É este o tema desta crónica, que mostra os prós e contras do tema

conhece mais acerca da banda skypho, a sua história, curiosidades e mais

Sabe quais os melhores álbuns que estam nas lojas,e próximos lançamentos, tanto nacionais como internacionias

entrevista com a banda alemã guano apes, que este ano marcaram presença no nosso país para apresentar o seu novo álbum

Vê quem é parecido com o flea, o ozzy osbourne ou o kirk hammet, entre outros


White Stripes: Jack White tem saudades da banda Numa altura em que se prepara para lançar o seu primeiro álbum a solo, Jack White disse, em entrevista ao «The New York Times», que tem saudades dos White Stripes. «[Se dependesse de mim], eu faria um disco dos White Stripes agora mesmo. Eu ficaria nos White Stripes até ao fim da minha vida», confessou o músico norte-americano. «Essa banda foi a coisa mais desafiante, importante e gratificante que alguma vez me aconteceu. Quem me dera que ainda existisse. É algo que eu realmente sinto muita falta», acrescentou. Jack White revelou que a separação dos White Stripes aconteceu pela falta de vontade da baterista Meg White em continuar com o projecto «Chegou uma altura em que eu lhe disse: "Se não vamos continuar a fazer isto, temos de pôr um ponto final imediatamente". E foi isso que ela quis fazer», explicou o músico, adiantando que nunca chegou a perceber as razões de Meg. «Terão de lhe perguntar. Não sei quais foram as razões dela. Quando tens uma conversa com a Meg nunca obténs respostas. Já foi sorte suficiente ela ter subido ao palco, por isso não me vou queixar.» O «The New York Times» tentou falar com Meg White sobre as declarações do seu ex-colega, mas a baterista recusou fazer quaisquer comentários. Os White Stripes anunciaram o fim da carreira em Fevereiro de 2011. Para trás ficaram seis álbuns de estúdio editados entre 1999 e 2007, o último dos quais intitulado «Icky Thump». «Blunderbuss» é o nome do disco de estreia de Jack White e está disponível desde dia 23 de Abril nas lojas. O álbum é composto por 13 temas, entre os quais se contam os singles «Love Interruption» e «Sixteen Saltines».

Rob Zombie, o Novo álbum será :« negro, pesado e estranho » Em entrevista com o Artist Direct, ROB ZOMBIE falou algo a mais sobre o novo álbum: "Desta vez, nós meio que fizemos um pacto que vamos fazer um disco pesado de propósito e manter esse objectivo. E assim tem sido". Até aí, sem grandes novidades, visto que peso sempre foi a praia de ZOMBIE, mas ele continua a explicar o conceito do trabalho. "Nós apenas queremos fazer um negro, pesado e estranho registo, e aderir a essa ideia. Então, as músicas que começarem a trilhar um caminho que não se encaixam nesses moldes, não serão ouvidas neste disco”. Espera-se que o novo registo de ROB ZOMBIE seja lançado ainda este ano.


Slash: Músico fala sobre os Guns n’ Roses à Rolling Stone Slash falou sobre a cerimónia de indução ao Rock And Roll Hall Of Fame em entrevista à Rolling Stone. Leiam algumas partes da entrevista:

Em algum momento pensas-te em não ir? De coração, gostaria que toda a formação original tivesse ido e tocado, embora soubesse que era muito difícil. Quando fomos anunciados como homenageados foi o que pensei, mas logo ficou claro que não aconteceria. Fiquei um pouco desiludido, mas comprometi-me a ir e ainda imaginava que Axl também estaria lá. Ha última da hora fiquei a saber que ele não ia. Decidimos que tocaríamos de qualquer maneira. Confesso que pensei em desistir, embora nunca o tenha dito publicamente. Mas foi apenas por um instante.

Em que momento vocês decidiram tocar? Literalmente dois dias antes da cerimonia. Quando Axl emitiu o comunicado estávamos no Golden Gods Awards. Eu e Duff nos reunimos e decidimos que iríamos tocar. Então ele sugeriu chamarmos Myles Kennedy. De início, achei que o próprio Duff cantaria, não tinha pensado nessa possibilidade. Falei com Myles, ele ficou apreensivo em ser colocado naquela posição. De início ele recusou, mas depois acabou por aceitar. Reunimo-nos na noite anterior, ensaiamos e fizemos a nossa parte. Steven Adler declarou que esta apresentação serviu como uma maneira de encerrar um capítulo. Sim, acho que para todos nós. Não tinha essa ilusão de os Guns N’ Roses se reunirem. Talvez num evento particular, mas não tinha esperanças nem confiança que fosse acontecer. Mas realmente, neste evento tudo foi esclarecido e senti como se fechasse um livro.

Black Sabbath: Tony Iommi encerra tratamento de quimioterapia O guitarrista dos Black Sabbath, Tony Iommi, anunciou através das suas redes sociais que encerrou o tratamento de quimioterapia contra o linfoma. A doença, ainda em estado inicial, foi diagnosticada pelos médicos do músico no mês de Janeiro. Apesar disso, Iommi revelou que uma nova etapa de tratamento de radioterapia deve ser cumprida – e que o processo deverá ser bem cansativo. Na nota, o guitarrista agradece os companheiros de banda pelo tempo que passaram com ele na Inglaterra para a gravação do décimo nono álbum de estúdio dos Sabbath. O último trabalho de Iommi com Ozzy Osbourne no comando do grupo é Never Say Die, de 1978. Recentemente, a banda foi obrigada a desmarcar as apresentações que haviam confirmado na Europa devido ao estado de saúde do músico, mas aos poucos os concertos devem ser remarcados. Ainda não se sabe, no entanto, se os Sabbath realmente voltarão com a formação original – já que o baterista, Bill Ward, não foi citado pelo guitarrista. Por motivos de contrato, Ward afirmou em fevereiro que ainda não tem uma posição definitiva sobre o assunto, mas que espera um final feliz.

Marshall: Criador dos famosos amplificadores morre aos 88 anos O criador dos famosos amplificadores Marshall, Jim Marshall, faleceu na quinta-feira dia 5 de Abril, aos 88 anos. A marca, fundada pelo empreendedor há 50 anos, é conhecida mundialmente até hoje e muita usada por músicos de peso. A informação foi confirmada no site do empresário e a causa da morte não foi divulgada. A nota, além de anunciar o falecimento do “pai do barulho” – como era conhecido -, diz que Jim Marshall foi um “homem lendário que levou uma vida plena e notável”. Estrelas do rock, como Jimi Hendrix e Kurt Cobain, usavam sempre os amplificadores Marshall. No fim do ano haverá uma festa para celebrar o meio século de existência da marca.


Os Blasted Mechanism estão de regresso aos palcos e com eles trazem um novo disco na bagagem. Blasted Generation é o nome do 8º álbum de originais, que sucede ao Mind At Large, lançado em 2009. Depois do concerto de apresentação na Aula Magna, os Blasted rumaram à invicta para mostrar o seu novo trabalho. O Teatro Sá da Bandeira serviu de palco para a festa de apresentação no passado dia 7 de Abril.



Como vem sendo habitual, novo disco significa nova metamorfose para Guitshu, Valdjiu, Ary, Syncron, Zymon e Winga. E desta vez, além de novos fatos e novas músicas, a banda trouxe também um novo palco, que permite que sejam projectadas imagens, que complementam a experiência Blasted Mechanism ao vivo. Com esta nova componente cénica, além de enriquecer ainda mais o aspecto visual do espectáculo, torna-se ainda mais fácil viajar pelo universo da banda.

Eram cerca das 23h, quando se ouviram os primeiros sons electrónicos do single que dá nome ao novo trabalho discográfico, Blasted Generation. Os novos fatos são pretos, acompanhados com desenhos vermelhos brilhantes. Na cabeça, “chapéus” novos, e desta vez com iluminação. Valdjiu, traz também um novo instrumento, a fazer lembrar a guitarra de Matthew Bellamy dos Muse. O TSB estava bem composto e o público que o preenchia mostrava-se conhecedor da nova música, entoando o refrão. Seguiu-se Are You Ready, como que a dar o mote para a festa. A última vez que os Blasted passaram pelo Porto, foi numa noite chuvosa da Queima das Fitas, há quase um ano. Guitshu, o vocalista, fez referência a esse facto, e disse que da última vez toda a gente tinha ficado molhada. Mas que nesta noite, gostaria que as pessoas saíssem do teatro igualmente molhadas. Seguiu-se Mystical Power, acompanhada por três músicas novas, Let Go, Bringing Light e Surrender, para depois regressar de novo ao passado. I Believe, arrancou os primeiros saltos de um público que até ao momento se mostrava um pouco tímido, no que toca a movimentos corporais. A partir daqui, cantar

e dançar tornou-se algo natural, como veio a comprovar a música Sun Goes Down, com um final protagonizado apenas pelas vozes do público e o baixo de Ary. Mais uma música, mais uma descarga de energia electrizante. Foi assim durante todo o concerto. As imagens projectadas no palco, dão toda uma nova dimensão às músicas. A disposição do palco, com Winga e Syncron no piso superior com as percussões, e os restantes elementos no piso inferior bem junto ao público, permite observar todos os elementos do grupo em acção. E eles são incansáveis a puxar pelo público, e este retribui de igual modo, ao som de Battle of Tribes, Come Closer e Destiny? Play and See. Start to Move, Blast Your Mind, e Blasted Empire são mais um incentivo para a dança, de tal modo que, parece que o chão do TSB não vai conseguir acompanhar o ritmo. Algo que se veio a comprovar mais tarde. Hold the Vision, é mais uma mostra do novo trabalho, enquanto Nazka prepara-nos para regressarmos aos primórdios dos Blasted, mais concretamente ao ano de 1998. A grande explosão surge com The Atom Bride Theme, um dos clássicos da banda. Quer no palco,

quer na assistência, transborda alegria e energia, de tal modo que o tema termina com um salto de Winga para o público, seguido de crowd surfing, para delírio dos fãs. Depois a banda retira-se, mas por pouco tempo, pois ainda ninguém se dá por satisfeito. No encore, mais uma faixa nova com How Beautiful. Segue-se, por ventura, o momento mais aguardado da noite com a música Karkov. Ninguém permanece estático após Guitshu gritar Nadabrovitchka. É simplesmente contagiante. Puxa para cima encerra o concerto, mais uma vez com a participação do público. Já em fase de agradecimentos e aplausos pela noite proporcionada ao longo de 20 músicas, as pessoas não se cansam de entoar a letra da música final, causando um agradecimento sincero por parte da banda. No final, o relógio marca 30 minutos depois da meia-noite, e apenas se vêem expressões de felicidade nas pessoas. E não é para menos, os Blasted Mechanism estão de volta e cheios de energia.




No passado dia 20 de Abril, a sala 2 do Hard Club encheu-se para receber o primeiro concerto da tour « Brothers in Arms » com três das mais imponentes bandas do nosso underground, no que diz respeito à cena mais « punk/hardcore », mais uma banda convidada. Com o concerto de hip-hop para beneficência a decorrer na sala ao lado estando também bastante concorrido, a noite prometia ser bastante animada no antigo mercado Ferreira Borges.

Os Larkin, a banda convidada tiveram as honras de abrir as hostilidades nesta noite, proferindo previamente uns poemas com uma boa dose de humor. A sala ainda estava a meio gás, mas a banda de Viana do Castelo foi aquecendo o público presente com o seu punk/rock mais alternativo e repleto de várias linhas melódicas.

De seguida entraram em cena os Reality Slap com o seu hardcore bem mais rasgado. Um concerto curto, porém bastante caótico. Com um som mais agressivo, os Reality Slap conseguiram puxar do público bastante mais movimento, com os primeiros stage dives e um circle pit bem mexido. Perto do final da sua atuação, Poli, o vocalista de Devil in Me surgiu em palco para cantar uma música em conjunto com os restantes.

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Os More Than a Thousand são uma banda já com vários anos e experiência de estrada, com bastantes concertos na sua bagagem. Essa experiência ficou comprovada em palco, mostrando que a banda atingiu já um som bastante coeso, com uma simbiose interessante entre ritmos pesados e agressivos, contrastando com linhas vocais mais melódicas. A banda tocou temas dos vários registos da sua carreira, desvendando também um pouco do que os fãs poderão contar com o próximo álbum que se encontram atualmente a desenvolver. O público, cuja grande parte do mesmo era fã da banda, correspondeu da melhor forma à atuação em palco, com bastante stage dive, invasões de palco com os fãs a quererem acompanhar Vasco Ramos a cantar os refrões, e até uma wall of death, a pedido da banda. Um gesto bonito foi quando os More Than a Thousand pediram a um fã do público para vir tocar a “Walking on the Devil’s Trail” na guitarra. O jovem Ezequiel, tendo mencionado anteriormente que sabia tocar bem essa música na guitarra, foi desafiado pela banda para a tocar de surpresa, tendo-se saído bem.


O encerramento da noite, e do primeiro concerto da “Brothers in Arms” tour coube à banda de punk/hardcore Devil In Me. A banda, tal como os More Than a Thousand são das bandas nacionais dentro do seu género musical com mais experiência internacional, tendo já tocado ao lado de grandes bandas estrangeiras do estilo. E também, tal como a banda anterior, os Devil In Me deram um bom concerto e conseguiram arrancar do público bastante apoio, que mais uma vez foram incansáveis a apoiar a banda e provocar o caos perto do palco. Curioso que para além de hinos dos seus 3 álbuns, a banda aventurou-se também por passagens pelo reggae, com uma reduzida cover da “No Woman No Cry”, de Bob Marley. De resto, mais uma vez se afirma que os Devil In Me tiveram uma óptima prestação, com Poli bastante interventivo com o público, e uma bela descarga sonora que encerrou da melhor forma a noite “hardcore” do Hard Club.


são uma banda de Albergaria-a-Velha que se está a afirmar no panorama musical nacional.caracterizam-se pelo seu som exprimental que alia o Metal a outros estilos musicais, e fazem com que a banda tenha um som alternativo e único. Lançaram recentemente « Same Old Sin », primeiro album de estúdio, e o seu sucesso, é, de certa forma, um pequeno prémio pela evolução na sonoridade e qualidade da banda. A banda é composta por Carlos Tavares (Vocalista \ Guitarra acústica),Zé Manel(Guitarra),Hugo Sousa (Guitarra) Ricardo Fontoura (Bateria), Hugo Oliveira (Percussões), Ricardo Aguiar (Baixo).

Os Skypho começaram à doze anos atrás, vivia-se o ano de 2000, e nessa altura o som da banda era influenciado pelo Grunge de Seattle. Em 2004 surgiram algumas alterações na formação da banda o que marcariam de uma forma radical a sua sonoridade. Com estes novos elementos a banda começou a explorar novas sonoridades, mais agressivas, mas sempre mantendo o conceito sonoro. Foi também nesta altura que se gravou o demo CD "Hidden faces" que começou a levar o nome Skypho para fora da cidade de Aveiro. Em 2007 com a gravação do EP "Nowhere Neverland" no "Unkle Rock Studio" no Porto a banda assumiu um som próprio onde não impôs limites à fusão com outros géneros musicais tais como, (ska, funk, world music...). Com este trabalho o nome Sypho foi mais além, com concertos por todo o país, uma mini tour em Dublin (Irlanda) e críticas em revistas

e sites espalhados um pouco por todo o planeta. Com este trabalho a banda realizou a seu 1º videoclip para o tema "My Insomnia" e foi também por esta altura que houve a estreia televisiva no programa "Aquário" no Porto Canal. No final da tour "Nowhere Neverland" os Skypho regressaram a estúdio para gravar o seu primeiro álbum. O objectivo era fazer um disco ambicioso, mas ao mesmo tempo honesto, tentando fazer com que a técnica e as fusões não limitassem aquilo que era a intenção principal: a música. O álbum voltou a ser gravado no "Unkle Rock Studio" no Porto e masterizado pelo conceituado produtor Jens Bogren, que trabalhou com nomes como Opeth, Katatonia, Paradise Lost,... nos estúdios "Fascination Street" na Suécia. Em Setembro de 2011 o primeiro álbum dos Skypho, "Same Old Sin" via a luz do dia, este seria o marco mais importante

da carreira, com participações especiais de Osga (Homens da Luta), Diana Costa (Ushiva) e o grupo de samba Unidos da Vila. Neste registo pode-se dizer que a sonoridade se tornou ainda mais experimental, o Rock / Metal funde-se com inúmeros estilos musicais fazendo do som de Skypho algo único. A banda começa a ter um histórico de actuações rico e variado, contando com a partilha do palco com bandas como Moonspell, W.A.K.O, Anger, Blasted Mechanism, entre outras. Neste momento a banda anda na estrada com a “S.O.S. Tour” a promover este trabalho e prepara a apresentação de um vídeoclip para o seu primeiro single “Your love, my cage, my prison, my rage” brevemente.


Skypho nasceu numa pesquisa de arte grega, feita quando foi necessário encontrar um nome para a banda. Skypho vem do nome “skyphoi” (plural skyphos), que eram taças sem pé onde nelas eram pintadas batalhas de deuses contra lobos e algumas retratavam orgias de deuses com humanos. O nome foi escolhido por a bandar achar interessante a simplicidade e sonoridade do nome e pelo seu conceito.

14/07/2001 - Colinas Bar (Albergaria-a-Velha) - Primeira final de um concurso de bandas 06/11/2003 - Covilhã - Recepção ao Caloiro 23/04/2005 - Albergaria-a-Velha - Comemoração do 5º aniversário da banda 05 /2005 - Dois concertos em Dublin (Irlanda) 10/05/2005 - Guarda - Semana Académica 01/10/2005 - Manteigas - Concurso da bandas Radicool – ganhamos 0 1º Lugar 22/10/2005 - Covilhã - Recepção ao caloiro 03/11/2005 - Guarda - Recepção ao caloiro 06/04/2006 - Castelo Branco - Semana académica 03/05/2006 - Aveiro - Semana académica 04/05/2006 - Time-Out Café (Ovar) - Lançamento EP "Nowhere Neverland" 12/09/2009 - Lamego amostra de música moderna 15/10/2011 - Albergaria-a-Velha - Lançamento do album "Same Old Sin"



O reencontro dos Guano Apes com o público português estava marcado para Novembro de 2011, mas uma lesão vitimou a vocalista levando ao cancelamento dos concertos. Ultrapassado o problema, a banda alemã regressou a Portugal no mês de Fevereiro, para promover o álbum “Bel Air”, que dizem ser mais leve que os trabalhos anteriores. Com alguma descontracção à mistura, Sandra Nasic fala do álbum e recorda as passagens do grupo pelo nosso país.

Passaram oito anos desde “Walking On a Thin Line”. Em 2010 os Guano Apes regressaram com “Bel Air”. Quais as diferenças deste álbum em relação aos anteriores? Este álbum soa mais leve e os temas estão mais orientados. Não queríamos copiar o que fizemos anteriormente, pois isso seria aborrecido para nós. Mantivemos a mesma energia, mas deixamos os temas respirar. Aliás, esta é também a razão pela qual escolhemos o título “Bel Air”, retirado de “Oh What A Night”.

Como decorreu a produção de “Bel Air”? Trabalhamos em conjunto, mas também em separado para combinarmos as nossas ideias mais tarde. As minhas letras estavam quase concluídas, quando me juntei à banda em Hamburgo, onde nos concentramos todos com o nosso produtor, John Schuman. Ele deu-nos um ponto de vista diferente em alguns temas. Após termos finalizado a produção, eu fui para estúdio gravar e ficamos mesmo contentes com o resultado. Depois trabalhamos com outros técnicos dos EUA, que também fizeram um ótimo trabalho.

O novo álbum tem sido bem recebido pelos fãs? Sim. Quando olho para o público nos nossos concertos, vejo muitas caras sorridentes. Penso que até agora a tour tem corrido muito bem. Estou surpreendida com a reação da audiência, mas verdade seja dita: não podemos agradar a todos.

Durante algum tempo os Guano Apes estiveram separados. O que vos trouxe de volta à música? O nosso baixista Stefan estava muito aborrecido. Por isso fartou-se de chatear todos os elementos da banda, até nos reunirmos novamente.

A vossa banda é reconhecida um pouco por toda a parte. O que falta ainda alcançar? Tem mais a ver com dar o nosso melhor. Mas deixa-me pensar: eu também gostaria de estudar ciência, ou tirar a licença de piloto e navegar num velho navio carregado de garrafas de vinho tinto por abrir.

Os Guano Apes e os Scorpions são provavelmente as duas bandas alemãs mais famosas. Quer sugerir mais algum grupo proveniente da Alemanha? Sim, pois há imensas bandas alemãs com qualidade. Por exemplo: Peter Fox, Beatsteaks, Deichkind, Bonaparte, Mia, entre outras.

Já tocaram diversas vezes em Portugal. Guarda alguma recordação especial desses concertos? Sim, bastantes! Há sempre um sentimento especial quando tocamos perante os fãs portugueses. Gostamos particularmente de atuar no Coliseu e nas Festas Académicas (onde nos surpreenderam com algumas ações flashmob).

Devido à sua lesão, as datas dos concertos em Lisboa e no Porto foram adiadas para fevereiro. Está ansiosa pelo reencontro com o público português? Sim e felizmente a minha lesão está curada. Tenho de aquecer a voz antes de entrar em palco, por vezes esqueço-me que atuar é como praticar desporto.


O Bisonte, banda de Rock com dois anos de existência, acabaram de lançar seu segundo albúm. Depois do álbum de estreia, Ala , O Bisonte lança Mundos e Fundos , disco que apresentaram na Casa Do Chiné, à semelhança do primeiro lançamento, este local foi o escolhido para apresentar ao público, em forma de concerto, o seu novo trabalho. A Rock n’ Heavy esteve presente neste concerto, e teve a oportunidade de entrevistar o vocalista Davide Lobão e o guitarrista João Carvalho.



O que move o bisonte? João : É a vontade de fazer alguma coisa boa, mudar aquilo que nós achamos que está mal, principalmente a passividade das pessoas perante tudo o que está menos bem, e enfim, um bocado o anticonformismo , grande parte do O Bisonte é isso. Começam a aparecer também outras facetas um bocado mais estranhas que nós ainda não sabemos identificar muito bem, mas até agora, uma grande parte do Bisonte é mesmo isso, viver contra o conformismo. Davide : Acima de tudo nós somos, todos nós, somos bichos sociais, e enquanto bichos sociais movemo-nos nos nossos meios e tentamos que não haja, tentamos pelo menos, fazer alguma diferença em relação à apatia que as pessoas tem. Nós sabemos que em Portugal as coisas são como são, e podem continuar a tirar-nos tudo e mais alguma coisa, e as pessoas ficam do género :« …enquanto eu tiver o meu bocadinho, chega-me.», e nós aqui, como temos o privilégio de saber, eventualmente (risos), fazer música e conseguir transmitir essa arte às pessoas, tentamos marcar alguma diferença, e que as pessoas sintam realmente qualquer coisa diferente quando ouvem a nossa música.

Porquê a Casa do chiné ? Davide : Isso é fácil, o Gualter, o nosso baterista, pertence a um grupo de teatro , e eles ensaiam aqui. Quando nós conhecemos isto, ainda não estava assim, ainda vai melhorar mais, ainda era cimento o chão e as paredes ainda estavam em pedra. E na altura que falamos em gravar o primeiro disco, ele disse « Tenho um espaço, que aquilo tem tratamento acústico, era para ser um auditório…» e nós paramos cá para gravar, e a primeira vez que cá viemos apaixonamo-nos logo por isto, e então, a apresentação do segundo disco, só fazia sentido ser aqui.

Que palavra usavam para descrever o início da tour? Davide: Memorável (risos) João : Sim e cansativo também (risos). Sim porque a única coisa que está la dentro, que é daqui da casa do Xiné são o chão e as paredes, tudo o resto fomos nós a montar, desde palco, PA, cabos, enfim… foram três dias de trabalho até às 3 da madrugada, mas depois desta uma hora e vinte de concerto, acho que valeu tudo a pena. Alias isso foi uma das partes que nos seduziu, foi mesmo o facto de ser um risco, não só por sermos nós a tratar de toda a promoção, mas também o facto da Casa do Xiné ser aqui na Quintandona, num sítio tão remoto. Aliás quem sugeriu até foi aqui o Davide, para fazermos na Casa do Xiné, e nós :« Ui, mas isso ninguém lá vai parar..», mas ao fim duns segundos pensamos que se calhar até era engraçado por causa disso, «Vamos ver como corre », foi o que pensamos. Davide : E se as pessoas realmente… é que as pessoas que aqui estiveram, foram as que realmente quiseram estar aqui, a nós pouco nos interessa , vá não é não nos interessa, sejamos sinceros, se calhar tocar numa queima das fitas ou toca num festival tipo Alive, para milhares e milhares de pessoas, há-de ser uma experiencia excepcional , nós não temos essa experiencia, mas dessas pessoas, se calhar conquistamos no máximo tantas como as que estiveram aqui hoje, nesse dia de concerto. E entre receber um cachê para lá ir ou as despesas ou não receber para ir lá para ter essa oportunidade e poder ter a oportunidade de estar num sítio como este, e como vocês viram, toda a gente está com os braços no ar e tar uns não sei quantos de tronco nu e a vibrar com a música desta maneira, isto não tem preço, e enquanto nós tivermos isto, temos o combustível suficiente para continuar até ao fim dos nossos dias.

Quais as expectativas com o novo disco « Mundos e Fundos » ? João : Estamos mesmo muito curiosos para ver a reacção ao novo álbum, porque nós já com o álbum Ala, tocamos em quase todos os sítios em que vamos agora tocar uma segunda vez, e, em alguns deles houve uma reacção mesmo muito boa, havia pessoas que já sabiam as músicas, inclusive, o que para nós foi a melhor coisa do mundo. Ver pessoal em Alcobaça, Montijo, nós a tocar e eles já a cantar as músicas e nós pensamos que era das melhores coisas no mundo. E agora, segundo cd, claro que estamos expectantes e curiosos mesmo, para ver se isto vai continuar a crescer ou se vai ficar por aqui, não sei… De facto, esta expectativa é boa, eu pessoalmente gosto e penso que todos gostamos, estamos muito curiosos de ver onde é que isto vai parar, ou seja « Venham eles, depois vemos..»


Quais são as expectativas d’O Bisonte? João : Promete Mundos e Fundos Davide : Mundos e Fundos, nós não prometemos, a questão é que nós andamos à volta de uma ideia que se explora se calhar duma maneira demasiado exaustiva, no meio politico, numa sociedade que nós vivemos actualmente, toda a gente promete, toda a gente oferece, ligam-te para casa e dizem que ganhaste uma viagem, recebes um e-mail a dizer que ganhaste não sei o que, e isto é tudo uma brincadeira em torno disso, associada ao relacionamento diário que nós temos com as pessoas. E nós queremos andar à volta dessa ideia, porque essa ideia passa por tudo, passa desde a forma como a sociedade está instituída num capitalismo em que há uma moeda de troca para tudo, até à forma como nos comportamos nas relações hoje em dia, que nós estamos sempre a dever alguma coisa à pessoa com quem estamos ou essa pessoa está-nos a dever alguma coisa a nós, mesmo que nós achemos que a nossa relação é o mais puro possível, nós brincamos, tentamos andar à volta destas ideias todas , umas vezes duma forma leve, outras vezes duma forma extremamente agressiva e outras vezes duma forma introspectiva com várias camadas a puxar as mais diversas situações, daí, o que promete Mundos e Fundos é…mais uma provocação, porque nós gostamos de ser provocatórios sempre. (risos)

Acham que enquanto manada nada é impossível ? João : O que se passou aqui hoje é uma prova, ou melhor, a maior prova disso tudo, porque esta produção só foi possível porque temos essa manada, esse grupo de amigos e de apoiantes d’O Bisonte , que nem pestaneja quando nós dizemos que é preciso alguma coisa, quer dizer nós nem pedimos eles é que vem sempre com ideias, a excursão que veio para aqui não foi ideia nossa, o material que era preciso carregar e montar, tudo, mesmo as filmagens são feitas por esse grupo de amigos que apoia O Bisonte, é a tal manada que já referimos várias vezes, e, muito sinceramente se não fosse essa manada, O Bisonte não era nem metade daquilo que é agora.


crónica

A convite da Rock n’ Heavy, André Bettencourt, vocalista da banda de Trash Metal, ADAMANTINE, escreve sobre a rivalidade que continua a existir entre os suportes físicos das músicas, como é o caso de CD’s, cassetes e Vinis, e as músicas que são tiradas legal ou ilegalmente da internet.

Sou um amante da música desde que me lembro de existir. Cedo me proclamei um grandeentusiasta nas lides artísticas. Hoje o sentimento perdura e embora menos sonhador ecom os pés mais assentes na terra, a minha arte continua dessociável da minha pessoa. Formei-me na escola Artística Antonio Arroio onde dei largas á criatividade na área do desenho, actividade que ainda hoje pratico. Sou admirador de variados estilos de pintura e artes visuais. Já trabalhei em vários sectores ligados ao som ao vivo e em estúdio. Adoro fotografia e estudei cinema no Conservatório Nacional. No entanto, de entre todas estas actividades, nenhuma me satisfaz tanto como criar música e executá-la. Descobri a guitarra aos 14 anos e canto (bem ou mal), desde pequenino no banco de trás do carro em viagens longas de família, pelo que poderão imaginar as horas de treino e o sofrimento dos meus pais. Hoje considero que a música

e a minha arte são sem duvida uma das maiores prioridades na minha vida. Mas em tudo existe sacrífico, dor e alguma frustração. Ser artista ou músico neste caso, exige na minha visão uma troca entre o criador e receptor. Se a arte não chegar até ao receptor, aquele que vê, escuta e

Hoje considero que a música e a minha arte são sem duvida uma das maiores prioridades na minha vida. Mas em tudo existe sacríficio, dor e alguma frustração. sente então a arte não faz qualquer sentido. Quando faço música, faço-a para mim e para os outros. Desejo que ela seja escutada, interpretada e partilhada tornando-se parte da vida de quem a escuta. Experiencio novamente na primeira pessoa as dificuldades no processo

de fazer chegar a minha arte ao público. No renascimento os artistas recorriam ao mecenato, senhores de posses que patrocinavam a arte. Nos anos 20 com a industrialização do blues e jazz para as massas, a venda de discos tornou-se comum juntamente com o “airplay” tornando-se numa forma de sustento para as editoras e músicos. Hoje, com a uma indústria tudo menos funcional, em que não se vendem discos suficientes para cobrir os custos da produção, o jovem músico encontra-se sozinho e sem ninguém que invista nele, restando duas soluções: Fazer música apenas para si comprometendo o objectivo da arte; Pagar do seu bolso através de grandes sacrifícios, aliado de uma extrema força de vontade para que a sua arte seja apreciada publicamente e tenha pleno sentido. Pagar para existir. Nunca o artista se sentiu tão ultrajado. É este o assunto da crónica de hoje. O estado em que a industria discográfica



crónica

se encontra e as consequências que poderão advir para o comum artista. Depois de ler e reler inúmeras opiniões e notícias sobre a S.O.P.A, A.C.T.A e outros nomes insólitos e bizarros a minha posição mantém-se: A liberdade do cidadão nunca poderá estar em risco e de qualquer forma, nenhuma destas “iniciativas” teria futuro na Era digital por serem inexequíveis. No entanto, fez-me repensar no velho assunto chamado – Download Ilegal. É somente nesse ponto que me quero expressar nesta crónica. Na verdade, o já adolescente Download não foi o único culpado pelo nosso estado actual e antes dele, existiram outras formas de pirataria. Sempre me declarei um apoiante do Download e das duas potencialidades para chegar a novos ouvintes por todo o mundo. O

problema está no ser humano e no abuso das oportunidades inerentes á nossa raça. Não sabemos o que é equilíbrio e queremos sempre tudo. O primeiro disco de Metal que ouvi na minha vida com 8 anos de idade, foi na verdade a

Não existe sensação idêntica e certamente para mim o digital não possuí um décimo da magia partir de uma cassete pirata da minha irmã mais velha com a gravação do Kings of Metal dos Manowar. Seguiu-se o Black Album de Metallica, Iron Maiden e Sepultura. Tal como milhões de adolescentes, eu descobri o Metal e muitas bandas que ainda hoje sou fan através

de gravações piratas e ilegais que se fizeram chegar até mim. No entanto, por gostar tanto da música que descobrira e por ser imprescindível ao meu ser, decidi comprar todos estes discos originais. Azucrinava a paciência a minha irmã e lá ia eu todo contente com ela, uma vez por mês comprar um disco novo. A espera pela novidade e o ritual, tornaram-se algo semelhante ao Natal, mas multiplicado. Embora a era digital me tenha estragado um pouco este ritual com os seus “spoilers” ainda hoje prefiro ir a uma loja procurar novidades ou comprar um disco, abrir a embalagem e cheirar o seu interior, ouvir o CD na minha aparelhagem, enquanto leio as letras no booklet e inspecciono todas as ínfimas letrinhas inscritas. Não existe sensação idêntica e certamente para mim o digital


não possuí um décimo da magia. Apoio totalmente a venda de música nos meios digitais e aceito a sua importância e acessibilidade. Mas para que serve comprar um filme a metade ou uma tela por acabar? Não é a arte na seu esplendor máximo nem a intenção primária do criador. A música vive de todos os sentidos. O tacto e o olfacto inerentes ao disco. A visão aliada ao som numa experiência única ao vivo. Toda uma panóplia de sentidos estéticos. Qualquer pessoa paga para ver um filme no cinema ou uma peça de Teatro. No entanto, na sua grande maioria com os facilitismos do Download e a vasta oferta musical, o

Mas o mundo não é perfeito e obviamente que muitas pessoas no mundo continuarão a não querer saber da arte alheia, pura e simplesmente porque está á mão de semear e porque não existem penalizações concretas grande público não paga pela arte mais consumida a nível mundial – A música. Qualquer pessoa ouve música nem que seja uma vez por dia, seja em casa, no carro, na rádio, na internet, no telemóvel ou na televisão. Será exagero então considerar que a música de entre todas as artes é aquela com mais aptidão para ser um bem de primeira necessidade? Será a música imprescindível? O que faríamos se a industria chegasse a um tal ponto de ruptura em que os músicos fossem obrigados a cessar a sua existência, a oferta e variedade para além dos artísticos mainstream passa-se a ser nula e a arte musical empobrecesse? – Pergunto-me todos os dias. A solução para o problema não é re-

criminar a nova geração que em maior escala pratica o Download Ilegal, nem tentar acabar com o dito, aplicando práticas extremistas de controlo, agredindo a privacidade e liberdade do comum cidadão. A solução está em reeducar a moldar mentalidades. Entendo, que seja difícil para uma geração que nasceu com a música grátis, abdicar de tal luxo e imaginar sequer, que não podem ouvir as músicas de que gostam no You Tube ou partilhá-las com os seus amigos pela Web. Contudo, é muito importante sensibilizar as pessoas quanto as consequências dos seus actos. O Download Ilegal é crime. É um facto. É como roubar um grade de cervejas num supermercado ou uma peça de roupa numa loja. Por vezes os preços são idênticos á música o que torna tudo ainda mais irónico. Eu não pratico crimes é contra os meus princípios. Oiço musica na Web em sites autorizados pela banda ou simplesmente uso a internet para descobrir novas bandas. Daquelas que realmente gosto, compro os CDs como sempre fiz. Existem várias formas de utilizar a Internet como base de conhecimento sem prejudicar directamente as bandas. Mas o mundo não é perfeito e obviamente que muitas pessoas no mundo continuarão a não querer saber da arte alheia, pura e simplesmente porque está á mão de semear e porque não existem penalizações concretas. O professor Rebelo de Sousa diria: “O Download Ilegal é crime?” “È”, “Mas pode-se fazer?” “Pode!” “O que é que acontece se eu fizer?” “Nada!” É importante que as pessoas percebam que a música de qualidade exige custos que cada vez mais são suportados pelos próprios artistas á excepção de grandes nomes. Estúdios, equipamentos de gravação, manutenção, técnicos,

artwork, instrumentos, publicidade e uma lista enorme de coisas que as pessoas nem sonham serem precisas para manter uma banda e que elevam a conta a números altíssimos. Quando comprarem um CD a uma banda média ou pequena, lembrem-se que estão a pagar pela oportunidade de levar a música para casa, de pertenceram á historia da banda e de garantirem em primeira mão que a banda continuará a existir. O preço pago por um CD actualmente vai unicamente para pagar a fábrica e a reprodução, distribuição, estúdio e por aí adiante, em que o artista pouco ou nada recebe de retorno em vários casos.

A música vive de todos os sentidos. O tacto e o olfacto inerentes ao disco. A visão aliada ao som numa experiência única ao vivo. Toda uma panóplia de sentidos estéticos Com um novo disco de ADAMANTINE a chegar em breve, continuo com esperança na geração mais jovem e a acreditar que é possível manter viva a qualidade musical, dentro do género que tanto gostamos. As pessoas irão perceber de que é necessário chegar a um acordo que mantenha o equilíbrio. A internet deve continuar a existir como um meio de publicidade e conhecimento, mas a responsabilidade e civismo de cada um deve actuar levando o ouvinte a apoiar e comprar os CDs das bandas que gosta, sejam internacionais ou nacionais, simplesmente porque são dignos e merecedores de pertencerem á sua colecção e porque o seu contributo fará com que o artista possa existir e continuar a fazer música por muito mais tempo.



Vocês já sacaram músicas pela internet? Entram em serviços de streaming com frequência? Se sim, então provavelmente vocês devem apoiar a ideia de que a música digital deveria ser distribuída de maneira gratuita. Mas gravadoras e muitos artistas dizem que isso é pirataria e fere directamente as leis de direitos autorais – muito defendidas por grande parte deles. Todos os lados possuem argumentos válidos e que devem ser levados em consideração. Vocês estão curiosos para conhecer um pouco mais sobre essa polemica? Então leiam alguns dos principais pontos defendidos por quem acha que a música deveria ser gratuita e também por quem é contra a distribuição dessa forma.

Por que cobrar pelas músicas? Qualquer artista ou outro profissional ligado à música sabe dizer exactamente por que é necessário (de alguma forma) cobrar pelas músicas. A gravação de um disco envolve muito mais do que o talento dos músicos e cantores. Afinal de contas, são equipamentos e softwares de captura que precisam ser comprados e o trabalho de muitas pessoas que também precisa ser pago. Compor uma canção requere tempo que poderia ser investido em outras actividades – em economia, é o chamado “custo de oportunidade” –, além do fato de que os produtores precisam de ser pagos pelo seu trabalho. Depois disso, ainda existe o custo de fotógrafos e artistas gráficos para as capas e também gravação e impressão de mídias. No caso da música digital, gravação e impressão podem ser dispensadas, mas a parte da fotografia é igualmente necessária para a promoção. Em suma, para a imensa maioria dos artistas, a música não é um hobby, mas sim uma profissão que envolve muitos investimentos. Receber um retorno por isso não seria errado.

Todos os anos, as gravadoras perdem uma grande quantidade de dinheiro devido aos dois principais fluxos extra-oficiais de distribuição de música: venda de produtos piratas e downloads ilegais. Com o número de discos vendidos a ser reduzido em todo o mundo, muitos funcionários começaram a ser demitidos da indústria fonográfica.

Concertos mais caros para cobrir gastos Outro ponto que algumas pessoas defendem é relacionado ao fato de os concertos estarem cada vez mais caros, porque as gravadoras os utilizam para cobrir rombos orçamentários gerados pela pirataria. O site Digital Music News diz que a relação até existe, mas com a música isso é repassado de uma maneira menos correta. Enquanto os filmes realmente perdem dinheiro para a pirataria – visto que muitas pessoas substituem o cinema pelas cópias piratas –, a música não deveria ter sido tão influenciada, pois o público que vai ao concerto já está a pagar pelo trabalho do artista.

Por que elas deveriam ser gratuitas? O músico Leoni (que tocou com Cazuza e também na banda Kid Abelha, além de seguir uma carreira a solo de sucesso há muitos anos) afirma que, actualmente, a música digital significa o mesmo que representava o rádio há algumas décadas. Muitos achavam que ninguém compraria discos se pudessem ouvir as canções pelas emissoras de rádio, mas a verdade é que as estações se tornaram grandes divulgadoras dos trabalhos. Leoni fez parte do movimento Música Para Baixar, que defende a distribuição de cultura de uma maneira menos financeira. Para ele, a música digital também precisa de ser encarada dessa forma, pois pode ser uma óptima ferramenta de divulgação – principalmente para músicos iniciantes.


Quem recebe não é o artista Vocês sabem quem mais ganha dinheiro com a venda de discos? A gravadora. A parcela de ganhos dos artistas é bastante baixa. Dependendo do contrato assinado, o lucro pode ser inferior a um dólar por disco vendido. Muitos fãs da música independente são enfáticos ao protestar contra a indústria fonográfica, dizendo que ela apenas explora o talento alheio.

Música gratuita também gera dinheiro Existem diversas formas de monetizar a música gratuita. O YouTube, por exemplo, possui diversos canais Vevo para músicas por streaming. As gravadoras recebem dinheiro do serviço para isso, sendo que os recursos são provenientes dos anúncios envolvidos no vídeo. O Grooveshark fez o mesmo por um bom tempo, mas recentemente perdeu a parceria com a EMI – única gravadora que apoiava o serviço.

Pague se (e quanto) quiser Um novo modo de distribuição digital de músicas está a começar a ganhar espaço há alguns anos. Geridos pela ideia de que os consumidores devem pagar apenas o quanto (e se) quiserem, muitos artistas distribuem as suas canções pela internet e lucram com pagamentos que funcionam como doações. O grupo brasileiro O Teatro Mágico distribui as suas canções pelo serviço Trama Virtual, que não cobra pelos downloads. Ao mesmo tempo, os fãs podem comprar os discos físicos, por quantias que não ultrapassam os dez reais – O Teatro Mágico também faz parte do movimento Música para Baixar. Outra banda que pode ser citada é a Violins, também brasileira. Eles distribuem as músicas gratuitamente pelo site oficial em qualidade média, mas quem quiser pode pagar para baixá-las em qualidade mais alta ou então comprar o disco físico. Nesse caso, a edição gratuita funciona muito bem como uma divulgadora do trabalho. Um serviço que contribui bastante para o funcionamento deste sistema é o Bandcamp. Nele, artistas podem disponibilizar as suas músicas gratuitamente para download ou para streaming, podendo ainda cobrar para o download do disco completo. Cada artista decide a quantidade que quer cobrar pelo produto. É uma ideia excelente para qualquer artista em começo de carreira.



30 |04|11

Iptem Patquidii iae terem, mo consulis, publica; C. Ed conihic ienaturbist consimissis. Hem vit inte, quitusc isquonsules? Itre abusa sterfen atquam pos, nimis. Mae ne quam am ad di ingultudes ero, nirit. Ut quam dem, nonsi poraelu dervid conloc, omnit, fuemus, quam audena, Catumuroris. Atrae iamque dente, nonium de in senitritem poripic ienequiumeis oruni fachui fac omperum ium tum fuis, qua acchuce remerta strati, quam im noc ocum et perim hor ad Catum plis; non supiceri, utu vercerem ia esidervis, que nonerei consum, se quit dium eriora vividius. Otarem sil hostempra me omnihin terferis. Erit, tu ilic viventr emulla rena, quodiem es et entemov erarbiti, obula remurorunc oculvir ibusperivis; hocta iam tabeffreis, Cast? Lina, con pro, quam nonsum heberev ivatus? Ita moltus? quitebemed mod aperi probus pra, Cuperunum. Mis conlocam lic factum tam tem diena, pul hum publiam pulvid crehebena, ciis,Quis

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wandering through despair

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the ritual has begun

16 |08|11


same old sin

15 |10|11

Parum quidestes exereri debit fuga. Ut aceaquo offici anto berum quia volessit alisqui dioremp oratur? Liquunt as est quibero que pa dolor sitas inveliquaepe odistru ntoriam nulluptas sundit facerit reria cus cum, tecto tem non plaborit occusani quamuste solore, commodi dolorro temperu mquibus sin pliquis vel il inus si dolupta quidentiae aliquid quia commo dolenda ium sinus, sunti invelec ulparum simo to endam que velenda nos ellaceatur? Rorae cum volorepel min pedis nessum harciatiis mod moditae. Aquo dolest es eatiae landeseque si volorum a qui quist laborro ipsapiet aut quatate nonse sit qui officil in nulpa distium volore, sant atest facea veriost inus autesed ut modi od quiberiaspel min con repelicabo. Ecti blab ipsam sedi venihilit odiciant iur as nim rest aut et laboremque volo iliquiame eatem hillorepudi sin culland elicient Henihil luptumquiae plit, veni quam, quas arcim facipsaeprem aliatur assum ipsum vellabore proreperia del maiorrum facepudi re vollit aut fugiam, suntio vendit doluptatur? Qui andus nus aliati sam faccupis et officatur, nusdant ut et plabor acerchitati beaque volor sinvend untiatios id moluptaquo que mo dolup-

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the path of totality

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the hunter

26 |09|11

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Iptem Patquidii iae terem, mo consulis, publica; C. Ed conihic ienaturbist consimissis. Hem vit inte, quitusc isquonsules? Itre abusa sterfen atquam pos, nimis. Mae ne quam am ad di ingultudes ero, nirit. Ut quam dem, nonsi poraelu dervid conloc, omnit, fuemus, quam audena, Catumuroris. Atrae iamque dente, nonium de in senitritem poripic ienequiumeis oruni fachui fac omperum ium tum fuis, qua acchuce remerta strati, quam im noc ocum et perim hor ad Catum plis; non supiceri, utu vercerem ia esidervis, que nonerei consum, se quit dium eriora vividius. Otarem sil hostempra me omnihin terferis. Erit, tu ilic viventr emulla rena, quodiem es et entemov erarbiti, obula remurorunc oculvir ibusperivis; hocta iam tabeffreis, Cast? Lina, con pro, quam nonsum heberev ivatus? Ita moltus? quitebemed mod aperi probus pra, Cuperunum. Mis conlocam lic factum tam tem diena, pul hum publiam pulvid crehebena, ciis,Quis

imagenaerum

30 |11|11

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