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Intestinos, eles s\u00E3o mais importantes do que imagin\u00E1vamos
Quem poderia imaginar que os nossos intestinos têm neurônios e agem de forma independentemente do sistema nervoso central? Pois é. Eles agora são conhecidos como “segundo cérebro” no nosso organismo.
Com sua complexa comunidade microbiana influem na nossa saúde e bem-estar geral, indo muito além de simplesmente processar a comida que ingerimos.
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Novos cuidados médicos e suplementação probiótica já estão sendo usados não somente para tratar nossos intestinos, mas através da sua saúde, obter redução de sintomas e curas de diversas doenças, inclusive as psicológicas, como a depressão.
Em uma entrevista à BBC News, a nutricionista australiana Dra Megan Rossi, especialista em saúde intestinal, disse que os intestinos têm autonomia para tomar decisões não precisando, portanto, de comandos cerebrais.
"O que comanda os intestinos é o chamado sistema nervoso entérico (SNE), um tipo de ‘sucursal' do sistema nervoso autônomo do corpo e responsável por controlar diretamente o sistema digestivo como um todo. Esse sistema nervoso se estende pelo tecido que reveste o estômago e o sistema digestivo, e possui seus próprios circuitos neurais", explica a Dra Megan.
A nutricionista informa ainda, que embora funcione de forma independente, o Sistema Nervos Entérico se comunica com o Sistema Nervoso Central (SNC) através dos sistemas simpático e parassimpático.
Para ela, isso torna a saúde dos nossos intestinos a chave para nossa imunidade às doenças.
Pesquisas mais recentes indicam que as pessoas que têm problemas intestinais, ou o que chamamos de disbiose, o desequilíbrio da microbiota intestinal, estão mais vulneráveis a sofrer com as gripes, alergias, a síndrome do cólon irritável, entre outras disfunções, e mesmo os estados de humor alterados e a depressão.
ESTRESSE DESEQUILIBRA A MICROBIOLOGIA INTESTINAL
O estresse que sofremos no dia-a-dia, por quaisquer motivos que sejam, desequilibra a microbiologia intestinal e, consequentemente, promove uma redução na concentração da serotonina, que por sua vez está associada a muitos transtornos psiquiátricos.
A maior parte da serotonina do nosso corpo - um neurotransmissor que afeta muitas funções físicas e emocionais, como felicidade, ansiedade, outros -, é produzida no trato gastrointestinal. Estima-se que cerca de 80% a 90%.
Atualmente, uma área de investigação psiquiátrica se concentra no desenvolvimento e na prescrição dos chamados ‘psicobióticos’, que são fórmulas probióticas para reequilibrar a flora intestinal e, consequentemente, melhorar a saúde do corpo e da mente.
V I V A B E M . C E N T E R