Brindes do bem
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Dia do meio ambiente
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Brasil: o maior destuidor ambiental
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Barreiras Tarifárias
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Copa verde
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Empreendedorismo Social
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DNA das marcas
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Entrevista
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Resíduos sólidos RMC
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Eventos Elus
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Parceria E-color
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Artigos
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Notas
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Dicas de livros
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A Revista O Meio por Inteiro é uma publicação, a princípio trimestral, que faz parte de mais um projeto concretizado pela Elus Ambiental, tornando-se uma importante ferramenta de informação e orientação para empresas, bem como para gestores ambientais Rua dos Periquitos, 182 – CEP: 13186-032. Hortolândia – São Paulo - Brasil/ Telefones +55 (19) 3809.3885 – www.omeioporinteiro.com.br – Email: contato@omeioporinteiro.com.br, redacao@omeioporinteiro.com.br Conselho Editorial: Júlio César de Moraes, Irineu Bottoni, Cleber Santos, Edvânia Eldevik. Produção: Oliva Comunicação, www.olivacomunicacao.com.br – Jornalista Responsável: Edvania Eldevik, MTB: 46.219. Textos: Henrique Franco, Enéias de Oliveira , Carolina Sibila e Edvânia Eldevik. Revisão: Julia de Almeida. Projeto Gráfico, Diagramação e Arte Final: Marka Criativa – Marketing e Novos Negócios www.markacriativa.com.br. Direção: Aline Santos. Designer Gráfico Responsável: Hélio Baracioli. Email: novosnegocios@markacriativa.com.br. Fotografia: Wagner Cangussú. Relações Públicas: Júlio César de Moraes. Email: diretoria@omeioporinteiro.com.br. Comercial: Ana Claudia, Sandra Cristina Leardini, comercial@omeioporinteiro.com.br – Telefone: +55 19 3384 9336/ 3809.3885 Impressão: Gráfica E-Color. Tiragem 5 mil exemplares.
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Empresas que investem em brindes ecológicos demonstram consciência ambiental até nos detalhes. Estratégia ajuda a mostrar o conceito de sustentabilidade nas práticas dos estabelecimentos. Uma boa maneira de se mostrar aos clientes que a empresa se preocupa com o futuro do planeta é a distribuição de brindes ecológicos. A estratégia é importante por ser ecologicamente correta, mostrar a preocupação do empreendimento até mesmo nos detalhes, além de ajudar na conscientização das pessoas para a preservação da natureza. A prática é uma forma de instruir a população para uma política de educação ambiental. Os brindes ecológicos deixaram de ser modismo para se tornar uma tendência de mercado. As vantagens de se investir neles é que, além de terem um menor impacto ambiental, eles despertam a consciência de consumo das pessoas. “Nos dias de hoje, está praticamente fora de cogitação idealizar um brinde que não seja sustentável”, afirma o diretor da empresa Souto Crescimento de Marca, Cláudio Souto.
valor em suas ações promocionais. “Dessa forma, é possível passar para os clientes toda a conscientização e preocupação do estabelecimento com a natureza e o meio ambiente.” Segundo Colicchio, independentemente da forma escolhida para se utilizar os brindes ecológicos, eles nunca serão prejudiciais às empresas, principalmente por sua fabricação ser quase que totalmente em matéria prima reciclada ou reutilizada, além de a aceitação dos clientes ser sempre muito boa. Porém, o diretor da Souto Crescimento de Marca alerta que, ao adotar a distribuição deste tipo de produto, o empreendimento assume ter preocupação com o meio ambiente, o que muitas vezes desperta o interesse dos clientes em saber quais outras atitudes e investimentos sustentáveis a empresa tem. “Não
O gerente comercial da Ecobrindes, Eduardo se pode pensar somente nos brindes ecológicos sem Colicchio, diz que, ao utilizar brindes ecológicos, as aplicar conceitos de sustentabilidade em outras áreas empresas devem buscar produtos que agreguem do seu negócio.”
Como e quais brindes usar
Como e quais brindes usar Os brindes ecológicos podem ser distribuídos de diferentes formas e em diversas ocasiões. Datas comemorativas, como o dia do meio ambiente, por exemplo, campanhas de lançamentos de novos produtos ou até mesmo as campanhas internas para a conscientização dos funcionários são algumas das maneiras.
que, como sugere o nome, contêm sementes germináveis em sua composição; sacolas de lona de algodão personalizadas; saches de sementes nativas ou frutíferas; kit plantio acompanhado de um vaso em fibra de coco, substrato e semente, tudo preparado para ser plantado, além de um produto lançado para aproveitar o embalo da Copa do Mundo, o chamado petgol, um jogo ecológico de futebol de dedo. Colicchio explica que, para a fabricação de cada unidade deste produto, são retiradas quatro garrafas PET do meio ambiente. “As empresas entendem a importância em fornecer brindes para os seus clientes, e estes produtos agregam um enorme valor às campanhas publicitárias. Além de conscientizar e divertir quem o recebe, eles possuem uma grande área de personalização para os empreendimentos”, afirma Colicchio.
Souto cita ainda outra estratégia. “Pode-se aproveitar ocasiões especiais como feiras, confraternizações, eventos ou simplesmente numa visita pessoal a um cliente, em que, com certeza, o resultado é mais efetivo, por não haver concorrência neste momento. Acaba sendo uma ação específica, personalizada e dirigida. Com isso, o resultado é melhor.” Os brindes devem ser pensados de acordo com o público-alvo, sempre com o menor impacto ambiental possível e, principalmente, ter uma relação de atributos com a marca e sua área de atuação. “Assim, sempre que forem vistos sobre uma mesa ou em uma prateleira, farão lembrar da sua empresa”, completa Souto. No caso de não ser possível fazer a entrega dos brindes pessoalmente, pode-se utilizar um portador ou até mesmo enviar por correio, desde que estejam nominais à pessoa. Os brindes mais solicitados pelas empresas são os papeis sementes, 7
É preciso adotar medidas urgentes e definitivas”, afirma a diretora. Para a professora do curso de ciências biológicas da PUC-São Paulo, Vilma Palazetti, outros fatores que devem ser observados são o aumento da temperatura e a elevação do nível dos oceanos. “Isso é mais do que um alerta dos pesquisadores de climatologia, é uma constatação de que não podemos ficar alheios aos problemas ambientais do planeta”, alerta.
Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado sob situação crítica do planeta Data festejada no dia 5 de junho serve para lembrar o mundo dos problemas existentes no meio ambiente. O Dia do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho em todo o planeta, surgiu durante a Conferência das Nações Unidas, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia, após criarem o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Desde então, a data transformou-se no ponto alto para as avaliações nacionais sobre as condições do planeta. Porém, o mundo mostra que o momento não é dos melhores e a situação atual é crítica. Segundo a diretora da revista ECO 21, Lúcia Chayb,
Palazetti diz que os objetivos do Dia Mundial do Meio Ambiente não vêm sendo atingidos, seja global, nacional ou até mesmo municipalmente. Para ela, não são todos os países do mundo que estão engajados na redução de poluentes, pois isso implica numa relação direta com a economia do país. No caso do Brasil, o que mais pesa contra é o fato de não aceitar compromissos de redução de dióxido de carbono na atmosfera. Assim como o resto do mundo, a situação do Brasil também não é a ideal. A professora da PUC-São Paulo diz que, para o país mudar sua condição, é preciso mudar a postura de não diminuir suas emissões de carbono e metano e que justificativas como prejuízo ao desenvolvimento econômico não devem ser aceitas. Porém, Palazetti ressalta que possuímos uma das legislações mais completas no que se refere à proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade. No entanto, a fiscalização é insuficiente.
devemos ficar muito preocupados com o estado do planeta. Ela cita que mais de um quinto de todas as espécies mamíferas, além dos anfíbios, corais e coníferas correm o risco de desaparecer. “A taxa de extinção atual é mil vezes mais rápida do que seria em estado natural, sem intervenção humana. Estamos numa rota de colisão contra o nosso futuro. 8
A diretora da revista ECO 21 segue a mesma linha. Para ela, apesar de o nível de destruição dos biomas nacionais ser alto, o Brasil possui uma das legislações mais avançadas e contribui fartamente no debate ambiental, procurando soluções. Com isso, o país está conseguindo reverter o rumo da sua conjuntura atual.
As principais conquistas No mesmo dia em que foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a ONU (Organização das Nações Unidas) resolveu convidar os países do mundo a celebrar o Dia do Meio Ambiente. Ao longo desses quase 40 anos, embora ainda longe de resolvermos os problemas, várias conquistas já foram atingidas. Duas grandes conferências dedicadas ao tema ambiental foram realizadas pela ONU. Em 1992, o Rio de Janeiro recebeu o RIO-92, maior encontro da história para tratar deste tema até hoje. Dez anos depois, foi a vez de Johanesburgo, na África do Sul, celebrar o RIO+10. Em termos nacionais, as principais conquistas para a proteção ambiental são os avanços tecnológicos Lúcia Chayb diz que o primeiro passo para que a no controle das queimadas e do desmatamento, população ajude na preservação ambiental é educar a o monitoramento da qualidade do ar e da água, a sociedade. A mudança deve ser feita a partir dos lares, cobrança do Código Florestal para a recuperação das seguir com as escolas, até se instalar nas empresas, áreas de preservação permanente e a participação das comunidades nos Comitês de Bacias. sindicatos e nos diferentes níveis do governo. O que devemos fazer?
No entanto, Chayb afirma que as novas gerações de brasileiros já estão cada vez mais conscientes da importância de preservar o meio ambiente. Ela ressalta ainda o envolvimento cada vez maior dos empresários com essa questão, algo que deve continuar, pois assim será possível compensar e reconstruir os biomas mais ameaçados.
A professora Vilma Palazetti diz que cabe à população exigir dos governantes ações que conciliem a sustentabilidade ambiental, econômica e social. “A consciência dos órgãos governamentais de que a qualidade ambiental implica na saúde da população é determinante para estipular as várias estratégias de crescimento sustentável”, conclui.
Repasse de custos dos danos ambientais causaria maior sensibilização à população Segundo a engenheira agrônoma do HG Geologia e Meio Ambiente, Maira Tamborim, medida ajudaria a conscientizar a sociedade sobre os problemas do meio ambiente
Uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto Ambiental da Austrália concluiu que o Brasil é o maior destruidor ambiental do mundo em números absolutos. Foram analisados quesitos como o desmatamento, emissão de carbono, ameaça de espécies, entre outros.
plásticas em cada compra. Não há uma preocupação com o destino final desses resíduos. Esse tipo de hábito precisa mudar, assim como muitos outros”, afirma Tamborim. No entanto, a engenheira agrônoma ressalta que esta não é a única medida que deve ser tomada. É preciso
“Se o brasileiro sentisse no bolso, com certeza, a sensibilização seria maior”
investir na educação ambiental da população, que
Maira Tamborim, engenheira agrônoma da HG Geologia e Meio Ambiente
todas as idades.
Para a engenheira agrônoma da HG Geologia e Meio Ambiente, Maira Tamborim, esse quadro só vai mudar quando a população estiver conscientizada dos problemas gerados pela destruição ambiental. E, para ela, uma das maneiras que poderiam ser mais eficazes para se atingir essa conscientização seria mexer com o bolso dos brasileiros.
deve alcançar desde as crianças até os adultos de
“A conscientização ambiental de todos os países, inclusive do Brasil, têm aumentado ano após ano, porém, não acredito numa mudança de postura de forma imediata. O estilo de vida da população brasileira ainda vai durar por gerações, o que irá provocar danos e poluição ambiental ao país”, diz o editor da Rede Brasileira de Informação Ambiental (Rebia), Vilmar Berna.
“Se o brasileiro sentisse no bolso, com certeza, a sensibilização seria maior. Na Europa, se você não leva Grande parte disso se deve ao fato de que a maioria uma sacola para o supermercado, é necessário pagar das pessoas ainda só se preocupa com o que as por ela. Aqui no Brasil, gastamos inúmeras sacolas afeta diretamente e, consequentemente, esquecem 10
dos problemas trazidos pela destruição do meio
a resolver os problemas relacionados às questões
ambiente, que muitas vezes são de longo prazo.
ambientais.
Tamborim também não vê uma solução para os
“A sociedade tem uma força imensa em suas mãos,
problemas em curto prazo. Para ela, é necessário
desde que ela saiba utilizar. Mas para que a sua
investir
conscientização,
participação social seja efetiva realmente, é preciso
educação ambiental e em mudanças políticas. “Todos
que ela ocorra desde o início do processo. Uma
nós sabemos que essa mudança de hábito demanda
pesquisa da USP (Universidade de São Paulo) já
muito tempo para começar a mostrar resultado”,
mostrou que a população pode interferir no rumo
pontua.
de projetos que gerem impactos no meio ambiente”,
primordialmente
em
conta Tamborim.
Participação da sociedade é importante Entretanto, além desses aspectos, Tamborim diz que Os lideres de países de todo o mundo têm sido levados
é preciso ter atenção também com as leis ambientais.
a tomar decisões para frear o aquecimento global e
Elas devem ser reformuladas para que se tornem
a destruição da camada de ozônio. No entanto, a
mais rígidas, e o controle realizado pelos órgãos
engenheira agrônoma acredita que a participação da
reguladores deve ser maior. Fatores essenciais para a
sociedade civil é de extrema importância para ajudar
diminuição da destruição ambiental.
“A sociedade tem uma força imensa em suas mãos, desde que ela saiba utilizar” Maira Tamborim, engenheira agrônoma da HG Geologia e Meio Ambiente
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Nos Estados Unidos e na Europa, tramitam ser menores e, muitas vezes, concentrados em legislações que pretendem, via tarifas, diminuir os outros setores diferentes do setor de transformação impactos ambientais e compensar os gastos desses
industrial.
países com a transformação de produtos de setores como o químico, siderúrgico e o de papel e celulose. Segundo um estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria), caso aprovadas, elas afetariam cerca de 20% das exportações brasileiras. A emenda que pretende tais alterações é a Kerry-Boxer ao Lieberman-Warner Climate Security Act, na qual,
“Essas medidas não são em si a solução do problema, mas uma das formas de pressionar países competidores a cumprirem determinados padrões de produção com a justificativa, muitas vezes questionável, de redução dos impactos ambientais.” comenta o analista de relações internacionais da CNI, Antônio Josino
segundo seu texto, são medidas “consistentes com as obrigações internacionais” de cada setor.
Josino reconhece a importância de regulamentações internacionais
sobre
padrões
de
produção
e
No entanto, para o analista de relações internacionais
transformação industrial ou de emissão de GEE (Gases
da CNI, Antônio Josino, essa não é a melhor solução.
de Efeito Estufa), pois elas contribuem para conter
“Essas medidas são formas de pressionar os países o vazamento de carbono. No entanto, as soluções mais efetivas para reduzir os impactos ambientais, de exportadores a cumprirem normas que harmonizam modo global, são as domésticas, ou seja, as decisões suas condições de competitividade em relação aos definidas pelos próprios países. produtores nacionais nos importadores, nesse caso os Estados Unidos e a União Europeia, os quais possuem altos custos de produção”, analisa.
Para a professora do instituto de economia da Unicamp, Daniela Prates, uma alternativa é o Brasil adotar uma política empresarial voltada
Ele diz ainda que no caso do Brasil, por ter sua principalmente para a concessão do crédito de matriz energética limpa (em grande parte, de origem carbono. “Essa medida deve ser direcionada para a hidrelétrica), os esforços e custos nessa área devem sustentabilidade, o meio ambiente”, completa. 12
Segundo Josino, ainda não é possível fazer uma avaliação do impacto que será causado à economia brasileira no caso de as legislações que tramitam pelos Estudos Unidos e pela Europa serem aprovadas. Contudo, devido à importância que esses mercados possuem para as exportações brasileiras, é certo que elas serão prejudiciais. “As exportações estão crescendo muito ultimamente. Confirmada essa queda, o impacto seria muito negativo para o Brasil, pois todos os setores envolvidos seriam afetados, desde os fabricantes e os empregados até o setor comercial das empresas”, pontua a professora Daniela Prates.
que nunca, de olho na Copa, que, além de ser a chance para a seleção conquistar o hexacampeonato, é uma ótima oportunidade para ver os pontos que merecem maior atenção na organização do torneio, para fazer bonito em 2014. Aliás, enquanto a bola rola no continente africano, uma seleção de profissionais brasileiros trabalha rumo a uma “Copa verde”. Após o Comite Organizador Local (COL) recomendar fortemente a certificação LEED (Liderança em Enéias Oliveira
Energia e Design Ambiental) dos estádios para A África do Sul está em festa. Ruas coloridas, sorrisos 2014, o economista e consultor LEED AP, Ian McKee largos e uma confluência de culturas compõem o apresentou aos arquitetos da Copa o plano “verde” cenário no país sede da Copa do Mundo FIFA 2010, publicado em janeiro de 2009. A adesão foi total, torneio iniciado no dia 11 de junho. Para receber o resultando na inscrição dos estádios de Brasilia, maior evento do futebol mundial, o país de Nelson Cuiabá, Manaus e Belo Horizonte no processo de Mandela construiu cinco novos estádios e investiu
certificação LEED. Os demais estádios já incorporam
pesado em infraestrutura. “Jogadas” que devem
os conceitos do design sustentável apesar de ainda pesar no bolso dos contribuintes e torcedores dos não estarem inscritos na certificação. Bafana Bafana – apelido dado aos atletas da seleção anfitriã. Só no trem de alta velocidade – projeto de maior prestígio que os sul-africanos construíram para a Copa – que, por enquanto, vai apenas do centro de Johanesburgo até o aeroporto internacional, foram investidos US$ 2 bilhões, quase R$ 4 bilhões. Até agora, a África do Sul gastou o equivalente a R$ 9 bilhões em instalações esportivas, infraestrutura viária e transportes. Contudo, a conta final deve ficar próxima dos R$ 30 bilhões, cerca de 5% do PIB do país. O alto volume de investimentos é reflexo de gastos muito superiores aos esperados. No caso das arenas, em média, os custos foram dez vezes maiores do que se previa. Soccer City, o maior estádio, ficou em R$ 1 bilhão, o dobro do estimado. Port Elizabeth, na costa, custou R$ 500 milhões, também o dobro. Ellis Park, em Johanesburgo, é o recordista: R$ 150 milhões, quatro vezes mais. Frente a esta realidade, os brasileiros estão, mais do 14
“12 Estádios certificados seria uma vitória inédita para qualquer país no mundo, e o Brasil tem essa oportunidade de ter, de fato, o portfólio de arenas mais eficientes e avançados do planeta”, ressalta Vicente de Castro Mello, do Castro Mello Arquitetos, escritório responsável pelo projeto arquitetônico do Estádio Nacional de Brasilia.
Preocupações
de ordem, grandes eventos esportivos demandam grandes construções que podem causar grande De acordo com um estudo feito pelo geógrafo impacto econômico, social e ambiental quando Christopher Gaffney, da Universidade Federal mal planejadas. As novas construções devem ser Fluminense (UFF), o Brasil enfrentará desafios eficientes para reduzir o consumo de energia, água e estruturais para a realização da Copa, isso porque seu custo de manutenção ao longo de sua vida útil”, o país demonstra falta de planejamento e de ressalta Vicente de Castro Mello. Essa consciência transparência nos gastos públicos. Segundo a é indispensável, mesmo porque, em um cenário de pesquisa, não há controle nos gastos com a construções públicas mal planejadas e gastadoras, seria necessário mais investimento do Estado em construção ou a recuperação de estádios das 12 usinas hidro ou termo-elétricas, que têm um custo cidades que receberão os jogos da competição. infinitamente maior do que os investimentos em construções verdes. “O plano para a Copa de 2014 O estudo questiona também o retorno dos é o ponto de partida para transformar a economia investimentos governamentais, que também incluem do país na economia verde do futuro, utilizando os infraestrutura urbana, transporte e benefícios fiscais, grandes eventos esportivos como catalisadores deste e estima que apenas para o retorno dos gastos processo”, complementa o arquiteto. com os estádios, a ocupação das arenas deverá ser quadruplicada em relação à atual, embora os De acordo com Mello, o projeto já tem o apoio torcedores devam pagar mais pelos ingressos. Depois oficial do GBC Brasil e do GBC da Àfrica do Sul, do mundial, os preços passarão de R$ 20 e R$ 30 assim como o envolvimento dos arquitetos com as construções verdes. Ele ressalta ainda que vários para R$ 45 e R$ 60. Esse fato deve ter maior peso em fatores influenciarão o sucesso do plano, entre algumas cidades das regiões Norte, por exemplo (que eles a forte recomendação dos organizadores da terá duas sedes: em Cuiabá e Manaus), que não têm Copa para a certificação verde das novas arenas, tradição futebolística para lotar os estádios. Sendo as linhas de crédito mais favoráveis para projetos assim, as arenas destas localidades podem acabar se sustentáveis, disponibilizadas pelo Banco Nacional de tornando elefantes brancos. Desenvolvimento (BNDES), e o acordo de cooperação assinado pelo Ministério dos Esportes e do Meio A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura Ambiente para realizar a “Copa Verde”. (ASBEA) contesta essa afirmação. As soluções para tentar a rentabilidade das instalações depois da Copa incluem diminuição da capacidade de público e, principalmente, a exploração ao máximo do conceito de arena multiuso. “Eficiência é a palavra
Todas as pessoas podem contribuir com o plano independente do sexo, raça, idade, partido político e condição financeira, enviando sugestões para o site www.copaverde.com.br.
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Muito se ouve sobre empreendedores, agentes inovadores, que criam novos paradigmas e são pioneiros em abordagens diferenciadas. Isto não significa que criem algo completamente inédito. Muitas vezes, transformam algumas ideias já existentes, utilizam a criatividade para aperfeiçoar ou reinventar processos. É uma postura criativa e contínua de explorar, aprender e melhorar. Normalmente o termo se refere a uma pessoa que começa um negócio, um novo empreendimento para ganhar lucro e renda. Contudo, a palavra não se limita a este significado. Ela descreve uma visão, um comportamento e um conjunto de qualidades. Empreendedores veem possibilidades e não problemas, para provocar mudanças na sociedade, e não se limitam aos recursos que têm em um momento. Nesse caso, se encaixam na definição de agentes sociais, que são como empresários nos métodos que utilizam, mas são motivados por objetivos sociais ao invés de benefícios materiais. Estes são empreendedores sociais.
400 voluntários que trocam correspondências com menores que vivem em abrigos. Graças à iniciativa do Fábio, 1.150 crianças são beneficiadas diretamente e já há ações em cinco estados brasileiros e no DF. Outro caso é o de David Hertz, ganhador do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro 2009 – iniciativa exclusiva que visa icentivar ideias inovadoras postas em prática há mais de um ano e há menos de três. Hertz criou a Gastromotiva que, de forma prática, capacita jovens de baixa renda em cursos profissionalizantes de gastronomia para ingresso no mercado de trabalho, gera renda por meio de um bufê-escola e visa dar suporte ao desenvolvimento de negócios sociais em comunidades carentes. “Não acredito que ajudamos, mas sim que geramos trocas. A maior motivação do meu trabalho é o constante aprendizado, o compartilhamento de conhecimento e otimismo em viver melhor”, diz Hertz sobre o projeto. “O que mais me influencia é o poder do jovem e das pessoas, além de superações pessoais”, complementa.
No Brasil, há, por exemplo, o caso de Eliana Tiezzi, que criou a Papel de Gente, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público voltada à confecção de produtos com papel reciclado por pessoas com transtornos psíquicos. É uma iniciativa para promover a reinserção social destes indivíduos. Outro caso é o de Fábio Bibancos de Rosa, que criou a Turma do Bem, uma entidade que possui 650 dentistas que atendem gratuitamente crianças de baixa renda com problemas de saúde bucal graves. Também há
“Não acredito que ajudamos, mas sim que geramos trocas. A maior motivação do meu trabalho é o constante aprendizado, o compartilhamento de conhecimento e otimismo em viver melhor”, diz David Hertz, criador da Gastromotiva, associação que capacita jovens de baixa renda, gera renda e dá suporte ao desenvolvimento de negócios sociais em comunidades carentes. 17
A professora do Departamento de Administração da Universidade de Brasília Marina Figueiredo Moreira destaca que, em muitos casos, o empreendedor social gera resultados que podem ter impacto maior que algumas ações governamentais e que, a partir de uma ação dele, a comunidade pode passar por um processo de transformação.
“É um agente
que exerce um papel valioso em seu meio”, diz. “Em muitos casos, a ação de um empreendedor deste tipo é o ponto de partida para criar projetos, associações ou empreendimentos que melhoram a realidade da comunidade ao trazer soluções para problemas sociais”, completa. Outros exemplos de iniciativas bem sucedidas são os Doutores da Alegria, a Associação Cultural Beija-Flor e o Afroreggae.
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Para reforçar uma marca e, assim, conquistar espaço no mercado, muitas estratégias podem ser adotadas e, há algum tempo, as empresas passaram a usar habilmente projetos que impactam positivamente a sociedade para alcançar este objetivo. No entanto, atualmente, o mercado consumidor já é capaz de reconhecer, na maioria das vezes, quando a iniciativa é autêntica ou apenas “golpe de marketing”. Sendo assim, a fase em que o objetivo principal era simplesmente a imagem pública da organização, criando-se ações que pudessem ser divulgadas e, assim, contribuíssem para a agregação de valor, já está ultrapassada. Como ressalta o consultor e especialista em desenvolvimento de novos negócios, Renato Senatore, “Pode-se dizer que toda ação que contribua para o bem social pode, e deve, ser explorada para a construção da marca, desde que não tenha nascido apenas para este fim”. As estratégias são particulares do DNA de cada empresa, seja ela pequena ou grande, familiar ou altamente profissionalizada. “O importante é incluir em sua cultura a responsabilidade social”, aponta o consultor e
especialista em estratégia, marketing e novos negócios e autor do Blog MKTMais, Jony Lan. Isso significa que os donos, presidentes, diretores e gestores precisam defender essa causa. Sem isso, o projeto pode se tornar um fato isolado, um departamento que vai ser esquecido em algum momento pela empresa e pelas pessoas, que não associará a marca a algo socialmente responsável. Para patrocinar um projeto ambiental, por exemplo, a organização deve, primeiro, mobilizar os funcionários. É preciso conscientizá-los sobre a importância, o tema e a nova fase que a empresa quer passar. Quanto às possíbilidade, essas são variadas, vão desde o patrocínio a um evento cultural que tem continuidade e beneficia várias comunidades, a simples reciclagem dos produtos vendidos, como o recebimento de pneus usados. Claro que algumas ações são mais facilmente reconhecidas do que outras e, assim, podem contribuir mais intensamente para a construção da marca. Ou seja, há iniciativas que a sociedade não enxerga, como a utilização de sistemas que gerem economia no uso da energia de uma indústria. Portanto, Lan destaca: “Para que a empresa seja reconhecida também por sua responsabilidade social, são necessárias duas ações básicas: agir e comunicar”. A Petrobrás, por exemplo, faz isso muito bem. Possui diversas ações que trazem benefícios sociais, como o projeto Tamar, que, além de preservar a tartaruga marinha, vende produtos ligados à marca da iniciativa e dissemina isso na sociedade, abrindo as sedes dos projetos para a população. Renato Senatore defende que, independentemente do reconhecimento imediato, pensar e praticar sustentabilidade nos campos humano, social
e ambiental é o único caminho para melhorar o desempenho e garantir a perpetuidade das corporações. “Agindo assim, o reconhecimento social e o consequente aumento de valor das marcas virão naturalmente”. Lan complementa e afirma que não dá para pensar em responsabilidade social sem pensar em resultados a longo prazo. “É como um filho, não dá para por no mundo e depois esquecê-lo por aí. Tem que ter continuidade, pensar nos próximos projetos e dedicar-se sempre. Ações bem planejadas e estruturadas contribuem para a formação da identidade da empresa, reforçam a responsabilidade social da marca e a comunidade como um todo acaba reconhecendo esse valor”.
Investimento equivocado É comum ver empresas, principalmente as grandes, criando fundações e instituições sem fins lucrativos que acabam sendo responsáveis pelas principais ações sociais. Assim, se a corporação não tiver a mesma consciência, a própria sociedade saberá diferenciar as posturas e agregará valor a organizações diferentes. O Mcdonald’s, por exemplo, apesar de possuir a fundação Ronald McDonald House desde 1974, voltada para assistência a crianças, foi reconhecido pelas mídias e pela sociedade como um restaurante de comidas gordurosas, pesadas, que prejudicam a saúde das pessoas. Essa imagem foi critiaca em “Super Size Me”, documentário de 2004 feito pelo cineasta independente norte-americano Morgan Spurlock e traduzido no Brasil como “A Dieta do Palhaço”. Essa visão acabou impactando o crescimento do Mcdonald’s no mundo, na época. Para se adaptar à nova realidade social, a rede precisou de uma evolução no seu conceito de alimentos e de mudanças estratégicas profundas na comunicação 21
e no cardápio, esforço que ficou caro e demorou para surtir efeito. Hoje, o Mcdonald’s colhe os lucros frente ao seus concorrentes. “Deixar a própria sociedade dar diversos sinais e simplesmente não adotar nenhuma ação imediata foi um dos principais equívocos do Mcdonald’s”, comenta Jony Lan. “Tenho certeza de que agora a gestão já incluiu essa responsabilidade em seu negócio e não deixou apenas para a Fundação Ronald Mcdonald”, conclui.
Corporações estão usando freneticamente o greenwashing, o que traz consequências graves à credibilidade de todo o campo da comunicação ligada à sustentabilidade. Com o índice de crescimento no lançamento de produtos ecologicamente corretos entre 2007 e 2009 alcançando 500%, observou-se que a prioridade de grandes líderes de mercado esteve focada na meta de sustentabilidade com o intuito de aumentar sua receita e agregar vantagem competitiva com a valoração verde de seus produtos. Contudo, o caminho ideal a seguir raramente é claro. Com a visão da Gestão Ambiental aliada ao conceito de Ecologia e Marketing Ambiental, aponto três estratégias de produtos para alinhar as metas verdes das organizações aos seus recursos. Estratégias com táticas no foco ao cliente, entendendo suas expectativas; conhecendo os recursos da
concorrência; alinhando seus produtos e mensagens para evitar a acusação de “Greenwashing”; com as quais posso afirmar que teremos as medidas ideais para o sucesso do qualquer projeto, são elas: 1- Estratégia de acentuar ou destacar atributos sustentáveis na carteira de produtos e serviços da organização; 2- Estratégia de adquirir uma marca verde. 3- Estratégia de arquitetar, caso haja capacitação e ativos importantes de desenvolvimento de produtos, a organização pode criar algo novo, criar do zero. A definição da estratégia depende ainda de dois fatores importantes, até onde a carteira atual da organização poderá ser “verdejada”, e quão avançados são os recursos de desenvolvimento de produtos verdes, sempre transversalizando o conceito da cultura contemporânea de valor e apresentando uma síntese de três modelos de superação de riscos estratégicos decorrentes das diferenças culturais presentes no perfil do mercado consumidor.
Empresas adotam práticas que procuram demonstrar o seu respeito e a sua preocupação com as condições do ambiente e da sociedade em que estão inseridas ou onde atuam.
planta em Hortolândia. Fabricante de mais de 150 itens, atende diversas indústrias (aeroespacial, automotiva, construção, processamento de alimentos, farmacêutica, plásticos, têxtil, tintas, cosméticos, entre outras) em todo o mundo. Em entrevista concedida à revista ‘O meio Por Inteiro’, Irineu Bottoni, diretor da multinacional, expôs de forma objetiva a visão da empresa sobre a temática e abordou o empenho desta para os princípios da sustentabilidade englobando a preocupação com a saúde, segurança e bem-estar de seus funcionários e da comunidade, como também o cuidado com o Meio Ambiente, sendo signatária do Programa Atuação Responsável®.
Ideias de projetos empresariais que atendam aos parâmetros de sustentabilidade respeitando aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana provaram-se também economicamente viáveis, e a conscientização, conhecimento e aplicação dessas práticas são cada vez mais incorporadas na gestão das empresas por meio da estratégia de negócios, de processo, tecnologia e produtos. Um exemplo é a Dow Corning do Brasil, Norte Americana no ramo de industrialização de silicones, com fábricas e centros comerciais em vários países e Por Edvania Eldevik 24
1 - Como a Dow Corning aborda a questão de
imposta de cima para baixo em uma organização, tem que ser aceita por todos como um princípio sustentabilidade dentro da sua gestão? orientador. Isso também funciona para a sociedade Como muitas empresas ao redor do mundo, a Dow onde estamos inseridos. Corning está profundamente empenhada na criação de produtos, processos, e tecnologias sustentáveis. 3 – Pode citar alguns projetos? Também estamos empenhados em soluções cujo impacto social e econômico atenda as necessidades Dentro desse conceito, temos feito trabalhos procurando envolvimento da comunidade, ambientais da sociedade. dentre eles, um trabalho de conscientização Podemos perceber, através da mídia e relatórios ambiental feito em parceria com a Elus – Gestão das empresas, uma crescente intensidade dedicada e Projetos Educacionais, e um projeto pioneiro de às atividades como corte de resíduos de processos, conscientização ambiental com crianças em escolas redução de emissões, aumento de eficiência de Hortolândia, no qual aproximadamente 7000 energética, conservação de água, utilização de crianças foram atendidas entre 2009 e 2010. recursos renováveis, evasão de substâncias perigosas e a promoção de produtos sustentáveis com apelo aos consumidores conscientes. Não podemos nos dar ao luxo de sermos sustentáveis sem ter os conceitos de eco-inovação profundamente enraizado e incorporado na nossa cultura, estratégia e carteiras de mercado.
4 - Quais são as ações para os próximos anos? Se quisermos continuar a melhorar os padrões de vida juntamente com o crescimento populacional, temos que nos esforçar para trazermos inovações e novas tecnologias em produtos/processos e serviços.
Temos também que garantir que os princípios 2 - Quais são os projetos desenvolvidos nessa da sustentabilidade sejam partes integrantes do área? conteúdo e das atividades de nossos projetos futuros. Na Dow Corning do Brasil, somos guiados por três pilares de sustentabilidade: ambiental, social e econômico. Queremos estar envolvidos com empresas que tenham um balanço de sustentabilidade positivo em relação ao impacto ecológico; queremos proporcionar um benefício social que melhore a qualidade de vida da humanidade; e queremos estar em negócios que possam sustentar-se financeiramente e ambientalmente, em uma sociedade que respeite e valorize esses conceitos. Esses princípios são trabalhados em nosso código de conduta corporativo. O que nós vimos em nossas experiências no mercado é que a sustentabilidade, como uma operação princípio, não funciona se é
Companies adopt practices which aim to demonstrate their respect for and worry about the conditions of the environment and the society in which they are inserted or act.
many countries and its Brazilian plant in Hortolândia.
Manufacturer of over 150
items, it supplies for different industries (aerospacial, automotive, building, food processing, chemical, plastic, textile, inks,
cosmetics, and others) all around the world. Coporate project ideias which follow the In the interview for ‘O meio Por Inteiro’ sustainability parameters and respect the magazine, Irineu Bottoni, multinational human society’s economical, social, cultural and environmental aspects have proved director, exposed objectively the company’s to be also economically possible. And view about the topic and has mentioned the awareness, knowledge and appliance its interest in the sustainability principles of these practices are becoming part of and embodies the concern with health, companies’ management through business well-being, and safety of its employees and strategies and processes, technologies and community, as well as the care with the products. One example is Dow Corning environment, being signer of the Programa do Brasil, North American company in Atuação Responsável®. the
silicon
industrialization
segment,
with factories and commercial centers in By Edvania Eldevik 26
1-How does Dow Corning approaches the
financially and environmentally in a society that
sustainability issue in your management?
respects and values these concepts.
As many companies around the world, Dow These principles are part of our corporate conduct Corning is deeply engaged with the development of code. What we have seen in our market experience sustainable products, processes and technologies.
is that sustainability, as a start operation, does not
We are also engaged with solutions whose social and
work if it is imposed top-down in an enterprise, it has
economical impact meets the society environmental to be accepted by everyone as a guiding principle. needs.
It also works for the society where we are inserted.
It is possible to notice, through the media and 3 – Can you mention some projects? companies’
reports,
an
ascending
intensity
dedicated to activities as decrease of the process
Based on this concept, we have been doing some
remainders, in the
works aiming the
emissions,
society involvement,
of
increase
the
energetic
an
environmental
effectiveness, water
consciousness work
saving,
of
done together with
renewable resources,
Elus – Educational
evasion of dangerous
Management
substances
and
and
the
promotion
and
of
sustainable
environmental
products appealing
consciousness
to
project with children
the
use
conscious
consumers. We can not afford being sustainable without having the eco-
at
Projects, a
pioneer
schools
in
Hortolândia, in which approximately 7000 children
innovation concept deeply rooted and embedded in have been serviced between 2009 and 2010. our culture, strategy and market book of business. 4 – What are the actions for the next years? 2 – Which projects are developed in this area? If we want to continue improving the life quality In Dow Corning do Brasil, we are based on the three
standards along with the population growth, we
sustainability pillars: the environmental, social and
have to work hard to bring innovation and new
economical. We want to be involved with companies technologies in products/processes and services. that have a positive sustainability balance against the ecological impact; we want to provide social We also have to assure that the sustainability benefit in order to improve humanity’s life quality; principles are part of the content and of the activities and we want to do business which can self-sustain
of our future projects. 27
designMiranda
Em apenas um ano de vida o Projeto Participe & Recicle contou com:
+ de 2 milhões de pilhas
e baterias coletadas corretamente destinadas para reprocessamento (20 toneladas)
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contribuindo e participando
+ de 100 parcerias com empresas, escolas e instituições de todo Brasil
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ensino fundamental
ensino médio
empresas parceiras
certificações
mini coletores
As cidades da RMC (Região Metropolitana de
terá caráter de nos auxiliar neste trabalho”, comenta
Campinas) – Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa,
o prefeito Bacchim.
Monte Mor, Americana e Santa Bárbara D’Oeste – são as participantes do Consórcio Intermunicipal de A minuta de contrato de rateio, a qual determina que Manejo de Resíduos Sólidos. No total, 29 empresas
cada cidade participante do Consórcio Intermunicipal
manifestaram interesse em desenvolver projetos
de Manejo de Resíduos Sólidos deve contribuir para
voltados para o manejo e a destinação do lixo
custear as despesas da entidade, foi aprovada no
domiciliar desses municípios. Dessas, 15 empresas dia 12 de fevereiro pelos prefeitos de Sumaré, José apresentaram documentação exigida em edital e Antonio Bacchim, de Hortolândia, Ângelo Perugini, estão aptas a desenvolver projetos, que devem ser apresentados até o dia 12 de julho. Segundo o presidente do consórcio, o prefeito de Sumaré, José Antonio Bacchim (PT), o número de empresas que manifestaram interesse superou todas as expectativas iniciais. Ele acredita que o consórcio tem a grande chance de receber projetos interessantes e consistentes, que poderão contribuir para a formatação do trabalho a ser seguido pelo
e de Nova Odessa, Manoel Samartin, acompanhados por representantes de Americana e Monte Mor, De acordo com dados repassados pelas prefeituras dessas cidades, são produzidas cerca de 600 toneladas por dia de lixo, juntando os seis municípios. Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa e Americana enviam o seu lixo para o aterro da Estre Ambiental, em Paulínia. Já Santa Bárbara d’Oeste possui aterro próprio, e Monte Mor encaminha seu resíduo para um aterro
consórcio.
em Indaiatuba.
“Quero acreditar que os projetos a serem desenvolvidos
Para formatar a minuta de rateio, o critério adotado
venham contribuir, de maneira prática e objetiva,
para a partilha se deu a partir do total da população.
com o procedimento a ser adotado no manejo do
Sumaré, a cidade com maior número de habitantes,
lixo das seis cidades consorciadas. Quero lembrar
será responsável por 25,46% da contribuição,
que, além dos projetos que serão elaborados pelas
seguida por Americana (22,24%), Hortolândia
empresas, temos o Plano do Manejo dos Resíduos (21,68%), Santa Bárbara d’Oeste (20,43%), Nova Sólidos, que está sendo pilotado pela Unicamp e que
Odessa (5,14%) e Monte Mor (5,05%). 29
Para os participantes, encontros como esse são importantes, pois é possível interagir com outros profissionais do ramo e com diversos assuntos ligados ao meio ambiente. “É uma ação nobre. Tudo é possível através dessa sinergia que envolve troca de informações e tecnologia. A sustentabilidade tem que ser uma iniciativa top-down, e estar na estratégia da empresa, depois na gestão”, afirma Ciro Daré Rodriguez, da Autovisão Brasil. Segundo Antônio Megale, da Volkswagen do Brasil – sede do Encontro, o evento foi gratificante e de grande importância: “A Volkswagem vem cada vez mais investindo, buscando aperfeiçoar os sistemas de produção e principalmente trabalhando de forma O “3º Encontro de profissionais do Meio Ambiente focada na política de sustentabilidade”, comentou das empresas da região do Grande ABC” reuniu o diretor de assuntos governamentais da empresa, cerca de 150 profissionais, no dia 7 de abril, na que acredita que outras empresas devem seguir essa sede ‘Anchieta’ da empresa Volkswagen, em São mesma linha. Bernardo do Campo. O evento contou com uma programação de palestras e abordou temas como políticas ambientais, industrialização sustentável de
Os profissionais da Tim celular, Adriana de Andrade
resíduos, gestão de carbono e novos projetos de Lara Saez, Francisco de Assis Vieira de Sousa e Denise Rodrigues Simões, complementam que o evento sustentabilidade. trouxe informações importantes, já que a TIM está Na ocasião, foi lançada a revista ‘O Meio por Inteiro’,
no processo de certificação ISO 14001. “Sugerimos
um novo meio de informação que apresentará as
palestrantes mais técnicos para o próximo encontro”.
principais tendências e novidades relacionadas ao meio ambiente e o mundo corporativo. De acordo com o idealizador destes encontros e diretor da Oscip Elus Ambiental, Júlio César de Moraes, o ‘Encontro’ teve o papel de integrar todos os setores. “Grandes empresas compareceram ao evento, além de representantes dos órgãos públicos e terceiro setor. É uma oportunidade de fomentar o relacionamento e a troca de ideias entre profissionais das empresas de grande porte e estabelecer um fórum de debates para soluções de interesses comuns”, conclui. 30
5º Encontro dos Profissionais de Meio Ambiente das Empresas de Grande Porte da RMC
Comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente
Para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, A cidade de Sumaré vai receber no mês de setembro a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse o 5º Encontro dos Profissionais de Meio Ambiente Público) Elus Ambiental, promoveu atividades das Empresas de Grande Porte da RMC. O evento envolvendo as comunidades de Campinas e será realizado em parceria com a Secretaria do Hortolândia nos dias 5 e 6 de junho. Meio Ambiente do município e contará com palestrantes de renome no cenário nacional. Os Em Campinas, foi realizada uma limpeza de área e o plantio de 300 mudas de árvores na rua Reverendo temas abordados serão a contaminação e as políticas Pupo Nogueira, 100, no Jardim Pacaembu, em de sustentabilidade de empresas multinacionais. parceria com a Igreja Cristã Maranata Betel. Ainda foram distribuídos 5 mil gibis do “Recicladinho”, Devido ao grande número de gestores ambientais ferramenta que tem como objetivo trabalhar a interessados em comparecer ao evento, será educação ambiental com as crianças. O boneco necessário fazer cadastro para o encontro, que “Recicladinho” também esteve presente. A ação deve ser concretizado pelo e-mail comercial@ envolveu a comunidade local. omeioporinteiro.com.br. Também para o mês de setembro está sendo planejado o 4° Encontro dos Já no dia 6, domingo, aconteceu a Pedalada Ecológica Profissionais de Meio Ambiente das Empresas de em Hortolândia, no bairro Jardim Rosolen. No evento, Grande Porte do ABC. também foi feito o plantio de 100 mudas de árvores.
31
A OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse
gerada a celulose, para que sejam feitos os papéis”,
Público) Elus Ambiental firmou parceria com a gráfica explica o diretor. E-color. Com isso ela passa a ser a responsável pela impressão da revista O Meio por Inteiro.
A importância de se usar esse tipo de papel é grande. Segundo Bonini, no caso de a celulose não ser feita
A parceria une duas empresas cujo foco dos projetos
com os eucaliptos ela será
é a sustentabilidade, tema que
feita com madeiras que não
alcança apelo cada vez maior,
são de reflorestamento, o que
seja entre a população ou com
prejudica o meio ambiente.
as organizações empresariais. “Essa parceria abre uma ligação
E-color está em busca do
entre a E-color e as empresas
selo FSC
que já trabalham com a Elus, que possuem essa mesma
O FSC (Forest Stewardship
filosofia nossa, ou seja, visando
Council,
sempre a parte ecológica e
do
não só o financeiro”, afirma
português) é o selo verde
o diretor da gráfica E-color,
mais reconhecido em todo o
Antônio Fernando Bonini.
mundo, presente em todos os
Manejo
ou
Conselho
Florestal,
em
continentes do mundo. Papel utilizado contribui com o meio ambiente
Essa certificação florestal deve garantir que a madeira utilizada
Bonini ressalta que a E-color
em determinado produto é
trabalha com papéis fabricados
oriunda de um determinado
com
processo produtivo manejado
fontes
renováveis.
A
grande maioria do papel é feito com a celulose de forma ecologicamente adequada, socialmente que vem dos eucaliptos, cujas madeiras são de justa, economicamente viável e no cumprimento de reflorestamento. “Após serem industrializadas, é todas as leis vigentes. 32
Proteção e Manutenção do Meio Ambiente – Estas posturas interferem nas tomadas de decisões, Nosso Dever, nosso Direito ou uma preocupação quando as empresas buscam investir em políticas de outros? ambientais, graças às mudanças do pensamento neste século XXI, trazendo para dentro das Quando penso em Meio Ambiente, imediatamente instalações a preocupação com a necessidade de me vem a imagem de um belo rio, cercado de floresta, manter a qualidade de vida para os colaboradores, onde poderia praticar o meu hobby predileto, a clientes e para a sociedade civil. pescaria. Porém, como no livro de Thomas More (“Utopia”, 1516 – em grego, utopos = “em lugar Antes de continuarmos, devo traçar um breve nenhum”), tudo isto pode parecer utopia, pois na histórico da SMS Tecnologia Eletrônica Ltda., a sigla vida real o Meio Ambiente pode não ser atrativo SMS foi criada para abreviar o nome do 1º produto assim, ou seja, no entorno do local onde vivemos, desenvolvido pela empresa: Fonte de Alimentação moramos ou trabalhamos, a natureza foi ou pode Chaveada, em inglês: Switching-Mode Power estar sendo alterada significativamente, fazendo Supply (SMPS). SMPS foi abreviada para SMS, com com que os seres humanos sintam-se alijados desta o intuito de facilitar a pronúncia. A SMS foi pioneira e, talvez, pertencentes a outro planeta, distante e na fabricação de Fontes de Alimentação Chaveada, imaginário. ainda que a SMS não fabrique mais esse tipo de produto, sabe-se que atualmente ele está presente Mas ledo engano, o ser humano, para a tristeza de em quase 100% dos aparelhos eletrônicos. A sua alguns, está intimamente ligado ao Meio Ambiente fundação ocorreu em São Paulo no ano de 1982, e a natureza do planeta Terra, e as suas ações com a finalidade de fornecer produtos e serviços de refletem diretamente no que ocorre ou irá ocorrer tecnologia da informação, com qualidade, agilidade no planeta neste século, afetando as próximas e confiabilidade. Localizada no ABCD paulista em gerações. Diadema, é hoje o maior fabricante de sistemas de
condicionamento de energia do país, conquistando Portanto, investir nesta área é a forma mais assim a liderança no mercado de Estabilizadores inteligente de fortalecer a marca perante a de Tensão, Filtros de Linha, Nobreaks e Nobreaks sociedade civil. Inteligentes. Este passo na empresa é o inicio do trabalho de A SMS, desde a sua fundação, tem-se apresentado fundamentar, em todas as partes envolvidas, a como pioneira no lançamento de novos produtos consciência da importância de proteger e manter o de tecnologia de ponta, apresentando estes, alta meio ambiente, sem repassar esta responsabilidade confiabilidade e performance. A SMS conquistou, a outros atores do negócio. Cabe a nós, que em novembro de 1998, a Certificação NBR ISO trabalhamos nesta área, e ao poder público 9002:94 para linha de nobreaks e estabilizadores. conscientizar também os consumidores, para que Apesar de ter conquistado esta certificação, a SMS ao consumir fique a preocupação com o nosso não parou de investir em Qualidade e nos processos futuro e o dos nossos descendentes. Desta forma, internos das suas fábricas. O resultado disso foi a todos os agentes da cadeia de consumo estarão conquista da Certificação NBR ISO 9001:94 para exercendo o seu dever e o seu direito, trazendo para toda sua linha de produtos, em novembro de si a responsabilidade compartilhada de preservar e 2001 e, em julho de 2002, a Certificação NBR ISO manter o meio ambiente, que nos cerca e do qual 9001:2000. E a transição para a NBR ISO 9001:2008 fazemos parte com espécime que domina o “status ocorreu em 2009. quo” atualmente. Essas diretrizes representam o compromisso da SMS Esta troca de ideias visa estimular a discussão e a com a Qualidade, a conservação e a preservação do reflexão dos envolvidos e fazer com que possamos Meio Ambiente. caminhar no sentido da melhoria da qualidade de Na SMS, a preocupação com os resíduos gerados vida, de todos no planeta. Sendo assim, agradeço nos seus processos e com a qualidade das suas a paciência de todos em ler esta minha pequena instalações sempre esteve presente, atendendo contribuição à causa do meio ambiente, obrigado. não só à legislação ambiental e de saúde existente, como se preocupando com a continuidade das suas atividades e a participação no mercado. Após as certificações de sistemas da Qualidade e de Produtos alcançadas, foi tomada a decisão de buscar a formalização das atividades de controle e proteção ambiental, através da certificação NBR ISO 14001:2004. Remetendo ao primeiro parágrafo, nesta caminhada, o item mais difícil é a conscientização de todos sobre a preservação dos recursos, pois os recursos preservados, economizados e principalmente reciclados, neste momento, representam economia para toda a sociedade nos próximos anos e o crescimento ordenado e racional do país e da sua economia. 35
“DEFESA CIVIL SOMOS TODOS NÓS” Gestão de Emergências e Riscos Ambientais é uma questão de Segurança Pública. Desde o descobrimento do Brasil, muitas foram as leis e normas para regulamentar as tutelas do Meio Ambiente, mas sempre focadas no interesse econômico extrativista. Dentre elas, podemos citar o Código Florestal de 1965 e a Política Nacional de Meio Ambiente (PNUMA) de 1981, provocando nesta época grandes enfrentamentos políticos e até diplomáticos. Nestes 20 anos, observou-se um grande crescimento populacional desordenado, alimentado por uma cultura consumista exacerbada e uma cultura ambiental equivocada em relação à utilização dos recursos naturais, que acreditávamos ser infinitos.
ao redigir as normas gerais que regulamentassem o comportamento dos brasileiros frente à realidade socioambiental, preservando a qualidade de vida das presentes e futuras gerações impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente, visando o princípio constitucional do desenvolvimento sustentável. A partir deste momento histórico, tornou-se impossível dissociar os direitos humanos dos direitos ambientais em que todos passaram a ter o dever de tutela ambiental. Os bens ambientais deixaram de serem vistos como direitos individuais e coletivos e passaram a ser de interesse transindividuais. De acordo com a ilustre Dra. Teresa Cristina de Deus, Doutorada em Direito Ambiental “a flora gera interesses e direitos que ultrapassam os limites de indivíduos considerados isoladamente e passam a ser interesses e direitos transindividuais. Este reconhecimento da sociedade moderna pós anos 80 revolucionou a história do direito, pois exigiu a reformulação e evolução de conceitos ultrapassados, sendo certo que os
Após os anos 80, iniciou-se um processo de reconhecimento científico de que estes avanços no desenvolvimento causaram um desequilíbrio ecológico com sérias consequências no ar atmosférico, no equilíbrio climático, nas nascentes, ou seja, afetou todo o ecossistema em virtude da destruição dos meios naturais que são fundamentais para a vida humana. Em 1988, foi promulgada a Constituição Federal Brasileira, tipicamente antropocêntrica (na qual o homem é o centro do universo) recheada de artigos de proteção ambiental, que num primeiro momento nos parece antagônica, porém, se analisarmos as ocorrências nacionais e internacionais de catástrofes socioambientais nos anos 60, 70 e 80, podemos entender a preocupação que os legisladores tiveram 36
contornos dos direitos transindividuais repercutem diretamente nas recentes leis do ordenamento jurídico brasileiro, os quais tutelam o meio ambiente, seja ele do trabalho, o cultural, o artificial ou o natural (flora).” Apesar de o direito estar em consonância com os riscos ambientais, o homem deve sair do seu egocentrismo econômico e social e estender os olhar para a nova era do aquecimento global, com sucessivas catástrofes ambientais mundiais com danos à saúde pública planetária e com consequências patrimoniais e sociais irreversíveis. E, por incrível que pareça, mesmo diante deste panorama, a sociedade fica inerte, como se estivesse assistindo a um filme de ficção científica.
Secretário-chefe da Casa Militar (alto comando), Perceba, caro leitor, que a questão ambiental responsável pela Defesa Civil Estadual de São Paulo, não é um problema legal e sim comportamental pois precisávamos entender a hierarquia e a forma e cultural. O homem muitas vezes não vislumbra de comando e controle desta Instituição, pois ela o meio ambiente como parte sistêmica, ou seja, está sob a tutela dos militares: uma integração entre vários fatores biológicos, químicos, físicos, culturais, econômicos, políticos e “É de suma importância a disciplina e a hierarquia até religiosos que podem gerar tensões e desajustes militar, pois a Defesa Civil tem a prerrogativa de sociais tecidos por uma rede de interdependência e coordenar ações multidisciplinares nas questões de corresponsabilidade que interfere nas questões de Segurança Pública, que envolvem a Policia Militar Segurança Pública. de forma geral, a Polícia Ambiental, o Corpo de Bombeiros, o SAMU e outras instituições que ficam Minha vivência na área ambiental com logística sob minha tutela”, comentou o Coronel Kita. reversa de baterias chumbo ácido inservíveis, que engloba o transporte de um resíduo perigoso, Destacou também que a responsabilidade da fez com eu estendesse meu olhar para os riscos Defesa Civil concentra-se em quatro etapas: Ações ambientais decorrentes desta atividade e os planos preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas de emergência no caso de acidentes. Comprometido e que o papel dos municípios é fundamental para com a sustentabilidade, consegui, ao longo dos que obtenham o resultado esperado no caso de anos, todos os tipos de licenças ambientais através catástrofes ambientais ou sociais. Explicou como dos órgãos especializados, mas continuei a refletir se divide a Defesa Civil, começando pelo SINDEC, sobre os riscos das operações e a forma mais rápida Sistema Nacional de Defesa Civil, sob a coordenação de solucionar um sinistro. da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, constituído por órgãos No que se refere a Seguro Ambiental, comento e entidades da administração pública federal, que o tema é novo em nosso país e que começa estadual, do distrito federal e dos municípios, mais a ser incluído em diversas políticas públicas, pois
as entidades privadas e a comunidade que são
percebo que existem muitos fatores que encarecem
responsáveis pelas ações da Defesa Civil em todo
ou inviabilizam uma apólice de seguro. Dentre elas, o território nacional, criado em 1988 e atualizado destaca-se a falta de gestão de emergência atrelada
pelo Decreto Federal nº 5.376 de 2005. Integram
aos riscos ambientais e, assim, resolvi entender o SINDEC: um pouco mais sobre Segurança Pública atrelada às questões ambientais e, desta forma, procurei • CONDEC – Conselho Nacional de Defesa Civil, conhecer um pouco da Defesa Civil Brasileira, que foi
responsável pela formulação e deliberação de
criada com o objetivo de prevenir, reduzir e remediar
políticas e diretrizes do Sistema (órgão superior). É
acidentes e desastres, inclusive os ambientais, bem
composto por um representante de cada Ministério
como ter um plano de emergência multidisciplinar e da Corporação da Segurança Nacional (Marinha, no âmbito nacional, estadual e municipal.
Exército e Aeronáutica);
Em visita realizada pela equipe do PRAC ao Palácio
• Secretaria Nacional de Defesa Civil, responsável
dos Bandeirantes em São Paulo, conversamos com
pela articulação, coordenação e supervisão técnica
o Coronel da Policia Militar o Sr. Luis Massao Kita, do Sistema (órgão central); 37
• CORDEC – Coordenadorias Regionais de Defesa Civil, localizadas nas cinco macro regiões geográficas do Brasil, responsável pela articulação e coordenação do Sistema regionalmente (órgão regional); • CEDEC – Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil, responsável pela articulação e coordenação do Sistema em nível estadual (órgão estadual); • COMDEC e NUDEC – Respectivamente coordenadoria municipal de defesa civil e núcleos comunitários de defesa civil, responsáveis pela articulação e coordenação do Sistema em nível municipal (órgãos estaduais); • Órgãos Setoriais: da administração pública federal, estadual, municipal e do distrito federal que se articula com os órgãos da coordenação, com objetivo de garantir atuação sistêmica; • Órgãos de Apoio: órgãos públicos e entidades privadas, associações de voluntários, clubes de serviços, ONGs e outros, que apóiam os
demais órgãos integrantes do Sistema. “Hoje, o grande desafio da Defesa Civil está focado na área de comunicação”, melhorar o sistema integrado de rádio, TV, computadores, internet e até rádio amador (no caso de pane em telecomunicações). Porém, existem ações isoladas que demandam muito esforço da sua equipe estadual que trabalha na conscientização das prefeituras sobre a importância de se ter um COMDEC na prática e não só no papel. “A Defesa Civil é essencialmente uma ajuda humanitária”, é por este motivo que estamos lançando a campanha “Defesa Civil Somos Todos Nós”, sob a coordenação do Prof. Michel Chelala (coordenador de marketing na época da visita). Relatou em seu gabinete que pretende “profissionalizar” a Defesa Civil através de um plano de gestão que engloba:
• Plano estratégico de Defesa Civil (deve ser auditado); • Centro de Gerenciamento de Desastres Municipais (proporcional ao tamanho das cidades); • Mapeamento de ameaças naturais e tecnológicas digitalizado com foco em ações de prevenção, precaução, monitoramento e simulação de possíveis ocorrências e estoque estratégico de suprimentos emergenciais; • Capacitação em recursos humanos (profissionalização); • Sistema de Serviço Voluntariado para a Defesa Civil. Outro ponto importante na época foi apresentado pelo Major Antonio Marcos, que elaborou o estatuto do CONGEDEC, Conselho de Gestores da Defesa Civil, que é uma pessoa jurídica composta de mais de 20 estados. Ele é o representante de São Paulo, na tentativa de alavancar profissionalmente a Defesa Civil e, através do FUNDAP, Fundação para o desenvolvimento administrativo do estado, conseguiu recursos para montar um curso à distância sobre Defesa Civil que foi planejado pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil (CODEC – Estadual) para 1.500 pessoas e será divulgado para as 645 prefeituras do estado de São Paulo.
interesse no fortalecimento da Defesa Civil entre o público jovem e premiar as melhores teses sobre defesa civil com a publicação oficial desta pelo departamento de Defesa Civil Estadual. “Todas estas pessoas acima envolvidas trabalham de forma voluntária”, comentou o Coronel Kita. Confesso que fiquei estarrecido com esta informação, pois acredito que a Defesa Civil deva ser o pilar de sustentação da segurança pública nas questões socioambientais e que esta atividade profissional deveria ser muito bem remunerada, em virtude da complexidade das ações e do volume de trabalho. Por outro lado, fiquei encantado com a paixão que move um “exército” de pessoas empenhadas em trazer segurança e solucionar de forma rápida e eficaz todo e qualquer acidente, desastre ou catástrofe socioambiental.
Caro leitor, tudo isso nos remete a uma grande reflexão: se o slogan da campanha da Defesa Civil é: “DEFESA CIVIL SOMOS TODOS NÓS”, deveríamos exercer nossa cidadania e contribuir para profissionalizar esta instituição promovendo a contratação também de civis para realizar atividades meio, por exemplo, nas centrais de telemarketing, para atender e direcionar ocorrências, equipes de tecnologia da informação para desenvolvimento de software e manutenção dos computadores que Em seu plano, pretendia realizar 17 seminários em devem ser de última geração para evitar panes, vírus, 16 regiões administrativas do estado, com público etc, porém, haverá a necessidade de adequação na de 70% militares voluntários e 30% servidores de profissionalização deste setor, pois atividades meio órgãos públicos voluntários. E, no final do ano podem e devem ser realizadas por civis para que subsequente, iria organizar um grande evento as funções dos militares sejam preservadas nas estadual aberto ao público em geral, porém com atividades fim. foco nas universidades, e ele pretende contatar Pensemos juntos nesta possibilidade, pois fortalecer durante o ano as mais conceituadas para explicar a Defesa Civil é direito e dever de todos no exercício o grandioso trabalho da instituição e despertar o da cidadania. 39
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A Empresa Sustentável – O verdadeiro sucesso e o lucro com responsabilidade
Esse livro é uma análise de como as empresas podem prosperar sob o ponto de vista financeiro e, ao mesmo tempo, proteger e renovar os recursos sociais, ambientais
Autores: Weber, Karl e Savitz, Andrew Editora: Campus Tema: Terceiro Setor Páginas: 320 Preço: R$ 83,90 Ano e número da edição: 2007 / 1ª edição.
e econômicos que lhes servem de matéria-prima. Oferecendo um conjunto de ferramentas e casos reais que impulsionarão o leitor em busca da sustentabilidade em suas empresas, essa obra ajuda na compreensão de uma transformação em curso e mostra o que é possível fazer para tornar-se parte dela. Empresas que exploram recursos humanos e naturais na sede por lucro
são empreendimentos insustentáveis. Tais empresas têm cada vez menos espaço numa época em que a pressão de acionistas e investidores por responsabilidade social e ambiental é cada dia maior. Como Consumir Sem Descuidar Do Meio Ambiente
A intenção de Como Consumir sem Descuidar do Meio Ambiente é ensinar como as pessoas devem adaptar seus hábitos e o que devem mudar no comportamento para
Autor: Berry, Sian Editora: Publifolha Editora Páginas: 128 Preço: R$ 19,90 Assunto: Ciências biológicas - Ecologia Ano e número da edição: 2009 / 1ª Edição
Conversas com os mestres da sustentabilidade Autoras: Laura Mazur e Loella Miles Editora Gente Páginas: 320 Preço: R$ 69,90 Ano e número da edição: 2010 / 1ª edição
combater o aquecimento global e outros danos ao meio ambiente. Neste volume, Siân Berry explica como escolher produtos que agridem menos a natureza, como consumir sem desperdiçar e sem comprometer a qualidade e o custo dos produtos, e como ter uma atitude mais ecológica no supermercado e na hora de comprar presentes. Conversas com os mestres da sustentabilidade vai expor um debate entre especialistas de diferentes setores para tratar da esperada transição da economia atual para a chamada economia verde. Embora todos tenham consciência dos problemas que já enfrentamos com os efeitos do aquecimento global, são poucas as pessoas que tomam atitudes contra isso. O livro vai abordar, por meio de uma
conversa, como o próprio título sugere, a falta de lideranças capacitadas e comprometidas com um futuro melhor para todos. Lideranças do setor empresarial, do governo, sociedade civil, diplomacia, além de escritores e ambientalistas vão responder a uma sequência lógica de perguntas na busca por soluções para os desafios e impasses do nosso mundo atual. Sustentabilidade e Mudanças Climáticas Autores: Lopes, Fernando Giachini e Fujihara, Marco Antonio Editora: Senac São Paulo Páginas: 168 Preço: R$ 45,00 Ano e número da edição: 2009 / 1ª edição
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O livro Sustentabilidade e Mudanças Climáticas traduz a complexidade de um mundo que busca reduzir os efeitos do aquecimento global. Os leitores terão uma síntese sobre como funciona o mercado de carbono, que, ao mesmo tempo, capitaliza as empresas, indica caminhos de como evitar desperdícios e torna possível um futuro mais limpo.