Ônibus a R$ 4,65: sucateamento, greve e serviço criticado marcam o reajuste da tarifa no município

Nathália Rabelo

O transporte coletivo de Campo Grande fica mais caro nesta quarta-feira (1.º). O preço da passagem de ônibus paga às empresas do setor sobe de R$ 4,40 para R$ 4,65.

Por trás do aumento de R$ 0,25, consumidor final é prejudicado por veículos sucateados, greve dos motoristas, precarização do serviço e “bate-volta” entre poderes.

Usuários do transporte coletivo receberam a confirmação do aumento no dia 14 de fevereiro, quando o município oficializou o preço da passagem do ônibus a R$ 4,65. Moradores que dependem do serviço já pagavam os R$ 4,40 com críticas.

Porém, antes da decisão fi- nal, Consórcio Guaicurus (que reúne as empresas do setor), prefeitura, Governo do Estado e Câmara Municipal viveram momentos de impasse e resolução de conflitos.

Descumprimento de TAG

As discussões sobre o reajuste começaram no fim de 2022, quando foi revelado que as concessionárias cumprira, apenas 5 dos 18 pontos do TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) firmado em 2020 junto ao TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) e que visava a melhoria da qualidade do serviço.

No entanto, o Consórcio Guaicurus condicionou a aplicação das mudanças ao reajuste do passe de ônibus em 2023. A ideia

Campo Grande terá tarifa de R$ 4,65 nos coletivos a partir deste dia 1.º não foi descartada pelo diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados), Odilon de Oliveira Júnior.

O valor da tarifa do transporte coletivo é anualmente discutido pela Agereg por previsão contratual estabelecida quan- do o Consórcio Guaicurus assumiu o serviço. Nos primeiros dias de janeiro, Odilon pediu a extensão do prazo para cumprimento dos acordos do TAG.

Dias depois, os usuários se depararam com um novo desafio: a greve dos motoristas de ônibus.