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MEIO AMBIENTE Queimadas no Pantanal mataram 17 milhões de animais silvestres em 2020, diz estudo

Mariane Chianezi

Os incêndios que destruíram cerca de 2,9 milhões de hectares do Pantanal sul-mato-grossense em 2020 mataram centenas de animais. Em Mato Grosso do Sul, animais chegaram a ser resgatados com vida em meio às chamas, mas não resistiram e morreram no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). Estudo recente apontou que mais de 17 milhões de vertebrados morreram nas queimadas no Pantanal no ano passado.

Conforme o G1, o estudo foi realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, universidades e organizações não-governamentais. As vítimas mais recorrentes foram as pequenas cobras, principalmente as aquáticas: mais de 9 milhões de mortes.

O estudo (não publicado em revista científica) foi submetido ao periódico Scientific Reports, da Springer Nature, e está sob avaliação de outros cientistas. Os pesquisadores dizem que o trabalho é pioneiro no uso da “técnica de amostra de distâncias em linhas” para calcular mortes de animais em queimadas.

A metodologia é baseada nos chamados transectos: trilhas em linha reta através de áreas pré-determinadas pelos focos de incêndio no bioma. Cada linha percorrida tinha de 500 metros a 3 km.

As carcaças eram registradas com datas e coordenadas geográficas.

“O método é diferente, ele se baseia no conhecimento da probabilidade de detectar um animal a diferentes distâncias da linha. É uma estratégia moderna para corrigir o erro de ‘detectabilidade’, que é a probabilidade de enxergar o animal quando ele está presente na área em que se passa”, explica Walfrido Moraes Tomas, pesquisador da Embrapa Pantanal e coordenador do estudo.

Número subestimado

Os 17 milhões de animais vertebrados são assumidamente uma subestimativa, porque muitos animais que vivem em tocas ou dentro de ocos de árvores podem ter morrido. Há também vertebrados muito pequenos que podem ter sido completamente calcinados.

A busca em campo era feita em até 72 horas após o início de cada foco do incêndio, mas a maioria dos casos foi catalogado entre 24 e 48 horas. A força-tarefa para o trabalho de campo ocorreu entre 1º de agosto e 17 de novembro de 2020, do norte ao sul do Pantanal.

A estimativa abrange o período entre janeiro e novembro de 2020. No ano passado, o Pantanal foi consumido pela maior tragédia de sua história, com a destruição de 4 milhões de hectares (26% da área total).

Fotos: CBMMS/Divulgação

Incêndios no Pantanal deixaram rastro de morte entre os animais silvestres

Impacto

A biodiversidade do Pantanal é composta por mais de 2 mil espécies de plantas, 269 peixes, 131 répteis, 57 anfíbios, 580 aves e pelo menos 174 mamíferos. O número de invertebrados é desconhecido. Grandes vertebrados como cervos, veados, antas e onças não foram observados a partir dos transectos dada a baixa densidade populacional. Mas foram frequentemente encontrados mortos ou feridos.

O estudo alerta que mudanças climáticas provocadas pelas ações do homem têm influenciado frequência, duração e intensidade das secas. O impacto de seguidas queimadas pode empobrecer o ecossistema, que já é frágil no período sem chuvas. O fogo faz parte da dinâmica natural do Pantanal, mas não nessas proporções. (MC)

Focos de incêndio caem pela metade

Em 2021, se somados todos os biomas de Mato Grosso do Sul, principalmente Cerrado e Pantanal, foram contabilizados 5.499 focos de incêndio, de acordo com o Inpe, número ligeiramente superior ao registrado no Pantanal em 2020 (5.352).

Se considerado apenas o Pantanal, neste ano, até quarta-feira (15), foram 2.594 focos, queda de 51% em relação a 2020. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais informou que o Pantanal vive uma seca há 2 anos, com chuvas até 30% abaixo da média. (Lucas Mamédio)

DINHEIRO DISPONÍVEL

PIS-Pasep libera R$ 22,8 bilhões e Caixa está à procura dos beneficiários

Gabriel MayMone

A Caixa Econômica Federal comunicou que liberou cerca de R$ 22,8 bilhões para saque do PIS-Pasep para quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988. Contudo, o banco não está conseguindo localizar os titulares.

Quem exerceu atividade formal neste período pode se dirigir a uma agência da Caixa para sacar o que lhe é de direito do PIS-Pasep. As cotas se diferenciam do abono, tendo em vista que a é possível somente para os trabalhadores que exerceram atividade até 1º de outubro de 1988 e trabalhadores podem resgatar as cotas uma vez na vida. Em caso de falecimento do titular das cotas, o herdeiro pode sacar os recursos até 2025, quando o dinheiro volta para a União. Existem várias opções, mas o trabalhador que possui o Cartão Cidadão pode se dirigir a um caixa eletrônico que o dinheiro estará disponível na conta. Há a possibilidade de saque em lotéricas ou correspondentes Caixa, com limite de R$ 3 mil com o cartão. É possível, também, ir a uma agência Caixa com documento de identificação original com foto. No caso de falecimento do titular, seus herdeiros direitos (cônjuge ou filhos) podem realizar o saque se dirigindo a uma agência da Caixa, sendo necessário comprovar o vínculo com o falecido por meio da certidão de óbito.

EM AGOSTO

MPMS usa mais de R$ 147 mil em diárias

O Ministério Público do Mato Grosso do Sul consumiu R$ 146.980,24 com 368,5 diárias pagas aos servidores. Deste montante, R$ 31.584,33 são sigilosos. A lista foi divulgada no Diário Oficial do MPMS nesta quinta-feira (15) e diz respeito às despesas de agosto. O maior valor com diária foi de R$ 5.558,69 e o menor, de R$ 98,34.

Os gastos sigilosos foram com 63 diárias, todas com veículos oficiais. Na média, cada diária sigilosa custou aos cofres públicos de Mato Grosso od Sul cerca de R$ 501. (Mar-

celo Nantes)

MINISTÉRIO PÚBLICO R$ 1,8 milhão por 280 computadores

O Ministério Público do Mato Grosso do Sul aderiu à ata de registro de preço no Pregão Eletrônico 58/2020 para aquisição de 280 microcomputadores portáteis pelo valor de R$ 1.885.800.

A Líder Notebooks Comércio e Serviços Ltda. se comprometeu a fornecer os equipamentos e prestar garantia e assistência técnica por 60 meses. O contrato foi assinado na terça-feira (13), com vigência até 13 de setembro de 2024. (MN)

PARA SETEMBRO

Vale-gás de R$ 120 pode ser antecipado

O vale-gás é um dos benefícios previstos para integrar o Auxílio Brasil, novo programa do Governo Federal para substituir o Bolsa Família que deve começar a vigorar a partir de novembro. Porém, há expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro antecipe o pagamento de R$ 120 a cada dois meses em setembro. O benefício é destinado para a compra de botijão de gás e será distribuído por meio de um ticket. A previsão é de que o projeto custe R$ 3 bilhões. (GM)

EXPEDIENTE

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