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Campo Grande, MS - Terça-Feira, 2 de Agosto de 2022
midiamax.com.br
COTIDIANO TRANSPORTE COLETIVO
Clayton neves Três meses após a inauguração do trecho do corredor sudoeste de ônibus da Rua Brilhante, obra com custo aproximado de R$ 7 milhões, a Prefeitura de Campo Grande aponta melhora no fluxo de veículos na via, com redução de 5 minutos no tempo do percurso. A expectativa é de que, com ativação dos 70 km de corredores em toda a cidade, a velocidade média dos coletivos aumente em 62%, chegando a 25 km/h. “Os corredores são tendência em muitas cidades e levam melhorias para o transporte coletivo, hoje, usado por mais de 100 mil pessoas”, pontua o secretário municipal de Infraes-
Marcos Ermínio/Jornal Midiamax
Corredores de R$ 7 mi reduziram percurso de ônibus em 5 minutos, mas ainda são criticados por moradores Novos corredores Na Rua Rui Barbosa, equipes da prefeitura trabalham há meses na construção do corredor que será inaugurado. Antes da ativação, comerciantes já dizem amargar prejuízos. “Começaram a mexer aqui dia 26 de fevereiro e, desde então, meu movimento caiu 80%, demiti 2 funcionárias e, além de fazer empréstimos no banco,
Marcos Ermínio/Jornal Midiamax
Ponto de embarque e desembarque de usuários no corredor da Brilhante
trutura, Rudi Fioresi. Ao todo, os 70 km de corredores custarão R$ 116 milhões e fazem parte do PAC Mobilidade Urbana. Apesar das vantagens apontadas, as adaptações para desafogar o trânsito enfrentam resis-
até dinheiro com agiota eu peguei”, relata a empresária Rosimeire Dias, 46. Na avaliação do secretário municipal de Obras, Rudi Fioresi, as reclamações de moradores e comerciantes fazem parte do período de adaptação. “De um modo geral as pessoas resistem a qualquer mudança, mas, com o tempo, as coisas vão se encaixando”, pontua. (CN)
tência e dividem opiniões. Na Brilhante, onde todas as etapas da obra já foram concluídas, lojistas relatam queda na clientela e moradores apontam transtornos para entrar ou sair das garagens.
Comércio vê prejuízos e ‘fuga’ de clientes com corredor Com as vias preferenciais para o transporte coletivo, condutores estão proibidos de estacionar ou circular na faixa esquerda – exceto para fazer conversões. No cruzamento da Brilhante com a Rua Mário Quintanilha, acessar um posto de combustíveis virou um desafio. Com veículos proibidos de parar e um ponto de embarque e desembarque bem no meio da rua, a empresa viu o movimento cair 30%. “Atrapalhou muito. A pessoa quer entrar no posto para abastecer, mas acaba desistindo porque não pode parar nem reduzir a velocidade. Para com-
pletar, ainda tem o ponto de ônibus no meio”, comenta o frentista Evandro Ferreira da Silva, 34 anos. De acordo com ele, boa parte dos condutores não se familiarizou com as mudanças. “Ninguém sabe se pode ou em qual ocasião pode entrar na faixa do ônibus. Muito motorista ainda não entendeu como funciona e fica com medo. Todo dia a gente vê acidente aqui”. Hoje, na extensão de 7 quilômetros da Rua Brilhante, a faixa da esquerda é exclusiva para trânsito de ônibus. A faixa do meio e da direita é dividida pelo restante dos condutores.
Acesso às lojas “Atrapalhou muito o comércio, porque não se pode mais parar para acessar as lojas. Para moradores também. Outro dia minha vizinha levou uma multa porque teve de parar para abrir a garagem onde iria entrar para guardar o carro”, relata o mecânico José Donizete Ribeiro, 50. Para conversões à esquerda, o morador revela que a história é uma “novela” a parte. “Muitos motoristas vêm da faixa do meio e fazem a conversão. Não entenderam que para virar à esquerda podem entrar na faixa dos ônibus” acrescenta o mecânico. (CN)
Obras para implantar corredor na Rua Rui Barbosa estão avançadas
Solução de ‘baixa resolutividade’ Para especialista de trânsito ouvido pelo Jornal Midiamax, é baixa a resolutividade da adaptação para resolver o problema de fluxo de veículos. “A via virou um puxadinho. Não foi projetada, foi adaptada. Tirou-se o fluxo normal de veículos leves e inseriu-se uma tubulação adaptada para os de grande porte ”, disse o engenheiro Albertoni Júnior, especialista em Segurança do Trânsito.
Para ele, falhas são evidentes. “A via fica completamente ocupada e saturada. Até mesmo nos corredores os ônibus têm de manobrar, entrar na diagonal para acessar a rua”. Além da criação de corredores fechados e exclusivos para ônibus, como em Cuiabá, umas das alternativas apontadas por Albertoni é educar condutores para que usem rotas alternativas. (CN)
QUANTOS SOMOS
Com busca por dados sobre mortes por Covid, Censo 2022 é lançado em MS luCas MaMédio O Censo 2022 do IBGE foi lançando na manhã desta segunda-feira (1.°) em evento no auditório do Bioparque Pantanal. Ao todo, serão 2.530 recenseadores em Mato Grosso do Sul e mais de 800 em Campo Grande, que vão trabalhar até dezembro. Serão mais de 900 mil domicílios visitados no Estado –190 mil deles na Capital. Entre as questões inéditas está o impacto da Covid nas famílias. Isso porque os recense-
adores vão perguntar sobre casos de mortes por coronavírus. “É importante responder ao Censo, então, fazemos um apelo para que todos que forem abordados participem”, disse Mario Alexandre de Pena, superintendente do IBGE em Mato Grosso do Sul. Primeiro recenseado O primeiro recenseado do Estado foi o governador Reinado Azambuja (PSDB). Ele respondeu às questões em 5 minutos de forma reservada, já que são ne-
cessárias informações pessoais. O Censo vai tirar uma fotografia detalhada dos brasileiros, mostrando as principais caraterísticas socioeconômicas –idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda, existência de saneamento básico dos domicílios, entre outros dados. Os primeiros resultados do Censo 2022 estão previstos para serem divulgados ainda no final deste ano. Outras análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024.
Identificação Conforme coordenadora de Área do IBGE, Sílvia Assad, entre as condutas dos recenseadores está o local onde é feita a entrevista. “O recenseador é orientado a realizar a entrevista de preferência no portão. A gente não solicita a via de regra de entrar nos domicílios, a não ser que o morador nos convide”, explicou. Para identificar o trabalhador do Censo, o morador pode
acessar o site respondendo. ibge.gov.br e tirar as dúvidas. “Nossos recenseadores vão sempre estar uniformizados, com crachá, colete, boné e vão estar portando equipamento, o dispositivo móvel de coleta”, explicou Assad. O IBGE prorrogou para 3 de agosto as inscrições na seleção complementar para recenseadores. São 15.075 vagas, inclusive em Mato Grosso do Sul. Informações em ibge.gov. br. (LM com Agência Brasil)
