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Chuvas deixam várias ruas da Capital intransitáveis

DânDara Genelhú

As chuvas de segunda-feira (20) evidenciaram a má situação de ruas em Campo Grande. Na Mata do Segredo e no Portal da Lagoa, por exemplo, formaram-se poças e crateras e moradores sofrem com as vias intransitáveis.

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Ao Jornal Midiamax, eles apontam a falta de manutenção das vias. “Eu e vizinhos já ligamos para a prefeitura e nada”, afirma Daniele Ferreira, moradora do Morada do Sossego.

Há 6 meses no bairro, ela diz que a Rua Viviane Martins Budib sofre com crateras, que ficam

“cada dia piores com essas chuvas”. A via intransitável atrapalha a rotina de terapia do filho dela, que possui TEA (Transtorno do Espectro Autista).

“Ele não foi em 4 terapias por conta da situação da rua e a chuva. Não consegui tirar o carro da garagem”, relata. A água marca o caminho em que percorre na rua, que está com valetas de diversos tamanhos.

Poças de água Quase 10 quilômetros distante, a Rua Ovidea Maria de Lima não difere do cenário após chuvas e também causa transtornos para os moradores. Des-

Nem as ruas com asfalto salvam a população de transtornos na Nova Campo Grande, especialmente nos dias de chuva. O pavimento na Avenida 9, que dá acesso a outras regiões, é cheio de buracos que causam problemas no trânsito ou a pé, já que precisam desviar na contramão ou procurar caminhos para fugir das poças.

Na segunda-feira (20), quem estava de carro, moto ou como pedestre precisava passar pela avenida com atenção, já que no cruzamento com a Rua 65 uma enorme poça de água se formou, escondendo as crateras.

‘Ponte’ mam conta da rua. Quando os ônibus passam, a água entra nas residências. Moradores improvisaram uma barreira para impedir a passagem de ônibus, na tentativa de evitar a entrada de água nas casas.

Um comércio em frente ao problema até colocou um pedaço de madeira, como uma “pontezinha”, ligando a calçada até a avenida para que os clientes conseguissem entrar.

A proprietária, Fabiana Ferreira, contou que faltam bocas de lobo para escoar a água acumulada ao longo das calçadas e que demora para o líquido sumir.

“A gente perde vendas quando chove e alaga. Se tem muita chuva, acabamos perdendo a mercadoria que fica no chão, como o carvão”, reclamou.

A situação se complica à noite devido à visibilidade. Fabiana aponta que já aconteceram dois acidentes de moto por ali.

Além disso, ela destaca que “não é possível transitar” na rua. Por fim, afirma que com o tempo firme e sem chuvas, a poça leva quase uma semana para secar. “Sempre foi assim, ninguém olha por nós”.

Com barro e valetas agravadas pelas chuvas, nem o caminhão de coleta da Solurb passou pela rua Presidente Lincoln, no Jardim Pacaembu. Moradores do bairro lamentam a situação das ruas e afirmam que o incidente virou rotina.

O caminhão de coleta de lixo ficou atolado na manhã desta segunda-feira (20). Jeverson Martins da Silva conta que foi preciso um caminhão-guincho para desatolar o veículo da Solurb.

Segundo informou o morador à reportagem, o caminhão ficou cerca de 2 horas preso. Ele mora há quase 33 anos no bairro e lamenta a falta de manutenção das ruas.

3 anos sem patrolamento

“Está muito ruim. Faz quase 33 anos que moramos no bairro, depois de 3 anos nunca mais passou patrolamento e cascalhamento”, apontou. Além disso, ele destaca que em dias de chuva as ruas ficam “só valetas”.

A situação afeta a rotina da família de Jeverson e outros moradores do bairro. “Até quan-

Em diferentes regiões da cidade, ruas de terra foram tomadas por crateras nível e buracos ficam cheios de água na via do Portal da Lagoa. Cristiane Espíndola Amaral mora no bairro há 20 anos e lembra que a rua é rota de ônibus. “Está entrando água na casa de todo o pessoal que mora nessa rua e ninguém faz nada”, lamenta. De lado a lado, as poças to-

A Avenida 9 é uma via de linhas do transporte coletivo que, nessas situações de grandes poças pelo asfalto, espirram água para as casas e estabelecimentos. O resultado é o comerciante João Pereira com um rodo empurrando a água para fora da calçada. “Qualquer chuvinha que dá aqui vira o Rio Aquidauana. A gente está praticamente no Pantanal. Fizeram asfalto e esgoto, mas não tem boca de lobo”, apontou.

O Jornal Midiamax acionou a prefeitura para saber se há previsão de manutenção das ruas. Não houve resposta até a veiculação desta matéria.

Buraco completa dois meses aberto

Ainda na Avenida 9, um buraco foi aberto no cruzamento com a Rua 112 há quase 2 meses para uma obra. A proprietária da Avenida 9 Brechó, Márcia Elizeche, 50 anos, conta que demoraram semanas até que o local fosse sinalizado. Além disso, o buraco gera

Água acumulada

Além dos problemas de falta de bocas de lobo para escoar a água, os moradores da Nova Campo Grande acreditam que o problema está ligado a água que vem de uma área de reserva no Aeroporto Internacional de Campo Grande, que escorre para as ruas do bairro.

Em 8 de fevereiro, o Jornal Midiamax publicou reportagem sobre a situação do bairro após uma forte chuva em que tam- um grande transtorno para os usuários de ônibus, já que próximo há um ponto de parada que ficou isolado devido ao buraco. Márcia aponta para a rua e mostra que em frente ao comércio há uma boca de lobo entupida, escondida pela água vermelha parada. (TG) bém foi apontada essa área de reserva como parte responsável pela água que desce pelas ruas.

Em nota enviada na época, a Infraero apontou que a Prefeitura de Campo Grande conduzirá uma obra nessa área.

O Jornal Midiamax pediu uma nota da Prefeitura sobre a obra na região do aeroporto e os outros problemas apontados pelos moradores e aguarda resposta. O espaço continua aberto para manifestação.

Caminhão da coleta de lixo atola em via do Jardim Pacaembu: ‘Só valetas’, diz morador do vamos pedir algum lanche os entregadores de aplicativo têm dificuldade para fazer as entregas”.

Enquanto aguardam melhorias, os moradores seguem na mesma situação. “Só Deus na causa”, afirmou.

O Jornal Midiamax acionou a Prefeitura de Campo Grande para saber se há previsão de manutenção das ruas. Contudo, não houve resposta até a veiculação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações posteriores. (DG)

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