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Fila para adotar bebê abandonado tem 30 mil famílias

Mirian Machado ranziel oliveira

A fila de adoção com interesse no bebê encontrado em caixa de papelão na quarta-feira (1.º) no Aero Rancho passa de 30 mil famílias habilitadas no sistema nacional. Conforme a juíza Katy Braun do Prado, da Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso de Campo Grande, há até famílias de outros países que entraram em contato querendo dar um lar ao menino.

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Conforme a juíza, o telefone não tem parado de tocar, tendo na linha famílias interessadas no bebê. Ela explica que há outras com mais tempo na fila e que têm prioridade.

“Temos recebido muitos telefonemas, mas estamos avisando as pessoas que já há cerca de 30 mil famílias habilitadas aguardando serem chamadas para adotar o pequeno”, disse.

Bebê deixado dentro de caixa em calçada foi encaminhado para o Regional

Ela explica que as ligações de fora do país aconteceram com a repercussão do caso. “Souberam por familiares de Campo Grande e manifestaram interesse”.

Família biológica

Katy Braun do Prado explicou que a família biológica da criança será procurada para verificar se eles têm o interesse no bebê e se têm condições de ficarem com ele. “Se não tivermos

Entrega voluntária

renata Portela sucesso, convocaremos a família mais antiga do sistema nacional de adoção que se habilitou para adotar um filho com as características desse bebê”.

Nesta quinta-feira (2), moradora na Vila Piratininga procurou a Polícia Civil para denunciar a vizinha por maus-tratos. Conforme o registro policial, o morador ouve a vizinha agredir uma menina de aproximadamente 2 anos. Com isso, ouve os gritos e o barulho das agressões diariamente.

Apesar de não ter testemunhas, o vizinho diz que teve desentendimento com a mulher por causa das agressões. O caso será investigado como maus-tratos.

A denúncia acontece uma semana após a morte da menininha de 2 anos, vítima de maus-tratos pela mãe e o padrasto. A criança deu entrada na UPA Coronel Antonino já sem vida.

Os responsáveis acabaram presos em flagrante e já estão nos presídios. Após o crime, foi identificado que a menina já tinha passado por atendimento no posto por ao menos 30 vezes.

Além disso, uma denúncia de maus-tratos que resultou no indiciamento da mãe chegou ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul, mas foi arquivada.

O recém-nascido passa bem e está no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.

Os interessados em realizar adoções devem procurar a Vara da Infância, da Juventude e do Idoso. A família interessada deverá realizar o CPA (Curso de Preparação à Adoção).

O TJMS tem o projeto Dar à Luz, que consiste na entrega voluntária e legal do bebê à adoção. Uma série de alterações na legislação ocorreu nos últimos anos com o intuito de proteger a mulher contra o preconceito que se observa quando manifesta essa intenção, bem como para promover que a criança seja entregue para colocação em nova família com intermediação da Justiça e não de terceiros.

A ideia do projeto, conforme detalhado, surgiu diante da grande quantidade de mulheres que abandonam seus filhos ou procuram desconhecidos para assumirem sua criação, por não saberem que entregar um filho à adoção não é crime.

O Projeto Dar à Luz consiste no atendimento da gestante ou puérpera que manifesta o desejo de entregar o filho para adoção; visa a orientação psicossocial e jurídica da gestante ou mãe para a tomada, livre e consciente, da decisão a respeito do destino da criança, a fim de evitar abortos clandestinos, o abandono material ou o infanticídio, garantir a colocação regular da criança em família substituta, sem perder de vista o devido amparo à saúde, à qualidade de vida, ao bem-estar da mulher durante a gestação, no parto e no pós-parto.

O Poder Judiciário é o órgão competente para gerir as questões referentes à entrega de uma criança e posteriormente o respectivo processo de adoção. Para mais informações, acesse o site https://www.tjms.jus.br/projetos/ dar-a-luz. (MC e RO)

Polícia apura abandono de crianças e descobre ‘desvios’

Nesta quinta-feira (2), caso de abandono de incapaz resultou na descoberta do que seria um esquema de desvio de produtos de um aplicativo de compras. As crianças, de 10 e 11 anos, foram acolhidas e levadas para a delegacia.

Equipe da Polícia Militar foi acionada após denúncia de abandono de incapaz. Na casa, os militares perceberam as duas crianças acenando para a viatura, pelo portão. Elas começaram a gritar: “Estamos sozinhos aqui”. Depois, contaram aos militares que a mãe sai por volta das 6h e deixa os filhos sozinhos o dia todo.

Além disso, muitas vezes as próprias crianças têm de cozinhar. Durante a ocorrência, as vítimas teriam se mostrado tristes e nervosas, relatando que o convívio na casa é desagradável.

Isso, porque o padrasto é alcoólatra e costuma agredir a esposa. Em uma das brigas, teria quebrado os óculos da enteada.

Violação de entregas

Ainda na casa, as crianças revelaram que a mãe trabalha fazendo entregas para o aplicativo de compras. No entanto, estaria desviando alguns pacotes e abrindo em casa.

Foram encontrados tênis, con- trole de videogame, cosméticos e eletrônicos. Também foram encontrados pacotes das encomendas de várias pessoas diferentes. Uma das crianças disse aos policiais que tinha medo de usar os produtos porque poderia ter sido algo que a mãe roubou. Momentos depois o pai das crianças chegou e relatou que já tinha denunciado a ex-mulher. Nesta quinta, os filhos teriam ligado para ele chorando, pedindo socorro por não aguentarem mais ficar sozinhos na casa. Com isso, as crianças foram encaminhadas para a DEPCA. O caso deve ser investigado como abandono de incapaz. (RP)

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