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SAÚDE PÚBLICA | PÁGINA
from Midiamax Diário | 9 de maio de 2022 | Agências de emprego abrem a semana com 2.700 vagas disponíveis
SAÚDE PÚBLICA Cobertura vacinal contra a poliomielite cai quase 40% em Campo Grande; em MS, recuo chega a 22%
Tomaz Silva/Agência Brasil/Arquivo
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Fábio oruê Graziela rezende
O Brasil entrou na lista dos 8 países da América Latina com alto risco de infecção da poliomielite por conta da baixa cobertura vacinal e Mato Grosso do Sul é um dos locais que teve queda no índice de cobertura nos últimos anos.
Conforme dados da Sesau (Secretaria de Estado de Saúde), de 2019 para 2021, o índice teve recuo de 22,86% nas vacinações contra doença, uma das principais causas da paralisia infantil –que pode ser fatal. A secretaria informou que ainda não tem dados de 2022.
Em 2019, a cobertura vacinal foi de 94,41% do público-alvo. Em 2020, recuou para 81,91% e, no ano passado, caiu para 72,59%.
Injetável e gotinhas
No Brasil, de acordo com o Programa Nacional de Imunização, as crianças devem tomar a vacina injetável (de vírus inativado), aos 2, 4 e 6 meses.
Depois, tomam ainda duas doses do imunizante oral (de ví-
Sesau confirmou queda no número de crianças vacinadas contra a pólio rus vivo atenuado), a primeira aos 15 meses de idade e outra aos 4 anos.
Recuo de 36,11% na Capital
Na Capital, a diminuição do índice é ainda mais alarmante: 36,11%. Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), historicamente a cobertura é superior a 90%, mas em 2018 e 2020 –anos que tiveram campanha contra a poliomielite– houve quedas. Entretanto, a vacina é inserida no calendário de rotina.
Em 2018, com a campanha, a cobertura vacinal contra a poliomielite estava em 94,24%, porém, em 2020 –primeiro ano da pandemia– caiu para 60,24%. Foram 44.858 e 28.983 crianças imunizadas naquelas campanhas, respectivamente.
Organização coloca Brasil na lista de 8 países da América Latina com alto risco de volta da pólio
aGênCia estado
Pelo menos 500 mil crianças no país não foram vacinadas contra a poliomielite. Esse número alto de pessoas sem proteção contra a doença levou a Opas (Organização Panamericana de Saúde) a incluir o Brasil na lista dos 8 países da América Latina com alto risco de volta da infecção.
De acordo com a Opas, braço da OMS (Organização Mundial de Saúde) na América Latina, as baixas taxas de vacinação nesses países são um perigo para todo o continente. A região não registra um único caso da doença desde 1994.
O Brasil, que já teve cobertura de 95% da vacina da poliomielite, atualmente registra uma das mais baixas da história, 67%, segundo o pesquisador Akira Homma, assessor científico sênior de Biomanguinhos, da Fiocruz. Ele foi um dos responsáveis pela erradicação da doença no País na década de 1980.
Cobertura vacinal
Homma lembra da proximidade com Haiti e Bolívia, dois países considerados de altíssimo risco de infecção.
Isso não significa que metade das crianças está totalmente vulnerável. Mesmo com os dois regimes incompletos, os menores têm algum grau de proteção. Do ponto de vista da saúde coletiva, no entanto, como explicou Homma, o ideal é que todas as crianças estivessem com os dois esquemas completos justamente para impedir a circulação do vírus e eventuais mutações.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que “monitora atentamente as coberturas vacinais e tem trabalhado para intensificar as estratégias necessárias para reverter o cenário de baixas coberturas”. A pasta informou ainda que recomenda aos Estados, municípios e Distrito Federal que realizem a busca ativa para imunização contra a poliomielite.
FIQUE ALERTA
Capital já registrou mais de 440 acidentes envolvendo escorpiões entre janeiro e março Karina Campos
Campo Grande registrou aumento de 31,37% nas ocorrências de picada de escorpião, comparada ao primeiro trimestre do último ano. De janeiro a março, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) foi notificada sobre 448 pacientes que receberam atendimento médico para tratar acidentes com o animal peçonhento.
Contra os quase 450 casos acumulados deste ano, os dados do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) apontam que, Escorpiões atacam mais no calor entre janeiro a março de 2020, é comum nesta época do ano, foram 412 casos. Já no ano pas- pois a espécie costuma sair de sado, foram 341. Diante do cres- bueiros e ralos, invadindo recimento, a pasta emitiu alerta sidências. para cuidado com os ataques. “Nos primeiros meses de cada
Segundo a veterinária Ana ano, janeiro a março, há maior Paula Nogueira, responsável registro de chuvas e, logo, o capelo Setor de Controle de Ro- lor. A consequência é a maior edores, Animais Peçonhentos concentração de casos de pie Sinantrópicos, a incidência cadas neste período”, explica.
Fala Povo/WhatsApp Cuidados com escorpião Se a pessoa for picada por um escorpião ou qualquer outro animal peçonhento, deve higienizar o local com água e sabão e procurar uma unidade de Saúde o mais rápido possível para receber o atendimento adequado. Alguns cuidados podem ser tomados para evitar esse tipo de acidente. Caso o morador encontre algum desses animais na residência, é recomendado fazer o recolhimento dele, colocando-o em um recipiente fechado, mas evitando o contato, e levá-lo ao CCZ, onde será feita análise da espécie, principalmente em caso de acidente. O proprietário do imóvel também pode solicitar uma inspeção na sua residência, seja no balcão da recepção do CCZ, em Campo Grande, ou via telefone, pelo 3313-5026 (horário comercial) ou no 3313-5000.
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INFLUENZA Com frio, procura por antigripais cresce e pode agravar falta em MS
mariane Chianezi
Com a chegada da frente fria em Mato Grosso do Sul, a imunidade dos moradores pode ser afetada e um resfriado logo pode surgir. Como consequência, a procura por antigripais cresce nas farmácias. Porém, a alta procura pode agravar a disponibilidade destes itens, que está limitada desde o início do ano.
Conforme o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, Roberto Martins Rosa, a quantidade de antigripais e antibióticos nas unidades é pequena e não é possível afirmar quando voltará à normalidade.
Em janeiro, o Jornal Midiamax percorreu farmácias da Capital e apurou que a procura por medicamentos para tratar síndrome respiratória havia disparado. Em março, os estoques estariam voltando à normalidade, mas a demanda cresceu novamente.
“[O frio] aumenta a demanda e ainda tem medicamentos em falta nas farmácias, como os antibióticos, devido aos inúmeros casos de doenças respiratórias neste ano. Eles estão voltando a aparecer no mercado, mas a quantidade ainda é pequena”, disse.
Falta nas unidades de Saúde
Nas farmácias das unidades de Saúde ainda não é possível avaliar se a demanda de medicamentos cresceu. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde explica que a situação é semelhante à dos estabelecimentos.
“O aumento de casos respiratórios vem sendo registrado desde o final de março e consequentemente também há uma maior procura por alguns medicamentos específicos”, disse por meio da assessoria.